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EFEITOS DA INCLUSÃO DA BIXA ORELLANA L NA COLORAÇÃO DA CARNE DE FRANGOS DE CORTE - Correção 1 (1)

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EFEITOS DA INCLUSÃO DA BIXA ORELLANA L. NA COLORAÇÃO DA CARNE DE FRANGOS DE CORTE
Giancarlo RIEGER[footnoteRef:1] ; Francisco H. B. GURGEL[footnoteRef:2]; Danyelly DARÓS2; Jaqueliny BORHER2; Mayra E. A. COUTO2; Gabriel FOLADOR2; Cleiton F. J. MARTINS2 [1: Bacharel em Medicina Veterinária – UNICESUMAR, Especialista em Farmacologia Aplicada à Clínica e à Prescrição Farmacêutica – UNICESUMAR, Mestrando em Produção Animal – Univeridade Brasil, Professor - FARON] [2: Acadêmico de Medicina Veterinária - FARON] 
Resumo:
O crescente aumento no consumo de carne de frango aumenta a seletividade dos consumidores na sua escolha, visando sempre um bom aspecto, especialmente em sua coloração. Tratando-se do urucum (Bixa Orellana L.) um corante em natural, cultivado em quase todos os estados brasileiros, ..... O presente trabalho teve como finalidade observar as mudanças de coloração da carne de frango após a adição de diferentes níveis de urucum da dieta dos animais. Foram submetidos à pesquisa sessenta frangos, divididos em quatro lotes, tratados na proporção de 0; 5; 10 e 15% de inclusão de urucum na ração. Conclui-se que obtivemos uma mudança na pigmentação da carne somente no lote submetido à maior porcentagem de urucum, obtendo-se mudança de coloração, observando-se aumento categórico somente de partes como pele e gordura, não obtendo alterações significativas de coloração na carne.
Abstract:
With a growing increase in the consumption of chicken meat, consumers end up becoming more selective in their choice, always aiming to look good, especially in their color. In the case of annatto (BIXA ORELLANA L.) a potential dye, this quantitative field research aimed to observe chicken meat after addition to its diet. Sixty animals were used and divided into four lots, treated respectively in the proportion of 0; 5, 10, and 15% of annatto increased in the feed. It is concluded that we obtained a change in the pigmentation of the meat only in the batch to which the highest percentage of annatto was used, obtaining a color change which was not satisfactory to the project involved. It is noteworthy that there is a categorical increase only in parts such as skin and fat, but in meat there are no significant changes.
Introdução:
A carne de frango permeia o grupo de produtos de origem animal com as maiores perspectivas de crescimento entre 2012 e 2022, a estimativa de crescimento anual pode atingir os indicadores de 4,2%, índice que deve representar os 12,8 milhões de toneladas no decurso dos sobrescritos 10 anos (MAPA, 2012). Um dos fatores que permite o incremento dos níveis de consumo deste produto é a acessibilidade no que se refere ao preço, principalmente em se falando de consumidores de baixa renda, que cada vez mais se tornam arguidores dos aspectos de qualidade, dentre eles a coloração, que confere uma aparência de frescor e qualidade.
A competitividade brasileira no mercado avícola de corte está relacionada à escala de produção, qualidade do produto final e baixos custos produtivos, este último decorre do rápido período entre as fases iniciais e o abate, que pode oscilar entre 46 e 69 dias (MENDES, 2004).
O uso comercial do urucum é recente e vem aumentando cada vez mais em função das exigências do mercado por produtos mais “saudáveis”, uma vez que a legislação limita o uso de determinados aditivos artificiais na indústria alimentícia e farmacêutica (LEMOS et al., 2011), fazendo-se assim do urucum um grande potencial em termos de pigmentação.
Na avicultura atual, acabam optando por formulações de rações mais em conta, substituindo o milho que, em determinadas épocas do ano, pode representar aproximadamente 40% da produção pelo farelo de sorgo, que possui características nutricionais semelhantes. Quando são utilizados ingredientes deficientes de xantofilas e carotenoides como o sorgo, devem-se incluir pigmentos para melhorar a coloração da carne (SILVA et al., 2000), sendo o urucum (B. Orellana L.) um grande destaque e um dos principais pigmentos naturais.
O B. Orellana L. é cultivado em quase todos os estados brasileiros, principalmente na Paraíba, Pará, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Piauí e Paraná. Estima-se a produção brasileira sejam em torno 12 mil toneladas de grãos anuais (SEAGRI, 2009). Por ser fácil sua aquisição e de baixo custo esse trabalho tem como objetivo avaliar a utilização do urucum juntamente às rações como uma nova fonte de pigmentação da carne de frango in natura ressaltando em uma coloração e aspecto mais atrativo aos consumidores.
Materiais e métodos:
O experimento foi conduzido no aviário experimental do campus da Faculdade Marechal Rondon no município de Vilhena Rondônia no período de 30 outubro a 15 dezembro de 2019.
Foram utilizados 60 frangos (Plymouth Rock Branca) de crescimento rápido, divididos em quatro tratamentos, fazendo-se o grupo controle (L0), alimentado com ração à base de milho, e os demais tratamentos acrescidos do resíduo da semente de urucum nas proporções de 5% (L1), 10% (L2) e 15% (L3) respectivamente, totalizando 15 animais por lote no período de 49 dias, em sistema intensivo.
O urucum foi moído de maneira convencional através de um moedor de milho e passado em uma peneira média. A homogeneização foi feita manualmente e semanalmente, calculando a quantidade de ração e resíduo da semente de urucum por lote de pintainhos, baseando na tabela Brasileira para Aves e Suínos (tabela 2.06 p.278) –consequentemente evitou perdas e envelhecimento da ração. A água foi fornecida ad libitum durante todo o período do experimento. 
As aves foram pesadas na chegada ao aviário, terceiro dia de nascimento (1º dia de experimento), seguindo a pesagem todos os dias até a data de abate no 49º dia de experimento. Foi utilizado o sistema de iluminação térmica com lâmpadas incandescentes de 40 watts até o 15º dia. O consumo de ração e o peso das aves foram feitos através de uma balança eletrônica de precisão (Marca, modelo e fabricante), fornecendo assim a média diária do ganho de peso, consumo e perdas de ração. No decurso do experimento, fora fornecido antimicrobiano (Trissulfin® 100G) no 21º dia de experimento na intenção da prevenção contra agentes patológicos como Escherichia coli e Salmonella enteritidis.
Aos 49º dia de idade das aves, estas foram abatidas, tendo sido previamente insensibilizadas de modo que fossem preservados os batimentos cardíacos para drenagem de sangue após a secção dos grandes vasos, posteriormente disposto em água quente para a retirada das penas. Seguidamente foram realizados os cortes e manuseados de maneira uniforme para serem fotografados, permitindo a comparação de coloração dos cortes adiante qualificados: peito, coxa, sobre coxas e asa.
Resultados e discussões:
Como podemos observar a tabela 1 e 2, não há alterações visuais notórias quando comparado o L0 ao L3 no qual se observa uma discreta mudança no aspecto coloração. Observando a tabela 3, há uma mudança satisfatória da coloração da gordura e pele, porém a carne em si não foi pigmentada da maneira esperada. 
O consumo de ração foi uniformemente entre os lotes, mostrando que a alta porcentagem L3 (com 15% de incremento de RSU na ração) não influenciou na palatabilidade. 
Aqui vocês precisam comparar a literatura com os resultados que vocês observaram: Por exemplo “a inclusão de urucum aumenta a coloração (AUTOR, ano), porém conforme observado no presente estudo ....
Imagem 1 – Comparação dos cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa e asa), do L0 e L1 respectivamente, para análise da coloração; 
Imagem 2 – Comparação dos cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa e asa) do L0 e L2, respectivamente, para análise da alteração de coloração;
Imagem 3 – Comparação dos cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa e asa) do L0 e L3, respectivamente, para análise da alteração de coloração:
Conclusão:
Os observadores desta pesquisa concluíram que, há uma significativa influencia em pigmentação da carne através do urucum particularmente em gordura e pele, no entanto nadaque seja favorável e satisfatório ao mercado produtor e consumidor. 
PRECISA DE RESULTADOS E DISCUSSÕES PARA CONCLUIR.
Agradecimentos:
À Faculdade Marechal Rondon pela disbonibilização de sua infraestrutura para a condução do experimento. Ao Professor Giancarlo Rieger, mestrando em Produção Animal, pela orientação e por nos sanar dúvidas inerentes ao projeto. 
Referências:
NOGUEIRA, L. S. S.; ROCHA J. C.; SILVA, O. J. C.; et al.. Efeitos da inclusão de urucum na dieta sobre o desempenho de frangos de corte machos Label Louge. Zootecnia Brasil. Goiânia – GO, 2018.
FREITAS, E. R.; SOUZA, D. H.; DANTAS, F. D. T.. Potencial do urucum e seus resíduos para pigmentação dos produtos avícolas. UFC. 2014.
HARDER, M. N. C.; SPADA, F. P.; SAVINO, V. J. M.; et al.. Coloração de cortes cozidos de frangos alimentados com urucum. Ciência e tecnologia dos alimentos. Campinas – SP, 2010.
LUIGGI, F. G.. Extrato oleoso de urucum na alimentação de frangos de corte. UNESP. Botucatu – SP, 2015.
ASSUNÇÃO, D. W. D.; ROCHA, J. C.; SILVA, O. J. C.; et al.. Utilização de urucum na alimentação de frangos da linhagem Label Rouge. Zootecnia Brasil. Goiânia – GO, 2018.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA. Estatísticas e Dados Básicos de Economia Agrícola – Junho de 2013. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br>. Acesso em: setembro de 2019.
MENDES, A. A; SALDANHA, E. S. P. B.. A cadeia produtiva da carne de aves no Brasil. In: MENDES, A. A.; NÄÄS, I. A.; MACARI, M. (Orgs.). Produção de Frangos de Corte. Campinas: Facta, p. 1-18, 2004.
SEAGRI. Cultura do Urucum cresce no Cone Sul e tem oferecido boa receita anual a produtores. Publicado em 03 ago. 2009. Disponível em: <http://www.rondoniaovivo.com.br/noticias/cultura-do-urucum-cresce-no-cone-sul-e-temoferecido-boa-receita-anual-a-produtores/53333#.UjRdkMafg9x>. Acesso em: 26 agos. 2019.
SILVA, J.H.V. et al., Uso do extrato de urucum na pigmentação da gema dos ovos. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.29, p.1435-1439, 2000.
LEMOS, A.R. et al., Atividade antioxidante e correlação com fenólicos totais em genótipos de Urucum (Bixa orellana L.). Revista do Instituto Adolfo Lutz, 70(1):62-68, 2011.
FAUSTINO, S. L. S.; ROCHA, J. C.; SILVA, O. J. C.; et al.. Coloração de frangos de crescimento lento alimentados com dieta contendo urucum. Zootecnia Brasil. Goiânia – GO, 2018.
Horacio Santiago 
Rostagno
Horacio Santiago 
Rostagno
Tabelas brasileiras para aves e suínos [: composição de alimentos e exigências nutricionais] / Editor: Horacio Santiago Rostagno; Autores: Horacio Santiago Rostagno… [et al.]. 4. Ed. – Viçosa: Departamento de Zootecnia, UFV, 2017.

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