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CONTROLE DISCRIMINATIVO E GENERALIZAÇÃO Eliciar um comportamento é basicamente a relação entre o estímulo antecedente e a respostas eliciadas (também chamadas de reflexos) – essa resposta é resumidamente uma resposta automática para todos os indivíduos. O comportamento respondente que a função eliciadora originalmente exercida por outros estímulos (anteriormente neutros) se esses outros estímulos forem apresentados junto ou pouco antes dos estímulos eliciadores algumas vezes. Chamamos isso de emparelhamento. Um ambiente desconhecido pode eliciar muitas respostas emocionais desagradáveis, como medo, ansiedade etc., em crianças diagnosticadas com autismo. Em alguns casos, pessoas diagnosticadas com autismo relataram que encarar alguém olho a olho lhes elicia certas respostas de aversão. Os estímulos que antecedem a ocorrência do reforço ou da punição assumem, portanto, um papel de sinalizador ou dica de qual resposta é efetiva para produzir qual consequência. É por isso que os estímulos que fidedignamente antecederam as respostas que foram reforçadas no passado tornam mais alta a probabilidade da resposta ocorrer na sua presença. Por outro lado, aqueles estímulos que antecederam respostas que foram punidas tornam mais baixa a possibilidade da resposta ser emitida diante deles. - Quando os estímulos antecedentes passam a controlar a ocorrência de uma resposta são chamados de estímulo discriminativo (SD). Os SD’s sinalizam a probabilidade de uma resposta ser reforçada caso seja emitida. Quando um estímulo antecedente sinaliza que a resposta não será reforçada chamamos de estímulo delta (S∆). Imagine que você quer pedir ao seu chefe um aumento de salário e ao entrar no escritório ele nem olha para você e fala em um tom de voz elevado. Isso provavelmente sera um “sinalizador” de que aquela não é a melhor hora para pedir um aumento. Sendo assim, o estímulo antecedente que o chefe indicou “falta de contato visual” sinalizaram a pouca chance de liberação de reforço – ou seja, um S∆. Já se o chefe estivesse sorrindo e fosse atencioso, isso poderia significar que haveria a possibilidade de emissão do reforço: a resposta pedir um aumento provavelmente seria reforçada. O reforçamento diferencial nos permite aprender qual resposta será mais bem sucedida ou qual resposta será punida. É muito comum que possamos nos comportar de determinadas formas na frente de algumas pessoas, as não da mesma forma na frente de outras, por exemplo. A forma como nos comportamos no trabalho é bem diferente da forma como nos comportamos com nossos amigos. Os estímulos antecedentes são essenciais para a aprendizagem, pois são eles que sinalizam o tipo de consequência que está por vir. A esse treino ao longo da nossa vida chamamos de “Treino discriminativo”, que é nada mais nada menos do que passarmos pelo processo de reforçamento diferencial. A generalização faz com que agimos da mesma maneira em situações semelhantes sem que necessariamente tenhamos entrado em contato com ambas as situações. Sendo assim, a generalização ocorre quando diante de estímulos discriminativos diferentes, mas com propriedades físicas semelhantes, apresentamos a mesma resposta. Esses dois estímulos discriminativos passam a ser considerados da mesma classe de estímulos – EX: se uma criança faz birra para conseguir o que quer na frente dos tios e é reforçada positivamente pelos pais presentes. A criança pode então generalizar que fazer birra na frente dos tios, amigos dos pais e estranhos pode ter a mesma probabilidade de consequência. A generalização é um processo extremamente importante em crianças com autismo por permitir que uma determinada aprendizagem seja aplicada em diferentes contextos. Contudo, crianças com TEA, em geral, apresentam dificuldades para realizar esse processo, sendo necessário que ela seja estimulada. Uma forma de fazer isso consiste em expor a criança a estímulos gradualmente diferentes – EX: a criança poderia ser ensinada a nomear ‘sapato’ tanto para tênis, quanto para sapatilhas, sandálias e etc. Temos assim que no controle discriminativo a pessoa apresenta respostas diferentes ao distinguir diferentes situações. Já na generalização ela apresenta a mesma resposta ao distinguir propriedades semelhantes entre estímulos diferentes, sendo que quanto mais semelhantes forem os estímulos maior será a generalização.
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