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Capítulos 1 e 2 “Sapiens” A parte inicial do livro “Sapiens” traça a relação entre a biologia e a história como forma de delinear cronologicamente o desenvolvimento cognitivo do ser humano, fazendo um comparativo de características comportamentais desde as gerações arcaicas até o Homo sapiens. Além disso, outro ponto levantado, é a forma como a racionalidade e a cognição trouxeram poder e status ao ser humano - visto que os humanos pré-históricos eram considerados “animais insignificantes”, sem grande impacto sobre o ambiente. Biologicamente, o capítulo 1 aborda, sucintamente, a classificação em gênero, espécie e família, objetivando fazer uma escala evolutiva da família do Homo sapiens, os primatas. Nesse sentido, o comparativo evolutivo também é feito de acordo com o local de origem, sendo que as características desenvolvidas por cada espécie seriam decorrentes da capacidade em se adaptar às particularidades e exigências locais - clima, disponibilidade de alimentos, terreno, etc. A parte inicial do livro, aborda ainda questões que até hoje não são totalmente explicadas pela ciência, como, por exemplo, o que de fato impulsionou a evolução do cérebro humano. Seguindo a linha de raciocínio de que o ser humano possui um cérebro relativamente maior que os de outras espécies, são traçadas adaptações evolutivas corporais para explicar como o corpo humano se moldou a fim de comportar um crânio relativamente grande sobre um andar ereto. Fora as adaptações corporais e características físicas, a questão da capacidade em se sociabilizar é abordada, uma vez que, diferente de outras espécies, o ser humano, apesar de nascer subdesenvolvido, é capaz de ser moldado para criar laços sociais. A evolução cognitiva é amplamente discutida pelo autor, tanto positiva quanto negativamente – relacionado ao fato de o humano ter provocado calamidades históricas, guerras e catástrofes ecológicas. A domesticação do fogo, bem como suas consequências para a escala evolutiva corporal e para a miscigenação, é outra questão discutida. O segundo capítulo discorre sobre pontos importantes para a evolução da cognição e como isso, juntamente à habilidade de comunicação, acarretou o desenvolvimento da religião, comércio, estratificação social e criação de objetos e utensílios cada vez mais desenvolvidos. Somado a isso, destaca-se, ainda, o desenvolvimento da linguagem e suas consequências tratando-se de coletividade e cooperação flexível. Seguindo essa linha de raciocínio que une a capacidade comunicativa à criação de laços sociais, o autor disserta sobre a criação de tribos e povoados até que se formassem as primeiras cidades - aqui ganha destaque a criação dos papéis sociais (profissões), a formação de igrejas e do Estado. Ou seja, essa parte do livro está centrada em como a Revolução Cognitiva desmembrou a biologia da história.
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