Buscar

Forma federativa brasileira - secessão - autonomia dos entes federativos - estado-membro e município - incorporação, subdivisão, desmembramento e anexação!

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FORMA FEDERATIVA BRASILEIRA 
 
 
 
 
O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista de governo e a forma federativa 
de Estado. 
Componentes do Estado federal brasileiro: União, Estados, Municípios e o Distrito Federal. 
ART 1° CF/88 
“A República Federativa do Brasil, formada pela união INDISSOLÚVEL dos Estados e Municípios 
e do Distrito Federal”. 
a) PACTO FEDERATIVO: A federação é a forma de Estado adotada pelo Brasil. A federação 
é uma forma de Estado na qual HÁ MAIS DE UMA ESFERA DE PODER DENTRO DE 
UM MESMO TERRITÓRIO e sobre uma mesma população. 
 
b) INEXISTÊNCIA DO DIREITO DE SECESSÃO + PRINCÍPIO DA 
INDISSOLUBILIDADE: A união indissolúvel significa que os Estados, o DF e os Municípios 
não podem se separar do todo. A forma federativa do Estado é uma clausula pétrea, 
logo, É VEDADO O DIREITO DE SECESSÃO POR PARTE DE QUALQUER ENTE 
FEDERATIVO, na hipótese de insistência de secessão, a União poderá agir por meio 
da INTERVENÇÃO FEDERAL para restabelecer a ordem. 
 
 Forçar SEPARAÇÃO entre os entes: ART. 34, I. 
 Proposta que prevê ABOLIR a forma federativa de estado: ART. 60, § 4°, I. 
 
 
 
c) DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA: A Constituição prevê núcleos de poder político, 
concedendo autonomia para os referidos entes. 
 
d) REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA + AUTO ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS-
MEMBROS: Garante a autonomia entre os entes federativos e, assim, o equilíbrio da 
federação. A auto-organização consiste na criação de uma constituição estadual. 
 
e) AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS ART. 25, § 1°: a União, os Estados-membros, 
o Distrito Federal e os Municípios possuem sua autonomia. No entanto, essa 
autonomia é limitada pelos princípios consagrados pela Constituição Federal. 
FORMA DE GOVERNO SISTEMA DE GOVERNO FORMA DE ESTADO 
REPUBLICANO PRESIDENCIALISMO FEDERAÇÃO 
Possibilidade de intervenção 
A autonomia, atributo que não se confunde com a soberania, se desdobra nas seguintes 
capacidades e atribuições: 
 
– Auto-organização: confere aos entes federados a capacidade de se autoestruturarem por 
meio de suas Constituições e Leis Orgânicas – Constituição Estadual. 
 
– Autogoverno: permite que em cada ente federativo haja a estruturação dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário. 
 
– Autolegislação: os entes têm capacidade de autoadministração. 
 
– Autoadministração: atribui aos entes o dever de gerir a coisa pública. 
 
OBS: Constituição Federal deixa claro que o Município é um ente federativo e como tal, está dotado 
de autonomia para se auto-governar, administrar, legislar e organizar, possuindo autonomia para 
tratar de assuntos de interesse local, estes pertinentes ao Município. 
 
 
ART 18° §3° CF/88 
 
“Os ESTADOS podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos ESTADOS ou Territórios Federais, MEDIANTE APROVAÇÃO: 
• Consulta prévia às populações diretamente interessadas, por meio de plebiscito; 
• Audição das assembleias legislativas dos estados interessados; 
• Edição de Lei Complementar pelo Congresso Nacional (a lei complementar precisa ter a maioria 
dos votos da casa para ser aprovada (41/80), geralmente ela é imposta porque dificulta que seja 
implantado o que se deseja, protegendo assim, a ordem). 
INCORPORAÇÃO, SUBDIVISÃO, DESMEMBRAMENTO E ANEXAÇÃO: 
• INCORPORAÇÃO: A união de um Estado a outro, perdendo um deles a personalidade 
(deixando de existir). Devem ser ouvidas as assembleias dos estados que desejam incorporar-
se. 
• SUBDIVISÃO: Criação de dois ou mais Estados-membros através de um Estado já 
existente. Para formação de novos estados, só há uma assembleia a ser ouvida (a do Estado que 
pretende subdividir-se). 
• SUBDIVISÃO ANEXAÇÃO: O Estado se desmembra para se anexar a outro já existente. As 
assembleias dos Estados que se pretende anexar, deverão ser ouvidas para dizerem se aceitam 
ou não a anexação. 
• DESMEMBRAMENTO: Um Estado já existente cede parte de seu território para formação 
de um novo Estado ou para acrescer um outro Estado, também já existente. São duas, então, 
as hipóteses cabíveis para esse processo. O Estado de origem não perde sua capacidade 
jurídica em nenhum dos casos, perde apenas em termos de população e espaço geográfico. 
Assim, como não há perda da capacidade jurídica para a hipótese de anexação, somente há 
um acréscimo populacional e de espaço geográfico. No caso de desmembramento para 
formação de novo estado, só há uma assembleia a ser ouvida (a do Estado que se desmembra). 
Porém, se o desmembramento for para anexação a outro ou outros estados, as assembleias destes 
também deverão ser ouvidas. 
• FUSÃO: Dois ou mais Estados formam um novo Estado, estes perderão a sua personalidade e 
surgirá um novo estado. Cita-se o caso do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que 
formaram o Estado do Sul, teve uma união geográfica e populacional, os Estados envolvidos 
perdem a sua capacidade jurídica, ganhando uma nova com a formação do novo Estado-membro. 
OBS 1: Se o resultado do PLEBISCITO FOR DESFAVORÁVEL, não poderá ser feito nenhum dos 
procedimentos citados, visto que, a população é a parte mais interessada. Se favorável, o 
Congresso Nacional a aprovação ou não da Lei Complementar. 
OBS 2: A consulta às assembleias legislativas tem função meramente opinativa, isto é, a opinião 
negativa ou positiva das assembleias legislativas não obriga o Congresso Nacional a aprovar ou 
reprovar a lei complementar. 
ALTERAÇÃO EM TERRITÓRIOS FEDERAIS: Para a alteração dos limites territoriais do estado, a 
consulta a população (toda a população do estado membro, tanto da área desmembrada, quanto 
da área remanescente) interessadas deverá ser prévia por meio de PLEBISCITO, VEDADA A 
REALIZAÇÃO DE CONSULTA ULTERIOR. 
ART 18° §4° CF/88 
A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão: 
 Edição de Lei Complementar Federal para regular o período -> Até hoje a LC não foi 
editada. 
 Aprovação Lei Orgânica Federal para regular como realizar o estudo de viabilidade. 
 Realização e divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal. 
 Plebiscito: consulta prévia para a população diretamente interessada 
 Lei Orgânica Estadual para instituir a criação, incorporação, etc. 
 
LEMBRETE: ESTUDOS DE VIABILIDADE ocorre somente na criação, incorporação, fusão e no 
desmembramento de MUNICÍPIOS. Não é exigido para a criação, incorporação, fusão e 
desmembramento dos ESTADOS. 
 
OBS: Observa-se que para a criação de um novo município, o processo é muito mais criterioso. 
 
ART 25° CF/88 
O art. 25, preceitua que os Estados se organizarão e serão regidos pelas LEIS E CONSTITUIÇÕES 
QUE ADOTAREM, observando-se, sempre, as REGRAS E PRECEITOS ESTABELECIDOS NA 
CF, conforme já expusemos ao tratar do poder constituinte derivado decorrente. 
 
MUNICIPIO 
Os Municípios se auto-organizam através de sua Lei Orgânica Municipal, e, posteriormente, através 
da edição de leis municipais; se autogovernam, mediante a eleição do prefeito, vice-prefeito e 
vereadores, sem qualquer influência do governo federal ou estadual; e, finalmente, se 
autoadministram, nos exercícios de suas competências administrativas, legislativas e tributárias, 
nos limites diretamente conferidos pela Constituição Federal. 
A análise dos arts. 1.º e 18, bem como de todo o capítulo reservado aos Municípios (apesar de 
vozes em contrário), leva-nos ao único entendimento de que eles são ENTES FEDERATIVOS, 
dotados de AUTONOMIA PRÓPRIA, materializada por sua capacidade de AUTO-
ORGANIZAÇÃO, AUTOGOVERNO, AUTO-ADMINISTRAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO. Ainda 
mais diante do art. 34, VII, “c”, que prevê a INTERVENÇÃO FEDERAL NA HIPÓTESE DE O 
ESTADO NÃO RESPEITAR A AUTONOMIA MUNICIPAL. 
 
PRINCÍPIO DA SIMETRIA 
O Princípio da Simetria determina que há de existir uma relação deparalelismo entre as 
disposições constitucionais destinadas à União e os demais entes federativos. Uma 
entidade, seja Estadual ou Municipal, não pode ultrapassar o limite traçado de atuação de 
cada esfera.

Continue navegando