Simulado 01 - Padrão de Resposta

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 01 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 ÁREA: DIREITO CIVIL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.” 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional – XXXII Exame de Ordem Unificado 
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PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
João, com 7 anos de idade, obteve a fixação de alimentos contra seu Pai Carlos, dirigente de uma 
fumageira, através da ação de alimentos n.º 1234567890, que tramitou na Vara de Família de Santa Cruz 
do Sul. A sentença, que transitou em julgado em março de 2020, estabeleceu a obrigação alimentar no 
valor de R$2.000,00 mensais. Passados pouco mais de um ano da fixação, Carlos resolve reduzir o valor 
dos alimentos, pois entende absurdo o valor, especialmente por possuir outra família e por ter tido outro 
filho, fruto do segundo relacionamento. Assim, Carlos ajuíza ação com pedido revisional de alimentos, 
onde pretende a redução dos alimentos para o valor de R$1.000,00 mensais. Como único argumento para 
a redução, afirma que com a constituição de nova família e o nascimento de filho, suas despesas 
aumentaram e João precisa compreender as necessidades do irmão mais novo. 
A ação, cujo valor da causa é de R$2.000,00, é distribuída para a Vara de Família de Santa Cruz do Sul e 
tombada sob o número 1237890456. 
Pagas as custas, a inicial é recebida e a citação determinada para contestar. A carta de citação do processo 
foi enviada pelo correio, no qual fora dispensada a audiência inicial de conciliação, tendo em vista a 
situação da pandemia e a dificuldade da realização da audiência de conciliação. Maria, genitora de João, 
procura você como advogado, para defender os interesses de João, entendendo que a redução pretendida 
por Carlos é inviável, pois sua condição financeira não se modificou e a necessidade do filho é maior, pois 
tendo em vista que as escolas públicas não estão funcionando, tendo inclusive necessitado matricular o 
filho em escola particular, com o custo de R$1.000,00 mensais, para turno integral. Maria, que precisa 
trabalhar e depende do filho na escola, não está conseguindo, sozinha, custear essa despesa e vem 
enfrentando dificuldades financeiras, e pretende aproveitar a oportunidade para pleitear o aumento 
imediato do valor dos alimentos do filho para R$2.500,00 mensais, apresentando ao advogado todos os 
comprovantes da situação de necessidade do filho. 
Na qualidade de advogado(a) de João, que não tem interesse em audiência de conciliação, elabore a peça 
processual cabível para defender seus interesses, indicando seus requisitos e fundamentos, nos termos 
da legislação vigente. Considere que o aviso de recebimento da carta de citação de João foi juntado aos 
autos no dia 01/02/2021 (segunda-feira), e que não há feriados no mês de fevereiro. (Valor: 5,0) 
 
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
 
 
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XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 01 
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 ÁREA: DIREITO CIVIL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.” 
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Gabarito comentado 
 
A peça processual cabível é uma Contestação (Art. 335 do CPC), com reconvenção (Art. 343 do CPC), 
apresentada no prazo de 15 dias úteis (Art. 219 do CPC), prazo esse contato a partir do primeiro dia útil 
posterior a juntada do AR relativo à carta de citação (Art. 335 e Art. 231, inciso I, ambos do CPC) ou seja, 
até 22/02/2021. 
O examinando deverá apresentar a contestação dirigida ao processo nº 1237890456, para a Vara de 
Família da Comarca de Santa Cruz do Sul. 
Na contestação, deverá alegar, em preliminar, incorreção do valor da causa, que deve corresponder a 
doze vezes o valor do pedido, nos termos do Art. 292, inciso III, do CPC (ou seja, R$ 12.000,00). 
No mérito da contestação, deverá alegar que o entendimento dos Tribunais Superiores é no sentido de 
que a constituição de nova família pelo alimentante não acarreta a revisão automática da quantia 
estabelecida em favor dos filhos advindos de união anterior. 
Deve, também, ser alegado que a situação de necessidade de João persiste e, inclusive, é maior do que a 
existente no momento da fixação dos alimentos. 
Também, deve ser argumentado que a situação financeira de Carlos não se modificou. Como fundamento, 
deve ser trazido o art. 1.699, CC, que determina que para poder haver a alteração do valor dos alimentos 
deve haver a mudança na situação financeira de quem recebe ou de quem paga. 
Na reconvenção, deverá buscar o aumento do valor fixado, para R$2.500,00, tendo em vista a necessidade 
do menor, comprovando com as despesas com os devidos comprovantes, inclusive com pedido de fixação 
de alimentos provisórios. Deve ser indicado o valor da causa, nos termos do art. 292, III, CPC, ou seja, 
R$30.000,00. 
Considerando a situação financeira de Maria, deve ser pleiteado, tanto na contestação quanto na 
reconvenção, o benefício da gratuidade judiciária, nos termos do arts. 98 e 99, CPC e a condenação do 
autor/reconvindo em custas e honorários. 
Ao final, deve requerer a improcedência do pedido de Carlos e, também, a procedência do pedido 
reconvencional, com a majoração do pedido de alimentos, com efeito retroativo a citação da ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
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Distribuição de pontos 
 
 ITEM PONTUAÇÃO 
Endereçamento 
Petição endereçada à Vara de Família da Comarca de Santa Cruz do Sul (0,10), 
indicando o número da ação de origem (0,10). 
0,00 / 0,10 / 
0,20 
Partes 
Nomes de Carlos (0,10) e João, representado por Maria (0,10) e qualificação, ou 
indicação de que as partes já estão qualificadas. 
0,00 / 0,10 / 0,20 
Preliminar da contestação 
1. Alegar a incorreção do valor da causa (0,30), nos termos do Art. 337, III, do CPC (0,10). 0,00 / 0,30 / 0,40 
2. Indicar que o valor da causa deve ser o 12 vezes o valor do pedido (0,30), conforme 
o Art. 292, inciso III, do CPC (0,10) 
0,00 / 0,30 / 0,40 
 
Mérito da contestação/reconvenção 
1. Exposição dos fatos – alegação de que o nascimento de filho e constituição de nova 
família, por si só, não é motivo para redução (0,50) 
0,00 / 0,50 
2. Defender que a necessidade de João persiste (0,30), e que a condição financeira de 
Carlos não se modificou (0,30), segundo o Art. 1.699 do Código Civil (0,10). 
0,00 / 0,30 / 0,40 
/ 0,60 / 0,70 
3. Na reconvenção, fazer o requerimento de fixação dos alimentos provisórios (0,20), 
segundo o Art. 4º da lei 5478/68 (0,10). 
0,00 / 0,20 / 0,30 
4. Na reconvenção, diante da necessidade de João (0,40) e da possibilidade de Carlos 
(0,40), requerer o aumento dos alimentos, nos termos do Art. 1.699 do Código Civil. 
(0,10) 
0,00 / 0,40 / 0,50 
/ 0,80 / 0,90 
Pedidos 
1. Requerero acolhimento da preliminar (0,10) e a improcedência dos pedidos 
formulados por Carlos (0,30) 
0,00 / 0,10 / 
0,30 / 0,40 
2. Requerer a procedência do pedido reconvencional, para condenação do autor-
reconvindo ao pagamento dos alimentos no valor de R$2.500,00 (0,30) 0,00 / 0,30 
3. Condenação em custas (0,10) e honorários advocatícios (0,10) OU condenação nos 
ônus da sucumbência (0,20) 
0,00 / 0,10 / 0,20 
Provas 
1. Juntada dos comprovantes da necessidade de João (0,10) 0,00 / 0,10 
2. Protesto pela produção das provas em direito admitidas (0,10) 0,00 / 0,10 
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XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 01 
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 ÁREA: DIREITO CIVIL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.” 
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Tempestividade 
Indicação de data dentro do prazo de 15 dias úteis a partir da juntada do AR relativo à 
carta de citação, ou seja, até 22/02/2021 (0,10) 
0,00 / 0,10 
Valor da Causa 
Indicação de valor da causa para a reconvenção (R$30.000,00) (0,10) 0,00 / 0,10 
Fechamento 
Local..., Data..., Advogado..., OAB... (0,10) 0,00 / 0,10 
TOTAL 5,00 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.” 
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 1 
 
Enunciado 
 
João era viúvo e possuía três filhos: Pedro, Paulo e José. Pedro e José eram solteiros. Paulo vivia em união 
estável com Rafaela. João e o filho Paulo residem em Brumadinho/MG, são empregados da empresa XYZ e 
trabalhavam no local quando a barragem desmoronou e acabou por matar centenas de pessoas que 
trabalhavam e/ou residiam no local. Os corpos de João e Paulo não foram encontrados, mesmo após todas 
as buscas e diligências. A empresa XYZ necessita fazer o pagamento de indenização para as famílias dos 
funcionários falecidos na tragédia, necessitando da apresentação da certidão de óbito. Ademais, há a 
necessidade de saque dos valores que João possuía em banco e a partilha dos bens deixados por ele. 
Considerando a situação hipotética, responda: 
a) Como os corpos não foram encontrados, João e Paulo serão considerados mortos? Em que momento? 
(Valor: 0,65) 
b) A empresa XYZ, em conjunto com as famílias, escolheram a arbitragem para acertarem os termos da 
indenização. O árbitro, diante dos argumentos de ambas as partes, emitiu uma sentença arbitral 
condenando a empresa ao pagamento de indenização. Considerando que a empresa não cumpriu a decisão 
arbitral, as famílias podem cobrar esta sentença arbitral perante o Poder Judiciário? Como? Cite o 
fundamento legal. (Valor: 0,60) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
a) Tendo em vista que João e Paulo enquadram-se na hipótese do art. 7.º, I, CC, por ser extremamente 
provável a morte, por estarem em risco de vida, já que estavam trabalhando no local onde houve o 
rompimento da barragem, trata-se de morte presumida. Assim, esgotadas as buscas e averiguações, 
poderá a família buscar a declaração da morte presumida, nos termos do parágrafo único do art. 7.º, CC, 
devendo a sentença fixar a data e horário provável da morte. 
 
b) A sentença arbitral, por ser considerada título executivo judicial, conforme o artigo 515, VII do CPC, 
poderá ser executada via o procedimento de cumprimento de sentença. 
 
 
 
 
 
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 ÁREA: DIREITO CIVIL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.” 
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Distribuição de pontos 
 
 ITEM PONTUAÇÃO 
a) Tendo em vista que João e Paulo enquadram-se na hipótese do art. 7.º, I, CC, por 
ser extremamente provável a morte, por estarem em risco de vida, já que estavam 
trabalhando no local onde houve o rompimento da barragem, trata-se de morte 
presumida (0,30). Assim, esgotadas as buscas e averiguações, poderá a família buscar 
a declaração da morte presumida, nos termos do parágrafo único do art. 7.º, CC (0,15), 
devendo a sentença fixar a data e horário provável da morte (0,20). 
 
0,00 / 0,20 / 0,30 / 
0,35 / 0,45 / 0,50 / 
0,65 
b) A sentença arbitral, por ser considerada título executivo judicial (0,30), conforme o 
artigo 515, VII do CPC (0,10), poderá ser executada via o procedimento de 
cumprimento de sentença (0,20). 
0,00 / 0,20 / 0,30 / 
0,40 / 0,50 / 0,60 
 
 
 
 
 
 
 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 2 
 
Enunciado 
 
João e Maria pretendem contrair matrimônio. Maria tem 62 anos e João, 67 anos. Trata-se de segundas 
núpcias do futuro casal que, inclusive, possui filhos oriundos de relacionamentos anteriores, que foram 
dissolvidos pelo divórcio, embora não tenha sido realizada a partilha de bens quando da dissolução dos 
vínculos. O casal pretende comunicar seus patrimônios em totalidade. Diante da situação hipotética e, 
considerando ser o advogado procurado por João e Maria buscando aconselhamento jurídico sobre a 
possibilidade de sua pretensão, responda: 
 
a) É possível o casal escolher o regime de comunhão universal de bens? Uma vez contraído o matrimônio, 
nos termos do enunciado, poderá haver a alteração do regime de bens? (Valor: 0,65) 
b) Caso seja promovida a ação judicial para alteração no regime de bens, na forma do art. 1639, §2º do CC, 
será exigido o litisconsórcio ativo dos cônjuges? Se sem, qual forma de litisconsórcio? Cite o fundamento 
legal. (Valor: 0,60) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
a) O casal, tendo em vista não terem feito partilha dos bens dos relacionamentos anteriores, não poderá 
escolher o regime. O art. 1.523 do CC estabelece que “não devem casar: III - o divorciado, enquanto não 
houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal”. Neste caso, a lei impõe, nos termos do 
art 1.641, I, CC o regime de separação obrigatória de bens. Tendo em vista que o casamento será celebrado 
nos termos do art 1.641, I, CC pelo regime de separação obrigatória de bens, eventual alteração do regime 
somente será possível uma vez superada a causa que impôs a separação, ou seja, se realizada a partilha de 
bens em razão de relacionamento anterior. Para tanto, necessário, nostermos do art. 1.639, § 2.º, CC, de 
ação judicial, movida por ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os 
direitos de terceiros. 
 
b) Haverá litisconsórcio necessário no polo ativo, conforme art. 114 do CPC e tal litisconsórcio será unitário, 
de acordo com o art. 116 do CPC. 
 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
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Distribuição de pontos 
 
 ITEM PONTUAÇÃO 
a) O casal, tendo em vista não terem feito partilha dos bens dos relacionamentos 
anteriores, não poderá escolher o regime (0,10). O art. 1.523 do CC estabelece que “não 
devem casar: III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a 
partilha dos bens do casal” (0,05). Neste caso, a lei impõe, nos termos do art 1.641, I, 
CC o regime de separação obrigatória de bens. (0,20) Tendo em vista que o casamento 
será celebrado nos termos do art 1.641, I, CC pelo regime de separação obrigatória de 
bens, eventual alteração do regime somente será possível uma vez superada a causa 
que impôs a separação, ou seja, se realizada a partilha de bens em razão de 
relacionamento anterior (0,20). Para tanto, necessário, nos termos do art. 1.639, § 2.º, 
CC, de ação judicial, movida por ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões 
invocadas e ressalvados os direitos de terceiros (0,10). 
0,00 / 0,10 / 0,15 / 0,20 / 
0,25 / 0,30 / 0,35 / 0,40 / 
0,45 / 0,50 / 0,55 / 0,60 / 
0,65 
 
b) Haverá litisconsórcio necessário no polo ativo (0,20), conforme art. 114 do CPC (0,10) 
e tal litisconsórcio será unitário (0,20), de acordo com o art. 116 do CPC (0,10). 
0,00 / 0,20 / 0,30 / 0,40 / 
0,50 / 0,60 
 
 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 3 
 
Enunciado 
 
Em 19/10/2016, Maria sofreu um acidente de trânsito, no qual João, que trafegava na contramão, bateu 
no carro de Maria, causando um prejuízo no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais). A Polícia compareceu 
no local do acidente e coletou o relato das testemunhas, as quais afirmam que João estava realizando uma 
ultrapassagem e, na contramão, atingiu o carro de Maria. 
No dia 03/12/2020, Maria procurou um advogado, para esclarecer algumas dúvidas e providenciar a 
cobrança judicial do valor, visto que, embora venha tentando, há anos, buscar a reparação, João não 
realizou a reparação dos danos. Maria levou consigo todas as mensagens de e-mail trocadas com João, 
onde, inclusive, em 15/08/2019, João reconhece o direito de Maria a reparação dos danos, mas refere não 
ter condições de, no momento, efetivar o pagamento do valor. Ajuizada a referida ação que tramita pelo 
procedimento comum, o juiz ao analisar a Petição Inicial da ação ajuizada por Maria a recebe porém julga 
improcedente de forma liminar o pedido por entender que houve prescrição do direito da Maria, sendo o 
advogado de Maria intimado da referida decisão. Considerando a situação apresentada, responda, de 
forma justificada. 
a) O juiz agiu corretamente ao reconhecer a prescrição do direito de Maria? (Valor: 0,60) 
b) Caso o advogado de Maria queira recorrer da referida decisão, qual a medida judicial que deverá utilizar? 
(Valor: 0,65) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
a) Embora já tenha decorrido mais de 03 anos da data do acidente, fato gerador da reparação civil dos 
danos, prazo regulado pelo art. 206, §3º, V, do Código Civil, em 15/08/2019 João reconhece, de forma 
inequívoca, o direito de Maria, através de e-mail. Assim, nos termos do art. 202, VI, CC, ocorreu uma causa 
interruptiva da prescrição, o que determina que recomece a contagem do prazo de 3 anos, podendo Maria 
exercer a pretensão de reparação. 
 
b) Como o juiz julgou improcedente de forma liminar o pedido da Autora, trata-se de decisão que coloca 
fim à fase cognitiva do procedimento comum, ou seja, sentença, na forma do artigo 203, §1º do Código de 
Processo Civil, com resolução de mérito, tal qual preceitua o artigo 487, II do Código de Processo Civil. 
Neste caso, tendo natureza de sentença, o recurso adequado para reformar a decisão é o recurso de 
apelação, conforme caput do artigo 1.009 do CPC; 
 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
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Distribuição de pontos 
 
 ITEM PONTUAÇÃO 
a) Embora já tenha decorrido mais de 03 anos da data do acidente, fato gerador da 
reparação civil dos danos (0,10), prazo regulado pelo art. 206, §3º, V, do Código Civil 
(0,10), em 15/08/2019 João reconhece, de forma inequívoca, o direito de Maria, 
através de e-mail. Assim, nos termos do art. 202, VI, CC (0,10), ocorreu uma causa 
interruptiva da prescrição (0,20), o que determina que recomece a contagem do 
prazo de 3 anos, podendo Maria exercer a pretensão de reparação (0,10). 
 
 
0,00 / 0,10 / 0,20 / 0,30 / 
0,40 / 0,50 / 0,60 
b) Como o juiz julgou improcedente de forma liminar o pedido da Autora, trata-se de 
decisão que coloca fim à fase cognitiva do procedimento comum, ou seja, sentença 
(0,15), na forma do artigo 203, §1º do Código de Processo Civil (0,10), com resolução 
de mérito, tal qual preceitua o artigo 487, II do Código de Processo Civil (0,10). Neste 
caso, tendo natureza de sentença, o recurso adequado para reformar a decisão é o 
recurso de apelação (0,20), conforme caput do artigo 1.009 do CPC (0,10); 
 
0,00 / 0,10 / 0,15 / 0,20 / 
0,25 / 0,30 / 0,35 / 0,40 / 
0,45 / 0,50 / 0,55 / 0,65 
 
 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
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“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 4 
 
Enunciado 
 
Durante o período da pandemia do coronavírus no Brasil, a fabricante do medicamento XYZ, considerado 
como um dos poucos remédios capazes de tratar o COVID-19, aproveitando-se da situação de necessidade 
da população, praticamente triplicou o valor do medicamento para venda àsfarmácias. Assim, o custo de 
aquisição do XYZ que era de R$17,90 (dezessete reais e noventa centavos) passou a ser de R$49,90 
(quarenta e nove reais e noventa centavos). 
A farmácia “Só Saúde”, necessitando repor os estoques do XYZ, acaba por adquirir o produto da fabricante 
Alfa, pagando o valor cobrado, pois a procura pelo medicamento está sendo grande e o mesmo está 
terminando na farmácia. 
No término da pandemia, os representantes legais da “Só Saúde” repensam no negócio jurídico que 
realizaram e resolvem questionar seu advogado para sobre a situação. O advogado orienta a ingressarem 
com uma ação. Na referida ação o juiz ao analisar os pedidos contidos na inicial ajuizada pela Só Saúde, 
deixa de conferir o benefício da gratuidade da justiça sob o único fundamento de que pessoa jurídica não 
pode ser beneficiária da gratuidade da justiça, intimando-a para recolhimento das custas iniciais. Não 
concordando com a decisão do juiz, porque o advogado juntou com a Inicial todos os documentos que 
comprovam hipossuficiência da pessoa jurídica decide recorrer. 
 
Diante da situação narrada, responda as seguintes questões. 
 
a) Sob o plano da validade, o negócio jurídico celebrado entre a Farmácia “Só Saúde” e a fabricante Alfa é 
válido ou possui algum vício? (Valor: 0,60) 
b) Qual o recurso o advogado da Só Saúde poderá utilizar para reformar a decisão do juiz de primeiro grau 
que negou o benefício da gratuidade da justiça? (Valor: 0,65) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
a) O negócio jurídico está eivado pela LESÃO, visto que diante da calamidade pública ocasionada pela 
COVID-19, a farmácia “Só Saúde”, sem outra saída para repor os estoques do medicamento XYZ, acaba 
obrigando-se a prestação manifestamente desproporcional, adquirindo da fabricante Alfa, o medicamento 
por valor 3 vezes superior ao valor de mercado, na forma do art. 157 do Código Civil. 
 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 01 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 ÁREA: DIREITO CIVIL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.” 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional – XXXII Exame de Ordem Unificado 
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b) Como a decisão do juiz não extinguiu com o processo, pois há intimação para recolhimento das custas 
e é decisão que rejeita o benefício da gratuidade da justiça, o recurso a ser utilizado é o agravo de 
instrumento, conforme artigo 1.015, inciso V e art. 101, ambos do Código de Processo Civil, pois trata-se 
de decisão interlocutória, na forma do artigo 203, §2º do Código de Processo Civil, proferida pelo juiz de 
primeiro grau que rejeita a concessão do benefício da gratuidade da justiça. 
 
Distribuição de pontos 
 
 ITEM PONTUAÇÃO 
a) O negócio jurídico está eivado pela LESÃO (0,30), visto que diante da calamidade pública 
ocasionada pela COVID-19, a farmácia “Só Saúde”, sem outra saída para repor os estoques 
do medicamento XYZ, acaba obrigando-se a prestação manifestamente desproporcional, 
adquirindo da fabricante Alfa, o medicamento por valor 3 vezes superior ao valor de mercado 
(0,20), na forma do art. 157 do Código Civil (0,10). 
 
0,00 / 0,20 / 0,30 / 
0,40 / 0,50 / 0,60 
b) Como a decisão do juiz não extinguiu com o processo, pois há intimação para recolhimento 
das custas e é decisão que rejeita o benefício da gratuidade da justiça, o recurso a ser 
utilizado é o agravo de instrumento (0,30), conforme artigo 1.015, inciso V (0,10) e art. 101 
(0,10), ambos do Código de Processo Civil, pois trata-se de decisão interlocutória, na forma 
do artigo 203, §2º do Código de Processo Civil (0,15), proferida pelo juiz de primeiro grau 
que rejeita a concessão do benefício da gratuidade da justiça. 
 
0,00 / 0,30 / 0,40 / 
0,45 / 0,50 / 0,65