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Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período Metodologia Cientifica Validade interna e externa, PBE e o texto científico Aula 9 Validade interna »Relacionada ao grau de certeza que a variável independente é a única explicação viável para os resultados verificados na variável dependente »Ao elaborar um projeto de pesquisa: necessário indicar quais procedimentos serão adotados para controlar vieses »Uma das estratégias para aumentar a validade interna é o grupo controle. »O grupo controle, não é submetido a variável independente. »Grupos são afetados pelas mesmas variáveis externas e diferem entre si somente em função da variável independente »O procedimento para controlar os vises é a distribuição aleatória e homogênea. »É necessário escolher instrumentos adequados, que apresentem confiabilidade e validade »Procedimentos para controlar vieses: cegamento Validade externa »Se refere à capacidade de podermos generalizar os resultados, obtidos com a nossa amostra, à população »Para garantir validade externa é necessário que a amostra seja selecionada de forma aleatória e ampla »Fatores que ameaçam a validade externa: •Amostra é particular ou muito especial •Efeitos reativos da situação experimental - pesquisa apresenta certo grau de artificialidade • Interferência de tratamentos múltiplos Metodologia Cientifica Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período Prática Baseada em Evidência PBE »A PBE apresenta 3 pilares: -Evidência clínica de alta qualidade: para tomar uma decisão clínica, deve ser levado em consideração as pesquisas clinicas mais recentes que sejam relevantes a pesquisas. Para determinar qual será o teste diagnostico utilizado, baseado na acurácia, no poder de marcadores de prognostico e qual a eficácia e segurança de estratégias de intervenção. -Experiência clínica: a experiencia do profissional deve ser levada em consideração. Identifica a melhor maneira de implementar as evidencias na pratica clinica -Preferências dos pacientes *Os três pilares são igualmente importantes Benefícios do PBE »Aumento da eficiência da oferta do serviço »Melhora a comunicação entre a equipe »Melhora relação com agências reguladoras do serviço de saúde »Evita efeitos prejudiciais »Credibilidade do profissional Utilização da PBE »Deve ser utilizada para: -Fornece melhor qualidade do cuidado e melhores desfechos -Pode melhorar custo-benefício de cuidados em saúde -Aumenta a autoconfiança do profissional -Atende às expectativas de um público informado »Porém, a implementação da PBE na prática clínica tem sido irregular e inconsistente em termos de qualidade -Pacientes recebem tratamento baseado em evidência apenas 55% do tempo –Leva-se cerca de 15-20 anos para se ter evidência dentro da prática -13-53% de profissionais reportaram usar pesquisa para tomada de decisão clínica Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período Barreiras do PBE »Volume excessivo »Tempo insuficiente »Pouco domínio do inglês »Fraca capacidade para interpretar os resultados »Falta de recursos organizacionais »Maior valorização da experiência clínica Base de dados PEDro Passos para PBE 1. Converter a informação necessária em perguntas clínicas PICO 2. Buscar a evidência »Efeito placebo »Pacientes educados, podem querer agradar »Recuperação natural »Flutuações na gravidade da doença »O que constitui evidência? Efeitos de intervenção: Guias clínicos, revisões sistemáticas, ensaios controlados aleatorizados Experiências: Revisões sistemáticas, pesquisas qualitativas Prognóstico: Revisões sistemáticas, estudos de coorte/caso-controle, ensaios clínicos Diagnóstico: Revisões sistemáticas, transversal »Palavras na pergunta PICOts »Utilizar palavras do dicionário específico da base de dados »Combinar suas buscas com “AND” »Restringir a busca: tipo de estudo, data 3. Criticar a evidência (validade e aplicabilidade) →Escala PEDro https://pedro.org.au/wp- content/uploads/PEDro_scale_portugue se(brasil).pdf »Validade interna (critérios 2-9), e poderão conter suficiente informação Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período estatística para que os seus resultados possam ser interpretados (critérios 10-11) »Um critério adicional (critério 1) que diz respeito à validade externa (ou “potencial de generalização” ou “aplicabilidade” do estudo clínico »Os critérios de elegibilidade foram especificados -Origem dos participantes -Critérios de elegibilidade -Esse item não é utilizado para o cálculo do escore -Validade externa »Os sujeitos foram aleatoriamente distribuídos por grupos -Descrição de distribuição aleatória dos participantes -O método de aleatoriedade não precisa de ser explícito »A alocação dos sujeitos foi secreta -Distribuição cega: a pessoa que determinou a elegibilidade do sujeito para participar no estudo desconhecia, quando a decisão foi tomada, o grupo a que o sujeito iria pertencer »Inicialmente, os grupos eram semelhantes -Estudos de intervenções terapêuticas: ao menos uma medida da gravidade da condição a ser tratada e uma (diferente) medida de desfecho resultado-chave que caracterize a linha de base -O examinador deve assegurar-se de que, com base nas condições de prognóstico de início, não seja possível prever diferenças clinicamente significativas dos resultados, para os diversos grupos »Todos os sujeitos participaram de forma cega no estudo »Todos os terapeutas que administraram a terapia fizeram-no de forma cega »Todos os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave, fizeram-no de forma cega »Mensurações de pelo menos uma medida de desfecho que foram obtidas em mais de 85% dos participantes inicialmente distribuídos pelos grupos -Deve-se referir explicitamente tanto o número de sujeitos inicialmente alocados nos grupos como o número de sujeitos a partir dos quais se obtiveram medidas de desfecho »Todos os participantes receberam o tratamento ou a condição de controle conforme a alocação ou, fez-se a análise dos dados por “intenção de tratamento” -Intenção de tratamento: quando os sujeitos não receberam tratamento (ou a condição de controle) conforme o grupo atribuído, a análise foi efetuada como se tivessem recebido o Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período tratamento (ou a condição de controle) que lhes tido sido atribuído inicialmente »Os resultados das comparações estatísticas intergrupos foram descritos para pelo menos um desfecho -Comparação estatística de um grupo com outro -Simples comparação dos resultados medidos após a administração do tratamento, ou a comparação das alterações num grupo em relação ao outro »O estudo apresenta tanto medidas de precisão como medidas de variabilidade para pelo menos um desfecho -Medida de precisão: medida da dimensão do efeito do tratamento (média ou mediana) -Medidas de variabilidade: desvios- padrão, erros-padrão, intervalos de confiança, amplitudes interquartis, e amplitudes de variação -Pode ser dado graficamente 4. Integrar evidência com habilidades + características do paciente »Os participantes do estudo são similares aos meus pacientes? »As intervenções foram aplicadas apropriadamente? A intervenção do estudo pode ser similar à minha intervenção? »Os desfechos avaliados são úteis/relevantes? 5. Avaliar sua eficiência em conduzir os passos anteriores »Pergunto a mim mesmo o porquê das minhas condutas clínicas? »Discuto com colegas as bases que justificam nossas decisões clínicas? »Realizo perguntas clínicas? As perguntas são bem formuladas? »Realizo busca científica? »Conheço diferentes bases de dados? »Minha busca é eficaz? Tem se tornado mais eficaz? » Faço a leitura de artigos científicos? »Incentivo a leitura de artigos científicos? »Utilizo os resultados de pesquisacientífica de alta qualidade para justificar ou mudar minha prática? » Utilizo os resultados de pesquisa científica de alta qualidade para resolver discordâncias entre colegas no meu ambiente de trabalho? »Já fiz avaliação da minha capacidade em implementar PBE? »Quais aspectos relacionados a minha execução da PBE estão deficitários? »Quais estratégias posso adotar para melhorar minha eficiência em realizar PBE? Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período
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