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TEXTO CRÍTICO: CONCEITO DE PODER E FILME “O SENHOR DAS MOSCAS” (1990) Discentes: Bárbara Guimarães, Carolina Araújo, Jeiel Barbosa e Kauana Santos. DIR213 - T03 - Geovanne Peixoto 1. PODER 1.1. O poder do Estado - Bonavides O poder do Estado, enquanto elemento básico para que uma comunidade estabelecida num território se mantenha coesa, se apresenta desde o início do filme “O senhor das moscas” pela necessidade de se liderar e se organizar de determinada forma que depende da nova situação primitiva em que o grupo se insere. A dinâmica organizacional é importante para avaliar o poder que será exercido, num primeiro momento, se colocam meios mais “civilizados” que improvisam a reprodução de um Estado que os meninos já faziam parte (a concha da palavra, reuniões deliberativas, punições e outros), essa tentativa, entretanto não é bem sucedida, principalmente por causa do meio natural em que eles se encontram e inexistência de estamentos como a Igreja e a Justiça para impor enquadramentos. Quando existe poder financeiro, policial e militar, há Estado, a partir dessa afirmação em Bonavides, se pode conceber a análise do motivo de que as tentativas de ordem não deram certo no caso do filme. É importante lembrar que no fim da obra, com a chegada do exército, o poder estatal civilizatório parece voltar através da figura do soldado, que deslegitima a conjuntura organizacional da ilha, trazendo a tona sentimentos como ressentimento, medo e culpa - que vem do receio de responder pelo que foi feito ali perante a Justiça e o Direito, por exemplo. A idéia de que a vida contemporânea é inconcebível fora do Estado é trazida por Bonavides e relacionada paralelamente com o filme pela instabilidade social no meio, em certo ponto, a falta de controle acarreta em mortes desenfreadas, provando que o monopólio incondicional material é perigoso para a conduta social. Na configuração do Estado, um traço preponderante é a distinção clara entre governantes e governados, onde uma minoria detém a soberania e os mecanismos de violência para suprimir uma maioria, ou seja, aqueles que obedecem regras de forma alienante. A indivisibilidade do poder desse Estado aparece no filme através da disputa entre os dois “líderes” pela soberania do grupo, que cabia a somente um indivíduo, até que, em determinado momento, um dos meninos parece se “sobressair” através do enfoque nos mecanismos de violência e repressão (caça de animais para a alimentação, aniquilação, imposição, autoritarismo, intolerância a pluralidade, ataque e invasão constantes em relação ao outro grupo na tentativa de despí-lo de qualquer possibilidade de sobrevivência e forçá-lo a rendição e submissão, utilização da figura do “monstro” para ameaçar e outros elementos), evidenciando, assim, um poder de fato e personificação do poder, segundo Bonavides. Embora o poder seja indivisível, a divisão da função social complexifica e organiza a compreensão da sociedade na obra, por exemplo, existem grupos de caça, proteção do território e comunicação ou “diplomacia” intergrupos. A soberania, entendida enquanto interna e externa, pode ser interpretada sob a perspectiva do “líder” autoritário que exerce superioridade em relação aos demais e, da supremacia do seu grupo em comparação ao outro, uma vez que detêm, autonomia “bélica” e ferramental, assim como maior número de indivíduos dispostos a se submeter, muitos dos quais vieram do outro grupo visando privilégios e por causa da posição de vulnerabilidade que os obrigava a tomar essa decisão, que significava até mesmo condição única para sobreviver. A sociedade apresentada no filme não possui nenhuma base jurídica legal, e portanto, as normas são faladas e se configuram de acordo com as novas dinâmicas da conjuntura. A legitimidade é autocrática com condutas arbitrárias e imprevisíveis por parte do “líder” e se dispõe sem legalidade e participação “popular”, ou seja, o consentimento e obediência são forçados, isso configura uma relação de desconfiança, intranquilidade e suspeição entre os governados e o governante (poder absoluto). No fim, é um “governo dos homens”, que não tem sustentação racional ou limites pré-definidos para o “líder”, ou seja, não há liberdade para o grupo e nada está acima do soberano, quem controla tudo, portanto. Em suma, a legalidade e legitimidade não necessariamente andam juntas, principalmente quando essa legitimidade é “tomada”. É importante colocar que num primeiro momento, o primeiro “líder” tem legitimidade do grupo, afinal, logo quando chegam à ilha, os meninos realizam um tipo de “votação” e por meios democráticos, o primeiro menino começa a sua governança (poder de direito e despersonificação do poder, como diz Bonavides), o contrário do que ocorre com o segundo, que através da contestação do poder, divide o grupo em dois e deslegitima o primeiro menino, que sem apoio coletivo, sucumbe. Cabe ressaltar que há diferença entre imposição e legitimação, isso é ilustrado a partir do líder violento que se auto legitima através do medo e supressão da liberdade dos demais. De acordo com Max Weber, a estrutura de poder no filme pode ser dita como uma dominação carismática, uma vez que o “líder” se utiliza de discursos de efeito, é tido como herói, é um “exemplo” da guerra e recebe lealdade incondicional dos seguidores enquanto continuar provando suas habilidades, força e controle em relação aos demais. 1.2. Direito, poder, justiça e processo - Calmon de Passos Para Calmon de Passos, é no espaço político que o indivíduo exerce sua condição humana, visto que ela está intrinsecamente ligada ao ato de socializar. Por isso, a sociedade é resultante das diversas ações humanas, que garantem a ela, a sociedade, um caráter mutável, que se adapta e se engendra de acordo com as necessidades das gerações que surgem. O autor ainda compreende a sociedade como um tecido que é formado pelos fios, que são representados pelos indivíduos. Nesse sentido, para poderem formar o tecido social, os indivíduos devem estar a serviço uns dos outros e não se sobrepondo. Assim, é impossível pensar o homem como uma peça externa à sociedade, pois os sujeitos se organizam com a finalidade de garantir maior racionalidade nas relações, embora a consequência dessa ação seja a hierarquização dos homens e dos seus interesses, instaurando, portanto, desigualdades. Sendo assim, é importante recorrer a Foucault, que pensa nos vínculos humanos como relações de poder. Posto isso, Foucault, em seu livro “Vigiar e Punir", aborda o poder disciplinador das instituições, que ele chama de instituições de confinamento ou de sequestro. Para o filósofo, o poder disciplinador dessas instituições é exercido de forma individual sobre cada pessoa. Seguindo essa linha de raciocínio, temos o Estado como vinculador legal da violência oriunda do poder, exercida por instituições como a polícia, como foi o caso da chacina do Jacarezinho no início de maio de 2021. Tal afirmação vai de encontro à passagem de Calmon de Passos que diz: “É ele o poder político, enquanto organizador da coerção, que assegura, em última instância, a efetividade da ordem (social) de dominação (ou controle) instituída.” (p. 46). Para o autor, o Direito é responsável por integrar o poder político, poder ideológico e poder econômico, com a finalidade de garantir segurança em vista dos prováveis riscos de divergências individuais ou sociais do modelo institucionalizado. Já na visão de Mário Sérgio Cortella, o poder deve estar a serviço da comunidade para que a vida seja abundante. Portanto, o poder não deve ser vinculado à noção de soberania que reprime a democracia, mas sim à ideia de aceitação das regras coletivas. Porém, o poder só se exprime e se manifesta no diferencial existente. Isto é, não existem relações equilibradas de poder, pois sempre haverá a produção de efeitos desejados pela vontade dominante sobre as classes dominadas. E mais uma vez, essa relação só é possível graçasaos meios asseguradores da efetividade desse poder, em que faz prevalecer a vontade de poucos. Portanto, só se tem poder sobre o outro quando se usurpa parte de sua liberdade e, muitas vezes, essa apropriação nem é percebida, ou lhe é inevitável. Sendo assim, o filme ilustra muito bem esse fato, no momento em que Jack se dissocia dos outros garotos e decide formar a sua própria tribo, assumindo formas violentas para trazer o resto dos garotos para o seu lado. E quem se negasse a ser dominado por ele era perseguido e até mesmo morto. Voltando ao pensamento foucaultiano, o poder é também tomado como propriedade por certas pessoas. Em sua obra, “Microfísica do Poder” o poder é utilizado como mecanismo de autoridade, em que o indivíduo se coloca acima da lei. No Brasil, essa postura é assumida em sua maioria pelas elites dominantes, que se afirmam acima da lei, porém as demais pessoas devem estar à mercê das normas jurídicas. Para essa elite a igualdade perante a lei as agride e insulta. O episódio que ocorreu em São Paulo no início do ano de 2021 elucida o que Foucault apresenta em sua obra. No fato em questão, o desembargador Eduardo Siqueira se recusa a usar máscara de proteção contra o coronavírus, quando é abordado por um guarda municipal. No decorrer da situação, o desembargador chama o guarda de analfabeto e rasga a multa que recebeu dele. Esse caso mostra como as pessoas se apropriam do poder e o utilizam como mecanismo segregador, entre os que o possuem e os que não o possuem. Ou seja, personalizam o poder e não entendem que são apenas exercentes dele e não possuidoras dele de fato. Desse modo, o poder é concebido como violência legalizada pelo Estado, pelo simples fato de o indivíduo possuir um alto cargo jurídico. Desse modo, poder político e Direito são mecanismos inerentes e, é preciso ter cuidado para que ele, o Direito, não seja utilizado como um recurso excludente e colaborador de condutas agressivas. Sendo assim, de acordo com Calmon de Passos, é de suma importância a domesticação do poder, com a finalidade de minimizar seu lado negativo dominador, de forma que ele exerça uma dimensão de integração e solidariedade. E, por fim, o Direito, deve ser utilizado como um meio ao qual se proporciona segurança e operacionalidade à ordem imposta. 2. PODER SIMBÓLICO O conceito de poder simbólico foi desenvolvido pelo filósofo Pierre Bourdieu, que o definiu como um conjunto de variadas concepções e relações sociais que não são postas, ou seja, invisíveis ou simbólicas. Tal poder pode ser observado nas artes, culturas e hierarquias que formam uma estrutura natural auxiliadora da manutenção das desigualdades. Dessa forma, entende-se que, por conta de uma naturalização construída ao longo da vida, esse poder se torna comum, corriqueiro e assim não é perceptível socialmente, essas relações podem ser observadas desde a estrutura do Estado até as pequenas relações familiares. Partindo desse pressuposto, o autor conceitua, para além de demonstrações de como o poder simbólico está inserido na sociedade, a consequência de tal ação, a chamada violência simbólica se caracteriza pela força ou coação presente na sociedade, não de forma física, propriamente dita, mas de maneira emocional, psicológica ou moral, Bourdieu percebe que em todos os espaços sociais existe uma configuração que determina a maneira de atuação de cada pessoa, mas que em uma construção social o indivíduo sente-se na obrigação de se adequar a toda ordem construída em grupos de socialização, ou seja, os modos de reprodução do poder simbólico só acontecem devido a violência simbólica. Ademais, é possível notar tal aplicabilidade do conceito na ordem social vigente e em um exemplo prático observar como tal poder influencia diretamente a vida cotidiana, o patriarcalismo e a ascensão do machismo é um fator que pode-se considerar relevante para essa discussão. Ou seja, as pessoas consideradas machistas atualmente não a são porque assim escolheram, mas, por que estão inseridas em uma espécie de cultura familiar na qual a pessoa do sexo masculino é vista como superior a do sexo feminino como inferior e isso foi ensinado de maneira intríseca ao indíviduo, impercetível sem tal conhecimento prévio. Por exemplo, ao designar brincadeiras esportivas, de aventura e diversão aos meninos e brincadeiras de cuidados domésticos, atrelados aos filhos e a cozinha para meninas, isso, não notoriamente, implica uma relação hierárquica entre homens e mulheres. Tal relação produz os seus efeitos, para além da trajetória individual do sujeito que foi submetido a tal cultura patriarcal, também para a sociedade enquanto grupo e isso passa a determinar como homens e mulheres devem se portar perante as suas relações sociais, definindo modos corretos e incorretos de se construir feminilidade e masculinidade. Dessa maneira, produz-se uma espécie de violência simbólica que implica, mesmo contra a vontade própria, um sistema coercitivo de como cada um deve se apresentar perante a sociedade, isso, seja no modo de se vestir, falar, andar e se relacionar. Tal violência não produz efeitos físicos mas designa a moral e fere o psicológico de quem não se adequa a esse padrão pré-estabelecido. Além disso, o filme se faz desse entendimento em determinados momentos da trama, que, a partir do momento em que os meninos perdidos se dividem em dois grupos, um deles enxerga a violência como uma solução rápida e prática para os conflitos postos, então, o primeiro garoto que se posiciona contra o grupo de maneira incisiva é condenado a morte, que em um momento inicial choca alguns dos meninos da tribo, mas, a partir da segunda morte essa solução parece ser bem adequada e matar para solucionar já não gera mais um conflito de interesses e todos agem daquela maneira sem questionar uns aos outros, fazendo com que, quem não se adeque se sinta retraído, excluído e a mercê de algum tipo de violência, mas, aqueles que se adéquam se destacam e são reconhecidos pelos colegas. Por fim, é notória a relação de poder simbólico no grupo, o qual foi concedido sem nenhuma concessão e foi aceito socialmente de uma maneira natural e corriqueira. Outrossim, quando esse poder é definido percebe-se que outros membros, contrários a essa ordem social se sentem violentados psicologicamente, pois, enfrentar o seu líder infere a sua moral perante todo o grupo. 3. PODER NA CONTEMPORANEIDADE Na obra “Um estudo sobre o poder na sociedade da informação”, Henrique Silveira encara a informação como um fator essencial na relação entre poder, Estado e sociedade. De forma encadeada, a estruturação do poder inicia-se com um desejo e um estímulo do querer, que em seguida, dá lugar às ações para que a vontade se materialize. O entendimento acerca do objetivo almejado é crucial para que as partes se mobilizem para alcançá-lo, isto é, o exercício do poder está alicerçado pela qualidade e o direcionamento da informação. Sob esta perspectiva, no filme, as duas lideranças presentes apresentam posturas distintas com relação ao futuro na ilha. Enquanto Halph não passava segurança quando perguntavam acerca do resgate, Jack se mostrava confortável com a ideia de permanecer ali. Além disso, Jack demonstrava confiança de que iria sobreviver, estimulando os outros membros a ficarem ao lado dele. A convicção sobre as circunstâncias fez com que o restante do grupo se sentisse seguro, pertencentes e motivados a fazerem o que fosse necessário para continuarem vivos. Em um contexto tão distinto e semelhante se comparado com o do filme supracitado, atualmente também podemos observar a forma como essas tecnologias informacionais influenciam as relações sociais. Silvério explica a classificação do poder segundo os principais sociólogos e pensadores do assunto. De acordo com Norberto Bobbio, o poder econômico se sustenta na riqueza; o poder ideológico se sustenta no saber; e o poder político, na força em sua última instância. Além disso,Bobbio ressalta que com o poder advém a possibilidade de recompensa e castigos, visando a manutenção da ordem. Seguindo o raciocínio semelhante ao de Bobbio, Alvin Toffler defende que os pilares do poder são o músculo, o dinheiro e a inteligência, representando a força, a riqueza e o conhecimento, respectivamente. Bertrand Russell ressalta que dentre as principais expressões do poder, está: uso da força; política de reconhecimento e punição para estimular e repreender determinados comportamentos. As estratégias de reconhecimento e sanção também foram utilizadas no decorrer do filme por Jack, diante do tratamento indiferente e áspero para com os meninos do outro grupo ou que não seguissem suas regras. Quem o desrespeitasse era humilhado, ignorado, zombado, poderia ficar sem comida e até mesmo ser agredido pelo restante do clã. Diante dessas circunstâncias, as crianças se viam convencidas a se submeter às regras e condições impostas para ter sua segurança e sobrevivência asseguradas. Cantar os hinos, não conversar com os membros fora do grupo, participar dos rituais, matar sem temer, todos esses fatores eram reconhecidos como o comportamento de alguém fiel e por isso, digno de elogios. Em contrapartida à essa manipulação direta presente no filme, o contexto contemporâneo se faz valer dos meios de comunicação para que esse condicionamento seja executado de forma mais sutil e eficiente. As imposições são respeitadas sem ao menos serem percebidas ou compreendidas. “Quando bem administrado, as pessoas sequer percebem que estão sendo controladas e se submetem aos propósitos dos outros não apenas voluntariamente, mas com um sentido de virtude – aqueles que não se submetem são dissidentes.” (p. 82). Dessa forma, o direcionamento das ações é realizado através da privação de conhecimento e controle das mídias, reforçando e mantendo as estruturas sociais planejadas. BIBLIOGRAFIA: Sapiens Coruja. O senhor das moscas legendado completo. Youtube, 16 de jan de 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mnYc1Yi0cmE> Professor Krauss. Bordieu | O Poder Simbólico. Youtube, 3 de jan de 2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=T6PE1oc7b-M> https://www.youtube.com/watch?v=mnYc1Yi0cmE https://www.youtube.com/watch?v=T6PE1oc7b-M Historizando. PIERRE BORDIEU | PODER SIMBÓLICO E VIOLÊNCIA SIMBÓLICA | Redação Nota Mil. Youtube, 7 de abr de 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bIuJ64JioiY> BOURDIEU, Pierre. Sobre o poder simbólico. In: BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Trad. Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. Microfísica do poder #1: Você sabe com quem está falando? - Leandro Karnal. YouTube. Acesso em 08 de maio de 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8SnLpe5WAhY> Pensadores na Educação: Foucault e as relações de poder. YouTube. Acesso em 08 de maio de 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=H7VuqKEXdB4> Videoteca do PS - Relações de Poder | Mario Sergio Cortella. YouTube. Acesso em 08 de maio de 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7yst968tsfE> DE PASSOS, J. J Calmon. Direito, poder, justiça e processo: julgando os que nos julgam. 1.ª edição. Editora Forense. 2003. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª Ed.São Paulo: Editora Malheiros, capítulos 7-8. https://www.youtube.com/watch?v=bIuJ64JioiY https://www.youtube.com/watch?v=8SnLpe5WAhY https://www.youtube.com/watch?v=H7VuqKEXdB4 https://www.youtube.com/watch?v=7yst968tsfE SILVEIRA, Henrique Flávio Rodrigues da. Um estudo do poder na sociedade da informação. Tese (Mestrado em Ciência da Informação) - UnB, [S. l.]. E-book.
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