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MED: Especial Aula 13: Tétano e Raiva 1. Mordedura a) Cuidados com a ferida · Limpeza: água + sabão · Ambiente hospitalar: antissépticos degermantes (povidine e clorexidina) 1 única vez (pode piorar a cicatrização) – avaliar se o paciente está sentindo dor · Controle do sangramento · Exploração da ferida · Antibiótico profilático: SIM = amoxicilina-clavulanato por 3-5 dias (agentes: Pasteurella multocida, Staphylococcus sp., Streptococcus sp.) · Suturar lesão? Pelo MS = NÃO / outras referências = SIM · Suturar se: prejuízo estético, lesões extensas (aproximação) · Não suturar: lesões puntiformes Obs.: se o paciente tem alergia a iodo, não devemos utilizar o povidine. b) Raiva · Letalidade de aproximadamente 100% · Fontes: urbano = cães e gatos / silvestre = morcego, raposa, chacal, guaxinim / rural = bovinos e equinos · Animais que não transmitem: coelhos e roedores Acidente Animal não suspeito Animal suspeito Leve: superficiais pequenos, tronco, membros Observar animal por 10 dias Sadio: interromper observação Sintoma, morte ou some: vacina 4 doses (0, 3, 7, 14 dias) Vacina 2 doses (0 e 3) + observar por 10 dias Sadio: interromper Sintoma, morte ou some: completar 4 doses Grave: cabeça, face, mãos, pés, profundos, lambedura de mucosas Vacina 2 doses (0 e 3) + observar por 10 dias Soro se: sintoma, morte ou some Vacina 2 doses (0 e 3) + observar por 10 dias + soro sempre Obs.: o soro deve ser aplicado na borda da ferida. 1- Profilaxia pós-exposição · Animal sem risco de raiva: observação · Morcego = soro + vacina SEMPRE (morcego sempre é lesão de alto risco) · Adentramento: morcego dentro de edificações · Avaliar o risco de exposição · Profilaxia se contato ou dúvida · Não manipular o morcego · Se possível, capturar o morcego e diagnosticar raiva 2- Profilaxia na reexposição Tipo Tempo Completo ≤ 90 dias: não necessário > 90 dias: 2 doses (D0 e D3) Incompleto ≤ 90 dias: completar esquema > 90 dias: novo esquema 3- Profilaxia pré-exposição · Diminuição da necessidade de soro · Esquema: 3 doses (0, 7 e 28 dias) · Indicações: veterinários, biólogos, zootecnisas, alunos de veterinária, técnicos de laboratório, PETshops 2. Tétano a) Cuidados locais · A água oxigenada apresenta vantagens sobre a lavagem com soro fisiológico comum, visto que a bactéria do tétano é mais susceptível ao oxigênio · O desbridamento deve ser feito para diminuir o risco de tétano e depois de ser feito, deve-se realizar um curativo permeável que permite que entre oxigênio (ruim para bactéria) b) Profilaxia pós-exposição História vacinal Feridas de baixo risco: superficial, limpa, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados Ferida de alto risco: profunda, suja, mordedura, queimadura, exposta, politrauma, lesões por arma branca ou PAF Vacina Ig/Soro Vacina Ig/Soro Incerta ou < 3 doses SIM NÃO SIM SIM ≥ 3 doses Se última dose > 10 anos NÃO Se última dose > 5 anos Não* *Se última dose com > 5 anos: IGHAT ou SAT, se idoso, imunodeprimido ou desnutrido grave. CASO 2: lavar ferida com água e sabão / observar animal por 10 dias, iniciar esquema se o animal morrar, desaparecer ou apresentar raiva / sim, pois é um acidente grave = iniciar 2 doses da vacina (dias 0 e 3) e observar por 10 dias / Não, hamster não é transmissor / sim, lesõ de alto risco e última dose da vacina > 5 anos, fazer nova dose de vacina sem soro.
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