Buscar

Lunas Indústria Farmacêutica

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPEDES SOARES DA ROCHA
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Logomarca	8
Figura 2: Público - Alvo	25
Figura 3: Tabulação entre faixa salarial vs. compraria o produto vs. sexo	25
Figura 4: Doses	26
Figura 5: Valor pago em medicamentos	27
Figura 6: Compraria ou não?	27
Figura 7: Seria mais prazeroso?	28
Figura 8: Preparação do desenho do produto	33
Figura 9: Protótipo	38
Figura 10 - Mapa	48
Figura 11 - Gráfico "O centro de gravidade"	49
Figura 12: Estrutura organizacional	62
Figura 13 - Bill Of Materials.	67
Figura 14 - Bill Of Materials no bombom.	68
Figura 15 - Árvore do BOM.	68
Figura 16 - Ordem de Produção.	69
Figura 17 - Fluxograma do Processo produtivo.	75
Figura 18 - Ciclo PDCA.	77
Figura 19 - Checklist 5W2H.	78
Figura 20 - Diagrama de Ishikawa.	79
Figura 21 - Tanque agitador com sistema de aquecimento.	80
Figura 22 - Temperadeira.	81
Figura 23 - Túnel de Resfriamento.	82
Figura 24 - Embrulhadeira.	83
Figura 25- Planta Baixa	91
Figura 26 - Logomarca.	101
Figura 27 - Produto embalado.	102
Figura 28 - Caixa de dispensação.	103
Figura 29 - Caixa de transporte.	103
Figura 30 - Fluxograma canais de distribuição	104
Figura 31 - Panfleto.	106
Figura 32 - Anúncio Lunas	107
Figura 33 - Cartão de Visita	108
Figura 34 - Facebook Lunas	109
Figura 35 - Orçamento	109
Figura 36 - Cronograma	110
Figura 37 - Diagrama de Causa e Efeito	112
Figura 38 - Símbolos para fluxograma	113
Figura 39 - Modelo de fluxograma "Pronto"	113
Figura 40: Folha de verificação	114
Figura 41 - Diagrama de pareto	116
Figura 42 - Modelo Simétrica	117
Figura 43 - Modelo Assimétrica	117
Figura 44 - Modelo Truncada	118
Figura 45 - Modelo Binodal	118
Figura 46 -Modelo Piso Isolado	119
Figura 47 - Diagrama de dispersão	120
Figura 48 -Gráfico de controle	121
Figura 49 - Fluxograma da manutenção	129
Figura 50 - Checklist túnel de resfriamento.	131
Figura 51 - Checklist Tanque misturador.	132
Figura 52 - Folha de serviço de manutenção.	133
Figura 53 - Custo variável Paracetamol	141
Figura 54 - Custo variável Dipirona	141
Figura 55 - Despesas	141
Figura 56 - Payback	142
Figura 57 - TIR	143
Figura 58 - VPL	143
Figura 59 - Markp-up Dipirona	144
Figura 60 - Mark-up Paracetamol	144
Figura 61 - Ponto de equilíbrio	145
Figura 62 - Liquidez Corrente	148
Figura 63 - Liquidez Imediata	148
Figura 64 - Rentabilidade	149
Figura 65 - Margem Líquida	150
Figura 66 - Cadastro do produto Dipirona Cx com 30 Displays x 8 uni	159
Figura 67 - Estimativa de vendas mensais do Dipirona	160
Figura 68 - Composição do preço do produto de Dipirona	160
Figura 69 - Evolução de Vendas Dipirona	161
Figura 70 - Cadastro do produto Paracetamol Cx com 30 Displays x 8 uni	162
Figura 71 - - Estimativa de vendas mensais do Paracetamol	162
Figura 72 - Composição do preço do produto de Paracetamol	163
Figura 73 - Evolução de Vendas Paracetamol	163
Figura 74 - Jucesp	166
Figura 75 - Consulta nome empresarial	167
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
5W2H – When, Where, What, Why, Who, How, How Much.
AFE – Autorização de Funcionamento da Empresa
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
BOM – Bill of Materials
BPF – Boas Práticas de Fabricação
BPMF – Boas Práticas de Manipulação Farmacêuticas 
C.A. – Certificado de Autenticação 
CGCRE – Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
CNI – Confederação Nacional da Indústria
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
COMEXLOG – Concurso Comércio Exterior e Logística
CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional
EMB – Embalagem
EPI – Equipamento de Proteção Individual
EPP – Empresa de Pequeno Porte
ERP – Enterprise Resource Planning
FDA – Food and Drug Administration
FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
FMEA – Failure Mode and Effect Analysis
GMP - Good Manufacturing Pratices
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
IMP – Informações dos Municípios Paulistas
INPC – Índice Nacional de Preço ao Consumidor
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas
ISO – International Organization for Standardization
ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
ISSQN – Impostos Sobre Serviços de Qualquer Natureza 
JUCESP – Junta Comercial do Estado de São Paulo
KPI – Key Performance Indicator
LTDA – Sociedade Limitada
MBPF – Manual de Boas Práticas de Fabricação
ME – Microempresa
MEI – Microempreendedor Individual
MP – Materia Prima 
NET - Provedora de Internet Particular 
OEE – Overall Equipament Effectiveness
PA – Produto Acabado
PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PDCA – Plan, Do, Check and Act. 
PIS – Programa de Integração Social
PMBOK - Project Management Body of Knowledge 
POP – Procedimento Operacional Padrão
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
RE – Recurso extraordinário 
S&OP – Sales and Operations Planning
S.A. – Sociedade Anônima 
SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor
SAT – Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SINDUSFARMA – Sindicato da Indústria Farmacêutica
SKU - Stock Keeping Unit
TIR – Taxa Interna de Retorno
UNIVEM – Centro Universitário Eurípedes de Marília
VPL – Valor Presente Líquido
SUMÁRIO
1. Apresentação do projeto
A busca por novos veículos farmacêuticos está impulsionando uma nova tendência em farmácias de manipulação, remédios inseridos em doces. Estes fármacos possuem novas formas de apresentação tendo maior aceitabilidade com crianças e idosos, que não gostam dos veículos tradicionais. 
Este projeto visa a ampliação deste nicho mercadológico, buscando a fabricação de fármacos em quantidades genéricas inseridos em bombons de chocolate. A ideia proporciona uma oportunidade de vendas se comparada com as vendas das farmácias de manipulação, tendo em vista que os clientes principais serão as drogarias que farão a revenda para o consumidor final.
1.1 Grupo
Integrante 1 – Mayara Fernanda Ferreira da Silva
Integrante 2 – Rafael Gomes da Luz
Integrante 3 – Thainá Cardoso Michelin
1.2 Nome fantasia
LUNAS INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Figura 1: Logomarca
Fonte: Os autores, 2018
Lunas, em Filipino significa remédio. Desta forma, torna-se um nome prático agregando ao produto, com facilidade na pronuncia brasileira e melhor apresentação ao cliente.
1.3 Área de atuação
O mercado que a empresa pretende atuar inicialmente é na região de Marília, São Paulo – Brasil. Com um segmento inovador, na fabricação de medicamentos genéricos em chocolates, visando como mercado-alvo crianças que não conseguem ou não gostam de tomar remédios nos veículos tradicionalmente apresentados (comprimidos, gotas ou xaropes).Segundo o CNAE, a atividade se enquadra na Seção C em Indústria de Transformação; Divisão 21 em Fabricação de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos; Grupo 212 em Fabricação de produtos farmacêuticos; Classe 2121-1 em Fabricação de medicamentos para uso humano; Subclasse 2121-1/01 em Fabricação de medicamentos alopáticos para uso humano.
O Engenheiro de Produção atuará na empresa nas áreas/atividades de gerente industrial contemplando a logística, qualidade, produção, desenvolvimento de produto e manutenção.
1.4 Apresentação da ideia
A demanda de medicamentos vendidos atualmente é grande, não somente pela necessidade de utilização, mas também para a estética e complementos vitamínicos. Existem variedades de compostos, marcas, veículos (comprimido, xarope, gotas, sachês e cápsulas) e aspectos qualitativos. Cada marca procura atender o mesmo segmento, diferenciando-se pela aparência, confiabilidade, preço e durabilidade. A ideia é fabricar medicamentos que atendam aos usuários, com o diferencial de serem comercializados em bombons. 
Os fármacos projetadosserão medicamentos genéricos, produzidos em larga escala e inseridos em bombons, diferentemente dos produtos tradicionais já disponíveis no mercado.
O projeto é viável tendo em vista que foi analisado o ponto de fusão do composto químico com o ponto de fusão do chocolate, além de não haver nenhuma restrição junto a Agência nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para a produção do mesmo.
Trabalho de Conclusão de Curso 
 24
1.5 Canvas 	Tabela 1: Canvas da empresa
	CANVAS – LUNAS INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
	Parceiros Chave 
	Atividades Chave
	Proposta de Valor
	Relacionamento com o Cliente
	Segmentos de Clientes
	Fornecedores de ativos farmacêuticos e de chocolate em barra, bem como empresas revendedoras dos nossos produtos, sendo representantes ou drogarias.
	Medicações para crianças com diferente forma farmacêutica, sendo apresentada em chocolate.
	Medicamentos com a forma farmacêutica chocolate para atender vários clientes que possuem ou conhecem crianças com dificuldade para tomar medicação nos veículos tradicionais. Neste segmento, teremos várias bases para atender todas as restrições dos pacientes.
	Atenção com os clientes para que estejam sempre satisfeitos com a compra e com o produto, atendendo suas necessidades
	Clientes que queiram bases farmacêuticas diferenciadas para atender suas necessidades, visando solucionar o problema existente na ingestão de medicamentos.
	
	Recursos Chave
	
	Canais
	
	
	Conseguiremos atender pessoas alérgicas, intolerantes a glúten e a lactose e com diabetes, aproveitando as várias formulações do chocolate.
	
	Nossos produtos serão disponibilizados em drogarias ou farmácias de revendas legalmente regularizadas, tendo o cliente acesso fácil nos principais pontos de venda de medicamentos em sua cidade.
	
	Estrutura de custos
	Fluxo de Receitas
	Farmacêutico, atendente, auxiliar de laboratório, auxiliar de produção, 
gerente de produção, distribuidor e auxiliar de expedição/estoque. 
	Clientes que se sentiram satisfeitos com o produto e indicam para outras pessoas, visando um ganho de mercado exponencial.
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: Os autores, 2018
2. Produto e pesquisa de mercado
Nesta seção, serão apresentados dados específicos do produto, discorrendo também sobre o macroambiente, pesquisa de mercado e posicionamento da empresa.
2.1 Apresentação do produto 
O produto é uma forma farmacêutica apresentada para clientes que possuem dificuldades no consumo de medicamentos com os veículos tradicionais (Comprimidos, cápsulas, xaropes e gotas). Os fármacos serão inseridos em bombons de chocolate, tendo em vista serem diluídos entre a densa massa de chocolate, sendo praticamente impossível sentir o seu gosto, consumindo a mesma quantia. 
Para atender a alta demanda os bombons deverão ter seus fármacos em quantidades genéricas, sendo as mesmas quantidades apresentadas ao consumidor final nas drogarias de todo o país, captando o maior número de clientes possíveis para medicamentos tradicionais como:
· Dipirona 500 mg;
· Paracetamol 500 mg;
Os medicamentos iniciais se baseiam em antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios tendo em vista um público comum e medicamentos de altas vendas em drogarias e farmácias em todo o País.
2.2 Estudo de mercado
2.2.1 Análise setorial
A indústria farmacêutica cresceu nos últimos anos, e seus consumidores também. Segundo o jornal Estadão em 2016, as vendas aumentaram em 17 bilhões de reais nos últimos 5 anos apenas no Brasil e ainda, trouxe a informação que a cada 7 minutos, 9.798.638 doses são consumidas entre os mais variados medicamentos. Um mercado recorde, fruto da nova consciência populacional, avanço da medicina moderna e a tecnologia. 
As apresentações dos veículos medicamentosos são fornecidas ao mercado em larga escala em forma de comprimido, xarope, cápsula e homeopata, que em muitas vezes traz grande descontentamento aos consumidores por não agradar no sabor ou no corpo do fármaco. 
Segundo o portal UOL em uma matéria divulgada em 2015, houve um estudo sobre Farmacologia Clínica pela Revista Europeia, onde demonstrou que 30 por cento dos entrevistados tem dificuldades para ingerir pílulas, e quase 10 por cento do grupo já abandonaram o tratamento em decorrência do problema. Já a Harris Interactive, relatou situações parecidas nos Estados Unidos, vejamos:
“... 40 por cento dos adultos norte-americanos têm dificuldades para engolir pílulas, mesmo que a maioria das pessoas não tenha problemas na hora de engolir alimentos ou líquidos. Oito por cento dos entrevistados contaram que não gostam da sensação da pílula grudada na garganta, ao passo que 48 por cento afirmaram que as pílulas deixavam um gosto ruim na boca, e 32 por cento contaram que as pílulas fazem engasgar (PORTAL UOL, 2015).”
Apresentando essas circunstâncias, a ideia deste trabalho é modificar a impressão populacional sobre os fármacos, motivado por questões como:
· Por que há de ser difícil tomar remédio quando precisamos? 
· Por quê não ter prazer em lembrar da dose, quando chegar a hora de tomar o remédio?
· E quando são tratamentos prolongados, qual a justificativa para as indústrias medicamentosas dificultar no sabor ou no veículo? 
Enquanto a missão da medicina é melhorar a qualidade de vida dos pacientes diminuindo o seu sofrimento, a nossa é inovar o conceito farmacológico. A Lunas Indústria Farmacêutica apresenta ao mercado um novo formato em medicamentos genéricos: fármacos em chocolates. Tal ideia, facilitaria a ingestão de produtos medicamentosos melhorando com propriedade a saúde de grande parte da população.
Além da análise setorial é importante conhecer as variáveis externas que podem afetar um negócio, sendo de maneira positiva ou negativa. O conjunto desses fatores recebe o nome de Macroambiente. 
O primeiro macroambiente a ser analisado é o ambiente político/legal que inclui leis, normas e procedimentos que devem ser aplicados pela empresa. Neste sentido, as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano – BPMF estabelecem para as farmácias os requisitos mínimos para a aquisição e controle de qualidade da matéria-prima, armazenamento, manipulação, fracionamento, conservação, transporte e dispensação de preparações magistrais e oficinais obrigatórios à habilitação de farmácias públicas ou privadas ao exercício dessas atividades, estabelecendo dentre outros requisitos as seguintes exigências para o funcionamento das indústrias farmacêuticas:
a) estar regularizada nos órgãos de Vigilância Sanitária competente, conforme legislação vigente;
b) atender às disposições deste Regulamento Técnico e dos anexos que forem aplicáveis;
c) possuir o Manual de Boas Práticas de Manipulação;
d) possuir Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela ANVISA, conforme legislação vigente;
e) possuir Autorização Especial, quando manipular substâncias sujeitas a controle especial.
O segundo ambiente é o Tecnológico. A tecnologia tem se tornado cada vez mais presente na vida cotidiana de todos, inclusive na área da saúde. Aplicativos inteligentes que dão diagnósticos, impressoras 3D que “imprimem” remédios e até chips que liberam as injeções e vacinas ao tempo certo está de acordo com a proposta da tecnologia, que veio facilitar a vida humana. Ultimamente grandes pesquisas vêm sendo desenvolvidas buscando a cura ou prevenção de doenças, com o auxílio da internet e novas tecnologias, chegamos onde não imaginaríamos chegar. As pesquisas são os mais fortes traços dos medicamentos no ambiente tecnológico, pois promovem o desenvolvimento e continuidade do padrão natural.
O diagnóstico de uma doença, precoce ou avançada, é o mercado de qualquer indústria farmacêutica, e com o uso da tecnologia o diagnóstico sai com precisão e efetivo. O diferencial proporcionado pela Lunas é a falta de concorrência direta com as grandes indústrias farmacológicas. Entrando em uma estratégia de inovação, visando o mercado do oceanoazul. 
Conforme o conceito na área da saúde se modifica, deveremos estar atentos para mudarmos juntos, como exemplo:
Segundo o jornal Estadão em 2013, o Instituto do Câncer implantou um prontuário eletrônico aos pacientes, onde nas consultas recebidas, o paciente terá seu histórico facilmente visível a qualquer profissional da área, em tempo real. Tendo acesso as receitas ofertadas e aos medicamentos e procedimentos realizados por outro profissional da área. A oferta é gratuita aos pacientes, o que gera melhor informatização e novas formas de tratar a saúde. 
Agora, se as farmácias obtivessem acesso as receitas diagnosticadas pelo médico através do mesmo sistema, por exemplo, poderíamos vender o medicamento adequado, informando ao médico que o paciente estaria com o seu medicamento em mãos, dando “baixa” na receita, no estoque da farmácia e ainda informando ao Governo Federal o destino daquele composto comprado automaticamente.
O terceiro ambiente analisado é o Sociocultural. Conforme notificado pelos principais jornais e revistas do Brasil, uma seria de doenças aumentam a cada ano. Doenças de contato como as sexualmente transmissíveis, ou mesmo, doenças que provém da má alimentação como obesidade, hipertensão, diabetes e alto colesterol tem influenciado a uma leva crescente de novos consumidores para a indústria dos fármacos. Associado a essa questão, em confronto, temos também a pesquisa demonstrada no início desta seção, onde de forma geral, 40 por cento dos entrevistados não gostam das formas tradicionais ofertadas pelo mercado farmacêutico. Isso determinaria uma aceitação sociocultural inicial de 40 por cento do volume total vendido em fármacos genéricos no Brasil. Podendo gerar tendências a pacientes idosos e infantis que possuem demasiada dificuldade na ingestão do veículo do remédio prescrito. 
O aspecto demográfico também conta, afinal, se a população aumenta ou diminui interfere efetivamente no ciclo de vida do produto. No Brasil, a população cresceu segundo o último censo demográfico do IBGE, 2010, aumentando o número de idosos, mantendo-se constante ou maior a taxa de natalidade.
 E para finalizar a análise, o ambiente natural que pode influenciar a produção do medicamente devido a fatores climáticos. Fármacos em geral são baratos e pouco escassos, mas a principal influência é a variação climática, pois dependendo dessas variações pode ocorrer um aumento ou diminuição nas vendas de um determinado medicamento. Nos estados do sul do Brasil isto é bem característico, visto que o inverno é bem rigoroso e neste período há um aumento das afecções respiratórias, consequentemente há aumento de vendas de medicamentos para o trato respiratório. 
A poluição ambiental, a falta de higiene ou mesmo a aceleração da cadeia alimentícia massivamente pode também promover um aumento dos medicamentos consumidos, finalizando assim o ambiente natural.
2.3 Mercado concorrente
2.3.1 Concorrentes diretos ou diretos secundários
Os Concorrentes Diretos disputam os mesmos clientes de forma direta, negociação por negociação, serviço por serviço, são, por força de circunstâncias de mercado, muito semelhantes no porte, na estrutura profissional, nas dificuldades enfrentadas nos clientes abordados e nas técnicas de negociação;
No caso da Lunas não há concorrentes diretos, pois, a ideia em questão é o fármaco em bombons produzidos em larga escala com quantidades genéricas. 
2.4 Concorrentes Indiretos
2.4.1 EMS – Indústria farmacêutica 
Fundada a mais de 50 anos a EMS possui capital 100% nacional, líder no segmento de genéricos e pertence ao grupo NC. Para se manter líder, a empresa investe em produto e desenvolvimento, possuindo uma moderna estrutura fabril sendo seu grande ponto forte. Ela possui o maior portfólio de fármacos brasileiros, sendo eles anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, antiulcerosos, anti-hipertensivos, antidiabéticos, corticoides tópicos e antigripais. 
Seu ponto forte é a dimensão da empresa, afinal é uma empresa consolidada e respeitada pelos brasileiros. E seu ponto negativo seria o veículo farmacêutico ofertado, de forma a não respeitar as estratégias da inovação, competindo com as demais por produtos similares. A empresa reside a sede na cidade de Hortolândia – SP e possui outra unidade na cidade de São Bernardo do Campo – SP. A empresa possui certificações na ISO 9001, ISO 14001, além de seguir os padrões das Boas Práticas de Fabricação e do sistema FDA ( Food and Drug Administration), tendo validação pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A empresa possui estratégia de comunicação e preço através de catalogo concedido a drogarias, desta forma, oferece diretamente para o lojista que faz seu pedido, não dando acesso ao sistema de pagamento a outros, como bem das outras informações que não obtivemos acesso por não possuirmos CNPJ.
2.4.2 MEDLEY – Indústria farmacêutica
A Medley completou 20 anos em 2016 como uma das líderes da indústria farmacêutica nacional de genéricos e similares, com uma história marcada por pioneirismos. Ela foi a primeira farmacêutica nacional a receber o certificado de qualidade ISO 9001 e um dos primeiros laboratórios a lançar medicamento genérico no Brasil. Com sede e fábrica em Campinas – SP (474 km de Marília), a Medley produz medicamentos genéricos e similares com alto padrão de qualidade e preço acessível. Dentre as áreas terapêuticas foco da Medley, destacam-se cardiologia, saúde feminina, sistema nervoso central e gastrenterologia. A Medley atua em diversas frentes no apoio à saúde no Brasil. É atualmente a segunda maior fornecedora do programa Farmácia Popular do Governo Federal. A empresa também atua diretamente no aprimoramento da cadeia produtiva do País. A Medley possui no Brasil um centro de desenvolvimento, voltado à pesquisa de novos genéricos e também de inovação incremental. Ela possui R$ 25 milhões investidos anualmente, 63 colaboradores voltados à atividade de pesquisa e desenvolvimento e 43 projetos em desenvolvimento, mais da metade deles conduzidos inteiramente no Brasil segundo o site da fabricante.
Seu ponto forte se baseia no prêmio que conquista a 7 anos consecutivos, sendo ele Marcas de Confiança, realizado pelo Datafolha em 2016 e é a marca mais defendida pelo consumidor. A empresa possui certificação ISO 9001 e 14001, além de programas de reciclagem, descartes adequados de resíduos industriais e as boas práticas de fabricação. A empresa possui estratégia de comunicação e preço através de catalogo concedido a drogarias, desta forma, oferece diretamente para o lojista que faz seu pedido, não dando acesso ao sistema de pagamento a outros, como bem das outras informações que não obtivemos acesso por não possuirmos CNPJ.
 2.4.3 LEGRAND – Indústria farmacêutica
A legrand construiu, ao longo dos anos uma marca forte e consagrada no segmento farmacêutico. É uma empresa de estratégia defensiva e é hoje a 4º maior linha de medicamentos genéricos no Brasil por princípio ativo. Contando além dos genéricos com uma forte linha de remédios tarjados que se tornou um pilar no portfólio da Legrand. 
Localizada através de revendedoras, mas seu próprio endereço não se encontra no site, a legrand é o 8º maior laboratório do Brasil, e possui certificação ISO 9001 e 14001, autorização da comunidade europeia para exportação e certificação pela ANVISA. A empresa possui estratégia de comunicação e preço através de catalogo concedido a drogarias, desta forma, oferece diretamente para o lojista que faz seu pedido, não dando acesso ao sistema de pagamento a outros, como bem das outras informações que não obtivemos acesso por não possuirmos CNPJ, porém possui chat para vendas 24h por sai disponível no site e telemarketing em horário comercial. 
2.5 Mercado Fornecedor
Para iniciar e manter qualquer atividade empresarial, a empresa depende de seus fornecedores – o mercado fornecedor. O conhecimento desse mercado vai se refletir nos resultados pretendidos pela empresa. Mercado fornecedor é aquele que fornece à empresa os equipamentos,máquinas, matéria-prima, mercadorias e outros materiais necessários ao seu funcionamento.
2.5.1 Empresa Fragon, fornecedor de matéria-prima
A FRAGON é uma multinacional holandesa, presente em mais de 30 países e com produtos comercializados em mais de 60 países. Com o enfoque em pesquisa e desenvolvimento em compostos farmacêuticos, ela é referência para hospitais, farmácias, médicos e pacientes. Seu forte, se baseia no desenvolvimento em inovação para farmacêuticos e pacientes, fornecendo produtos customizados participando da sua missão como empresa. 
Atua no segmento de insumos farmacêuticos na área dermatológica e ativos orais para todos os públicos. Localizada no Brasil no edifício Berrini One, em São Paulo capital, a 450 km de Marília- SP. Tendo como principais clientes farmácias de manipulação, devido ao fornecimento de insumos magistrais e bom preço. Os segmentos dos principais clientes não são nossos concorrentes diretos, pois atendem uma demanda específica. 
Os preços variam de acordo o dia do mês e as metas dos vendedores, alcançando sempre ótimos valores na compra dos insumos, além da política de diminuição de preço por quantidade. Os prazos de entrega anunciados pelo vendedor são até 48h, após a efetivação do pedido sendo entregue por transportadora, tendo o benefício de frete gratuito acima de um certo limite de compra. As condições de pagamento são divididas em três vezes, assumindo parcelas a cada 15 dias, tendo desconto de 5 por cento a vista. A empresa fornece garantia do produto se o mesmo for bem conservado pelo comprador, e se o insumo estiver dentro do prazo de validade. Desta forma, o produto irá para analise, e então, poderá ser trocado.
A FRAGON possui um completo sistema de qualidade que abrange desde a qualificação dos fornecedores, até a gestão de riscos e o gerenciamento in locu, de toda a cadeia de suprimentos, produção e acondicionamentos, assegurando os mais elevados padrões mundiais de fornecimento de insumos ao mercado. Possuindo certificações em qualidade em GMP, FDA, ISO 9001 e Falsified Medicines Directive (EU).O site do fornecedor poderá ser encontrado através do link: www.br.fragon.com/pt-br.
2.5.2 Empresa Gehaka, fornecedor de utensílios necessários para o controle de produto
A GEHAKA foi fundada em 1956, buscando atender a necessidade de instrumentos de medição para o agronegócio, a partir de 1979, passou a atender os setores de laboratório de pesquisa, ensino e controle da qualidade. Desta forma, ela atingiu o objetivo de oferecer uma gama ampla de produtos e soluções para diversos segmentos de mercado. Em 2006, passou a oferecer ao mercado também equipamentos purificadores de água para farmácias, tanto para a limpeza de vidrarias ou higienização de outros instrumentos, quanto para o uso de formulações dos insumos farmacêuticos, cosméticos e etc. Sua localização no Brasil, em São Paulo capital no bairro Real Park, sendo a uma distância de 450 Km de Marília-SP. 
Seus principais clientes são industrias em geral, principalmente por fornecer controladores dos processos de qualidade, podendo haver concorrentes diretos, porém como maior certeza, seria encontrado os conhecimentos indiretos. Seus produtos são vendidos geralmente por catálogos auxiliados por vendedores, onde se encontram uma alta gama de produtos de medição. Além disso, a empresa atua com prazos de pagamento de até 3 meses no boleto, tendo o prazo de entrega de 25 dias uteis. A entrega poderá ser feita por transportadora ou por agência dos correios, dependendo do número de produtos. Ela fornece aos seus consumidores, garantia de 5 anos dependendo do equipamento, mas avisa em seu manual que não cobre a garantia caso haja mal-uso por parte do cliente. 
Seus controles de qualidade para os instrumentos ofertados possuem certificação ISO 9001, além de acreditação junto a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE) – Instituto Nacional de Metrologia. Possuindo também certificações na Europa e na América do Norte. 
2.5.3 Empresa Lansynth, fornecedor de utensílios necessários para a preparação do produto
A Labsynnth é uma empresa especializada na fabricação e distribuição de produtos químicos, matérias primas, reagentes analíticos, equipamentos e acessórios de laboratórios para diversos seguimentos industriais. Fundada em 1985, está presente em todo o território nacional tendo a sede situada na cidade de Diadema, no estado de São Paulo, tendo uma distância de 430 Km de Marília-SP. Fornece para as indústrias alimentícias e farmacêuticas, além de outros segmentos. Não encontramos os concorrentes diretos, mas na descrição fornecida pelo site, temos certeza no fornecimento da indústria para os concorrentes indiretos. 
A política de preço segue a normativa de catalogo, para atender especificamente ao consumidor final. Os pedidos podem ser realizados por e-mail ou telefonema, direto com o vendedor. Para empresas, ela fornece opções de pagamento no boleto parcelado, boleto à vista e no cartão. Para consumidores físicos, apenas cartão e boleto à vista. Tendo o prazo de entrega e adequação dos produtos até 8 dias uteis após a efetuação do pagamento, possuindo entrega nas modalidades de transportadora ou pela agência dos correios, dependendo da escolha do consumidor ou localização do mesmo. 
Possui certificação de qualidade na ISO 9001 e ISO 14001. Além de atender com empenho os critérios estabelecidos pela ANVISA com credenciação nacional. 
2.5.4 Empresa Maria Chocolate, fornecedor de embalagens e chocolate em barra para o produto
Localizada na região central de Belo Horizonte na Rua Timbiras, 1940, a Maria Chocolate é a mais completa loja de produtos para confeitaria (bicos, anilinas, pasta americana, moldes, ferramentas), chocolateria (trufas, bombons, pão de mel, cupcakes, chocolate em barra) e embalagens em geral possuindo as melhores marcas e preços competitivos. A loja existe desde 2012 e traz variedade de 5 mil itens, possuindo 784 km de Marília – SP. Seu foco se baseia no consumidor final, porém oferece vantagens a empresas amigas que consumirem seus produtos. A loja não possui certificação, uma vez que é uma empresa voltada para o comércio varejista e atacadista. 
As condições de pagamento se baseiam em cartão de crédito e boleto bancário, possuindo a facilidade no crédito de até 4 vezes sem juros com valor mínimo de R$50,00 por parcela. A loja virtual poderá ser encontrada através do site: www.mariachocolate.com.br.
2.5.5 Empresa Desomax, fornecedor de produtos de limpeza
 Localizada na região de Marília/SP, tendo 20 anos no mercado. A Desomax possui um completo portfólio de produtos que atendem ao uso convencional (Comércio ou Residências), bem como que atendam às necessidades industriais. Os produtos apresentados se baseiam em aditivados, agua sanitária, álcool, amaciantes, ceras, desengordurantes, detergentes, limpa alumínio, limpa vidros, limpa pedras, limpa carpetes e tapetes, multiusos, sabão líquidos, alvejante sem cloro, desinfetantes e limpa INOX, além de ser a responsável pela marca TIKS que segue no mercado de amaciantes e detergentes atendendo ao atacado e varejo.
A empresa não relata nenhum selo de qualidade e sua política de negociação. Porém, disponibiliza em seu site informações para contato, os supermercados que disponibilizam os seus produtos, bem como e-mail, telefone e endereço.
2.5.6 Empresa Companhia Paulista de Força e Luz, fornecedor de energia elétrica
A Companhia paulista de Força e Luz é líder no segmento de energia, levando eletricidade para 9,1 milhões de clientes no Brasil, atuando em 679 munícipios (quatro estados). Isso gera a empresa 14% de participação no mercado internacional de distribuição. Além disso, é o maior player de energias renováveis da América Latina.
A companhia é a única distribuidora de energia para Marília e região, tendo exclusividade no segmento. O preço do KW/h varia entre as bandeiras sazonais por ela disponibilizada, sendo de R$ 0,50 (cinquenta centavos) em bandeira verde podendo chegar a R$ 1,18 em bandeira vermelha. A CPFL cobrauma taxa de adesão, taxa de desligamento (caso necessário) e desligamento por falta de pagamento. Sua política de atuação se baseia no consumo, tendo em vista uma pequena taxa de “assinatura”. 
2.5.6 Empresa Milênio, fornecedor de caixas de papelão
Desde 1999, a empresa Milênio é especialista no desenvolvimento e fabricação de paletes, caixas palete, caixas comuns, caixas especiais e acessórios de papelão, possuindo os melhores fornecedores do mercado de celulose e papel em geral, destacando no segmento de embalagens e logística por oferecer soluções inovadoras recebendo o prêmio SENAC- 1º COMEXLOG, além de qualificações como a ISO 9001. 
A milênio não disponibiliza em seu site informações de compra, porém se responsabiliza por entregas entre 8 a 12 dias úteis após a confirmação do pedido. A empresa é localizada em Diadema/SP, tendo uma distância de 450km da cidade de Marília. 
2.6 Mercado Consumidor
O estudo do mercado consumidor é um dado importante para o empreendimento, pois abrange as informações necessárias à identificação dos prováveis compradores. O que produzir, de que forma vender, qual o local adequado para a venda, qual a demanda potencial para o produto. Essas são algumas indagações que podem ter respostas mais adequadas quando se conhece o mercado consumidor.
2.6.1 Objetivo das Pesquisas com Clientes
A pesquisa busca a opinião de futuros clientes, onde buscará entender:
· Identificar qual faixa salarial maior se identificaria com o produto;
· O quanto o consumidor estaria disposto a pagar;
· Identificar quantas doses os possíveis clientes ingerem ao dia;
· Identificar o perfil do público-alvo.
2.6.2 Universo da pesquisa, Amostragem e Metodologia 
O Universo escolhido foi onde se pretende fazer a sede da Lunas, sendo na cidade de Marília/SP, Brasil que de acordo com o site do IBGE, com base no censo de 2017, possui uma população de 235.234 mil habitantes. A definição da amostra, ou seja, a quantidade de entrevistas a serem realizadas, foi definida da seguinte maneira: Após definir que a população a ser pesquisada seriam os moradores da cidade de Marília, foi utilizada uma calculadora amostral online para definir a quantidade de questionários que seriam aplicados. Neste sentido, definiu-se que para representar o universo pesquisado seria necessário realizar 96 entrevistas, utilizando-se um erro amostral de 10% e um nível de confiança de 95%. Sendo assim, a pesquisa foi disponibilizada na internet para que os moradores da cidade pudessem responder ao questionário. As entrevistas foram realizadas no período de 2 a 9 de novembro de 2017.
2.6.3 O questionário
Devido aos objetivos da pesquisa de campo foi elaborado um questionário com perguntas abertas e fechadas, com perguntas baseadas no modelo socioeconômico do Critério Brasil para estratificar as classes sociais de acordo com os padrões utilizados pelo Governo e demais órgãos de Pesquisa no Brasil. Também foi inserida uma introdução ao questionário informando o tipo de produto que seria oferecido para que somente os interessados em adquiri-lo respondessem à pesquisa, conforme o quadro abaixo:
Tabela 2: Questionário
	1
	Qual o seu sexo?
· Masculino
· Feminino
	2
	Qual a sua idade?
· Menor de 18 anos
· De 18 anos a 25 anos
· De 26 anos a 35 anos
· De 36 anos a 45 anos
· De 46 anos a 60 anos
· Acima de 61 anos
	3
	Qual a sua cidade?
· Discursiva
	4
	Qual a sua renda familiar atualmente?
· Até R$ 937,00
· De R$ 937,00 a R$ 1874,00
· De R$ 1874,00 a R$ 2811,00
· De R$ 2811,00 a 4685,00
· De 4685,00 a R$ 6559,00
· Acima de R$ 6559,00
	5
	Quantas pessoas moram em sua residência?
· Moro sozinho (a)
· 2 pessoas
· 3 pessoas
· 4 pessoas
· Acima de 4 pessoas
	6
	Você consome algum tipo de medicamento?
· Sim, consumo medicamentos de forma contínua
· Sim, consumo casualmente ou quando necessário
· Não, não tomo remédios nem quando necessário
	7
	Se seu uso é contínuo, quantos remédios você ingere ao dia?
· 1 vez ao dia
· 2 vezes ao dia
· 3 vezes ao dia
· 4 vezes ao dia
· 5 ou mais
· Não tomo medicamentos diários
· Não tomo nenhum tipo de medicamento, nem quando necessário
	8
	Estaria disposto a testar outras formas farmacêuticas para tornar esse consumo mais prazeroso?
· Sim
· Não
	9
	Estaria disposto a pagar por um preço um pouco acima do praticado pelo mercado por uma forma farmacêutica diferenciada? 
· Sim
· Não
· Depende
	10
	Quanto você costuma pagar por seus medicamentos?
· De R$ 10,00 a R$ 50,00
· De R$ 51,00 a R$ 100,00
· De R$ 101,00 a R$ 200,00
· Acima de R$ 200,00
· Não uso medicamentos
	11
	Você já sentiu necessidade de trocar o laboratório de fabricação de seus medicamentos?
· Sim
· Não
	12
	Além de você, alguém na sua residência ou na sua família ingere medicamentos?
· Sim
· Não
	13
	Se sim, quem? Marque quantas opções forem necessárias.
· Pais
· Filhos
· Irmãos
· Avós
· Tios/Tias
· Primos/Primas
· Cônjuge, namorado (a)
	14
	Alguma delas possuem dificuldades no consumo devido a forma farmacêutica?
· Sim
· Não
	15
	Você compraria medicamentos na forma farmacêutica de bombom?
· Sim
· Não
· Talvez
	16
	Você acredita que o seu consumo de medicamentos seria mais prazeroso?
· Sim
· Não
Fonte: Os autores, 2018
2.7 Tabulação
· Questão: Identificar o perfil do público-alvo;
Figura 2: Público - Alvo
Fonte: Os autores, 2018
Conforme os dados da figura 2 o público-alvo são homens e mulheres de 18 a 25 anos, representando xx% do total de pessoas que responderam à pesquisa. 
· Questão: Identificar qual faixa salarial se identificaria com o produto;
Figura 3: Tabulação entre faixa salarial vs. compraria o produto vs. sexo
Fonte: Os autores, 2018
Conforme os dados da figura 3, 60% das mulheres que responderam que usariam o produto estão na faixa salarial de R$937,00 a R$1874,00, correspondendo às classes sociais D e E. Apesar desta faixa salarial ter sido predominante entre as respondentes também é interessante considerar o % de homens que mulheres que responderam que comprariam o produto. Neste sentido, é possível analisar que a renda do público-alvo da empresa estaria entre R$937,00 e R$4.685,00. Ampliando o perfil do público para as classes sociais D e E. 
· Questão: Identificar quantas doses os possíveis clientes ingerem por dia;
Figura 4: Doses
Fonte: Os autores – Google forms (2017)
Conforme apresentado na figura 4, 64,1% dos respondentes não tomam medicamentos diariamente. Seguindo de pessoas que tomam uma vez ao dia com 20,5% e duas vezes ao dia com 7,7% dos entrevistados.
· Questão: O quanto o consumidor está acostumado a pagar;
Figura 5: Valor pago em medicamentos
Fonte: Os autores – Google forms (2017)
Com base nos dados da figura 5, 52,5% dos entrevistados costumam pagar em remédios em torno de R$10,00 a R$50,00, 13,8% até R$200,00 e 25% não consomem remédio.
· Questão: Você compraria medicamentos na forma farmacêutica de bombom?
Figura 6: Compraria ou não?
Fonte: Os autores – Google forms (2017)
Com os dados coletados 40% dos entrevistados comprariam o medicamento e os outros 40% talvez comprariam, desta forma, temos amos 20% do mercado resistente e presos ao mercado tradicional apresentado atualmente.
· Questão: Você acredita que o seu consumo de medicamentos seria mais prazeroso?
Figura 7: Seria mais prazeroso?
Fonte: Os autores – Google forms (2017)
Dentre os 100% do universo, 73% dos entrevistados acreditam que o seu consumo de medicamentos dissolvidos em bombons traria maior prazer a sua ingestão. 
2.8 Conclusão da pesquisa
O resultado da pesquisa foi satisfatório, demonstrando que cliente aceita o produto, porém não quer pagar tanto por ele. Também foi possível identificar que o perfil do público que consome os fármacos atuais. Neste sentido, é possível concluir que o público-alvo da empresa são jovens de 18 a 25 anos (ambos os sexos), das classes sociais D e E, que consomem remédio 1 vez ao dia sendo de uso contínuo, e gastam em torno de R$ 10,00 a R$ 50,00 com medicamentos. 
2.9 Posicionamento
O posicionamento da empresa se baseia na segmentação infantil, selecionandoeste público devido ao alto índice de abandonos de fármacos, mas não deixando de lado adultos e idosos. Tal escolha possibilita à empresa vantagem competitiva alavancada devido ao novo veículo farmacêutico proporcionado ao mercado e não possuindo concorrentes diretos. A imagem da empresa se estabelecerá proporcionando qualidade e efetividade na cura de doenças resolvidas por medicamentos. 
Os objetivos iniciais da empresa são:
· Confiabilidade: Conquistar a confiabilidade do cliente através de produtos de qualidade, visando sempre a melhor experiência para o cliente.
· Flexibilidade: Fornecer ao cliente a flexibilidade de escolha entre chocolates ao leite, amargo, branco, diet, light e para alérgicos. Além de fornecer maior flexibilidade no pagamento para empresas como drogarias e afins.
· Qualidade: Obter certificações importantes na segmentação farmacêutica, como ISO 9001 e 14001, além da ANVISA, FDA e BPF.
· Rapidez: Isso se dará a convênios com transportadoras e agilidade na produção, estoques de emergia auxiliaram nesse quesito. 
· Custo: Com a engenharia de processos, poderemos avaliar os custos em suas raízes, buscando o aumento da produtividade e desenvolvimento da empresa. Colocando sempre como missão a capacidade produtiva estar sempre acima da demanda mercadológica. 
3. Produtos
3.1 Conceber Produto
3.1.1 Equipe de Trabalho
 
Rafael Gomes da Luz – Cursando o 10° termo de engenharia de produção, Inglês e informática intermediário.
Mayara Fernanda – Formação técnica em Química e estudante de Engenharia de Produção cursando 10º termo.
Thainá Michelin Cardoso da silva – Cursando o 10° termo de engenharia de produção, Inglês e informática intermediário.
 
3.1.2 Preço de Mercado
A tabela 3 exibe os preços dos produtos de acordo com a sua dispensação e tipo de chocolate, possibilitando comparar com o preço tradicional do medicamento.
Tabela 3: Preços dos medicamentos
 
Fonte: Os autores, 2018
Além de solucionar o problema do paciente, fará com que o consumo seja de forma mais fácil e prazerosa. As crianças têm dificuldade para tomar medicamentos, devido ao gosto e medo. Porém o chocolate é algo que a maioria das crianças almejam, sendo mais fácil a aceitabilidade do medicamento com o chocolate. Há chocolate para todos os gostos, sendo todos eficientes com a adição do ativo.
3.1.3 Especificações preliminares
O bombom é composto pelo ativo e o chocolate. O tipo de chocolate escolhido foi o chocolate ao leite, sendo o favorito das crianças. Os ativos são: paracetamol e dipirona.
 
3.2 Conceituar Produto
   	
3.2.1 Definição detalhada das características técnicas do produto
  		 
O processo para obtenção do produto deve ser crítico e preciso, pois além de ser um alimento é um medicamento, a qual as pessoas irão recorrer devido a problemas de saúde. É importante que todos os instrumentos estejam calibrados e que os utensílios estejam em boas condições de uso.
O chocolate e o ativo são pesados em uma balança de alta precisão com capacidade para 5 quilos, a qual deve ser calibrada anualmente e verificada no mínimo uma vez na semana de acordo com pesos padrão.
Em seguida o chocolate é colocado em um recipiente de vidro e aquecido em banho-maria, até que atingir a temperatura de 40ºC, a qual deve ser monitorado constantemente com um termômetro (que deve ser calibrado semanalmente). Quando a temperatura do ativo for menor que 40°C o chocolate deve ser aquecido em uma temperatura menor que o ponto de fusão do ativo.
Depois de aquecer o chocolate deve-se misturar com o ativo, colocar na forma (com 40 cavidades, sendo cada uma com capacidade de 11,5 gramas) e no freezer. O freezer deve estar em uma temperatura de 6 °C, e o tempo necessário é de 10 a 15 minutos.
Após o processo de refrigeração, os bombons são desenformados e embalados, colocados em caixas de dispensação e em caixas para transporte. É importante que sejam armazenados em uma sala climatizada para que não tenha alteração em suas propriedades e eficiência.
3.2.2 Cronograma e Plano de Ação
A tabela 4 exibe o Cronograma, a qual é uma ferramenta importante para manter a organização do projeto, facilitando a visualização do status das atividades em relação ao prazo.
Tabela 4: Cronograma e Plano de Ação
Fonte: Cronograma Projeto Balcão, 2018
3.3 Projetar Produto
   		
3.3.1 Preparação de desenhos de produto
. 
Cada ativo tem uma embalagem diferente, sendo dipirona com embalagem azul metalizada e paracetamol com a embalagem vermelha.
Figura 8: Preparação do desenho do produto
Fonte: Os autores, 2018
3.4 Estrutura do Produto
3.4.1 Definição de MAKE (definição de processo, ferramentas e máquinas) OR BUY (definição de parceiros)
As tabelas abaixo foram estruturadas com informações reais de acordo com os dados da empresa do ramo de Farmácia de Manipulação e Homeopatia, fundamentada nos arquivos da empresa utilizando custos verídicos.
Pode-se dizer que é viável os lucros para esse ramo de negócio, sabendo administrar e exercer as práticas da engenharia, marketing e administração esse negócio pode ter um futuro muito próspero, observando as tabelas devidamente conclui-se que essas afirmações são reais. 
Os bombons serão vendidos individual, em caixa de dispensação com 8 unidades, e em caixa de transporte a qual comporta 30 caixas de dispensação (com 8 bombons cada, resultado em 240 bombons). As matérias-primas, embalagem e caixas serão compradas.
A tabela 5 apresenta todos os elementos do bombom de Paracetamol e suas respectivas quantidades e custos, a qual compõe o custo total. O preço varia conforme a quantidade de bombons e necessidade de materiais. Tabela 5: Custos por SKU
Fonte: Os Autores, 2018.
A tabela 6 apresenta todos os elementos do bombom de Dipirona e suas respectivas quantidades e custos, a qual compõe o custo total. A única diferença de preço em relação ao bombom de paracetamol, é o preço do ativo, sendo mais alto. O preço varia conforme a quantidade de bombons e necessidade de materiais. 
Fonte: Os Autores, 2018.Tabela 6: Dipirona e seus SKU's
3.5 FMEA do Produto/Processo
O FMEA do produto está relacionado as possíveis falhas nas propriedades do produto. A tabela 7 apresenta as falhas relacionadas principalmente às propriedades do chocolate. 
A tabela 8 representa o FMEA do processo, onde são listadas as possíveis falhas que podem ocorrer durante o processo.
Para cada falha representada nas tabelas 7 e 8, há uma ação recomendada para evitar que a mesma aconteça. 
Tabela 7: FMEA do produto
Fonte: Os autores, 2018
Tabela 8: FMEA do processo
Fonte: Os autores, 2018
De acordo com a análise feita no FMEA de processo, os dois maiores índices de risco são nos processos de pesagem do ativo e chocolate e do aquecimento do chocolate. Os parâmetros devem ser controlados com criticidade. 
Se a balança não estiver calibrada a quantidade de ativo será maior ou menor que o necessário; se maior causará danos ao paciente, e se menor não terá efeito o medicamento, tornando o tratamento ineficaz.
Um outro parâmetro importante que deve ser controlado é a temperatura do chocolate no processo de aquecimento, a qual não pode exceder 40 °C que é seu ponto de fusão, ocorrendo a ineficiência do medicamento.
No FMEA de produto o maior índice de risco também é a temperatura. O bombom não deve ser exposto ao calor, pois pode derreter. Seu armazenamento deve ser feito em ambiente refrigerado, e não pode pesos em cima do mesmo.
3.6 Homologar Produto
 Preparação do protótipo funcional ou não do produto (mock-up, prototipagem rápida, impressora 3D).
Figura 9: Protótipo
Fonte: Os autores, 2018
3.7 Posicionamento de preços e diferenciais competitivos
A margem do preço de venda ao consumidor final seria a R$3,00. Formando uma plataforma competitiva para adentrar ao mercado de remédios com um preço relativamente baixo ao valor agregado do produto. 
Para que este valor chegue ao consumidor final, tem-se de considerar o Mark-up das drogarias em geral, sendonormalmente 150 % de lucro. Desta forma, o produto deveria estar inserido em um preço de venda fabril de R$ 1,20, contendo 11,5 gramas de chocolate e 0,5 grama de fármaco. 
Ao longo dos anos, com o reajuste inflacionário os preços tendem a subir em uma prospectiva traçada desta forma:
Tabela 9: Reajuste de preço pela inflação prevista
Fonte: Os autores, 2018
Os diferenciais se baseiam em uma nova apresentação para medicamentos genéricos, bem como a inserção de um novo mercado na comercialização deste produto, onde antes era comercializado apenas em farmácia de manipulação e serão distribuídos para drogarias em geral. 
3.8 Canais de vendas
Qualquer drogaria que possua ar condicionado e tenha o interesse em obter o produto.
3.9 Previsão de Demanda
A Previsão da Demanda (Forecast) implica em determinar no médio prazo, ou seja, nos próximos 5 anos: 2019-2020-2021-2022-2023 os níveis de vendas em unidades e/ou faturamento previstos pelo projeto.
3.9.1 Base de dados
 Na seção 2.2 deste trabalho, foi apresentada uma pesquisa de campo referenciada pelo jornal Estadão e portal UOL sobre o consumo de medicamentos no Brasil e em outros países. Esta pesquisa, trouxe dados relevantes para esta seção devido as informações apresentadas, estruturando a previsão de demanda. Esta previsão visa o momento atual, com uma ampliação demasiada em cinco anos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, IBGE, através do seu último censo em 2017 relata que o Brasil detém 207.660.929 de habitantes, entre eles apenas 6,74% são crianças de 0-9 anos, equivalendo a um público de aproximadamente 14.000.000 apenas no País. Utilizou-se esses dados para fomentar uma pesquisa não encontrada na região de Marília-SP, onde houvesse dados referentes ao número de crianças da cidade e região, além de Bauru, Birigui e Araçatuba abrangendo um mercado até 150 km. Deste modo, forma-se esta tabela:
Tabela 10: Número de habitantes X número de crianças
Fonte: Os autores, 2018
Através dos dados coletados, percebe-se uma relação entre a população brasileira e o número de crianças entre 0-9 anos. Sendo uma taxa referencial, ela se baseia em 6,76% da população total. A partir desta porcentagem, consegue-se estabelecer um critério para estimular um apontamento superficial entre o número efetivo de crianças residentes nas cidades do interior de São Paulo, sendo uma regra de três simples. Veja:
Também se foi coletado o número de drogarias presentes em cada cidade visadas a um primeiro momento utilizando listas telefônicas e a internet, chegando a um número de 537 drogarias no raio de 160km, entre as cidades descritas na tabela. A proposta inicial se baseia em um faturamento médio mensal de R$ 121.542,00 no primeiro ano, contando com um fator de crescimento mediano de 1 ponto percentual. O quadro que descreve com precisão essas informações segue abaixo, separado por mix de produtos:
Tabela 11: Previsão de demanda e faturamento no primeiro ano - dipirona
Fonte: Os autores, 2018
Conforme vemos, o faturamento de demanda prevê uma quantidade total de 1.975 caixas no primeiro ano, baseando-se no fator de crescimento industrial. O faturamento total previsto é de R$ 948.000,00, tendo uma média mensal de R$ 79.000,00. Ele representa 65% das vendas da Lunas, contando com a participação do mercado na preferência pelo produto.
Tabela 12: Previsão de demanda e faturamento no primeiro ano - paracetamol
Fonte: Os autores, 2018
Conforme vemos, o faturamento de demanda prevê uma quantidade total de 1.424 caixas no primeiro ano, baseando-se no fator de crescimento industrial. O faturamento total previsto é de R$ 510.504,00, tendo uma média mensal de R$ 42.542,00. Ele representa 35% das vendas da Lunas, contando com a participação do mercado na preferência pelo produto, perdendo a disputa para o dipirona.
A trajetória nos dois produtos demonstra um ótimo crescimento inicial, fornecendo informações indispensáveis, onde a empresa poderá planejar sua capacidade ao longo deste período. Sendo assim, para alcançar a média mensal mantendo o preço de venda do produto, a produção deveria alcançar o valor final de 3400 caixas por ano, com uma média de 283 caixas/mês e 8.160 unidades por dia útil, gerando uma receita considerável por dia trabalhado. 
Nos dados da seção 2.2.1, encontra-se uma importante informação: A nível Brasil, em torno de 9.798.638 de doses são consumidas no Brasil a cada 7 minutos. Considerando 6,72% desta participação na população inicial que abrange 66 mil crianças, gera 19.409.000 de doses/mês. Visa-se um objetivo de participação mercadológica inicial em 0,3% deste total mensal, gerando este consumo apresentado acima. Ao final, isso representa 17% do público inicial escolhido, sendo 24.850 crianças/cidade, abrangendo as cidades de Marília, Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Echaporã, Garça, Guaimbê, Júlio Mesquita, Lupércio, Ocauçu, Oriente, Oscar Bressane, Pompéia, Quintana e Vera Cruz. Após o mercado adquirido nestas cidades, a expansão se alastra seguindo esta ordem:
Tabela 13: Expansão da empresa
	Ano
	Marília e Reg.
	Araçatuba
	Birigui
	Bauru
	2019
	X
	
	
	
	2020
	X
	X
	
	
	2021
	X
	X
	X
	
	2022
	X
	X
	X
	X
	2023
	X
	X
	X
	X
Fonte: Os autores, 2018
A partir do plano de expansão e com uma prospectiva de crescimento anual de 43% em 2020, 25% em 2021, 20% em 2022, 15% em 2023 chegamos aos seguintes dados:
Tabela 14: Planejamento de demanda e faturamento em 5 anos
Fonte: Os autores, 2018
Percebe-se camadas de crescimento, tornando a perspectiva cada vez mais sólida, obedecendo a situação real com um aumento no faturamento em torno de 200 por cento. O gráfico que exemplifica melhor o crescimento/ano segue:
Gráfico 1: Demanda prevista / ano
Fonte: Os autores, 2018
Percebe-se um aumento na demanda, fomentando o mercado inicialmente desejado pela Lunas. O gráfico demonstra em unidades, porém, torna o aumento significativo, sendo representando o dobro do inicial em 5 anos. Um ganho de mercado regularmente contínuo e objetivo. 
3.8 Missão, visão e valores
Missão: Apresentar ao cliente soluções medicamentosas de qualidade, satisfazendo o paladar e o seu tratamento.
Visão: Ser referência em bombons com fármacos, denotando a qualidade e segurança do consumidor com relação aos produtos apresentados pela marca.
Valores: Alcançar o sucesso respeitando os princípios de qualidade e segurança do alimento e do medicamento, bem como a integridade e segurança do trabalhador, respeitando os aspectos legais e éticos.
4. Localização da unidade produtiva
A localização da unidade produtiva é um tópico crucial para determinar um menor custo para o produto. Afinal, os custos com logística de produto acabado, matéria-prima, custo local, impostos e mão de obra qualificada interferem diretamente na produção, entrega, custo e qualidade do produto. Entre tantas variáveis, este capitulo pretende encontrar uma melhor localização para a Lunas, através de ferramentas e análises fornecidas pelo orientador desta seção.
4.1 Determinação da localização
Determinar a localização de uma nova Unidade Produtiva significa definir a localização da capacidade de produção, ou seja, a posição geográfica de uma operação relativamente aos recursos, a outras operações ou clientes com as quais interage (NEUMANN; SCALICE, 2005). 
Para Neumann e Scalice (2005), a determinação da localização a qual uma empresa será estruturada, deve-se levar em consideração fatores estratégicos, avaliando qual será o alvo da empresa, capacidade projetada, entre outros. Quando se refere a uma nova unidade a ser construída, entrando num novo mercado, a localização é um fator que influencia em todo processo, decidindo variáveis importantes em relação à demanda, flexibilidade e qualidade. 
Há vários fatores que influenciam na decisão, o que torna complexo. Segundo Neumann e Scalice (2005) essa questão é solucionada através de uma avaliação por técnicas cabíveis para evitar decisões fracassadas. 
Neumann e Scalice (2005) caracterizam os fatores que influenciam na decisão em doiselementos:
Qualitativos: são fatores intangíveis: condições climáticas, o equilíbrio social, hospital próximo, confluência de clientes e fornecedores, incentivos fiscais, acesso à transporte, etc.
Quantitativos: são fatores objetivos que podem ser medidos como por exemplo custos de: terreno, material para estruturação e mão-de-obra, imposto, etc.
Neumann e Scalice (2005) relatam que as principais dificuldades encontradas em relação aos fatores, sendo os incentivos ficais, custos, impactos ambientais, acesso a transporte e serviço público, disponibilidade de mão de obra, etc.
De acordo com Neumann e Scalice (2005), as operações produtivas estão associadas a uma rede, a qual fazem parte os clientes e fornecedores, sendo os aspectos que influenciam no produto. A rede de fornecedores permite uma melhor visão de como as empresas estão interagindo, analisando a cadeia de suprimentos. 
No projeto da localização de uma Unidade Produtiva, a importância da configuração da rede é que através desta estrutura fluirão os insumos e produtos fabricados, de seus pontos de origem até os pontos de demanda (NEUMANN; SCALICE, 2005).
Neumann e Scalice (2005) classificam os projetos de redes em dois tipos, de acordo com as operações e interações entre clientes, fornecedores e tudo que flui entre os mesmos:
Rede imediata de fornecimento: constituído por clientes e fornecedores com contato direto com a operação.
Rede total de fornecimento: todos os envolvidos (clientes e fornecedores) que estão interligados.
No projeto deve-se considerar a rede toda da operação. Neumann e Scalice (2005) justificam através de 3 motivos: compreender como competir, perceber as conexões dos nós da rede e ter uma visão a longo prazo na rede.
Neumann e Scalice (2005) relata que a preservação ambiental é um dos elementos avaliados com criticidade quando se trata da escolha da localização, devido as questões sociais e econômicas. Como forma de preservação ambiental, as empresas estão buscando a redução do consumo dos recursos naturais, resultando na diminuição do ar poluído, solo, água e outras atividades.
Segundo Neumann e Scalice (2005), para melhor decisão da localização devem ser utilizadas técnicas referentes aos elementos qualitativos e quantitativos, e os melhores resultados são obtidos com a combinação desses dois elementos. Entre as técnicas, as mais utilizadas são:
Ponderação Qualitativa: essa técnica se fundamenta no levantamento de fatores a qual serão classificados de acordo com a relevância para definição.
Ponto de Equilibro: essa técnica confronta os custos fixos e variáveis para que o ponto de equilíbrio seja designado.
Centro da gravidade: esse método possibilita verificar a localização dentro da rede, avaliando os custos de transporte com objetivo de ser mínimo.
Woiler e Mathias (2008), já se referem a localização como um grande problema para novos empreendedores, pois procurar a melhor localização tem que se levar em conta as receitas e os custos, ou seja, esses dois fatores estão diretamente ligados com a tempo de vida útil da empresa. A maior importância de localizar bem a fábrica é óbvia, pois dela dependerá em parte a capacidade competitiva da empresa no tempo. (Woiler e Mathias, 2008)
De acordo com Woiler e Mathias (2008), deve-se tratar a localização como um problema dinâmico, pois existem consideráveis imperfeições no mercado que são eles: os custos de aquisição, onde é levado em consideração as matérias primas, energia, mão de obra, etc. Os custos de distribuição que estão associados à distribuição dos bens ou serviços para os mercados consumidores; E também existem os custos de transformação associados, esse diz respeito ao investimento que é necessário para fazer o processo ser instalado em determinado lugar. Isto porque a localização influencia pelo menos parcialmente nos gastos de capital e nos custos de operação do processo.
4.2 Técnicas utilizadas
As técnicas utilizadas para determinar a localização foram: Centro de gravidade e Ponderação. Para determinação dos fatores utilizamos os dados do site SEAD através dos dados do IMP (informações dos municípios paulistas).
4.2.1 Centro de Gravidade
Este método que foi utilizado para a localização desta fábrica é o de Centro de Gravidade, onde leva em consideração as localizações existentes de suas principais fontes de insumos e clientes e os volumes a serem transportados entre os locais, o método procura encontrar a centro de gravidade dos pontos que representam os locais existentes.
Para esta empresa foi escolhido 5 cidades de maior população consumidora dos seus produtos, com essas cidades encontraram-se a longitude e a latitude nos eixos X e Y do gráfico para uma representação melhor observada e assim podendo chegar a uma conclusão de qual a melhor localização ótima para este empreendimento.
A figura 10 representa o mapa com as respectivas cidades, sendo nítida a percepção de que Marília é uma boa opção para a instalação, pois está localizada no centro das outras cidades, facilitando assim a distribuição dos produtos por todas as cidades relacionadas com tempo de logística praticamente igual.
Figura 10 - Mapa
Fonte: Os autores, 2018.
A tabela 15 representa os resultados dos cálculos aplicados e o gráfico com as principais cidades escolhidas para a organização, exibindo as coordenadas a qual representam a instalação ideal, sendo esta na cidade de Marília.
Tabela 15- Centro da gravidade.
Fonte: Os autores, 2018.
Tabela 16 - Instalação em coordenadas
Fonte: Os autores, 2018.
A figura 11 representa o gráfico com as respectivas cidades e a instalação ideal, sendo a mesma posicionada na cidade de Marília
Figura 11 - Gráfico "O centro de gravidade"
Fonte: Os autores, 2018.
4.2.2 Ponderação de fatores
Outra técnica utilizada que esta empresa utilizou para determinar sua localização é o Método de Ponderação de Fatores, esse é um método racional de confrontar e avaliar alternativas de macrolocalização, que pondera vários fatores locacionais, este método é considerado bem simples de ser aplicado porem apresenta alguns problemas: julgamento pode ser impreciso, a escala utilizada (notas) pode não ser hábil para captar diferenças reais de custos entre os fatores e a diferença entre dois graus consecutivos de escala pode, em um caso, representar pouco e, em outro, representar muito em termos de consequências medidas em valores monetários.
Mesmo com todos esses fatores apresentados, a empresa escolheu esse método para auxiliar na escolha da sua localização, os fatores levados em consideração foram população, índice de desenvolvimento humano, renda per capita e saneamento básico das regiões. As notas foram lançadas de 1 a 5 de acordo com os dados de melhor desenvolvimento de região pelo IMP.
A tabela 17 permite visualizar melhor todos os dados relevantes para a aplicação deste método com o gráfico e tabela mostrando as cidades escolhidas como provável local de instalação.
Tabela 17 - Ponderação dos fatores
Fonte: Os autores, 2018.
De acordo com as notas atribuídas pelos autores com base no IMP as maiores somas estão localizadas na cidade de Marília chegando aos resultados de 15 para a nota dos 4 fatores e 3,95 para a NxP.
4.3 Conclusão
Levando em consideração os fatores citados à cima, métodos escolhidos para determinar a melhor localização e explicações dos escritores, chegou-se à conclusão de que a melhor cidade para a instalação desta empresa será a cidade de Marilia-SP, pois foi a que apresentou o maior número de público, sendo que fica localizada no centro das outras cidades e possui o maior número de distribuidores dos produtos Lunas. Com isso facilita um possível crescimento maior que o esperado, por estar no centro das outras cidades com uma quilometragem máxima de 40 km para Echaporã, 34 km para Garça, 31 km para Pompéia e 16 km para Vera Cruz. O fato de Marília ser uma cidade mais desenvolvida, há maior facilidade para encontrar mão de obra qualificada dentre as cidades relacionadas, além de favorecer na logística de entrega e recebimento de produtos, poiso transporte utilizado deve ser de baú resfriado, e consequentemente tornará uma logística com maior custo e com um determinado cuidado maior que o atual de outros produtos.
5. Viabilidade Jurídica do Projeto
5.1 Razão Social e nome fantasia 
 
Segundo Coelho (2011), o empresário é a pessoa que organiza determinada atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços. A natureza deste empresário pode ser física, que administra a empresa individualmente ou jurídica, partindo da união de um ou mais administradores, que empregam seus esforços, dinheiro e organizam a empresa em comum acordo. Desta forma, não é correto chamar os administradores da empresa jurídica de empresário, mas sim de sociedade empresária.
A sociedade empresária, possui pelo direito comercial duas formas de admissão, sendo elas: “Sociedade por quotas de responsabilidade limitada (Ltda.)” ou a “Sociedade Anônima (S/A). A Sociedade Ltda. comumente se relaciona a exploração de atividades econômicas de pequeno e médio porte, constituída através de um contrato entre seus sócios (Contrato Social) com o objetivo de ajustarem os seus interesses recíprocos e a distribuição de poder mediante as decisões administrativas. Já a Sociedade Anônima, normalmente se aplica a grandes explorações de atividades econômicas e estabelece seus objetivos e ajustes entre os acionistas em um estatuto. Geralmente, as partes de uma empresa em Sociedade Ltda. são denominadas cotas, enquanto em Sociedade Anônima denomina-se ações (COELHO, 2011).
Até o presente momento, definiu-se a natureza e a sociedade das empresas, apresentando os conceitos superficiais. Porventura, para se definir o nome empresarial é necessário que a natureza e a sociedade estejam previamente definidas, afinal, há critérios para a definição do nome empresarial. Segundo Negrão (2011), as espécies de nomes empresariais são designadas em três divisões: (a) Firma individual; (b) Firma social (razão social) e a Denominação.
A principal diferença entre “Firma e Denominação” está na estrutura e destinação (função), ou seja, a diferença se apresenta na descrição nominativa, onde a “Firma” sempre é composta pelo nome do empresário ou sócios da organização, enquanto “Denominação” utiliza quaisquer expressões linguísticas auxiliadas do seu objeto social. A fim de melhorar o entendimento, trouxe-se um trecho de Coelho (2011), exemplificando acerca dos nomes empresarias:
“O empresário individual, por exemplo, só pode adotar nome empresarial da modalidade firma (individual); a sociedade anônima só denominação; a sociedade limitada pode optar por qualquer uma delas (Firma social ou Denominação)” COELHO, 2011.
Segundo Coelho (2011), o nome empresarial (Razão Social) e a marca (Nome Fantasia) diferenciam-se no comportamento semântico. Onde o nome empresarial é o representante direto, sendo o responsável. A marca representa direta ou indiretamente, os produtos ou serviços que definem a exploração de atividades econômicas.
Desta forma identificou-se que para este projeto a natureza Jurídica é a mais adequada, sendo a Lunas uma ideia advinda dos três autores, em suma, “três sócios”. Seguindo o planejamento de demanda orientado pelo Profº Zamai, a perspectiva inicial se enquadra em uma proposta de exploração de mercado de pequena e médio porte, definindo um regime societário limitado. Desta forma, fez se em comum acordo:
Razão Social: FERREIRA, GOMES & MICHELIN INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA. 
Nome Fantasia: LUNAS INDÚSTRIA FARMACÊUTICA.
Para a utilização desta razão social e nome fantasia, foi realizada uma pesquisa no site da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), indicando que o nome não era utilizado por quaisquer empresas deste ou de outro segmento, vide no anexo I as imagens.
5.2. Estrutura Societária – Organização dos sócios. Contrato Social
A estrutura societária escolhida como mencionada na seção anterior, foi a Sociedade Limitada, variante a Previsão de Demanda realizada para este projeto. Abaixo, segue o regime tributário e o contrato social.
5.3 Regime tributário sobre Pessoa Jurídica
Os regimes tributários seguem os princípios hierárquicos político-sociais, formalizando assim através da lei do direito tributário. Ao passo, iniciaremos esta etapa em forma piramidal, determinando assim, todos os tributos referentes a indústria apresentada.
5.4 Tributos Federais
Os tributos federais se dividem atualmente entre três formas tributarias de pessoas jurídicas ou empresário. Deles, surgem segmentados os regimes tributários que a natureza empresária deverá se submeter de acordo com a margem de lucro bruta por ela estimada. Os principais são: (a)Simples Nacional; (b) Lucro Presumido e (c) Lucro Real. Esta seção tratará de uma explicação simples sobre as espécies de recolhimento de impostos, focando adiante na escolhida pela empresa. Os dados partirão da previsão de demanda, incorporada neste trabalho no capitulo três.
1. Simples Nacional
 Segundo Young (2002), o regime simples especial de tributação fiscal é destinado apenas para o Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP), enquadrando nesta caracterização empresas que possuem receita bruta anual até, respectivamente, R$ 81.000/ano e R$ 4.800.000/ano. Este regime, implica no pagamento mensal em uma guia única (denominada DAS- Documento de Arrecadação do Simples Nacional) determinando como impostos e contribuição de competência federal, estadual e municipal, sendo eles:
· Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ;
· Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza Municipal – ISSQN
· Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços Estadual - ICMS
· Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio Público – PIS/PASEP;
· Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;
· Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS;
· Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;
· Contribuições para a Seguridade Social a cargo da pessoa jurídica, incidentes sobre a remuneração de autônomos, pró-labore SAT, salário educação e terceiros e previdência social incidente sobre o valor comercial de vendas da produção rural.
As empresas inscritas no SIMPLES, deverão apresentar anualmente uma declaração simplificada entregue até o último dia útil do mês de maio. Elas permanecem também dispensadas da escrituração comercial mantendo em ordem o Livro Caixa, Livro de Registro de Inventário e todos os documentos e escrituração dos livros auferidos (YOUNG, 2002). 
Segundo o SEBRAE (s.d.), no novo regime do Simples Nacional valido a partir deste ano, as EPPs que ultrapassarem o valor de R$3.600.000,00 deverão recolher o ICMS e o ISS fora da tabela do Simples Nacional. As alíquotas são determinadas pelas faixas em que o faturamento empresarial se enquadra, tendo em vigor agora em 2018, seis faixas de faturamento com suas respectivas alíquotas, vejamos no quadro a seguir:
Tabela 18: Nova regra do Simples Nacional
Fonte: SEBRAE, s.d. (adaptado).
Desta forma, cabe a cada empresa avaliar seu respectivo faturamento e aplicar a alíquota necessária para arcar com seus impostos, tornando mais fácil o recolhimento tributário denominado Simples Nacional.
2. Lucro Presumido
Segundo Neves, Viceconti e Aguiar (2009), as empresas que desejam optar por esta formulação tributária não deverão conter lucro bruto anual superior a R$ 48.000.000,00 ou um limite proporcional mensal de R$4.000.000,00. Também não pode participar desta formulação tributária bancos, sociedades de crédito (empresas que disponibilizam crédito para os fins imobiliário, título de créditos, câmbio, cooperativas), seguradoras e previdência aberta, não obtendo lucros, rendimentos ou ganhos vindos do exterior.
O lucro presumido deverá seguir seus tributos de acordo com a legislação vigente, não considerando o cálculo do lucro real ou efetivo (exceto quando a empresa contenha ganhos extras financeiros). Na atividade empresarial comercial, por exemplo, a margem de lucro presumida é de 8% da receita bruta,enquanto na prestação de serviços, a margem é de 32%. Desta forma, se o lucro empresarial for maior, a empresa deverá recolher apenas a margem pré-fixada; entretanto se for menor, também. 
3. Lucro Real
Segundo Neves, Viceconti e Aguiar (2009), o lucro real é o resultado do balancete empresarial ajustado em acordo com a legislação do imposto de renda. Em outras palavras, o imposto reflete no lucro líquido empresarial. 
Segundo o Sebrae (s.d.), algumas empresas devem se inserir obrigatoriamente nesta tributação em razão da atividade que exercem (instituições financeiras) ou se possuírem receita bruta anual a R$ 48.000.000,00. Esta forma tributária, deverá calcular o IRPJ e a CSL sobre o lucro efetivo, seguindo as normas previstas em lei. Porém, se a empresa não obtiver lucro, ficará dispensada do recolhimento tributário.
4. Conclusão
A partir da previsão de demanda prevista, teremos uma receita bruta mensal de R$ 121.554,38 gerando uma receita anual de R$ 1.458.652,50 no primeiro ano. Ao passo que se definiu em consenso pelo grupo que o regime tributário escolhido será o que melhor acolha nosso faturamento. Desta forma, a empresa Lunas Indústria Farmacêutica será uma Empresa de Pequeno Porte (EPP), seguindo o regime tributário Simples Nacional.
 5.5 Tributos Estaduais
A Legislação no Art. 155 da Constituição Federal, faz-se dizer que compete aos Estados instituir impostos sobre operações que envolvam a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transportes interestaduais, intermunicipais e de comunicações, ainda que as mesmas se iniciem fora do território nacional. Segundo Salomão (2001), a lei é clara quando relata que o imposto que compete ao Estado incide sobre operações relativas a circulação de mercadorias e prestação de serviços, desde que sejam feitas as movimentações provindas de operações mercantis.
Para entender-se melhor o conceito do imposto, o autor apresenta o significado jurídico dos termos apresentados em lei, vejamos:
“Operações, em termos de Direito, significa negócio jurídico, ou seja, uma manifestação de vontades que cria, modifica ou extingue direitos [...], Circulação, em termos jurídicos, significa mudança de titularidade [...], enquanto Mercadoria, por sua vez, é uma espécie do gênero bens ou produtos. Ela, e não todos os produtos ou bens, é que, quando negociada, gera a incidência daquele imposto. Só é mercadoria, portanto, o bem que é feito ou comprado para ser revendido com fito de lucro” (SALOMÃO, 2001).
Desta forma, fica mais fácil conciliar a lei com o propósito do ICMS, sendo ele um imposto sobre operações mercantis que modifiquem a titularidade da mercadoria negociada, bem como sobre a prestação de determinados serviços (SALOMÃO, 2011).
Segundo a Secretaria da Fazenda (s.d.), para atuar em um ramo de atividade que o imposto é incidido, a empresa deverá se cadastrar no Cadastro de Contribuintes do ICMS, entendo que a taxa do mesmo é de caráter seletivo ao bem ou serviço prestado, não sendo cumulativo (paga-se o valor devido no ato de cada operação ou serviço prestado). O site da Secretária da Fazenda do Estado de São Paulo divulga os valores das taxas na tabela de alíquotas internas e cargas tributárias praticadas pelo estado de São Paulo, elas foram inseridas no anexo II deste capítulo destacando a isenção de fármacos no âmbito Estadual.
Fica reconhecido aqui, que a Lunas Indústria Farmacêutica deverá arcar com o ICMS de 18% da alíquota Estadual, junto com os demais impostos federais na Guia Única de Recolhimento do Simples Nacional.
5.6 Tributos Municipais
Segundo o Código Tributário do Município de Marília atualizado em 26 de fevereiro de 2018, faz-se saber no Artigo 2º do capitulo I, os impostos aplicados pelo município se fundamenta em quatro naturezas, sendo elas: (a) Propriedade Predial Urbana; (b) Propriedade Territorial Urbana; (c) Serviços de qualquer natureza que não recolhem taxas ao Estado; (d) Transmissão de “inter vivos”, a qualquer título,por ato oneroso, de bens imóveis. Entretanto, as taxas municipais se baseiam naquelas atuadas pela polícia Municipal e pela utilização dos serviços prestados pelo município ao contribuinte. 
Desta forma, a Lunas reconhece a partir destas disposições que não recolherá impostos e taxas ao município de Marília, local escolhido para a sede industrial através de embasamento apresentado neste projeto no capitulo 4. 
5.7 Contrato Social
 Nesta seção, será definido um breve resumo incidente sobre o contrato social, contento o mesmo ao final deste capitulo. 
O contrato social contém 3 sócios com participação efetivamente igual e conjunta, com um capital a integralizar de R$ 45.000,00 distribuídos igualmente entre os sócios com 15 mil quotas no valor de R$1,00 cada. O tipo de sociedade escolhida foi Limitada (Ltda.), com o enquadramento tributário refletido sobre as Empresas de Pequeno Porte, ou seja, o Simples Nacional. Os parâmetros escolhidos foram percebidos em consenso a partir do levantamento teórico advindo desta seção, baseando-se na veracidade do planejamento de demanda encontrado no capítulo 3 deste projeto. 
5.8 Legislação Pertinente 
As leis que regem as atividades econômicas proposta baseiam-se em resoluções apresentadas pela vigilância sanitária, bem como obrigações dadas pela legislação em vigor. Não é o âmbito desta seção aprofundar nas resoluções e predisposições, apenas informar quais são aplicadas e como devem ser interpretadas. Segundo o Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (2012), o diretório legislativo que acompanha a indústria farmacêutica se divide em algumas seleções normativas, porventura, para manter o foco no projeto integrado, será discutido apenas as normativas referentes as atividades da Lunas.
· NORMAS AO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA 
Decreto nº 85.88, de 1981: Estabelece normas para o exercício da profissão do farmacêutico, previstas da Lei nº 3.820.
Resolução nº 417, de 2004: Código de Ética do Farmacêutico.
Resolução nº 160, de 1982: Diz respeito ao exercício da profissão farmacêutica.
Resolução 387, de 2002: Regulamenta as atividades do profissional na indústria farmacêutica.
· NORMAS GERAIS A MEDICAMENTOS 
Lei nº 6360, de 1976 e Decreto nº 79094, de 1977: Normas gerais da ANVISA, incluindo o registro de medicamentos.
RDC nº 17, de 2010: Dispõe das Boas práticas de fabricação dos medicamentos.
RDC nº 47, de 2009: Normas para bulas medicamentosas.
RDC nº 71, de 2009: Normas para embalagens.
RDC nº 333, de 2003: Regras sobre nome comercial.
RDC nº 96, de 2008: Dispõe sobre divulgação comercial e publicitária de medicamentos.
RE nº 899, de 2005: Guia para a realização de estudos de estabilidade medicamentosas.
RE nº 37, de 2003: Guia para validação dos dados coletados nos estudos de estabilidade. 
RDC nº 37, de 2009: Admissibilidade de Farmacopeias advindas do exterior. 
RDC nº 138, de 2003: Diz respeito sobre o enquadramento da categoria de venda.
RE nº 1548, de 2010: Categoria de risco as gestantes.
Portaria nº 185, de 1999 e RDC nº 72, de 2004: Informações para importação. 
RDC nº 25, de 2007: Dispõe de terceiros no controle de qualidade.
IN nº 06, de 2007: Guia de notificação para Lotes-Piloto de fármacos.
RDC nº 24, de 2011: Dispõe do registro de medicamentos específicos. 
RDC nº 39, de 2008: Dispõe sobre o registro de produtos biológicos novos ou não, bem como de outras províncias.
· MEDICAMENTOS GENÉRICOS
Lei nº 9.787, de 1999: Estabelece o medicamento genérico, normatizando a nomenclatura e outras providencias.
RDC nº 16, de 2007: Regulamento técnico dos genéricos.
RE nº 896, de 2003: Guia para a prova de equivalência medicamentosa.
RDC nº 47, de 2001: Estabelece normas para diferenciação de embalagens genéricas e demais medicamentos.
RDC nº 99, de 2000: Diz sobre os meios de manter a população informada sobre o registro de medicamentos.
Decreto nº 3.181, de 1999: Dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos.
5.9 Sindicalização 
O sindicato responsável pela Indústria Farmacêutica é o SINDUSFARMA (Sindicato

Continue navegando