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Olá! Nessa unidade vamos dar continuidade ao estudo dos tributos em espécie. A partir de agora nos dedicaremos ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Imposto sobre a Propriedade Rural (ITR), Imposto por Ato Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI), Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) e Imposto sobre Operações de Crédito (IOF). Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) é de competência Municipal (art. 156, I, da CF) e se caracteriza como tributo de preponderante �nalidade �scal, objetivando aumentar a arrecadação dos cofres públicos. Por outro lado, também seria possível vislumbrar a �nalidade extra�scal desse imposto quando utilizado como instrumento de concretização da política urbana de aproveitamento do solo. Vamos analisar algumas características desse tributo. Fonte: Shutterstock IPTU e Progressividade É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei especí�ca para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edi�cado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, de imposição de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo. É importante destacar que a progressividade está dos tributos. Direito Tributário – Tributos em Espécie e Processo Tributário Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Contribuinte Os contribuintes desse imposto seriam: Fato Gerador O fato gerador se caracteriza pela propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como de�nido na lei civil, localizado na zona urbana do Município (art. 32 do CTN). A de�nição dessa “Zona Urbana” será realizada mediante lei do próprio Município, devendo observar a existência de pelo menos 2 (dois) dos seguintes melhoramentos (construídos ou mantidos pelo Poder Público): I – meio-�o ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II – abastecimento de água; III – sistema de esgotos sanitários; IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. O proprietário do imóvel: Por proprietário devemos compreender o sujeito que consta no competente Cartório de Registro de Imóveis nos termos da lei civil (arts. 1.227 e 1.245, § 1º, do CC). Ao analisarmos a �gura do contribuinte podemos a�rmar que o mero locatário de um imóvel não pode ser considerado contribuinte do IPTU, ainda que previsto no contrato privado celebrado, pois sua posse no imóvel é precária e sem ânimo de dono, permanecendo a sujeição tributária ao locador proprietário. Fonte: Shutterstock Base de cálculo, alíquota e o lançamento A base de cálculo do imposto é o valor venal do imóvel, retirando-se bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade (art. 33 do CTN). A base de cálculo do IPTU também será considerada exceção à anterioridade nonagesimal (noventena), podendo sofrer modi�cação sem necessitar aguardar noventa dias para ser aplicada (art. 150, § 1º, da CF/88). Base de cálculo Alíquota Lançamento Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) Competência O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) é de competência da União (art. 153, VI, da CF). Classi�cação É classi�cado como extra�scal, pois incidirá de maneira diferenciada de acordo com a utilização do imóvel rural. O aspecto extra�scal considera o grau de utilização do imóvel no momento da sua aplicação, pagando menos aquele que cumprir a função social da propriedade e mais quem não realizar. Característica Será progressivo e terá suas alíquotas �xadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas (art. 153, § 4º, I, da CF). Apesar de a competência tributária para criação desse imposto ser concedida à União, a Carta Magna autoriza os Municípios a exercerem a capacidade tributária ativa �scalizando e cobrando na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia �scal (art. 153, § 4º, III, da CF). Caso os Municípios não optem por realizarem essas atribuições terão direito a apenas 50% (cinquenta por cento) do produto do ITR arrecadado pela União. Contudo, se optarem pelo exercício dessa capacidade, �cam com 100% (dos valores (art. 158, II, da CF). Fonte: Shutterstock Agora vamos analisar o fato gerador, base de cálculo, alíquota e lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR): Fato gerador O f d d é i d d d í i ú il d i ó l f d á b O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel fora da área urbana. Exceto pequenas glebas exploradas por proprietário que não tenha outro imóvel, quando haverá imunidade tributária. O contribuinte, por sua vez, é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor. Base de cálculo A base de cálculo é o valor da terra nua, isto é, sem benfeitorias. Quanto as Imunidades tributárias do ITBI destacamos alguns pontos importantes: Alíquota A alíquota será progressiva, de acordo com o grau de utilização do imóvel. Lançamento O lançamento será por homologação, podendo existir complementação pelo Fisco (lançamento de ofício). Imposto por Ato Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI) O Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) é de competência Municipal (art. 156, II, da CF) e se caracteriza como tributo de �nalidade �scal, objetivando arrecadar valores aos cofres públicos. Quanto ao seu fator gerador o ITBI se caracteriza pela transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos e a sua aquisição – art. 156, II, CF/88 + art. 35 do CTN. A Constituição Federal ainda prevê especí�cas imunidades tributárias para o ITBI, quais sejam: Direitos Reais de Garantia (art. 156, II, da CF); Constituição de Pessoa Jurídica (art. 156, § 2º, I, da CF) objetivando desonerar a atividade de constituição de novas pessoas jurídicas. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) A seguir vamos conhecer a competência, �nalidade e os fatores geradores do ITCMD Competência O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) é de competência dos Estados e Distrito Federal (art. 155, I, da CF). Finalidade O tributo tem �nalidade �scal, objetivando aumentar a arrecadação dos cofres públicos. Fato gerador Os fatos geradores desse imposto são a transmissão causa mortis ou por doação de quaisquer bens ou direitos. Quando tratamos do contribuinte o ITCMD observamos o seguinte: Nos casos de transmissão causa mortis, teremos como contribuintes os herdeiros ou legatários. Na transmissão pela doação, quaisquer das partes na operação tributada, podendo recair sobre doador ou donatário (art. 42 do CTN). Quanto a base de cálculo, alíquota e lançamento o ITCMD observamos que: Base de cálculo: será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Alíquota: Cabe aos Estados e DF de�nir a alíquota, respeitado o máximo estabelecido pelo Senado Federal, que é de 8%. Lançamento: O lançamento será por declaração feita pelo contribuinte, podendo o Fisco estadual complementar ou reti�car mediante lançamento de ofício. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é de competência da União e possui �nalidade essencialmente extra�scal, isto é, para �ns de estímulo econômico no âmbitode atividades �nanceiras. Como se trata de imposto extra�scal, a alteração das suas alíquotas não observará a estrita legalidade, podendo ocorrer por ato do Executivo. Além disso, o IOF é exceção às anterioridades anual e nonagesimal. Alterado, produz efeitos imediatamente. Os fatores geradores do IOF são de�nidos da seguinte forma: Crédito A efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado. Câmbio A efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; Seguro A efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; Títulos e valores mobiliários Na emissão, na transmissão, no pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. Quanto ao contribuinte, sua base de cálculo, alíquota e lançamento o IOF se comporta da seguinte maneira: Contribuinte: O contribuinte do IOF será qualquer uma das partes da operação. Base de Cálculo: A base de cálculo dependerá do fato gerador, isto é, do montante da operação, da moeda e da cotação, do valor do prêmio no seguro e do valor nominal da emissão do valor mobiliário etc. Alíquota: As alíquotas podem ser alteradas por Decreto do Presidente da República. Lançamento: O lançamento será por homologação do contribuinte, podendo haver atuação de ofício do Fisco. Nessa webaula você conhecemos os principais tributos em espécie bem como esses tributos são gerados, de quem é a competência, como estes são calculados, suas alíquotas, como são lançados e quais os contribuintes reesposáveis pelo seu recolhimento.
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