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psicogerontologia fundamentação com as consideraçoes finais

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AS QUESTÕES DE GÊNERO: O ENVELHECER DOS HOMENS E O ENVELHECER DAS MULHERES, A AUTOIMAGEM E AUTOESTIMA NA VELHICE.
O envelhecimento pode ser visto por ângulos e perspectivas diferentes. Isso porque envolve diferentes contextos e pode até mudar a concepção a depender do gênero, seja por homens ou mulheres. O fato é que envelhecer faz parte do ciclo vital e que grande parte da população brasileira tem grande expectativa de vida, chegando ao mínimo aos 73 anos de idades para homens e para mulheres essa média pode ser ainda maior podendo chegar aos 80 anos (IBGE, 2019). 
Ainda sobre a percepção a cerca do processo de envelhecimento, quem nunca ouviu ou viu alguma cena em que a pessoa não queira mostrar a idade em uma comemoração de aniversário ou que não fica confortável quando revelam sem sua prévia autorização? Cenas como as citadas são comuns, e que de certa maneira demonstra que o envelhecer para muitos não é tão confortável como se parece. Chamar uma mulher de senhora ou homem de senhor nem sempre é a melhor opção, é o que diz a colunista da folha de SP (Mirnar Feitosa, 2001) sinalizando que muitos homens contraria a fala, insinuando que o “senhor” está no céu e que mulheres não diferentes dos homens associa esse termo diretamente à idade. 
O Processo de envelhecimento envolve diversas mudanças no organismo humano, impactando em vários aspectos e características, sejam essas intrínsecas ou extrínsecas, a velhice provavelmente chegará. Com exceção daqueles que tenham o processo interrompido precocemente, ou seja, caso morram. É importante lembrar que envelhecer se relaciona com o fato das células somáticas do corpo morrer e não serem substituídas por novas, como acontece na juventude (SBD, 2021). A pele é um dos órgãos que mais reflete os efeitos das passagens do tempo e isso tem por influência direta o estilo de vida, hábitos alimentares, exposição por muito tempo ao sol, uso excessivo de álcool e etc.
Os sinais mais claros e externos da velhice são rugas, flacidez, mudança na coloração do cabelo entre outros, essas mudanças podem trazer significados de pessoa para pessoa, uma vez que o corpo antes de tudo é resultante de fatores sócios culturais, onde a construção é interdependente do ambiente onde ocorre, refletindo aspectos do contexto onde o sujeito está inserido (Araújo et. al, 2011). A forma como a pessoa se enxerga (autoimagem) envolve vários fatores, e sim, existe influência do meio no como o individuo terá essa percepção de si, envolvendo ainda aspectos psicológicos. A sociedade tem efetiva contribuição com o que é chamado de padrões de beleza e pontos como esses são reforçados pela própria mídia que difundem a compreensão de um corpo certo para a idade certa ou situações em paralelo. 
Quando se fala em envelhecimento das mulheres, essas se preocupam mais cedo com o futuro que as esperam. São mais vaidosas, se cuidam e vão ao médico com maior frequência que os homens. A aparência é um dos pontos de maior relevância, pois o ambiente por grande parte das situações exige isso delas, padrões de belezas ligados diretamente a estética. Para Goldenberg, antropóloga citada na revista viva bem da UOL em 2018, diz que os homens podem ter rugas, engordar, ter cabelos brancos que não são tão cobrados quanto às mulheres (Stefanelli, 2018). 
As mulheres tem maior flexibilidade no que tange adaptação no processo de envelhecimento que os homens, isso pode ser explicado em parte das vezes por essas terem a infância baseada no modelo patriarcal, no qual a vida quase que inteira foi cuidando do lar, restringindo-se ao espaço doméstico por ter que cuidar de filhos e da casa e que ao chegar na velhice se deparam com situações como independência da renda por meio da aposentadoria ou pensões, essas situações são especificas para alguns casos (Figueiredo et. al, 2007).
 Em pesquisa realizada por (Jorge, 2005) na cidade de Belo Horizonte com grupo de mulheres, em busca da percepção que essas tinham sobre o envelhecimento, é possível analisar que existem na fala de grande parte dessas mulheres ambivalências, com pontos negativos: cansaço, fadiga, diminuição da força e falta de condicionamento físico, autoestima baixa (por vezes), diminuição da prática sexual. Outras participantes da pesquisam sinaliza que o processo de envelhecimento vem acompanhado por uma ampla bagagem de experiências e que essas experiências incidem em qualidade de vida, contextualizando que a velhice também é positiva.
Já para os homens o envelhecimento é visto como possíveis limitações, onde o maior medo está relacionado ao papel social, uma vez que esses querem continuar ativos e cheios de atividades. Os homens procuram menos o médico e não se cuidam necessariamente igual às mulheres. Esse tipo de comportamento incide no agravamento de doenças e mortes em maior frequência, isso quando comparado às mulheres. Segundo o (Portal da Urologia, 2018) o homem tem perdas relevantes e que podem influenciar em seu comportamento, tais como diminuição da libido, disfunção erétil, aumento da gordura corporal, perda massa óssea e muscular, diminuição dos pelos (barba e cabelo) anemia, depressão e irritabilidade.
Considerações finais 
Em virtude do que foi mencionado sobre o processo de envelhecimento conclui-se que o envelhecimento faz parte do ciclo vital, porém a percepção acerca do processo não é agradável para muitos. Observa-se que as mulheres se preocupam mais que os homens quando se trata da aparência, costumam ser mais vaidosas, pois o ambiente na qual fazem parte exige. Percebe-se que o maior medo dos homens está associado ao fator social, uma vez que, esses não querem se sentir limitados. Contudo, é necessário ressaltar que a autoimagem e a autoestima envolvem vários fatores, o meio no qual o indivíduo está inserido contribui na percepção de si, ou seja, a sociedade influencia ativamente com o que é chamado de padrões de beleza. Desta forma, quando o indivíduo não se encaixa ou deixa de estar nos padrões estabelecidos pela sociedade automaticamente é observado uma mudança negativa na autoimagem e autoestima do mesmo. 
 
REFERENCIAS 
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Agência IBGE notícias. Em 2019 a expectativa de vida era de 76,6 anos. IBGE, 2020. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/29502-em-2019-expectativa-de-vida-era-de-76-6-anos#:~:text=Uma%20pessoa%20nascida%20no%20Brasil,9%20para%2080%2C1%20anos. Acesso em 04 de Abril de 2021.
MIRNA, F. Ser chamada de “senhora” pode incomodar. Equilíbrio, Folha de São Paulo. São Paulo, 2001. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1511200108.htm. Acesso em 04 de abril de 2021. 
SBD – SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Encontre na SBD - Envelhecimento. 2017. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/envelhecimento/4/. Acesso em 4 de abril de 2021. 
LUDGLEYDSON, Araújo; SA, Elba Celestina do Nascimento; AMARAL, Edna de Brito. Corpo e velhice: um estudo das representações sociais entre homens idosos. Psicol. cienc. prof., Brasília ,  v. 31, n. 3, p. 468-481,    2011 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932011000300004&lng=en&nrm=iso>. access on  04  Apr.  2021.  https://doi.org/10.1590/S1414-98932011000300004.
FIGUEIREDO, Maria do Livramento Fortes et al . As diferenças de gênero na velhice. Rev. bras. enferm.,  Brasília ,  v. 60, n. 4, p. 422-427,  Aug.  2007 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000400012&lng=en&nrm=iso>. access on  04  Apr.  2021.  https://doi.org/10.1590/S0034-71672007000400012
STEFANELLI, B. Mulheres e homens encaram o envelhecimento de forma diferente. Viva bem, UOL. 2018. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/12/05/mulheres-e-homens-encaram-o-envelhecimento-de-formas-diferentes.htm. Acesso em: 4 de abril de 2021.
 Márcia de Mendonça. Perdas e ganhos do envelhecimento da mulher. Psicol. rev. (Belo Horizonte),Belo Horizonte ,  v. 11, n. 17, p. 47-61, jun.  2005 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682005000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  04  abr.  2021
PORTAL DA UROLOGIA. O envelhecimento masculino e o declínio da testosterona 2018. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/publico/faq/o-envelhecimento-masculino-e-o-declinio-da-testosterona/. Acesso em 4 de abril de 2021.

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