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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

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MARINGÁ-PRMARINGÁ-PR
20122012
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRAADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
GRADUAÇÃOGRADUAÇÃO
ADMINISTRAÇÃOADMINISTRAÇÃO
Professor Me. Claudir Professor Me. Claudir Rheinheimer Rheinheimer 
Atualização: Esp. Adriano Aparecido de OliveiraAtualização: Esp. Adriano Aparecido de Oliveira
 Av. Gu Av. Guedner, 161edner, 1610 - Jd. Aclimação -0 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360(44) 3027-6360 - CEP  - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância - bl. 4 sl. 1 e NEAD - Núcleo de Educação a Distância - bl. 4 sl. 1 e 2 -2 - (44) 3027-6363 -(44) 3027-6363 - ead@cesumar.br - www.ead.cesumar.br ead@cesumar.br - www.ead.cesumar.br 
Reitor:Reitor: Wilson de Matos SilvaWilson de Matos Silva
Vice-Reitor:Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva FilhoWilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração:Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva FilhoWilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora:Presidente da Mantenedora: Cláudio FerdinandiCláudio Ferdinandi
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a “As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do sitepartir do site PHOTOS.COMPHOTOS.COM”.”.
NEAD - Núcleo de Educação a DistânciaNEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria do NEAD:Diretoria do NEAD: Willian Victor Kendrick de Matos SilvaWillian Victor Kendrick de Matos Silva
Coordenação Pedagógica:Coordenação Pedagógica: Gislene Miotto Catolino RaymundoGislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenação de Polos:Coordenação de Polos: Diego Figueiredo DiasDiego Figueiredo Dias
Coordenação ComercialCoordenação Comercial: Helder Machado: Helder Machado
Coordenação de Tecnologia:Coordenação de Tecnologia: Fabrício Ricardo LazilhaFabrício Ricardo Lazilha
Coordenação de Curso:Coordenação de Curso: Reginaldo Aparecido CarneiroReginaldo Aparecido Carneiro
SupervisorSupervisora a do Núcleo do Núcleo de Produção de de Produção de Materiais:Materiais: Nalva Aparecida da Rosa MouraNalva Aparecida da Rosa Moura
Capa e Editoração:Capa e Editoração: Daniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Luiz Fernando Rokubuiti e Renata SguissardiDaniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Luiz Fernando Rokubuiti e Renata Sguissardi
Supervisão de Materiais:Supervisão de Materiais: Nádila de Almeida ToledoNádila de Almeida Toledo
Revisão Textual e Normas:Revisão Textual e Normas: Cristiane de Oliveira Alves, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina Kutsunugi e Maria Cristiane de Oliveira Alves, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina Kutsunugi e Maria FernandaFernanda
Canova VasconcelosCanova Vasconcelos
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de EducaçãoCENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
a a distância:distância:
C397 C397 Administração Administração fnanceira/ fnanceira/ Claudir Claudir RheinheimerRheinheimer, , Adriano Adriano ApaApa
recido de recido de Oliveira. MaringOliveira. Maringá - á - PR, 2012.PR, 2012.
175 175 p.p.
“Curso “Curso de de Graduação Graduação em em Administração Administração - - EaD”.EaD”.
1. Administração1. Administração. 2. . 2. Finanças - Empresa. 3.EaD. Finanças - Empresa. 3.EaD. I. Título.I. Título.
CDD CDD - - 22 22 ed. ed. 658.15658.15
CIP - NBR CIP - NBR 12899 - AACR/212899 - AACR/2
Ficha catalográfca elaborada pela Biblioteca Central - CESUMARFicha catalográfca elaborada pela Biblioteca Central - CESUMAR
 Av. Gu Av. Guedner, 161edner, 1610 - Jd. Aclimação -0 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360(44) 3027-6360 - CEP  - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância - bl. 4 sl. 1 e NEAD - Núcleo de Educação a Distância - bl. 4 sl. 1 e 2 -2 - (44) 3027-6363 -(44) 3027-6363 - ead@cesumar.br - www.ead.cesumar.br ead@cesumar.br - www.ead.cesumar.br 
Reitor:Reitor: Wilson de Matos SilvaWilson de Matos Silva
Vice-Reitor:Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva FilhoWilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração:Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva FilhoWilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora:Presidente da Mantenedora: Cláudio FerdinandiCláudio Ferdinandi
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a “As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do sitepartir do site PHOTOS.COMPHOTOS.COM”.”.
NEAD - Núcleo de Educação a DistânciaNEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria do NEAD:Diretoria do NEAD: Willian Victor Kendrick de Matos SilvaWillian Victor Kendrick de Matos Silva
Coordenação Pedagógica:Coordenação Pedagógica: Gislene Miotto Catolino RaymundoGislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenação de Polos:Coordenação de Polos: Diego Figueiredo DiasDiego Figueiredo Dias
Coordenação ComercialCoordenação Comercial: Helder Machado: Helder Machado
Coordenação de Tecnologia:Coordenação de Tecnologia: Fabrício Ricardo LazilhaFabrício Ricardo Lazilha
Coordenação de Curso:Coordenação de Curso: Reginaldo Aparecido CarneiroReginaldo Aparecido Carneiro
SupervisorSupervisora a do Núcleo do Núcleo de Produção de de Produção de Materiais:Materiais: Nalva Aparecida da Rosa MouraNalva Aparecida da Rosa Moura
Capa e Editoração:Capa e Editoração: Daniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Luiz Fernando Rokubuiti e Renata SguissardiDaniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Luiz Fernando Rokubuiti e Renata Sguissardi
Supervisão de Materiais:Supervisão de Materiais: Nádila de Almeida ToledoNádila de Almeida Toledo
Revisão Textual e Normas:Revisão Textual e Normas: Cristiane de Oliveira Alves, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina Kutsunugi e Maria Cristiane de Oliveira Alves, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina Kutsunugi e Maria FernandaFernanda
Canova VasconcelosCanova Vasconcelos
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de EducaçãoCENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
a a distância:distância:
C397 C397 Administração Administração fnanceira/ fnanceira/ Claudir Claudir RheinheimerRheinheimer, , Adriano Adriano ApaApa
recido de recido de Oliveira. MaringOliveira. Maringá - á - PR, 2012.PR, 2012.
175 175 p.p.
“Curso “Curso de de Graduação Graduação em em Administração Administração - - EaD”.EaD”.
1. Administração1. Administração. 2. . 2. Finanças - Empresa. 3.EaD. Finanças - Empresa. 3.EaD. I. Título.I. Título.
CDD CDD - - 22 22 ed. ed. 658.15658.15
CIP - NBR CIP - NBR 12899 - AACR/212899 - AACR/2
Ficha catalográfca elaborada pela Biblioteca Central - CESUMARFicha catalográfca elaborada pela Biblioteca Central - CESUMAR
ADMINISTRADMINISTRAAÇÃÇÃO FINANCEIRO FINANCEIRAA
Professor Me. Claudir Rheinheimer Professor Me. Claudir Rheinheimer 
5 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para
todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de
qualidade, novas habilidades para liderança e solução de problemas com
eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que
fizermos por nós e pelos nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Cesumar – Centro Universitário de Maringá – assume o compromisso
de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos
brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas
do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária” –, o Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-
extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que
contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por f im, a democratização
do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade.
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de referên-
cia regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de compe-
tências institucionaispara o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão
universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação
da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social
de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também
pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação
continuada.
Professor Wilson de Matos Silva
Reitor 
6  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Caro aluno, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
 produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 25). Tenho a certeza de que no Núcleo de
Educação a Distância do Cesumar, você terá à sua disposição todas as condições para se
fazer um competente profissional e, assim, colaborar efetivamente para o desenvolvimento da
realidade social em que está inserido.
Todas as atividades de estudo presentes neste material foram desenvolvidas para atender o
seu processo de formação e contemplam as diretrizes curriculares dos cursos de graduação,
determinadas pelo Ministério da Educação (MEC). Desta forma, buscando atender essas
necessidades, dispomos de uma equipe de profissionais multidisciplinares para que,
independente da distância geográfica que você esteja, possamos interagir e, assim, fazer-se
presentes no seu processo de ensino-aprendizagem-conhecimento.
Neste sentido, por meio de um modelo pedagógico interativo, possibilitamos que, efetivamente,
você construa e amplie a sua rede de conhecimentos. Essa interatividade será vivenciada
especialmente no ambiente virtual de aprendizagem – AVA – no qual disponibilizamos, além do
material produzido em linguagem dialógica, aulas sobre os conteúdos abordados, atividades de
estudo, enfim, um mundo de linguagens diferenciadas e ricas de possibilidades efetivas para
a sua aprendizagem. Assim sendo, todas as atividades de ensino, disponibilizadas para o seu
processo de formação, têm por intuito possibilitar o desenvolvimento de novas competências
necessárias para que você se aproprie do conhecimento de forma colaborativa.
Portanto, recomendo que durante a realização de seu curso, você procure interagir com os
textos, fazer anotações, responder às atividades de autoestudo, participar ativamente dos
fóruns, ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados,
pois tais atividades lhe possibilitarão organizar o seu processo educativo e, assim, superar os
desafios na construção de conhecimentos. Para finalizar essa mensagem de boas-vindas, lhe
estendo o convite para que caminhe conosco na Comunidade do Conhecimento e vivencie
a oportunidade de constituir-se sujeito do seu processo de aprendizagem e membro de uma
comunidade mais universal e igualitária.
Um grande abraço e ótimos momentos de construção de aprendizagem!
Professora Gislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenadora Pedagógica do NEAD - CESUMAR 
7 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO
Livro: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Professor Me. Claudir Rheinheimer 
Neste momento lhe está sendo apresentado o livro de Administração Financeira. Certamente
a curiosidade de conhecer o conteúdo é imensa, bem como, uma grande expectativa para
adquirir novos conhecimentos.
Partindo deste princípio, apresentamos um breve resumo do que você vai encontrar neste
material, visando empolgá-lo ainda mais para o novo aprendizado que ora se inicia.
Vamos apresentar nossa introdução separada por unidades, já que o material é composto por
cinco unidades.
Unidade I
O início do estudo passa pelas principais definições de finanças. Recorremos aos grandes
mestres da área para lhe dar uma noção clara e direta do que realmente é administração
financeira. Empresários, investidores e homens de negócios em geral, recorrem aos
profissionais das finanças para obter orientação acerca de suas decisões de investimentos ou
aplicações. O objetivo principal é obter o maior ganho ao menor risco, ou seja, ganhar bastante
e não perder.
Em função disso faz-se uma análise da relação das variáveis-chave da administração
financeira, que são o retorno, o risco e o tempo.
O planejamento financeiro pode ser separado de curto prazo e longo prazo. Nesta unidade
falaremos do planejamento financeiro de curto prazo, já que na unidade IV falaremos do
planejamento financeiro de longo prazo.
No curto prazo, temos uma ferramenta fundamental para realizarmos o planejamento
financeiro, que é o orçamento de caixa, já que ele apresenta tudo que uma empresa tem para
receber e tudo que tem para pagar em um período futuro. Desta forma, pode-se administrar
adequadamente o caixa da empresa.
Ainda na unidade I iremos conhecer um pouco sobre a questão tributária das empresas,
8  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
mais especificamente sobre o imposto de renda da pessoa jurídica, que se constitui em um
componente relevante para qualquer análise financeira.
A principal fonte de informações para o profissional de finanças são os demonstrativos
financeiros, principalmente o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado do exercício.
Por esta razão iremos fazer uma análise detalhada destes dois, que são os principais
demonstrativos financeiros das organizações.
Unidade II
Nesta unidade, partiremos para os cálculos, já que não se pode falar em finanças sem lançar
mão de algumas fórmulas, equações e modelos matemáticos.
No caso da análise com uso de índices financeiros, veremos que os demonstrativos financeiros
de uma organização podem ser escritos em índices e esses, pautados na teoria, nos permitem
elaborar parecer sobre a situação econômico-financeira das companhias. Claro que existem
algumas limitações no uso de índices financeiros, que serão contempladas em nosso estudo.
Outro assunto que não poderia ficar de fora é a administração do capital de giro das empresas.
O capital de giro, como o próprio nome sugere, é o capital que garante a movimentação da
empresa, desenvolvendo sua atividade e buscando os resultados almejados.
Unidade III
A administração financeira de cur to prazo contempla as contas circulantes do patr imônio, mais
especificamente do ativo circulante e do passivo circulante. Desta forma, iniciaremos o estudo
pela administração das disponibilidades, que são os fundos imediatamente disponíveis, como
caixa e bancos conta corrente.
A política de crédito cria uma importância crucial para o desempenho das empresas, já que
dela depende, em parte, o volume de vendas. Quanto maior o prazo concedido ao cliente,
teoricamente maior será o volume de vendas, e vice-versa. Logo, o profissional das finanças
deve conhecer algumas técnicas para aplicar e administrar corretamente a política de crédito
de uma empresa.
Outro componente patrimonial que pode levar a empresa ao sucesso ou ao fracasso é a
questão dos estoques. Estoques em quantidade e qualidade adequados constituem fator
9 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
determinante para o sucesso. Agora, estoques de qualidade e quantidade inadequados,
são caminho fácil e rápido ao insucesso das companhias. Apresentamos algumas técnicas
importantes para auxiliá-lo na compreensão e correta administração deste item tão importante
no contexto das finanças.
As empresas precisam de muitos recursos para desenvolverem suas atividades e nem
sempre os recursos próprios são suficientes. Precisam, então, buscá-los de fontes externas.
Estas fontes podem ser espontâneas e sem custo financeiro, como é o caso do crédito junto
aos fornecedores; ou ser com custo financeiro, no caso de empréstimos e financiamentos
bancários.
Unidade IV
Nesta unidade iremos falar um pouco das decisões financeiras de longo prazo. Essas decisões
não constituem o dia a dia do profissional das finanças. Já que dizem respeito a decisões de
capital, ou seja, de investimentos de longo prazo, como a decisão para comprar uma máquina
nova,a decisão para ampliar a construção, a decisão de se abrir uma filial entre outras. Verifica-
se-á que estas decisões não são tomadas todos os dias, são eventuais, esporádicas. Então,
iremos conhecer alguns métodos para auxiliar o profissional a decidir corretamente sobre
questões tão relevantes e que normalmente envolvem grande soma de recursos e modificam
a estrutura da empresa para sempre.
Entre os métodos de avaliação de projetos você vai conhecer os mais populares e mais
utilizados, sem abandonar o rigor técnico que a matéria exige. Selecionamos o Valor Presente
Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Período de Recuperação do Investimento
(PRI), também conhecido por payback .
Unidade V
Nesta unidade, discutiremos o mercado financeiro. Certamente você já conhece muitos
destes processos, em função da sua experiência prática. Mas, talvez carecem de definições e
procedimentos técnicos mais apurados.
Iniciaremos com a estrutura no Sistema Financeiro Nacional, já que toda e qualquer entidade
do mercado financeiro, de capitais, de seguros ou de previdência privada, faz parte do SFN.
O profissional do século XXI precisa conhecer as modernas práticas do dia a dia dos mercados,
10  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
não só financeiro, como é o caso de operações bancárias, mas especialmente do mercado de
capitais. A globalização da economia trouxe novidades para os mercados e estas novidades
devem ser absorvidas, compreendidas e aplicadas.
A exemplo de todos os conteúdos já citados, esta unidade é de especial importância para
formar profissionais atualizados e conectados com o mundo financeiro globalizado.
SUMÁRIO
UNIDADE I
AMBIENTE FINANCEIRO
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA? ...............................19
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA...........19
RISCO E RETORNO............................................................................................................................21
PLANEJAMENTO FINANCEIRO.......................................................................................................22
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA........................................................................................28
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................32
UNIDADE II
DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA E ÍNDICES
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............................................................49
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES......................................................................................50
CATEGORIA DE ÍNDICES FINANCEIROS......................................................................................52
CAPITAL DE GIRO...............................................................................................................................59
O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO.........................................................................................................60
UNIDADE III
FINANCIAMENTOS
CAIXA......................................................................................................................................67
ELEMENTOS DE UMA POLÍTICA GERAL DE CRÉDITO.............................................................71
DESCONTOS FINANCEIROS POR PAGAMENTOS ANTECIPADOS........................................73
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DOS ESTOQUES......................................................................77
FONTES DE FINANCIAMENTO.........................................................................................................80
AS FONTES ESPONTÂNEAS DE FINANCIAMENTO EM CURTO PRAZO..............................87
UNIDADE IV
POLÍTICAS DE INVESTIMENTOS DE CAPITAL
ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA ............................................................................92
ORÇAMENTO DE CAPITAL................................................................................................................91
CRITÉRIOS QUANTITATIVOS DE ANÁLISE ECONÔMICA........................................................95
VPL - VALOR PRESENTE LÍQUIDO ......................................................................................96
PRI - PERIODO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO - PAYBACK ..............................98
TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR.............................................................................................100
UNIDADE V
SISTEMAS FINANCEIROS
SFN – SISTEMA FINACEIRO NACIONAL ............................................................................ 111
BANCO CENTRAL DO BRASIL.......................................................................................................115
SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP....................................................142
HISTÓRIA DO SEGURO...................................................................................................................144
PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS.......................................................................................160
CONCLUSÃO........................................................................................................................165
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................175
UNIDADE I
AMBIENTE FINANCEIRO
Professor Me. Claudir Rheinheimer 
Objetivo de Aprendizagem
• Abordar os principais conceitos de administração nanceira, as metas e objetivos
do administrador nanceiro e os principais pontos para introduzir o estudante a as-
suntos especícos das nanças.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• O que é administração nanceira?
• Responsabilidades contemporâneas do administrador nanceiro
• Meta do gerente nanceiro
• Risco e retorno
• Planejamento nanceiro
• Depreciação e imposto de renda
• Demonstrações nanceiras
19 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
A principal pergunta que se pode fazer neste momento: por que estudar finanças? Existem
muitas razões pelas quais você precisa ter conhecimento de finanças. A escolha da carreira de
administrador deve ser a principal resposta. Mas, também, para organizar sua vida pessoal. O
conhecimento das principais técnicas e procedimentos de finanças, que serão estudados neste
livro, certamente permitirá que você tome as decisões acertadas em sua vida profissional e na
gestão do patrimônio pessoal.
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA?
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou
valor total de um negócio. Mais especificamente, maximizar a riqueza significa obter o lucro
mais elevado possível ao menor risco (GROPPELLI e NIKBAKT, 2006).
Para Gitman finanças são a arte e a ciência para administrar fundos.
Se observarmos os dois conceitos, verificamos que dizem a mesma coisa com palavras
diferentes. Groppelli diz ter o maior lucro com o menor risco, enquanto Gitman diz que finanças
administram fundos.
Esta administração de fundos tem, naturalmente, o objetivo de obter o melhor resultado
possível e para as empresas esse resultado só pode ser o maior lucro.
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA
A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente,
assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos
20  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
de capital. Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática da
escassez de recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira das
empresas, assumindo uma definição de maior amplitude.
A administração financeira insere-se em um campo de atuação bastante abrangente e
crescentemente complexo, exigindo maior conhecimento técnico e sensibilidadeno trato de
seus diversos instrumentos (NETO, 2003).
Verificam-se, claramente, as necessidades de grande conhecimento técnico-científico, além
da sensibilidade, que nada mais é do que bom-senso na análise e decisão.
A escassez referida pelo autor é a chave dessa equação de difícil solução, já que, em geral, os
recursos são escassos e as necessidades ilimitadas.
Todo momento encontramos empresas que necessitam de recursos para despesas
operacionais, para investimentos, para expansão, para pesquisa entre outros. Captar e aplicar
adequadamente esses recursos é, em última análise, o grande desafio do administrador de
finanças.
Metas do gerente financeiro
Segundo Gitman algumas pessoas acreditam que o objetivo da empresa é sempre maximizar
o lucro. Para alcançar essa meta, o gerente financeiro tomaria apenas as ações que gerassem
uma grande contribuição esperada para o total dos lucros da empresa.
A maximização do lucro fracassa por várias razões: o tempo de retorno ignorado, os fluxos de
caixa disponíveis para acionistas e o risco.
Ainda no raciocínio de Gitman, a maximização da r iqueza deve ser a meta de todos os gerentes
financeiros, pois é ela que maximiza a riqueza dos proprietários da empresa.
21 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
Como maximização da riqueza ele cita o preço das ações, ou seja, quanto mais valorizadas
forem as ações (ações são partes do capital da empresa), maior será a riqueza dos proprietários.
O lucro certamente contribui para a valorização e aceitação das ações das empresas, por esta
razão deve ser considerado como fator que conduz à maximização da riqueza.
Toda essa questão citada por Gitman, de que o lucro fracassa em muitos casos e entre as
causas cita o risco, que estudaremos em tópicos adiante.
RISCO E RETORNO
Definição de risco:
Para Groppelli o risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos retornos.
Já para Lawerence J. Gitman, o risco é a chance de perda financeira.
Qual o risco associado a uma decisão? Certamente a resposta seria o quanto se pode perder
caso o negócio não dê certo. Então, se tem como clara a compreensão de risco.
Definição de Retorno
O total de ganho ou perda ocorrido por meio de um dado período de tempo (Gitman, 2006).
Para Groppelli retorno são receitas esperadas ou fluxos de caixa antecipados de qualquer
investimento.
Note-se que agora podemos fazer uma melhor interpretação das metas do administrador
financeiro.
Se ele considerar apenas a maximização do lucro, despreza o risco e este risco pode
representar a grande ameaça ao lucro.
22  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Muitas vezes é melhor ganhar menos, com tempo mais prolongado e com pouco risco do que
querer muito, mesmo que o risco de perder tudo seja grande.
Podemos resumir a maximização do lucro como a combinação entre risco elevado, retorno
elevado e curto espaço de tempo. Já a maximização da riqueza como a relação de risco
menor, retorno menor e tempo maior.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O planejamento financeiro começa com planos financeiros em longo prazo, ou estratégicos
que, por sua vez, guiam a formulação de planos e orçamentos em curto prazo ou operacionais.
Geralmente, os planos e orçamentos em curto prazo implementam os objetivos estratégicos
da empresa em longo prazo.
Neste aspecto deve-se compreender bem que os planos de longo prazo formulam a estratégia
da empresa, ou seja, o que ela pretende, onde pretende chegar. Com base nestas estratégias
se formulam as ações de curto prazo e estas ações, por sua vez, encaminham a empresa para
atingir os objetivos maiores, as estratégias estabelecidas.
Pode-se dizer que as empresas, em geral, tomam decisões em três níveis:
Nível estratégico: são decisões que modificam a estrutura da empresa, que mudam sua
relação com o meio ambiente.
Nível administrativo: são aquelas que se relacionam com a forma da empresa.
Nível operacional: são as decisões associadas ao processo de transformação.
23 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
O planejamento financeiro de curto prazo pode ser melhor compreendido na figura abaixo:
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
Pode-se destacar como plano financeiro de curto prazo o planejamento de caixa, ou
orçamentos de caixa. Nota-se, no esquema acima, que ele aparece no centro, interligado com
os demais planos.
Para Gitman (2006) o orçamento de caixa, ou previsão de caixa, é uma demonstração das
entradas e saídas planejadas no caixa da empresa. É usado pela empresa para estimar o
caixa exigido a curto prazo, com atenção especial ao planejamento para excedentes de caixa
e para escassez de caixa.
2424  ADMINISTRAÇ ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRÃO FINANCEIRAA | Educação a Distância| Educação a Distância
O orçamento de caixa pode ser apresentado semanalmente, quinzenalmente, mensalmenteO orçamento de caixa pode ser apresentado semanalmente, quinzenalmente, mensalmente
ou qualquer outro período que a ou qualquer outro período que a empresa desejar. Pempresa desejar. Prazos menores são mais confiáveis e maisrazos menores são mais confiáveis e mais
fáceis de serem previstos, mas o prazo de fáceis de serem previstos, mas o prazo de até um ano pode até um ano pode ser recomendável.ser recomendável.
O principal insumo do pO principal insumo do planejamento de caixa é a previsão de lanejamento de caixa é a previsão de vendas.vendas.
A previsão das vendas de uma empresa em um dado período é preparado A previsão das vendas de uma empresa em um dado período é preparado pelo departpelo departamentoamento
de marketing. Com base na previsão de vendas, o gerente financeiro estima o fluxo de caixade marketing. Com base na previsão de vendas, o gerente financeiro estima o fluxo de caixa
mensal que resultará das receitas de vendas projetadas e das despesas relacionadas àmensal que resultará das receitas de vendas projetadas e das despesas relacionadas à
produção, estoque e vendas. Determina também produção, estoque e vendas. Determina também o nível de ativos fixos exigidos e o o nível de ativos fixos exigidos e o montantemontante
de financiamentos, se houver, necessário para apoiar o nível de previsão de vendas e dede financiamentos, se houver, necessário para apoiar o nível de previsão de vendas e de
produção.produção.
A previsão de vendas pode se basear em uma análise de dados externos, usando-se asA previsão de vendas pode se basear em uma análise de dados externos, usando-se as
relações observadas entre as vendas da empresa e certos indicadores econômicos externosrelações observadas entre as vendas da empresa e certos indicadores econômicos externos
significativos, como o produto nacional brsignificativos, como o produto nacional bruto (PNB)uto (PNB), renda pessoal disponível, taxa de inflação, renda pessoal disponível, taxa de inflação
e desemprego entre outros. Por outro lado, os dados internos obtidos por meio dos própriose desemprego entre outros. Por outro lado, os dados internos obtidos por meio dos próprios
canais de vendas da empresa. As empresas, em geral, usam uma combinação de dadoscanais de vendas da empresa. As empresas, em geral, usam uma combinação de dados
externos e internos de previsão para externos e internos de previsão para fazerem a previsão final de fazerem a previsão final de vendas.vendas.
Nota-se que estamos falando de previsões, que são dados prováveis. Todo planejamento deNota-se que estamos falando de previsões, que são dados prováveis. Todo planejamento de
caixa depende da confiabilidade da previsão das vendas, já que a maior parte dos outroscaixa depende da confiabilidade da previsão das vendas, já que a maior parte dos outros
insumos é decorrente desta.insumos é decorrente desta.
Vejamos: a quantidade de matéria-prima que deve ser comprada depende da quantidade deVejamos: a quantidade de matéria-prima que deve ser comprada depende da quantidade de
vendas estimadas; o valor dos impostos a ser pago depende da quantidade vendida; o gastovendas estimadas; o valor dos impostosa ser pago depende da quantidade vendida; o gasto
com salários e encargos está diretamente ligado ao volume das vendas; o desembolso comcom salários e encargos está diretamente ligado ao volume das vendas; o desembolso com
investiinvestimentos fixos depende mentos fixos depende da quantidade que da quantidade que precisa ser precisa ser produzida (vendidaproduzida (vendida) e ) e assim, maisassim, mais
insumos dependem do volume das vendas.insumos dependem do volume das vendas.
2525 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
O formato geral do fluxo de caixa:O formato geral do fluxo de caixa:
Mais: caixa inicialMais: caixa inicial
desembolso de caixadesembolso de caixa
FonteFonte: Adm. Financeira – Gitman (2006): Adm. Financeira – Gitman (2006)
Gitman (2006) apresenta um exGitman (2006) apresenta um exemplo detalhado emplo detalhado de um orçamento de caixa. Considere que asde um orçamento de caixa. Considere que as
vendas previstas na tabela a seguir abaixo sejam com vendas previstas na tabela a seguir abaixo sejam com os seguintes prazos:os seguintes prazos:
20% à vista, 50% em 30 dias, ou seja, recebidos no mês seguinte e 30% recebidos em 6020% à vista, 50% em 30 dias, ou seja, recebidos no mês seguinte e 30% recebidos em 60
dias, equivalente a dois meses após a venda ser efetivada. Além da venda prevê-se outrosdias, equivalente a dois meses após a venda ser efetivada. Além da venda prevê-se outros
recebimentos no valor de 30 recebimentos no valor de 30 (em $ 1000).(em $ 1000).
A Intercon Company reuniu os dados a seguir, necessários para a preparação de um programa deA Intercon Company reuniu os dados a seguir, necessários para a preparação de um programa de
desembolsos de caixa para outubro, novembro e dezembro.desembolsos de caixa para outubro, novembro e dezembro.
2626  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Compras.Compras. As compras da empresa representam 70% das vendas. Desse montante, 10% são pagos As compras da empresa representam 70% das vendas. Desse montante, 10% são pagos
em dinheiro, 70% são pagos no mês imediatamente seguinte ao mês de compra e os 20% restantesem dinheiro, 70% são pagos no mês imediatamente seguinte ao mês de compra e os 20% restantes
são pagos dois meses após o mês da compra.são pagos dois meses após o mês da compra.
Pagamentos de aluguel.Pagamentos de aluguel. Um aluguel de $ 5.000 será pago a cada mês. Ordenados e salários O Um aluguel de $ 5.000 será pago a cada mês. Ordenados e salários O
custo xo de salários para o ano é de $ 96.000 ou é de $ 8.000 por mês. Além disso, estima-se que oscusto xo de salários para o ano é de $ 96.000 ou é de $ 8.000 por mês. Além disso, estima-se que os
ordenados correspondam a 10% das vendas mensais.ordenados correspondam a 10% das vendas mensais.
Pagamento de impostos.Pagamento de impostos. Os impostos de $ 25.000 devem ser pagos em dezembro. Os impostos de $ 25.000 devem ser pagos em dezembro.
Despesas com ativos xos.Despesas com ativos xos. Nova maquinaria custando $ 130.000 será comprada e paga em no- Nova maquinaria custando $ 130.000 será comprada e paga em no-
vembro.vembro.
Pagamentos de jurosPagamentos de juros O pagamento de juros de $ 10.000 vence em dezembro. O pagamento de juros de $ 10.000 vence em dezembro.
Pagamentos de dividendos em dinheiroPagamentos de dividendos em dinheiro Os dividendos em dinheiro de $ 20.000 serão pagos em Os dividendos em dinheiro de $ 20.000 serão pagos em
outubro.outubro.
Pagamentos do principal (empréstimos).Pagamentos do principal (empréstimos). O pagamento do principal de m empréstimo no valor de O pagamento do principal de m empréstimo no valor de
$ 20.000 vence em dezembro.$ 20.000 vence em dezembro.
Recompras ou resgates de ações.Recompras ou resgates de ações. Nenhuma recompra ou resgate de ações é esperado entre ou- Nenhuma recompra ou resgate de ações é esperado entre ou-
tubro e dezembro.tubro e dezembro.
A programação de desembolsos de caixa a empresa, usando os dados precedentes, é mostrado naA programação de desembolsos de caixa a empresa, usando os dados precedentes, é mostrado na
TTabela 14.3. Alguns itens na abela 14.3. Alguns itens na tabela são explicados tabela são explicados mais detalhadamente mais detalhadamente a seguir.a seguir.
Compras.Compras. Esse lançamento serve apenas para informação. Os dados representam 70% das vendas Esse lançamento serve apenas para informação. Os dados representam 70% das vendas
previstas para cada mês. Foram incluídos para facilitar previstas para cada mês. Foram incluídos para facilitar o cálculo das compras à vista e os pagamentoso cálculo das compras à vista e os pagamentos
relacionados.relacionados.
ComprasCompras à vistaà vista As compras à vista representam 10% das As compras à vista representam 10% das compras do mês.compras do mês.
Pagamentos de C/PPagamentos de C/P Esses lançamentos representam o pagamento de contas a pagar (C/P) resultan- Esses lançamentos representam o pagamento de contas a pagar (C/P) resultan-
tes das compras nos meses anteriores.tes das compras nos meses anteriores.
27 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Prazo de um mês Esses dados representam compras feiras no mês anterior que são pagas no mês
corrente. Como 70% das compras da empresa são pagas no mês seguinte, as com- pras com prazo
de mês para pagamento mostrados em setembro representam 70% das compras de agosto, os paga-
mentos de outubro representam 70% das compras de setembro e assim por diante.
Prazo de dois meses Esses dados representam as compras feitas nos dois meses anteriores, que
serão pagas no mês corrente. Visto que 20% das compras da empresa são pagas dois meses depois,
as compras com dois meses de prazo para pagamento mostradas em outubro representam 20% das
compras de agosto e assim por diante.
Ordenados e salários Essas quantias foram obtidas adicionando-se $ 8.000 aos 10% vendas a cada
mês. Os $ 8.000 representam o componente de salário xo; o restante representa os ordenados.
Os itens restantes em cada programa de desembolsos de caixa são auto-explicativos
Fluxo de caixa líquido, caixa nal, nanciamento e excedente de caixa
Examine novamente o orçamento de caixa de formato geral na Tabela 14.1. Temos dados de entrada
para os dois primeiros lançamentos e depois calculamos as necessidades e caixa da empresa. O
fluxo de caixa liquido da empresa é encontrado subtraindo-se os desembolsos de caixa dos rece-
bimentos de caixa em cada período. Então adicionamos o caixa inicial ao uxo de caixa líquido para
determinar o caixa nal para cada período Finalmente, subtraímos o saldo de caixa mínimo do caixa
nal para encontrar o nanciamento total necessário ou o excedente de caixa. Se o caixa nal for
menor que o saldo mínimo de caixa, o financiamento será necessário. Este nanciamento costuma
ser visto como de curto prazo e, portanto, é representado por títulos a pagar. Se o caixa nal for maior
que o saldo de caixa mínimo, há excedente de caixa. Considera-se que qualquer excedente seja
investido em uma aplicação líquida, de curto prazo, que renda juros, ou seja, em títulos negociáveis
de curto prazo.
A Tabela 14.4 apresenta o orçamento de caixa da Intercon Company, com base dados já desenvol-
vidos. No nal de setembro, o saldo de caixa da Intercon foi de $ 50.000 e suas duplicatas a pagar
e títulos negociáveis foram iguais a $ 0. A empresa deseja manter como reserva para necessidades
inesperadas, um saldo de caixa mínimo de $ 25.000.
Para a Intercon Company manter seu caixa nal exigido de $ 25.000, ela precisará tomar emprestado
um total de $76.000 em novembro e $ 41.000 em dezembro. Em outubro, a empresa terá um saldo de
caixa excedente de $ 22.000, que pode ser mantido em títulos negociáveis que rendam juros. O total
de nanciamento necessário no orçamento de caixa refere-se a quanto será devido no nal do mês;
eles não representam as mudanças mensais nos empréstimos.
As mudanças mensaisnos empréstimos tomados e no excedente de caixa podem ser encontradas
em uma análise posterior do orçamento de caixa. Em outubro, os $ 50.000 de caixa inicial, que se
tornam $ 47.000 após a saída líquida de caixa de $ 3.000, resultam em um saldo de caixa excedente
de $ 22.000, uma vez que o caixa mínimo de $ 25.000 foi deduzido. Em novembro, os $ 76.000 do
nanciamento total exigido resultaram da saída líquida de caixa de $ 98.000 menos os $ 22.000 de
caixa excedente de outubro. Os $ 41.000 do nanciamento total exigido em dezembro resultaram
da dedução de $ 35.000 da entrada líquida de caixa em dezembro o nanciamento total exigido em
novembro, de $ 76.000 em novembro menos $ 35.000. Resumindo, as atividades nanceiras de cada
mês foram as seguintes:
Outubro: Investir os $ 22.000 de saldo de caixa excedente em títulos negociáveis.
Novembro: Liquidar os $ 22.000 de tí tulos negociáveis e tomar emprestados $ 76.000 (tí tulos a pagar).
28  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Dezembro: Saldar $ 35.000 de títulos a pagar para manter $ 41.000 do nanciamento total necessário.
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA
Depreciação pode ser definida como uma despesa pelo desgaste dos bens ou simplesmente
pela perda de valor pelo passar do tempo.
Nas finanças as depreciações são classificadas como item não monetário, já que seu valor
não representa efetiva saída de caixa, mas sim um lançamento contábil para ajustar o valor
dos bens à realidade e reduzir a base de cálculo para o imposto de renda, já que ela é tratada
como uma despesa comum.
O imposto de renda merece um tratamento mais detalhado, já que a matéria é um pouco mais
abrangente. Podemos dividir o importo de renda pra pessoa jurídica em lucro real e lucro
presumido.
29 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
O Lucro Real
De acordo com informações obtidas no site <www.receita.
fazenda.gov.br> acessado em 14/10/2010, define-se lucro
real como a base de cálculo do imposto sobre a renda
apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados
sistematicamente de acordo com as leis comerciais e
fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro
de Apuração do Lucro Real (LALUR), mediante adições e
exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e
compensações de prejuízos fiscais autorizados pela legislação do imposto de renda, de
acordo com as determinações contidas da Instrução Normativa SRF n. 28, de 1978, e demais
atos legais e infralegais posteriores.
Data da Apuração
Para efeito de incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurídicas deve ser
apurado na data de encerramento do período de apuração.
O período de apuração encerra-se:
a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apura-
ção trimestral do imposto de renda;
b) no dia 31 de dezembro de cada ano calendário, no caso de apuração anual do imposto de
renda;
c) na data da extinção da pessoa jurídica;
d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica.
Fonte: PHOTOS.COM
30  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano calendário, as
pessoas jurídicas:
a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e
ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados
de renda variável e dos rendimentos nominais produzidos por aplicações nanceiras de
renda xa, da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou
aos países com tributação favorecida que exceder o valor já apropriado na escrituração da
empresa, no ano calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta
e oito milhões de reais), ou de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo
número de meses do período, quando inferior a doze meses;
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de de-
senvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, nanciamento e investimento,
sociedade de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercan-
til, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades
de previdência privada aberta;
c) que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizada pela legislação tributária, usufruam de benefícios scais relativos à isenção
ou redução de impostos;
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de
renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do artigo 2º da Lei n. 9.430,
de 1996;
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo
ou de prestação de serviços (factoring ).
Alíquotas Aplicadas à base de Cálculos
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 15% e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
é de 9%.
31 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Está obrigado a declarar imposto de renda o contribuinte que no ano anterior:
- Recebeu rendimentos superiores a R$ 15.764,28 no último ano, como salário, aposentadoria, pen-
sões, aluguéis ou benefícios de atividade rural.
- Recebeu rendimentos não tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte (como heranças e doa-
ções) cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.
- Participou, em qualquer mês do ano, de uma empresa como titular, sócio ou acionista, ou de coop-
erativa.
- Tem patrimônio (imóveis, telefones, veículos, joias e terra nua) de valor total superior a R$ 80.000,00.
- Obteve em qualquer mês do ano anterior ganho de capital na alienação de bens ou direito sujeito à
incidência do imposto.
- Obteve ganho de capital em operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e asse-
melhadas.
- No caso de atividade rural, obteve receita bruta superior a R$ 78.821,40 e deseja compensar
prejuízos do ano passado ou do ano anterior.
- Passou à condição de residente no Brasil (neste caso, o contribuinte não pode apresentar a opção
simplicada).
Fonte: <http://poupaclique.ig.com.br/materias/000001-000500/185/185_1.html>. Acesso em: 16 jan.
2012.
Lucro Presumido
É a forma de tributação onde se usa como base de cálculo do imposto, o valor apurado
mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.
Empresas que podem optar pelo lucro presumido
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas à apuração do lucro
real, cuja receita bruta total, no ano calendário imediatamente anterior, tenha sido igual ou
inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou ao limite proporcional de
R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a 12
meses.
Igualmente não podem todas aquelas obrigadas pelo lucro real, já definidas.
32  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Percentuais aplicados sobre a receita bruta
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados (RIR/1999,
art. 223):
Alíquotas para apuração do Imposto de Renda
A alíquota do IRPJ sobre o lucro presumido é de 15% e a alíquota da contribuição social é de
9%, como regra geral.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Estrutura do Balanço Patrimonial
LEI nº 6.404/1976
Como os limites e critérios fiscais, limitavam a evolução dos Princípios Fundamentais da
Contabilidade, foi instituída a Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), que veio para
solucionar o problema e determinar que a escrituração contábil deve seguir seus preceitos.
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônioque registrem.
         F
      o
      n
        t      e
      :
    P
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    O
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33 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
Ativo Circulante
Composta pelas disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Ativo Realizável em Longo Prazo
Composta pelos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia:
Ativo Permanente
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
* Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qual-
quer natureza, não classicáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção
da atividade da companhia ou da empresa; IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham
por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa nalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
* Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção
das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa nalidade, inclusive
os decorrentes de operações que transram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens.
* Diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão,
efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não con-
gurem tão somente uma redução de custos ou acréscimo na eciência operacional.
Passivo Circulante
Composta pelas contas que representam as obrigações da empresa vencíveis até o final do
34  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
exercício seguinte.
Passivo Exigível em Longo Prazo
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo
permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo exigível em longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior.
Resultados de Exercícios Futuros
Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros,
diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
Representam as receitas pertencentes a exercícios futuros.
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido será dividido em capital social, reservas de capital, reservas de
reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
* Capital Social: discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não rea-
lizada.
* Reservas de Capital: será composta pela contribuição do subscritor de ações que ultra-
passar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que
ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneciárias; o produto da alienação de
partes beneciárias e bônus de subscrição; o prêmio recebido na emissão de debêntures;
as doações e as subvenções para investimento.
* Reservas de Reavaliação: será composta pelas contrapartidas de aumentos de valor atri-
buídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos ter-
mos do artigo 8º, aprovado pela assembleia geral.
* Reservas de Lucros: serão compostas pelas contas constituídas pela apropriação de lucros
da companhia.
35 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
* Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da Obrigatoriedade e Vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a Lei
das SA como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
Publicada em 17/12/1976, entrou em vigor 60 (sessenta) dias após a sua publicação, aplican-
do-se, todavia, a partir da data da publicação, às companhias que se constituírem.
36  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Estrutura do Balanço Patrimonial
LEI Nº 11.638/2007
As novas regras introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 estão alinhadas ao mercado contábil
internacional e possui como objetivo principal, possibilitar a eliminação de barreiras regulatórias
e impedem a inserção total das companhias abertas no processo de convergência contábil
internacional.
A partir de 2007, com a publicação da Lei nº 11.638/2007, a estrutura do Balanço Patrimonial,
com as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte forma:
* Ativo Circulante.
* Ativo Realizável em Longo Prazo.
* Ativo Permanente: será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
* Passivo Circulante.
* Passivo Exigível em Longo Prazo.
* Resultado de Exercícios Futuros.
* Patrimônio Líquido: será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avalia-
ção Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial, podemos observar as seguintes alterações
em algumas contas patrimoniais:
Ativo Permanente
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
* Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção
da companhia ou exercidos com essa nalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
37 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
* Ajustes de Avaliação Patrimonial: serão classicadas como ajustes de avaliação patrimo-
nial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos
do ativo.
* Reservas de Lucros: o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de
incentivos scais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo
esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no
aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a
reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório.
Quanto às Reserva de Lucros a Realizar, o lucro, rendimento ou ganho líquido em operações
ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira
ocorra após o término do exercício social seguinte.
* Ações em Tesouraria: deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
* Lucros Acumulados: no encerramento do exercício social, a conta de lucros e prejuízos
acumulados não deverá apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo remanescente
na conta de lucros e prejuízos acumulados deverá ser destinado para reserva de lucros
ou distribuído como dividendo. Embora a redação original da Lei nº 6.404, de 1976, já
tenha determinado a destinação de todo o resultado do exercício, a redação anterior, ao
prever a existência de saldo nal na conta de lucros acumulados, suscitou dúvidas e até a
possibilidade de retenções indiscriminadas e não devidamente justicadas. Tendo em vista
que todo o lucro líquido do exercício deve ser destinado, de acordo com os fundamentos
contidos nos art. 194 a 197, a redação atual da Lei nº 6.404, de 1976, eliminou a possibi-
38  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
lidadede existência de saldo de lucros acumulados no encerramento do exercício social.
Evidentemente, não foram eliminadas a conta de lucros acumulados e a demonstração da
sua movimentação, que deverão ser apresentados de forma isolada ou, no caso das com-
panhias abertas, como parte da demonstração das mutações de patrimônio líquido. Essa
conta, entretanto, possui natureza absolutamente transitória, e será utilizada para servir de
contrapartida às reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro.
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da Obrigatoriedade e Vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a Lei
das SA como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
39 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
Publicada em 28/12/2007, entrou em vigor no primeiro dia do exercício seguinte à sua
publicação.
Como o exercício social não precisa seguir o ano calendário, podendo, por exemplo, ter iniciado
em 01/06/2007 e encerrado em 31/05/2008, as alterações da Lei nº 11.638/2007 somente
serão aplicadas às demonstrações financeiras encerradas a partir de 2009, nos casos das
companhias que iniciaram suas atividades anteriormente à 01/01/2008.
Estrutura do Balanço Patrimonial
MP 449/2008
A partir de 2009, com a publicação da MP 449/2008 a estrutura do Balanço Patrimonial, com
as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte forma:
* Ativo Circulante.
* Ativo Não Circulante: será dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imo-
bilizado e Intangível.
* Passivo Circulante.
* Passivo Não Circulante.
* Patrimônio Líquido: será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Ava-
liação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial,
podemos observar as seguintes alterações em algumas
contas patrimoniais:
Ativo Não Circulante
O Ativo Não Circulante será dividido em Ativo Realizável
em Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
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40  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Fica eliminado o grupo Ativo Diferido, e o saldo existente em 31/12/2008 nesse grupo que, pela
sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no Ativo sob
essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação dos
valores registrados no Imobilizado e no Intangível.
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não
puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação
até sua completa amortização, sujeito a análise sobre a recuperação. Caso esta amortização
se finalize até o final do exercício seguinte, poderá ser classificado no Ativo Circulante.
Passivo Circulante
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo
não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
Passivo não Circulante
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo
Não circulante, serão classificadas no Passivo Circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no Passivo Não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao
seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Fica eliminado o grupo Resultados de Exercícios Futuros (REF), e o saldo existente no REF em
31/12/2008 deverá ser reclassificado para o Passivo Não circulante em conta representativa
de receita diferida, e esse registro deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo
diferido.
41 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Os Ajustes de Avaliação Patrimonial serão classificados como ajustes de avaliação patrimonial,
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência,
as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Registros Contábeis
A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer
modificação da escrituração mercantil e das demonstrações, as disposições da lei tributária, ou
de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou
incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros,
lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas à
auditoria por auditores independentes nela registrados.
42  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da obrigatoriedade e vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a Lei
das S/A como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
Demonstrativo do resultado do exercício
Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das
receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DRE oferece uma
síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Embora
sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela
administração e trimestralmente para fins fiscais.
43 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma
vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas em um
determinado período, normalmente, de doze meses.
De acordo com a legislação, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício
discriminar:
• a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os im-
postos;
• a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o
lucro bruto;
• as despesas com as vendas, as despesas nanceiras, deduzidas das receitas, as despe-
sas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
• o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais;
• o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
• as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneciárias, e as
contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;
• o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao
princípio da competência:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em
moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e rendimentos.
44  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Modelo de demonstrativo do resultado do exercício.
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
(-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
E SOBRE O LUCRO
• (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro.
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
• (-) Participações de Administradores, Empregados, Debêntures e Partes Beneciárias.
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Estimado acadêmico, se você se identicou e gostou desta matéria, veja as oportunidades de carreira
na administração nanceira na tabela 1.1 do livro de Gitman (2006).
45 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro acadêmico, começamos a perceber que as Finanças são parte essencial do conhecimento
do administrador. Costuma-se dizer que se as finanças de uma organização não vão bem, as
demais áreas também não vão.
A gerência financeira é um cargo muito almejado por administradores, pois é bem remunerado.
Mas trata-se de um cargo de altíssima responsabilidade, pois todos os setores da empresa
estão ligados diretamente a esta área.
Já imaginou você sendo o executivo de uma empresa e todos os setores dependentes da sua
gerência?
Caberá, então, a você, caro aluno, identificar se gostou ou não desta área de conhecimento
da administração.
As demais unidades lhe darão base para esta sua decisão.
46  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1- Qual a relação das variáveis do retorno, risco e tempo com o objetivo do administrador
nanceiro, de acordo com Gitman?
2- Apresente a estrutura do balanço patrimonial, conforme MP 449/2208.
3- Qual a relação entre risco, retorno e tempo para a maximização do lucro e para a maximi-
zação da riqueza, apresentada pelos autores?
4- Uma empresa apresenta as seguintes projeções para entrada e saída de caixa:
Previsão de vendas: fev 180.000; mar 185.000; abr 190.000; mai 210.000 e jun
220.000.
Condições de crédito: 15% à vista; 35% em 30 dias e 50% em 60 dias.
As compras representam 60% do valor mensal das vendas e serão pagas da se-
guinte forma: 10% à vista; 50% em 30 dias e o restante em 60 dias.
Impostos: 7% de ICMS; 3% de COFINS e 0,65% de PIS, incidentes sobre as vendas
do mês anterior.
Os salários são xos e mensais de 25.000, acrescidos de encargos de 84%.
No mês de abril a empresa deverá efetuar o pagamento de uma parcela relativa à
aquisição de um imóvel no valor de 40.000.
Haverá recebimento de juros, mensalmente, na ordem de 3% sobre o valor da ven-
da mensal.
No mês de junho a empresa poderá resgatar uma aplicação nanceira no valor de
60.000, acrescida de 10% de juros.
Saldo inicial = 2.000,00.
Com base nestas informações pede-se para estruturar um orçamento de caixa para os
meses de abril, maio e junho e produzir um relatório de análise dos saldos, considerando
10% da venda do mês como saldo ideal.
UNIDADE II
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ÍNDICES
Professor Me. Claudir Rheinheimer 
Objetivo de Aprendizagem
• Abordar os índices nanceiros, cujo estudo permite ao prossional de nanças
fazer uma leitura econômico-nanceira da situação das entidades.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Análise das demonstrações nanceiras
• Usando os índices nanceiros
• Tipos de comparações de índices
• Categorias de índices nanceiros
• Capital de giro
• Capital de giro líquido
49 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
Os administradores devem saber que as analises e índices financeiros não são suficientes
para dizer se uma empresa está em níveis bons ou ruins, as analises são demonstrativos
que relacionam caixa e os ativos da empresa. Desta forma nesta unidade através do estudo
das demonstrações financeiras e capital de giro, os administradores poderão entender as
necessidades da empresa, para que sua decisão seja de forma pontual.
É através das analises e índices financeiros, que o administrador poderá avaliar o desempenho
de uma empresa, possibilitando ao gestor ter uma noção geral de como está os ativos,
produzindo resultados financeiros para que se possa tomar decisões e fazer o planejamento
do exercício. Gropelli e Nikbakht (2006, p.348) cita que pelo estudo desses demonstrativos, os
administradores podem localizar pontos fracos nas operações financeiras e adotar medidas
corretivas apropriadas.
Os demonstrativos financeiros são uma importante ferramenta para que os gestores possam
aperfeiçoar o processo, criando situações favoráveis e fazendo a realocação de recursos e
investimentos, garantindo assim a continuidade e expansão de suas riquezas, agregando valor
a suas marcas e produtos.
O capital de giro exige que o administrador financeiro tenha direcionamento estratégico, pois
desenvolve atividades em um cenário constante de risco e sempre precisa estar se adequando
a mudanças, buscando o equilíbrio financeiro de acordo com as necessidades da empresa,
ligando diretamente o capital de giro ao planejamento estratégico da empresa.
Desta forma o capital de giro necessita muito mais que demonstrações financeiras, precisa de
planejamento estratégico, para que a empresa atinja seus objetivos a curto e ao longo prazo,
para estar dentro das necessidades da empresa, sustentando as operações do dia dia.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Existem vários meios para avaliar o desempenho de uma empresa. Um deles consiste na
análise de seus demonstrativos financeiros. Pode-se fazer isso de três maneiras:
1- estudar o conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial;
2- analisar os demonstrativos de uxo de caixa;
50  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
3- examinar as relações entre os demonstrativos de resultado e o balanço patrimonial, reali-
zando uma análise de índices nanceiros.
O propósito final da análise financeira dos demonstrativos contábeis por meio desses três
procedimentos é auxiliar os administradores a realizarem um planejamento consistente
(GROPPELLI, 2006).
Verifica-se, claramente, que o insumo mais importante para uma análise com uso de índices
financeiros são os demonstrativos contábeis, em especial o demonstrativo do resultado
do exercício e o balanço patrimonial. Logo, é necessária uma boa compreensão destes
demonstrativos para elaborar relatórios, interpretar adequadamente a situação das entidades
e elaborar um planejamento seguro.
Groppelli prossegue na sua análise dizendo que a administração responsável de uma empresa
exige o constante acompanhamento das operações. Por exemplo, os executivos financeiros
precisam saber se suas empresas possuem ou não suficiente liquidez; isto é, eles devem
assegurar-se de que fundos suficientes estão disponíveis para pagar as dívidas pontualmente.
As empresas também estabelecem diretrizes em relação aos montantes de empréstimos e de
compromissos financeiros fixos aceitáveis.
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES
Gitman (2006, p. 191) estabelece os tipos de comparação de índices.
A análise de índices não é apenas o cálculo de um índice. O mais importante é a interpretação
do valor do índice. Uma base significativa para comparação é necessária para responder a
perguntas como “é baixo ou alto demais”? e “é bom ou ruim?”.
Cabe fazer um parêntese aqui e ressaltar a definição de
finanças dada por Gitman, justamente quando ele afirma que
administrar as finanças é a arte e a ciência. No momento em
que se calcula o índice, aplica-se a ciência, ou seja, fórmulas
especialmente desenvolvidas para esta finalidade. Mas a
interpretação precisa da arte, e esta arte consiste em interpretar e investigar adequadamente
a composição desse índice que se obteve, sob pena de fazer uma leitura equivocada sobre o
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51 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA  | Educação a Distância
real significado do resultado.
Destacam-se dois tiposde comparação de índices: comparativa setorial e série-temporal.
Análise comparativa setorial
A análise comparativa setorial envolve comparação de índices financeiros de diferentes
empresas na mesma data. Os analistas frequentemente estão interessados em comparar o
desempenho da empresa com o de outras em seu setor. Muitas vezes, uma empresa compara
os valores de seus índices com os de uma concorrente ou grupo importante de concorrentes
que deseja imitar.
Em algumas situações pode-se utilizar a média dos índices da concorrência como parâmetro
e em outras são preferidos os índices da empresa líder do setor.
Análise da série-temporal
A análise da série-temporal avalia o desempenho com o tempo. A comparação do atual
desempenho com o antigo, por meio de índices, permite que os analistas avaliem o progresso
da empresa. Tendências em desenvolvimento podem ser notadas, usando-se comparações
de vários anos. Como na análise comparativa setorial, quaisquer mudanças significativas de
ano para ano podem ser sintomas de um problema importante.
Este tipo de análise encontra restrições de uso em empresas novas, com apenas um período
de informações, já que não é possível fazer uma evolução histórica dos dados. Para estas
empresas deve ser utilizada a comparação setorial.
Análise combinada
Esta talvez seja a melhor maneira de utilizar análise com índices financeiros, pois permite uma
visão combinada possível de avaliar a tendência do comportamento do índice em relação à
tendência para o setor.
52  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Conforme Gitman (2006, p 193), antes de abordar índices específicos, devemos tomar as
seguintes precauções:
1) Os índices com grandes desvios da norma só indicam sintomas de um problema.
Uma análise complementar costuma ser necessária para isolar as causas do
problema.
2) Um índice único muitas vezes não fornece informações suficientes para julgar o
desempenho geral da empresa. Somente quando um grupo de índices é utilizado
podem ser feitos julgamentos razoáveis.
3) Os índices que estão sendo comparados devem ser calculados usando-se as
demonstrações efetuadas na mesma data durante o ano. Caso contrário, os efeitos
da sazonalidade podem gerar conclusões e decisões errôneas.
4) É preferível utilizar demonstrações financeiras auditadas para análise de índices.
Pois os dados nelas contidos podem não ser verdadeiros.
5) Os dados financeiros que estão sendo comparados devem ter sido desenvolvidos
da mesma maneira.
6) Os resultados correm risco de serem distorcidos pela inflação, que pode fazer os
valores contábeis do estoque e dos ativos depreciáveis diferirem muito de seus
verdadeiros valores.
Estes são cuidados que se deve tomar para obter uma correta interpretação do resultado da
análise de índices financeiros.
CATEGORIAS DE ÍNDICES FINANCEIROS
A seguir, apresentam-se alguns índices financeiros, não esgotando o assunto. Esses
índices são os mais utilizados e permitem uma leitura confiável, se utilizadas as precauções
anteriormente elencadas.
Para Gitman (2006, p. 194) os índices financeiros podem ser divididos em cinco categorias
básicas: liquidez, atividade, endividamento, lucratividade e índices de mercado.
ÍNDICE DE LIQUIDEZ
A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de satisfazer suas obrigações
no vencimento. A liquidez se refere à solvência da posição financeira geral da empresa – a
facilidade com a qual ela pode pagar suas contas.
53 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Índice de liquidez de curto prazo
Esse índice mede a capacidade que a empresa tem para pagar suas obrigações no curto
prazo. Faz uma relação dos valores a receber com os valores a pagar, no curto prazo. Mostra
quantos reais ela tem para cada real de dívidas. A fórmula utilizada é a seguinte:
Índice de liquidez de curto prazo = ativo circulante/passivo circulante.
Um índice de curto prazo aceitável comumente citado é 2,0. Mas deve-se atentar aos
componentes patrimoniais que originam este índice. O analista financeiro não deve se ater
simplesmente ao índice, mas deve investigar a qualidade dos componentes. Veja o exemplo
abaixo:
Ativo circulante Passivo circulante
Caixa.............................1.000,00 Fornecedores....................15.000,00
Banco c/c......................4.000,00 Outras contas a pagar..........5.000,00
Duplicatas a receber....20.000,00 Total.................................20.000,00
Estoques......................15.000,00
Total.............................40.000,00
Aplicando a fórmula teremos: 40.000,00/20.000,00 = 2,0.
Isto quer dizer que a empresa tem R$ 2,00 para receber para cada R$ 1,00 de dívidas a pagar.
Certamente apresenta uma situação de liquidez confortável.
Ao analisar a qualidade dos componentes do ativo circulante esse índice pode não ser tão bom
assim. Suponha que metade das duplicatas a receber sejam incobráveis e outra metade dos
estoques seja de produtos não vendáveis, estoque obsoleto. Teríamos, então, um novo valor
real para o ativo circulante:
54  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
AC = 22.500,00/20.000,00 = 1,12, ou seja, situação muito diferente da anterior, cujo índice
representa risco de inadimplência.
Desta forma ,deve-se analisar, além do índice, a composição dos componentes patrimoniais.
Índice de liquidez seca
Também chamado de quociente ácido, porque se extrai os estoques do valor do ativo circulante.
O estoque representa o componente de menor liquidez do ativo circulante e sem ele o índice
de liquidez contém apenas componentes facilmente convertidos em liquidez.
Acima de 1,0 é recomendado, mas sempre levando em consideração a qualidade dos
componentes.
A fórmula utilizada é a seguinte:
Índice seco = Ativo circulante – estoques/passivo circulante.
Índice de liquidez geral
Este índice retrata a saúde financeira, incluindo o longo prazo. Por isso chamada de liquidez
geral.
Este índice é determinado pela seguinte expressão:
Liquidez Geral = Ativo circulante + ativo realizável em longo prazo/passivo circulante + Passivo
exigível em longo prazo.
Índice desejado 2,0 ou acima, respeitada a qualidade dos componentes.
ÍNDICES DE ATIVIDADE
Os indicadores de atividade visam à mensuração das
diversas durações de um ciclo operacional, o qual envolve
todas as fases operacionais típicas de uma empresa, que
vão desde a aquisição de insumos básicos ou mercadorias
até o recebimento das vendas realizadas (NETO, 2003).
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55 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Lembre-se
Lembre-se, os índices financeiros e as demonstrações contábeis de resultados, não podem
ser parâmetros únicos para medir se uma determinada empresa está boa ou ruim. A análise
de índices contribui para a empresa identificar os pontos fortes e pontos fracos. Isso deve
ser feito por meio das comparações dos resultados da empresa com o resultado do setor,
relacionando a outras informações, cabendo ao gestor tomar as ações corretivas.
Giro de estoque
O giro de estoque mede comumente a atividade do estoque de uma empresa. É calculado
desta maneira:
Giro de estoque = Custo de produtos vendidos/estoque.
O giro de estoques só é significativo quando comparado ao de outra empresa no mesmo setor
ou ao giro de estoque anterior da empresa.
O giro de estoque pode ser convertido facilmente em uma idade média de estoque, dividindo-
-se por 360.
Em outras palavras: o giro de estoque significa quantas vezes o estoque médio da empresa
foi vendido em um ano. Ele mede a velocidade das vendas. A idade média de estoque indica
o tempo médio que os estoques ficam na empresa até serem vendidos.
Prazo médio de recebimento
Mede a idade média das contas a receber. É útil para comprar com a política de crédito
praticada pela empresa.
Por exemplo: a empresa concede, em média, 45 dias para seus clientes. Se o prazo médio
de recebimento apontar para 50 dias, significa que a

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