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Saldo Contábil Conta Caixa Muito Alto, Irreal, Inexistente, Saldo Errado :
Como Regularizar Legalmente na Empresa Lucro Presumido, Lucro Real e 
Simples Nacional
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou
parcial da referida obra intelectual (apostila e respectivos anexos),
por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas
gráficos, mecânicos, eletrônicos, microfílmicos, fotográficos,
reprográficos, fonográficos, videográficos, gravação ou por
quaisquer outros meios sem autorização prévia por escrito do
autor. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial,
bem como a inclusão de qualquer parte desta obra intelectual em
qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições
aplicam-se também às características gráficas desta obra
intelectual e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é
punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com
pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas
(Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais e Lei nº 5.988 art.
17 e seus parágrafos de 14/12/1073).
2
Esta apostila com seus respectivos anexos foi cuidadosamente
preparada, com base na legislação tributária, fiscal, contábil e societária, no
entanto, foi escrita em termos gerais e deve ser considerada somente como
uma orientação geral a todas as empresas e aos profissionais. Esta apostila
com os seus respectivos anexos, não poderá servir de base para atender e
cobrir situações e casos concretos específicos das empresas e dos
profissionais envolvidos nos trabalhos operacionais e não recomendamos e
nem aconselhamos agir ou deixar de agir com base nas informações
contidas na referida apostila e anexos sem antes obter orientação e
aconselhamento profissional específico ao caso concreto. Favor contatar
profissionais experientes para discutir os assuntos no contexto de suas
circunstâncias particulares tendo em vista fatos ou circunstâncias
específicas de Leis, Regulamentos e Diversos Atos Normativos do fisco e
que podem variar. A Fisconsulta e o autor da referida apostila com seus
respectivos anexos não aceita e nem assume quaisquer responsabilidades
ou obrigações por qualquer dano decorrente de qualquer ação tomada, ou
não tomada, por qualquer pessoa com base nas informações desta apostila
e seus respectivos anexos ou por quaisquer decisões nela baseadas.
DECLARAÇÃO
3
4
Saldo Contábil Conta Caixa Muito 
Alto, Irreal, Inexistente, Saldo 
Errado:
• Como Regularizar legalmente na empresa tributada pelo Lucro 
Real, Lucro Presumido e Simples Nacional?
• Quais os reflexos contábeis, tributários, fiscais e societários?
• Quais as responsabilidades do contador da empresa, dos sócios 
ou acionistas, dos administradores?
5
1. Análise de um caso prático:
• EMPRESA TRIBUTADA PELO LUCRO PRESUMIDO;
• NA CONTABILIDADE, NO BALANÇO DA EMPRESA CONSTA UM SALDO 
CONTÁBIL CONTA CAIXA NO VALOR DE R$ 5.320.750,00, CUJO SALDO ALTO JÁ 
VEM DE ANOS ANTERIORES, PORÉM O SALDO QUE EXISTE NA REALIDADE E 
EM ESPÉCIE É DE R$ 10.258,50 (AR), OU SEJA, CONSTA NO BALANÇO DA 
EMPRESA, INCLUSIVE HÁ ANOS, UM SALDO DE ATIVO CONTÁBIL (AC) MAIOR, 
RESULTANDO ENTÃO EM UM ATIVO FICTÍCIO (AF): AC>AR=AF.
• ATENÇÃO: LEGENDA DE SIGLAS QUE SERÃO UTILIZADAS NESSE CURSO.
AC = ATIVO CONTÁBIL PC = PASSIVO CONTÁBIL
AR = ATIVO REAL PR = PASSIVO REAL
AF = ATIVO FICTÍCIO PF = PASSIVO FICTÍCIO
AO = ATIVO OCULTO PO = PASSIVO OCULTO
> = MAIOR OU MAIS < = MENOR OU MENOS
6
1. Análise de um caso prático:
• ATENÇÃO: LEGENDA DE SIGLAS QUE SERÃO UTILIZADAS NESSE CURSO.
AC > AR = AF
AC < AR = AO
PC > PR = PF
PC < PR = PO
7
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
A) DÉBITOS DE ATIVOS – ORIGEM: AC < AR = AO
CRÉDITOS DE CAIXA – ORIGEM: AC > AR = AF
OBS: ATIVOS COM SALDO CONTÁBIL “MENOR” EM COMPARAÇÃO COM OS 
“SALDOS REAIS”, E O SALDO CAIXA CONTÁBIL É “MAIOR” DO QUE O 
SALDO REAL.
CONVÉM PREENCHER O ANEXO Nº 25 – PLANILHA DE REGULARIZAÇÃO DE 
SALDOS CONTÁBEIS COMPARADOS COM SALDOS REAIS
8
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
B) DÉBITOS DE PASSIVOS DIVIDAS – ORIGEM: PC > PR = PF
CRÉDITOS DE CAIXA – ORIGEM: AC > AR = AF
OBS: PASSIVOS COM “SALDOS CONTÁBEIS MAIORES” EM COMPARAÇÃO 
COM OS “SALDOS REAIS”, E O SALDO CAIXA CONTÁBIL É “MAIOR” DO 
QUE O SALDO REAL.
CONVÉM PREENCHER O ANEXO Nº 25 – PLANILHA DE REGULARIZAÇÃO DE 
SALDOS CONTÁBEIS COMPARADOS COM SALDOS REAIS
9
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
C) DÉBITOS DE PATRIMÔNIO LIQUIDO / LUCROS ACUMULADOS – ORIGEM: 
PC > PR = PF
O LUCRO ACUMULADO PRECISA SER DIMINUÍDO POIS DE FATO FOI 
DISTRIBUÍDO AOS SÓCIOS NO PASSADO, POREM SEM O REGISTRO 
CONTÁBIL.
CRÉDITOS DE CAIXA
“PRESUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS AOS SÓCIOS”
10
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
D) O SALDO DA CONTA CAIXA CONTÁBIL AINDA CONTINUA MUITO ALTO E A 
EMPRESA NÃO TEM MAIS SALDO DE LUCROS ACUMULADOS. CONVÉM 
FAZER EMPRÉSTIMO DE DINHEIRO A SÓCIOS.
OBS: NESSE CASO, O DINHEIRO DE FATO FOI RETIRADO PELOS SÓCIOS, 
PORÉM SEM O REGISTRO CONTÁBIL
DÉBITO: 
EMPRÉSTIMO A SÓCIOS (Ativo Não Circulante / Ativo Realizável Longo Prazo)
TÍTULOS A RECEBER (Ativo Não Circulante / Ativo Realizável Longo Prazo)
CONTAS A RECEBER (Ativo Não Circulante / Ativo Realizável Longo Prazo)
CRÉDITOS A RECEBER (Ativo Não Circulante / Ativo Realizável Longo Prazo)
CONTA A RECEBER (Ativo Não Circulante / Ativo Realizável Longo Prazo)
CRÉDITO: CAIXA
OBS: ESSE LANÇAMENTO CONTÁBIL SERÁ FEITO TAMBÉM NOS CASOS EM 
QUE A EMPRESA NÃO TEM NADA DE LUCROS ACUMULADOS, PELO 
CONTRÁRIO, TEM SALDO DE PREJUÍZOS ACUMULADOS.
11
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
E) AJUSTE FINAL, ULTIMA ETAPA, ÚLTIMO RECURSO CASO NÃO SEJA FEITO 
EMPRÉSTIMO AOS SÓCIOS:
DÉBITO: LUCROS ACUMULADOS (PATRIMONIAL LIQUIDO)
CRÉDITO: CAIXA
ATENÇÃO: ESSE TIPO DE LANÇAMENTO CONTÁBIL SE ASSEMELHA A UM 
LANÇAMENTO CONTÁBIL DE PAGAMENTO DE UMA DESPESA OU CUSTO 
SEM O DEVIDO REGISTRO CONTÁBIL PELO FATO DE QUE NÃO EXISTE 
NENHUM DOCUMENTO DE SAÍDA, OU SEJA, NÃO TEM DOCUMENTO HÁBIL 
E IDÔNEO?
• DÉBITO: DESPESA OU CUSTO (DRE)
• CRÉDITO: CAIXA
HISTÓRICO: PAGAMENTO DE DESPESAS SEM DOCUMENTOS R$ ________
12
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
ATENÇÃO: DÉBITOS DE LUCROS ACUMULADOS NO P.L COM SAÍDA DE CAIXA 
PODERÁ CARACTERIZAR (?)
a) RETIRADA ANTECIPADA DE LUCROS?
b) PAGAMENTO DE DESPESAS E CUSTOS SEM COMPROVANTES?
OBS: VER RIR/99 ART. 281, II E ART. 674
c) EMPRÉSTIMO DE DINHEIRO AOS SÓCIOS?
d) RETIRADAS DE PRO LABORE SEM O REGISTRO CONTÁBIL DE TAL FATO?
13
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
ATENÇÃO: LEGISLAÇÃO SOBRE AJUSTES CONTÁBEIS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
BASE LEGAL DA CONTABILIZAÇÃO DOS AJUSTES CONTÁBEIS DE EXERCÍCIOS 
ANTERIORES EM _____/_____/___________:
A) LEI N.º 6.404/76, ART. 186, § 1º. 
SEÇÃO IV
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
ART. 186. A DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
DISCRIMINARÁ:
§ 1º COMO AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES SERÃO CONSIDERADOS 
APENASOS DECORRENTES DE EFEITOS DA MUDANÇA DE CRITÉRIO CONTÁBIL, OU 
DA RETIFICAÇÃO DE ERRO IMPUTÁVEL A DETERMINADO EXERCÍCIO ANTERIOR, E 
QUE NÃO POSSAM SER ATRIBUÍDOS A FATOS SUBSEQÜENTES.
14
1.1. Como ajustar contabilmente e de forma legal o saldo da conta caixa? 
Saldo da conta contábil “caixa” muito alto: providencias legais para 
diminuir o saldo que é fictício ( AC > AR = AF ):
- OBS: Ver anexos nº 4, 7, 8,17
15
1.2. Quais contas de ativos que tem ou poderão ter relação com a conta caixa 
para fins de conciliação contábil e regularização?
• BANCOS CONTA MOVIMENTO
• APLICAÇÕES FINANCEIRAS
• CLIENTES A RECEBER – NACIONAL
• CLIENTES A RECEBER – EXTERIOR
• DIVERSAS OUTRAS CONTAS A RECEBER
16
1.3. Quais contas de passivos que tem ou poderão ter relação com a conta 
caixa para fins de conciliação contábil e regularização?
• FORNECEDORES - NACIONAIS
• FORNECEDORES – EXTERIOR
• EMPRÉSTIMO BANCÁRIO A PAGAR
• FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS A PAGAR
• IMPOSTOS A PAGAR
• CONTRIBUIÇÃO SOCIAIS A PAGAR
• DIVERSAS OUTRAS CONTAS A PAGAR
• LUCROS ACUMULADOS ( PATRIMÔNIO LIQUIDO)
17
1.4. Saldo muito alto da conta caixa tem a ver com distribuição de lucros aos 
sócios ou acionistas? Se sim, quais os pré-requisitos e quais os 
documentos legais fiscais e societários que devem ser providenciados?
• É possível que houve de fato diversas transferências de numerários para 
os sócios ou acionistas da empresa sem o devido registro contábil, ou 
seja, são lucros que foram efetivamente distribuídos aos sócios ou 
acionistas.
• Atenção: Analisar e verificar se na data da distribuição de lucros, a 
empresa tinha débitos fiscais âmbito federal, conforme RIR/99 art. 889 e Lei 
nº 4.357/64 art. 32
18
1.4. Saldo muito alto da conta caixa tem a ver com distribuição de lucros aos 
sócios ou acionistas? Se sim, quais os pré-requisitos e quais os 
documentos legais fiscais e societários que devem ser providenciados?
- DOCUMENTOS LEGAIS E PRÉ-REQUISITOS:
• Recibo de distribuição de lucros
• Ata de reunião de sócios/acionistas para fins de deliberação de distribuição 
de lucros, de acordo com o percentual de cada um no capital social em 
conforme consta no contrato social (Ltda) ou estatuto social (S/A).
• Arquivamento / Registro da referida ata de reunião na junta comercial do 
estado.
• Informe de rendimentos aos Sócios / Acionistas referente à distribuição de 
lucros.
19
1.4. Saldo muito alto da conta caixa tem a ver com distribuição de lucros aos 
sócios ou acionistas? Se sim, quais os pré-requisitos e quais os 
documentos legais fiscais e societários que devem ser providenciados?
• Relação de cheques emitidos pela empresa e que foram sacados conforme 
consta nos extratos bancários.
Obs: Não esquecer de fazer recibo de distribuição de lucros.
• Conforme o caso, retificar a DIRF para fazer constar o valor dos lucros 
distribuídos aos sócios ou acionistas.
• Conforme o caso, retificar a DIRPF dos sócios / acionistas para fazer 
constar o valor dos lucros distribuídos aos sócios ou acionistas
• Atenção: lucros gerados a partir de 1996 são isentos de tributação na fonte 
e na declaração anual dos sócios, conforme RIR/99 art. 39,XXIX, art. 662
20
1.4. Saldo muito alto da conta caixa tem a ver com distribuição de lucros aos 
sócios ou acionistas? Se sim, quais os pré-requisitos e quais os 
documentos legais fiscais e societários que devem ser providenciados?
• CONFORME O CASO, RETIFICAR A DIPJ DA EMPRESA, FICHA 38, LINHA 
REFERENTE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS(DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU 
PREJUÍZOS ACUMULADOS) E RETIFICAR DEMAIS FICHAS NECESSÁRIAS 
DECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS.
• CONTABILIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS.
DEBITO: LUCRO ACUMULADO ( PATRIMÔNIO LIQUIDO)
OU
DÉBITOS: LUCROS A DISTRIBUIR (PASSIVO CIRCULANTE OU PASSIVO NÃO 
CIRCULANTE)
CRÉDITO: CAIXA ( ATIVO CIRCULANTE)
21
1.4. Saldo muito alto da conta caixa tem a ver com distribuição de lucros aos 
sócios ou acionistas? Se sim, quais os pré-requisitos e quais os 
documentos legais fiscais e societários que devem ser providenciados?
• ATENÇÃO: PERIODICIDADE DA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS: MENSAL, 
BIMESTRAL TRIMESTRAL OU PERÍODOS.
• ATENÇÃO: PARA QUE A EMPRESA POSSA FAZER A DISTRIBUIÇÃO DE 
LUCROS AOS SÓCIOS DE FORMA MENSAL, BIMESTRAL, TRIMESTRAL OU 
QUALQUER OUTRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO, DEVERÁ PROCEDER DA 
SEGUINTE FORMA.
• O CONTRATO SOCIAL (SOCIEDADE LIMITADA) OU O ESTATUTO 
SOCIAL (S/A) DEVE: CONTER CLAUSULA DE DISTRIBUIÇÃO DE 
LUCROS DE FORMA INTERMEDIÁRIA COM BASE NA LEI Nº 6.404/76 
ART. 204
22
1.5. A empresa pode emprestar dinheiro aos sócios? Se sim, quais os pré-
requisitos e quais os documentos legais fiscais e societários que devem 
ser providenciados?
• Entendemos que se houver concordância entre os sócios da empresa, a 
empresa poderá emprestar dinheiro aos sócios ou acionistas via contrato 
de mútua, conforme art. 586 e 587 do código civil – Lei nº 10.406/02
• Analisar a incidência de IOF, tributação de 0,0041% ao dia sobre o valor do 
contrato de mútua, conforme decreto nº 6.306/07
• O referido contrato de mútua poderá prever cobrança de juros.
23
1.5. A empresa pode emprestar dinheiro aos sócios? Se sim, quais os pré-
requisitos e quais os documentos legais fiscais e societários que devem 
ser providenciados?
• DOCUMENTOS LEGAIS, FISCAIS, SOCIETÁRIOS E PRÉ-
REQUISITOS:
o CONTRATO DE MÚTUA.
o REGISTRAR O CONTRATO NO CARTÓRIO DE REGISTRO DE TÍTULOS 
E DOCUMENTOS.
o ATA DE REUNIÃO DE SÓCIOS OU ACIONISTAS PARA FINS DE 
DELIBERAÇÃO DO EMPRÉSTIMO DE DINHEIRO AOS SÓCIOS.
o ARQUIVAMENTO / REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DA 
REFERIDA ATA DE REUNIÃO DE SÓCIOS OU ACIONISTAS.
o FAZER RECIBO REFERENTE AO DINHEIRO EMPRESTADO.
24
1.5. A empresa pode emprestar dinheiro aos sócios? Se sim, quais os pré-
requisitos e quais os documentos legais fiscais e societários que devem 
ser providenciados?
o RELAÇÃO DE CHEQUES EMITIDOS PELA EMPRESA E QUE FORAM 
SACADOS CONFORME CONSTA NOS EXTRATOS BANCÁRIOS.
o CADA SÓCIO DEVERÁ DECLARAR O EMPRÉSTIMO (MÚTUO) OBTIDO 
PELA EMPRESA, NA SUA DIRPJ NA FICHA REFERENTE À DÍVIDAS.
25
1.5. A empresa pode emprestar dinheiro aos sócios? Se sim, quais os pré-
requisitos e quais os documentos legais fiscais e societários que devem 
ser providenciados?
ACÓRDÃO 102-46.568
1º Conselho de Contribuintes - 2a. Câmara
(Data da Decisão: 01/12/2004 Data da Publicação no DOU: 09/03/2005)
Processo nº. : 10120.001981/98-22
Recurso nº. : 136.169
Matéria : IRPF - EXS.: 1993 e 1995
Recorrente : ARTELHO DE FREITAS GUIMARÃES
Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-BRASÍLIA/DF
Sessão de : 01 DE DEZEMBRO DE 2004
Acórdão nº. : 102-46.568
(...)
26
1.5. A empresa pode emprestar dinheiro aos sócios? Se sim, quais os pré-
requisitos e quais os documentos legais fiscais e societários que devem 
ser providenciados?
(...)
EMPRÉSTIMO - COMPROVAÇÃO - Cabe ao contribuinte a comprovação 
mediante cópia do contrato de mútuo, cheque, comprovante de depósito 
bancário ou do extrato da conta corrente ou outro meio hábil e idôneo 
admitido em direito, da efetiva transferência dos recursos, coincidente em 
datas e valores, tanto na concessão como por ocasião do recebimento do 
empréstimo, não sendo suficiente a apresentação apenas de recibo ou nota 
promissória.
IRPF - NOTA PROMISSÓRIA - A nota promissória, por ser representativa de um 
negócio jurídico abstrato, em oposição aos causais, por ela mesma é válida 
para determinar a obrigação do pagamento, porém, não revela a causa do 
negócio jurídico. Logo, não é prova efetiva do mútuo por não se prestar 
somente a esta finalidade, qual seja, a de garantir um empréstimo.
27
1.6. Como justificar o pedido de um empréstimo bancário pela empresa, no 
valor de R$ 5.000.000,00, sendo que no balanço patrimonial consta um 
saldo contábil de caixa no valor de mais de R$ 5.000,000,00, porem não é 
saldo real, é um saldo fictício?
• Fato inusitado, no mínimo fato estranho, incomum, anormal.
• Fato incôngruo, isto é, incongruente, ou seja, faltade coerência, impróprio, 
não é conveniente ao caso concreto, não condiz com a realidade, fato 
incoerente.
• Haverá necessidade de regularizar o referendo saldo contábil de caixa, pois 
na realidade o saldo não existe mais, é fictício, e será regularizado através 
de implementação de uma auditoria contábil interna ou externa.
28
1.7. Por que o saldo contábil da conta “caixa” fica muito alto e não é real, 
afinal o que ocasiona isso?
ATENÇÃO: Assuntos que devem ser muito bem analisados.
1. Pagamentos feitos em dinheiro, em espécie a terceiros, sem documento 
nenhum, ou seja, oficialmente não há saída de caixa, o saldo da conta caixa 
é fictício.
AC > AR = AO
29
1.7. Por que o saldo contábil da conta “caixa” fica muito alto e não é real, 
afinal o que ocasiona isso?
ATENÇÃO: Assuntos que devem ser muito bem analisados.
2. Pagamentos Feitos a Terceiros, através de conta bancaria em nome da 
empresa, mediante cheques emitidos que foram efetivamente 
compensados. Sem documento nenhum.
DÉBITOS – Caixa
CRÉDITOS – Bancos com movimento.
não tem documento nenhum mas precisa contabilizar a conta banco com 
movimento.
Obs: Entrada Fictícia de dinheiro para a conta caixa. AC > AR = AO
Fundamentação Legal: 
Ver RIR/99 art. 281, II , art. 674, art. 304.
30
1.7. Por que o saldo contábil da conta “caixa” fica muito alto e não é real, 
afinal o que ocasiona isso?
ATENÇÃO: Assuntos que devem ser muito bem analisados.
3. Pagamentos Referente a passivos ocultos, ou seja, obrigações existentes 
sem o registro contábil no passivo e sem o registro oficial dos referidos 
pagamentos, ou seja, o dinheiro de fato saiu da cota caixa, porem sem o 
lançamento contábil da saída, de forma fictícia fica um saldo de caixa.
PC > PR = PO
A conta bancaria irá registrar uma saída e como entrada no caixa, pois a 
divida no passivo não foi contabilizado.
31
1.7. Por que o saldo contábil da conta “caixa” fica muito alto e não é real, 
afinal o que ocasiona isso?
ATENÇÃO: Assuntos que devem ser muito bem analisados.
3. Clientes a Receber conta contábil saldo superior que o saldo real 
(AC > AR = AF) e para regularizar será necessário fazer o seguinte lançamento 
contábil:
DÉBITOS – Caixa
CRÉDITOS – Clientes a receber
32
2. Atenção: Falta de escrituração de pagamentos efetuados – Rir/99, art. 281, II 
– Análise da jurisprudência fiscal.
Regulamento do imposto de renda – RIR/99 – Decreto nº 3.000/99
Subseção II
Omissão de Receita
Saldo Credor de Caixa, Falta de Escrituração de Pagamento, Manutenção no Passivo de 
Obrigações Pagas e Falta de Comprovação do Passivo
Art. 281. Caracteriza-se como omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte 
a prova da improcedência da presunção, a ocorrência das seguintes hipóteses 
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12, § 2º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 40):
I - a indicação na escrituração de saldo credor de caixa;
II - A FALTA DE ESCRITURAÇÃO DE PAGAMENTOS EFETUADOS;
III - a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja 
comprovada.
33
3. Atenção: Pagamentos a beneficiários não identificados – Rir/99, art. 674 –
análise da jurisprudência fiscal.
Regulamento do imposto de renda – RIR/99 – Decreto nº 3.000/99
Seção II
Pagamento a Beneficiário não Identificado
Art. 674. Está sujeito à incidência do imposto, exclusivamente na fonte, à alíquota de 
trinta e cinco por cento, todo pagamento efetuado pelas pessoas jurídicas a 
beneficiário não identificado, ressalvado o disposto em normas especiais (Lei nº 
8.981, de 1995, art. 61).
§ 1º A incidência prevista neste artigo aplica-se, também, aos pagamentos efetuados ou 
aos recursos entregues a terceiros ou sócios, acionistas ou titular, contabilizados ou 
não, quando não for comprovada a operação ou a sua causa (Lei nº 8.981, de 1995, 
art. 61, § 1º).
§ 2º Considera-se vencido o imposto no dia do pagamento da referida importância (Lei 
nº 8.981, de 1995, art. 61, § 2º).
§ 3º O rendimento será considerado líquido, cabendo o reajustamento do respectivo 
rendimento bruto sobre o qual recairá o imposto (Lei nº 8.981, de 1995, art. 61, § 3º).
34
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
DECISÃO 06-15787
ÓRGÃO DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM CURITIBA - 4A. TURMA
DECISÃO DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM CURITIBA / 
4A. TURMA / DECISÃO 06-15787 EM 16/10/2007
IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. COMPROVAÇÃO. A PERCEPÇÃO DE RENDIMENTOS ISENTOS 
ORIUNDOS DE LUCROS DISTRIBUÍDOS DEPENDE DA COMPROVAÇÃO DO EFETIVO 
DESEMBOLSO E PAGAMENTO POR PARTE DA EMPRESA. 
PUBLICADO NO DOU EM: 16/10/2007
DATA DA DECISÃO: 16/10/2007
DATA DA PUBLICAÇÃO NO DOU: 16/10/2007 (16/10/2007 - PUBLICADO NO SITE DA SEC. 
RECEITA FEDERAL)
35
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
DECISÃO 06-11250
ÓRGÃO DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM CURITIBA - 4A. TURMA
DECISÃO DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM CURITIBA / 
4A. TURMA / DECISÃO 06-11250 EM 13/06/2006
IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF
LUCROS DISTRIBUÍDOS. COM-PROVAÇÃO. A PERCEPÇÃO DE RENDIMENTOS ISENTOS 
ORIUNDOS DE LUCROS DISTRIBUÍDOS DEPENDE DA COMPROVAÇÃO DO EFETIVO 
DESEMBOLSO E PAGAMENTO POR PARTE DA EMPRESA. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. 
OS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS NÃO PAGOS ATÉ O SEU VENCIMENTO, COM 
FATOS GERADORES OCORRIDOS A PARTIR DE 01/01/1995, SERÃO ACRESCIDOS NA VIA 
ADMINISTRATIVA OU JUDICIAL, DE JUROS DE MORA EQUIVALENTES, A PARTIR DE 
01/04/1995, À TAXA REFERENCIAL DO SELIC PARA TÍTULOS FEDERAIS.
DATA DA DECISÃO: 13/06/2006
DATA DA PUBLICAÇÃO NO DOU: 13/06/2006 (13/06/2006 - PUBLICADO NO SITE DA SEC. 
RECEITA FEDERAL)
36
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
DECISÃO 9.849
órgão Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife - 1a. Turma
Decisão Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife / 1a. Turma / DECISÃO 
9.849 em 22.10.2004
Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO. São tributáveis os valores relativos ao 
acréscimo patrimonial, quando não justificados pelos r endimentos tributáveis, isentos/não 
tributáveis, tributados exclusivamente na fonte ou objeto de tributação definitiva. 
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO. ÔNUS DA PROVA. Se o ônus da prova, por 
presunção legal, é do contribuinte, cabe a ele a prova da origem dos recursos informados 
para acobertar seus dispêndios gerais e aquisições de bens e direitos. ANÁLISE DA 
EVOLUÇÃO PATRIMONIAL. VALORES DEPOSITADOS EM CONTAS BANCÁRIAS. Os valores 
depositados em contas bancárias somente podem co mpor o demonstrativo de análise da 
evolução patrimonial se existirem provas ou indícios veementes de que eles tenham 
ocorrido nas datas indicadas. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOAS 
JURÍDICAS. ALEGAÇÃO DE QUE OS RENDIMENTOS SÃO ISENTOS DO I MPOSTO. 
(...)
37
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
DECISÃO 9.849
(...)
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. A ALEGAÇÃO DE QUE OS RENDIMENTOS RECEBIDOS DE 
PESSOA JURÍDICA DA QUAL O CONTRIBUINTE É SÓCIO SÃO ISENTOS DO IMPOSTO DE 
RENDA POR SEREM RELATIVOS À DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS SOMENTE PODE SER 
ACEITA SE RESTAR COMPROVADO, MEDIANTE DOCUMENTAÇÃO HÁBIL E IDÔNEA, QUE 
OS LUCROS FORAM EFETIVAMENTE DISTRIBUÍDOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. 
LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. Para os fatos geradores ocorridos 
a partir de 1º de janeiro de 1997, o art. 42 da Lei nº 09. 430, de 1996, autoriza a presunção 
legal de omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origemnão 
comprovada pelo sujeito passivo. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. ÔNUS DA PROVA. Se o ônus 
da prova, por presunção legal, é do contribuinte, cabe a ele a prova da origem dos recursos 
utilizados para acobertar seus depósitos bancários. MULTA ISOLADA. FALTA DE 
RECOLHIMENTO DO CARNÊ-LEÃO. MATÉRIA NÃO CONTESTADA. Reputa-se não 
impugnada a matéria, quando o contribuinte concorda expressamente com a autuação.
Data da decisão: 22/10/2004
Data da publicação no DOU: 22/10/2004 (22.10.2004 - publicado no site da Sec. Receita 
Federal)
38
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
ACÓRDÃO 106-16.770
1º Conselho de Contribuintes - 6a. Câmara
1º Conselho de Contribuintes / 6a. Câmara / ACÓRDÃO 106-16.770 em 05.03.2008
IRPF - Ex(s): 2001
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF 
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO. SÃO TRIBUTÁVEIS OS ACRÉSCIMOS
PATRIMONIAIS NÃO JUSTIFICADOS PELOS RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS, ISENTOS OU NÃO
TRIBUTÁVEIS, BEM COMO PELOS TRIBUTADOS EXCLUSIVAMENTE NA FONTE OU OBJETO DE
TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA, COBRANDOSE O IMPOSTO COM O ACRÉSCIMO DA MULTA DE OFÍCIO
E JUROS DE MORA, CALCULADOS SOBRE A OMISSÃO APURADA.
LUCROS DISTRIBUÍDOS. A ALEGAÇÃO DE RECEBIMENTO DE VALOR SIGNIFICATIVO, A TÍTULO
DE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS, QUANDO NÃO TENHA SIDO COMPROVADA A EFETIVA
TRANSFERÊNCIA DO VALOR DISTRIBUÍDO POR MEIO DE PROVAS INEQUÍVOCAS, NÃO É
SUFICIENTE PARA JUSTIFICAR ACRÉSCIMO PATRIMONIAL.
Publicado no DOU em: 20.06.2008; Relator: Luiz Antonio de Paula; Recorrente: CHRISTIAN 
VIRMOND GALPERIN; Recorrida: 4ª TURMA/DRJ-CURITIBA/PR
Data da decisão: 05/03/2008
Data da publicação no DOU: 20/06/2008
39
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
DECISÃO 13.652
órgão Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife - 1a. Turma
Decisão Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife / 1a. Turma / DECISÃO 13.652 em 
31.10.2005
Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO PATRIMONIAL. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. COMPROVAÇÃO.
SOMENTE PODEM SER CONSIDERADOS COMO ORIGENS DE RECURSOS NA ANÁLISE DA
EVOLUÇÃO PATRIMONIAL OS RENDIMENTOS ISENTOS E NÃO TRIBUTÁVEI S RELATIVOS À
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS PAGOS POR PESSOAS JURÍDICAS TRIBUTADAS COM BASE NO
LUCRO PRESUMIDO SE RESTAR COMPROVADA, MEDIANTE DOCUMENTAÇÃO HÁBIL E IDÔNEA,
A EFETIVIDADE DOS PAGAMENTOS
Data da decisão: 31/10/2005
Data da publicação no DOU: 31/10/2005 (31.10.2005 - publicado no site da Sec. Receita Federal)
40
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
ACÓRDÃO 104-22.817
1º Conselho de Contribuintes - 4a. Câmara
(Data da Decisão: 07/11/2007 Data de Publicação: 28/01/2009)
1º Conselho de Contribuintes / 4a. Câmara / ACÓRDÃO 104-22.817 em 07.11.2007
IRPF - Ex(s): 1998 a 2001
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - SALDOS REMANESCENTES EXISTENTES AO 
FINAL DO ANO - FALTA DE COMPROVAÇÃO - EFEITOS - OS SALDOS REMANESCENTES 
NÃO COMPROVADOS AO FINAL DE CADA ANO-CALENDÁRIO CONSIDERAM-SE 
CONSUMIDOS DENTRO DO PRÓPRIO ANO, NÃO SERVINDO COMO RECURSOS PARA 
JUSTIFICAR ACRÉSCIMO PATRIMONIAL APURADO NO ANO-CALENDÁRIO SUBSEQÜENTE. 
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - DINHEIRO EM ESPÉCIE - DECLARAÇÕES DE 
AJUSTE ANUAL ENTREGUES TEMPESTIVAMENTE - DEVEM SER ACEITOS COMO ORIGEM 
DE RECURSOS APTOS A JUSTIFICAR ACRÉSCIMOS PATRIMONIAIS OS VALORES 
INFORMADOS A TÍTULO DE DINHEIRO EM ESPÉCIE, EM DECLARAÇÕES DE AJUSTE 
ANUAL ENTREGUES TEMPESTIVAMENTE, SALVO PROVA INCONTESTE EM CONTRÁRIO, 
PRODUZIDA PELA AUTORIDADE LANÇADORA, NO SENTIDO DA INEXISTÊNCIA DOS 
NUMERÁRIOS QUANDO DO TÉRMINO DOS ANOS-CALENDÁRIO EM QUE FORAM 
DECLARADOS.
41
4. O fisco da RFB, do Estado (ICMS) ou do município aceita pacificamente que 
a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas seja feita em dinheiro, em 
espécie?
(...)
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - ÔNUS DA PROVA - SE O ÔNUS DA PROVA, 
POR PRESUNÇÃO LEGAL, É DO CONTRIBUINTE, CABE A ELE A PROVA DA ORIGEM DOS 
RECURSOS INFORMADOS PARA ACOBERTAR SEUS DISPÊNDIOS GERAIS E AQUISIÇÕES 
DE BENS E DIREITOS.
Publicado no DOU em: 28.01.2009
Relator: Antonio Lopo Martinez 
Recorrente: (...)
Recorrida: 4ª TURMA/DRJ-CURITIBA/PR
Data da decisão: 07/11/2007
Data da publicação no DOU: 28/01/2009
42
5. As saídas de caixa, pagamentos em espécie, em dinheiro devem ser 
comunicadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF?
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC nº 1.445/13
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13 
Dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelos profissionais 
e Organizações Contábeis, quando no exercício de suas funções, para 
cumprimento das obrigações previstas na Lei n.º 9.613/1998 e alterações 
posteriores. 
43
5. As saídas de caixa, pagamentos em espécie, em dinheiro devem ser 
comunicadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF?
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC nº 1.445/13
Art.10. As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir 
devem ser comunicadas ao Coaf, independentemente de análise ou de 
qualquer outra consideração:
I – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, 
envolvendo o recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a 
R$30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda;
II – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, 
envolvendo o recebimento, de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta 
mil reais), por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou 
venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas 
jurídicas de que trata o Art.1°; 
(...)
44
5. As saídas de caixa, pagamentos em espécie, em dinheiro devem ser 
comunicadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF?
(...)
III – constituição de empresa e/ou aumento de capital social com 
integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$ 100.000,00 
(cem mil reais); e
IV – aquisição de ativos e pagamentos a terceiros, em espécie, acima de R$ 
100.000,00 (cem mil reais);
*Ver Circular BACEN nº 3.461/09
45
6. Resolução do CFC nº 1.445/13 e Lei nº 9.613/98: Responsabilidades dos 
contadores e dos empresários.
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC nº 1.445/13
Seção I
Do Alcance
Art. 1º A presente Resolução tem por objetivo estabelecer normas gerais de prevenção à 
lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, que sujeita ao seu 
cumprimento os profissionais e Organizações Contábeis que prestem, mesmo que 
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, 
aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas seguintes operações:
I – de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais, ou 
participações societárias de qualquer natureza;
II – de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;
III – de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de 
valores mobiliários;
IV – de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, 
fundos fiduciários ou estruturas análogas;
(...)
46
6. Resolução do CFC nº 1.445/13 e Lei nº 9.613/98: Responsabilidades dos 
contadores e dos empresários.
(...)
V – financeiras, societárias ou imobiliárias; e
VI – de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades 
desportivas ou artísticas profissionais.
Parágrafo único. As pessoas de que trata este artigo devem observar as disposições 
desta Resolução na prestação de serviço ao cliente, inclusive quando o serviço 
envolver a realização de operações em nome ou por conta do cliente.
47
6. Resolução do CFC nº 1.445/13 e Lei nº 9.613/98: Responsabilidades dos 
contadorese dos empresários.
Art. 3º Os profissionais e Organizações Contábeis devem avaliar a existência de 
suspeição nas propostas e/ou operações de seus clientes, dispensando especial 
atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a 
partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, 
instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam 
configurar sérios indícios dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998 ou com eles 
relacionar-se.
48
7. Ajustes de exercícios anteriores: Reflexos contábeis, fiscais e societárias, 
análise da jurisprudência fiscal a respeito do assunto.
- APÓS TODOS OS AJUSTES CONTÁBEIS COMO PREENCHER A 
“DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS”, 
PRINCIPALMENTE A DIPJ, INCLUSIVE A LINHA DE DIVIDENDO OU LUCROS 
DISTRIBUÍDOS, PAGOS OU CREDITADOS?
OBS: VER ANEXOS Nº 17
- VER ANEXOS Nº 7, 8, 17 DESSE CURSO.
49
8. O que é ativo fictício e ativo oculto: Análise da jurisprudência fiscal.
- ATIVO FICTÍCIO (AF): VALORES QUE CONSTAM SOMENTE NO BALANÇO 
PATRIMONIAL CONTÁBIL DA EMPRESA, PORÉM NA REALIDADE NÃO 
EXISTEM DE VERDADE, OU SEJA, NÃO FAZEM PARTE DO PATRIMÔNIO 
DA EMPRESA.
• ATIVO CONTÁBIL (AC) > ATIVO REAL (AR) = ATIVO FICTÍCIO (AF)
- ATIVO OCULTO (AO): VALORES QUE EXISTEM NA REALIDADE, 
ENTRETANTO NÃO ESTÃO REGISTRADOS, NÃO CONSTAM NO BALANÇO 
PATRIMONIAL CONTÁBIL DA EMPRESA.
• ATIVO CONTÁBIL (AC) > ATIVO REAL (AR) = ATIVO OCULTO (AO)
50
9. O que é passivo fictício e passivo oculto: Análise da jurisprudência fiscal.
- PASSIVO FICTÍCIO (AF): VALORES ( DIVIDAS) QUE CONSTAM NO BALANÇO 
PATRIMONIAL CONTÁBIL DA EMPRESA, PORÉM NÃO EXISTEM NA REALIDADE, EM 
PRINCIPIO SÃO DÍVIDAS DA EMPRESA JÁ PAGAS, MAS QUE AINDA CONSTAM 
COMO SALDOS A PAGAR NO BALANÇO.
• PASSIVO CONTÁBIL (PC) > PASSIVO REAL (PR) = PASSIVO FICTÍCIO (PF)
- PASSIVO OCULTO (PO): VALORES ( DIVIDAS) DA EMPRESA QUE EXISTEM NA 
REALIDADE, POREM NÃO CONSTAM NO BALANÇO PATRIMONIAL CONTÁBIL.
• PASSIVO CONTÁBIL (PC) > PASSIVO REAL (PR) = PASSIVO OCULTO (PO)
51
10. Quais são as pessoas responsáveis pelos ajustes contábeis da conta 
caixa?
- RESPONSÁVEIS: OS ADMINISTRADORES DA EMPRESA E O RESPONSÁVEL LEGAL 
DA EMPRESA.
- OBS: VER MODELO DE CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO –
ANEXO Nº 11 DESSE CURSO.
52
10. Quais são as pessoas responsáveis pelos ajustes contábeis da conta 
caixa?
Responsabilidade dos administradores, sócios e contadores responsáveis pelos 
departamentos fiscais, responsabilidade dos sócios, acionistas e sucessores.
A) Lei nº 6.404/76 – Artigos 153, 154, 245 e 246 – PARA S/A.
B) Código Civil – Lei nº 10.406/02 – Artigos 50, 226, 1.003, 1.011, 1.013, 1.016, 
1.017, 1.020, 1.059 e 1.177 a 1.179; 
C) Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/99 – Artigos 256, 819 e 
820.
D) Dados do Representante da Pessoa Jurídica e do Responsável pelo
preenchimento da DIPJ 2013: Ver Ficha 03 da DIPJ 2013.
53
11. O que fazer quando o cliente não envia todos os documentos de bancos e 
extratos bancários ao escritório de contabilidade ou mesmo ao Depto 
Contábil da empresa?
11.1. Solicitar por escrito à empresa, com protocolo de recebimento, todos os 
documentos bancários e todos os extratos bancários das contas bancárias 
em nome da empresa.
11.2. Exigir que a empresa se manifeste por escrito a respeito se tem ou não 
conta bancária em nome da empresa.
11.3. Se a empresa disser sim, exigir da empresa todos os documentos 
bancários e extratos bancários.
54
11. O que fazer quando o cliente não envia todos os documentos de bancos e 
extratos bancários ao escritório de contabilidade ou mesmo ao Depto 
Contábil da empresa?
11.4. Se até o fechamento do balanço final ou balancete contábil a empresa 
não entregar os documentos bancário e extratos bancários, o escritório ou o 
contador deverá esclarecer à empresa que o fisco da Receita Federal do 
Brasil poderá arbitrar o lucro da empresa pelo fato da empresa não 
contabilizar a conta bancária. Essa comunicação deverá ser feita por escrito 
via protocolo de recebimento.
Obs.: Esclarecer por escrito à empresa acerca dos riscos fiscais, não só para 
fins de fiscalização da Receita Federal, mas também com relação ao fisco do 
Estado, do ISS e da Previdenciária Social.
11.5. Questão: O escritório de contabilidade ou até mesmo o contador interno 
da empresa poderá se recusar a assinar o balanço ou balancete contábil da 
empresa pelo fato de que esse profissional sabe que a empresa tem conta 
bancária, mas a Administração/Diretoria da empresa se recusa em enviar 
todos os documentos bancários e todos os extratos bancários para fins de 
contabilização?
55
11. O que fazer quando o cliente não envia todos os documentos de bancos e 
extratos bancários ao escritório de contabilidade ou mesmo ao Depto 
Contábil da empresa?
11.6 Ou melhor será o escritório de contabilidade ou o contador interno da 
empresa, antes de assinar o balanço ou balancete contábil da empresa, 
comunicar esse fato ao Conselho Regional de Contabilidade local – CRC?
56
12. O que fazer quando a empresa não quer que faça contabilidade e sim que 
escriture apenas o livro-caixa?
12.1. Esclarecer de forma expressa, e por escrito, à
Administração/Diretoria da empresa que toda a empresa no Brasil é obrigada
a fazer contabilidade, ou seja, escriturar o livro diário, escriturar o razão
contábil e elaborar todas as demonstrações contábeis e financeiras em
conformidade com a legislação contábil e tributária.
*Ver anexo n.º 5 desse curso.
12.2. A única exceção de não exigência de contabilidade é para o Micro
Empreendedor individual.
*Ver anexo n.º 4 desse curso.
12.3. Lembrando, que a escrituração apenas do livro-caixa é para fins
tributários em relação à legislação do imposto de renda, nos casos de
tributação pelo lucro presumido e simples nacional.
57
13. O que fazer quando todo valor recebido de venda de mercadorias ou de 
prestação de serviços é recebido na conta corrente bancária particular da 
pessoa física dos sócios da ME e EPP, ou mesmo sem ser ME e EPP?
13.1. Justificar com base em distribuição de lucros aos sócios,
mediante recibo de distribuição de lucros. No ano seguinte,
informar o fato na DIRF a título de distribuição de lucros.
Declarar no imposto de renda pessoa física dos sócios.
13.2. Cuidado: O fisco da Receita Federal poderá exigir da pessoa
física a justificativa da origem do valor que foi depositado na conta
corrente bancário da pessoa física, conforme previsto na Lei n.º
9.430/96, art. 42.
*Ver anexos n.º 36 ao 39 dessa apostila.
58
13. O que fazer quando todo valor recebido de venda de mercadorias ou de 
prestação de serviços é recebido na conta corrente bancária particular da 
pessoa física dos sócios da ME e EPP , ou mesmo sem ser ME e EPP?
Lei nº 9.430 de 27.12.1996
Depósitos Bancários
Art. 42.Caracterizam-se também omissão de receita ou de rendimento os 
valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a 
instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou 
jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação 
hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.
§ 1º O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado 
auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira.
§ 2º Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem 
sido computados na base de cálculo dos impostos e contribuições a que 
estiverem sujeitos, submeter-se-ão às normas de tributação específicas, 
previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos.
59
13. O que fazer quando todo valor recebido de venda de mercadorias ou de 
prestação de serviços é recebido na conta corrente bancária particular da 
pessoa física dos sócios da ME e EPP , ou mesmo sem ser ME e EPP?
Lei nº 9.430 de 27.12.1996
Depósitos Bancários
(...)
§ 3º Para efeito de determinação da receita omitida, os créditos 
serão analisados individualmente, observadoque não serão 
considerados:
I - os decorrentes de transferências de outras contas da própria 
pessoa física ou jurídica;
II - no caso de pessoa física, sem prejuízo do disposto no inciso 
anterior, os de valor individual igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil 
reais), desde que o seu somatório, dentro do ano-calendário, não 
ultrapasse o valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais).
60
13. O que fazer quando todo valor recebido de venda de mercadorias ou de 
prestação de serviços é recebido na conta corrente bancária particular da 
pessoa física dos sócios da ME e EPP, ou mesmo sem ser ME e EPP?
Lei nº 9.430 de 27.12.1996
Depósitos Bancários
(...)
Ver artigo 4º da Lei nº 9.481 de 13.08.1997, conversão da Medida 
Provisória nº 1.563 de 31.12.1996, os valores mencionados nesse 
inciso passaram a ser, respectivamente, de R$ 12.000,00 (doze mil 
reais) e R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
§ 4º Tratando-se de pessoa física, os rendimentos omitidos serão 
tributados no mês em que considerados recebidos, com base na 
tabela progressiva vigente à época em que tenha sido efetuado o 
crédito pela instituição financeira.
61
13. O que fazer quando todo valor recebido de venda de mercadorias ou de 
prestação de serviços é recebido na conta corrente bancária particular da 
pessoa física dos sócios da ME e EPP, ou mesmo sem ser ME e EPP?
Lei nº 9.430 de 27.12.1996
Depósitos Bancários
(...)
§ 5º Quando provado que os valores creditados na conta de 
depósito ou de investimento pertencem a terceiro, evidenciando 
interposição de pessoa, a determinação dos rendimentos ou 
receitas será efetuada em relação ao terceiro, na condição de 
efetivo titular da conta de depósito ou de investimento.
Obs.: A redação deste parágrafo foi dada pelo artigo 58 da Medida 
Provisória nº 66 de 29.08.2002, após sucessivas reedições 
convertida na Lei nº 10.637 de 30.12.2002.
62
13. O que fazer quando todo valor recebido de venda de mercadorias ou de 
prestação de serviços é recebido na conta corrente bancária particular da 
pessoa física dos sócios da ME e EPP, ou mesmo sem ser ME e EPP?
Lei nº 9.430 de 27.12.1996
Depósitos Bancários
(...)
§ 6º Na hipótese de contas de depósito ou de investimento mantidas 
em conjunto, cuja declaração de rendimentos ou de informações 
dos titulares tenham sido apresentadas em separado, e não 
havendo comprovação da origem dos recursos nos termos deste 
artigo, o valor dos rendimentos ou receitas será imputado a cada 
titular mediante divisão entre o total dos rendimentos ou receitas 
pela quantidade de titulares.
A redação deste parágrafo foi dada pelo artigo 58 da Medida 
Provisória nº 66 de 29.08.2002, após sucessivas reedições 
convertida na Lei nº 10.637 de 30.12.2002.
63
14. Como fazer constar no balanço contábil atual os saldos reais de ativos e 
passivos? Como comparar os saldos reais com os saldos errados, para 
fins de regularização contábil?
1. Providenciar relatórios analíticos dos saldos reais de ativos e 
passivos, com respaldo e assinatura da administração da 
empresa nesses relatórios, conforme assinatura na carta de 
responsabilidade da administração da empresa.
Atenção: Normalmente os relatórios referente aos saldos reais de 
ativos e passivos são providenciados pelos Deptos ou Setores: 
Financeiro, contas a pagar, contas a receber, almoxarifado.
Obs.: Ver anexos de nº 1A (ativos), 1B (Passivos), 1D, 5, 11.
64
15. Como fazer na prática e de forma legal o “balanço de abertura” da empresa 
para fins de regularização contábil de saldos de ativos e passivos?
1. Cada conta contábil de ativos e passivos deverá ter como lastro 
documental um relatório que detalhe cada saldo contábil de ativos 
e passivos, com base na documentação contábil e fiscal, 
documentação esta idônea e hábil.
Obs.: Ver anexos de nº 2A e 2B.
65
16. As regularizações de erros contábeis e de diversos ajustes contábeis no 
balanço da empresa devem ser mencionadas em notas explicativas?
1. Nem sempre, pois tudo depende de cada caso concreto.
2. Auditoria contábil externa e independente.
Obs.: Ver anexo de nº 3.
66
17. Quais tipos de impactos contábeis poderão ocorrer entre os balanços 
contábeis comparativos (ano atual e ano anterior) decorrentes dos ajustes 
contábeis e regularização de erros?
1. Haverá impactos tributários, caso haja a necessidade de algum 
ajuste contábil transitar em conta de resultado (receita, custo ou 
despesa).
2. Após a contabilização dos ajustes, poderá ocorrer um aumento na 
conta contábil de lucros acumulados ou redução, ou seja, nos 
finalmente poderá aumentar ou diminuir o valor total do 
patrimônio líquido.
67
18. “Relatórios de saldos reais das contas contábeis de ativos e passivos”.
1. Providenciar relatórios analíticos dos saldos reais de ativos e 
passivos, com respaldo e assinatura da administração da 
empresa nesses relatórios, conforme assinatura na carta de 
responsabilidade da administração da empresa.
Atenção: Normalmente os relatórios referente aos saldos reais de 
ativos e passivos são providenciados pelos Deptos ou Setores: 
Financeiro, contas a pagar, contas a receber, almoxaifado.
Obs.: Ver anexos de nº 1A (ativos), 1B (Passivos), 1D, 5, 11.
68
18. “Relatórios de saldos reais das contas contábeis de ativos e passivos”.
1. Esses relatórios deverão ser providenciados pela administração 
da empresa, através dos Deptos ou Setores de Contas a Pagar, 
Contas a Receber, Financeiro, Fiscal, Compras, Vendas, etc.
ATENÇÃO: Esses relatórios deverão ser assinados pela 
administração da empresa.
Obs.: Ver anexos de nº 1A, 1B, 1C, 1D, 4, 5, 6 e 11.
69
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
Sim, desde que se enquadre no cáput do art. 138 do Código Tributário 
Nacional – CTN e não se enquadre no parágrafo único do mesmo 
diploma legal.
LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e 
dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela 
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de 
apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada 
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização, relacionados com a infração. 
70
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
Ver texto abaixo de orientação da própria Receita Federal do Brasil - Fonte: Site da Receita 
Federal – assunto “MPF - Orientações ao Contribuinte”.
Responsabilidade por infrações (Art.136 a 138 da Lei 5.172/66 - CTN)
A responsabilidade por infrações à legislação tributária independe da intenção do agente ou 
do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. A responsabilidade 
é pessoal do agente quando do cometimento de infrações conceituadas por lei como crimes 
ou contravenções, bem como quanto às infrações que decorrem direta e exclusivamente de 
dolo específico.
A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for 
o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância 
arbitrada pela autoridade administrativa, nos casos de tributos cujo montante dependa de 
apuração.
Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer 
procedimento fiscal relativo ao fato denunciado. 
71
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
ATENÇÃO: INÍCIO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL.
• Súmula CARF nº 49: A denúncia espontânea (art. 138 do Código Tributário Nacional) 
nãoalcança a penalidade decorrente do atraso na entrega de declaração.
• ACÓRDÃO Nº 12-48384 de 23 de Julho de 2012 - 16 º TURMA 
ASSUNTO: Normas Gerais de Direito Tributário 
EMENTA: PROCEDIMENTO FISCAL. INÍCIO. O procedimento fiscal tem início com o 
primeiro ato de ofício, por escrito, praticado por servidor competente, cientificado o 
sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto. INFRAÇÃO. 
RESPONSABILIDADE. EXCLUSÃO. A responsabilidade é excluída pela denúncia 
espontânea da infração. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o 
início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados 
com a infração. COFINS. 
Período de apuração: : 01/03/2003 a 30/04/2004
72
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
ATENÇÃO: INÍCIO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL.
ACÓRDÃO 1805-00.019
órgão Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF - 1a. Seção - 5a. Turma 
Especial
Decisão CARF 1a. Seção / 5a. Turma Especial / ACÓRDÃO 1805-00.019 em 19/03/2009
SIMPLES - Ex(s): 2001
ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL EMENTA ANO-CALENDÁRIO: 
2000,2001 EXCLUSÃO DE ESPONTANEIDADE - MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL 
- MPF E TERMO DE INÍCIO DE FISCALIZAÇÃO O MPF autoriza a realização do 
procedimento fiscal, mas o ato que o inicia, capaz de excluir a espontaneidade do 
contribuinte (CTN, art. 138, parágrafo único), é o primeiro ato de oficio, escrito, 
praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação 
tributária ou seu preposto (Decreto n° 70.235/72, art. 70, I). 
Para fins de exclusão da espontaneidade, o M2F não supre a ausência de um regular 
Termo lavrado por Auditor Fiscal, que cientifique o contribuinte do início da 
fiscalização. O Termo de Inicio de Fiscalização sem a ciência de seu destinatário não se 
caracteriza como tal. No presente caso, não há como desconsiderar a confissão dos 
débitos mediante a entrega de declarações retificadoras. 
(...)
73
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
ATENÇÃO: INÍCIO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL.
ACÓRDÃO 1805-00.019
(...)
Recurso Voluntário Provido. 
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto 
pela FRAN MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA. ACORDAM os Membros 
da 5ª turma especial da primeira SEÇÃO DE JULGAMENTO, por 
unanimidade de votos, em DAR provimento ao recurso, nos termos do 
relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. 
Publicado no DOU em: 23.03.2011
Recorrente: FRAN MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA.
Recorrida: 2ª TURMA/DRJ-CURITIBA/PR
Data de decisão: 19/03/2009 Data de publicação: 23/03/2011
74
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
ACÓRDÃO 108-09.142
Órgão Julgador: 1º Conselho de Contribuintes - 8a. Câmara
Data de Publicação: 18.04.2007
Data de Julgamento: 06.12.2006
Relator: JOSÉ HENRIQUE LONGO
Presidente: DORIVAL PADOVAN
Matéria: IRPJ
Exercício: 1998
Ementa: DENÚNCIA ESPONTÂNEA - INAPLICABILIDADE DA MULTA DE MORA - A 
denúncia espontânea de infração, acompanhada do pagamento do tributo em atraso e 
dos juros de mora, exclui a responsabilidade do denunciante pela infração cometida, 
nos termos do art. 138 do CTN, o qual não estabelece distinção entre multa punitiva e 
multa de mora sendo, portanto, inaplicável a penalidade imposta.
75
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
DECISÃO 16-21437 - DRJ
Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I / 14a. Turma / 
DECISÃO 16-21437 em 20/05/2009
DENÚNCIA ESPONTÂNEA DA INFRAÇÃO. IMPEDIMENTO PARA A LAVRATURA DO 
AUTO DE INFRAÇÃO Denúncia espontânea da infração é tida como o procedimento 
adotado pelo infrator que regularize a situação que tenha configurado a infração, antes 
do início de qualquer ação fiscal relacionada com a infração, hipótese que, uma vez 
verificada, impede a lavratura do Auto de Infração. REINCIDÊNCIA. EXISTÊNCIA DE 
DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO REFERENTE À INFRAÇÃO 
ANTERIOR. APLICAÇÃO RESTRITA ÀS INFRAÇÕES COMETIDAS APÓS A DATA DA 
HOMOLOGAÇÃO Reincidência é a prática de nova infração a dispositivo da legislação 
por uma mesma pessoa ou por seu sucessor, dentro de cinco anos da data em que 
houver passado em julgamento administrativo a decisão condenatória ou 
homologatória da extinção do crédito referente à infração anterior. 
76
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
Súmula CARF - Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
nº 31: Descabe a cobrança de multa de ofício isolada exigida sobre os valores de
tributos recolhidos extemporaneamente, sem o acréscimo da multa de mora, antes
do início do procedimento fiscal.
77
19. É possível regularizar erros e até mesmo recolher diferenças de tributos 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) oriundos dos procedimentos de regularização 
de erros, sem multa de mora e sem multa fiscal?
PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:
ATENÇÃO: ANTES DA EMPRESA DECIDIR SOBRE O RECOLHIMENTO DO TRIBUTO EM ATRASO 
SEM A MULTA DE MORA E COM JUROS SELIC, CONVÉM ANALISAR O SEGUINTE:
INSTA SALIENTAR QUE A REFERIDA ORIENTAÇÃO LEGAL, MESMO COM BASE NA LEGISLAÇÃO
TRIBUTÁRIA E TAMBÉM COM BASE NA JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA FISCAL
(ENTENDIMENTO DO FISCO), COM BASE NO ENTENDIMENTO DA PROCURADORIA GERAL DA
FAZENDA NACIONAL (PGFN) E TAMBÉM COM BASE NA JURISPRUDÊNCIA JUDICIAL
(ENTENDIMENTO DO PODER JUDICIÁRIO), TAL ORIENTAÇÃO NÃO PODERÁ SERVIR DE BASE
PARA ATENDER E COBRIR SITUAÇÕES E CASOS CONCRETOS ESPECÍFICOS DAS EMPRESAS E
DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NOS TRABALHOS OPERACIONAIS DAS EMPRESAS OU NOS
CASOS RELACIONADOS ESPECIFICAMENTE ÀS PESSOAS FÍSICAS COM TRIBUTOS EM ATRASO E
NÃO RECOMENDAMOS E NEM ACONSELHAMOS AGIR OU DEIXAR DE AGIR COM BASE NAS
INFORMAÇÕES CONTIDAS NA REFERIDA APOSTILA E ANEXOS SEM ANTES OBTER ORIENTAÇÃO
E ACONSELHAMENTO PROFISSIONAL ESPECÍFICO AO CASO CONCRETO DA EMPRESA
(ACONSELHAMENTO COM ADVOGADOS TRIBUTARISTAS, CONTADORES, AUDITORES,
RESPONSÁVEIS PELO DEPTO FISCAL E CONSULTORES). FAVOR CONTATAR PROFISSIONAIS
EXPERIENTES PARA DISCUTIR OS ASSUNTOS NO CONTEXTO DE SUAS CIRCUNSTÂNCIAS
PARTICULARES TENDO EM VISTA FATOS OU CIRCUNSTÂNCIAS ESPECÍFICAS DE LEIS,
REGULAMENTOS E DIVERSOS ATOS NORMATIVOS DO FISCO E QUE PODEM VARIAR DE ACORDO
COM O TEMPO E VIGÊNCIA DAS RESPECTIVAS NORMAS LEGAIS. ORIENTAMOS TAMBÉM E INSTA
SALIENTAR QUE TODA A RESPONSABILIDADE SÃO DOS ADMINISTRADORES DAS EMPRESAS,
DOS SÓCIOS E DOS DIRIGENTES DAS EMPRESAS, CONFORME PREVISTO NO CÓDIGO CIVIL, LEI
N.º 10.406/02, ARTS. 1.011, 1.016 E 1.178, LEI N.º 6.404/76, ARTS. 153 E 158.
78
20. Compensação de prejuízos contábeis com conta corrente de sócios ou 
com pro-labore a pagar.
RIR/99 art. 509
Art. 509. O prejuízo compensável é o apurado na demonstração do 
lucro real e registrado no LALUR (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 64, 
§ 1º, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 6º, e parágrafo único). 
§ 1º A compensação poderá ser total ou parcial, em um ou mais 
períodos de apuração, à opção do contribuinte, observado o limite 
previsto no art. 510 (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 64, § 2º). 
§ 2º A ABSORÇÃO, MEDIANTE DÉBITO À CONTA DE LUCROS 
ACUMULADOS, DE RESERVAS DE LUCROS OU CAPITAL, AO CAPITAL 
SOCIAL, OU À CONTA DE SÓCIOS, MATRIZ OU TITULAR DE 
EMPRESA INDIVIDUAL, DE PREJUÍZOS APURADOS NA 
ESCRITURAÇÃO COMERCIAL DO CONTRIBUINTE NÃO PREJUDICASEU DIREITO À COMPENSAÇÃO NOS TERMOS DESTE ARTIGO 
(DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 1977, ART. 64, § 3º).
79
20. Compensação de prejuízos contábeis com conta corrente de sócios ou 
com pro-labore a pagar.
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO – LEI N.º 10.406/02
Seção I
Do Contrato Social
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou 
público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
Analisar o seguinte procedimento: Convém elaborar ATA de reunião dos 
sócios (Sociedade Limitada) ou ATA de Assembléia Geral Extraordinária –
AGE (S/A) para fins de deliberação entre os sócios ou acionistas quanto à 
absorção de prejuízos contábeis pelos próprios sócios ou acionistas e 
arquivar a ATA na Junta Comercial do Estado.
80
20. Compensação de prejuízos contábeis com conta corrente de sócios ou 
com pro-labore a pagar.
Entendemos que a absorção/compensação de prejuízos contábeis 
através de conta corrente dos sócios ou acionistas equivale a um aporte 
de capital, pois na medida em que a empresa gerar lucros contábeis, 
esses lucros poderão ser transferidos para amortizar o referido conta 
corrente
81
20. Compensação de prejuízos contábeis com conta corrente de sócios ou 
com pro-labore a pagar.
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO – LEI N.º 10.406/02
Seção III
Da Administração
Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, 
aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá 
de restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros 
resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá
Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas 
justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário 
anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de resultado 
econômico.
82
20. Compensação de prejuízos contábeis com conta corrente de sócios ou 
com pro-labore a pagar.
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO – LEI N.º 10.406/02
Seção V
Das Deliberações dos Sócios
Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras 
matérias indicadas na lei ou no contrato:
I - a aprovação das contas da administração;
Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no 
art. 1.010, serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme 
previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos 
administradores nos casos previstos em lei ou no contrato.
83
20. Compensação de prejuízos contábeis com conta corrente de sócios ou 
com pro-labore a pagar.
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO – LEI N.º 10.406/02
Seção II
Das Quotas
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das 
quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo 
contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com 
prejuízo do capital.
84
21. Confronto Fiscal e Contábil: Livros Fiscais e Contabilidade.
DECISÃO 2.010
Órgão: Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza / 3a. Turma 
Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza / 3a. Turma / DECISÃO 
2.010 em 26/09/2002 
EMENTA: DIVERGÊNCIA ENTRE A RECEITA INFORMADA NOS LIVROS 
CONTÁBEIS E FISCAIS ESTADUAIS E A DECLARADA AO FISCO FEDERAL (DIPJ).
Não logrando a contribuinte justificar a diferença dos valores dos faturamentos 
consignados, em relação a idêntico período, nas Declarações de Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica - DIPJ versus Livros Fiscais Estaduais (Saídas) e 
Contábeis (Diário e Caixa), procede o lançamento com base nos valores 
efetivamente levantados pela fiscalização.
85
21. Confronto Fiscal e Contábil: Livros Fiscais e Contabilidade.
DECISÃO 1.735
Órgão: Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza / 3a. Turma
Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza / 3a. Turma / DECISÃO 
1.735 em 15/08/2002 
EMENTA: ARBITRAMENTO DO LUCRO. AUSÊNCIA DE ESCRITURAÇÃO 
REGULAR. 
O arbitramento do lucro decorre de expressa previsão legal, consoante a qual a 
autoridade tributária, impossibilitada de aferir a exatidão do lucro real declarado 
em virtude da não apresentação - total ou parcial - de livros e documentos pela 
pessoa jurídica regularmente intimada, está legitimada a adotá-lo como meio de 
apuração da base de cálculo dos tributos e contribuições administrados pela SRF.
86
21. Confronto Fiscal e Contábil: Livros Fiscais e Contabilidade.
DECISÃO 1.735
DIVERGÊNCIA ENTRE A RECEITA INFORMADA NOS LIVROS FISCAIS ESTADUAIS 
E A DECLARADA AO FISCO FEDERAL (DIRPJ). 
Não logrando a contribuinte justificar a diferença dos valores dos faturamentos 
consignados, em relação a idêntico período, nas Declarações de Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica - DIRPJ versus Livros Fiscais Estaduais (Apuração de 
ICMS) e Guias de Informação Mensal - GIM, procede o lançamento com base nos 
valores efetivamente levantados pela fiscalização.
A constatação da existência de receitas operacionais da atividade lançadas e não 
declaradas, caracterizam o ilícito fiscal e justificam o lançamento de ofício sobre 
as parcelas subtraídas ao crivo do imposto.
87
21. Confronto Fiscal e Contábil: Livros Fiscais e Contabilidade.
DECISÃO 3.770
Órgão: Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza / 1a. Turma
Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza / 1a. Turma / DECISÃO 
3.770 em 20/11/2003 
ARBITRAMENTO DO LUCRO. FALTA DE APRESENTAÇÃO DOS LIVROS 
CONTÁBEIS E FISCAIS. A falta de resposta à intimação para apresentação dos 
livros contábeis, dos livros fiscais e dos documentos caracteriza recusa, 
tornando válida a adoção do arbitramento do lucro da pessoa jurídica. 
EXERCÍCIO: 1991 
RESULTADO DO JULGAMENTO: Lançamento Procedente em Parte 
(Data da Decisão: 20/11/2003 - publicado no site da Sec. Receita Federal)
88
Bibliografia e Fonte para pesquisa a respeito do assunto Saldo 
Contábil Conta Caixa Muito Alto, Irreal, Inexistente, Saldo 
Errado
1. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, 
Ariovaldo dos. Manual de Contabilidade Societária. 2ª Ed. São Paulo: Editora Atlas 
S.A. (www.editoraatlas.com.br), 2013.
2. Andrade Filho, Edmar Oliveira. O Direito Contábil e a disciplina Jurídica das 
demonstrações financeiras. São Paulo: Prognose Editora (www.arlaw.com.br), 2010.
3. TREVISAN, Antônio Marmo. Como Entender Balanços/ 9. Ed. São Paulo: Trevisan 
Editora Universitária (www.trevisaneditora.com.br). 2012
4. DIAS, Adriana Marques; Caldarelli, Carlos Alberto . Lei 11.638: uma revolução na 
contabilidade das empresas. São Paulo: Trevisan Editora Universitária 
(www.trevisaneditora.com.br), 2008.
5. AZEVEDO, Osmar Reis. Comentários às Novas Regras Contábeis Brasileiras/ 6. Ed. 
São Paulo: IOB (0800 724 7560), 2012.
6. BRAGA, Hugo Rocha; ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei 
Societária: Lei 11.638, de 28/12/2007. São Paulo: Atlas (www.editoraatlas.com.br), 
2008. 
89
Bibliografia e Fonte para pesquisa a respeito do assunto Saldo 
Contábil Conta Caixa Muito Alto, Irreal, Inexistente, Saldo 
Errado
7. MOSQUERA, Roberta Quiroga; LOPES [et AL], Alexsandro Broedel. Controvérsias 
Jurídico-Contábeis. Aproximação e Distanciamento. São Paulo: Dialética 
(www.dialetica.com.br), 2012.
8. ROCHA, Sergio André; TAVARES, Adriana Clemente de Souza [et AL]. Direito 
Tributário, Societário e a Reforma da Lei das S/A ­– Inovações da Lei 11.638. São 
Paulo: Quartier Latin (www.quartierlatin.art.br), 2008. 
9. ROCHA, Sergio André. SILVA, Alexandre Couto [et AL]. Direito Tributário, Societário e 
a Reforma da Lei das S/A – Alterações das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09. São Paulo: 
Quartier Latin (www.quartierlatin.art.br), 2010.
10. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE; Ernesto Rubens. Manual de 
Contabilidade das Sociedades Por Ações (Aplicável às Demais Sociedades) / 7. Ed. 
Ver. E atual. São Paulo: Atlas (www.editoraatlas.com.br). 2008.
12. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu [at AL]. Manual de Contabilidade Societária: 
Aplicável a Todas as Sociedades de Acordo comas Normas Internacionais e do CPC / 
2. Ed. Ver. E atual. São Paulo: Atlas (www.editoraatlas.com.br). 2013.
90
Bibliografia e Fonte para pesquisa a respeito do assunto Saldo 
Contábil Conta Caixa Muito Alto, Irreal, Inexistente, Saldo 
Errado
13. Ernst & Young, Fipecafi. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS 
Versus Normas Brasileiras / 2d. São Paulo: Atlas (www.editoraatlas.com.br), 2012.
14. Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRSs): Conforme Emitidas até 1º 
de janeiro de 2011. São Paulo: IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes 
do Brasil. 2011.
15. MCMANUS, Kieran John. IFRS – Implementação das Normas Internacionais de 
Contabilidade e da Lei nº 11.638 no Brasil – Aspectos Práticos e Contábeis 
Relevantes. São Paulo: Quartier Latin (www.quartierlatin.art.br), 2009.
16. FERNANDES, Edson Carlos; PEIXOTO, Marcelo Magalhães [et AL]. Aspectos 
Tributários da Nova Lei Contábil Lei 11.638/07 (Com Lei 11.941/09). São Paulo: MP 
Editora (www.mpeditora.com.br), 2010.
17. FERNADES, Edison Carlos. Impacto da Lei nº 11.638/07 Sobre os Tributos e a 
Contabilidade/ 2 Ed. São Paulo: Atlas (www.editoraatlas.com.br), 2009.
18. ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Efeitos Tributários da Lei nº 11.638/07. São Paulo: 
Ed. Do Autor (www.edmarandrade.adv.br). 2012. 
91
Bibliografia e Fonte para pesquisa a respeito do assunto Saldo 
Contábil Conta Caixa Muito Alto, Irreal, Inexistente, Saldo 
Errado
19. ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Imposto de Renda das Empresas/ 10ª. Ed. São 
Paulo: Atlas (www.editoraatlas.com.br), 2013.
20. HIGUCHI, Hiromi; HIGUCHI, Fábio Hiroshi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki. Imposto de 
Renda Das Empresas – Interpretação Prática/ 38ª. Ed. São Paulo: IR Publicações 
(11) 3227-2401), 2013.
21. Regulamento do Imposto de Renda 2013 Anotado e Comentado/ 16º Ed. São Paulo: 
FISCOSoft (http://www.fiscosoft.com.br), 2013.
92
Bibliografia e Fonte para pesquisa a respeito do assunto Saldo 
Contábil Conta Caixa Muito Alto, Irreal, Inexistente, Saldo 
Errado
SITES:
1. Site do CPC: http://www.cpc.org.br/
2. Site do CVM: http://www.cvm.gov.br/
3. Site do IBRACON: http://www.ibracon.com.br/
4. Site da ABRASCA: http://www.abrasca.org.br/
5. Site da Bovespa: http://www.bovespa.com.br/
93
Prof. Carlos Alberto Cordeiro
Consultor Tributário, Fiscal, Contábil e Societário
carlos@cordeirorodrigues.com.br 
(11) 9 9615-6995; (11) 4712-4017; Nextel/Rádio: 85*250223; (11) 7760-4866 (Nextel)
Consultor Tributarista com 28 anos de experiência e especialização em assuntos contábeis, fiscais e societários; 
Atualmente desenvolve trabalhos de assessoria e consultoria tributária e contábil em diversas empresas nacionais e 
multinacionais no Brasil; Assessoria tributária, fiscal, contábil e societária para o setor de Construção Civil e de 
Empreendimentos Imobiliários; Professor convidado em diversas organizações de treinamento profissional; 
Foi Gerente da Consultoria Tributária na COAD – SP; Ex-auditor contábil e fiscal em empresas de auditoria.
Atualmente atua também como professor nas áreas tributárias, societária e 
contábil nas seguintes instituições:
•IBEF-RJ: www.ibefrio.org.br
•FISCONET: www.fisconet.com.br
•PRODEP: www.prodep.com.br
•IDEMP: www.idemp.com.br
•Lopes Cursos: www.lopescursos.com.br
•D.Ferrera: http://www.dferreraconsultoria.com.br
Professor convidado em diversas organizações públicas e privadas: 
SIEMENS, VDO AUTOMOTIVE, TELEBRASÍLIA, CELPAV, GRUPO VOTORANTIM, BANDES, TELEMAR Norte 
Leste S/A, ZF DO BRASIL S/A, Tribunal Superior do Trabalho – TST, Tribunal Regional Eleitoral – TRE RJ, TV GLOBO, 
entre diversas outras empresas nacionais e multinacionais.
94
AGRADECEMOS PELA PARTICIPAÇÃO!
PROF. CARLOS ALBERTO CORDEIRO
CONSULTOR TRIBUTÁRIO, FISCAL, CONTÁBIL E 
SOCIETÁRIO

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