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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – UFSM DISCIPLINA – LEGISLAÇÃO AGRÁRIA E PROFISSIONAL KATIELLE MARTINS MARQUES UNIDADE 2 – LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESUMO – AULA 1 DIREITO AMBIENTAL É área responsável por estudar as interações do homem com a natureza e as formas legais para que o meio ambiente seja protegido. A disciplina de direito ambiental é recente no Brasil. Mas, desde o surgimento do homem na terra que já ocorre agressão ao meio ambiente. Entretanto, houve uma grande intensificação a partir da urbanização, globalização, etc. Dessa forma, foram estabelecidos diversos princípios descritos abaixo com a criação do direito ambiental: PRINCIPIO DO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL – Todos têm o direito ao meio ambiente protegido; PRINCIPIO DEMOCRÁTICO – Garante ao cidadão o direito à informação e participação nas políticas públicas ambientais; PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO – Assegura que interferências no meio ambiente só sejam feitas caso seja comprovado que não gerem reações adversas; PRINCIPIO DA PREVENÇÃO – Esse princípio obriga que o licenciamento ambiental e o estudo do impacto sejam feitos nos locais já constatados com impacto ambiental; PRINCIPIO DA RESPONSABILIDADE – A pessoa física ou jurídica é responsável por suas ações danosas ao meio ambiente, ficando sujeito a penalidades; PRINCIPIO DO USUÁRIO PAGADOR – Estabelece que quem utiliza o recurso ambiental deve suportar seus custos; PRINCIPIO DO POLUIDOR PAGADOR – Quem polui é obrigado a pagar pelo dano gerado; PRINCIPIO DO EQUILIBRIO – A administração pública deve sempre estudar as ações antes de aplicá-las no meio ambiente, colocando o desenvolvimento sustentável sempre em pauta; PRINCIPIO DO LIMITE – Parâmetros mínimos devem ser estabelecidos como para casos de emissões de partículas, ruídos, etc. Sempre pensando no desenvolvimento sustentável; PROBLEMA AMBIENTAL O avanço industrial permitiu o uso de tecnologia avançada, a introdução de máquinas, insumos e diferentes fontes energéticas, aumentando, assim, drasticamente a produção e produtividade. Entretanto, efeitos negativos começaram a serem sentidos também. Como o aumento da poluição causada pelas indústrias, devastação das florestas, mudanças climáticas, extinção de várias espécies, o uso irracional e descontrolado dos recursos não- renováveis. Essas questões geraram uma nova percepção acerca do uso descontrolado dos recursos naturais que são esgotáveis com a intenção de atender somente a demanda econômica a busca incessante pelo lucro capitalista. Dessa forma, medidas de preservação e recuperação ambiental passaram a ser necessárias e extremamente importantes. Tornou-se essencial repensar as questões ambientais. Assim, diversos organismos internacionais começam a defender e buscar leis e concepções de proteção ambiental, entre elas a organização das nações unidas (ONU), movimentos ambientalistas, entre outros. Discussões foram geradas em todo o mundo. No início ainda com forte visão econômica, como no relatório de Bruntland em 1987, na qual a primeira ministra da Noruega dirigiu a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. No Brasil aconteceu a Conferência Rio em 1992, uma conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento. Cinco anos após, em 1997 temos o protocolo de Kyoto. Desse modo, seguintes conferências foram ocorrendo com o passar dos anos e consequentemente a aprimoração das medidas de acordo com o a urbanização mais intensa, aumento populacional e crescentes produções. CONSTITUIÇÃO E PROTEÇÃO AMBIENTAL Antes de 1988, não existiam menções expressas para proteção ambiental. Sendo a constituição Federal um importante marco na questão ambiental. Assim, somente na terceira fase, chamada de ‘’holística’’ que o ambiente passa a ser protegido de maneira integral. Essa fase compreende dos anos 1980 até a atualidade. O Artigo 225 da Constituição Federal assegura que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Impondo ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo.
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