Buscar

Resumo do livro - Tecido cartilaginoso e osseo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
Tecido cartilaginoso 
 
 É uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. 
 Desempenha a função de suporte de tecidos moles. 
 Reveste superfícies articulares, em que absorve choques, e facilita o deslizamento dos 
ossos nas articulações. 
 é essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida intrauterina e 
depois do nascimento. 
 Contém células, os condrócitos. 
 Abundante material extracelular, que constitui a matriz. 
 As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são chamadas lacunas. 
o Uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos. 
As funções - 
o Dependem principalmente da estrutura da matriz, constituída: 
o Por colágeno ou colágeno mais elastina, em associação com macromoléculas de 
proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e diversas 
glicoproteínas. 
 Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência firme das cartilagens se deve, 
principalmente, às ligações eletrostáticas entre os glicosaminoglicanos sulfatados e o 
colágeno, e à grande quantidade de moléculas de água presas a esses 
glicosaminoglicanos (água de solvatação), o que confere turgidez à matriz. 
 Não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente 
(pericôndrio). 
 As cartilagens que revestem a superfície dos ossos nas articulações móveis não têm 
pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das cavidades articulares. 
 Em alguns casos, vasos sanguíneos atravessam as cartilagens, indo nutrir outros tecidos. 
 São também desprovidos de vasos linfáticos e de nervos. 
 
As cartilagens se diferenciam em três tipos: 
 Cartilagem hialina - é a mais comum e cuja matriz contém 
delicadas fibrilas constituídas principalmente de colágeno tipo 
II 
 Cartilagem elástica - que contém poucas fibrilas de 
colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas; 
 Cartilagem fibrosa - que apresenta matriz constituída 
preponderantemente por fibras de colágeno tipo I. 
As cartilagens (exceto as articulares e a cartilagem fibrosa) são 
envolvidas por uma bainha conjuntiva que recebe o nome de 
pericôndrio. (Contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.) 
 
 
 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
Cartilagem hialina – 
 
 É tipo mais frequentemente encontrado no corpo humano 
 É branco-azulada e translúcida; 
 Forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por um 
esqueleto ósseo. 
 Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, 
de cartilagem hialina, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão. 
 No adulto, a cartilagem hialina é encontrada principalmente na parede das fossas nasais, 
traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies 
articulares dos ossos longos (articulações com grande mobilidade). 
 Matriz - é formada, em 40% do seu peso seco, por fibrilas de colágeno tipo II + ácido 
hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas. 
 Glicoproteína estrutural – condronectina, com sítios de ligação para condróàtos, fibrilas 
colágenas tipo II e glicosarninoglicanos. 
 
 
 Em torno dos condrócitos existem zonas estreitas (Figuras 7.1 e 7.2), ricas em 
proteoglicanos e pobres em colágeno. 
 
 Pericôndrio - por uma camada de tecido conjuntivo, denso na sua maior parte. 
- Fonte de novos condrócitos para o crescimento 
- é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da 
cartilagem, porque nele estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos, 
inexistentes no tecido cartilaginoso. 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
- Morfologicamente, as células do pericôndrio são 
semelhantes aos fibroblastos, porém as situadas 
mais profundamente, isto é, próximo à cartilagem, 
podem facilmente multiplicar-se por mitoses e 
originar condrócitos, caracterizando-se assim, 
funcionalmente, como condroblastos. 
 Condrócitos- são células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II,proteoglicanos 
e glicoproteínas, como a condronectina. 
- Uma vez que as cart.ilagens são desprovidas de capilares sanguíneos, a 
oxigenação dos condrócitos é deficiente, vivendo essas células sob baixas tensões 
de oxigênio. 
- Na periferia da cartilagem hialina. 
- Mais profundamente, são arredondados e aparecem em grupos de até oito células, 
chamados grupos isógenos, porque suas células são originadas de um único 
condroblasto. 
- A falta de capilares sanguíneos limita a espessura máxima das cartilagens; 
- A cartilagem hialina degrada a glicose principalmente por mecanismo anaeróbio, 
com formação de ácido láctico como produto final. 
- Os nutrientes transportados pelo sangue atravessam o pericôndrio, penetram a 
matriz da cartilagem e alcançam os condrócitos mais profundos. 
- Os mecanismos dessa movimentação de moléculas são principalmente a difusão 
através da água de solvatação das 
macromoléculas e o bombeamento promovido 
pelas forças de compressão e descompressão 
exercidas sobre as cartilagens. 
 
 Histogênese - No embrião, os esboços das cartilagens 
surgem no mesênquima. 
- As células assim formadas têm citoplasma muito 
basófilo e recebem o nome de condroblastos. 
- Em seguida, inicia-se a síntese da matriz, o que 
afasta os condroblastos uns dos outros. 
- A diferenciação das cartilagens ocorre do centro para a periferia, de modo que as 
células mais centrais já apresentam as características de condrócitos, 
enquanto as mais periféricas ainda são condroblastos típicos. 
- O mesênquima superficial forma o pericôndrio. 
 
 
 Crescimento – 
- Dois processos: 
- o crescimento intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes; 
- o crescimento aposicional, que se faz a partir das células do pericôndrio. 
 Os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos e 
glicoproteínas. 
 O crescimento intersticial é menos importante e quase só ocorre nas primeiras fases da 
vida da cartilagem. 
 A medida que a matriz se torna cada vez mais rígida, o crescimento intersticial deixa de ser 
viável e a cartilagem passa a crescer somente por aposição. 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 Células da parte profunda do pericôndrio multiplicam-se e diferenciam-se em condrócitos, 
que são adicionados à cartilagem. 
 Células da parte profunda do pericôndrio multiplicam-se e diferenciam-se em condrócitos, 
que são adicionados à cartilagem. 
 
Alterações degenerativas – 
 Em comparação com os outros tecidos, a cartilagem hialina é sujeita com relativa 
frequência a processos degenerativos. 
 Calcificação da matriz – que consiste na deposição de fosfato de cálcio sob a forma de 
cristais de hidroxiapatita, precedida por aumento de volume e morte das células. 
As cartilagens não se regeneram bem- 
 A cartilagem que sofre lesão regenera-se com dificuldade, frequentemente, de modo 
incompleto. 
 Algumas crianças são exceções. 
 No adulto, a regeneração ocorre pela atividade do pericôndrio. 
 Quando há lesão de uma cartilagem, células derivadas do 
pericôndrio invadem a área destruída e dão origem a tecido 
cartilaginoso que repara a lesão 
 Quando a área destruída é extensa, ou mesmo, algumas 
vezes, pequena, o pericôndrio, em vez de formar novo tecido 
cartilaginoso, forma uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. 
Cartilagem elástica – 
 é encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo 
externo, natuba auditiva, na epiglote e na cartilagem 
cuneiforme da laringe. 
 Basicamente, é semelhante à cartilagem hialina, porém inclui, 
além das fibrilas de colágeno (principalmente do tipo II), uma 
abundante rede de fibras elásticas, contínuas com as do 
pericôndrio. 
 Apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição. 
 A cartilagem elástica é menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina. 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
Cartilagem fibrosa (fibrocartilagem) – 
 Com características intermediárias entre o conjuntivo 
denso e a cartilagem hialina. 
 É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos 
em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos 
ossos, e na sínfise pubiana. 
 Está sempre associada a conjuntivo denso. 
 Muito frequentemente, os condrócitos formam fileiras 
alongadas. 
 A substância fundamental (ácido hialurônico, 
proteoglicanos e glicoproteínas) é escassa e limitada à 
proximidade das lacunas que contêm os condrócitos, 
 As numerosas fibras colágenas (tipo I) constituem 
feixes que seguem uma orientação aparentemente 
irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em 
fileiras. 
 Na fibrocartilagem não existe pericôndrio. 
 
Discos intervertebrais - 
 Localizado entre os corpos das vértebras e unido a elas por ligamentos. 
 Cada disco intervertebral é formado por dois componentes: 
 O anel fibroso e uma parte central, derivada da notocorda do embrião, o núcleo pulposo. 
 No jovem, o núcleo pulposo é relativamente maior, sendo gradual e parcialmente 
substituído por fibrocartilagem com o avançar da idade. 
 Funcionam como coxins lubrificados que previnem o desgaste do osso das vértebras 
durante os movimentos da coluna espinal. 
Hérnia do disco intervertebral – 
 A ruptura do anel fibroso, mais frequente na sua parte posterior, na qual os feixes 
colágenos são menos densos, resulta na expulsão do núcleo pulposo e no achatamento 
concomitante do disco. 
 Frequentemente este se desloca de sua posição normal entre os corpos vertebrais. 
 Quando o disco se movimenta na direção da medula espinal, pode comprimir nervos, 
provocando fortes dores e distúrbios neurológicos. 
 Na maioria dos casos a dor se estende pela parte inferior da região lombar. 
 
 
 
 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
Tecido ósseo - 
 é o componente principal do esqueleto, serve de suporte para os tecidos moles e protege 
órgãos vitais. 
 Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue. 
 Apoio aos músculos esqueléticos; 
 Constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular. 
 Os ossos funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros lons, armazenando-os ou 
liberando-os de maneira controlada, para manter constante a concentração desses 
importantes íons nos líquidos corporais. 
 São capazes ainda de absorver toxinas e metais pesados, minimizando assim seus 
efeitos adversos em outros tecidos. 
 é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular 
calcificado, a matriz óssea. 
 As células são: 
- Os osteócitos, que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz. 
- Os osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na sua 
periferia; 
- Os osteoclastos, células gigantes, móveis e multínucleadas que reabsorvem o tecido 
ósseo, participando dos processos de remodelação dos ossos. 
 Como não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição 
dos osteócitos depende de canaliculos que existem na matriz. 
 Canalículos - possibilitam as trocas de moléculas e lons entre os capilares sanguíneos e 
os osteócitos. 
 Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas 
conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e o endósteo, respectivamente. 
 A matriz mineralizada torna o tecido ósseo difícil de ser cortado no micrótomo. 
 Umas das técnicas utilizadas, que não preserva as células, mas possibilita um estudo 
minucioso da matriz com suas lacunas e canalículos, consiste na obtenção de fatias finas 
de tecido ósseo, preparadas por desgaste. 
Células do tecido ósseo 
• Osteócitos : 
- Células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem 
canalículos; 
- Cada lacuna contém apenas um osteócito. 
- São essenciais para a manutenção da matriz óssea. 
- Sua morte é seguida por reabsorção da matriz. 
- Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos por meio 
de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um 
osteócito para o outro. 
- São células achatadas, que exibem pequena quantidade de retículo endoplasmático 
granuloso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. 
 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
 
 
 
Osteoblastos: 
- Sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz 
óssea. 
- Sintetizam também osteonectina- facilita a deposição de cálcio; e osteocalcina - estimula 
a atividade dos osteoblastos. 
- São capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. 
- Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que lembra um 
epitélio simples. 
- Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado 
de osteócito. 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
- A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando 
assim as lacunas e os canaliculos. 
- Osteoide - a matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não 
está ainda calcificada. 
Osteoclastos: 
- São células moveis, gigantes, muitinucleadas e extensamente ramificadas; 
- Lacunas de Howship - porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da 
matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos, nas áreas de reabsorção de tecido 
ósseo; 
- Essas células se originam de precursores mononucleados provenientes da medula óssea 
que, ao contato com o tecido ósseo, unem-se para formar os osteoclastos multinucleados. 
 
 
Matriz óssea – 
- A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea. Os íons mais 
encontrados são o fosfato e o cálcio. 
- Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita são hidratados, existindo, portanto, uma 
camada de água e íons em volta do cristal. Essa camada é denominada capa de 
hidratação, e facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial. 
- A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%) constituídas de colágeno 
do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas. 
- A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela rigidez e resistência 
do tecido ósseo. 
- Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão 
flexíveis quanto os tendões. 
- A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela rigidez e resistência 
do tecido ósseo. 
- Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão 
flexíveis quanto os tendões. 
- A destruição da parte orgânica, que é principalmente colágeno, pode ser realizada por 
incineração e também deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que 
dificilmente pode ser manipulado sem se partir. 
HistologiaFlávia Brandao – Med. Vet. 
 
 
Periósteo e endósteo - 
 
 Ossos são recobertas por células osteogênicas e tecido conjuntivo: 
 As superfícies internas - endósteo 
 As superfícies externas - periósteo 
 A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas e 
fibroblastos. & fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que 
penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. 
 Na sua porção profunda, o periósteo é mais celular e apresenta células 
osteoprogenitoras, morfologicamente parecidas com os fibroblastos; 
 Células osteoprogenitoras - se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, 
desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. 
 O endosteo – é geralmente constituído por uma camada de células osteogênicas 
achatadas, que reveste as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de 
Havers os de Vollanann. 
 As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o 
fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação do osso. 
 Tipos de tecido ósseo – 
 é formado por partes sem cavidades visíveis, o osso compacto, e por partes com muitas 
cavidades intercomunicantes, o osso esponjoso 
 Nos ossos longos: 
- As extremidades ou epífises - são formadas por osso esponjoso com uma delgada 
camada superficial compacta. 
- A diáfise (parte cilíndrica) - é quase totalmente compacta, com pequena quantidade 
de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular. 
Principalmente nos ossos longos, o osso compacto é chamado também de osso 
cortical. 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 Os ossos curtos - têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda a sua periferia por 
uma camada compacta. 
 Nos ossos chatos - que constituem a abóbada craniana, existem duas camadas de osso 
compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso que, nesta 
localização, recebe o nome de díploe. 
 As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diálise dos ossos longos são 
ocupados pela medula óssea 
 
 
 Histologicamente existem dois tipos de tecido ósseo: 
 O imaturo ou primário - 
- Aparece primeiro no desenvolvimento embrionário e na reparação das fraturas, sendo 
temporário e substituído por tecido secundário. 
- As fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação definida. (não lamelar) 
- No adulto é muito pouco frequente, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do 
crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões. 
- Tem menor quantidade de minerais; 
- Maior proporção de osteócitos 
 
 O maduro, secundário ou lamelar – 
 
- é a variedade geralmente encontrada no adulto. 
- Sua principal característica é conter fibras colágenas organizadas em lamelas 
- Essas fibras se organizam em lamelas, que adquirem uma disposição muito peculiar, 
formando os sistemas de Havers ou ósteons. 
- Obs.: contêm as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. 
- Separando grupos de lamelas, ocorre frequentemente o acúmulo de uma substância 
cimentante que consiste em matriz mineralizada, porém, com pouquíssimo colágeno. 
- 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
 Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se organizam em arranjo típico, constituindo os 
sistemas de Havers, os circunferenciais interno e externo e os intermediários. 
 Esses quatro sistemas são facilmente identificáveis nos cortes tranversais à diáfise. 
 O tecido ósseo secundário que contém sistemas de Havers é característico da diáfise dos 
ossos longos, embora sistemas de Havers pequenos sejam encontrados no osso 
compacto de outros locais. 
Cada sistema de Havers ou ósteon – 
 é um cilindro longo, às vezes bifurcado, paralelo à diáfise e formado por 4 a 20 lamelas 
ósseas concêntricas. 
 No centro desse cilindro ósseo existe um canal revestido de endósteo, o canal de Havers, 
que contém vasos e nervos. 
 Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície 
externa de osso por meio de canais transversais ou oblíquos, os canais de Volkmann. 
Canais de Volkmann - 
 Estes se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas concêntricas. 
 Os canais de Volkmann atravessam as lamelãs ósseas. 
 
 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
Histogênese – 
- Formado por um processo chamado de ossificação intramembranosa, que ocorre no 
interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de ossificação endocondral, o 
qual se inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e 
substituído por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente. 
- O primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, o qual é, pouco a pouco, substituído 
por tecido secundário ou lamelar. 
- Isso também ocorre no adulto, embora em ritmo muito mais lento. 
Ossificação intramembranosa – 
- Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo 
- O processo formador dos ossos frontal, parietal e 
de partes do occipital, do temporal e dos 
maxilares superior e inferior. 
- Contribui também para o crescimento dos ossos 
curtos e para o aumento em espessura dos ossos 
longos. 
- Centro de ossificação primária - onde a 
ossificação começa. 
- Inicia pela diferenciação de células 
mesenquimatosas que se transformam em 
grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o 
osteoide. (Matriz ainda não mineralizada), que 
logo se mineraliza, englobando alguns 
osteoblastos que se transformam em osteócitos. 
- A palpação do crânio dos recém-nascidos revela 
áreas moles - as fontanelas - onde as membranas conjuntivas ainda não foram 
substituídas por tecido ósseo. 
 Ossificação endocondral – 
- Em início sobre uma peça de cartilagem hialina. 
- É o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos. 
- Apresenta 2 processos – 
- Primeiro, a cartilagem hialina sofre modiíicações, havendo hipertrofia dos condrócitos, 
redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos 
condrócitos por apoptose. 
- Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por 
capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. 
- Desse modo, aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso, sem que ocorra 
a transformação deste tecido naquele; os tabiques de matriz calcificada da cartilagem 
servem apenas de ponto de apoio à ossificação. 
 
 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
 
 A formação dos ossos longos é um processo complexo. 
- O molde cartilaginoso apresenta uma parte média estreitada e as extremidades 
dilatadas,correspondendo, respectivamente, à diáfise e às epífises do futuro osso. 
- O primeiro tecido ósseo a aparecer no osso longo é formado por ossificação 
intramembranosa do pericôndrio que recobre a parte média da diáfise (Figura 8.13), 
formando um cilindro, o colar ósseo. 
- Enquanto se forma o colar ósseo, as células cartilaginosas envolvidas pelo mesmo 
hipertrofiam (aumentam de volume), morrem por apoptose e a matriz da cartilagem se 
mineraliza. 
- Vasos sanguíneos, partindo do periósteo, atravessam o cilindro ósseo e penetram a 
cartilagem calcificada, levando consigo células osteoprogenitoras originárias do 
periósteo, que proliferam e se diferenciam em osteoblastos,os quais formam camadas 
contínuas nas superficies dos tabiques cartilaginosos calei ficados e iniciam a síntese da 
matriz óssea que logo se mineraliza. 
- Forma-se, assim, tecido ósseo primário sobre os restos da cartilagem calcificada. 
- Nos cortes histológicos, distingue-se a cartilagem calcificada por ser basófila, enquanto o 
tecido ósseo depositado sobre ela é acidófilo. 
- Centro primário - aparece na parte média da diáfise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
Plasticidade do tecido ósseo alveolar – 
As fraturas nos ossos longos de crianças – 
Quando os dois pedaços do osso não são ajustados perfeitamente, o defeito é corrigido durante o 
crescimento da criança, pela remodelação do tecido ósseo com neoformação e reabsorção 
coordenadas de tal modo que a forma do osso é reconstituída com sucesso. 
Consolidação das fraturas – 
- Nos locais de fratura óssea, ocorre hemorragia, 
pela lesão dos vasos sanguíneos, destruição de 
matriz e morte de células ósseas. 
- Para que a reparação se inicie, o coágulo 
sanguíneo e os restos celulares e da matriz 
devem ser removidos pelos macrófagos. 
- O periósteo e o endósteo próximos à área 
fraturada respondem com intensa proliferação, 
formando um tecido muito rico em células 
osteoprogenitoras que constitui um colar em 
torno da fratura e penetra entre as 
extremidades ósseas rompidas 
- Nesse anel ou colar conjuntivo, bem como no 
conjuntivo que se localiza entre as 
extremidades ósseas fraturadas, surge tecido 
ósseo primário ou imaturo, tanto pela 
ossificação endocondral de pequenos pedaços 
de cartilagem que aí se formam, como também 
por ossificação intramembranosa. 
- Podem, pois,serem contradas no local de 
reparação, ao mesmo tempo, áreas de 
cartilagem, áreas de ossificação 
intramembranosa e áreas de ossificação 
endocondral. 
- Esse processo evolui de modo a aparecer, após 
algum tempo, um calo ósseo que une 
provisoriamente as extremidades dos ossos 
fraturados. 
- O calo ósseo é constituído por tecido ósseo imaturo que une provisoriamente as 
extremidades do osso fraturado. 
- As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o 
retorno do paciente as suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e 
sua completa substituição por tecido ósseo secundário ou lamelar 
- Se essas trações e pressões forem idênticas às exercidas sobre o osso antes da fratura, 
a estrutura do osso voltará a ser a mesma que existia anteriormente. 
- Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, o tecido ósseo, apesar de ser rígido, 
consolida-se sem a formação de cicatriz. 
Histologia Flávia Brandao – Med. Vet. 
 
Articulações 
Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto por meio de estruturas formadas por 
tecidos conjuntivos, as articulações. 
Classificadas em: 
Diartroses - que possibilitam grandes movimentos dos ossos, 
Sinartroses - nas quais não ocorrem movimentos ou, quando ocorrem, são muito limitados. 
Conforme o tecido que une as peças ósseas, distinguem-se três tipos de sinartroses: 
- As sinostoses – desprovidas de movimentos,os ossos são unidos por tecido ósseo.( unindo os 
ossos chatos do crânio em idosos) 
Em crianças e adultos jovens, a união desses ossos é realizada por tecido conjuntivo denso. 
- As sincondroses – articulações nas quais existem movimentos limitados, sendo as peças 
ósseas unidas por cartilagem hialina. 
Ex. costela com o esterno. 
 
- As sindesmoses - dotadas de algum movimento, e nelas o tecido que une os ossos é o 
conjuntivo denso. 
Ex sínfise pubiana e articulação tibiofibular inferior. 
-

Outros materiais