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CRISE DE 1929 PT.1 ´´ `` • A crise ↪ Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era responsável por quase 50% da produção mundial. O país criou um novo estilo de vida: o american way of life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande aumento na aquisição de automóveis, eletrodomésticos e toda sorte de produtos industrializados. Entretanto, os EUA sofreram um grande abalo em 1929, quando mergulhou numa terrível crise, de repercussão mundial. ↪ A crise de superprodução ↪ Décadas de 20 e 30 • As Causas ↪ Terminada a guerra, os países europeus voltaram a organizar e a desenvolver sua estrutura produtiva. Para isso, acabaram reduzindo as importações de produtos americanos. O ritmo de produção industrial e agrícola dos Estados Unidos continuava a crescer aceleradamente. Por sua vez, Inglaterra, França e Alemanha foram atualizando rapidamente seus métodos industriais. Isso colaborou para aumentar o desequilíbrio entre o excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder aquisitivo dos consumidores. Configurava-se assim uma conjuntura econômica de superprodução capitalista. • A quebra na bolsa de valores de NY ↪ A crise de superprodução teve como um de seus grandes marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da Bolsa de Valores de Nova York, que representava o grande termômetro econômico do mundo capitalista ↪ As ações das grandes empresas sofreram uma queda vertiginosa, perdendo quase todo o seu valor financeiro. As empresas foram forçadas a reduzir o ritmo de sua produção. Em função disso, promoveram a demissão em massa de seus funcionários. ↪ Fim do sonho americano ↪ Desemprego ↪ Miséria ↪ Desespero • New Deal: a reação à crise ↪ Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New Deal, um conjunto de medidas destinadas à superação da crise. O New Deal foi inspirado nas ideias do inglês John Keynes. Dentre as principais medidas adotadas pela política econômica do New Deal, destacam-se: Controle governamental dos preços de diversos produtos industriais e agrícolas. Concessão de empréstimos aos proprietários agrícolas. Realização de um grande programa de obras públicas. Criação de um seguro- desemprego. Recuperação industrial. ↪ Keynes X Adam Shimit ↪ Financiamentos e obras • O avanço dos regimes totalitários ↪ Em diversos países europeus, a crise do capitalismo provocou efeitos mais ou menos desastrosos. Sofreram com o aumento do desemprego, a elevação dos preços, a redução do poder aquisitivo e a desorganização da produção econômica. Os setores mais explorados da população passaram a reclamar de forma mais contundente soluções sociais que melhorassem suas condições de vida. Os regimes democráticos revelaram-se incapazes de solucionar os grandes problemas socioeconômicos da época. Havia ainda outro importante fator que promoveu o recuo do liberalismo. Era o medo alimentado pelas classes dominantes da expansão dos movimentos socialistas, revigorados pelo exemplo da Revolução Russa. ↪ Medo dos comunistas CRISE DE 1929 PT.2 ´´ `` • O impasse do liberalismo – 1929 • Causas centrais ↪ Expansão descontrolada do crédito bancário; ↪ Especulação financeira; ↪ Superprodução agrícola e industrial ↪ O American way of life; ↪ A reconstrução econômica da Europa • Consequências: ↪ Falência de 9.000 bancos; ↪ Falência de 85 mil empresas; ↪ Queda de 85% no valor das ações (1929-32); ↪ Redução salarial de 60%; ↪ Desemprego: 13 milhões, somente nos EUA; ↪ Financiamento de Regimes Totalitários; ↪ Crise econômica e recessão mundial. Milhares de acionistas aglomeram-se diante da Bolsa de Valores de Nova Iorque a espera de boas notícias que não viriam • Mundialização da crise capitalista ↪ Drástica redução do crédito dos EUA a outros países; ↪ Elevação das tarifas alfandegárias igual retração do comércio mundial; ↪ Eliminação de Importação de supérfluos; ↪ Fragilidade política-econômica do Capitalismo O cinema e, em especial a genialidade de Charles Chaplin, criticou os efeitos da crise e a alienação produzida pelo capitalismo • Reflexos na Política do café com leite ↪ Quebrou a Oligarquia Latifundiária Coronelística ↪ Corte nos subsídios do café; ↪ O café representava 71% das exportações; ↪ Em 1929 US$ 445 milhões de exportações, em 1930 US$ 180 milhões; ↪ Preços em queda e estoques elevados; ↪ Falência dos Barões do Café; ↪ Regionalismo: aumento da crise na Cia. Matte Laranjeira. • New Deal – 1933 ↪ Política intervencionista colocada em prática pelo presidente Roosevelt, influenciada pelas idéias do economista inglês John Maynard Keynes; ↪ Programa de reformas econômicas: frentes de trabalho, controle de crédito, financiamento das exportações, fixação do salário mínimo, limite a jornada de trabalho e ampliação da previdência social; ↪ EUA, 1937: desemprego reduzido a metade, com aumento de 70% na renda. ↪ A fome aliada ao desemprego, mais o abandono social, marcaram os EUA da primeira metade dos anos 1930 ↪ “Sopões” urbanos procuravam aliviar a fome. Até criminosos, como Al Capone, incumbia-se de distribuir comida para a imensa horda de marginalizados ↪ Obras públicas tornaram prioridade e espalharam-se pelo país: construíram-se 2.500 hospitais, 6 mil escolas e 13 mil centros de lazer, além de hidrelétricas, rodovias etc. Franklin Delano Roosevelt reconstruiu o país, assumindo após derrotar o “presidente da fome”, Herbert Hoover (foto abaixo), cuja preocupação primordial era ajudar as empresas • A ressaca neoliberal: a crise financeira de 2007/08 ↪ Pós-março 2007: 150 empresas médias e pequenas de crédito imobiliário “quebram” (falência) – a primeira foi a New Century Financial (13 de março), incapaz de saldar suas dívidas fraudulentas; ↪ Quebra mutuaria com reflexos no capital volátil. ↪ A tendência de queda na apreciação do dólar acentuou-se com a crise subprime. Sua importância como referência é declinante • A evolução da crise ↪ 2002: juros baixos (1% ao ano): euforia, com dinheiro para crédito sobrando = demanda para aquisição de imóveis se aquece = elevação dos preços e os empréstimos alcançam US$ 1,5 trilhão (mais de 10% do PIB dos EUA e cerca de 3% do PIB global); ↪ Empréstimos são realizados até para pessoas de poucos recursos; ↪ 2004: aumento das taxas de juros para conter a inflação; ↪ Agosto 2007: taxa de juros chega a 5,25% ↪ Inadimplência chega a 20% = impossibilidade de pagar as hipotecas, devido ao aumento das prestações dos imóveis = “crise das hipotecas de alto risco” (subprime); ↪ Aumento do número de execuções: estouro da bolha imobiliária = aumento da oferta de imóveis com a queda acelerada dos preços; ↪ Investidores buscam investimentos mais seguros e saem da Bolsa de Valores: maior oferta de papéis = baixo preço das ações (venda para cobrir os prejuízos com a inadimplência); ↪ Perdas de US$ 5,5 trilhões em um mês (23/07 a 21/08/07): mais de US$ 180 bilhões por dia; ↪ Não há como conter o contágio global da crise financeira oriunda da especulação acionária atrelada ao mercado imobiliário estadunidense ↪ Reação em cadeia: população perdeu seu imóvel, bancos e financeiras não receberam pagamentos, incapacitando-as de fornecer novos empréstimos; queda no número de construção de novas casas; ↪ Pânico: intervenção estatal dos bancos centrais dos EUA, União Européia e Japão = “injeção” de US$ 700 bilhões; ↪ Desemprego: atinge 300 mil pessoas, somente nos EUA. • Atitude Governamental dos EUA ↪ Pacote de estímulo à economia (18/01/08): alívio nos impostos em US$ 168 bilhões (restituições de parte dos impostos pagos por empresas e pessoas físicas), contrariando o que o próprio governo e o Fundo Monetário Internacional(FMI), recomendam as demais nações, ou seja, cortes nas despesas do governo; ↪ Redução na taxa de juros: 3% (30.01.08); ↪ Pretensão: aquecimento da economia, pois os juros mais baixos reduzem os valores dos financiamentos e facilitam a concessão de novos empréstimos • O fim de uma era “Recordem a sexta-feira, 14 de março de 2008: foi o dia em que o sonho de um capitalismo de livre mercado morreu. Por três décadas avançamos na direção de sistemas financeiros movidos pelo mercado. Com sua decisão de resgatar o Bear Stearns, o Federal Reserve, instituição responsável pela política monetária dos EUA e principal defensor do capitalismo de livre mercado, decretou o fim de uma era. (...) A desregulamentação atingiu os seus limites”.
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