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DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro AULA 01 - Evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) –princípios, diretrizes e arcabouço legal. 1500-1822/BRASIL COLÔNIA Antes de tecer maiores comentários sobre tal época histórica, é importante esclarecer que somente nos momentos em que determinadas endemias ou epidemias se apresentavam como importantes em termos de repercussão econômica ou social dentro do modelo capitalista proposto é que passaram a ser alvo de uma maior atenção por parte do governo, transformando-se pelo menos em discurso institucional, até serem novamente destinadas a um plano secundário, quando deixavam de ter importância. Em que pese essa situação de interesses políticos x saúde seja presente até os dias atuais, hoje, com a institucionalização do SUS, temos legislações que traçaram procedimentos ordinários, retirando das mãos dos gestores a ampla discricionariedade que possuíam, sendo necessário, atualmente, obedecer ao principio da legalidade e ao que a Lei institui. Pois bem, no que tange ao Brasil colônia uma das características mais marcantes e cobradas em prova é que A “SAÚDE” ERA SOLUCIONADA, PRIMORDIALMENTE, PELA RELIGIÃO: • PAJÉS • PADRES JESUÍTAS POSTERIORMENTE SURGIU A PRÁTICA DO CURANDEIRISMO • Físicos • Cirurgiões barbeiros É importante compreender que havia naquela época doenças pestilenciais, ou seja, de fácil transmissão. CARACTERÍSTICAS DA ÉPOCA: • Ausência de saneamento básico; • País agrário extrativista, ou seja, muita exportação por navios, o que acarretava em alta incidência de transmissão de doenças; • Medicina liberal (Curandeiros); • Alto preço dos remédios e drogas, uma vez que eram exportados de Portugal; 1808 – CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA Houve a LIMPEZA do Rio de Janeiro, para que a família real não convivesse com “doenças”. Essa época foi CONSIDERADA O INÍCIO DAS POLÍTICAS INTERVENTIVAS VOLTADAS PARA SAÚDE, o objetivo era controlar epidemias e proteger a família real portuguesa; Ex: Controle de navios e saúde dos portos; Houve, também, no Rio de Janeiro, o que denominamos de profilaxia, ou seja, urbanização da cidade/início do processo de saneamento. (rede de esgoto, cemitérios e outros). 1889-1930/ REPÚBLICA VELHA Em razão da imigração, as doenças se proliferaram e houve um predomínio de doenças transmissíveis. O povo passou a aglomerar-se e diante das precárias condições de saneamento básico as doenças eram transmitidas com muita facilidade. DOENÇAS PREDOMINANTES NA ÉPOCA: DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro • FEBRE AMARELA; • VARÍOLA; • TUBERCULOSE; • SÍFILIS; • ENDEMIAS RURAIS. Durante a república velha o cenário econômico do país sofreu algumas mudanças, pois houve o surgimento das primeiras indústrias e a forma de aglomeração social interferiu na proliferação de doenças. Naquela época a teoria predominante era a TEORIA MIASMÁTICA. A formulação da teoria miasmática, que se consolidou a partir do século XVII, se manifestou, no entanto, por uma interpretação de mundo radicalmente distinta daquela que possuía medicina grega. A teoria da constituição epidêmica centrava-se sobre os fenômenos atmosféricos, recuperando o estudo das mudanças das estações, dos ventos etc. Em resumo, podemos afirmar que a teoria miasmática acreditava que a proliferação de doenças ocorria somente pelo ar, de sorte que, se determinada região “estivesse contaminada”, bastava evitar aquela região que evitar-se-ia o contágio. CARACTERÍSTICAS DA ÉPOCA: • Instalação do capitalismo; • Condições precárias de trabalho; • Alto índice de Mortalidade e Mutilações; 1904/REVOLTA DA VACINA Com o intuito de diminuir os riscos da Varíola, com interesse meramente econômico, o Governo do Rio de Janeiro/RJ instituiu a VACINAÇÃO, pela a Lei Federal nº 1261, de 31 de outubro de 1904. A vacinação era feita pela brigada sanitária Foram adotadas medidas jurídicas impositivas, ou seja, os profissionais entravam na casa das pessoas e vacinavam todos que lá estivessem, OBRIGATORIAMENTE. As pessoas temiam as vacinas e acreditavam que a vacinação poderia matá-los. Embora as arbitrariedades e os abusos cometidos pelos representantes da República, o modelo campanhista obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, conseguindo inclusive erradicar a febre amarela da cidade do Rio de Janeiro, o que fortaleceu o modelo proposto e o tornou hegemônico como proposta de intervenção na área da saúde coletiva saúde durante décadas. AULA 02 - 1920 – CARLOS CHAGAS Em 1920 Carlos Chagas assumiu o cargo outrora ocupado por Oswaldo Cruz, ele reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, focando suas ações na educação sanitária e propaganda educativa da população. 1923 - LEI ELÓI CHAVES CAP – CAIXAS DE APOSENTADORIA E PENSÃO Inicialmente os benefícios se destinavam aos ferroviários, categoria de empregados mais vulneráveis aos riscos de acidente e ao desgaste físico e, portanto, mais suscetíveis à perda ou à redução da capacidade laboral. Em 1926 foi estendido aos portuários e marítimos. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro MARCO INICIAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – “EMBRIÃO” O Estado não participava propriamente do custeio das Caixas, que de acordo com o determinado pelo artigo 3o da lei Eloy Chaves, eram mantidas por : empregados das empresas (3% dos respectivos vencimentos); empresas (1% da renda bruta); e consumidores dos serviços das mesmas. (OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1989) No período anterior a 1930 apenas às Santas Casas e Instituições de caridade ofereciam assistência médica a quem não podia pagar. ANTES DA CONSTITUIÇÃO/1988 o Estado não adotava uma posição intervencionista, mas LIBERAL. HAJA VISTA A IDEOLOGIA LIBERAL O ESTADO APENAS ATUAVA QUANDO A INICIATVA PRIVADA OU O PARTICULAR SOZINHO NÃO PODIA. 1930 a 1945 - ERA VARGAS Suspendeu as aposentadorias das CAPs, substituindo-as pelo Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), que eram autarquias de nível nacional centralizadas no governo federal. Dessa forma, a filiação passava a se dar por categorias profissionais, diferente do modelo das CAPs, que se organizavam por empresas. Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, com desintegração das atividades do Departamento Nacional de Saúde Pública (vinculado ao Ministério da Justiça) Em 1937 passou a se chamar Ministério da Educação e Saúde. Em 1953 foi criado o Ministério da Saúde 1964 a 1985 - DITADURA MILITAR As mudanças políticas e econômicas que ocorreram no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, período em que o movimento de derrubada da ditadura militar aumentou expressivamente, determinaram o esgotamento desse modelo sanitário. Essas crises e o processo de redemocratização do país determinaram novos rumos nas políticas públicas e fizeram surgir, na arena sanitária, sujeitos sociais que propagavam um modelo alternativo de atenção à saúde. Ao aumentar substancialmente o número de contribuintes e consequentemente de beneficiários, era impossível ao sistema médico previdenciário existente atendera toda essa população. Diante deste fato, o governo militar tinha que decidir onde alocar os recursos públicos para atender a necessidade de ampliação do sistema, tendo ao final optado por direcioná-los para a iniciativa privada. Foi então que houve a criação do INAMPS Criação, pelo Regime Militar, do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). A finalidade era prestar atendimento médico SOMENTE aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. 1970 – LUTA CONTRA DITADURA – REFORMA SANITÁRIA O povo clamava por MUDANÇAS GRITANTES na área da Saúde, em especial pela implementação de 03 pilares, quais sejam: DESCENTRALIZAÇÃO DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro As mudanças políticas e econômicas que ocorreram no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, período em que o movimento de derrubada da ditadura militar aumentou expressivamente, determinaram o esgotamento desse modelo sanitário. Essas crises e o processo de redemocratização do país determinaram novos rumos nas políticas públicas e fizeram surgir, na arena sanitária, sujeitos sociais que propagavam um modelo alternativo de atenção à saúde. Em 1977, o Governo instituiu, por meio de Lei, o SISTEMA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA – SINPAS, a fim de congregar: • INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL (IAPAS) • INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (INAMPS). • INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – (INPS) 1978 – DECLARAÇÃO DE ALMA ATA A Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs a seguinte meta: “Saúde para Todos no ano 2000”. Houve a expedição de um documento como produto da I Conferência Internacional sobre Atenção Primária à Saúde que ficou conhecida, portanto, como “Declaração de Alma Ata”. Neste documento, a definição de saúde coincidia com a defendida pela OMS, a saber, “completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”, e a defendem como direito universal e como a principal meta social de todos os governos. 1981 – CRIAÇÃO DO CONASP CONASP (Conselho Consultivo de Administração de Saúde Previdenciária) para melhorar a qualidade da assistência e equilibrar as ações ofertadas à população urbana e rural. O CONASP, criado pelo Decreto nº 86.329, como órgão do Ministério da Previdência e Assistência Social, deveria operar como organizador e racionalizador da assistência médica e procurou instituir medidas moralizadoras na área da saúde (BRASIL, 2011) PREVENIR É MAIS BARATO QUE REMEDIAR. AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE (AIS) – marco que traz o conceito de atenção primária - 1983 1986 - 8ª. CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (CNS) TEMA: Democracia é Saúde; FÓRUM de luta pela descentralização do sistema de saúde e pela implantação de políticas sociais que defendessem e cuidassem da vida. Foi a primeira conferência que permitiu participação popular e teve apoio do governo. 1987 – SISTEMA UNIFICADO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE SISTEMA UNIFICADO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE – SUDS UNIVERSALIZAÇÃO PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro Funcionou como uma preparação para criação do SUS, descentralizando competências para Estados e Municípios. ATENÇÃO!!!! A 8ª. Conferência Nacional de Saúde (CNS) NÃO criou o SUS, PORÉM lançou os fundamentos da proposta do SUS. Defendeu a garantia da saúde como direito social irrevogável e a garantia dos demais direitos humanos e de cidadania. 1988 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA REPÚBLICA CRIOU/ INSTITUCIONALIZOU O SITEMA ÚNICO DE SAÚDE ARTS. 196 – 200 CONASS E CONASEMS – PARTICIPAÇÃO POPULAR Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS) Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) 1990 – LEGISLAÇÕES INFRACONSTITUCIONAIS Lei 8.080/1990 – Regulamentou o SUS Lei 8.142/1990 – Em razão dos inúmeros vetos realizados pela presidência na legislação anterior. QUESTÕES 1) O Sistema Único de Saúde, criado após o movimento da Reforma Sanitária e da Constituinte de 1988, é embasado nas seguintes Leis: a) Constituição Federal, Lei 8.080/1990 e Lei 8.142/1990 b) Constituição Federal e Decreto Nº 7.508/2011 c) Constituição Federal, a Resolução 322/2003 e a Lei 8080/1990 d) Constituição Federal e Resolução 322/2003 e Constituição Federal e Lei 8.142/1990. 2) (SES/CE) 2019 Residência em Educação Física Banca: (ESP/CE) Antes da criação do Sistema Único de Saúde, a assistência médico- hospitalar era prestada por meio de alguns poucos hospitais especializados, principalmente de caráter filantrópico. Quem eram os brasileiros que tinham direito à assistência à saúde desenvolvida pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)? a) Todos os brasileiros. b) Os que não tinham nenhum direito. c) Os que podiam pagar pelos serviços. d) Os trabalhadores da economia formal. 3) QUESTÃO - Ano: 2020 Estado: PA Instituição: RESIDÊNCIA UEPA - Em 1985 com a eleição indireta para Presidente da República, encerra-se o regime militar no Brasil. Neste contexto ocorre grande mobilização popular na qual foram discutidas as principais demandas do movimento sanitário que foram: a) fortalecer o setor público de saúde, expandir a cobertura a todos os cidadãos e integrar a medicina previdenciária à saúde, constituindo o Sistema Único de Saúde. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro b) fortalecer o setor público e privado do setor saúde c) fortalecer o setor privado, expandir a medicina previdenciária e criar o SUS. d) expandir a cobertura a todos os cidadãos e integrar a medicina previdenciária. e simplesmente criar o Sistema Único de Saúde. 4) QUESTÃO - Ano: 2020 Estado: PA Instituição: RESIDÊNCIA UEPA - A Declaração de Alma-Ata foi formulada em conferência realizada no ano de 1978, expressando a necessidade de ação urgente de todos os governos, para promover a saúde de todos os povos do mundo. Esta declaração: a) identificou as direções e as estratégias necessárias para enfrentar os desafios da promoção da saúde no século XXI. b) conclamou a comunidade nacional e internacional a apoiar um compromisso para com os cuidados primários de saúde. c) valorizou o protagonismo da sociedade civil e do setor privado. d) foi a primeira a tratar dos determinantes sociais em saúde. 5) QUESTÃO - Ano: 2020 Estado: PA Instituição: RESIDÊNCIA UEPA - O movimento sanitário que elaborou as bases para a implantação do Sistema Único de Saúde, teve sua culminância em uma Conferência Nacional de Saúde. Sobre esse assunto, assinale a alternativa que corresponde a Conferência e ano de realização, respectivamente: a) 8ª CNS em 1987 b) 5ª CNS em 1986 c) 7ª CNS em 1986 d) 8ª CNS em 1986 e) 9ª CNS em 1986 6) Ano: 2020 Estado: PE Instituição: RESIDÊNCIA UPE - É possível traçar um paralelo entre a 8ª Conferência Nacional de Saúde – CNS - (1986) e a 16ª Conferência Nacional de Saúde (2019). Fizeramparte da pauta da CNS de 2019 as políticas para barrar os retrocessos no campo dos direitos sociais e a necessidade da democratização do Estado, sobretudo do setor saúde. Considerando os pontos que convergem nos dois eventos citados, é CORRETO afirmar que a 8ª CNS foi marcada como: a) intraministerial, orquestrada por autoridades do setor b) conferência que refutou participação popular. c) espaço de deliberação sobre financiamento e privatização do SUS. d) momento de intensificação de debate sobre o estado enquanto provedor, por dever, da saúde, a qual é um direito do cidadão. e) local onde foram discutidas propostas para minguar o conceito de saúde. 7) Ano: 2020 Estado: GO Instituição: Residência Secretaria de Saúde – GO. A reforma do setor de saúde brasileiro foi um grande movimento que culminou na construção do sistema de saúde, atualmente vigente no Brasil. Este ocorreu de forma simultânea ao processo de democratização do país, tendo sido liderado por profissionais da saúde e pessoas de movimentos e organizações da sociedade civil. Um evento à época foi importante, pois aprovou o conceito da saúde como um direito do cidadão e delineou os fundamentos do Sistema Único de Saúde. Que evento foi este e em que ano aconteceu? a) O Congresso Nacional de Promoção da Saúde de 1985. b) A 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. c) A Assembleia Nacional Constituinte de 1988. d) A Assembleia de Promulgação das Leis Orgânicas da Saúde, em 1990. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro 8) QUESTÃO – 2020/RESIDÊNCIA SES-PE. O movimento da Reforma Sanitária brasileira nasceu no contexto da (o): a) ditadura militar b) república das espadas c) estado novo d) império e) república das oligarquias 9) QUESTÃO - Ano: 2020 Estado: PA Instituição: RESIDÊNCIA UEPA. Em 1985 com a eleição indireta para Presidente da República, encerra-se o regime militar no Brasil. Neste contexto ocorre grande mobilização popular na qual foram discutidas as principais demandas do movimento sanitário que foram: a) fortalecer o setor público de saúde, expandir a cobertura a todos os cidadãos e integrar a medicina previdenciária à saúde, constituindo o Sistema Único de Saúde. b) fortalecer o setor público e privado do setor saúde. c) fortalecer o setor privado, expandir a medicina previdenciária e criar o SUS. d) expandir a cobertura a todos os cidadãos e integrar a medicina previdenciária. e simplesmente criar o Sistema Único de Saúde. 10) QUESTÃO - Ano: 2020 Estado: GO Instituição: RESIDÊNCIA UFG. No contexto da evolução histórica das políticas de saúde no Brasil, o ano de 1985 foi marcado pelo movimento das Diretas Já e pelo fim do regime militar, gerando diversos movimentos sociais, inclusive na área de saúde, que culminaram com a criação: a) das associações dos secretários de saúde estaduais (Conass) ou municipais (Conasems) e com uma mobilização nacional durante a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, que lançou as bases da reforma sanitária e do Sistema Único Descentralizado de Saúde (Suds). b) da Superintendência de Campanhas da Saúde Pública (Sucam) para executar atividades de erradicação e controle de endemias, sucedendo o departamento nacional de endemias rurais (Deneru) e a campanha de erradicação da malária. c) do Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp) ligado ao Inamps que propôs a reversão gradual do modelo médico-assistencial por meio do aumento da produtividade do sistema e da melhoria da qualidade da atenção. d) do instituto nacional de previdência social (Inps), que reuniu os institutos de aposentadorias e pensões, o Serviço de Assistência Médica e Domiciliar de Urgência (Samdu) e a superintendência dos serviços de reabilitação da previdência social. AULA 03 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA REPÚBLICA DO BRASIL – 1988 Nossa Constituição é um marco na história do nosso país, pois é a PRIMEIRA que traz no seu texto, artigos referentes ao setor da saúde. Além disto, nossa Carta Magna é conhecida mundialmente como Constituição Cidadã. NAS PROVAS DE RESIDÊNCIA E DE CONCURSO PÚBLICO EM GERAL, O TEMA CONSTITUIÇÃO GERALMENTE É COBRADO IPSIS LITTERIS, OU SEJA, LETRA DA LEI. POR ISSO É IMPORTANTE QUE VOCÊ LEIA (RELEIA) INTEGRALMENTE OS ARTIGOS 196 – 200. ART. 196 DA CF/88 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. SE LIGUE! Promoção = estimular com ações ligadas à qualidade de vida; estimular, por exemplo: alimentação de qualidade, atividades de lazer, educação. Essas ações permitem que as pessoas tenham boas condições de vida, evitando-se que fiquem expostas às causas das doenças sendo, por isso, saudáveis. Proteção = buscar eliminar os riscos, por exemplo: usar camisinha, limpar o quintal para eliminar os mosquitos da dengue, vacinar, etc. Recuperação = a assistência médica em si; atenção à saúde por meio do Programa Saúde da Família (PSF). Um diagnóstico rápido é fundamental para que haja sucesso na cura da doença. ART. 197 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado: REGULA – FISCALIZA – CONTROLA ADMINISTRAÇÃO DIRETA = União, Estado, Distrito Federal e Municípios; ADMINISTRAÇÃO INDIRETA = Autarquias, Fundações, Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas. ART. 198 - DIRETRIZES DO SUS Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. SÃO 03 DIRETRIZES!!!! NÃO CONFUNDA COM PRÍNCIPIOS DOUTRINÁRIOS E ORGANIZATIVOS. É importante conhecermos alguns conceitos: REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO: Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas). DESCENTRALIZAÇÃO É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim, o que é abrangência de um DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUSPROFESSOR (A): Nádia Ribeiro município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde - é o que se chama municipalização da saúde. Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos. INTEGRALIDADE: É o reconhecimento na prática dos serviços de que: • cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; • as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; • as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. NÍVEIS DE PREVENÇÃO: EXTRAÍDO: https://cnaturais9.wordpress.com/saude-individual-e-comunitaria/ PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE: É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participação são as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever das instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde. AULA 04 - FINANCIAMENTO DO SUS ART. 198 DA CF/88 § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) https://cnaturais9.wordpress.com/saude-individual-e-comunitaria/ https://cnaturais9.wordpress.com/saude-individual-e-comunitaria/ DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (ICMS, IPVA, IPI) III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea B (IPTU, ISS, ITBI) § 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. § 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. ART. 199 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. § 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. ART. 200 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E ORGANIZATIVOS: AULA 05 - QUESTÕES 11) (RESIDÊNCIA – UFG 2013) Um paciente portador de diabetes mellitus do tipo 2 procurou uma unidade básica de saúde, a fim de receber o hipoglicemiante oral, visto que seu plano de saúde privado não fornece tal medicamento. O princípio do Sistema Único de Saúde, que respalda e garante o acesso desse paciente, bem como de qualquer indivíduo aos serviços públicos de saúde, é: a) participação da comunidade. b) universalização. c) regionalização. d) equidade. 12) Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público. O artigo 196 da Constituição Federal preconiza que “a saúde é direito de todos e dever do Estado [...]”. É correto afirmar que: a) o financiamento do SUS se dará exclusivamente com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS UNIVERSALIDADE INTEGRALIDADE EQUIDADE DESCENTRALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO HIERARQUIZAÇÃO PARTICIPAÇÃO SOCIAL RESOLUBILIDADE COMPLEMENTARIEDADEDISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro b) o direito à saúde será garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos. c) o acesso aos serviços de saúde pública é universal e gratuito somente aos brasileiros e estrangeiros residentes no país, pois possuem cadastro junto ao SUS. d) a execução dos serviços de saúde é exclusiva do Poder Público, que somente poderá ser auxiliado por pessoas jurídicas de direito público devidamente autorizadas. e) as ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado para atendimento integral, com prioridade às atividades curativas, mesmo que em detrimento dos serviços assistenciais. 13) Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2016 - MPE-SP - Analista Técnico Científico – Pedagogo. A Constituição Federal de 1988 (art.197) estabelece que são de relevância pública as ações e serviços de saúde pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita: a) diretamente ou por meio de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. b) por empresas filantrópicas, exclusivamente em convênio com o Governo Federal. c) pelos Estados, que poderão estabelecer convênio, desde que autorizados pelo Governo Federal. d) diretamente pelos serviços terceirizados contratados unicamente pelo Governo Federal. e) por pessoas físicas, desde que credenciadas pelo Ministério da Saúde. 14) Ano: 2012 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UNIRIO. São DIRETRIZES do Sistema Único de Saúde (SUS): a) Centralização dos Serviços de Saúde, Participação da Comunidade, Regionalização e Integralidade dos serviços prestados. b) Ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, Centralização político-administrativa com direção única em cada esfera de governo e Integralidade dos Serviços. c) Descentralização político administrativa com direção única em cada esfera do governo, Integralidade das ações à saúde e à Participação da Comunidade. d) Sistema Integrado de Atenção à Saúde, Centralização dos Serviços Básicos de Saúde e Política de Integração e Participação da Comunidade. e) Centralização político-administrativa e dos serviços básicos de saúde 15) Ano: 2014 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: SES-PE Provas: UPENET/IAUPE - 2014 - SES- PE - Assistente em Saúde - Técnico de Enfermagem. De acordo com o Art. 198, da Constituição Federal de 1988, as ações e os serviços públicos de saúde constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 1. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro 2. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. 3. Participação da comunidade. 4. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. Assinale a alternativa CORRETA. a) Os itens 1 e 4 estão incorretos. b) O item 1 está incorreto. c) Os itens 2 e 3 estão corretos. d) Apenas o item 2 está correto. e) Os itens 3 e 4 estão incorretos. 16) (RESIDÊNCIA– UFPR – 2014). Assinale a alternativa que NÃO apresenta um princípio ou diretriz do Sistema Único de Saúde. a) Universalidade. b) Centralização. c) Regionalização. d) Hierarquização. e) Participação social. 17) (RESIDÊNCIA – UEPA – 2012). Segundo a Constituição Federal de 1988, a assistência à saúde é: a) prestada apenas pelo setor público. b) representada pelo estado. c) prestada mediante a participação social. d) vetada à iniciativa privada. e) livre à iniciativa privada. 18) Ano: 2016 Estado: BA Instituição: RESIDÊNCIA EESP-BA. De acordo com a Constituição Federal de 1988, nos artigos que tratam da SAÚDE, as instituições privadas podem participar do Sistema Único de Saúde de forma _______________, mediante contrato de direito _______________. A alternativa que preenche, correta e sequencialmente, as lacunas do texto acima é: a) direta / público b) direta / privado c) indireta / privado d) complementar / público e) complementar / privado 19) (RESIDÊNCIA – UEPA – 2014). Os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde foram estabelecidos na: a) 8ª Conferência Nacional de Saúde/1986 b) Constituição Federal/1988 c) Lei no. 8.142/1990 d) Lei no. 8.080/1990 e) Norma Operacional Básica/1991 20) Ano: 2017 - Estado: PA Instituição: RESIDÊNCIA UEPA. A participação da comunidade prevista no artigo 198 da Constituição Federal representa um princípio: a) doutrinário b) democrático c) organizativo d) regulatório e)prioritário AULA 06 - LEI 8.080/1990 Com a aprovação da Constituição Federal de 1988 começaram os trabalhos para a regulamentação das políticas públicas. No que se refere à saúde, em 1990, foi aprovada a Lei 8.080: a chamada Lei Orgânica da Saúde. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro Trata-se de lei de abrangência nacional, que se aplica a todos as pessoas naturais ou jurídicas que executam ações ou serviços de saúde, seja de ramo público ou privado. (art. 1º) O dever do estado de prestar ações e serviços de saúde, não exclui o dever das: FATORES CONDICIONANTES E DETERMINANTES DA SAÚDE (Art. 3º da Lei 8.080/90) O QUE É O SUS? Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. OBJETIVOS DO SUS Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS - (Art. 7º da LEI 8.080/90) Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: PESSOAS EMPRESAS FAMÍLIA SOCIEDADE DISCIPLINA: Legislação aplicadaao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E GESTÃO DO SUS Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. CONSÓRCIOS PÚBLICOS PARA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE DE MODO INTEGRAL Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam. § 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. DIVISÃO EM DISTRITOS PARA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE EFICIENTE Art. 10º (...) § 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde. Por exemplo, o município de São Paulo já chegou a ter 96 distritos. COMISSÕES INTERSETORIAIS Quando falamos em intersetoriais, estamos falando de mais de um setor. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil (trabalhadores (as) e usuários (as) do SUS). Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades: I - alimentação e nutrição; II - saneamento e meio ambiente; III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; IV - recursos humanos; V - ciência e tecnologia; e VI - saúde do trabalhador. COMISSÕES DE INTERGESTORES Comissão que correlaciona mais de um gestor. Constituídas em meados de 1990. Tem o objetivo de, em conjunto, planejar, implementar e negociar politicas de saúde nas esferas de governo de modo articulado. TRIPARTITE: Em âmbito nacional, integrada paritariamente por representantes do Ministério da Saúde, CONAS E CONASEMS BIPARTITE: Em âmbito estadual, composta paritariamente por representantes da Secretaria Estadual de Saúde e COSEMS (que é diferente de CONASEMS). Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes federados; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). ATENÇÃO!!!! • Nas comissões de intergestores, NÃO há participação da comunidade (usuários) QUESTÕES DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro 21) Ano: 2019 Estado: GO Instituição: RESIDÊNCIA UFG. Quando a oferta de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) for insuficiente para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, este poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada, cuja participação complementar: a) prevê que os critérios e valores para a remuneração de serviços sejam estabelecidos pela direção estadual do SÚS e aprovados pelo Conselho Nacional de Saúde. b) deve ser formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público. c) abrange as instituições de saúde em iguais condições de preferência, sejam elas entidades privadas, filantrópicas ou sem fins lucrativos. d) facilite a inclusão de seus proprietários, administradores e dirigentes em cargos de chefia ou função de confiança no SUS. 22) Ano: 2018 Estado: AL Instituição: RESIDÊNCIA UFAL. Dadas as afirmativas sobre o que preceitua a Lei nº 8.080/1990 no que concerne à Atenção à Saúde Indígena, I. Cabe a cada órgão federado, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. II. O SUS deve promover a articulação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País. III. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena é, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III 23) Ano: 2017 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UFRJ. A modalidade de atenção domiciliar, no âmbito do SUS, estabelecida pela Lei nº 10.424/2002, que alterou a Lei nº 8080/1990 inclui os procedimentos: a) Médicos, de enfermagem e fisioterapêuticos para atendimento e internação, e outros necessários para o cuidado domiciliar preventivo e de reabilitação. b) De equipes multidisciplinares para atendimentodomiciliar e procedimentos médicos e de enfermagem para internação e terapêutica domiciliares. c) Médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, e outros necessários ao cuidado domiciliar integral, incluindo atendimento e internação d) Médicos e de enfermagem para atendimento ambulatorial e internação hospitalar, e outros necessários para atendimento domiciliar terapêutico, de reabilitação e preventivo. 24) Ano: 2015 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UFF. De acordo com a Lei n° 8.080/90, o Sistema Único de Saúde é constituído: a) pelo conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. b) exclusivamente pelas instituições públicas estaduais e municipais. c) apenas pela iniciativa privada. d) pelos serviços de saúde prestados exclusivamente pelos municípios e pela iniciativa privada em caráter complementar. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro 25) Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: Câmara de Belo Horizonte – MG. A Lei nº 8.080/90 que dispõe sobre a organização, a direção e a gestão do Sistema Único de Saúde define que os consórcios intermunicipais de saúde podem integrar o SUS. Essa articulação intermunicipal tem como principal objetivo: a) Induzir os municípios à adesão ao consórcio para garantir maiores recursos à saúde da população. b) Realizar atividades conjuntas referentes à promoção, proteção e recuperação da saúde de suas populações. c) Garantir maior autonomia aos municípios consorciados na gestão dos recursos financeiros disponíveis para a saúde. d) Obter recursos financeiros para garantir o acesso à saúde da população da região consorciada, seja através dos serviços do SUS, seja através dos serviços conveniados 26) Ano: 2018 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UERJ. A Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde (Lei Nº 8.080/90) propôs, em seu texto, a criação de comissões intersetoriais de âmbito nacional subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde. Essas comissões terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde e abrangerão, em especial, as seguintes atividades: a) saúde do trabalhador, tratamento de doenças crônicas não transmissíveis e vigilância sanitária. b) ciência e tecnologia, alimentação e nutrição e acompanhamento de zoonoses. c) alimentação e nutrição, saneamento e meio ambiente e saúde do trabalhador. d) vigilância sanitária, tratamento do câncer e tratamento de doenças infecciosas. 27) (ADAPTADA) Ano: 2017 Banca: FUNRIO Órgão: SESAU-RO Provas: FUNRIO - 2017 - SESAU-RO – Enfermeiro. “Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).” (Art. 12, Lei 8080/90) Avalie se a articulação das políticas e programas a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, entre outras, as seguintes áreas: I. Alimentação e nutrição. II. Saneamento e meio ambiente. III. Vigilância sanitária e farmacoepidemiologia. IV. Ciência e tecnologia. Estão corretos os itens: a) Apenas os itens I, II e IV; b) Apenas os itens II e IV; c) Apenas os itens I e IV; d) Apenas o item III; e) Todos os itens. 28) Ano: 2014 Banca: MPE-MA Órgão: MPE-MA Prova: MPE-MA - 2014 - MPE-MA - Promotor de Justiça. Assinale a alternativa incorreta: a) A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde. b) São princípios do SUS: Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde, DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro Descentralização, a Regionalização, a Hierarquização e a Participação social; c) As Comissões Intergestores pactuarão a organização e o funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo: I - a CIB (Comissão Intergestores Bipartite) , no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde para efeitos administrativos e operacionais; II - a CIT (Comissão Intergestores Tripartite), no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais; III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regional, vinculada à Secretaria Municipal e Estadual para efeitos administrativos e operacionais, devendo observar as diretrizes da CIB; d) O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço; e) O Termo de Ajuste Sanitário (TAS) é o instrumento de compromisso formalizado pelos gestores do SUS, celebrado a partir de constatações de auditorias e fiscalizações, quando detectada a aplicação de recursos fora do objeto previamente pactuado, classificado como impropriedade, permitindo ajustes em relação à devolução de recursos. AULA 07 - CONAS E CONASEMS Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). § 1º O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). § 2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I do art. 6º consiste em: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado. No que tange a assistência terapêutica domiciliar é importante destacarmos algunsconceitos essenciais à compreensão do tema, quais sejam: DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19- M, são adotadas as seguintes definições: I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos; II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPEUTICAS Os protocolos observam as fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde, sempre com o intuito de respeitar o princípio da integralidade. Os prestadores do serviço de saúde devem observar o protocolo, sob pena de responder administrativamente pela desobediência. Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo- efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. Todavia, existem algumas situações em que não há protocolo, como ocorreu no início da Pandemia do Corona Vírus (Covid19), nesses casos, caberá ao gestor de cada respectivo ente da Administração dispor sobre a dispensação de medicamentos: Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Observe que o gestor não altera ou cria protocolo, ficando responsável apenas sobre a dispensação de medicamentos. As demais competências serão de atribuição do Ministério da Saúde, assessorado pela CONITEC DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS): Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) §1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina. ATENÇÃO! Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa.” DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde. Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento. Lembre que a iniciativa privada presta o serviço público de saúde em caráter COMPLEMENTAR (contrato ou consórcio), tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos (CF, art. 199, § 1º). Além disso, vale destacar que, embora a Constituição da República tenha vedado o exercício do serviço de saúde por Empresas estrangeiras e Capital Estrangeiros, sem lei que regulamentasse tal prestação, a Lei. 8080 supriu a exigência constitucional e estabeleceu hipóteses em que é possível tal participação, senão vejamos: Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) IV - demais casos previstos em legislação específica. AULA 08 - DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR Como dito anteriormente, a iniciativa privada pode exercer o serviço público de saúde em caráter COMPLEMENTAR, devendo observar os seguintes requisitos: Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorreraos serviços ofertados pela iniciativa privada. Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público. Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS). Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde. § 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços contratados. § 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. § 3° (Vetado). § 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS). RECURSOS HUMANOS NO SUS Outro ponto importante que a Lei 8.080 regulamenta são os recursos humanos, ou seja, a prestação do serviço pelos profissionais de saúde. Para que o serviço de saúde seja prestado de modo adequado é necessário que haja recursos humanos capacitados e especializados. Por tal razão a Lei Orgânica determinou que os gestores institua um sistema de formação de recursos humanos, valorize a dedicação exclusiva entre outras coisas. Vejamos o que diz a legislação: Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro governo, em cumprimento dos seguintes objetivos: I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal; II - (Vetado) III - (Vetado) IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional. Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo integral. § 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Por óbvio que a prestação do serviço de saúde, obedecendo a todos os requisitos instituídos por Lei é custoso (R$), de sorte que o financiamento desse serviço deve obedecer regras sólidas, sob pena de falta de recursos e prejuízos irreparáveis aos usuários. De acordo com a Lei Orgânica, Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de: I - (Vetado) II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde; III - ajuda, contribuições, doações e donativos; IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital; V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais. § 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas. § 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co- financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições executoras. DA GESTÃO FINANCEIRA Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro § 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde. QUESTÕES 29) Ano: 2017 Estado: BA Instituição: RESIDÊNCIA EESP-BA. De acordo com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, “os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização ______________________. A alternativa que preenche, corretamente, a lacuna do trecho acima é: a) da Conferência de Saúde b) do Fundo Estadual de Saúde c) da Agência Nacional de Saúde d) da Comissão Intergestores Tripartite e) dos respectivos Conselhos de Saúde 30) Ano: 2018 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UFF. De acordo com a Lei Federal 8080/90, não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde com finalidade: a) lucrativa. b) assistencial. c) organizacional. d) filantrópica 31) Ano: 2016 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UFF. A Lei Federal no 8080/90 preconiza que o processo de planejamento e orçamento do SUS seja: a) descendente. b) ascendente. c) transversal. d) horizontal 32) Ano: 2018 Estado: MG Instituição: RESIDÊNCIA UFTM. De acordo com a Lei 8.080/90, o órgão responsável pelas comissões intersetoriais é: a) Conselho Nacional de Saúde. b) Comissão Intergestores Bipartite. c) Comissão Intergestores Tripartite d) Conselho Nacional de Secretários de Saúde. e) Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. 33) Ano: 2018 Estado: AL Instituição: RESIDÊNCIA UFAL. Segundo o Art. 23 da Lei nº 8.080/1990, é permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde, nos seguintes casos, dentre outros: I. doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; II. pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada; III. serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social. Dos itens, verifica-se que está(ão) correto(s): a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenasd) II e III, apenas. e) I, II e III. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro 34) Ano: 2017 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UFRJ. A Lei 8.080 de 1990 afirma que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, e que esta poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS) em caráter complementar. Sobre os serviços privados de saúde e sua participação no SUS, conforme a alteração da Lei 8.080/90, feita pela Lei 13.097 de 2015, é INCORRETO afirmar que: a) O SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir cobertura assistencial à população de uma determinada área. b) É vedada a participação direta ou indireta de empresas de capital estrangeiro na assistência à saúde. c) É atribuição da União, Estados e Municípios elaborar normas para regular as atividades dos serviços privados de saúde. d) Os critérios e valores para a remuneração de serviços privados e os parâmetros de cobertura assistencial são estabelecidos pelo próprio SUS. AULA 09 - LEI 8.142/1990 • DISPÕE SOBRE: a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS); transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde; e outras providências. INTÂNCIAS COLEGIADAS ORGANIZAÇÃO E NORMAS DE FUNCIONAMENTO As Conferências e Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento: • DEFINIDAS EM REGIMENTO PRÓPRIO; • APROVADAS PELO RESPECTIVO CONSELHO. Isso significa que, por exemplo, a quantidade de conselheiros não é explicitada na lei, mas definido, nas três esferas de governo, pelo regimento próprio de cada conselho. CONAS E CONASEMS Art. 1º (...) §3º - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão REPRESENTAÇÃO no Conselho Nacional de Saúde. FUNDO NACIONAL DE SAÚDE DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro Art. 2º Os recursos do Fundo Nacional de Saúde – FNS serão alocados como: I – Despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; II – Investimentos previstos em Lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; III – investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde; IV – Cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde. OS RECURSOS PARA AÇÕES E SERVIÇOS 1) Destinar-se-ão: • A investimentos na rede de serviços; • À cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar; • Às demais ações de saúde. 2) Serão repassados para os Municípios, Estados e DF: • De forma regular e automática • De acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei. 8.080/90. FUNDO NACIONAL DE SAÚDE 3) Serão destinados • Pelo menos 70%, aos Municípios • Afetando-se os restantes aos Estados 4) Para receber esses recursos, os Municípios, Estados e DF deverão contar com: • Fundo de Saúde • Conselho de Saúde • Plano de Saúde • Relatórios de gestão • Contrapartida de recursos • Comissão de elaboração de Plano de carreira, cargos e salários (PCCS), previsto o prazo de 02 anos para sua implantação**** ATENÇÃO! Art. 5° É o MINISTÉRIO DA SAÚDE, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei. Vimos que se trata de uma lei extremamente pequena, contudo, com demasiada reincidência em provas de concurso público. Vamos treinar?! QUESTÕES 35) (SECRETARIA DE SAÚDE DE PERNAMBUCO/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE/2013) O que se refere aos Conselhos Municipais de Saúde, assinale a alternativa INCORRETA. a) São órgãos permanentes. b) possuem poder deliberativo. c) São compostos por representantes do Governo, dos prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. DISCIPLINA: Legislação aplicada ao SUS PROFESSOR (A): Nádia Ribeiro d) atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde. e) os aspectos econômicos e financeiros das políticas municipais de saúde não são de seu interesse. 36) (ESP/CE/2014) Sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, a Lei n. 8.142/1990 de 28/12/1990, define: a) As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento único aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde. b) Que a Conferência de Saúde reunir-se-á a cada oito anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes. c) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação a cada segmento de representantes, que compõem essas instâncias colegiadas, ou seja, representações do segmento do governo, de prestadores de serviço e de profissionais de saúde. d) Que o Conselho de Saúde é um órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo cujo papel é atuar na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. 37) (UFMT/RESIDÊNCIA/2016) Sobre os Conselhos Municipais de Saúde, considerando a importância da participação social no Sistema Único de Saúde (SUS) e de acordo com a Lei n. 8.142/1990, assinale a afirmativa correta. a) No Conselho Municipal de Saúde, somente poderão votar os membros titulares e suplentes representantes da gestão. b) A existência do Conselho Municipal de Saúde pode ser revogada pelo gestor, se percebido que esse conselho atrapalha os repasses de recursos ao município. c) O Conselho Municipal de Saúde tem poder consultivo e pode ter vistas, mas não veto, a qualquer das prestações de contas. d) O Conselho Municipal de Saúde atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. 38) (AOCP/HU-UFGD /2014) Parte dos recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Conforme a Lei n. 8.142/1990, referidos recursos serão destinados a) pelo menos sessenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. b) pelo menos cinquenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. c). pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. d) pelo menos setenta por cento, aos Estados, afetando-se o restante aos Municípios. e) pelo menos cinquenta por cento, aos Estados, afetando-se o restante aos Municípios.
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