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P1 - PROVA EMBRIOLOGIA - ATTÍLIO - UFRJ

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PROVA 1 - EMBRIOLOGIA
	QUESTÃO 1: Descreva em detalhe o processo representado na figura aqui embaixo adicionando os nomes das estruturas numeradas. (2.5pt)
Espermatogênese: Esse processo começa durante o período da puberdade nos meninos, devido à secreção do hormônio testosterona pelos testículos, e ocorre ao longo de toda a sua vida. A testosterona induz a diferenciação das células de Sertoli em túbulos seminíferos.
1ª fase: Fase de Multiplicação = As células germinativas diploides diferenciam-se em espermatogônias e passam por um período de intensa multiplicação, através de divisões mitóticas, aumentando enormemente seu número.
2ª fase: Fase de Crescimento = Quando termina a multiplicação, as espermatogônias crescem e passam a ser chamadas de espermatócitos primários. 
3ª fase: Fase de Maturação = Os espermatozoides I entram em meiose. Assim acontece a primeira divisão meiótica (divisão reducional) acontece e origina dois espermatócitos secundários. 
Acontece a segunda divisão meiótica (divisão equacional), que origina quatro espermátides. Elas são células haploides e não dividem mais, mas ainda não são espermatozoides. 
4ª fase: Fase de Diferenciação = Nela, as espermátides passam por um processo chamado espermiogênese. As espermátides são células grandes e redondas, sofrem as seguintes mudanças:
- Perdem parte do citoplasma tornando-se menores para facilitar a motilidade; 
- Desenvolvem um flagelo, a partir dos centríolos; 
- Desenvolvem um acrossoma, a partir do complexo de golgi. 
Assim, para cada célula germinativa, tem-se um espermatócito I, dois espermatócitos II quatro espermátides e quatro espermatozoides consequentemente. 
1. Células de Sertoli /Citoplasma;
2. Epidídimo; 
3. Canais enovelados epididimais;
4. Célula germinativa primordial;
5. Espermatogônia;
6. Espermatócito I (primário);
7. Espermatócito II (secunsário);
8. Espermátides;
9. Espermatozóide maduro/ Flagelo do espermatozoide;
10. Lúmen (luz) dos túbulos seminíferos. 
	QUESTÃO 2: Qual a função dos hormônios FSH, LH, estrogênio e progesterona no desenvolvimento do folículo ovariano e do endométrio.
O eixo hipotálamo-hipófise-gonadal é responsável pela produção de hormônios gonadotróficos, o GnRH, liberando assim os hormônios folículo-estimulante e hormônio luteinizante (FSH e LH). O FSH influencia os folículos ovarinos (ovócito revestido que se desenvolve a partir de células epiteliais germinativas que revestem a superfície do ovário), de modo que proporciona o seu crescimento e induz a produção de estrogênio pelas células foliculares, o qual ocasiona mudanças da mucosa uterina. O aumento dos níveis de estrogênio estimula a produção de LH, responsável pelo término da maturação do ovócito, e o qual atua sobre as células foliculares e o corpo lúteo os induzindo a produzirem progesterona. Ainda, o pico de LH é responsável pelo término da meiose I do ovócito primário. Assim, tem-se a importância do FSH no início do desenvolvimento dos folículos, e do LH para as fases finais de maturação. Após a ovulação, o corpo lúteo e as células luteínicas atuam secretando altos níveis de progesterona, hormônio responsável por estimular o endométrio a se espessar mais (mantém a placenta), assim como a aumentar a sua vascularização e formar glândulas espiraladas para a possível implantação do embrião (blastocisto). Ou seja, o aumento do FSH, além de estimular os folículos ovarianos, aumenta a quantidade de estrógenos e consequentemente o aumento do endométrio. E se não ocorre a fecundação, abaixa os níveis de LH, abaixa a progesterona e descama o endométrio e assim ocorre a menstruação.
 QUESTÃO 3: Quais mecanismos impedem a um espermatozoide de fecundar um ovo já fecundado? 
Os mecanismos que impendem a poliespermia podem ser de dois tipos: a despolarização da membrana do ovócito e a reação cortical e zonal. 
A despolarização da membrana do ovócito ocorre devido a ondas de cálcio (provenientes dos depósitos de cálcio, como o retículo endoplasmático) no interior do ovócito após a fusão do espermatozóide. Essa onda muda o potencial de repouso, de modo que a voltagem positiva se mantém pelo aumento lento na permeabilidade de sódio. Uma vez que a membrana está carregada positivamente, outro espermatozoide não consegue inserir a sua proteína fusogênica (também positiva). Essa despolarização, também chamada de bloqueio rápido, há literaturas que dizem que pode ocorrer em até 3 segundos, não é comprovada para mamíferos como os humanos, mas é comprovada para os intervertebrados.
O óvulo é envolvido por duas camadas de muco secretada pelo próprio óvulo durante seu desenvolvimento que é a zona pelúcida(ZP). A mais externa é uma camadade células provenientes do folículo ovariano e constitui a corona radiata. E são essas duas camadas que o espermatozóide deve romper e são por elas que existe o acrossoma. Essa ZP age como uma barreira que permite a passagem de só um espermatozóide. Após a fertilização, é modificada impedindo a entrada de outros espermatozóides.
 A reação cortical é a liberação de enzimas (como as proteases e peroxidases) e glicosaminoglicanos pelos grânulos corticais. A reação zonal consiste nas alterações ocasionadas pelas enzimas e glicosaminoglicanos liberados. As enzimas realizam uma hidrólise dos resíduos de açúcar da ZP3, impedindo que outros espermatozoides se liguem e, também, clivam parcialmente a ZP2, ocasionando uma mudança na estrutura da zona pelúcida, sendo essa transformada na membrana hialina, que possui uma difícil penetração por ser mais rígida. Já os glicosaminosglicanos, por possuírem carga negativa, atraem sódio e, por osmose, há uma entrada de água para o espaço perivitelino, a qual se acumula internamente e ocasiona um afastamento da membrana hialina da membrana plasmática do ovócito secundário.
QUESTÃO 4: Quais eventos acontecem na primeira semana do desenvolvimento embrionário? Qual é a estrutura do embrião quando ele atinge o útero materno? (2.5pt)
Na primeira semana do desenvolvimento embrionário ocorrem uma série de eventos. O primeiro, é a ovulação, em que o ovócito secundário é expelido do folículo devido ao surto ovulatório de FSH e LH. O segundo, a fertilização, que consiste em etapas como a reação acrossômica, fusão das membranas do espermatozóide e do ovócito secundário, reação cortical e zonal, conclusão da meiose II (ovócito II se torna ovócito definitivo, que só ocorre se houver a fertilização do ovócito II pelo espermatozóide) e cariogamia (fusão dos pró-núcleos masculino e feminino). Habitualmente, a fecundação ocorre ao nível do terço distal de uma das trompas uterinas. Entretanto, ocasionalmente, o processo pode ocorrer em outros sítios da trompa ou até mesmo na superfície do ovário, imediatamente após a ovulação. Quando ocorre a fecundação, o zigoto (o qual contém os cromossomos do pai e da mãe alinhados na placa metafásica ) segmenta-se em numerosas células, formando um embrião, que impulsionado pelos movimentos dos cílios da tuba uterina, desde o útero, em cuja a mucosa se implanta, em um fenômeno conhecido como nidação. Ou seja, acontece a clivagem, que são as divisões sucessivas do zigoto formado na fertilização resultando ,dentro de 3 a 4 dias, no estágio de mórula. Depois, ocorre a blastulação, que consiste na conversão do zigoto em estágio de mórula que desce então pela trompa de Falópio pela ação dos cílios lá presentes e nesse caminho vai absorvendo líquidos e desenvolvendo a blostocele (cavidade central preenchida por esse líquido) e passando para o estágio de blastocisto. O blastocisto é formado pela compactação (formação de junções celulares entre os blastômeros) da mórula, em que os blastômeros que se organizam no centro constituem a massa celular interna (ou embrioblasto) e os mais externos constituem o trofoblasto. Em seguida, é a eclosão do embrião da zona pelúcida por meio da secreção de proteases pelo trofoblasto. Por conseguinte, é a aposição e a adesão do blastocisto ao endométrio (camada que reveste a parede uterina) com o auxílio das moléculas de adesão (caderinas,integrinas, selectinas e imunoglobulinas), normalmente pelo polo embrionário. Em outro momento, dá-se início ao processo de invasão, pela diferenciação do trofoblasto ( esse trofoblasto também é responsável pela produção do hormônio gonodotrofina coriônica humana –Hcg- responsável pela manutenção da secreção da progesterona pelo corpo lúteo nos três primeiros meses de gravidez, período após o qual a próprio placenta passa a secretar progesterona. Como o hCG é produzido pelo embrião, e não pela mãe, esse hormônio é usado na detecção da gravidez) em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. O fim da primeira semana é marcado pela implantação superficial do blastocisto no endométrio, ou seja, a estrutura que o embrião se encontra quando ele atinge o útero materno é a de blastocisto. Ou seja, o trofoblasbo entra na formação dos anexos embrionários e da placenta, e o embrioblasto na formação do embrião propriamente dito.

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