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EDUCAÇÃO FINANCEIRA Produtos bancários relacionados ao crédito Profa M.a Angela Cristina Carvalho Aluna: Valquilene Lopes da Silva INTRODUÇÃO Segundo Kotler, um serviço “é qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulta na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada e um produto físico” (in, Lassen, 2004, p. 27). INTRODUÇÃO A intermediação financeira é o principal produto de um banco, pois capta o dinheiro excedente e empresta a quem precisa. Além das tarifas pelos serviços os bancos ganham com o Float – ganho financeiro pelo giro dos recursos que o cliente aplicou. Educação Financeira A educação financeira pode ser entendida apenas como sacrificar o consumo para poupar? A educação financeira é um instrumento para evitar endividamentos desnecessários e, através do planejamento consciente financeiro direcionar sua renda para um consumo planejado. A educação financeira vai te ajudar a de forma organizada e consciente, transformar desejos e sonhos em realidades, sem endividamentos desnecessários. Satisfação das Necessidades Humanas. O consumo pode ser consciente? Necessidades humanas são ilimitadas Ciência econômica tem como objetivo organizar e alocar os fatores e recursos de produção, afim de atender as necessidades ilimitadas. Recursos e Fatores de produção escassos. Cenário Econômico Brasileiro – 2020. Brasil termina primeiro semestre com 4,4 milhões de famílias com dívidas em atraso; entenda os números e veja como preparar a sua empresa para 2021 Endividamento familiar e inadimplência crescem em junho deste ano, e empreendedor precisa analisar a situação para fazer a melhor gestão do negócio nos próximos meses Fecomércio. 12/2020 Resultados da Pesquisa: Educação Financeira A educação financeira não é apenas o ato de poupar, mas porque poupamos? Incerteza. Futuro incerto Realização de sonhos e projetos. Educação Financeira Evita o endividamento desnecessário Melhora a tomada de decisões para: Optar pela melhor alternativa de financiamento, quando necessário Livrar-se de dívidas caras ou substituí-las por outras mais baratas Utilizar a renda de forma mais planejada, de forma a direcionar os recursos para o que nos dá mais prazer, entre outros. Educação Financeira Como podemos assumir o controle das nossas finanças? 1° Listar o patrimônio da família. 2° Relação de fontes de renda da família 3° Registro de gastos em um mês. Educação Financeira Vamos realizar o seu balanço financeiro patrimonial 1° qual são seus ativos? O que é um ativo? Bens e direitos Quais é o seu passivo? Ele faz parte do seu patrimônio? Suas obrigações. Qual o seu patrimônio líquido? Você tem este controle? Como é realizado? Educação Financeira Construindo o balanço financeiro. Um administrador de empresas, de 35 anos, possui 10 anos na empresa K.S.A, o seu salário bruto é de R$ 5.000,00, e de R$ 4.500,00 corresponde ao seu salário líquido. As despesas de consumo somam R$ 2.000,00, as despesas com tributos e impostos R$ 1.000,00, ainda possui um financiamento de carro, com prestação mensal de R$ 500,00, com 10 parcelas a vencer. Com base nestas informações, registre o patrimônio do administrador, e identifique seu patrimônio líquido. Identifique o ativo do orçamento financeiro abaixo: Raabe é autônoma e deseja organizar suas contas e realizar um planejamento financeiro. Raabe possui um dívida com cartão de crédito no banco de R$2.000,00, esta fatura vence no próximo mês. Raabe é uma empreendedora na área de beleza, ela faz cabelo, unha, depilação, entre outros serviços na própria casa do cliente. E para realizar este serviço ela comprou uma moto usada no valor de R$ 7.000,00. Raabe possui contas a receber no total de R$5.000,00, e possui instrumentos de trabalho, orçados em R$ 20.000,00, e uma poupança de 15.000,00 que ela vem economizando ao longo do seu trabalho. Conhecendo seu orçamento Registre em uma planilha no excel, suas entradas e despesas, conforme exemplo abaixo, se preferir os dados podem ser fictícios. Categorias Entradas Saídas Salários Recebimento alimentação Carro (IPVA, impostos) Despesas Pessoais TV/ telefone/ internet Lazer Saúde Total Trade-off Custo de Oportunidade Trade-off e custo de oportunidade. “Custo de oportunidade” é o valor ou benefício que você abre mão ao fazer uma escolha. Ou seja, é o que você deixa de ganhar ao escolher uma coisa em detrimento de outra. Custo de Oportunidade O custo de oportunidade está presente nas decisões que tomamos. Como na simples escolha de ir para o trabalho de carro ou de transporte coletivo. Ao optar pelo carro, você terá um custo maior, mas terá conforto. Nesse caso, a economia que você deixou de fazer, será o seu custo de oportunidade. Já optando pelo transporte público, seu custo de oportunidade será o conforto do qual você abriu mão. Calculando o custo de oportunidade Suponha um indivíduo com o ensino médio completo. O custo de oportunidade para esse indivíduo cursar em período integral e concluir o ensino superior é igual: (A) aos encargos educacionais cobrados pela faculdade. (B) ao valor da mensalidade do ensino médio corrigida pela inflação. (C) ao custo do material escolar, transporte e moradia. (D) ao salário sacrificado do mercado de trabalho, caso não ingressasse na faculdade. (E) a zero, uma vez que o indivíduo já concluiu o ensino médio. Custo de Oportunidade A respeito dos conceitos fundamentais de microeconomia, julgue o item a seguir. Situação hipotética: Um funcionário que atua como gerente na filial de determinada organização comercial foi convidado a ocupar um cargo na diretoria dessa organização. Para tanto, ele teria de se mudar da pacata cidade onde a filial está localizada para a capital do estado, onde fica a sede da organização. Mesmo ciente de que essa transferência demandaria um processo de adaptação às condições de deslocamento e de segurança típicas de uma metrópole, bem como implicaria maiores custos de moradia, o funcionário aceitou o convite. Assertiva: Nesse caso, o custo de oportunidade do funcionário foi ampliado, uma vez que teve de se mudar de uma cidade pacata para uma metrópole. (A) Certo (B) Errado João deve decidir se estuda para a prova do dia seguinte ou se sai com os amigos. João decide estudar. Sobre o custo de oportunidade dessa decisão, analise as afirmativas a seguir. I. Está relacionado ao valor monetário inferido pela satisfação que teria ao sair com os amigos. II. Está relacionado ao valor monetário que deixou de gastar na saída com os amigos. III. Está relacionado ao valor monetário correspondente ao tempo dedicado aos estudos. Está correto o que se afirma em: A I, apenas. B II, apenas. C III, apenas. D I e III, apenas. E II e III, apenas. Custo de Oportunidade Custo de Oportunidade Considere que o estado do Pará pode produzir, em um ano, 200 milhões de sacas de castanha-do-pará ou 600 milhões de sacas de açaí, ou uma combinação desses dois produtos. O estado do Maranhão pode produzir 200 milhões de sacas de castanha-do-pará ou 200 milhões de sacas de açaí, ou uma combinação desses dois produtos. A partir dessas informações, julgue o item que se segue. Os custos de oportunidade da produção de uma saca de castanha-do-pará para os estados do Pará e Maranhão serão, respectivamente, iguais a 1⁄3 e 1 saca de açaí. (A) Certo (B) Errado Educação Financeira - Balanço financeiro pessoal Descrição Entradas (Ativos) bens e direitos Saídas (Passivo) despesas e obrigações Imóveis 300.000,00 Aluguéis 10.000,00 Salário 5.000,00 Valores a receber 2.000,00 Plano de saúde 1.300,00 Alimentação 2.000,00 Academia 300,00 Transporte 1.000,00 Financiamento (mês) 1.700,00 Valor do financiamento a quitar 15.000,00 Total 317.000,00 21.3000,00 Orçamento Pessoal Mensal Descrição Entradas Saídas Renda (salários) 2.000,00Renda (Aluguéis) 5.000,00 Renda (juros-Investimentos) 500,00 Renda (lucros-Pró-labore) 1.000,00 Alimentação 2.000,00 Lazer 500,00 Academia 300,00 Educação 1.000,00 saúde 1.200,00 Total 8.500,00 5.000,00 Este orçamento mensal está superavitário ou deficitário? Planejamento Financeiro O que é Planejar? É definir objetivos, e refletir sobre as ações que vão contribuir para o seu alcance. É decidir, organizar e acompanhar os resultados das decisões. O produto final é o plano financeiro. O resultado final poderá ser: Definindo os objetivos – O quê e quando. Atividade: Defina o seu objetivo de forma detalhada, valor, prazo, poderá ser médio, curto ou longo prazo. Especifique o seu objetivo, se for uma casa, o bairro, o valor, a cidade. Defina o prazo que gostaria para alcançar o seu objetivo. Seja realista, defina objetivos atingíveis. Definindo objetivos – Quanto e Como. Agora suponha que seu sonho seja realizar uma viagem ao exterior. Considerando uma estimativa de valor, faça uma previsão de quanto é necessário poupar por mês para o final do prazo estipulado, você alcançar sua meta: Depois você vai incluir esta expectativa no seu orçamento. Verifique as estratégias necessárias para alcançar o seu objetivo. Exercício Um trabalhador autônomo tem uma renda mensal de R$3.000,0 e tem como objetivo comprar um apartamento no valor de R$ 120.000,00 e um carro no valor de R$ 40.000,00. Qual será sua estratégia para alcançar tal objetivo? Dicas de Construção do Orçamento Dica 01 Dica 02 Dica 03 Dica 04 Dicas de Construção do Orçamento Orçamento pode ser visto como uma ferramenta de planejamento financeiro pessoal que contribui para a realização de sonhos e projetos. Por isso, é importante que toda movimentação de recursos financeiros, incluindo todas as receitas (rendas), todas as despesas (gastos) e todos os investimento s, esteja anotada e organizada. Reflexão: de onde vem e para onde está indo o meu dinheiro? Dicas de Construção do Orçamento Elaboração do orçamento Objetivo: Receitas – Despesas = Poupança O orçamento pessoal (ou familiar) deve ser iniciado a partir do registro de tudo que você (ou sua família) ganha e o que gasta durante um período, em geral um mês ou um ano. 1ª etapa: Planejamento: Diferencie receitas e despesas fixas das variáveis. Receitas fixas – Como o próprio nome diz, são receitas que não variam ou variam muito pouco, como o valor do salário, da aposentadoria ou de rendimentos de aluguel. Receitas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como os ganhos de comissões por vendas ou os ganhos com aulas particulares. Despesas fixas – São despesas que não variam ou variam muito pouco, como o aluguel, a prestação de um financiamento etc. Despesas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como a conta de luz ou de água, que variam conforme o consumo. Elaboração do orçamento 2ª etapa: Registro: É necessário anotar, de preferência diariamente, para evitar esquecimentos, todas as receitas e despesas. Para isso, aqui vão algumas sugestões. • Anote todos os gastos. Pode ser em uma caderneta, em uma agenda, no celular, no computador etc. • Confira os extratos bancários e as faturas de cartões de crédito; • Guarde as notas fiscais e os recibos de pagamento; • Guarde os comprovantes de utilização de cartões (débito/crédito); • Diferencie as várias formas de pagamentos e desembolsos, separando-as em dinheiro, débito e crédito. Elaboração do orçamento 3ª etapa: Agrupamento Você perceberá que, com o tempo, as anotações serão muitas. Para que você as entenda melhor, agrupe-as conforme alguma característica similar. Por exemplo: despesa com alimentação, com habitação, com transporte, com lazer etc. Elaboração do orçamento 4ª etapa: Avaliação Nesta etapa, você vai avaliar como suas finanças se comportaram ao longo do mês e irá agir, corretiva e preventivamente, para que seu salário e sua renda proporcionem o máximo de benefícios, conforto e qualidade de vida para você. Avaliar significa refletir. Elaboração do orçamento Gestão orçamentária Dicas Reflexões O balanço de seu orçamento foi superavitário, neutro ou deficitário? Ou seja, você gastou menos, o mesmo ou mais do que recebeu? • Quais são seus sonhos e suas metas financeiras? Precisam de curto, médio ou longo prazo? São compatíveis com o seu orçamento? Tem separado recursos financeiros para realizá-los? • É possível reduzir gastos desnecessários? Observe os pequenos gastos, pois a soma de muitos “poucos” pode ser bem relevante. • É possível aumentar as receitas? Crédito e Administração de Dívidas O crédito é uma fonte adicional de recursos que não são seus, mas obtidos de terceiros (bancos, financeiras, cooperativas de crédito e outros), que possibilita a antecipação do consumo para a aquisição de bens ou contratação de serviços. A instituição financeira é o agente de intermediação entre as pessoas deficitárias e superávitárias. Juros - Valor do dinheiro no tempo Juros simples são aqueles pagos somente sobre o capital principal. São o mesmo que “juros não capitalizados”. Exemplo: Ao tomarmos emprestados R$1.000,00, por 6 meses, com taxa simples de 5% a.m. (ao mês), ao final do período, a nossa dívida será de ?? Juros Compostos “Juros sobre juros” Ao tomarmos emprestados R$1.000,00, por 6 meses, com taxa composta de 5% a.m. (ao mês), ao final do período, a nossa dívida será de ?? Juros Compostos Um trabalhador de 20 anos de idade decide iniciar uma reserva financeira para a própria aposentadoria, poupando R$150,00 todo mês, ao longo de dez anos, e investindo em uma aplicação financeira que rende 0,5% a.m. (ao mês) durante todo esse período. Ao completar 30 anos, ele para de efetuar os depósitos e deixa o dinheiro aplicado à mesma taxa. Aos 60 anos de idade, esse trabalhador terá acumulado ??? Uso do Crédito Uso do Crédito Vantagens: Antecipar consumo Atender emergências Aproveitar oportunidades Uso do Crédito O Custo Efetivo Total (CET) é uma informação percentual que diz quanto efetivamente custa um empréstimo, ou financiamento, incluindo não só os juros, mas também tarifas, impostos e outros encargos cobrados do cliente Qual o valor a ser pago? Qual a melhor opção? Dívidas Quando não conseguimos pagar as dívidas assumidas, já estamos em um patamar de endividamento muito preocupante, que é o endividamento excessivo. toda vez que consumimos algo e não pagamos naquele exato momento, estamos assumindo uma dívida. Causas do endividamento Despesas sazonais – As despesas sazonais, aquelas que ocorrem em determinada época do ano, como pagamento de IPTU, IPVA, Imposto de Renda ou material escolar, nem sempre são observadas ao se fazer um planejamento. Marketing sedutor. Orçamento deficitário. Redução de renda sem redução de despesas. Despesas emergenciais. Separação de bens, mas não dos gastos (divórcio) . Como sair do endividamento? Tomar consciência da situação. Mapear as dívidas. Compartilhar as dificuldades com pessoas que já passaram por situações semelhantes. Não fazer novas dívidas. Renegociar as dívidas. Reduzir gastos. Até a próxima aula! Poupança e Investimento Poupança é a diferença entre as receitas e as despesas, ou seja, entre tudo que ganhamos e tudo que gastamos. E investimento? Investimento é a aplicação dos recursos que poupamos, com a expectativa de obtermos uma remuneração por essa aplicação. Você sabe a diferença entre poupança e caderneta de poupança? A poupança é uma sobra financeira e deve ser direcionada para algum tipo de investimento para que seja remunerada. A caderneta de poupança ou conta de poupança é um tipo de investimento. Componentes do investimento: Rentabilidade 02 retorno financeiro do investimento. Risco 03 probabilidade de ocorrência de perdas. Liquidez 01 capacidadede um investimento ser transformado em dinheiro. O que você precisa saber antes de investir? Perfil do investidor 02 a classificação está vinculada ao risco do investimento. Qual orgão que regula os investimentos ? 03 BACEN, CVM Perfil do investidor 01 seu perfil é arrojado? moderado?ou conservador? Classificação do perfil do investidor Moderado 02 procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade e está disposto a correr certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais do que as aplicações mais seguras. Arrojado 03 privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos para que seu investimento renda o máximo possível. Conservador 01 privilegia a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, aceitando, inclusive, uma rentabilidade menor Teste para identificar seu perfil https://arcaniinvestimentos.com.br/teste-de-suitability-perfil-de-investidor/ Dicas para investir Precauções necessárias para investir: verificar se há registro na CVM; • ler atentamente o regulamento e/ou o prospecto; • informar-se sobre os custos incidentes, tais como taxa de administração, taxa de custódia, taxa de performance etc.; • conhecer a estratégia do administrador e os riscos assumidos; e • pesquisar a reputação das instituições envolvidas, entre outras precauções. Dicas para investir Dicas para investir Qual o seu objetivo? O que você pretende fazer com o seu dinheiro? Pagar uma faculdade? Comprar um carro? Comprar uma casa própria? Saber como você pretende utilizar seu dinheiro no futuro é um passo importante para a escolha do tipo de investimento. Prazo de Aplicação? Se o objetivo é comprar uma casa, e se você está apenas começando a formar sua poupança, então provavelmente serão necessários alguns anos para que consiga juntar o dinheiro. Por outro lado, se o objetivo é uma viagem daqui a seis meses, então você precisa de investimentos de maior liquidez e provavelmente não vai tolerar investimentos com alta volatilidade (maior risco) que possam colocar em risco os seus objetivos. Fundo Garantidor de Crédito Modalidades de Aplicação CDB Investimentos de renda fixa : são investimentos que pagam, em períodos definidos, a remuneração correspondente a determinada taxa de juros. Essa taxa pode ser estipulada no momento da aplicação (prefixada) ou calculada no momento do resgate (pós-fixada), com base na variação de um indexador previamente definido acrescido ou não de uma taxa de juros. Nessa modalidade de investimento, existe o risco de crédito renda variável são investimentos cuja remuneração não pode ser dimensionada no momento da aplicação. Envolvem riscos maiores, pois, além do risco de crédito, existe também o risco associado à rentabilidade incerta. Exemplo: ações. CDB AÇÕES Modalidades de Aplicação Modalidades de Aplicação
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