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Tomada de Decisão_ Relação Custo X Volume X Lucro

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DEFINIÇÃO
Margem de contribuição. Limitações na capacidade de produção. Ponto de equilíbrio. Margem de segurança. Relação custo x volume x lucro.
PROPÓSITO
Apresentar conceitos de contabilidade gerencial, mais especificamente aqueles envolvendo a relação entre custo, volume produzido e lucro,
que ajudam na tomada de decisão por parte da empresa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Expressar o conceito de margem de contribuição, os principais tipos de limitações na capacidade de produção e como a margem de
contribuição ajuda na tomada de decisão
MÓDULO 2
Aplicar o conceito de ponto de equilíbrio
MÓDULO 3
Estabelecer a relação entre custo, volume e lucro
INTRODUÇÃO
 
Fonte: freepik
Neste tema, apresentaremos o conceito de margem de contribuição e de que forma ela contribui na tomada de decisão em situações
em que a empresa enfrenta limitações na sua capacidade de produção. Por meio de teoria, exemplos e exercícios serão apresentados
também os conceitos de ponto de equilíbrio (econômico, financeiro e contábil) e de margem de segurança de produção, necessários para a
análise da relação custo x volume x lucro.
MÓDULO 1
 Expressar o conceito de margem de contribuição, os principais tipos de limitações na capacidade de produção e como a
margem de contribuição ajuda na tomada de decisão
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A margem de contribuição é um dos conceitos mais utilizados para a tomada de decisão gerencial. Ela é calculada pela diferença entre a
receita de vendas e os custos e despesas variáveis. Os custos fixos e as despesas não têm uma relação direta com a produção (eles
existem independentemente de produção), são apropriados por meio de rateio (muitas vezes baseados em critérios altamente subjetivos) e
são menos gerenciáveis pela empresa do que os custos variáveis. Ou seja, seu resultado demonstra quanto, efetivamente, sua produção
contribui para o resultado da empresa, líquida dos custos necessários para a produção (custos variáveis) .
 
Fonte:freepik
Assim, ela representa o quanto a empresa consegue gerar de recursos para pagar seus custos e despesas fixas, e ainda obter lucro. Quando
o valor da margem de contribuição for superior ao valor total das despesas e custos fixos, a empresa estará gerando lucro e, quando for
inferior, o resultado será entendido como prejuízo.
Por exemplo, uma indústria fabrica três produtos (mesas, cadeiras e sofás) e quer saber qual deles contribui mais para o resultado da
empresa e qual deveria ter sua venda incentivada. Para isso, ela levantou as seguintes informações:
Mesa Cadeira Sofá
Preço de venda unitário $ 1.000 $ 200 $ 2.000
Mesa Cadeira Sofá
Quantidade vendida 500 2500 300
Custo variável unitário $ 4500 $ 110 $ 1.200
Custo fixo unitário $ 200 $ 80 $ 400
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Assim, ao calcular a margem de contribuição, a empresa obteve os resultados demonstrados a seguir:
Mesa Cadeira Sofá
Preço de venda unitário $ 1.000 $ 200 $ 2.000
Custo variável unitário $ 450 $ 110 $ 1.200
Margem de contribuição unitária $ 550 $ 90 $ 800
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Conforme podemos observar, o produto com maior margem de contribuição para a indústria é o sofá, seguido pela mesa e, por último, pela
cadeira. Dessa forma, seria importante priorizar a venda do sofá, cuja margem de contribuição unitária é maior e tem, portanto, maior
capacidade de trazer resultados para a indústria.
 ATENÇÃO
A Margem de contribuição consiste na diferença entre a receita de vendas, os custos e despesas variáveis.
Receita de vendas
O cálculo da margem de contribuição deve também considerar outros fatores da produção, como a quantidade de horas para a fabricação
dos produtos. Por exemplo, uma indústria fabrica quatro produtos (vassoura, rodo, lixeira e varal):
Modelos Matéria-prima MOD Outros custos variáveis Horas-máquina por unidade Unidades vendidas Preço de venda
Vassoura $ 5 $ 3 2 2,0 30.000 $ 20
Rodo $ 2 $ 2 1 1,5 20.000 $ 10
Lixeira $ 10 $ 6 12 3,0 5.000 $ 40
Modelos Matéria-prima MOD Outros custos variáveis Horas-máquina por unidade Unidades vendidas Preço de venda
Varal $ 15 $ 5 13 3,5 8.000 $ 50
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
SEUS CUSTOS FIXOS SÃO DE $500.000/MÊS. ELA PRECISARÁ FAZER UMA
PARADA PROGRAMADA PARA MANUTENÇÃO DAS MÁQUINAS E REDUZIRÁ AS
HORAS GASTAS PARA PRODUÇÃO. ASSIM, QUAL DOS PRODUTOS DEVE TER
SUA PRODUÇÃO REDUZIDA, VISANDO MAXIMIZAR O RESULTADO DA
EMPRESA?
Modelos Preço de venda Custos variáveis PV – Custos Variáveis Horas-máquina por unidade Margem de contribuição
Vassoura $ 20 $ 10 $ 10 2,0 $ 5,00
Rodo $ 10 $ 5 $ 5 1,5 $ 3,33
Lixeira $ 40 $ 28 $ 12 3,0 $ 4,00
Varal $ 50 $ 33 $ 17 3,5 $ 4,86
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para encontrarmos a margem de contribuição não bastou apenas diminuir os custos variáveis do preço de venda. Neste caso, havia uma
informação relevante: a quantidade de horas-máquina necessárias para produzir uma unidade de cada produto . Reparem que para
produzir a lixeira, por exemplo, é necessário o dobro do tempo utilizado para produzir o rodo. Ou seja, enquanto a fábrica produz uma lixeira,
ela consegue, no mesmo tempo, produzir dois rodos. Portanto, é necessário colocar todos os produtos na mesma ordem de grandeza, neste
caso, horas-máquina.
Apesar de a margem de contribuição não levar em consideração para seu cálculo as despesas e os custos fixos, eles devem ser analisados
também, visto que existem independentemente de produção e a empresa tem menos condições de controlá-los. Não adianta uma empresa
se preocupar apenas com as margens de contribuição positivas e elevadas de seus produtos caso elas sejam, em conjunto, menores do que
os custos e as despesas fixas.
Por exemplo, uma empresa que fabrica quatro produtos apresenta a seguinte estrutura de custos:
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4
Produção (unidades) 2.000 1.500 1.800 2.100
Preço de venda unitário $ 950 $ 1200 $ 800 $870
Custo variável unitário $ 450 $ 800 $ 420 $ 480
Custo fixo unitário $ 490 $ 350 $ 300 $ 320
Margem de contribuição $ 500 $ 400 $ 380 $ 390
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4
TOTAL
Receitas $ 1.900.000 $ 1.800.000 $ 1.440.000 $ 1.827.000 $ 6.967.000
(-) CPV $ (1.880.000) $ (1.725.000) $ (1.296.000) $ (1.680.000) $ (6.581.000)
(=) LUCRO BRUTO $ 20.000 $ 75.000 $ 144.000 $ 147.000 $ 386.000
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Se analisarmos apenas a margem de contribuição, o modelo 1 é o que traz maior margem, enquanto o modelo 3 apresenta a menor margem.
E se analisarmos apenas o resultado por produto, o modelo 1 é o que apresenta o pior resultado (exatamente o mesmo produto cuja margem
de contribuição é maior). E justamente o produto com menor margem de contribuição (modelo 3) é o que traz o maior resultado para a
empresa. Cortar a produção dele com base apenas na análise da margem de contribuição provavelmente seria um erro para a
empresa.
O modelo 1 é o que traz mais receitas para a empresa, sendo responsável por aproximadamente 27% do faturamento (($ 1.900.000 / $
6.967.000)) . Mas é o modelo que apresenta menor resultado operacional. Cortar a produção dele equivaleria a abrir mão de uma receita
relevante (apesar de a empresa poder compensar essa perda de receita com o faturamento de uma maior produção dos outros modelos,
caso houvesse demanda de mercado para isso).
 ATENÇÃO
Importante lembrar que os custos fixos continuariam existindo no montante de 
$ 980.000 (2.000 unidades x $ 490) . Caso a empresa corte a produção do modelo 1, isso significa um resultado menor em 
$ 1.000.000000 ($ 1.900.000 - $450 x 2.000 unidades) , se não houvesse alteração da produção dos outros modelos.
Por outro lado, o modelo 3 é o que tem a menor margem de contribuição e traz a menor receita para a empresa. No entanto, é o modelo que
apresenta maiorresultado operacional, sendo responsável por aproximadamente 37% do resultado (($ 144.000 / $ 386.000)) . Cortar a
produção dele equivaleria a abrir mão de um resultado operacional relevante (apesar de, da mesma forma, essa perda de resultado poder ser
compensada com o faturamento de uma maior produção dos outros modelos, caso haja demanda de mercado para isso). Novamente é
importante lembrar que os custos fixos continuariam existindo no montante de $ 5400.000 (1.800 unidades x $ 300) . Caso a empresa corte
a produção do modelo 3, isso significa um resultado menor em $ 684.000 ($ 1.440.000 - $420 x 1.800 unidades) , e ela passaria a
apresentar prejuízo (caso não houvesse alteração da produção dos outros modelos).
Conforme se pode observar, por mais importante que seja o conceito de margem de contribuição e sua relevância para a tomada de decisão,
ele não deve ser analisado isoladamente, mas em conjunto com outras variáveis, tais como os custos fixos, como apresentado.
TAXA DE RETORNO DO ATIVO
 
Fonte: Freepik
Esse é outro conceito que pode ser utilizado em conjunto com a margem de contribuição. Significa a capacidade da empresa de gerar lucro a
partir dos seus ativos. A taxa de retorno do ativo demonstra o quanto de resultado o ativo da empresa gerou para ela e a fórmula para cálculo
é a seguinte:
Taxa de retorno do ativo =
 (antes dos impostos e da despesa financeira)
Vamos retomar o exemplo anterior: a empresa resolveu analisar seus quatro modelos utilizando adicionalmente o conceito de taxa de retorno
do ativo. Para isso, ela precisou ratear o ativo e analisar os resultados para cada um dos quatro modelos:
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 TOTAL
Receitas
$
1.900.000
$ 1.800.000
$
1.440.000
$ 1.827.000 $ 6.967.000
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 TOTAL
(-) Custos variáveis
$
(900.000)
$
(1.200.000)
$
(756.000)
$
(1.008.000)
$
(3.864.000)
Margem de contribuição
$
1.000.000
$ 600.000 $ 684.000 $ 819.000 $ 3.103.000
(-) Custos fixos
$
(980.000)
$ (525.000)
$
(540.000)
$ (672.000)
$
(2.717.000)
Resultado operacional $ 20.000 $ 75.000 $ 144.000 $ 147.000 $ 386.000
(-) Despesas fixas $ (18.000) $ (24.000) $ (90.000) $ (60.000) $ (192.000)
Lucro antes dos impostos e despesa
financeira
$ 2.000 $ 51.000 $ 54.000 $ 87.000 $ 194.000
Ativo $ 200.000 $ 530.000 $ 350.000 $ 550.000 $ 1.630.000
Taxa de retorno 1% 10% 15% 16% 12%
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Notem que quando usamos o conceito de taxa de retorno, o modelo 4 é o que apresenta maior retorno sobre o ativo. Assim, em cada um
dos critérios utilizados chegamos a resultados distintos.
 COMENTÁRIO
Esse exemplo é apenas ilustrativo; com ele se buscou demonstrar como cada conceito, se usado isoladamente, tem diferentes resultados
possíveis. Para fins de tomada de decisão, é importante combinar e analisar o máximo de informações disponíveis para que a decisão seja a
mais fundamentada e próxima possível do que será realizado.
Outra maneira de utilizar a margem de contribuição é na forma de percentual, em que ela se torna uma medida da alavancagem da empresa
obtida entre o volume de vendas e o lucro. Esse percentual representa a parcela do preço praticado pela empresa que é acrescentado ao
lucro ou ao prejuízo. Ela é calculada da seguinte forma:
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO % = 
ou
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO % = 
Margem de contribuição total
Receita de vendas
Margem de contribuição
Preço
Por exemplo, uma empresa quer saber qual sua margem de contribuição percentual em relação ao preço de venda praticado no mercado.
Seu ideal era atingir uma margem de contribuição percentual de 50%.
A seguir está a estrutura de custos dessa empresa:
Preço de venda: $ 10.000/unidade 
Despesas variáveis: $ 6.000/unidade 
Custos fixos: $ 3.500/unidade 
Para calcular a margem de contribuição percentual, basta dividirmos a margem de contribuição da empresa ($ 10.000 - $ 6.000) pelo valor
do preço de venda ($ 10.000) . Assim, a margem de contribuição percentual é de 40%, ou seja, 40% do preço de venda da empresa é
quanto o produto efetivamente paga os custos fixos e, por vezes, traz um retorno para a empresa, enquanto os outros 60% pagam apenas os
custos variáveis.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
 
Fonte: Freepik
Capacidade normal de produção é a média que se espera atingir ao longo de vários períodos em condições normais, tendo em vista
as necessidades de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a empresa. É
necessário que ela conheça sua capacidade de produção para a tomada de decisões.
Por vezes a empresa pode receber encomendas de um determinado produto e precisará diminuir ou interromper a produção de outros itens
para atender a essa encomenda. Outras vezes, ela pode ter uma redução de disponibilidade de horas de mão de obra direta (MOD ) , ou de
horas-máquina (quebra ou manutenção de uma máquina, por exemplo) ou ainda falta de matéria-prima (por greve ou problemas com o
fornecedor, por exemplo).
O QUE FAZER QUANDO SITUAÇÕES COMO ESSAS ACONTECEM?
Para esse tipo de tomada de decisão, além de conhecer a capacidade de produção, a empresa tem que conhecer a margem de contribuição
de cada um dos seus produtos.
Por exemplo, uma indústria fabrica cinco produtos com a seguinte estrutura de custos:
Produto Matéria-prima MOD Horas MOD CIF variáveis PV unitário
Rosa $ 20 $ 12 1 $ 17 $ 125
Amarelo $ 22 $ 14 2 $ 19 $ 130
Azul $ 24 $ 15 3 $ 20 $ 160
Roxo $ 27 $ 16 4 $ 23 $ 180
Preto $ 29 $ 20 5 $ 25 $ 210
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Além disso, para fabricar cada um dos produtos a empresa consome diferentes quantidades de MOD e, em condições normais, o mercado
consome diferentes quantidades de cada produto por mês (a capacidade produtiva máxima dessa empresa.) . Veja a diferença:
Produto Horas de MOD/unidade Quantidade consumida/mês*
Rosa 1 5.000
Amarelo 2 7.500
Produto Horas de MOD/unidade Quantidade consumida/mês*
Azul 3 600
Roxo 4 8.000
Preto 5 9.000
* também é a capacidade produtiva máxima da empresa
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Nesse nível de produção seus custos fixos mensais somam $ 500.000. Em dezembro a empresa costuma diminuir a quantidade de horas
trabalhadas, fazendo um rodízio de férias, limitando a quantidade de horas de MOD. Assim, ela reduz a produção de um de seus itens.
DE QUAL ITEM ELA DEVE REDUZIR A PRODUÇÃO EM FUNÇÃO DESSA
LIMITAÇÃO?
Para respondermos à pergunta acima, devemos calcular a margem de contribuição unitária de cada um dos produtos:
Produto PV unitário MOD CIF variáveis PV – CV Horas MOD MC
Rosa $ 125 $ 10 $ 17 $ 98 1 $ 98
Produto PV unitário MOD CIF variáveis PV – CV Horas MOD MC
Amarelo $ 130 $ 15 $ 19 $ 96 2 $ 48
Azul $ 160 $ 20 $ 20 $ 120 3 $ 40
Roxo $ 180 $ 25 $ 23 $ 132 4 $ 33
Preto $ 210 $ 30 $ 25 $ 155 5 $ 31
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
No exemplo, para encontrarmos a margem de contribuição não bastou apenas reduzir os custos e despesas variáveis do preço de venda.
Como cada produto leva uma quantidade de horas para ficar pronto e a empresa tem uma limitação de horas de MOD, devemos colocar na
mesma base, como se todos levassem apenas uma hora para ficar prontos. Assim, o produto que deverá ter sua produção diminuída é o
preto.
UTILIZANDO AINDA O MESMO EXEMPLO: E SE A EMPRESA, CUJA CAPACIDADE
DE PRODUÇÃO É DE 115.000 HORAS DE MOD, RECEBESSE UMA ENCOMENDA
DE 10.000 UNIDADES DO PRODUTO ROSA, QUE TEM MAIOR MARGEM DE
CONTRIBUIÇÃO?
Para produzir 10.000 unidades do produto rosa sem reduzir a quantidade dos demais itens, a empresa precisaria das seguintes horas:
Capacidade máxima de produção
Produto Horas MOD Quantidade Qtd X horas
Rosa 1 5000 5.000
Amarelo 2 7500 15.000
Azul 3 6000 18.000
Roxo 4 8000 32.000
Preto 5 9000 45.000
115.000
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Horas necessárias para atender a encomenda
Horas MOD Quantidade Qtd X horas
1 10000 10.000
Horas necessárias para atender a encomenda
Horas MOD Quantidade Qtd X horas
2 7500 15.000
3 6000 18.000
4 8000 32.000
5 9000 45.000
120.000
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Sendo a capacidade máxima de produção de 115.000 horas e para atender a encomenda sem reduzir a produção dos demais itens seriam
necessárias 120.000 horas, e a empresa terá que reduzir a fabricação do item com menor margem de contribuição; no caso, o produto preto.
MAS QUANTAS UNIDADES A MENOS DO PRODUTO PRETO ELA TERÁ QUE
FABRICAR?
Como a diferença é de 5.000 horas, a empresa deverá deixar de produzir 1.000 unidades do produto preto, visto que cada um demanda 5
horas para ficar pronto:
 = 1.000 UNIDADES
Assim, a produção da empresa deve ser a seguinte:
Horas necessárias para atender a encomenda
Produto Horas MOD Quantidade Qtd X horas
Rosa 1 10000 10.000
Amarelo 2 7500 15.000
Azul 3 6000 18.000
Roxo 4 8000 32.000
Preto 5 8000 40.000
115.000
5.000 horas
5h/unidade
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para fixarmos melhor o assunto, vamos a mais um exemplo. Suponha que uma indústria produz garrafas e copos de vidro utilizando o
mesmo processo produtivo (mesmas máquinas, matéria-prima e mão de obra) . Ela vende moringas (conjunto de garrafa + copo) pelo
preço de $ 8,00, com as seguintes informações de produção:
Dados Garrafa Copo
Custo variável unitário $ 4,00 $ 1,50
Produção Mensal 500.000 500.000
Tempo de produção (minutos/unidade) 50 30
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para esse nível de produção (capacidade máxima) , seus custos fixos são de $ 800.000. A empresa verificou que há uma demanda maior do
que consegue atender e resolveu adquirir os copos já prontos de um fornecedor, ao custo de $ 2,00/unidade.
COM BASE NOS DADOS APRESENTADOS, QUE RESULTADO A EMPRESA IRÁ
OBTER COMPRANDO OS COPOS E UTILIZANDO TODA A SUA CAPACIDADE
INSTALADA PARA PRODUZIR SOMENTE AS GARRAFAS?
Para resolvermos a questão devemos verificar quanto tempo a indústria demora para produzir cada garrafa e cada copo:
Tempo total de produção da garrafa: 25.000.000 (500.000 x 50) 
Tempo total de produção do copo: 15.000.000 (500.000 x 30)
Como a indústria não fabricará mais o copo, o tempo total de produção desse item pode ser utilizado para a produção da garrafa.
Quantidade adicional de produção de garrafa: 300.000 (15.000.000 / 50) 
Quantidade total de produção de garrafa: 800.000 (300.000 + 500.000) 
Custo de aquisição dos copos do fornecedor: $ 1.600.000 ($ 2 x 800.000) 
 
 Receitas.................................................$ 6.400.000  $ 8,00 x 800.000 
(-) CPV 
 Custos fixos.......................................($ 800.000) 
 Custos variáveis..............................($ 3.200.000)  (800.000 x $ 4) 
 Custo de aquisição dos copos.........($ 1.600.000) 
Resultado.................................................$ 800.000 
A seguir, veja o vídeo e entenda mais profundamente sobre o assunto margem de contribuição.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA INDÚSTRIA FABRICA QUATRO PRODUTOS E APRESENTA A SEGUINTE ESTRUTURA DE CUSTO
PARA CADA UNIDADE PRODUZIDA: 
 
PRODUTO
PREÇO DE
VENDA
CUSTOS
VARIÁVEIS
CUSTOS
FIXOS
DESPESAS
VARIÁVEIS
DESPESAS FIXAS
SAIA $ 60 $ 20 $ 10 $ 17 $ 6
CAMISA $ 50 $ 18 $ 9 $ 10 $ 7
SHORT $ 40 $ 10 $ 4 $ 6 $ 9
CALÇA $ 70 $ 23 $ 4 $ 13 $ 5
� ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA TABELA UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL
 
 
A EMPRESA QUER MAXIMIZAR SEU LUCRO E PRECISA INCENTIVAR A VENDA DE DOIS PRODUTOS. QUAIS
SÃO ELES?
A) Saia e camisa
B) Saia e calça
C) Short e camisa
D) Short e calça
2. UMA INDÚSTRIA FABRICA TRÊS MODELOS DE BANQUETAS QUE UTILIZAM EXATAMENTE A MESMA
MATÉRIA-PRIMA E MÃO DE OBRA DIRETA. A EMPRESA APRESENTA AS SEGUINTES INFORMAÇÕES
REFERENTES À SUA CAPACIDADE PRODUTIVA NORMAL: 
 
MODELO 1 MODELO 2 MODELO 3
MATÉRIA-PRIMA (KG) 8 10 14
MOD (HORAS) 7 8 10
PRODUÇÃO (UNIDADES) 40.000 50.000 35.000
MODELO 1 MODELO 2 MODELO 3
PREÇO DE VENDA UNITÁRIO $ 206 $ 220 $ 270
� ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA TABELA UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL
OUTRAS INFORMAÇÕES: 
• MATÉRIA-PRIMA: $ 10,00/KG 
• MOD: $ 5,00/HORA 
 
A INDÚSTRIA PROGRAMOU, PARA O PRÓXIMO MÊS, FÉRIAS COLETIVAS PARA A MOD E REDUZIRÁ A SUA
CAPACIDADE DE HORAS DESSA MODALIDADE EM 40%. COMO ELA PRETENDE OBTER O MAIOR LUCRO
POSSÍVEL COM OS MODELOS DE LÂMPADAS, DE QUE FORMA DEVE PROGRAMAR A PRODUÇÃO?
A) Modelo 1 – não produzir / Modelo 2 – reduzir a produção / Modelo 3 – manter a produção
B) Modelo 1 – reduzir a produção / Modelo 2 – manter a produção / Modelo 2 – não produzir
C) Modelo 1 – não produzir / Modelo 2 – não produzir / Modelo 3 – manter a produção
D) Modelo 1 – manter a produção / Modelo 2 – reduzir a produção / Modelo 3 – não produzir
GABARITO
1. Uma indústria fabrica quatro produtos e apresenta a seguinte estrutura de custo para cada unidade produzida: 
 
Produto Preço de venda Custos variáveis Custos fixos Despesas variáveis Despesas fixas
Produto Preço de venda Custos variáveis Custos fixos Despesas variáveis Despesas fixas
Saia $ 60 $ 20 $ 10 $ 17 $ 6
Camisa $ 50 $ 18 $ 9 $ 10 $ 7
Short $ 40 $ 10 $ 4 $ 6 $ 9
Calça $ 70 $ 23 $ 4 $ 13 $ 5
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 
 
A empresa quer maximizar seu lucro e precisa incentivar a venda de dois produtos. Quais são eles?
A alternativa "D " está correta.
 
 
 
Produto
Preço de
venda
Custos
variáveis
Custos fixos
Despesas
variáveis
Despesas
fixas
Margem de Contribuição (PV – CV-
DV)
Saia $ 60 $ 20 $ 10 $ 17 $ 6 $ 23
Produto
Preço de
venda
Custos
variáveis
Custos fixos
Despesas
variáveis
Despesas
fixas
Margem de Contribuição (PV – CV-
DV)
Camisa $ 50 $ 18 $ 9 $ 10 $ 7 $ 22
Short $ 40 $ 10 $ 4 $ 6 $ 9 $ 24
Calça $ 70 $ 23 $ 4 $ 13 $ 5 $ 34
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 
 
Os dois produtos com maior margem de contribuição e que, portanto, devem ter suas vendas estimuladas pela empresa objetivando ter um
maior lucro são a calça e o short, nesta ordem.
2. Uma indústria fabrica três modelos de banquetas que utilizam exatamente a mesma matéria-prima e mão de obra direta. A
empresa apresenta as seguintes informações referentes à sua capacidade produtiva normal: 
 
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Matéria-prima (kg) 8 10 14
MOD (horas) 7 8 10
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Produção (unidades) 40.000 50.000 35.000
Preço de venda unitário $ 206 $ 220 $ 270
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Outras informações: 
• Matéria-prima: $ 10,00/kg 
• MOD: $ 5,00/hora 
 
A indústria programou, para o próximo mês, férias coletivas para a MOD e reduzirá a sua capacidade de horas dessa modalidade
em 40%. Como ela pretende obter o maior lucro possível com os modelos de lâmpadas, de que forma deve programar a produção?
A alternativa "D " está correta.
 
Primeiramente devemos encontrar a quantidade total de horas de MOD consumidas para a produção total de cada modelo: 
Modelo 1: 40.00 unidades x 7 horas = 280.000 horas 
Modelo 2: 50.00 unidades x 8 horas = 400.000 horas 
Modelo 3: 35.00 unidades x 10 horas = 350.000 horas 
Total de horas para os três modelos: 1.030.000 horas
 
Como a fábrica reduzirá em 40% a quantidade de horas de MOD, o total de horas disponíveis para a produção dos três modelos será de
618.000 (60% x 1.030.000 horas). Assim, será necessário reduzir o tempo em 412.000 horas (1.030.000 – 618.000).
 
Sabendo quantas horas será necessário reduzir, agora precisamos saber qual modelo deverá ter sua produção reduzida e qual deverá ter
sua produção mantida. Para isso devemos calcular a margem de contribuição, considerando o fator delimitação de horas de MOD, da
seguinte forma:
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Matéria-prima (kg) 8 10 14
Matéria-prima ($/kg) $ 10 $ 10 $ 10
Custo da MP $ 80 $ 100 $ 140
MOD (horas) 7 8 10
MOD ($/horas) $ 5 $ 5 $ 5
Custo MOD $ 35 $ 40 $ 50
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Preço de venda unitário $ 206 $ 220 $ 270
Custo variável unitário $ 115 $ 140 $ 190
Margem de contribuição $ 91 $ 80 $ 80
MOD (horas) 7 8 10
Margem de contribuição com limitador MOD $ 13 $ 10 $ 8
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 
Assim, com base nos cálculos apresentados, o produto com a menor margem de contribuição unitária, considerando a limitação de horas de
MOD, é o modelo 3. Agora precisamos verificar se basta reduzir a produção do modelo 3 para que a indústria consiga atingir o lucro máximo
com a redução de MOD.
Considerando o total de horas por modelo e que a empresa precisa reduzir o tempo de MOD para 618.000 horas (redução de 412.000 horas),
e sabendo que a produção do modelo 3 consome, ao total, 350.000 horas, apenas reduzir a sua produção não basta: é necessária a
interrupção total de sua produção, e mesmo assim não é o suficiente pois ainda falta cortar 62.000 horas. Assim, a empresa precisa reduzir a
produção de seu segundo modelo com menor margem de contribuição, considerando o limitador de MOD, que, no exemplo, é o modelo 2.
Como para produzir a quantidade total de itens do modelo 2 a empresa consome o total de 400.000 horas e falta cortar 62.000 horas, não é
necessário interromper a sua produção, bastando apenas reduzi-la.
Assim, concluímos que para atingir o lucro máximo, considerando uma limitação de horas de MOD em 60% (redução de 40%), a empresa
deve manter a produção do modelo 1, reduzir a produção do modelo 2 e suspender a produção do modelo 3.
MÓDULO 2
 Estabelecer a relação entre custo, volume e lucro
PONTO DE EQUILÍBRIO – CONCEITO
 
Fonte: Freepik
Ponto de equilíbrio é um dos conceitos mais utilizados pela contabilidade gerencial. Também denominado de ponto de ruptura ou break even
point, é a quantidade mínima que a entidade precisa produzir para não gerar prejuízos. As empresas atingem seu ponto de equilíbrio quando
conseguem equalizar suas receitas totais com seus custos e despesas totais. Para calcularmos o ponto de equilíbrio existem algumas regras
ou pressupostos:
O cálculo deve ser feito para apenas um produto. Caso a empresa fabrique mais de um tipo, ela deve analisar o ponto de equilíbrio por
produto, preferencialmente.
Deve-se ter uma segregação clara entre os custos fixos e variáveis, visto que o conceito de margem de contribuição é utilizado no cálculo.
Deve haver um comportamento linear de custos, despesas e preços. Não precisam ser iguais de um período para o outro, basta que sejam
lineares, que tenham um padrão de comportamento ao longo do tempo.
Deve ser avaliado levando em consideração o custo de oportunidade, que vem a ser em quanto uma empresa sacrifica a remuneração de
seu capital por ter feito uma opção de investimento em detrimento de outra opção. Por exemplo, uma empresa tem a opção de aplicar uma
parte de seu capital ($ 100.000) em um título que rende 10% ao ano ou aplicar esse montante em uma máquina para fabricar sabão. Seu
custo de oportunidade é $ 10.000, pois se ela não fizer nada e aplicar apenas o dinheiro ela consegue pelo menos esse valor ($ 10.000)
.Se, com a atividade resultante dessa máquina, seu lucro no ano for de $40.000, o verdadeiro valor resultante da atividade seria de $30.000,
que é o excedente ao que ela conseguiria com o capital investido em uma instituição financeira ($ 40.000 - $ 10.000, que é seu custo de
oportunidade ) .
PONTO DE EQUILÍBRIO – TIPOS
Existem três tipos de ponto de equilíbrio:
Ponto de equilíbrio contábil (PEC)

Ponto de equilíbrio econômico (PEE)

Ponto de equilíbrio financeiro (PEF)
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC)
Representa a quantidade mínima que a entidade precisa produzir para cobrir seus custos e despesas fixas. Aqui o conceito é muito
semelhante ao de tomada de decisão com base na margem de contribuição: ele leva em consideração que, como os custos e despesas fixas
existem independentemente de produção, a empresa deve, pelo menos, pagar esses custos.
PEC (QTD) = 
Por exemplo, uma empresa quer saber qual seu ponto de equilíbrio contábil, tendo os seguintes dados: 
 
Custos fixos: $240.000 
Despesas variáveis: $20/unidade 
(Custos Fixos + Despesas Fixas)
Margem de contribuição unit.
Preço de venda: $ 100/unidade 
Custo de oportunidade: $ 20.000 
Parcela não desembolsada dos custos: $ 10.000 
Receita atual: $ 400.000
RESOLUÇÃO
PEC = = 3.000 UNIDADES
Assim, para que essa empresa pague seus custos e despesas fixas, ela deve produzir 3.000 unidades. No entanto, se a empresa levar
em consideração o custo de oportunidade ela está, na verdade, perdendo dinheiro no ponto de equilíbrio contábil.
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE)
Representa a quantidade mínima que a entidade precisa produzir para pagar seus custos e despesas fixas e ainda obter o mesmo
rendimento que obteria se aplicasse seu capital no mercado financeiro. Assim, ele utiliza o conceito de custo de oportunidade, em que a
remuneração mínima equivale à taxa de juros de mercado.
PEE = 
($ 240.000)
R($100 – $ 20)
(Custos Fixos + Desp. Fixas + Custo de Oportunidade)
Margem de Contribuição Unit.
Utilizando o mesmo exemplo, se a empresa quer saber qual seu ponto de equilíbrio econômico, a partir dos seguintes dados: 
 
Custos fixos: $240.000 
Despesas variáveis: $20/unidade 
Preço de venda: $ 100/unidade 
Custo de oportunidade: $ 20.000 
Parcela não desembolsada dos custos: $ 10.000 
Receita atual: $ 400.000
RESOLUÇÃO
PEE = = 3.250 UNIDADES
Assim, para que essa empresa pague seus custos e despesas fixas e ainda consiga obter a remuneração de mercado, ela deve produzir
3.250 unidades .
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF)
Representa a quantidade mínima que a entidade precisa produzir para pagar seus custos e despesas fixas, e igualar seus desembolsos
financeiros. Nesse ponto de equilíbrio devemos excluir aqueles custos ou despesas que não implicam saída de caixa para a empresa, tais
($ 240.000 + $20.000)
($100 –$ 20)
como a depreciação (custo ou despesa fixa que não tem o desembolso relacionado.) .
PEF = 
Utilizando o mesmo exemplo, se a empresa quer saber qual seu ponto de equilíbrio financeiro, a partir dos seguintes dados: 
 
Custos fixos: $240.000 
Despesas variáveis: $20/unidade 
Preço de venda: $ 100/unidade 
Custo de oportunidade: $ 20.000 
Parcela não desembolsada dos custos: $ 10.000 
Receita atual: $ 400.000
RESOLUÇÃO
PEF = = 2.875 UNIDADES
Assim, para que a empresa pague seus custos e despesas fixas, e iguale seu fluxo de saída de caixa, ela deve produzir 2.875 unidades. .
Como podemos observar, e isso é uma regra geral, o ponto de equilíbrio econômico é sempre superior ao ponto de equilíbrio contábil, visto
que o primeiro utiliza, além dos custos e despesas fixas, a variável do custo de oportunidade. Além disso, o ponto de equilíbrio contábil é
(Custos fixos + Desp. fixas – Parc. não desembolsada do custo)
Margem de contribuição unit.
($ 240.000 –$10.000)
($100 –$ 20)
sempre superior ao ponto de equilíbrio financeiro, visto que este último exclui do cálculo a parcela de custos que não teve saída financeira.
DEMONSTRAÇÃO
Ponto de equilíbrio contábil (PEC) = 
 
 
Ponto de equilíbrio econômico (PEE) = 
 
 
Ponto de equilíbrio financeiro (PEF) = 
 
 
Regra geral: PEE > PEC > PEF
Vale observar que o denominador das três equações de ponto de equilíbrio é sempre o mesmo: a margem de contribuição. Uma vez
alcançado o ponto de equilíbrio, cada unidade adicional vendida aumenta o lucro da empresa no valor da margem de contribuição unitária.
Por exemplo, uma empresa apresenta as seguintesinformações: 
 
 Custos variáveis: $ 30/ unidade 
Custos fixos: $ 250.000 
Preço de venda: $ 130/ unidade 
(Custos fixos + Despesas fixas)
Margem de contribuição unit.
(Custos fixos + Desp. fixas + Custo de oportunidade)
Margem de contribuição unit.
(Custos fixos + Desp. fixas – Parc. não desembolsada do custo)
Margem de contribuição unit.
javascript:void(0)
Margem de contribuição (MC): $ 100/unidade 
Qual será o seu ponto de equilíbrio contábil?
RESOLUÇÃO
PEF = = 2.500 UNIDADES
No ponto de equilíbrio o lucro é zero. Se a empresa for aumentando a sua produção em uma unidade, o lucro fica aumentado da margem de
contribuição, conforme podemos observar:
 
Fonte: autor
Assim, o resultado da empresa para uma quantidade superior à do ponto de equilíbrio pode ser calculado pela fórmula:
$ 250.000
$100
IMPACTO NO RESULTADO = (QUANTIDADE ATUAL – QUANTIDADE NO PONTO
DE EQUILÍBRIO) X MC
Em termos percentuais, o impacto no resultado da empresa decorrente de uma maior produção será sempre maior do que o aumento das
vendas. A esse fato dá-se o nome de alavancagem operacional, e pode ser mensurado da seguinte forma:
GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL = 
Assim, se usarmos o mesmo exemplo anterior, podemos simular a alavancagem da empresa para diferentes quantidades, agora que
sabemos a variação que cada unidade causa no resultado:
variação percentual do resultado
variação percentual da quantidade
 
Fonte: autor
Assim, os graus de alavancagem operacional (GAO) para cada um dos níveis de produção serão:
GAO (3.000 un => 3.200 un): 0,4 / 0,07 = 6
GAO (3.200 un => 4.000 un): 1,14/0,25 = 4,57
GAO (4.000 un => 4.500 un): 0,33/0,13 = 2,67
Agora, assista o vídeo e aprofunde os seus conhecimentos sobre o conceito de ponto de equilíbrio.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA INDÚSTRIA APRESENTOU AS SEGUINTES INFORMAÇÕES SOBRE O SEU PRODUTO: 
 
• CUSTO VARIÁVEL: $ 7,50/UNIDADE 
• DESPESA VARIÁVEL: $ 2,50/UNIDADE 
• DESPESA FIXA TOTAL: $ 146.000,00 
• PREÇO DE VENDA: $ 17,00/UNIDADE 
• INVESTIMENTO REALIZADO PARA O PROCESSO PRODUTIVO: $ 800.000,00 
• RETORNO MÍNIMO ESPERADO PARA O INVESTIMENTO REALIZADO: 15% 
• PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE): 100.000 UNIDADES 
 
 COM BASE NESSAS INFORMAÇÕES, QUAL O TOTAL DOS CUSTOS FIXOS DA INDÚSTRIA?
A) $ 368.000,00
B) $ 376.000,00
C) $ 434.000,00
D) $ 452.000,00
2. UMA EMPRESA APRESENTOU AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: 
 
CUSTOS VARIÁVEIS: $ 50,00/UNIDADE 
DESPESAS VARIÁVEIS: $ 20,00/UNIDADE 
CUSTOS FIXOS: $30.000 
DESPESAS FIXAS: $ 5.000 
PREÇO DE VENDA: $ 105,00/UNIDADE 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: $ 14.000,00 
RENTABILIDADE ESPERADA PELOS ACIONISTAS: 15% 
DEPRECIAÇÃO: $ 700,00 
 
COM BASE NESSAS INFORMAÇÕES, QUAIS OS PONTOS DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E
FINANCEIRO, RESPECTIVAMENTE?
A) 980, 1.000 e 950.
B) 1.000, 1.060 e 980
C) 1.200, 1.350 e 1.140
D) 1.340, 1.210 e 980
GABARITO
1. Uma indústria apresentou as seguintes informações sobre o seu produto: 
 
• Custo variável: $ 7,50/unidade 
• Despesa variável: $ 2,50/unidade 
• Despesa fixa total: $ 146.000,00 
• Preço de venda: $ 17,00/unidade 
• Investimento realizado para o processo produtivo: $ 800.000,00 
• Retorno mínimo esperado para o investimento realizado: 15% 
• Ponto de equilíbrio econômico (PEE): 100.000 unidades 
 
 Com base nessas informações, qual o total dos custos fixos da indústria?
A alternativa "C " está correta.
 
Custo de oportunidade = 15% x $ 800.000 = $ 120.000
 
Ponto de equilíbrio econômico = 
100.000 = 
Custos fixos = $ 700.000 - $266.000 = $ 434.000
2. Uma empresa apresentou as seguintes informações: 
 
Custos variáveis: $ 50,00/unidade 
Despesas variáveis: $ 20,00/unidade 
Custos fixos: $30.000 
Despesas fixas: $ 5.000 
Preço de venda: $ 105,00/unidade 
(Custos fixos + Despesas fixas + Custo de oportunidade)
Margem de contribuição 
(Custos fixos + $ 146.000 + $ 120.000)
($ 17 - $ 7,5 - $ 2,5) 
Patrimônio líquido: $ 14.000,00 
Rentabilidade esperada pelos acionistas: 15% 
Depreciação: $ 700,00 
 
Com base nessas informações, quais os pontos de equilíbrio contábil, econômico e financeiro, respectivamente?
A alternativa "B " está correta.
Ponto de equilíbrio contábil = = 1.000 unidades
Custo de oportunidade = 15% x $ 14.000 = $ 2.100
Ponto de equilíbrio econômico = = 1.060 unidades
Ponto de equilíbrio financeiro = = 980 unidades
MÓDULO 3
 Estabelecer a relação entre custo, volume e lucro
ESTABELECER A RELAÇÃO ENTRE CUSTO, VOLUME E LUCRO
$ 30.000 + $ 5.000
($ 105 - $ 50 - $ 20) 
$ 30.000 + $ 5.000 + $ 2.100
($ 105 - $ 50 - $ 20) 
$ 30.000 + $ 5.000 - $ 700
($ 105 - $ 50 - $ 20) 
 
Fonte: Freepik
A análise da relação entre o custo, o volume e o lucro é amplamente utilizada para verificar o impacto no resultado das empresas quando se
altera o preço de venda, os custos ou ambos. Ou seja, é muito usada para projeções do lucro que poderia ser obtido em diversos níveis
de produção e vendas possíveis, também chamados de cenários possíveis. Ela se baseia no custeio variável, visto que segrega os custos
e despesas fixas dos custos e despesas variáveis e utiliza o conceito de margem de contribuição. Além da margem de contribuição, para
essa análise são necessários, principalmente, outros dois conceitos: ponto de equilíbrio e margem de segurança.
MARGEM DE SEGURANÇA
O conceito de ponto de equilíbrio foi amplamente discutido no módulo anterior. Margem de segurança é quanto a empresa está operando
acima do seu ponto de equilíbrio. Ele pode ser calculado das seguintes formas:
MARGEM DE SEGURANÇA = 
ou
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = QUANTIDADE PRODUZIDA ATUAL –
QUANTIDADE PRODUZIDA NO PONTO DE EQUILÍBRIO
Utilizando o mesmo exemplo, se a empresa quer saber sua margem de segurança atual, tendo os seguintes dados: 
 
Custos fixos: $240.000 
Despesas variáveis: $20/unidade 
Preço de venda: $ 100/unidade 
Custo de oportunidade: $ 20.000 
Parcela não desembolsada dos custos: $ 10.000 
Receita atual: $ 400.000 
 
RESPOSTA 1
RESPOSTA 2
Receita atual – Receita no ponto de equilíbrio
Receita atual
MARGEM DE SEGURANÇA = = 25%
A empresa opera com uma margem de segurança de 25%.
MARGEM DE SEGURANÇA = ($ 400.000 / $ 100) – 3.000 UNIDADES = 1.000
UNIDADES
A empresa opera com 1.000 unidades acima do seu ponto de equilíbrio contábil.
VARIÁVEIS DO PONTO DE EQUILÍBRIO
O ponto de equilíbrio é um cálculo que leva em consideração a margem de contribuição e os custos e despesas fixas. Assim, são três as
variáveis que, caso alteradas, modificam o ponto de equilíbrio de uma empresa:
CUSTOS E DESPESAS FIXAS
Alterações nos custos e despesas fixas impactam o numerador da equação do ponto de equilíbrio. Assim, se esses fatores aumentarem (sem
alterações na margem de contribuição), o ponto de equilíbrio será maior, ou seja, a empresa precisará fabricar mais unidades para
compensar um aumento dos seus custos e despesas fixas. De forma contrária, se esses fatores diminuírem, o ponto de equilíbrio será menor,
pois a empresa precisará produzir menos para pagar custos e despesas fixas mais baixas.
PREÇO DE VENDA
$ 400.000 – (3.000 unidades x $ 100)
$ 400.000
Alterações no preço de venda impactam a margem de contribuição, que é o denominador da equação do ponto de equilíbrio. Assim, se o
preço de venda aumentar (sem alterações nos custos e despesas fixas, e custos e despesas variáveis), a margem de contribuição aumentará
e o ponto de equilíbrio será menor. De forma contrária, se o preço de venda diminuir, a margem de contribuição será menor e o ponto de
equilíbrio, maior.
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS
Alterações nos custos e despesas variáveis impactam a margem de contribuição, que é o denominador da equação do ponto de equilíbrio.
Assim, se os custos e despesas variáveis aumentarem (sem alterações no preço de venda), a margem de contribuição diminuirá e o ponto de
equilíbrio será maior. De forma contrária, se os custos e as despesas variáveis diminuírem, a margem de contribuição será maior e o ponto
de equilíbrio,menor.
Utilizando ainda o mesmo exemplo, verificamos que o ponto de equilíbrio contábil da empresa é de 3.000 unidades, considerando as
seguintes informações: 
 
Custos fixos: $240.000 
Despesas variáveis: $20/unidade 
Preço de venda: $ 100/unidade 
Custo de oportunidade: $ 20.000 
Parcela não desembolsada dos custos: $ 10.000 
Receita atual: $ 400.000 
CASO OS CUSTOS FIXOS AUMENTEM PARA $300.000
CASO OS CUSTOS FIXOS DIMINUÍSSEM PARA $210.000
Caso os custos fixos aumentem para $300.000 (aumento de 25%), o novo ponto de equilíbrio seria:
PONTO DE EQUILÍBRIO = = 3.750 UNIDADES (AUMENTO DE 25%)
Caso os custos fixos diminuíssem para $210.000 (queda de 12,5%), o novo ponto de equilíbrio seria:
PONTO DE EQUILÍBRIO = = 2.625 UNIDADES (QUEDA DE 12,5%)
Como podemos observar, as alterações nos custos fixos alteram na mesma proporção o ponto de equilíbrio. Mas para os custos e despesas
variáveis e para o preço de venda não ocorre essa proporcionalidade. Vejam nos exemplos a seguir:
$ 300.000
($100 - $ 20)
$ 210.000
($100 - $ 20)
 
Fonte: freepik
CASO O PREÇO DE VENDA AUMENTE PARA $ 120 (AUMENTO DE 20%)
Ponto de equilíbrio = = 2.400 unidades (queda de 20%)
CASO O PREÇO DE VENDA DIMINUA PARA $ 80 (QUEDA DE 20%)
Ponto de equilíbrio = = 4.000 unidades (aumento de 33,3%)
CASO OS CUSTOS VARIÁVEIS AUMENTEM PARA $25 (AUMENTO DE 25%)
Ponto de equilíbrio = = 3.200 unidades (aumento de 6,7%)
CASO OS CUSTOS VARIÁVEIS DIMINUÍSSEM PARA $18 (QUEDA DE 10%)
$ 240.000
($120 - $ 20)
$ 240.000
($80 - $ 20)
$ 240.000
($100 - $ 25)
Ponto de equilíbrio = = 2.927 unidades (aumento de 31%)
Notem que as alterações nos custos variáveis e no preço de venda não resultam em uma alteração proporcional do ponto de equilíbrio.
Quanto maior for a margem de contribuição, as alterações de suas variáveis (custos e despesas variáveis e preço de venda) não
impactarão tanto o ponto de equilíbrio. Quanto menor for a margem de contribuição, qualquer alteração de suas variáveis impactará de forma
relevante o ponto de equilíbrio.
RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO
Uma empresa pode trabalhar com as variáveis aqui apresentadas para simular a produção necessária visando atingir um determinado lucro.
Conhecendo o ponto de equilíbrio, ela saberá que uma produção acima da necessária para pagar seus custos lhe gerará um
retorno.
Se utilizarmos mais uma vez o exemplo em que calculamos o ponto de equilíbrio da empresa, veremos que para ela pagar seus custos e
despesas fixas é necessária uma produção de 3.000 unidades de seu produto. Assim, se ela fabricar 3.000 unidades, gerará um lucro de
zero (desconsiderando outras variáveis) .
Custos fixos: $240.000
Despesas variáveis: $20/unidade
Preço de venda: $ 100/unidade
Custo de oportunidade: $ 20.000
$ 240.000
($100 - $ 18)
Parcela não desembolsada dos custos: $ 10.000
Receita atual: $ 400.000
Receita: $ 300.000 
(-) Custos variáveis: ($ 60.000) 
(-) Custos fixos: 
SE A MESMA EMPRESA QUER GERAR UM LUCRO DE $ 100.000, QUANTO ELA
PRECISARÁ PRODUZIR A MAIS, MANTENDO AS DEMAIS VARIÁVEIS
CONSTANTES?
Receita – Custos variáveis – Custos fixos = $ 100.000
(Preço de venda x quantidade) – (Custos variáveis x quantidade) – Custos fixos = $ 100.000
($ 100 x quantidade) – ($ 20 x quantidade) – $ 240.000 = $ 100.000
$ 80 x quantidade = $ 100.000 + $ 240.000
Quantidade = 4.250
($ 240.000)
0
Notem que, para ter o retorno esperado, a empresa terá que produzir 1.250 unidades acima do ponto de equilíbrio. Ela pode não ter
capacidade de produção para isso; mesmo que tenha, pode não estar disposta a isso. O que a empresa pode fazer é modificar as variáveis
do ponto de equilíbrio.
Digamos que, no mesmo exemplo, ela não queira modificar a quantidade produzida. Para conseguir o retorno esperado, deve então modificar
uma das três variáveis existentes na equação: ou aumentar o preço de venda (caso haja espaço no mercado para isso), ou diminuir os custos
e despesas fixas (que são menos gerenciáveis, em geral) ou ainda diminuir os custos variáveis. Como já vimos, alterar a estrutura dos custos
é algo muito complexo, em especial os custos fixos. Mas de qualquer forma, veremos no exemplo de quanto deveria ser a alteração de cada
uma das variáveis para que a empresa obtenha o resultado esperado
Receita – Custos variáveis – Custos fixos = $ 100.000
(Preço de venda x quantidade) – (Custos variáveis x quantidade) – Custos fixos = $ 100.000
MODIFICANDO O PREÇO DE VENDA
MODIFICANDO OS CUSTOS FIXOS
MODIFICANDO OS CUSTOS VARIÁVEIS
MODIFICANDO O PREÇO DE VENDA
(PV x 3.000) – ($ 20 x 3.000) – $ 240.000 = $ 100.000 
3000 x PV = $ 100.000 + $ 240.000 + $ 60.000 
PV = 134 (aumento de 34%)
MODIFICANDO OS CUSTOS FIXOS
($100 x 3.000) – ($ 20 x 3.000) – CF = $ 100.000 
CF = $ 300.000 - $ 60.000 - $ 100.000 
CF = $ 140.000 (queda de 41,7%)
MODIFICANDO OS CUSTOS VARIÁVEIS
($100 x 3.000) – (CV x 3.000) – $ 240.000 = $ 100.000 
3.000 x CV = $ 300.000 - $ 240.000 - $ 100.000 
CV = ($ 13,33) (custo negativo!!! No exemplo apresentado não seria possível.)
Vejam que alterar apenas os custos variáveis seria impossível. Mas a empresa pode estudar vários cenários alterando todas as variáveis ou
algumas delas até chegar em um cenário viável para obter o retorno esperado.
 
Para ilustrar as diferenças das variáveis sobre o ponto de equilíbrio, observem o exemplo abaixo de uma empresa que fabrica dois produtos
(camisas e vestidos):
Camisa Vestido
Preço de venda $ 100 $ 100
Camisa Vestido
Custos variáves unitários $ 80 $ 20
Custos fixos totais $ 30.000 $ 210.000
Margem de contribuição $ 20 $ 80
Ponto de equilíbrio $ 1.500 $ 2.625
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Com base nessas informações a empresa precisa, para pagar seus custos e despesas fixas, produzir 1.500 camisas e 2.625 vestidos;
resolve então fazer simulações de alteração no seu preço de venda e avaliar como reduções ou aumentos nele impactariam a quantidade
necessária para pagar seus custos e despesas fixas (que seria o novo ponto de equilíbrio com os novos preços). Após fazer as simulações, a
empresa chegou aos seguintes resultados:
Alteração no volume do ponto de equilíbrio (%):
Camisa Vestido
Redução no preço de venda em 5% 2.000 + 33% 2.800 + 7%
Redução no preço de venda em 10% 3.000 + 100% 3.000 + 14%
Camisa Vestido
Redução no preço de venda em 15% 6.000 + 300% 3.231 + 23%
Aumento no preço de venda em 5% 1.200 - 20% 2.471 - 6%
Aumento no preço de venda em 10% 1.000 - 33% 2.333 - 11%
Aumento no preço de venda em 15% 857 - 43% 2.211 - 16%
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Notem os percentuais dos cenários de variação dos preços de venda dos dois produtos. Os custos variáveis da camisa são elevados, sendo
sua margem de contribuição percentual de 20% ($ 20 / $100) . Já os custos variáveis do vestido são baixos, tendo esse item uma margem
de contribuição percentual de 80% ($ 80 / $100) . O efeito no volume de produção necessário para cada um desses produtos, decorrente de
uma mudança no preço de venda, é dramaticamente diferente.
 ATENÇÃO
Se a empresa aumentar o preço de venda em 10%, será necessário um aumento de 14% da quantidade produzida de vestidos, enquanto
para as camisas será necessário um aumento de 100%!
Isso ocorre sempre entre produtos com margens de contribuição tão diferentes: quanto maior a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio
é menos sensível a alterações no preço de venda; por outro lado, quanto menor a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio é mais
sensível a alterações no preço de venda.
Margem de segurança: Volume atual de vendas – Volume de vendas no ponto de equilíbrio
Para encerramos esse assunto, veja o vídeo e entenda ainda mais a relação entre custo, volume e lucro no impacto do resultado
das empresas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EMPRESA FABRICA APENAS UM PRODUTO E TEM OS SEGUINTES CUSTOS MAPEADOS: 
 
DESPESA VARIÁVEL: $ 65,00/UNIDADECUSTO VARIÁVEL: $ 140,00/UNIDADE 
PREÇO DE VENDA: $ 320,00/UNIDADE 
CUSTOS FIXOS: $ 11.500,00 
DEPRECIAÇÃO DE MÁQUINAS: $ 1.150,00 
 
A EMPRESA DESEJA UM LUCRO DE $ 6.900,00. COM BASE NAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS, QUAL A
OPÇÃO CORRETA EM RELAÇÃO À ANÁLISE DE CUSTO X VOLUME X LUCRO?
A) Para atingir o ponto de equilíbrio contábil, é necessário que as vendas alcancem $ 11.500,00.
B) Para atingir o ponto de equilíbrio econômico, é necessário que as vendas alcancem $ 51.200,00.
C) A margem de contribuição representa aproximadamente 68% do preço de venda.
D) O ponto de equilíbrio econômico é de 115 unidades.
2. UMA INDÚSTRIA APUROU AS SEGUINTES INFORMAÇÕES GERENCIAIS SOBRE SUA PRODUÇÃO: 
 
FABRICOU 15.000 PRODUTOS E VENDEU 12.000 PRODUTOS (PREÇO DE VENDA: $ 340/UNIDADE) 
CENÁRIO 1: PREÇO DE VENDA $ 320/UNIDADE => VENDAS 15% MAIORES 
CENÁRIO 2: PREÇO DE VENDA $ 310/UNIDADE => VENDAS 20% MAIORES 
CENÁRIO 3: PREÇO DE VENDA $ 300/UNIDADE => VENDAS 25% MAIORES 
CUSTO VARIÁVEL: $ 155/UNIDADE 
COMISSÕES SOBRE VENDAS: 12% SOBRE O PREÇO DE VENDA 
CUSTOS FIXOS: $ 400.000 
DESPESAS FIXAS: $ 55.000 
 
QUE PREÇO A INDÚSTRIA DEVERIA ADOTAR PARA MAXIMIZAR O SEU LUCRO?
A) 340
B) 320
C) 310
D) 300
GABARITO
1. Uma empresa fabrica apenas um produto e tem os seguintes custos mapeados: 
 
Despesa variável: $ 65,00/unidade 
Custo variável: $ 140,00/unidade 
Preço de venda: $ 320,00/unidade 
Custos fixos: $ 11.500,00 
Depreciação de máquinas: $ 1.150,00 
 
A empresa deseja um lucro de $ 6.900,00. Com base nas informações apresentadas, qual a opção correta em relação à análise de
custo x volume x lucro?
A alternativa "B " está correta.
 
1º Passo: Calcular a Margem de Contribuição (MC) = PV - DV-CV)
MC = 320 - 140 - 65 
MC = 115
2º Passo: Calcular PEE
PEE = 18.400 
 115 
PEE = 160 unidades
Verificando o cálculo do PEE:
PEE * PV - (CF + DV) = Custo de Oportunidade 51.200 (160 * 320) PEE * PV
11.500 CF 
32.800 CV 
44.300 CF + DV 
6.900 = (PPE *PV) - (CF + DV) = Custo de Oportunidade
Para atingir o ponto de equilíbrio econômico, é necessário que as vendas alcancem $ 51.200,00
2. Uma indústria apurou as seguintes informações gerenciais sobre sua produção: 
 
Fabricou 15.000 produtos e vendeu 12.000 produtos (preço de venda: $ 340/unidade) 
Cenário 1: preço de venda $ 320/unidade => vendas 15% maiores 
Cenário 2: preço de venda $ 310/unidade => vendas 20% maiores 
Cenário 3: preço de venda $ 300/unidade => vendas 25% maiores 
Custo variável: $ 155/unidade 
Comissões sobre vendas: 12% sobre o preço de venda 
Custos fixos: $ 400.000 
Despesas fixas: $ 55.000 
 
Que preço a indústria deveria adotar para maximizar o seu lucro?
A alternativa "B " está correta.
 
Cenário real: 
 
Receitas: $ 4.080.000 => (12.000 unidades x $ 340) 
Comissão: ($ 489.600) => (12% x $ 4.080.000) 
Custos variáveis: ($ 1.860.000) => (12.000 unidades x $ 155) 
Resultado: $ 1.730.400 
 
 Cenário 1: 
Receitas: $ 4.416.000 => (13.800 unidades x $ 320) 
Comissão: ($ 529.920) => (12% x $ 4.416.000) 
Custos variáveis: ($ 2.139.000) => (13.800 unidades x $ 155) 
Resultado: $ 1.747.080 ( ESTE É O MAIOR RESULTADO, PORTANTO A OPÇÃO B É A CORRETA) 
 
 Cenário 2: 
Receitas: $ 4.464.000 => (14.400 unidades x $ 310) 
Comissão: ($ 535.680) => (12% x $ 4.464.000) 
Custos variáveis: ($ 2.232.000) => (14.400 unidades x $ 155) 
Resultado: $ 1.696.320 
 
 Cenário 3: 
Receitas: $ 4.500.000 => (15.000 unidades x $ 300) 
Comissão: ($ 540.000) => (12% x $ 4.500.000) 
Custos variáveis: ($ 2.325.000) => (15.000 unidades x $ 155) 
Resultado: $ 1.635.000 
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema vimos o conceito de margem de contribuição e sua importância para a contabilidade gerencial. Trata-se de uma relevante
ferramenta para a tomada de decisão, especialmente quando a empresa enfrenta alguma limitação de produção. Vimos também que, por
meio desse conceito, é possível encontrarmos o ponto de equilíbrio (seja contábil, econômico ou financeiro), além de realizarmos simulações
com variações de custo, de volume ou de ambos. Demonstramos a relevância da análise de alterações nos componentes da relação custo x
volume x lucro.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDICIBUS, S.; MELLO, G. Análise de custos: uma abordagem quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013.
LIMA, A. Contabilidade de custos para concursos: teoria e questões comentadas da FCC, FGV, Cespe e Esaf. São Paulo: Método, 2011.
EXPLORE+
Para mais informações sobre contabilidade gerencial e contabilidade de custos, leiam o livro do Eliseu Martins, extremamente
relevante nessa área de conhecimento. Há também o livro do Alexandre Lima, com diversas questões comentadas. Os títulos dos
livros estão nas referências.
CONTEUDISTA
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
 CURRÍCULO LATTES
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