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CONTABILIDADE GERENCIAL[1]

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 
GERENCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. RENATA PÂMILLA MATOS VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Apresentação 
Caro (a) aluno (a), 
 
No início do Séc. XX, os empresários sentiam necessidade de definir e quantificar os 
custos do processo produtivo para poder, com essa informação, analisar e tomar decisões 
sobre o desenvolvimento do parque fabril. Essa necessidade surgiu como conseqüência da 
passagem de uma sociedade com economia agrária para uma economia industrial, 
caracterizada pela produção em massa, mediante o uso de máquinas no processo produtivo. 
Nesse cenário industrial, era impossível administrar os empreendimentos sem uma 
base de informações sobre o processo produtivo. A contabilidade financeira realizada até esse 
momento teve de ser ajustada para poder gerar as informações necessárias ao setor de 
produção. Nesse sentido, pesquisas são desenvolvidas e são divulgados os diversos métodos 
de custeio, tais como: por absorção, direto/variável, padrão, ABC, dentre outros. Todas as 
metodologias apresentadas visam à apuração, análise e gestão da produção, ou seja, 
proporcionar ferramental suficiente para que os gestores possam gerenciar os custos e tornar 
sua empresa mais competitiva numa economia globalizada. 
Assim é importante que você conheça as técnicas da contabilidade de custos que 
auxiliam os administradores a tomar decisões tais como: qual é o melhor produto? Compensa 
a empresa aceitar um pedido? É viável terceirizar uma etapa do processo produtivo? O que 
acontece com o resultado se houver variação no volume e no custo? Como formar o preço de 
venda? Qual o ponto de equilíbrio da empresa? Quanto a empresa deixou de faturar por 
problemas decorrentes da falta da qualidade de seus produtos? Neste material didático, você 
encontrará as respostas para esses questionamentos ao aprender a aplicar as técnicas da 
contabilidade de custos no processo de tomada de decisão. 
Espero que esse conhecimento o ajude a agregar valor à organização em que trabalha 
atualmente ou vier a trabalhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Plano de Ensino 
DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
EMENTA 
Conceitos básicos de custos. Classificação dos custos. Fixos e variáveis, diretos e 
indiretos. Departamentalização e rateio de custos. Centros de custos de produção. 
Centros de custos de apoio. Critérios de rateio. Sistema de apuração de custos por 
absorção. Conceito e objetivo. Sistema simplificado. Custeamento por centros de 
custos. Sistema de custeio por atividade - Ponto de equilíbrio. Alavancagem. Teoria 
das Restrições. Despesas e ganhos. Restrições (Gargalos) internas e externas. Mix 
de produção e vendas. Formação de preço de vendas. Preço, margem e mark up. 
Impostos incidentes sobre o preço. Preços e custos à vista e a prazo. . 
OBJETIVO: 
Objetivo Geral 
 Apresentar algumas metodologias que visam a apuração, análise, gestão da produção e tomada 
de decisões com informações de custos 
Objetivos específicos 
 Calcular o ponto de equilíbrio 
 Calcular a margem de contribuição 
 Tomar decisões de curto prazo 
 Fixar o preço de venda 
 Calcular o ponto de equilíbrio 
. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 Método de custeio variável. 
 Margem de contribuição e decisões de curto prazo. 
 Fixação do preço de venda. 
 Relação custo x volume x lucro. 
 Ponto de Equilíbrio. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2004. 
HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de custos. 
10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 
PERES JUNIOR, José Hernandes; OLIVEIRA, Luis Martins de; COSTA, Rogério Guedes. 
Gestão estratégica de custos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
 
 
4 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR, José Hernandes Perez. Contabilidade de Custos 
para não contadores. São Paulo: Atlas, 2000. 
LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle. São Paulo: 
Atlas, 2000 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
 
Sumário 
 
 
Unidade 1 – Custeio Variável x Custeio por Absorção 
 
Unidade 2 – Margem de contribuição 
 
Unidade 3 – Decisões de curto prazo 
 
Unidade 4 – Análise diferencial 
 
Unidade 5 – Ponto de equilíbrio 
 
Unidade 6 – Relação custo x volume x lucro 
 
Unidade 7 – Preço de venda 
 
Unidade 8 – Custo-padrão ou standard 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
Meta da unidade 
Apresentar o método de custeio variável e compará-lo com o custeio por absorção. 
 
Pré-requisitos 
É importante que você saiba calcular o custo dos produtos fabricados pelo método de 
custeio por absorção, que saiba classificar os custos em direitos/variáveis e indiretos/fixos e 
que saiba qual o efeito da alocação dos custos indiretos no resultado da empresa. 
 
Objetivos 
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de: 
 calcular o custo dos produtos fabricados pelo método de custeio variável/direto e 
também pelo custeio por absorção; 
 identificar as diferenças no cálculo do custo da produção pelos dois métodos; 
 calcular o lucro pelos dois métodos. 
 
Introdução 
Vimos, anteriormente, que, historicamente, a Contabilidade de Custos visava a 
identificar os custos do processo de industrialização (a matéria-prima – então o principal item; 
a mão-de-obra direta – totalmente ligada à fabricação; e os demais gastos, chamados gastos 
gerais não tão relevantes), e possibilitar a determinação do lucro e do preço de venda do 
produto fabricado. (IBRACON, 2000, p. 206). Contudo, a alocação dos custos indiretos/fixos 
pode, para efeito de decisão, enviesar as informações de custo dos produtos. Segundo Martins 
(2001, p.214), isso acontece porque: 
a) os custos fixos existem independente de haver ou não produção; 
b) os custos fixos são necessários para que a empresa possa funcionar como um todo e 
não apenas para fabricar esta ou aquela unidade de determinado produto; 
Unidade 01 
Custeio Variável x Custeio por Absorção Evidenciada 
Graficamente III 
 
 
6 
 
c) os custos fixos são atribuídos a cada unidade fabricada, de acordo com critérios 
arbitrários e subjetivos (critérios de rateio); e o critério escolhido pode transformar um 
produto não rentável em rentável ou vice-versa; 
d) o valor do custo fixo por unidade depende da quantidade fabricada, quanto mais 
aumentar a quantidade, menor o custo fixo por unidade. Assim, se a empresa diminuir 
a fabricação de um produto porque está gerando pouco lucro, seu custo ficará maior 
devido à diminuição na quantidade, exigindo aí um aumento no preço de venda que 
nem sempre será aceito pelo consumidor. 
 
Essas alegações e o problema apresentado na unidade anterior contribuíram para que 
estudiosos fizessem a seguinte pergunta: “por que não excluir do cálculo do custo da 
produção os custos indiretos/fixos?” 
 Em resposta a essa pergunta, surge o Método de Custeio Variável também conhecido 
como Custeio Direto. Esse nome surgiu nos Estados Unidos no ano de 1936 através de J. 
Harris (DUTRA, 1995, p.167). 
 O custeio variável fundamenta-se na separação dos custos em variáveis e fixos, isto é, 
em custos que se alteram em relação à quantidade produzida e vendida e custos que se 
mantêm estáveis perante as oscilações de produção e venda. Por esse método, somente os 
custos variáveis, quer sejam diretos ou indiretos, são alocados ao produto fabricado ou serviço 
prestado. Sendo assim, podemos concluir que os estoques registrados no Balanço Patrimonial 
só possuem custos variáveis e os custos fixos serão classificados como despesas do período, já 
que não estão incluídos no custo da produção (OLIVEIRA; PEREZ JR, 2000, p. 116). 
 
Custeio Variável 
É um método para determinar o custo dos produtosfabricados, considerando como 
custo apenas os custos variáveis incorridos no período. Possui as seguintes características: 
 o custo fixo é considerado como despesa, ou seja, vai diretamente para o resultado. 
Portanto, não é rateado, não vai para o CPV e nem para o Estoque; 
 é um instrumento gerencial e deve ser tratado extra-contabilmente; 
 o CPV e o Estoque Final conterão apenas custo variável; 
 faz a separação entre custo e despesas, e os custos são classificados em fixos e variáveis; 
 permite definir o ponto de equilíbrio (Break-Even Point); 
 revela o desempenho individual dos produtos, por meio da Margem de contribuição; 
 não é aceito pela legislação por não obedecer aos princípios contábeis; 
 
 7 
 possibilita a análise da relação Custo-Volume-Lucro; 
 o resultado (lucro ou prejuízo) acompanha as alterações nas vendas (se a venda aumentar, 
o resultado também aumentará e vice-versa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo do custo de produção pelo custeio variável 
 Para facilitar o entendimento e a comparação entre os métodos de custeio variável e 
por absorção, vamos usar a mesma empresa apresentada na unidade anterior. A empresa 
industrial Brim Ltda fabrica calças e camisas. Essa empresa aluga um imóvel que tem 4 
cômodos, assim distribuídos: administração, vendas, almoxarifado e produção. No mês de 
abril de 2006, fabricou 60 camisas e 80 calças. Nesse mês, vendeu 40 camisas e 50 calças. O 
preço de venda de cada camisa é R$ 30,00 e de cada calça é R$ 60,00. O proprietário da 
empresa apresentou a seguinte planilha: 
TRANSAÇÃO VALOR 
HIPOTÉTICO 
 
Comprou 200m de tecido 
Jeans por R$ 10/m 
R$ 2.000,00/total Foi usado na produção 150m de tecido R$ 1.500,00 (150m x 
R$10) 
Comprou 100m de tecido 
Popeline por R$ 5/m 
R$ 500,00/total Foi usado na produção 80m de tecidos R$ 400,00 (80m x R$ 5) 
Funcionário que fabrica a calça 
ganha por unidade produzida 
R$ 8,00/unidade Total ganho R$ 8 x 80 = R$ 640,00 
Funcionário que fabrica a 
camisa ganha por unidade 
produzida 
R$ 7,00/unidade Total ganho R$ 7 x 60 = R$ 420,00 
Funcionário que limpa a 
empresa ganha 
R$ 360,00/mês 
Vendedor ganha por comissão 10% do total vendido R$ 4.200 x 10% = R$ 420,00 
Aluguel mensal R$ 800,00/mês 
Energia de abril R$ 200,00 
Depreciação mensal da 
máquina de costura 
R$ 140,00/ao mês 
Custeio Variável 
Vantagens 
 Acaba com as flutuações nos 
resultados decorrentes dos 
critérios de rateio; 
 Permite conhecer a margem de 
contribuição efetiva de cada 
produto, indicando qual é o 
melhor produto; 
 Simplifica os trabalhos de custos 
uma vez que elimina as operações 
contábeis de rateio dos custos 
fixos. 
 
Desvantagens 
 Este método sofre restrições tributárias, pois o 
resultado apurado não é aceito como base de 
cálculo para o imposto de renda; 
 Dificuldade em definir os custos de 
comportamento efetivamente variáveis, no caso 
de custos mistos; 
 Seus resultados não coincidem com os de 
natureza contábil apresentados aos acionistas 
da empresa no final do ano; 
 Antes de vender os produtos, já deduziu 
totalmente os custos fixos que auxiliaram na 
fabricação dos produtos, ferindo o princípio da 
competência, pois reconhece a despesa antes da 
receita, isto é, do produto ser vendido. 
 
 
8 
 
 
1º passo: separar o custo da despesa 
CUSTO DESPESA 
Tecido Jeans usado R$ 1.500 
Tecido Popeline usado R$ 400 
Funcionário da Calça R$ 640 
Funcionário da Camisa R$ 420 
Funcionário que limpa a fábrica R$ 90 Funcionário que limpa os outros 
setores 
R$ 270 
Aluguel da fábrica R$ 200 Aluguel dos outros setores R$ 600 
Energia da fábrica R$ 50 Energia dos outros setores R$ 150 
Depreciação da fábrica R$ 140 Vendedor R$ 420 
TOTAL R$ 3.440 TOTAL R$ 1.440 
 
2º passo: Classificar o custo em variável e fixo e a despesa em fixa e variável 
CUSTO VARIÁVEL CUSTO FIXO 
Tecido Jeans usado R$ 1.500 Funcionário que limpa a fábrica R$ 90 
Tecido Popeline usado R$ 400 Aluguel da fábrica R$ 200 
Funcionário da Calça R$ 640 Energia da fábrica R$ 50 
Funcionário da Camisa R$ 420 Depreciação da fábrica R$ 140 
TOTAL DO CUSTO R$ 2.960 TOTAL DO CUSTO R$ 480 
DEPESA VARIÁVEL DESPESA FIXA 
Vendedor (comissão) R$ 420 Funcionário que limpa os outros setores R$ 270 
 Aluguel dos outros setores R$ 600 
 Energia dos outros setores R$ 150 
TOTAL DA DESPESA R$ 420 TOTAL DA DESPESA R$ 1.020 
 
3º passo: Distribuir o custo variável aos produtos 
PRODUTO CAMISA 60 unid. PRODUTO CALÇA 80 unid. 
Tecido Popeline usado R$ 400 Tecido Jeans usado R$ 1.500 
Funcionário da Camisa R$ 420 Funcionário da Calça R$ 640 
CUSTO TOTAL R$ 820 CUTO TOTAL R$ 2.140 
CUSTO UNITÁRIO R$ 13,666667 CUSTO UNITÁRIO R$ 26,75 
 
4º passo: O custo fixo é classificado como despesa 
 O custo fixo vai direto para a DRE no grupo de despesas. 
 
Conclusão: 
a) Sobraram no estoque 30 calças por R$ 802,50 (30 x R$ 26,75). 
b) Sobraram no estoque 20 camisas por R$ 273,34 (20 x R$ 13,667). 
c) O lucro deverá ser calculado assim: 
DRE PELO CUSTEIO VARIÁVEL 
 CALÇA CAMISA TOTAL 
Vendas 50 x R$ 60 = 3.000,00 40 x R$ 30 = 1.200,00 4.200,00 
(-) CPV 50 x R$ 26,75 =(1.337,50) 40x R$ 13,666667 = (546,66) (1.884,16) 
(-) Despesa Variável 
 comissão vendedor 
... 
10% x 3.000= (300,00) 
... 
10% x 1.200 = (120,00) 
... 
(420,00) 
= Margem Contribuição 1.362,50 533,32 1.895,84 
(-) Custo Fixo ... ... (480,00) 
(-) Despesas fixas 
 limpeza 
 aluguel 
 energia 
... 
... 
... 
... 
... 
... 
... 
... 
... 
(270,00) 
(600,00) 
(150,00) 
=Lucro Líquido 395,84 
 
 9 
 
Pare e Pense 
Nesse exemplo da empresa Industrial Brim Ltda, quais são as diferenças fundamentais entre 
os métodos de custeio por absorção e o custeio variável? Veja algumas: 
 
Produto Método de custeio Custo Total 
De 80 peças 
Estoque Final de 
30 peças 
CPV de 50 peças 
Calça Absorção 2.414,40 905,40 1.509,00 
Variável 2.140,00 802,50 1.337,50 
DIFERENÇA: é o valor do custo fixo por unidade que não está registrado no custeio variável. O custo fixo por 
unidade é R$ 3,4285714 (R$ 480/140unidades). 
 
Produto Método de custeio Custo Total 
De 60 peças 
Estoque Final 
De 20 peças 
CPV de 40 peças 
Camisa Absorção 1.015,60 341,86 683,73 
Variável 820,00 273,34 546,66 
DIFERENÇA: é o valor do custo fixo por unidade que não está registrado no custeio variável. O custo fixo por 
unidade é R$ 3,4285714 (R$ 480/140unidades). 
 
Lucro Líquido 
Custeio por absorção R$ 567,267 
Custeio Variável R$ 395,84 
DIFERENÇA: é o valor do custo fixo que foi totalmente diminuído no custeio variável como despesa. Enquanto 
no custeio por absorção, o custo fixo que foi para a DRE é proporcional a quantidade vendida. O custo fixo por 
unidade é R$ 3,4285714 (R$ 480/140unidades). 
 
A seguir, apresentamos a Demonstração do Custo do Produto Vendido e a Demonstração 
do Resultado do Exercício pelo custeio variável. 
 
Demonstração do Custo do Produto Vendido – CPV 
 
1 Estoque Inicial de Matérias Primas 00 
2 (+) Compras de Matérias primas 2.500,00 
3 (=) CUSTO DE MATÉRIAS PRIMAS DISPONÍVEIS 2.500,00 
4 (-) Estoque final de matérias primas (600,00) 
5 (=) CUSTO DAS MATÉRIAS PRIMAS APLICADAS 1.900,00 
6 (+) Mão de obra direta 1.060,00 
7 (=) CUSTO PRIMÁRIO 2.960,00 
8 (+) Outros custos diretos 
 8.1 Materiais secundários 00 
 8.2 Materiais de embalagem 00 
 8.3 outros materiais 00 
 8.4 Gastos gerais de fabricação diretos 00 00 
9 (=) CUSTOS DIRETOS DE FABRICAÇÃO = CUSTO DE 
PRODUÇÃO DO PERÍODO 
 2.960,00 
10 (+) Estoque inicial de produtos em elaboração 00 
11 (=) CUSTO DE PRODUÇÃO 2.960,00 
12 (-) Estoque final de produtos em elaboração 00 
13 (=) CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA NO PERÍODO 2.960,00 
14 (+) Estoque Inicialde Produtos Acabados 00 
15 (=) CUSTO DOS PRODUTOS DISPONÍVEIS PARA A VENDA 2.960,00 
16 (-) Estoque Final de produtos acabados (802,50 + 273,34) 1.075,84 
17 (=) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 1.884,16 
 
 
 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE pelo Custeio Variável 
 
 
10 
 
 
1 Vendas Líquidas 4.200,00 
2 (-) Custo do Produto Vendido CPV 
 2.1 (+) Estoque inicial de produto em elaboração e acabado 00 
 2.2 (+) Matéria Prima (custo variável) 1.900,00 
 2.3 (+) Mão de Obra Direta (custo variável) 1.060,00 
 2.4 (+) Gastos Gerais Diretos (custo variável) 00 
 2.5 (-) Estoque final de produto em elaboração e acabado (1.075,84) 1.884,16 
3 (-) Despesas de Vendas Variáveis (420,00) 
4 (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.895,84 
5 (-) Custo Fixo ou Indireto de Fabricação (480,00) 
6 (-) Despesas Fixas 
 6.1 Despesas de vendas Fixas 00 
 6.2 Despesas Administrativas Fixas 1.020,00 
 6.3 Despesas Financeiras Fixas 00 (1.020,00) 
7 (=) LUCRO LÍQUIDO 395,84 
 
Pare e Pense 
Quais são as diferenças fundamentais entre os métodos de custeio por absorção e o custeio 
variável? Veja algumas: 
 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO VARIÁVEL 
Debita custos diretos e indiretos aos 
produtos através de taxas de absorção. 
Debita somente custos diretos (variáveis) aos produtos. 
É critério legal e fiscal. É critério administrativo e gerencial. 
Na DRE temos o Lucro Bruto. Na DRE temos a Margem de Contribuição. 
No Estoque tem custo fixo e variável. No Estoque só tem custo variável. 
 
Síntese da unidade 
Você ficou sabendo que o custeio variável surgiu pelo fato dos custos fixos gerar 
custos e resultados diferentes para um mesmo produto. Para evitar essa situação, 
consideramos como custo do produto fabricado apenas os custos variáveis. 
 
Atividade 
 I – A empresa Industrial Sapon Ltda fabrica os produtos A e B. O contador de custos 
apresentou os seguintes dados para que você possa ajudá-lo a calcular o lucro líquido da 
empresa pelo custeio variável e pelo custeio por absorção. 
 
Total das despesas administrativas (comum aos dois produtos) R$ 60 
Total das despesas financeiras (comum aos dois produtos) R$ 15 
PRODUTO A PRODUTO B 
Preço Unitário de Venda R$ 15 Preço Unitário de Venda R$ 20 
Total do custo Fixo (indireto) R$ 200 Custo Fixo (indireto) total R$ 100 
Total do custo Variável (direto) R$ 120 Custo Variável (direto) total R$ 340 
Impostos sobre as vendas (ICMS, PIS, COFINS) 
R$ 300 
Impostos sobre as vendas (ICMS, PIS, COFINS ) R$ 240 
Volume produzido 100 unidades Volume produzido 100 unidades 
Volume vendido 80 unidades Volume vendido 40 unidades 
Total das despesas de vendas fixas R$ 40 Total das despesas de vendas fixas R$ 30 
Total das despesas de vendas variáveis R$ 50 Total das despesas de vendas variáveis R$ 20 
 
 11 
Margem de Contribuição 
 
 
 
Meta da Unidade 
 Apresentar a ferramenta gerencial denominada margem de contribuição. 
 
Pré-requisitos 
O conteúdo desta unidade é bastante utilizado no processo de tomada de decisões. 
Justificamos esse uso, informando que o valor da contribuição marginal deve ser suficiente 
para cobrir os custos e despesas fixas e ainda remunerar o capital investido pelos 
proprietários. Para que você possa ter uma boa aprendizagem deste conteúdo, é necessário que 
reveja, na unidade anterior, a estrutura da DRE utilizada no método de custeio variável. 
 
Objetivos 
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de: 
 identificar o conceito e as vantagens que a margem de contribuição proporciona 
ao contador de custos; 
 calcular a margem de contribuição e o resultado líquido da empresa que adota o 
custeio variável. 
 
Introdução 
A associação dos gastos incorridos no processo de produção passa pela necessária 
decisão de quais tipos de custos serão, efetivamente, alocados aos produtos. Quando 
custeamos os produtos atribuindo-lhes os custos indiretos e diretos, estamos usando o método 
de custeio por absorção. Quando calculamos o custo alocando à produção apenas os custos 
variáveis, estamos usando o método de custeio variável. Uma das vantagens de se utilizar o 
custeio variável é a determinação de um indicador de grande poder decisorial, denominado de 
margem de contribuição. Esse indicador ajuda o gestor a tomar várias decisões de curto prazo. 
Nesse contexto, é importante que você, futuro administrador, saiba usar as ferramentas 
gerenciais que a contabilidade de custos disponibiliza às pessoas que desejam planejar, 
controlar e tomar decisões sobre custos. 
 
Margem de contribuição 
 A margem de contribuição representa o quanto a produção e venda de uma unidade de 
um produto gera de recursos monetários para que a empresa possa pagar seus custos e 
 
12 
 
despesas fixos e, ainda, obter lucro. Algebricamente, a margem de contribuição pode ser 
calculada assim: 
DRE PELO CUSTEIO VARIÁVEL 
1 Vendas Líquidas 1.000 
2 (-) Custos Variáveis dos produtos vendidos - CPV (400) 
3 (-) Despesas de Vendas Variáveis (100) 
4 (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 500 
5 (-) Custos Fixos (300) 
6 (-) Despesas Fixas (150) 
7 (=) Lucro Líquido 50 
 
Analisando esse exemplo, podemos perceber que, pelo Método de Custeio Variável, o 
gasto é analisado em duas partes: 
 uma composta pelo custo marginal (custos e despesas variáveis); 
 outra composta pelos custos necessários para manter a estrutura da empresa em condições 
de produzir e vender (custo e despesas fixas). 
Nesse sentido, o resultado (lucro ou prejuízo) também pode ser desdobrado em duas 
partes: 
 o primeiro é o resultado do produto calculado em função do ganho marginal (margem de 
contribuição); 
 o segundo é o lucro geral da empresa (lucro líquido). 
 O primeiro, margem de contribuição, deve ser suficiente para: 
 pagar os custos fixos; 
 gerar o lucro total almejado pela empresa. 
O segundo, lucro líquido, deve contribuir para: 
 provisionar os impostos; 
 calcular as destinações do lucro para administrador, empregado, debenturista, partes 
beneficiárias; 
 pagar os dividendos (parcela do lucro devida aos acionistas); 
 cobrir os prejuízos de anos anteriores. 
 Assim, a análise do lucro não é feita com base no lucro bruto unitário, mas pelo ganho 
marginal que cada produto gera para pagar o custo e despesa fixa e o lucro desejado. 
 
Pare e Pense 
 Podemos calcular a margem de contribuição por departamento ou filial de vendas? 
 
Porque usar a Margem de contribuição? 
a) Porque auxilia o administrador a tomar decisões mais eficazes de curto prazo tais como: 
 
 13 
 que produto deve ter sua venda e produção incentivada? 
 que produto deve ser tolerado em função do benefício de venda que pode trazer a 
outros produtos? 
 fabricar peças na empresa ou comprá-las de terceiro? 
 aceitar ou não uma encomenda especial? 
 deixar de fabricar uma linha de produtos porque está dando prejuízo? 
 processar um produto ou vendê-lo como está? 
 
 b) Porque ajuda o gestor a avaliar alternativas sobre: 
 reduzir o preço de venda; 
 dar desconto especial para os clientes; 
 usar prêmios para aumentar as vendas: devemos tomar essa decisão comparando os 
custos adicionais com o aumento ou diminuição da receita. Quanto maior a margem, 
melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto menor a margem, maior será o 
aumento nas vendas para recuperar o custo adicional. 
 c) Porque, se você tem e sabe qual o lucro que deseja ganhar, pode verificar se esse lucro vai 
ser alcançado, calculando o número de produtos que deverá vender para obter esse lucro. A 
fórmula para calcular essa quantidade de produtos é: 
 
 
 
d) Porque facilita o planejamento do lucro ao resolver problemas tais como: 
 Qual o ponto de equilíbrio? 
 Qual o ganho marginal de um produto no total das vendas? 
 Qual o lucrototal baseado em um certo volume de vendas? 
 Qual a taxa de lucro sobre o investimento realizado? 
 Qual a relação que existe entre o custo/volume/lucro? 
e) Porque possibilita a simulação do preço de venda, visando à obtenção de maior lucro em 
determinada situação. 
 
Síntese da unidade 
A margem de contribuição representa a sobra financeira que cada produto gera para 
recuperar ou pagar as despesas e custos fixos de uma empresa. Por meio da sua análise, é que 
os gestores tomam decisões. 
Atividade 
 (custo fixo + despesa fixa + lucro desejado) 
 (preço venda – custo variável – despesa variável) 
 
14 
 
 I – A empresa Industrial Chuá Ltda fabrica o produto LY. O contador de custos apresentou os 
seguintes dados para que você possa ajudá-lo a calcular a margem de contribuição e o lucro 
líquido da empresa pelo custeio variável. 
Produziu 1.000 unidades Custo variável para todas as unidades R$ 28.500 
Vendeu 400 unidades Custo fixo total R$ 1.500 
Preço de venda unitária R$ 35,00 Despesas fixas R$ 1.000 
 Despesas variáveis R$ 500 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
 
 
 
 
 
Meta da unidade 
Apresentar algumas decisões que o gestor pode tomar com informações geradas pela 
contabilidade de custos. 
 
Pré-requisitos 
Você terá mais facilidade no acompanhamento desta unidade, se for capaz de calcular 
o custo de produção, a margem de contribuição e o lucro líquido pelo custeio variável. 
 
Objetivos 
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de: 
 auxiliar os gestores a tomar decisões sobre custos; 
 demonstrar, por meio de cálculos, a decisão que o gestor deverá adotar. 
 
Introdução 
Podemos definir a contabilidade de custos como um centro processador de 
informações. Ela coleta, registra, planeja e controla os dados obtidos de fontes internas ou 
externas, com característica monetária ou física, a valor histórico ou estimado, com o objetivo 
de gerar informações para que os gestores dos diversos níveis da empresa possam tomar 
decisões. Assim, é tarefa do responsável pelo registro dos custos transformar dados em 
informações, pois os dados são simples caracteres, incapazes de influenciar decisões, até 
serem transformados em informações. As informações de custos, além de mostrar, em termos 
monetários, as transações realizadas e o comportamento dos custos fixos e variáveis, dentro 
de um intervalo de volume e saídas planejadas, também auxiliam na avaliação de alternativas 
de curso de ação, como a rejeição ou aceitação de um pedido especial. Nesse sentido, as 
informações de custos são importantes para guiar os gestores a tomar a melhor decisão, que 
no caso será a ação que produzir o melhor resultado. As decisões podem ser de curto prazo 
ou de longo prazo. 
A ferramenta de custos que nos ajudará a tomar as decisões é a Margem de 
Contribuição. Por esse motivo, é essencial que você saiba calculá-la. Nessa unidade, 
Unidade 3 
Decisões de curto prazo 
 
16 
 
mostraremos como o conceito de margem de contribuição pode ser utilizado como parâmetro 
para tomada de decisões de curto prazo, normalmente um ano. 
 
Qual é o melhor produto? Qual é o produto que deve ter sua produção e venda 
incentiva? 
A resposta a essas perguntas é: o produto que possuir maior margem de contribuição 
supostamente é o mais rentável, uma vez que estaremos considerando que os custos fixos 
estão sendo usados para dar suporte ao funcionamento da empresa como um todo. 
 Veja um exemplo: vamos supor que a Industrial Kil Ltda fabrica três produtos (A, B e 
C). Ela deseja saber qual é seu melhor produto. Para ajudar a responder essa pergunta, 
apresentou as seguintes informações: 
 
 VALOR UNITÁRIO QUANTIDADES 
Produto Custo 
Direto 
Variável 
 R$ 
Custo 
Indireto 
Variável 
 R$ 
Preço de 
Venda 
 R$ 
Despesa 
Variável 
 R$ 
Quantidade 
Fabricada 
em 
unidade 
Quantidade 
Vendida 
em 
unidade 
A 500 60 1.200 40 1.000 u 800 u 
B 800 120 1.600 30 2.000 u 1.000 u 
C 600 30 1.400 20 3.000 u 1.500 u 
 
Custo fixo para todos os produtos R$ 1.350.000 
Despesa fixa para todos os produtos R$ 1.000.000 
 
 Você deverá calcular a margem de contribuição de cada produto: 
 
CÁLCULO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA 
 A B C 
1 Vendas Líquidas 1.200 1.600 1.400 
2 (-) Custos Variáveis dos produtos 
vendidos - CPV 
(500) (800) (600) 
3 (-) Despesas de Vendas Variáveis (40) (30) (20) 
4 (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 660 770 780 
 
Pelo resultado da margem de contribuição unitária, podemos concluir que o melhor 
produto é o “C”, porque tem a maior margem de contribuição. Portanto, deve ter sua produção 
e venda incentivada. Em segundo lugar, o “B” e, em terceiro lugar, o “A”. 
Agora, veja o resultado líquido que a empresa irá obter com as vendas. Lembre-se de 
que os valores da DRE são obtidos multiplicando a quantidade vendida pelo valor unitário 
respectivo. 
DRE PELO CUSTEIO VARIÁVEL 
 A B C TOTAL 
1 Vendas Líquidas 960.000 1.600.000 2.100.000 4.660.000 
2 (-) Custos Variáveis dos produtos vendidos - CPV (400.000) (800.000) (900.000) (2.100.000) 
3 (-) Despesas de Vendas Variáveis (32.000) (30.000) (30.000) (92.000) 
4 (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 528.000 770.000 1.170.000 2.468.000 
 
 17 
5 (-) Custos Fixos (1.350.000) 
6 (-) Despesas Fixas (1.000.000) 
7 (=) Lucro Líquido 118.000 
 
Olhando a DRE, você observará que o produto “C” é o que mais contribui com 
recursos para a empresa poder pagar os custos e despesas fixas. 
 
Pare e Pense 
Qual o valor dos estoques que não foram vendidos? Lembre-se de que estamos usando o 
custeio variável; portanto, você deverá calcular o custo dos estoques multiplicando a 
quantidade pelos custos variáveis unitários. 
 
A empresa pode eliminar uma linha de produtos? 
A razão para se desejar eliminar uma linha de produtos é que estas não está sendo mais 
lucrativas, ou está perdendo mercado para produtos mais novos. Assim, para tomar essa 
decisão, você deve, em primeiro lugar, identificar quais são os custos diferenciais para essa 
decisão e, em seguida, deve fazer uma simulação para verificar o que acontece com a margem 
de contribuição e com o lucro final da empresa. Contudo, outros fatores devem ser 
considerados, como por exemplo: a empresa perderá muitos clientes com a eliminação do 
produto? Poderá usar o local do produto eliminado para oferecer outro item à comunidade? A 
eliminação do produto pode afetar as vendas de outros itens da empresa? A eliminação pode 
provocar demissões? Assim, a decisão de eliminação de qualquer produto exige a análise dos 
efeitos favoráveis da eliminação, mas também dos efeitos desfavoráveis. 
Veja um exemplo: vamos supor que a Industrial Paper Ltda fabrica três produtos 
(agendas, cadernos e cartões), cujos resultados do último ano foram: 
 Cadernos R$ Agendas R$ Cartões R$ Total R$ 
Receita de vendas 200 100 150 450 
(-) Custo variável (50) (40) (50) (140) 
(-) Despesa variável (50) (30) (30) (110) 
=Margem Contribuição 100 30 70 200 
(-) Custo fixo (40) (30) (20) (90) 
(-) Despesa fixa (20) (10) (30) (60) 
= Lucro líquido 40 (10) 20 50 
 
A Industrial Paper Ltda está pensando em eliminar o produto Agenda, devido ao 
prejuízo apresentado. Com a eliminação do produto, o custo variável (R$ 40) e a despesa 
variável (R$ 30) serão eliminadas e o seu custo fixo pode ser reduzido em R$ 10. O restante 
do custo fixo (R$ 20) e a despesa fixa (R$ 10) permanecem como gastos da empresa. 
As duas alternativas que a empresa possui são: continuar com o produto ou eliminá-lo. 
As conseqüências financeiras dessa decisão estão assim representadas: 
 Com o produto Sem o produto Diferencial em 
 
18 
 
agenda R$ agenda R$ R$ 
Receita de vendas 450 350 100 
(-) Custo variável (140) (100) (40) 
(-) Despesa variável (110) (80) (30) 
=Margem Contribuição 200 170 30 
(-) Custofixo (90) (80) (10) 
(-) Despesa fixa (60) (60) (00) 
= Lucro líquido 50 30 20 
 
Se a industrial abandonar o produto Agenda, piora a sua situação porque a margem de 
contribuição diminui em R$ 30 e o lucro em R$ 20. 
 
Pare e Pense 
Pode existir outra alternativa mais rentável para a Industrial Paper Ltda, mesmo com a 
eliminação do produto Agenda? 
 
Sim! Você poderia fazer a seguinte simulação: eliminar o produto agenda e trabalhar 
para aumentar as vendas em 50% do produto caderno. 
Esse acréscimo pode ser considerado, desde que o tempo de produção desses produtos 
seja equivalente e que não haja necessidade de investimentos e custos adicionais para fabricar 
o produto caderno. 
Nessa simulação, as conseqüências financeiras são: 
 
 Com o produto 
agenda R$ 
Sem o produto agenda e adicional de 50% 
no caderno R$ 
Receita de vendas 450 450 
(-) Custo variável (140) (125) 
(-) Despesa variável (110) (105) 
=Margem Contribuição 200 220 
(-) Custo fixo (90) (80) 
(-) Despesa fixa (60) (60) 
= Lucro líquido 50 80 
 
Analisando o quadro acima, concluiremos que compensa a industrial eliminar o 
produto Agenda, porque a margem de contribuição e o lucro aumentaram de valor. Contudo, 
para essa simulação ser verdadeira, você deve verificar se o mercado pode absorver essa 
maior quantidade ofertada ou, então, com maior oferta o preço de venda poderia cair, 
diminuindo o ganho marginal e, conseqüentemente, o lucro final. 
 
A empresa deve aceitar ou não um pedido especial? 
A resposta a essa pergunta é: se o pedido apresentar margem de contribuição positiva, 
então a empresa deve aceitá-lo. 
 
 19 
Veja um exemplo: vamos supor que a Industrial Piú Ltda fabrica doces na cidade de 
Palmas. A empresa tem capacidade para fabricar 1.000 unidades mensalmente. A produção do 
mês de abril está em 80% de sua capacidade, ou seja, já fabricou 800 unidades. Seu produto é 
vendido a R$ 1 por unidade. Para fabricar os doces, a empresa realiza os seguintes gastos: 
Custo fixo para todos os produtos R$ 200 
Custos variáveis por unidade R$ 0,50 
 
a) pedido dentro da capacidade de produção da empresa 
O cliente Ken liga para a Industrial Piú Ltda e faz um pedido de 100 unidades. 
Contudo deseja pagar apenas R$ 0,60 por unidade. 
O diretor da Industrial Piú Ltda não está querendo aceitar o pedido porque o preço de 
venda que o cliente Ken deseja pagar está bem abaixo do seu custo de produção, que é 
calculado da seguinte forma: 
Custo fixo por unidade R$ 200/(800+100) unid R$ 0,22 
Custos variáveis por unidade R$ 0,50 
Custo total por unidade R$ 0,72 
 
Você deve ajudar o diretor a tomar a decisão. O que você faria? 
Você deve calcular a margem de contribuição, usando o preço de venda apresentado 
pelo cliente Ken. 
CÁLCULO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA 
 Produto Doce 
1 Vendas Líquidas 0,60 
2 (-) Custos Variáveis dos produtos vendidos - CPV (0,50) 
3 (-) Despesas de Vendas Variáveis (00) 
4 (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 0,10 
 
Como a margem deu positiva, você deve sugerir que o diretor aceite o pedido. 
Explique que o custo relevante para essa decisão é o custo variável e que, conforme o cálculo, 
ele é inferior ao preço de venda oferecido. Além do mais, os custos fixos não serão afetados 
pela decisão de aceitar, ou não, o pedido, porque o seu valor não irá aumentar e nem diminuir 
com o pedido adicional. Mostre, via tabela abaixo, que o lucro irá aumentar em R$ 10 com a 
aceitação do pedido. 
DRE PELO CUSTEIO VARIÁVEL 
 Antes de aceitar o pedido Aceitando o pedido a R$ 0,60 
1 Vendas Líquidas 
 sem o pedido 
 com o pedido 
... 
800 x R$ 1 = R$ 800 
.... 
... 
800 x R$ 1 = R$ 800 
100 x R$ 0,60 = R$ 60 
2 (-) Custos Variáveis dos 
produtos vendidos - CPV 
(800 x R$ 0,50 = R$ 400) (900 x R$ 0,50 = R$ 450) 
3 (-) Despesas de Vendas 
Variáveis 
(00) (00) 
4 (=) MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 
400 410 
5 (-) Custos Fixos (200) (200) 
6 (-) Despesas Fixas (00) (00) 
7 (=) Lucro Líquido 200 210 
 
20 
 
 
b) pedido além da capacidade de produção da empresa 
O cliente Ken liga para a Industrial Piú Ltda e faz um pedido de 400 unidades. 
Contudo, deseja pagar apenas R$ 0,70 por unidade. 
O diretor da Industrial Piú Ltda não está querendo aceitar o pedido porque vai 
ultrapassar a sua capacidade produtiva (800+400 = 1.200 unidades) e, caso aceite o pedido, 
deverá diminuir as vendas em Palmas, e o preço de venda que o cliente Ken deseja pagar está 
abaixo do seu custo de produção, que é calculado da seguinte forma: 
Custo fixo por unidade R$ 200/(600+400) unid R$ 0,33 
Custos variáveis por unidade R$ 0,50 
Custo total por unidade R$ 0,83 
 
Você deve ajudar o diretor a tomar a decisão. O que você faria? 
 
1º passo: para aceitar a proposta, a Industrial Piú Ltda deverá deixar de vender 200 doces na 
cidade de Palmas, ou seja, deverá vender em Palmas 600 unidades e, para o cliente Ken, 400 
unidades. Agora você irá calcular quanto a Industrial Piú Ltda deixará de ganhar com as 
vendas na cidade de Palmas: 
Vendas 200 x R$ 1 R$ 200 
Custo variável 200 x R$ 0,50 (R$ 100) 
Deixa de ganhar R$ 100 
 
Esse valor tem de ser repassado para o cliente Ken. Portanto, devemos acrescentar ao custo de 
produção unitário R$ 0,25, que é o valor por unidade que a industrial deixa de ganhar em 
Palmas (R$ 100 / 400 unidades = R$ 0,25). 
 
CÁLCULO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA 
 Produto Doce 
1 Vendas Líquidas 0,70 
2 (-) Custos Variáveis dos produtos vendidos - CPV 0,50+0,25 (0,75) 
3 (-) Despesas de Vendas Variáveis (00) 
4 (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (0,05) 
 
Como a margem deu negativa, você deve sugerir que o diretor não aceite o pedido 
com o preço de venda de R$ 0,70. 
Contudo, você deve sugerir que a industrial pode aceitar o pedido, se o cliente Ken 
pagar, no mínimo, R$ 0,75 por unidade. Explique que com esse valor, a industrial recupera o 
que deixa de ganhar em Palmas; que o custo relevante para essa decisão é o custo variável, 
sendo este igual ao preço de venda oferecido; que os custos fixos não irão aumentar e nem 
diminuir com o pedido adicional e, além do mais, a industrial conquistará mercado novo e 
 
 21 
poderá ganhar novos clientes. Mostre, via tabela abaixo, que a empresa continuará ganhando 
o mesmo lucro. 
 
DRE PELO CUSTEIO VARIÁVEL 
 Antes de aceitar o pedido Aceitando o pedido a R$ 0,75 
1 Vendas Líquidas 
 sem o pedido 
 com o pedido 
... 
800 x R$ 1 = R$ 800 
.... 
... 
600 x R$ 1 = R$ 600 
400 x R$ 0,75 = R$ 300 
2 (-) Custos Variáveis dos 
produtos vendidos - CPV 
(800 x R$ 0,50 = R$ 400) (1.000 x R$ 0,50 = R$ 500) 
3 (-) Despesas de Vendas 
Variáveis 
(00) (00) 
4 (=) MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 
400 400 
5 (-) Custos Fixos (200) (200) 
6 (-) Despesas Fixas (00) (00) 
7 (=) Lucro Líquido 200 200 
 
A empresa deve aceitar ou não um pedido especial quando estiver ociosa? 
 A Industrial Pedin Ltda trabalha por encomenda. Por mês ela trabalha 2.500 horas-
máquina. Seu preço de venda é calculado da seguinte maneira: 
Materiais (será o valor gasto na sua aquisição) 
Mão-de-obra direta (será o valor pago após apontamentos das horas 
trabalhadas) 
 
Custo variável (exceto materiais e mão-de-obra direta) R$ 40 por hora 
Custo fixo será de R$ 140.000/mês ou R$ 56 por hora 
Despesa fixa será de R$ 120.000/mês ou R$ 48 por hora 
Despesa variável é R$ 0,20 para cada R$ 1,00 vendido 20% da venda 
Lucro desejado de R$ 100.000/mês R$ 40 por hora 
 
Estando ociosa num determinado mês, recebe o cliente Jim que lhe propõe uma 
encomenda. O cliente Jim deseja pagar pela encomenda R$ 20.000. 
A industrial Pedin Ltda estima que necessitará de 50 horas para fazer a encomenda. 
Para calcular seu preço de venda realiza os seguintes cálculos: 
A industrial Pedin Ltda deverá gastar com materiais e mão-de-obra direta R$ 960 
A industrial Pedin Ltda gastará comcustos variáveis 50 horas x R$ 40 R$ 2.000 
A industrial Pedin Ltda gastará com custos fixos 50 horas x R$ 56 R$ 2.800 
A Industrial Pedin Ltda gastará com despesa fixa 50 horas x R$ 48 R$ 2.400 
A Industrial Pedin Ltda gastará com despesas com venda: 20.000 x 20% R$ 4.000 
A industrial Pedin Ltda deseja um lucro de: 50 horas x R$ 40 R$ 2.000 
TOTAL R$ 22.800 
 
O gestor da empresa não está querendo aceitar o pedido, porque o valor do cliente é 
inferior ao preço de venda calculado pela industrial em R$ 2.800 (R$ 22.800 – R$ 20.000) e 
esse valor é superior ao lucro (R$ 2.000) que a industrial iria obter nessa transação, o que 
daria um prejuízo real de R$ 800 (R$2.000 – R$ 2.800). 
Você deve ajudar o diretor a tomar a decisão. O que você faria? 
Você deve fazer uma simulação para calcular a margem de contribuição que a 
industrial irá realmente ganhar nesse pedido: 
 
22 
 
DRE PELO CUSTEIO VARIÁVEL NO MÊS OCIOSO 
 Antes de aceitar o pedido Aceitando o pedido 
1 Vendas Líquidas 
 sem o pedido 
 com o pedido 
 
R$ 000 
 
 
 
20.000 
2 (-) Custos Variáveis dos 
produtos vendidos - CPV 
(000) (960+2.000=2.960) 
3 (-) Despesas de Vendas 
Variáveis 
(00) (4.000) 
4 (=) MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 
000 13.040 
5 (-) Custos Fixos (140.000) (140.000) 
6 (-) Despesas Fixas (120.000) (120.000) 
7 (=) Lucro Líquido (260.000) (246.960) 
 
Podemos perceber que, no mês ocioso, a industrial não venderá nenhum produto, mas 
seus custos e despesas fixos continuariam a existir, por isso um prejuízo de R$ 260.000. 
Aceitando o pedido, a industrial gastaria apenas R$ 6.960 (R$ 2.960 + 4.000), mas receberia 
R$ 20.000, reduzindo o seu prejuízo em R$ 13.040. Portanto, a Industrial Pedin Ltda deve 
aceitar esse pedido. 
 
Síntese da unidade 
No processo de tomada de decisão, a análise diferencial é utilizada pelos gestores para 
escolher determinado curso de ação, entre vários possíveis. Nessa análise, os custos passíveis 
de ser analisados são os diferenciais, ou seja, aqueles que se alteram com a alternativa 
proposta. A alternativa mais viável é aquela que gerar maior ganho marginal. Isso significa 
dizer que as decisões devem ser tomadas considerando o valor da margem de contribuição 
que a nova alternativa proprocionará. Se esse valor for maior que o anterior, significa que a 
decisão deve ser adotada, caso contrário, deve ser descartada a alternativa proposta. 
 
Atividades 
I - A Industrial Sonora Ltda fabrica instrumentos musicais de diversos modelos. São 
produzidas 100 unidades de cada modelo por mês. Seus gastos são: 
PRODUTO Matéria 
prima 
Mão-de-obra 
direta 
Custo 
indireto 
variável 
Custo 
indireto fixo 
Preço de 
venda 
Modelo 1 
Modelo 2 
Modelo 3 
Modelo 4 
R$ 100/u 
R$ 300/u 
R$ 400/u 
R$ 500/u 
R$ 400/u 
R$ 400/u 
R$ 500/u 
R$ 500/u 
R$ 150/u 
R$ 200/u 
R$ 200/u 
R$ 200/u 
R$ 100/u 
R$ 150/u 
R$ 150/u 
R$ 150/u 
R$ 1.400/u 
R$ 1.450/u 
R$ 1.700/u 
R$ 1.900/u 
 
PEDE-SE: qual o produto que deve ter sua produção e venda incentivada? Justifique a sua 
escolha, apresentando os cálculos necessários. 
 
 
 23 
II - A Industrial Eletro Ltda, localizada em São Paulo, tem capacidade para produzir 36.000 
eletrodomésticos por ano, mas, atualmente, só está conseguindo vender 24.000 
eletrodomésticos. Para fabricar seus eletrodomésticos, realiza os seguintes custos e despesas: 
CUSTOS DESPESAS 
Custo fixo ao ano R$ 450.000 Despesas fixas no ano R$ 90.000 
Custo variável R$ 65 por unidade Despesa Variável com venda R$ 1/unidade 
 Despesa Variável com imposto R$ 3/unidade 
A Industrial Eletro Ltda vende o eletrodoméstico por R$ 100/unidade. 
 
Em determinado ano, recebe duas propostas de compra da empresa Bel Ltda: 
1ª) a Bel Ltda deseja comprar 12.000 eletrodomésticos a R$ 75/ unidade. 
2ª ) a Bel Ltda deseja comprar 16.000 eletrodomésticos a R$ 80/unidade. 
PEDE-SE: 
a) Deve a empresa aceitar alguma das propostas, sendo que, se fechar o contrato, terá 
aumento no imposto de 20% e nas despesas com a venda de 50%, além de arcar com 
transporte no valor de R$ 2,50 por unidade? 
b) Qual seria o preço mínimo para aceitar cada uma das propostas? Justifique, apresentando 
os cálculos necessários. 
 
III – A empresa de Propaganda Lu Ltda, presta serviços a três lojas: Loja A, Loja B e Loja C. 
No primeiro ano, apresentou o seguinte relatório: 
 LOJA A R$ LOJA B R$ LOJA C R$ TOTAL R$ 
+ Receita de venda 450 270 350 1.070 
(-) Custo variável do serviço (370) (220) (330) (920) 
(-) Custo fixo com salário e aluguel (44) (26) (38) (108) 
Lucro operacional 36 24 (18) 42 
 
 A empresa de propaganda está desejando eliminar os serviços que presta a Loja C, 
devido ao resultado negativo apresentado em seus relatórios. Se eliminar esse cliente, o custo 
do atendimento a esse cliente será eliminado. Contudo os custos fixos permanecerão 
inalterados. 
PEDE-SE: a empresa de Propaganda Lu Ltda deve eliminar o cliente da Loja C? Justifique 
sua resposta, apresentando os cálculos necessários. 
 
IV - A Industrial GP Ltda fabrica um componente, muito usado na fabricação de lâmpadas. 
Atualmente, está produzindo 5.000 unidades, que são vendidas a um preço de R$ 10/unidade. 
Sua capacidade produtiva é de 8.000 unidades. A industrial estima seus custos em diferentes 
níveis de venda: 
Quantidade vendida 5.000 6.000 7.000 8.000 
 
Custo Variável R$ 30.000 R$ 36.000 R$ 42.000 R$ 48.000 
 
24 
 
Custo Fixo R$ 10.000 R$ 10.000 R$ 10.000 R$ 10.000 
Custo Total R$ 40.000 R$ 46.000 R$ 52.000 R$ 58.000 
Custo Unitário Total R$ 8 R$ 7,67 R$ 7,43 R$ 7,25 
 
A firma recebeu três propostas: 
1ª) Vender 1.000 unidades, a um preço de venda de R$ 8/unidade; 
2ª) Vender 1.000 unidades, a um preço de venda de R$ 7/unidade; 
3ª) Vender 1000 unidades, a um preço de venda de R$ 6,50/unidade. 
PEDE-SE: essas ofertas devem ser aceitas ou rejeitadas? Justifique apresentando os cálculos 
necessários. 
 
V- Responda esta pergunta em seu caderno. Você pode vender um produto por valor inferior 
ao seu custo total (custo direto/variável + custo indireto/fixo)? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
 
 
 
Meta da unidade 
Continuar apresentando algumas decisões que o gestor pode tomar com informações 
geradas pela contabilidade de custos 
 
Pré-requisitos 
O que foi apresentado até agora poderia levar à conclusão que, com o uso do custeio 
variável, de custo marginal e margem de contribuição, todos os problemas de informações de 
custo para tomada de decisão estariam resolvidos. Contudo, isso não é verdadeiro, porque 
cada problema exige uma solução específica. Para que tenha mais facilidade no 
acompanhamento desta unidade, é condição essencial que saiba separar as despesas dos custos 
e estes em custos relevantes e não relevantes. 
 
Objetivos 
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de: 
 auxiliar os gestores a tomar decisões sobre custos; 
 demonstrar, por meio de cálculos, a decisão que o gestor deverá adotar. 
 
Introdução 
A perfeita classificação dos custos e despesas relevantes em fixos e variáveis e a 
aplicação do conceito de custeio variável possibilitam que a Contabilidade de Custos prepare 
informações úteis à administração, para que esta possa planejar e tomar decisões relacionadas 
a alternativas de curto prazo. Isso é necessário porque, a toda hora ,os gestores estão tomando 
decisões, estão analisando diversas alternativas para melhorar o resultado (lucro) da empresa. 
É claro que os gestores podem tomar algumas decisões cujas finalidades imediatas não são os 
lucros. Mas em qualquer dessas situações, ele deve cercar-se de informações qualitativas e 
quantitativas sobre a sua posição atual (status quo) e das alternativas futuras, para que possa 
tomar decisões com mais segurança. 
A ferramenta de custos que nos ajudará a tomar essasdecisões é a técnica conhecida 
como análise diferencial. A análise diferencial é um procedimento que estima receitas e 
custos para ações alternativas, e compara essas estimativas com o status quo (situação atual 
Unidade 4 
Análise diferencial 
 
 
26 
 
que a empresa ocupa). Nesse sentido, a tarefa é determinar como os custos e o lucro serão 
afetados se uma alternativa for escolhida, em detrimento de outra. Para realizar essa tarefa, 
devemos analisar os custos que são realmente relevantes e diferenciais para as decisões que 
serão tomadas, bem como calcular o novo resultado. Por esse motivo, é essencial que você 
saiba identificar e calcular o valor do custo diferencial. Veja um exemplo: 
 Custos no Status 
quo R$ 
Custo na 
alternativa R$ 
Custos diferenciais 
R$ 
+Receita de vendas 850 1.000 150 
(-)Custos variáveis (340) (380) (40) 
(-)Despesas variáveis (10) (20) (10) 
=Margem de contribuição 500 600 100 
(-)Custos fixos (400) (400) 
(-)Despesas fixas (50) (50) 
=Lucro Líquido 50 150 100 
 
Desse exemplo conclui-se que somente os custos e despesas variáveis são custos 
relevantes e que os custos fixos não podem ser relevantes, desde que por definição não são 
suscetíveis a mudanças. Mas destacamos que nem todos os custos variáveis são relevantes e 
nem todos os custos fixos são irrelevantes, vai depender das circunstâncias que estão sendo 
examinadas. 
essa unidade, continuaremos mostrando alguns casos simples, porém passíveis de 
acontecer na vida real, em que os gestores devem tomar decisões com base nas informações 
de custos. 
 
A empresa deve fabricar materiais ou peças na própria empresa ou comprá-los 
externamente? Comprar ou fabricar? 
Esse tipo de questionamento é, freqüentemente, apresentado à gerência da empresa. 
Essa decisão pode surgir em vários pontos do processo operacional. Para tomar essa decisão, 
você deve considerar as vantagens que podem ser obtidas do uso alternativo de sua 
capacidade produtiva liberada, pelo fato de adquirir alguns de seus componentes fora. Em 
seguida, deve fazer uma simulação para verificar o que acontece com o custo final do 
componente que está sendo fabricado. Aquela alternativa que possuir menor custo é a que 
deverá ser adotada. 
Segundo o IBRACON (2000, p. 59), alguns dos principais componentes de custos a 
serem considerados nesse processo decisorial são: 
a) Quando o componente for comprado de terceiros: ao analisar essa alternativa, você 
deverá se perguntar: qual o valor de compra do componente? Que impostos podem ser 
incluídos ou excluídos nessa decisão? Qual o custo do frete? Qual o custo de 
armazenagem? Qual o desconto pelo prazo de pagamento? A qualidade do item 
 
 27 
comprado será a mesma do que é fabricado pela empresa? A entrega ocorrerá dentro 
do prazo combinado? De quanto em quanto tempo será necessário realizar a compra? 
b) Quando o componente for fabricado dentro da empresa: ao analisar essa 
alternativa, você deverá se perguntar: qual o custo atual da matéria-prima e outros 
materiais? Quais impostos serão incluídos ou excluídos nessa decisão? Qual o custo da 
mão-de-obra para fabricar o componente dentro da empresa? Qual o custo do frete? 
Qual o custo com os gastos gerais de fabricação? Qual o custo com perdas de 
produção? Qual o custo com a compra de máquinas e ferramentas? 
 
A Industrial Belo Ltda fabrica carros. Na produção do carro, fabrica alguns 
componentes e compra outros. O gestor da Industrial Belo Ltda solicita sua opinião para 
ajudá-lo a decidir se vale a pena continuar fabricando as maçanetas do carro ou se seria 
melhor comprá-las de um fornecedor externo – Industrial Tim Ltda – que venderia cada 
maçaneta por R$ 2,50. Caso decidisse pela compra, necessitaria hoje de 5.000 maçanetas. 
Informa, também, que os custos à Industrial Belo Ltda fabricar as maçanetas são: 
 
Componente: Maçaneta Custo para fabricar 5.000 unidades 
Materiais R$ 5.000 
Mão-de-Obra Direta (MOD) R$ 7.000 
Mão-de-Obra Indireta (MOI) R$ 800 
Energia e outros custos fixos R$ 220 
 
Se Industrial Belo Ltda decidir pela compra das maçanetas, terá que pagar o frete no valor de R$ 0,05 por 
maçaneta e o valor da mão-de-obra indireta será acrescido de R$ 400. Esse valor será usado para pagar os 
funcionários que irão receber, inspecionar e guardar as maçanetas compradas. 
 
Pare e Pense 
Que decisão a Industrial Belo Ltda deve tomar? 
Após questionar sobre os riscos envolvidos nessa tomada de decisão, você deve 
começar a fazer os cálculos para provar, matematicamente, a viabilidade da alternativa 
escolhida. 
 
a) Supondo que a capacidade produtiva liberada continuará ociosa 
 Os custos relevantes para tomar essa decisão, nessa situação, são: 
 
 
 
 
 
28 
 
CUSTOS CUSTO PARA FABRICAR CUSTO PARA COMPRAR 
Materiais R$ 5.000 
Mão-de-Obra Direta R$ 7.000 
Mão-de-Obra Indireta R$ 800 R$ 1.200 
Energia e outros custos 
fixos 
R$ 220 
 
Valor de compra das 
maçanetas 
 5.000 x R$ 2,50 = R$ 12.500 
Valor do frete na compra 5.000 x R$ 0,05 = R$ 250 
 
TOTAL R$ 13.020 R$ 13.950 
 
Nessa situação, a empresa deve continuar fabricando as maçanetas porque o custo 
relevante para fabricar é menor que o custo de comprar. 
 
b) Supondo que a capacidade produtiva liberada não ficará ociosa 
 
Se Industrial Belo Ltda decidir pela compra das maçanetas, a máquina usada para sua fabricação poderá ser 
utilizada para fabricar escapamentos. Calcula-se que poderão ser produzidos mais quatro carros por mês, 
gerando um aumento na receita de vendas de R$ 4.000. 
 Os custos relevantes para tomar essa decisão, nessa situação, são: 
CUSTOS CUSTO PARA FABRICAR CUSTO PARA COMPRAR 
Materiais R$ 5.000 
Mão-de-Obra Direta R$ 7.000 
Mão-de-Obra Indireta R$ 800 R$ 1.200 
Energia e outros custos fixos R$ 220 
 
Valor de compra das maçanetas 5.000 x R$ 2,50 = R$ 12.500 
Valor do frete na compra 5.000 x R$ 0,05 = R$ 250 
Ganho adicional na venda (R$ 4.000) 
TOTAL R$ 13.020 R$ 9.950 
 
Nessa situação, a empresa deve comprar as maçanetas porque o custo relevante de 
compra é menor que o custo de fabricar. 
 
c) Supondo que seja vendida a máquina usada para fabricação das maçanetas. 
Se Industrial Belo Ltda decidir pela compra das maçanetas, a máquina usada para sua fabricação poderá ser 
vendida pelo seu valor de mercado atual. Com a sua venda, a empresa deixaria de contabilizar a depreciação de 
R$ 120 e não teria de pagar seguro sobre a máquina no valor de R$ 90. 
 
 Os custos relevantes para tomar essa decisão, nessa situação, são: 
CUSTOS CUSTO PARA FABRICAR CUSTO PARA COMPRAR 
Materiais R$ 5.000 
Mão-de-Obra Direta R$ 7.000 
Mão-de-Obra Indireta R$ 800 R$ 1.200 
Energia e outros custos fixos R$ 220 
 
Valor de compra das maçanetas 5.000 x R$ 2,50 = R$ 12.500 
Valor do frete na compra 5.000 x R$ 0,05 = R$ 250 
Economizaria a depreciação (R$ 120) 
Economizaria o seguro (R$ 90) 
TOTAL R$ 13.020 R$ 13.740 
 
 29 
 
Nessa situação, a empresa deve continuar fabricando as maçanetas porque o custo 
relevante para fabricar é menor que o custo de comprar. 
 
A empresa deve processar o produto ou vendê-lo como está? 
 Normalmente, essa decisão deve ser adotada em situações em que a empresa produz 
vários produtos de um mesmo recurso ou matéria-prima. São os produtos conjuntos ou co-
produtos. Nesse tópico, vamos analisar se a empresa deve continuar o processamento no 
sentido de alcançar um produto mais elaborado ou se deve vendê-lo em um estágio de 
semiprocessamento. Veja um exemplo: 
 A Indústria Alimentícia Paraíso dos Cajus comprou grande quantidade de cajuspor R$ 
1.000. A indústria separa a castanha do pedúnculo. Neste ponto, aparecem dois produtos: 
a) o pedúnculo que pode ser vendido como está ou pode sofrer um processamento para 
ser transformado em doce ou suco; 
b) a castanha que pode ser vendida como está ou pode sofrer um processamento para ser 
assada ou ser transformada em óleo. 
 
Na tabela a seguir, informamos todos os custos, quantidades e preços de venda. 
 
Gastos antes do ponto de separação Gastos após o ponto de separação 
CAJÚ PROCESSO DE 
SEPARAÇÃO 
 
 
 
 
PEDÚNCULO 
100.000 unidad. 
Vender como está: R$ 0,14 a unidade x 
100.000 = R$ 14.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100.000 unidades X R$ 
0,01 = R$ 1.000 
 
 
 
Custo variável R$ 
6.000 
Processar o doce: 
Custo variável R$ 15.000 
Custo fixo R$ 5.000 
Com 100.000 unidades a empresa 
fabricará 1.000Kg de doce. 
O doce será vendido por 
R$ 30/kg x 1.000kg = R$ 30.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custo fixo R$ 9.000 
 
 
 
 
 
CASTANHA 
100.000 unidad. 
Vender como está: a empresa não tem esse 
interesse. 
Processar o Óleo: 
Custo Variável R$ 1.000 
Custo fixo de R$ 5.000 
Com 100.000 unidades a empresa 
fabricará 350 litros de óleo. 
O óleo será vendido por 
R$ 60/lt x 350lt = R$ 21.000. 
Processar assadas e salgadas: 
Custo variável R$ 1.500 
Custo fixo de $ 2.500 
Com 100.000 unidades a empresa 
fabricará 500 Kg de castanhas assadas e 
salgadas. 
A castanha assada e salgada será vendida 
por: R$ 40/kg x 500 kg = R$ 20.000. 
 
 
30 
 
Pare e Pense 
Qual alternativa você recomendaria à Indústria Alimentícia Paraíso dos Cajus? Você 
deve verificar quais são os custos relevantes para essa decisão. Em seguida, deve fazer os 
cálculos e apresentar um relatório com a viabilidade da alternativa escolhida. 
 
 Veja bem que os gastos realizados antes do ponto de separação R$ 16.000 (1.000 + 
6.000 + 9.000) não devem ser considerados como relevantes. Porque eles sempre existirão. Os 
custos relevantes para tomar essa decisão ocorrem após o ponto de separação. Na tabela 
abaixo, estão os cálculos das várias alternativas: 
 PEDÚNCULOS 
Operações mutuamente exclusivas 
CASTANHAS 
Operações mutuamente exclusivas 
 Alternativa A 
Venda do 
pedúnculo 
Alternativa B 
Doce de caju 
Alternativa C 
Produção do óleo 
Alternativa D 
Produção do tira-
gosto 
Vendas R$ 14.000 R$ 30.000 R$ 21.000 R$ 20.000 
Custo fixo do doce (R$ 5.000) (R$ 5.000) 
Custo variável do doce (R$ 15.000) 
Custo fixo do óleo (R$ 5.000) (R$ 5.000) 
Custo variável do óleo (R$ 1.000) 
Custo fixo do tira-
gosto 
 (R$ 2.500) (R$ 2.500) 
Custo variável do tira-
gosto 
 (R$ 1.500) 
 R$ 9.000 R$ 10.000 R$ 12.500 R$ 11.000 
 
A melhor alternativa para o Pedúnculo é transformá-lo em doce e para as castanhas é 
transformá-las em óleo. Ao sugerir essa combinação o lucro da empresa somará R$ 22.500 
(10.000 + 12.500). 
 
Decisões sobre substituição de equipamentos. 
Esse tipo de decisão refere-se à troca de um equipamento usado e já parcialmente 
depreciado, quase sempre necessitando de muita manutenção, por um novo, que possibilitará 
uma redução nos custos variáveis, maior produtividade e menor manutenção. A decisão a ser 
tomada é se compensa a compra do novo investimento, ou se mantém o antigo equipamento. 
Veja um exemplo: 
A Indústria Alternativa Ltda está estudando a possibilidade de substituir sua máquina 
antiga por uma nova. Os dados disponíveis para esse estudo são: 
COMPRANDO O NOVO EQUIPAMENTO DADOS DO EQUIPAMENTO ATUAL USADO 
Preço de aquisição R$ 30 Custo de aquisição R$ 25 
Custo variável anual R$ 50 Custo variável anual R$ 59 
Venda anual esperada R$ 90 Venda anual esperada R$ 90 
Valor residual contábil Valor residual contábil R$ 18 
Vida útil esperada 3 anos Vida útil remanescente 3 anos 
Valor de venda ao final da vida 
útil 
 Valor de venda atual, no 
estado em que está 
R$ 8 
Depreciação anual (R$ 30/3) R$ 10 Valor de venda daqui a quatro 
anos 
 
 
 31 
 
Para tomar essa decisão, você tem de identificar os custos diferenciais ou relevantes 
entre as duas alternativas, bem como os custos passados que não são mais relevantes para 
atual decisão. 
Vejam os dados, apresentados numa demonstração de resultado específica para essa 
tomada de decisão. 
RECEITA E CUSTO PARA QUATRO ANOS 
 Mantendo o equipamento 
atual 
Comprando o novo 
equipamento 
Custos diferenciais 
Vendas R$ 90 x 3 anos = 270 R$ 90 x 3 anos = 270 
Custo variável R$ 59 x 3 anos = (177) R$ 50 x 3 anos = (150) 27 
Valor residual contábil do equipamento 
usado 
(18) (18) 00 
Depreciação novo equipamento (10) (10) 
Valor de venda do equipamento usado 8 8 
Resultado Líquido 75.000 90.000 9 
 
 Analisando a tabela acima, você irá concluir que os custos não relevantes, ou seja, 
aqueles que não vão alterar o resultado futuro da empresa, são: 
a) os custos passados, que vão existir em qualquer alternativa, e que não podem ser 
evitados, representados pelo valor residual contábil do equipamento usado (R$ 18); 
b) os valores futuros que não serão diferentes, representados pelas vendas esperadas para 
os próximos quatro anos (3 anos x R$ 90 =R$ 270) e pelos custos variáveis da 
máquina nova (3 anos x R$ 50 =R$ 150). 
 Os custos relevantes, ou seja, aqueles que vão alterar o resultado futuro da empresa 
com a tomada de decisão, são: 
a) a redução dos custos variáveis com o uso da nova máquina (R$ 27); 
b) o custo de aquisição da nova máquina (R$ 30); 
c) o valor obtido pela venda da máquina usada (R$ 8). 
 
Margem de Contribuição: a tomada de decisão em face das limitações na capacidade 
produtiva 
A técnica da contribuição marginal é muito importante para avaliar a rentabilidade e a 
importância de cada produto no mix de produção da empresa, principalmente para aquelas 
que fabricam simultaneamente diversos produtos. Todavia, alguns cuidados são necessários, 
quando a empresa tem fatores escassos de produção ou limitações de mercado para seu 
produto. Por exemplo: apesar da quantidade de um determinado produto ser aceita de forma 
ilimitada pelo mercado a um certo preço, a empresa tem suas próprias limitações de saídas, 
devido ao simples fato de não ser possível aumentar sua produção. Isso pode acontecer pelos 
seguintes fatores restritivos: limitação na quantidade de matéria-prima que a empresa possui, 
 
32 
 
da qualificação da mão-de-obra, da tecnologia existente na produção, da falta de espaço para 
produzir ou armazenar a produção, etc. Em face da limitação em qualquer um dos fatores ou 
elementos necessários para fabricar o produto, a empresa desejará obter o maior lucro 
possível usando os recursos escassos que possui. Nesta situação, ao tomar a decisão, o gestor 
deve guiar-se pela maior margem de contribuição pelo fator limitante da capacidade. 
 O seguinte exemplo pode esclarecer a questão. A Indústria de Fogões Ltda fabrica três 
modelos de aparelhos: Max, Care e Pop. Tem um total de despesas e custos fixos por mês: R$ 
400.000. Produz e vende 1.000 unidades do Modelo Max; 2.500 unidades do Modelo Care e 
4.800 unidades do Modelo Pop. 
 Na tabela abaixo, estão discriminados os gastos de cada produto. 
Valores por unidade MAX 
R$ 
CARE 
R$ 
POP 
R$ 
Receita de Venda 900 600 400 
(-) Custos Variáveis 
 Matéria-prima 
 Material de embalagem 
 Mão-de-Obra Direta 
... 
(290) 
(30) 
(220) 
540 
... 
(130) 
(10) 
(170) 
310 
... 
(115) 
(10) 
(160) 
285 
(-) Despesas Variáveis 
 Comissão do vendedor 
 Impostos 
 Assistência técnica 
... 
(50) 
(100) 
(30) 
180 
... 
(30) 
(50) 
(10) 
90 
... 
(20) 
(30) 
(5) 
55 
= Margem de Contribuição 180 200 60 
Margem de contribuição em % 20% 33,3% 15% 
 
O melhor produto, sem o fator restritivo, é o Care pois tem a maior margem de contribuiçãopor unidade. 
Por isso, deve ter sua produção e venda incentivada. 
 
 Qual será o lucro a ser obtido pela venda dos produtos fabricados? 
 MAX 
1.000 unid 
R$ 
CARE 
 2.500 unid. 
R$ 
POP 
4.800 unid. 
R$ 
TOTAL 
R$ 
Receita de Venda 900.000 1.500.000 1.920.000 4.320.000 
(-) Custos Variáveis (540.000) (775.000) (1.368.000) (2.683.000) 
(-) Despesas Variáveis (180.000) (225.000) (264.000) (669.000) 
= Margem de Contribuição 180.000 500.000 288.000 968.000 
(-) Custos e Despesas Fixos (400.000) 
= Lucro Líquido 568.000 
 
 Presuma agora que a indústria não esteja conseguindo fabricar todos os produtos que 
deseja porque tem fatores que limitam a sua capacidade produtiva. O que ela deve fazer 
para identificar o melhor produto, mesmo com a restrição e, assim, obter o maior lucro 
possível? 
 
a) Restrição na quantidade de horas-máquinas 
 A indústria apresenta as seguintes informações adicionais: 
 
 33 
 Nesse mês, não conseguiu atender a todos os clientes que desejaram comprar o 
Modelo Max. O mercado queria comprar 1.801 unidades. Portanto, perdeu vendas 
de 799 unidades; 
 Os Modelos Max e Care são fabricados na mesma máquina, enquanto o Modelo 
Pop usa outra máquina. Não é possível usar a máquina do modelo Pop para a 
fabricação dos outros aparelhos; 
 A capacidade máxima da máquina que fabrica os modelos Max e Care 
corresponde a 19.000 horas mensais, assim distribuídas: 
 Max Care 
Quantidade produzida no mês 1.000 unidades 2.500 unidades 
Quantidade de horas-máquinas para fabricar 
uma unidade 
4 horas 6 horas 
Total de horas-máquinas aplicadas em cada 
produto por mês 
4.000 horas 15.000 horas 
 
 Considerando esse fator restritivo, que são as horas-máquina, qual desses dois 
produtos é o mais rentável para a indústria? 
 Você deve calcular a nova margem de contribuição unitária, considerando agora o 
fator restritivo. Para isso, basta dividir a margem de contribuição antiga pela quantidade de 
horas-máquina necessárias para fabricar cada unidade dos modelos Max e Care. Veja os 
cálculos: 
Valores por unidade MAX 
R$ 
CARE 
R$ 
POP 
R$ 
Receita de Venda 900 600 400 
(-) Custos Variáveis 540 310 285 
(-) Despesas Variáveis 180 90 55 
= Margem de Contribuição 180 200 60 
Fator restritivo (hora-máquina) 4 horas 6 horas 
Não tem restrição para 
sua produção 
Nova margem de contribuição pelo 
fator restritivo 
45 33,33 
 
O melhor produto, com o fator restritivo, é o Max, pois tem a maior margem de 
contribuição por fator restritivo. Por isso, deve ter sua produção e venda 
incentivada. Nesse sentido, deverão ser produzidas as 1.801 unidades que os 
clientes desejam. 
 
Bem, se a indústria deve fabricar 1.801 unidades do modelo Max, quantas unidades 
deverão ser produzir do modelo Care? 
 Para obter essa resposta, você deve calcular quantas horas serão aplicadas na produção 
das 1.801 unidades do modelo Max (1.801 unidades x 4 horas = 7.204 horas). Depois, deve 
subtrair esse valor da capacidade total da máquina que fabrica os dois produtos, isto é, 19.000 
horas (19.000 horas – 7.204 horas = 11.796 horas). O resultado dessa subtração deve ser 
dividido pelas horas-máquina unitária para fazer o modelo Care e, essa resposta será a 
 
34 
 
quantidade de produtos que a indústria deve fazer do modelo Care (11.796 horas / 6 horas = 
1.966 unidades). 
 Max Care 
Quantidade produzida no mês 1.801 unidades 1.966 unidades 
Quantidade de horas-máquina para fabricar 
uma unidade 
4 horas 6 horas 
Total de horas-máquina aplicadas em cada 
produto por mês 
7.204 horas 11.796 horas 
 
Qual o lucro a ser obtido com a venda dos produtos fabricados após a identificação do 
fator restritivo ? 
 MAX 
1.801 unid 
R$ 
CARE 
 1.966 unid. 
R$ 
POP 
4.800 unid. 
R$ 
TOTAL 
R$ 
Receita de Venda 1.620.900 1.179.600 1.920.000 4.720.500 
(-) Custos Variáveis (972.540) (609.460) (1.368.000) (2.950.000) 
(-) Despesas Variáveis (324.180) (176.940) (264.000) (765.120) 
= Margem de Contribuição 324.180 393.200 288.000 1.005.380 
(-) Custos e Despesas Fixos (400.000) 
= Lucro Líquido 605.380 
 
Comparando este lucro R$ 605.380 com o lucro anterior R$ 568.000, constata-se um 
acréscimo de R$ 37.380. Portanto, o segundo mix de produção, efetuado com base na melhor 
margem de contribuição pelo fator limitativo, permite, sem dúvidas, aumentar o lucro da 
empresa. 
 
Pare e Pense 
a) Se existir no mesmo período diversos fatores limitando a capacidade produtiva, o que deve 
ser feito? A solução simplificada que acabamos de ver não irá funcionar. É necessário que se 
recorra a métodos mais sofisticados, como a Progressão Linear ou outros modelos 
matemáticos da Pesquisa Operacional. 
 
Síntese da unidade 
Vimos que decisões apresentadas nessa unidade estão freqüentemente desafiando os 
gestores das empresas. Todo o esforço realizado para identificar a alternativa mais viável deve 
ser demonstrado por meio de relatórios que permitam a visualização da situação atual com a 
proposta apresentada. A comparação das duas situações é que possibilitará ao gestor tomar a 
decisão mais rentável. Todavia, se houver limitação na capacidade produtiva, interessa a 
decisão que produz maior Margem de Contribuição pelo fator limitante da capacidade. 
 
 
 
 35 
Atividades 
I - A Indústria Fity fabrica o produto RS. Ela produz 20.000 unidades por mês. O produto RS 
é composto de quatro elementos. Todos são fabricados pela Indústria Tity. O terceiro 
elemento do produto RS é fabricado com os seguintes gastos: Matéria-prima R$ 150.000; 
Mão-de-Obra Direta R$ 60.000; Custo Indireto Variável R$ 90.000 e Despesa Fixa R$ 
45.000. A Indústria Fity recebe uma proposta da Empresa Qualy para fabricar o terceiro 
elemento no seu lugar por R$ 16/u (incluso o frete). A Indústria Fity ao estudar a proposta da 
Empresa Qualy, concluiu que: 
Poderia utilizar o departamento que fazia o terceiro elemento para produzir um novo produto que dará margem 
(ganho) adicional de R$ 25.000; 
A qualidade do terceiro elemento comprado é igual a que a indústria já vem fabricando; 
O fornecedor Empresa Qualy sabe fazer as caixas e já tem experiência comprovada. 
 
PEDE-SE: a Indústria Fity deve continuar fabricando ou deve comprar o terceiro elemento da 
Empresa Qualy? Justifique sua resposta. 
 
II – Uma indústria fabrica o produto “A” por R$ 4,80/unidade. Esse produto é vendido por R$ 
8,00 por unidade. Esse produto pode passar por um outro estágio de processamento e é 
vendido a R$ 12,00 por unidade. O custo associado com esse processo adicional está estimado 
em R$ 2,00 por unidade. 
PEDE-SE: a Indústria deve vender o produto como está ou deve vendê-lo após o 
processamento adicional? 
 
III – Uma empresa fabrica três produtos, nos quais são utilizados puxadores, com os seguintes 
custos: 
 
PRODUTO CUSTO 
VARIÁVEL 
CUSTO 
FIXO 
CUSTO 
TOTAL 
PREÇO DE 
VENDA 
Nº DE PUXADORES 
A 
B 
C 
R$ 350/u 
R$ 445/u 
R$ 250/u 
R$ 50/u 
R$ 150/u 
R$ 50/u 
R$ 400/u 
R$ 595/u 
R$ 300/u 
R$ 750/u 
R$ 950/u 
R$ 650/u 
3 unidades 
4 unidades 
4 unidades 
 
Em determinada semana, a empresa está com falta de puxadores, existindo apenas 20 
unidades em seu estoque, portanto tem limitação na sua capacidade produtiva. 
Sabendo que a empresa tem despesas fixas de R$ 1.000/semana e despesas variáveis 
de 100% do preço de venda e sabendo, ainda, que o mercado consome 20 unidades de cada 
produto por semana, decida quais produtos deverão ser feitos nessa semana, e em que 
quantidade, de forma a maximizar o lucro nesse período? 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meta da unidade 
Apresentar e analisar as informações geradas pelo ponto de equilíbrio. 
 
Pré-requisitos 
 Você aprendeu, nas unidades anteriores, a classificar os custos em fixos e variáveis, 
calcular amargem de contribuição e o lucro pelo custeio variável. Agora, chegou o momento 
Unidade 5 
Ponto de Equilíbrio 
 
 
 37 
de você utilizar todo esse saber, colocando mãos-à-obra na tarefa de identificar a quantidade 
mínima que a empresa deve fabricar e vender para não ter prejuízo, tarefa básica e 
fundamental para o gerenciamento de um negócio. 
 
Objetivos 
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de: 
 definir e calcular o ponto de equilíbrio; 
 analisar o ponto de equilíbrio. 
 
Introdução 
No rol das informações mínimas e necessárias para a tomada de decisão, está a 
identificação e análise do ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio será obtido, quando o 
total de todas as margens de contribuição for igual ao total dos custos e despesas fixos do 
mesmo período. Assim, evidencia o ponto mínimo em que a empresa pode operar para não ter 
prejuízo, ou seja, onde o lucro é zero. Nesse ponto mínimo, a empresa consegue cobrir os 
custos variáveis das unidades produzidas e vendidas e, também, cobrir todos os custos fixos. 
 
 
Ponto de Equilíbrio 
Podemos definir o ponto de equilíbrio como o ponto ou o nível de atividades em que a 
receita de venda é suficiente para cobrir todos os gastos da empresa e, conseqüentemente, o 
lucro é igual a zero. Todavia, não existe ponto de equilíbrio ideal, ele deve ser o mais baixo 
possível, pois a empresa terá mais segurança para não entrar no prejuízo. 
 É, também, denominado de Break-even Point; Ponto crítico; Ponto de quebra; Ponto 
de nivelamento ou Faturamento mínimo e, nasce da conjugação (relação) do custo total com a 
receita total. 
 É extremamente importante colocarmos os dados que formam o ponto de equilíbrio 
num gráfico. No eixo X, demonstramos a quantidade e, no eixo y, os valores. São 
evidenciadas as retas de valor das vendas (receita total), dos custos fixos e do custo total. Na 
intersecção da reta dos custos totais com a reta das vendas, temos o ponto de equilíbrio. 
Abaixo desse ponto, encontra-se a área de prejuízo e, acima dele, a área de lucros. 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É fácil determinar a fórmula do ponto de equilíbrio, basta lembrar que, nesse ponto, o 
total da receita deve ser igual ao somatório dos custos e despesas e que o lucro é igual a zero. 
Assim: 
 
 
 
 
O ponto de equilíbrio pode ser utilizado para atender aos seguintes objetivos: 
 calcular a quantidade mínima a ser produzida e vendida para a empresa não ter prejuízo e 
nem lucro, isto é, essa quantidade deve ser suficiente para cobrir as despesas fixas e 
variáveis e os custos fixos e variáveis; 
 calcular o nível de produção em quantidade e/ou valor para que a receita total seja igual ao 
custo total; 
 calcular o lucro para diferentes níveis de venda e, ao mesmo tempo, planejar e controlar as 
vendas pelo lucro desejado; 
 facilitar a análise do efeito sobre o lucro quando o gestor simular alterações nas despesas e 
custos fixos e variáveis, no volume de vendas e de produção e no preço de venda; 
 avaliar a viabilidade de um empreendimento. Teoricamente podemos dizer que, se o ponto 
de equilíbrio for igual ou superior a 70% da capacidade máxima da empresa, o negócio é 
inviável. 
Existem três pontos de equilíbrio: o contábil, o econômico e o financeiro. A relação 
entre eles é: Econômico > Contábil > Financeiro. 
 
 
 
Custo fixo 
Custo total 
Receita total 
Quantidade=y 
Valor=x 
Ponto de Equilíbrio 
Área do prejuízo 
Área de lucro 
Receitas de Vendas = Custo e despesas fixos + custos e despesas variáveis + lucro 
Preço de venda x quantidade = custos e despesas fixos + (custos e despesas variáveis x quantidade) 
Quantidade = (Custos e despesas fixos) / (preço de venda – custos e despesas variáveis) 
 
 
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a) Ponto de equilíbiro contábil (PEC) 
 
CONCEITO: é a quantidade mínima de produtos que deverão ser fabricados e vendidos para que a empresa não 
tenha prejuízo, isto é, para poder pagar todas as despesas e custos fixos e variáveis. 
CARACTERÍSTICAS: 
 Receita total é igual a custo total mais despesa total. 
 Lucro líquido é igual a ZERO. 
 Esse ponto de equilíbrio pode ser apresentado em quantidade e valor. 
FÓRMULAS: 
a) Ponto de Equilíbrio Contábil em Quantidade (PECq): indica a quantidade mínima a ser fabricada e vendida: 
 (Custo Fixo + Despesa Fixa) / Margem Contribuição unitária 
b) Ponto de Equilíbrio Contábil em Valor (PECv): indica qual o valor de venda a ser obtido para que a receita 
seja igual ao custo: 
 (Custo Fixo + Despesa Fixa) / ( Margem Contribuição unitária / Preço de Venda) 
 
 
b) Ponto de equilíbiro econômico (PEE) 
 
CONCEITO: é a quantidade mínima de produtos que deverão ser fabricados e vendidos para que a empresa não 
tenha prejuízo, e ainda consiga receber a REMUNERAÇÃO (lucro antes do Imposto de Renda) desejada. O 
lucro antes do Imposto de Renda (IR) é calculado da seguinte maneira: 
 lucro líquido do exercício / (1 – alíquota do IR). 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
 O equilíbrio da receita com as despesas acontecerá quando o lucro for igual à remuneração desejada. 
 Lucro líquido NÃO é igual a ZERO, é igual ao valor da REMUNERAÇÃO desejada. 
 Esse ponto de equilíbrio pode ser apresentado em quantidade e valor. 
FÓRMULAS: 
a) Ponto de Equilíbrio Econômico em Quantidade (PEEq): indica a quantidade mínima a ser fabricada e 
vendida: 
 (Custo Fixo + Despesa Fixa + Remuneração) / Margem Contribuição unitária 
b) Ponto de Equilíbrio Econômico em Valor (PEEv): indica qual o valor de venda a ser obtido para que a receita 
seja igual ao custo e ainda sobre a remuneração desejada: 
 (Custo Fixo + Despesa Fixa + Remuneração) / ( Margem Contribuição unitária / Preço de Venda) 
 
 
d) Ponto de equilíbiro financeiro (PEF) 
 
 
CONCEITO: é a quantidade mínima de produtos que deverão ser fabricados e vendidos para que a empresa não 
tenha prejuízo, e ainda consiga os gastos desembolsáveis, operacional ou não. 
CARACTERÍSTICAS: 
 O saldo do caixa é igual a Zero. 
 A empresa tem prejuízo contábil nesse ponto, no valor da despesa não desembolsável. 
 Esse ponto de equilíbrio pode ser apresentado em quantidade e valor. 
FÓRMULAS: 
a) Ponto de Equilíbrio Financeiro em Quantidade (PEFq): indica a quantidade mínima a ser fabricada e vendida: 
 (Custo Fixo + Despesa Fixa – Gasto não desembolsável) / Margem Contribuição unitária 
b) Ponto de Equilíbrio Financeiro em Valor (PEFv): indica qual o valor de venda a ser obtido para que a receita 
seja igual ao custo e, ainda seja suficiente para pagar as obrigações assumidas: 
 (Custo Fixo+Despesa Fixa–Gasto não desembolsável)/( Margem Contribuição unitária/Preço de Venda) 
 
 
 
40 
 
 Para exemplificar o cálculo do ponto de equilíbrio, vamos supor o seguinte exemplo: a 
empresa Spon Ltda vende cada unidade de seu produto por R$ 1.000. Essa empresa tem 
custos fixos de R$ 1.700/mês, despesas fixas de R$ 300/mês, custos variáveis de R$ 
470/unidade e despesas variáveis de R$ 130/unidade. Dentro dos custos fixos estão 
contabilizados R$ 400 de depreciação, que são gastos não desembolsáveis. A empresa deseja 
ter um lucro de R$ 100 antes do Imposto de Renda. 
 
CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL - PEC 
Cálculo do PEC Prova de que o PECq está correto 
5.000 unidades 
 
PECq= 1.700+300 
 1.000-470-130 
PECq = 5.000 unidades 
Receita de Venda 5.000.000 
(-) Custos Variáveis (2.350.000) 
(-) Despesas Variáveis (650.000) 
= Margem de Contribuição 2.000.000 
(-) Custos Fixos (1.700.000) 
(-) Despesas Fixas (300.000) 
= Lucro Líquido ZERO 
 
CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO - PEE 
Cálculo do PEE Prova de que o PEEq está correto 
5.250 unidades 
 
PEEq=1.700+300+100 
 1.000-470-130 
PEEq = 5.250 unidades 
Receita de Venda 5.250.000 
(-) Custos Variáveis (2.467.500)

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