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Consequências do JI sobre as alterações na composição corporal

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Ana Kelly Morais dos Santos1 
Anderson Rennan Pereira Muniz Pinheiro2 
Cynthia Lossio de Brito² 
Francisca Gracielly Reinaldo Galvão² 
Francisca Ítala Feitosa Macêdo² 
Talita Leite Beserra² 
Maria Algeni Tavares Landim 3 
Edna Mori4 
RESUMO 
O jejum intermitente caracterizado por períodos alternados de privação alimentar e realimentação ad libitum começou a ser 
estudado em muçulmanos durante o Ramadã e vem se destacando como prática de controle alimentar. Objetivou-se caracterizar 
as consequências do jejum intermitente sobre as alterações na composição corporal. Para tanto, foi efetuada uma revisão 
integrativa da literatura, selecionando artigos disponíveis nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System 
Online – MEDLINE, Nacional Center for Biotechnology Information – NCBI, Science Direct, Cambridge Core, ResearchGate, 
periódicos da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal, utilizando como descritores jejum intermitente, jejum de 
dia alternado, restrição calórica, restrição de energia, alimentação com restrição de tempo e como critérios de inclusão estudos 
que encontravam-se dentro do período de 2012 a 2017, nos idiomas Inglês, Espanhol e Português, e de exclusão artigos não 
disponíveis na íntegra. Foram encontrados um total de 61 artigos, dentre os quais 17 cumpriram os critérios pré-estabelecidos. 
O jejum intermitente tem efeito metabólico superior a restrição calórica, e, quando associado com exercício pode apresentar um 
efeito mais intenso se comparado ao não associado. Além disso, pode-se dizer que ele desempenha proteção contra os danos 
cardiovasculares, por diminuir o percentual de gordura, e em pessoas eutróficas demonstrou efeitos mínimos, enquanto obesos 
se adaptam melhor a estratégia. Apesar dos estudos disponíveis apresentarem populações muito reduzidas em relação ao 
montante de pessoas acometidas por doenças crônico-degenerativas ou praticantes de esportes, observaram-se resultados 
benéficos com esta intervenção. 
Palavras chaves: Emagrecimento. Doenças crônicas. Desempenho físico. 
ABSTRACT 
Intermittent fasting characterized by alternating periods of food deprivation and ad libitum feedback began to be studied in 
Muslims during Ramadan and has emerged as a food control practice. The objective was to characterize the consequences of 
intermittent fasting on changes in body composition. Therefore, an integrative review of the literature was carried out, selecting 
articles available in the databases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – MEDLINE, National Center for 
Biotechnology Information – NCBI, Science Direct, Cambridge Core, ResearchGate, CAPES – Personnel Improvement 
Coordination, using as descriptors intermittent fasting, alternating day fasting, calorie restriction, energy restriction, time 
restricted feeding and inclusion criteria for studies that ranged from 2012 to 2017 in the English, Spanish and Portuguese 
languages, and exclude articles not available in full. A total of 61 articles were found, of which 17 met the pre-established criteria. 
Intermittent fasting has a metabolic effect superior to caloric restriction, and when associated with exercise may have a more 
intense effect when compared to non-associated. In addition, it can be said that it protects against cardiovascular damage by 
lowering the percentage of fat, and in eutrophic persons demonstrated minimal effects, while obese adapt better to the strategy. 
Although the available studies present very small populations in relation to the number of people affected by chronic-degenerative 
diseases or sportsmen, we observed beneficial results with this intervention. 
Key words: Weight loss. Chronic diseases. Physical performance. 
 
1 Graduação em Nutrição pela Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN. Autor para correspondência e-mail: kellymoraissantos@hotmail.com 
2 Graduação em Nutrição pela Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN. 
3 Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular pela Universidade Leão Sampaio – UNILEÃO; Graduação em Biomedicina pela Universidade Leão 
Sampaio – UNILEÃO. 
4 Mestrado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará – UFC; Graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade de 
Campinas – UNICAMP. 
REVISÃO/REVIEW 
CONSEQUÊNCIAS DO JEJUM INTERMITENTE SOBRE 
AS ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO CORPORAL: Uma 
revisão integrativa 
CONSEQUENCES OF INTERMITTENT FASTING ON 
CHANGES IN BODY COMPOSITION: An integrative 
review 
DOI: dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209 
http://dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209
A. K. M. DOS SANTOS 
Rev. e-ciência, 5(1): 29-37, 2017 
 
 
DOI: dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209 
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INTRODUÇÃO 
Estratégias de emagrecimento são bastante 
utilizadas na prevenção e tratamento de doenças 
crônicas degenerativas, como também visando aumento 
do rendimento na prática esportiva, tendo como base o 
controle alimentar. O jejum intermitente vem se 
destacando como prática de controle alimentar 
(MORAES, 2016). 
O jejum intermitente é uma modalidade de 
intervenção nutricional caracterizada pela diminuição da 
frequência alimentar que começou a ser estudado em 
muçulmanos, durante o período do Ramadã, sendo 
obrigatória a permanência em jejum durante o dia e 
alimentando-se apenas do pôr do sol ao amanhecer, por 
30 dias consecutivos. Ao final do período, observou-se 
modificação do perfil metabólico como melhoras no 
perfil lipídico, diminuição da frequência cardíaca e da 
massa gorda (SALEH et al., 2005), levando à hipótese de 
que poderia trazer benefícios à saúde (MORAES, 2016), 
incluindo melhora da sensibilidade à insulina (HALBERG 
et al., 2005; CARLSON et al., 2007), efeito cardioprotetor 
(VARADY et al., 2009), e maior utilização de lipídios como 
combustível metabólico (HEILBRONN et al., 2005; 
VARADY et al., 2007). 
Os estudos de jejum intermitente consistem na 
avaliação do efeito de períodos alternados de privação 
alimentar e realimentação ad libitum, de geralmente 12 
a 24 horas (HALBERG et al., 2005; CARLSON et al., 
2007). 
Evidências de que o aumento da frequência 
alimentar não é determinante para o sucesso da dieta, e 
que menos refeições diárias também podem resultar em 
efeitos metabólicos favoráveis ao emagrecimento vem 
se intensificando (HUTCHISON; HEILBRONN, 2015). 
Entendido como uma intervenção estressora do 
metabolismo (WASSELIN et al., 2014), sugere-se que o 
jejum intermitente, possa ter efeitos metabólicos 
adaptativos semelhantes ao de um treinamento físico 
(VAN PRAAG et al., 2014). 
Infelizmente, várias dietas de moda em jejum 
surgiram na imprensa popular, e as linhas entre estas e 
pesquisas válidas tornaram-se desfocadas (MATTSON et 
al., 2014). Jejum intermitente, jejum em dias alternados 
e outras formas de desistência calórica periódica estão 
ganhando popularidade na mídia e entre cientistas 
(HORNE; MUHLESTEIN; ANDERSON, 2015). 
Diante disso, surgiram questionamentos sobre 
qual seria o impacto desse protocolo dietético em 
diferentes aspectos do metabolismo, se ele é capaz de 
estender a vida útil e atenuar o progresso e a gravidade 
das anormalidades metabólicas, como obesidade, 
síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2 e se 
existem riscos para o organismo em casos de uso 
indiscriminado dessa estratégia. 
Como hipótese, pelo fato de haver a indução da 
restrição energética é bem provável que ocorra aumento 
no metabolismo, influenciando na longevidade, 
atenuando as anormalidades metabólicas, contudo seu 
uso de forma indiscriminada pode acarretar disfunções. 
O presente estudo se justifica por apresentar uma 
alternativa não medicamentosa no tratamento de 
doenças crônico-degenerativas, sendo relevante por 
proporcionar benefícios diretos à Saúde Pública, bem 
como, representar uma estratégia para melhor 
rendimento na prática esportiva. 
O objetivo deste estudofoi caracterizar as 
consequências do jejum intermitente, investigando os 
seus efeitos metabólicos, descrevendo as alterações na 
composição corporal, avaliando os seus parâmetros 
relacionados, verificando as possíveis aplicabilidades 
dessa estratégia para um ótimo desempenho atlético. 
 
METODOLOGIA 
Para o desenvolvimento deste estudo, utilizou-se 
uma revisão integrativa da literatura. As questões que o 
nortearam envolveram a eficácia do jejum intermitente 
no emagrecimento e em esportes de rendimento, e os 
riscos para o organismo em casos de seu uso sem 
orientação, a partir de uma fundamentação científica. 
A seleção dos artigos utilizados foi realizada, 
inicialmente, por uma leitura prévia do resumo, a fim de 
verificar sua relação com o tema, para então proceder a 
http://dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209
A. K. M. DOS SANTOS 
Rev. e-ciência, 5(1): 29-37, 2017 
 
 
DOI: dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209 
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leitura do artigo na íntegra. Selecionaram-se artigos 
disponíveis nas bases de dados informatizadas para 
publicações: Medical Literature Analysis and Retrieval 
System Online – MEDLINE, Nacional Center for 
Biotechnology Information – NCBI, Science Direct, 
Cambridge Core, ResearchGate, periódicos da 
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal. 
Utilizou-se como descritores jejum intermitente, jejum de 
dia alternado, restrição calórica, restrição de energia, 
alimentação com restrição de tempo. 
Como critérios de inclusão, optou-se por artigos 
ou publicações sobre estudos clínicos ou não, 
comprovando a eficácia do uso dessa estratégia de 
controle alimentar como sendo capaz de promover 
alterações na composição corporal, que encontravam-se 
dentro do período de 2012 a 2017, nos idiomas Inglês, 
Espanhol e Português. Utilizou-se como critérios de 
exclusão artigos não disponíveis na íntegra. 
Após a seleção dos artigos, de acordo com os 
critérios propostos, elaborou-se um quadro 
contemplando autoria, ano, base de dados, objetivo 
geral do estudo, metodologia, resultado primário e 
conclusão. 
 
RESULTADOS 
Foram encontrados um total de 61 artigos, dentre 
os quais 17 cumpriram os critérios pré-estabelecidos. 
Sendo 12 da MEDLINE, 4 da NCBI e 1 da ResearchGate. 
O quadro 1 apresenta as informações retiradas 
dos artigos selecionados. 
 
DISCUSSÃO 
De um modo geral é possível perceber que o jejum 
intermitente tem efeito metabólico superior a restrição 
calórica, e, quando associado com exercício pode 
apresentar um efeito mais intenso se comparado ao não 
associado. Além disso, pode-se dizer que ele 
desempenha proteção contra os danos 
cardiovasculares, por diminuir o percentual de gordura, 
e em pessoas eutróficas demonstrou efeitos mínimos, 
enquanto obesos se adaptam melhor a estratégia. 
QUADRO 1. Informações dos artigos selecionados. 
Autor/ Ano/ Base 
de Dados 
Objetivo Metodologia Resultado primário Conclusão 
Chausse et al./ 
(2014) / 
MEDLINE 
Estudar os efeitos 
metabólicos do je-jum 
intermitente. 
Ratos Sprague Daw-ley 
machos de 8 semanas de 
idade foram separados em 
dois grupos: alimen-tado ad 
libitum e jejum intermitente. 
O jejum intermi-tente 
promove alte-rações na 
função hipotalâmica. 
Avaliar se padrões de 
alimentação intermi-
tente alteram taxas 
metabólicas e respos-
tas de fome em seres 
humanos por meio de 
mais estudos. 
Chausse et al./ 
(2015) / NCBI 
Abordar os efeitos do 
jejum intermi-tente em 
marcado-res de estado 
redox em diferentes 
teci-dos em ratos. 
Ratos Sprague Daw-ley 
machos de 8 semanas de 
idade foram separados em 
dois grupos: alimenta-do ad 
libitum e com acesso ad 
libitum em dias alternados. 
Os ratos apresenta-ram 
menor massa corporal 
devido à eficiência de 
con-versão de energia 
diminuída. 
O jejum intermitente 
leva ao desequilíbrio 
redox no fígado e ao 
cérebro e proteção 
contra danos oxida-
tivos no coração. 
Klempel et al./ 
(2012) / 
MEDLINE 
Examinar os efeitos do 
jejum intermi-tente 
mais restrição calórica 
(com ou sem uma 
dieta líquida). 
Submeteram 54 mu-lheres 
obesas durante 8 semanas, 
divididas em 2 grupos: jejum 
intermitente com dieta 
líquida ou com dieta sólida. 
O peso corporal diminuiu 
mais no grupo dieta 
líquida do que o grupo 
dieta sólida. 
Jejum intermitente 
com restrição calórica 
e refeições líquidas é 
eficaz para mulheres 
obesas perder peso e 
diminuir o risco de 
doenças coronarianas. 
http://dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209
A. K. M. DOS SANTOS 
Rev. e-ciência, 5(1): 29-37, 2017 
 
 
DOI: dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209 
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Heilbronn et al./ 
(2005) / 
MEDLINE 
Examinar os efeitos 
de 3 semanas de 
jejum de dias 
alternados sobre a 
tolerância à glicose e 
a expressão de genes 
no músculo 
esquelético. 
Indivíduos não obe-sos (8 
homens e 8 mulheres, IMC 
20 a 30 kg/m²) no início e 
depois de 22 dias de jejum 
alternado (je-jum de 36 
horas). 
Resposta à glicose 
ligeiramente preju-
dicada em mulheres e 
sem alteração em 
homens. À insulina 
permaneceu inalte-
rada em mulheres e 
reduzida em ho-mens. 
O jejum de dias 
alternados teve efeito 
mínimo sobre a sen-
sibilidade à insulina 
em indivíduos não 
obesos. 
Varady et al./ 
(2013) / 
MEDLINE 
Examinar os efeitos 
do jejum de dias 
alternados em com-
paração com auto-
implementadas em 
indicadores de risco 
de peso corporal e 
doença arterial 
coronariana em 
adultos obesos. 
Randomizaram 32 
indivíduos com IMC 
variando de 20 a 29,9 
kg/m² divididos em 2 
grupos: jejum de dias 
alternados e grupo 
controle por 12 semanas. 
O peso corporal 
diminuiu após 8 
semanas de dieta. 
Estas descobertas 
sugerem que o jejum 
de dias alternados é 
uma opção de dieta 
viável para ajudar os 
indivíduos obesos a 
perder peso e 
diminuir o risco de 
doença arterial coro-
nariana. 
Harvie et al./ 
(2011) / 
MEDLINE 
Comparar a viabi-
lidade e eficácia do 
jejum intermitente 
com restrição caló-
rica. 
Dividiram 107 mu-lheres 
pré-menopausa em 2 
grupos: dieta hipocalórica 
e jejum intermitente. O 
estudo durou 6 meses. 
O jejum intermi-tente e 
a restrição calórica são 
igual-mente eficazes 
para a perda de peso. 
As duas estratégias 
são eficazes em 
relação à perda de 
peso, sensibilidade à 
insulina e outros bio-
marcadores de saúde. 
Harvie et al./ 
(2013) / 
MEDLINE 
Testar dois regimes 
de energia inter-
mitente e restrição de 
carboidratos. 
Foram randomizadas 115 
mulheres com sobrepeso 
com idades entre 20 e 69 
anos com história familiar 
de câncer de mama. 
As reduções com as 
dietas de jejum in-
termitente foram 
maiores em compa-
ração com a dieta de 
restrição calórica. 
O jejum intermitente é 
superior a restrição 
calórica contínua. 
Bhutani et al./ 
(2013) / 
MEDLINE 
Examinar se a 
combinação de jejum 
de dia alternado mais 
exercício produz 
mudanças na com-
posição corporal e 
níveis de lipídios no 
plasma. 
Randomizaram 64 
indivíduos obesos em 4 
grupos durante 12 
semanas: 1) combina-ção 
(jejum de dia alternado 
mais exer-cício de 
endurance), 2) jejum de 
dias alternados, 3) exercí-
cio, 4) controle. 
A massa gorda e a 
circunferência do 
quadril dos indiví-duos 
dos grupos 1, 2 e 3 
diminuiu, e no grupo 1 
não houve alterações 
na com-posição de 
massa magra. 
A combinação produz 
mudanças no peso 
corporal, na compo-
sição corporal e 
indicadores lipídicos 
de risco de doença 
cardíaca. 
Hayward et al./ 
(2014) / NCBI 
Investigar os efeitos 
do jejum intermi-
tente e treinamento 
de resistência sobre 
a composição cor-
poral, estado de hu-
mor e gasto ener-
gético de repouso. 
24 participantes (8 
machos e 16 fêmeas) 
foram atribuídos a um dos 
três grupos: 1) treinamento 
de resis-tência, 2) jejum 
inter-mitente 3) jejum in-
termitente + treina-mento 
de resistência. 
Houve uma intera-ção 
linear significa-tivamostrada para a 
massa magra desde o 
dia 1 até o dia 30. 
Uma refeição de 8 
horas e um dia de 
jejum de 16 horas 
resultaram em uma 
diminuição na massa 
de gordura, bem 
como peso. 
Klempel et al./ 
(2010) / 
MEDLINE 
Examinar as 
adaptações da dieta 
e da atividade física 
no jejum de dias 
alternados. 
Submeteram 16 indivíduos 
obesos (12 mulheres/ 4 
homens) a um estudo de 
10 semanas, composto 
por 3 fases. 
O peso corporal 
diminuiu após o 
tratamento. 
 
Os indivíduos obesos 
se adaptam rapi-
damente ao jejum de 
dias alternados. 
http://dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209
A. K. M. DOS SANTOS 
Rev. e-ciência, 5(1): 29-37, 2017 
 
 
DOI: dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209 
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Izumida et al./ 
(2013) / NCBI 
Investigar como os 
animais mantêm o 
seu balanço energé-
tico deslocando a 
sua fonte de energia 
de carboidratos 
para triglicerídeos. 
Ratos ICR de 6 a 7 
semanas de idade foram 
mantidos num ciclo de 
12 horas luz/ escuridão 
e foram dados acesso 
livre à dieta padrão de 
laboratório e à água. 
Uma vagotomia 
hepática retarda a 
velocidade de con-
sumo de gordura 
atenuando a lipólise 
mediada pelo nervo 
simpático no tecido 
adiposo. 
Demonstraram que 
a detecção hepática 
garante a disponibi-
lidade de energia 
deslocando a fonte 
de energia dos 
carboi-dratos para a 
gordura no jejum 
prolongado. 
Iwayama et al./ 
(2015) / 
MEDLINE 
Examinar a possibi-
lidade de que a hora 
do dia que o 
exercício é realiza-
do faz diferença na 
oxidação de 24 
horas de gordura. 
Nove jovens atletas de 
resistência, sexo mas-
culino, foram subme-
tidos a três ensaios de 
calorimetria indireta. 
O exercício induziu um 
déficit de ener-gia 
transitória, cuja 
magnitude estava 
negativamente cor-
relacionada com a 
oxidação de 24 horas 
de gordura. 
A hora do dia em 
que o exercício é 
realiza-do afeta a 
oxidação de 24 
horas de gordura e 
o déficit de energia. 
Trabelsi et al./ 
(2013) / NCBI 
Avaliar os efeitos do 
treinamento de 
resistência em 
jejum versus estado 
alimentado durante 
o Ramadã na 
composição cor- 
poral de cul- 
turistas. 
Distribuíram 16 homens 
em dois grupos: 
treinamento de 
resistência no final da 
tarde em jejum (FAST) e 
no final da tarde em um 
estado alimentado (FED) 
durante o Ramadã. 
A massa corporal e o 
percentual de gordura 
corporal 
permaneceram inal-
terados em FAST e 
FED durante todo o 
período da inves-
tigação. 
O treinamento 
hipertrófico em 
jejum ou em estado 
de alimentação 
durante o Ramadã 
não afeta a massa 
corporal e a 
composição do 
corpo de 
bodybuilders. 
Dannecker et 
al./ (2013) / 
MEDLINE 
Testar os efeitos de 
uma dieta contro- 
lada e jejum 
intermitente em 
danos musculares 
induzidos pelo 
exercício. 
Submeteram 29 par-
ticipantes não trei-nados, 
com idade média de 22 
anos, em 2 grupos: pós-
prandial e grupo jejum. 
O jejum inter-mitente 
não inibe os sinais e 
sintomas de lesões 
musculares induzidas 
pelo exercício. 
Dannecker et al./ 
(2013) / MEDLINE 
Aziz et al./ 
(2010) / 
ResearchGate 
Examinar os efeitos 
do Jejum do 
Ramadã no 
desempenho de 
resistência. 
Submeteram 10 homens 
a 30 minutos de 
exercício de endurance, 
antes e depois do 
Ramadã. 
Diminuição na 
distância percorrida e 
na velocidade média 
durante os últimos 
minutos do teste. 
Impacto negativo 
pequeno mas 
significativo do 
Jejum do Ramadã 
no desempenho da 
corrida de 
resistência. 
Summermatter 
et al./ (2013) / 
MEDLINE 
Investigar se o 
proliferador de 
peroxissoma 1α 
(PGC-1α) ativa um 
programa de 
transcrição para 
aumentar o 
metabolismo do 
lactato. 
Coelhos machos com 8 
semanas de idade 
mantidos com um ciclo 
de luz/escuridão fixo de 
12 horas numa dieta 
comercial de ração e 
acesso livre à água da 
torneira. 
A PGC-1α coordena 
ativamente a 
homeostase do 
lactato, melhoram o 
desempenho do 
exercício e a saúde 
metabólica. 
O lactato produzido 
durante o exercício 
por músculos 
glicolíticos é assim 
utilizado como 
combustível em 
fibras musculares 
oxidativas que 
expressam níveis 
elevados de PGC-
1α. 
Romanino et 
al./ (2011) / 
MEDLINE 
Testar se a indução 
de biogênese mito- 
condrial inverte o 
fenótipo de camun-
dongos deficientes 
para mTORC1. 
Camundongos de 4-6 
meses com PGC-1α 
transgênico que sobre 
expressam a proteína no 
músculo esque- lético 
com o promotor de 
creatina cinase muscular 
(MCK). 
O mTORC1 tem um 
efeito muito mais forte 
do que PGC-1α sobre 
o glicogênio muscu-
lar. 
Evidência de que a 
disfunção mitocon-
drial em camun- 
dongos com a 
sinalização 
mTORC1 é causada 
pela regulação para 
baixo de PGC-lα. 
http://dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209
A. K. M. DOS SANTOS 
Rev. e-ciência, 5(1): 29-37, 2017 
 
 
DOI: dx.doi.org/10.19095/rec.v5i1.209 
34 
Uma tendência recente se popularizou em 
diversos países por prometer a perda de gorduras e 
emagrecimento rápido mantendo o músculo (HAYWARD 
et al., 2014). 
No estudo de Chausse et al. (2014) além de 
menor eficiência alimentar e peso corporal foi observado 
um maior consumo alimentar. Os pesquisadores 
concluíram que estas alterações metabólicas surgiram 
devido mudanças na função hipotalâmica gerada pelo 
jejum intermitente. 
Chausse et al. (2015) observaram que como 
efeito do jejum de dias alternados há um 
aperfeiçoamento da capacidade respiratória da 
mitocôndria no fígado, mas que concomitantemente 
verificou-se um aumento na quantidade de radicais 
livres, malondialdeído e proteínas carboniladas como 
resultado do jejum intermitente. 
Klempel et al. (2012) verificaram maior redução 
de peso corporal, de massa de gordura, de massa livre 
de gordura, de tecido adiposo visceral, e de tecido 
adiposo subcutâneo na dieta líquida. Visto que a mesma 
teve maior adesão, contudo ela foi entregue aos 
participantes, contribuindo para isto. 
No estudo de Heilbronn et al. (2005) houve perda 
de peso de 2,5% e perda de gordura corporal de 4%. 
Outros resultados positivos foram o aumento na 
oxidação de gordura como fonte de energia com a 
expressão aumentada dos genes sirtuína e carnitina-
palmitoiltransferase I (SIRT1 e CPT1) após o período de 
jejum, a manutenção na taxa de metabolismo de 
repouso, a redução nos níveis de insulina em homens (-
57%), visto que, nas mulheres não houve diminuição 
porque a concentração basal desse hormônio já era 
relativamente baixa. Nesse estudo os participantes 
foram orientados a dobrar a ingestão alimentar habitual 
nos dias em que não estavam praticando o jejum, com o 
intuito de manterem o peso inicial, e mesmo assim 
houve perda de peso. Para os que receberam 
diagnóstico de obesidade o protocolo foi nas mesmas 
condições de jejum intermitente em dias alternados. Nos 
dias de jejum, eles ingeriam 25% das necessidades 
energéticas, e nos dias normais podiam comer de forma 
irrestrita. Ao final do estudo, a perda de peso foi, em 
média, de 5,6 kg. Houve redução nos níveis de 
lipoproteína de baixa densidade (LDLc), triglicerídeos e 
pressão arterial sistólica, sem alterações na lipoproteína 
de alta densidade (HDLc). 
Varady et al. (2013) observaram que no grupo 
jejum houve redução de peso (5,2 kg), LDLc, 
triglicerídeos, pressão arterial sistólica e diastólica, e 
leptina. O grupo controle não apresentou alteração em 
qualquer um dos parâmetros avaliados no estudo. 
A maior comparação randomizada entre jejum 
intermitente e restrição energética contínua em seres 
humanos foi realizada por Harvie et al. (2011). 
Constataram melhoras comparáveis, em ambos os 
grupos, no que diz respeito à proteína C-reativa 
(marcador de inflamação), LDLc, triglicerídeos, pressão 
arterial e leptina. Entretanto, o grupo que realizou o 
jejum em 2 dias da semana apresentou reduções mais 
significativas nos marcadores de resistência à insulinae 
peso. 
Harvie et al. (2013) utilizaram o protocolo 5:2 (5 
dias consecutivos por semana e 2 dias de intermitente 
com 70% de restrição energética e no máximo de 40 g 
de carboidrato). Para perda de peso foram necessários 
3 meses e para manutenção do peso 1 mês. O resultado 
foi que houve maior adesão na restrição calórica no 
grupo intermitente e maior redução de peso e resistência 
à insulina nos dois grupos. Durante a fase de 
manutenção do peso, o grupo intermitente manteve as 
reduções de resistência à insulina e peso. No curto 
prazo, jejum intermitente é superior à restrição calórica 
no que diz respeito à melhoria da sensibilidade à insulina 
e a redução da gordura corporal. 
Bhutani et al. (2013) perceberam que houve um 
aumento percentual da massa magra como efeito do 
jejum de dias alternados com exercício de endurance. 
No estudo de Hayward et al. (2014) sugerem que 
o jejum intermitente sozinho pode não ser efetivo na 
diminuição do percentual de gordura corporal. No 
entanto, quando emparelhado com o treinamento de 
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Rev. e-ciência, 5(1): 29-37, 2017 
 
 
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resistência, a massa magra pode ser mantida e/ou a 
gordura corporal pode ser reduzida, melhorando assim a 
composição corporal. 
Um forte indício de que o aumento de 
desempenho provocado pelo treinamento em jejum 
esteja ligado à um aperfeiçoamento da utilização de 
gorduras como substrato. Estudos recentes sugerem 
que um mecanismo desconhecido, na ocorrência de 
depleção de glicogênio no fígado e no músculo 
esquelético, estimula um aumento na oxidação de 
gorduras no organismo (PHILP; HARGREAVES; BAAR, 
2012; IZUMIDA et al., 2013). Iwayama et al. (2015) 
observaram que jovens treinados ao realizar exercício 
aeróbio no período pós-absortivo, ou seja, após jejum 
noturno, apresentaram 24 horas após a atividade um 
maior consumo de energia através da oxidação de 
lipídios que quando realizam exercício após alimentados. 
Ao observar a relação do jejum intermitente com 
treinamento resistido, os resultados de Trabelsi et al. 
(2013) demonstraram que não houve alteração na 
composição corporal nem no desempenho dos mesmos 
de acordo com a opção do treino em jejum ou alimentado 
e Dannecker et al. (2013) não encontraram diferenças 
nos indicadores de dano muscular após uma sessão de 
exercícios resistidos, sugerindo que o jejum também não 
influencia na recuperação muscular pós-treino dos 
indivíduos. 
Aziz et al. (2010) perceberam que houve uma 
diminuição na distância percorrida durante o 
contrarrelógio, assim como uma diminuição da 
velocidade média durante os últimos minutos do teste. 
Isto pode sugerir a ocorrência de uma fadiga mais rápida 
e redução do volume de oxigenação máxima (VO2máx) 
e/ou limiar anaeróbio, o que vai contra as adaptações 
fisiológicas normalmente encontradas como 
consequência do aumento das sirtuínas, que deveriam 
manter ou melhorar a resistência aeróbica e aumentar o 
limiar de lactato (SUMMERMATTER et al., 2013; 
ROMANINO et al., 2011). 
No estudo de Klempel et al. (2010) durante o 
período experimental o nível de atividade física dos 
indivíduos permaneceu o mesmo, independente da fase 
do estudo, sugerindo que o jejum não influenciou na 
disposição para atividade física. 
Moraes (2016) trabalhando com ratos, avaliando 
o jejum intermitente em dois grupos (JI, JI+EX) observou 
que quando implantado só o JI não se verificou 
alterações significativas em relação à gordura corporal, 
as quais foram bastante intensas no JI+EX. Já em 
relação à composição corporal observou-se 
emagrecimento em ambos os grupos. Uma vez que os 
poucos estudos existentes na literatura, associando 
jejum intermitente com exercício, apresentam resultados 
controversos sobre o benefício da associação destas 
duas estratégias, supõe-se que os resultados negativos 
ligados ao jejum intermitente e treinamento estão 
associados a avaliações agudas, e que o caráter 
intermitente de ambos, de maneira crônica, provocará 
uma melhoria no desempenho físico, assim como no 
metabolismo e composição corporal. 
 
COSIDERAÇÕES FINAIS 
Com base nos estudos realizados foi possível 
caracterizar as consequências do jejum intermitente, 
verificando que o mesmo pode trazer resultados 
positivos ou negativos. Apesar dos estudos disponíveis 
apresentarem populações muito reduzidas em relação 
ao montante de pessoas acometidas por doenças 
crônico-degenerativas ou praticantes de esportes, 
observaram-se resultados benéficos com esta 
intervenção, sendo viável e acessível para a maioria dos 
indivíduos. Novos estudos clínicos são necessários para 
testar a sua eficácia na prevenção e no controle de 
doenças metabólicas, bem como, nos esportes de 
rendimento. 
 
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