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Trabalho de Cunicultura. AGP

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UNIVERSIDADE LICUNGO 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
LICENCIATURA EM AGRO-PECUÁRIA – LABORAL 2 O ANO 
 
3 O GRUPO T/A 
ALZIRA GILBERTO 
AGNALDO PAULO RODRIGUES 
BETUEL ALBERTO GARCIA 
CARIMO GORGES ARMANDO 
 
 
BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE COELHOS: 
ALIMENTAÇÃO, MANEIO SANITÁRIO, GESTAÇÃO E 
MATERNIDADE/PARTOS 
 
 
 
 
 
 
Quelimane 
2021
 
ALZIRA GILBERTO 
AGNALDO PAULO RODRIGUES 
BETUEL ALBERTO GARCIA 
CARIMO GORGES ARMANDO 
 
 
 
 
 
BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE COELHOS: 
ALIMENTAÇÃO, MANEIO SANITÁRIO, GESTAÇÃO E 
MATERNIDADE/PARTOS 
 
 
Trabalho de caracter avaliativo apresentado no 
curso de Licenciatura em Agro-pecuária da 
Faculdade de Ciências Agrarias, na cadeira de 
Avicultura e Cunicultura 
Docentes: dr. Pedro Eduardo Zezema e dra. 
Hermenegilda Petersburgo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quelimane 
2021
Índice 
1. Introdução ............................................................................................................................... 3 
2. Objectivos ............................................................................................................................... 3 
2.1. Objectivo geral .................................................................................................................... 3 
2.2. Objectivos específicos ......................................................................................................... 3 
3. Metodologia ............................................................................................................................ 3 
4. Alimentação dos coelhos ........................................................................................................ 4 
5. Maneio Sanitário..................................................................................................................... 5 
6. Reprodução dos coelhos ......................................................................................................... 7 
6.1. Acasalamento natural .......................................................................................................... 7 
6.2. Inseminação artificial (IA) ................................................................................................... 7 
6.3. Gestação dos coelhos ........................................................................................................... 7 
6.3.1. Parto / Maternidade .......................................................................................................... 8 
6.3.2. Manejo e cuidados pós parto ............................................................................................ 9 
6.4. Causa de abortos na cunicultura ........................................................................................ 10 
6.5. Lactação ............................................................................................................................. 10 
7. Conclusão ............................................................................................................................. 11 
8. Referencias Bibliográficas .................................................................................................... 12 
 
 
 
 
3 
 
1. Introdução 
O presente trabalho tem como tema as boas práticas na produção de coelhos. As boas 
práticas na produção cunicola consistem em um conjunto de princípios, tecnologias, 
normas, práticas e recomendações técnicas que devem ser aplicadas desde a criação dos 
coelhos até a entrega dos produtos ao consumidor. A cunicultura é uma atividade bastante 
viável ao produtor que pode implantar criações intensivas para gerar uma fonte de renda 
familiar ou uma pequena criação na propriedade para consumo próprio da carne, que é de 
ótima qualidade. No entanto, para que se torne uma exploração viável, a criação exige alguns 
cuidados que devem ser observados pelo cunicultor, principalmente os relacionados às 
matrizes, aos filhotes e ao controle sanitário. 
2. Objectivos 
2.1. Objectivo geral 
 Conhecer as boas práticas na produção de coelhos. 
2.2. Objectivos específicos 
 Identificar as técnicas de manejo alimentar, reprodutivo e sanitários dos coelhos; 
 Mencionar as normas de alimentação e exigências nutricionais dos coelhos; 
 Descrever os processos de reprodução, gestação e parto dos coelhos; 
 Entender como é realizada a alimentação do coelho. 
3. Metodologia 
O modelo de pesquisa utilizado na elaboração deste trabalho foi a pesquisa exploratória, que 
engloba a exploração do tema, por meio de levantamento bibliográfico e de pesquisas 
realizadas, uso de internet, a fim de obter as informações necessárias para realização do 
trabalho. A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método descritivo, 
esta opção justifica o facto do método escolhido permitir uma descrição clara e flexível em 
relação as ideias que foram reunidas e analisadas neste trabalho. Enquanto procedimento, o 
trabalho realizou-se por meio da observação indirecta. 
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4. Alimentação dos coelhos 
A alimentação é um processo natural dos animais que envolve a busca, a escolha e o 
consumo de um ou vários alimentos, enquanto a nutrição é resultado da absorção e da 
utilização dos nutrientes, a nível celular, daquele alimento (Ferreira et al 2000). 
Os coelhos são herbívoros e se alimentam de vegetais como as forrageiras, (gramíneas 
e leguminosas) que podem ser: rami, soja perene, alfafa e outros vegetais como, folhas de 
goiabeira e bananeira. Além dos verdes, devemos fornecer-lhes também uma ração 
balanceada, preferencialmente peletizada e de boa procedência, da desmama até entrarem em 
reprodução (Ferreira et al, 2000). 
Não devemos fornecer alimentos farelados pois o coelho pode inalar algum fragmento, 
causando um quadro de pneumonia por aspiração. O ideal é fornecer cerca de 90 gramas por 
dia de racção para coelhos, machos e fêmeas jovens que entrarão em reprodução. Para as 
fêmeas paridas, deve-se fornecer cerca de 140 gramas por dia de ração, mais um adicional de 
60 gramas por filhote a partir da terceira semana de vida dos coelhinhos (Ferreira et al, 2000). 
Coelhos comem mais durante a noite, por isso, deve-se oferecer água fresca e limpa, 
preferencialmente encanada, além de forragem de alta qualidade como alfafa ou rami. Eles 
devem ter água potável à disposição 24 horas por dia, preferencialmente em bebedouros tipo 
Niple. 
Quantidades a serem fornecidas: 
a) Matriz em gestação consome de 200 a 220 gramas/dia; 
b) Láparo do 22º dia após o nascimento até o desmame, 40 a 60 gramas/dia. 
c) Do desmame até o abate, de 100 a 120 gramas/dia. 
d) Matriz lactante, com sete láparos, de 400 a 420 gramas/dia. 
e) Reprodutores e matrizes vazias 170 a 200 gramas/dia. 
A distribuição da ração deverá ser realizada de manhã e à tarde em horas mais ou 
menos certas. Não é adequado que se forneça a ração somente uma vez por dia, pois assim os 
comedouros ficam cheios, favorecendo o desperdício por parte dos animais. É importante que 
o fornecimento seja fracionado, sendo oferecido metade pela manhã e metade ao final da 
tarde. Alguns animais têm o hábito de jogar ração fora, aumentando o desperdício. Neste caso 
5 
 
é recomendado a utilização de comedouros mais profundos ou adaptar arame disposto de 
forma perpendicular ao comprimento do comedouro (Chaiben e Franco de Souza, 2011). 
5. Maneio Sanitário 
 De acordo com Zapatero (1997), para se obter bons resultados de desempenho dos 
animais, é fundamental realizar um bom manejo sanitário, evitando-se o aparecimento de 
doenças e combatendo-as de forma eficaz quando surgirem, antes de ocasionarem grandes 
prejuízos. É importante observar sempre sinais de enfermidade, como queda de apetite, 
alterações de pelagem, apatia, orelhas caídas ou comportamento isolativo. 
O processo de higienização visa à manutenção de elevadas taxas de produtividade e ocontrole de micro-organismos no interior do pavilhão. É dividido em duas etapas: a limpeza e 
a desinfecção. A etapa de limpeza consiste na eliminação de grande parte da matéria orgânica 
(pelo e dejetos) e inorgânica (depósitos de sais provenientes da urina e da água) (idem). 
Segundo Domingues, e Langoni (2001), a seguir estão listadas algumas medidas que 
devem ser observadas na prevenção de várias doenças que podem acometer o plantel: 
a) As valas devem ter drenagem eficiente; no verão fazer remoção das fezes quando o 
cheiro de amônia for acentuado; 
b) Observar correta densidade animal (para gaiolas, comedouros e bebedouros. 
c) Separar animais por faixa etária: reprodução, recria e engorda; 
d) Estar atento aos níveis nutricionais adequados e evitar mudanças bruscas na 
alimentação; 
e) Executar a desinfecção periódica da granja; 
f) Peneirar toda a ração fornecida aos animais, bem como as sobras dos comedouros; 
g) Utilizar ninhos adequados para as condições da instalação e para as condições 
climáticas da região, verificando e limpando ninhos diariamente, trocando quando 
necessário; 
h) Desinfetar os ninhos após a retirada; 
i) Combater insetos da granja; 
j) Controlar umidade, temperatura e ventilação, evitando problemas respiratórios; 
k) Evitar estresse dos animais, evitando principalmente o barulho; 
l) Desinfecção regular nas gaiolas dos reprodutores, cestos para transporte e utensílios 
usados no manejo dos animais; 
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m) Utilizar chama direta, com auxílio de lança-chamas, periodicamente, sobre as gaiolas, 
paredes, telas laterais. Para retirar o coelho da gaiola a ser queimada, pode-se utilizar 
gaiola móvel. A periodicidade poderá ser de seis meses. 
n) Após qualquer ocorrência de ordem infecciosa, lavar o chão, paredes e locais anexos à 
granja; 
o) Qualquer matriz ou reprodutor que provenha de outra exploração deve ser submetido a 
quarentena, cuidadosa inspeção sanitária e deve ser adquirido de fornecedor idôneo, 
que deverá informar: idade, processo de criação, programa de alimentação e programa 
profilático adotado. Animais doentes também deverão ser isolados em quarentena. 
p) Quando possível, usar pedilúvio na entrada da granja, com anti-séptico; 
q) Combater ratos; 
r) Implementar controlo bacteriológico periódico da água; 
s) Utilizar uma fossa séptica eficiente longe das instalações, para receber animais mortos 
A desinfecção periódica deve ocorrer quatro vezes por ano. Há dois métodos: 
 Promover a queima da gaiola com o uso de lança-chamas a gás; 
 Pulverizá-la com produto desinfetante (vendido em lojas de agropecuária). 
O esterco do coelho é responsável muitas vezes pelo aparecimento de doenças, por 
isso deve ser guardado em esterqueiras próprias. Apesar de ser excelente adubo, nunca deverá 
ser aproveitado nos terrenos destinados á plantação alimentos destinados aos próprios 
coelhos, pois, em caso de doenças como a coccidiose, seria muito fácil a sua disseminação 
entre os animais. (Domingues, e Langoni, 2012, 214p), 
Segundo Domingues, e Langoni (2012, 214p), para a desinfecção, podemos utilizar diversos 
produtos, tais como: 
Cal: barata, de fácil aquisição e bastante eficiente. 
Creolina: utilizada como desinfetante, deve ser dissolvida em água na proporção de 5%. 
Biocid (nome comercial para iodo): utilizado para desinfecção de pisos, bebedouros e 
comedouros, pode ser usado para pulverização da instalação. 
 
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6. Reprodução dos coelhos 
Os coelhos machos e fêmeas estarão prontos para a reprodução a partir dos 5 meses de 
idade (animais da raça Nova Zelândia Branco), lembrando-se que estes devem ser separados 
logo depois do acasalamento, a fim de evitar brigas (Botelho, 2017). 
6.1. Acasalamento natural 
Para esta forma de acasalamento a fêmea deve ser levada à gaiola do macho. Este ao 
perceber a presença da fêmea irá prontamente tentar realizar a cobertura. Deve-se sempre 
verificar se houve acasalamento, o que pode ser feito pela observação de um movimento 
característico do coelho após a monta, que é o de cair para o lado. Após a cobertura retiramos 
imediatamente a fêmea e a levamos para a sua gaiola (Botelho, 2017). 
6.2. Inseminação artificial (IA) 
Esta técnica vem sendo utilizada na Europa em larga escala como uma tecnologia de 
aumento da eficiência da indústria cunícola. Todavia, em nosso país a IA em coelhos ainda 
não é utilizada, mesmo sabendo-se de suas vantagens. As principais vantagens no uso desta 
técnica são: a redução do número de machos necessários no plantel, o monitoramento da 
qualidade do sêmen, a possibilidade de agendamento de práticas de manejo reprodutivo para 
dias fixos da semana, além do controle de doenças transmissíveis pela cópula (Botelho, 2017). 
6.3. Gestação dos coelhos 
De acordo com Chaiben e Franco de Souza (2011), a gestação é proveniente da 
fecundação do óvulo pelo espermatozoide, formando o ovo. Seu início é marcado pela fixação 
desses ovos no útero, que passam pela fase de embrião e transformam-se em fetos. No sétimo 
dia da gestação, os embriões fixam-se nas paredes do útero e inicia-se a formação da placenta, 
cuja função é proteger e alimentar os embriões por meio do sistema circulatório materno. 
O período de gestação varia de 29 a 35 dias e é afetado pela raça, tamanho da ninhada 
e idade dos reprodutores. Ao longo desse período, o desenvolvimento do embrião é desigual, 
ocorrendo lentamente no início e rapidamente no final da gestação, sendo observado maior 
desenvolvimento nos últimos dez dias. Na semana que antecede o parto, os níveis de 
progesterona diminuem acentuadamente, alterando o comportamento da fêmea. De dois a três 
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dias antes do parto, ela arranca os pelos da barriga para confeccionar o ninho para a parição e 
facilitar a amamentação (Chaiben e Franco de Souza, 2011). 
Durante a gestação, a anatomia das fêmeas é alterada. O útero aumenta de volume e 
sua forma, localização e consistência são modificadas. Esse aumento é responsável pelas 
fêmeas tornarem-se mais lentas e defenderem-se dos machos que tentam o acasalamento. As 
mamas também aumentam de volume e elas procuram locais mais escuros e sossegados. 
Outras modificações também ocorrem durante a gestação: digestão mais ativa (motivo pelo 
qual as gestantes têm mais apetite e engordam com facilidade); temperatura elevada; aumento 
da secreção urinária e láctea; e respiração mais acelerada. A alimentação das gestantes deve 
ser composta de alimentos nutritivos, proteicos e ricos em diversas vitaminas. Associadas a 
uma ração balanceada, as forragens verdes contribuirão para uma alimentação mais completa 
(Chaiben e Franco de Souza, 2011). 
Após o desenvolvimento do feto dentro do útero, ocorre o parto. Neste momento, 
mudanças hormonais acontecem. A progesterona, responsável pela inibição das contrações 
uterinas desaparece e a ocitocina, responsável pela aceleração das contrações é liberada 
(idem). 
Aconselha-se a apalpação após 15 dias da cobertura para se ter certeza da prenhez. 27 
dias após o primeiro acasalamento colocamos um ninho dentro da gaiola, para que a fêmea 
tenha ali os seus filhotes. Pode ser um simples caixote de 50x30cm, e de preferência, com 
uma tampa. Sua parte da frente deve ser aberta, tendo apenas um parapeito de 15 cm de altura 
para evitar que os láparos consigam sair dele, nos primeiros dias. O ninho deve ter uma 
camada de palha ou capim bem seco e cortado em pedaços de 10 cm a 15cm no máximo, para 
evitar que os coelhinhos fiquem debaixo dele e não possam sair para mamar, chegando a óbito 
por fome (idem). 
6.3.1. Parto / Maternidade 
O parto ocorrerá entre o 28º e o 34º dia após a cobertura (dependendo da raça). Sendo 
que a fêmea apresenta um comportamento muito característico na véspera ou no dia do parto 
que é o de arranca os pelos do peito e da barriga para aquecer os filhotes e descobrir as 
mamas. Quando observarmos que o ninho está coberto poruma camada de pêlos e a coelha 
está calma é sinal de que o parto já terminou (Mello e Silva, 2003 p.23-49/ 61-70) 
9 
 
Em geral, o parto ocorre de madrugada e dura aproximadamente 30 minutos, com 
intervalo entre o nascimento de cada láparo de 1 a 5 minutos. Geralmente, a fêmea fica de 
cócoras e, à medida que os láparos nascem, ela corta o cordão umbilical e lambe os filhotes 
para limpá-los. Após o nascimento do último láparo, a placenta é expulsa e ingerida pela 
fêmea para evitar a vinda de animais. Durante o parto, deve-se evitar a presença de outros 
animais que podem irritá-las. Além disso, quando o parto ocorre com barulho e falta de água, 
pode ocorrer o canibalismo ou o abando da cria (RIOS et al., 2011). 
 
Figura 1: Láparos após nascimento. Fonte: <http://acorlap.blogspot.com/2008/11/lparos-com-12-dias-de-
vida.html>. Acesso em: 10 de outubro. 2021 
Após o parto, fazer a limpeza e desinfecção do ninho, com água clorada ou iodo. 
Coloque, então, pó-de-serra fino no ninho. As crias devem permanecer, com a mãe, durante 
30 a 35 dias. Os láparos (como são chamados os filhotes) começam a comer alimentos sólidos 
de 18 a 21 dias, além do leite materno. A fêmea deve ser coberta novamente no 29º dia após o 
parto (não se deve tirar mais que 5 a 6 crias por ano). As crias devem ser colocadas nas 
gaiolas de engorda, para o abate, aos 70 dias de vida, com peso médio de 2,2 quilos (idem). 
6.3.2. Manejo e cuidados pós parto 
Os filhotes nascem com 60 a 80 gramas: sem pelos, com olhos e orelhas fechados e 
com dentes incisivos. Abrem os olhos apenas no décimo dia e ingerem alimento sólido com 
15 dias. (Couto, 2002). 
 Em uma ninhada a média de filhotes é de 6 a 8. Em ninhadas maiores que 10 o ideal é 
transferir os filhotes a outras fêmeas com menos que 8 com 2 a 3 dias de diferença entre eles 
(Ferreira et al, 2012). 
10 
 
O técnico deve fazer a verificação dos ninhos diariamente para retirar possíveis 
filhotes mortos, que estejam muito fracos ou que tenham nascido com algum tipo de defeito. 
É muito importante o manuseio dos láparos com muito cuidado e delicadeza. O técnico deve 
sempre estar com mãos limpas e esfregá-las no material do ninho antes de manipular os 
láparos para que ao devolvê-los não haja rejeição e canibalismo por parte da mãe (Couto, 
2002). 
6.4. Causa de abortos na cunicultura 
O aborto é a expulsão dos fetos antes do seu desenvolvimento normal ou suficiente 
para que possam viver, ou seja, antes do seu estado de viabilidade. Embora relativamente 
raro, as coelhas podem ter seus filhos antes do tempo normal, podem não arrancar os pêlos e o 
criador encontrar os láparos mortos, espalhados pelo chão da gaiola, pois anda não estava nos 
dias para a colocação dos ninhos (Mello e Silva, 2003 p.23-49/ 61-70) 
Várias são as causas que podem provocar o aborto. Entre elas, podemos destacar, 
doenças diversas, calor excessivo, fêmeas acasaladas com machos com blenorragia, sustos 
devidos a barulhos súbitos e fortes, como gritos e tiros, presença de outros animais como cães, 
gatos, etc, coelhas muito novas, acasalamentos com machos muito novos; - intoxicações 
alimentares ou medicamentosas; - prisão de ventre por defeito na alimentação, como o abuso 
de grãos ou farelos; má qualidade dos alimentos; - gordura excessiva. (Mello e Silva, 2003 
p.23-49/ 61-70) 
Quando uma coelha aborta e o criador não sabe a causa, ela deve ser isolada, colocada 
em local tranquilo e receber uma alimentação sadia e nutritiva. Coelhas que abortarem duas 
vezes seguidas, devem ser eliminadas da reprodução. Quando a causa do aborto não for 
infecciosa ou por doença, a coelha pode ser acasalada de 24 a 72 horas após o parto. 
6.5. Lactação 
As coelhas possuem 4 a 5 pares de tetas e produzem de 4 a 8 litros de leite por dia. 
Amamentam seus filhotes de uma a duas vezes por dia no máximo, quando não há pessoas 
por perto. O ambiente dever ser calmo com água fresca e alimentação adequada. (ferreira; w, 
n. Et al, 2012). É importante que o ninho não tenha mais que 8 láparos pois devido ao número 
de tetas que podem varias de 8 a 10, alguns filhotes podem mamar menos ou ficar sem mamar 
e não se desenvolverem ou até morrerem (Ferreira; w, n. Et al, 2012). 
11 
 
7. Conclusão 
Terminado o trabalho percebeu-se que a criação de coelhos parece ser simples, mais é de 
muita importância saber dos cuidados ao exercer essa atividade, principalmente aos cuidados 
com o bem-estar do animal que está relacionando com a higiene e com alimentação não pode 
ser ignorado pelo produtor, pois, apesar de ser uma atividade simples, ela exige alguns 
cuidados, especialmente os relacionados à higiene, a alimentação e desinfecção das 
instalações, quando ignorados, podem levar o animal a contrair doenças e fazer a produção 
cair. É Necessário um bom manejo desses animais a partir do momento em que eles nascem, 
como os cuidados do ambiente onde os láparos estão inseridos, sua nutrição até a maturidade 
sexual, e a escolha da melhor técnica reprodutiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Referências Bibliográficas 
Domingues, F. P. e Langoni, F. (2001). Manejo sanitário animal. Rio de Janeiro: EPUB, 
214p. 
Chaiben, Gabrielle e Franco de Souza, Consentino (2011). Criação de coelhos: Cunicultura. 
Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR 
Ferreira, et al (2000). Fundamentos da nutrição de coelhos. Escola de Veterinária da UFMG - 
Apostila didática, MG,. p.01-99, 
Mello, H. V. e Silva, J. F. (2003). Criação de coelhos. Editora Aprenda Fácil, Viçosa, MG, 
p.23-49/ 61-70. 
Rios, Daniel Macedo et al. (2011). Manual de cunicultura. 46 f. Trabalho acadêmico 
(Graduação em Engenharia Agronômica) – Universidade do Estado da Bahia, Barreiras. 
Zapatero, Juan Martin Molinero. (1997). Coelhos: alojamento e maneio. 3. Ed. Lisboa: Litexa 
Portugal. 267p. 
Botelho L, F, R. (2017). Manejo reprodutivos dos coelhos: Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Norte De Minas Gerais, Campus Almenara.” Disciplina: Apicultura, 
Cunicultura e Piscicultura. 
Couto; S, E, R., (2012). Criação e manejo de coelhos. Disponivel em Scielo Books . Editora 
Fiocruz. Rio De Janeiro – Rj, Brasil, 2002.

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