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TÓPICOS ESPECIAIS E GESTÃO DE NEGÓCIOS Belo Horizonte Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Sumário Histórico e importância do Plano de Negócios ............................................................ 3 Como surgiu o Plano de Negócios .............................................................................. 3 Por que fazer um Plano de Negócios .......................................................................... 4 Para quem interessa o Plano de Negócios ................................................................. 8 Tipos de Planos de Negócios .................................................................................... 10 Resumo Executivo .................................................................................................... 12 Resumo dos principais pontos do plano de negócio ................................................. 12 Situação Jurídica ....................................................................................................... 14 Formulário de formatação jurídica do empreendimento ............................................ 14 O Produto/Serviço ..................................................................................................... 16 Analise do Mercado ................................................................................................... 21 Clientes ..................................................................................................................... 21 Concorrentes ............................................................................................................. 22 Fornecedores ............................................................................................................ 23 Participação no Mercado ........................................................................................... 24 Plano de Marketing ................................................................................................... 25 Capacidade Empresarial / Plano Operacional ........................................................... 32 Plano Financeiro ....................................................................................................... 35 Investimento total (resumo) ....................................................................................... 37 Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou mercadorias vendidas ................... 38 Estratégia de Negócio ............................................................................................... 42 Ameaças e Oportunidades ........................................................................................ 42 Pontos fortes e fracos ............................................................................................... 43 Definição do Negócio da empresa ............................................................................ 43 Definição da missão da empresa .............................................................................. 43 Estratégias gerais ...................................................................................................... 43 Cronograma de atividades ........................................................................................ 44 Gestão das Contingências e construção de cenários ............................................... 45 Analise socioambiental .............................................................................................. 45 Balanço Patrimonial .................................................................................................. 46 MODELO DE PLANO DE NEGÓCIO ........................................................................ 47 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Histórico e importância do Plano de Negócios Afinal o que vem a ser um Plano de Negócios ou Business Plan? Dornelas (2008) descreve o Plano de Negócios como sendo “um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa”. Desta forma pode-se entender que o Plano de Negócios nada mais é do que uma forma de organizar e situar o negócio para que o empreendedor possa obter uma visão íntegra do seu empreendimento. Para Salim et al (2001), plano de negócios é um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados”. Brait (2001) corrobora a ideia enfatizando ser um “checklist de ações a serem formadas pelo empreendedor, e que, quando aplicadas corretamente, no início de um novo negócio, forma um alicerce extremamente firme, com linhas bem definidas”. Ainda podemos definir o Plano de negócios como sendo um documento para descrever seu negócio, ele serve de cartão de visitas do empreendimento a ser constituído, serve ainda como um instrumento de apresentação do negócio de forma concisa e que reúne as principais informações e características do empreendimento. Na dimensão do planejamento, pode-se dizer que o Plano de Negócios é uma ferramenta voltada para planejar negócios e empreendimentos de forma simples e prática, integrando as esferas estratégicas, táticas e operacionais do planejamento. De outra forma, pode-se dizer que o Plano de Negócios é uma ferramenta para planejar a execução de ações de um empreendimento e acompanhá-las em sua execução. Como surgiu o Plano de Negócios Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Se começarmos a pensar acerca do tema, dificilmente nos recordaremos de termos visto um Plano de Negócios em uma empresa em que tenhamos atuado. Pois bem, será que as empresas sempre tiveram um Planejamento em seus negócios? Sabemos que muitos empreendimentos nunca sequer colocaram seus planos em um papel, mas sim comumente ouvimos dizer “tenho tudo na cabeça”. Essa frase muitas vezes é usada por empreendedores, principalmente nas empresas de pequeno porte. O gestor que sempre é o proprietário costumava ter tudo organizado, porém sempre em sua mente. A prática de se colocar no papel essas ideias não são antigas. No Brasil podemos dizer que a elaboração do Plano de Negócios começou a ser mais comumente utilizada com o processo de globalização da economia que ocorreu de forma mais perceptível com a abertura da economia, fato esse sentido mais a partir da década de 1990. Desta forma, as empresas ficaram mais expostas à competitividade promovida pela internacionalização dos mercados e, foram tendo que adaptar-se e atualizar-se para se manterem no mercado. O Plano de Negócios que até então era uma prática mais popular entre as grandes corporações, começou a fazer parte do cotidiano das pequenas empresas que, agora necessitavam de ferramentas para mostrar seus empreendimentos, expandi-los ou então de criar novas empresas. As agências de fomento e as instituições financeiras começaram a exigir que as ideias, os cálculos, as previsões do negócio estivessem detalhadas para sentirem a firmeza do negócio. Desta forma iniciou-se o processo de desenvolver os Planos de Negócios. Por que fazer um Plano de Negócios Através de informações disponibilizadas pelo SEBRAE podemos constatar um elevado índice de mortalidade das empresas no Brasil, o que em parte pode ser devido à falta de planejamento para implantação do negócio. Assim podemos dizer que a prática de elaboração do Plano de Negócio é recente no Brasil, ao contrário dos EUA que há muitos anos já utilizam-se desta ferramenta na implantação de negócios. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31)3270 4500 • empresas com até 2 anos de existência = 49,4% de mortalidade; • empresas com até 3 anos de existência = 56,4% de mortalidade; • empresas com até 5 anos de existência = 59,9% de mortalidade. Evidentemente que somente um PN não representa o sucesso do negócio, porém evita muitos problemas e, principalmente que caso seja inviável, a atividade não seja colocada em prática. Desta forma, o Plano de Negócios pode ser considerado como um agente transformador das causas mortes das empresas, pois, conforme descreve Dornelas (2008) ele possibilita um aumento de 60% na probabilidade de sucesso nos negócios, tendo em vista que a falta de planejamento leva à mortalidade dos negócios, por deixar de mostrar ao empreendedor as possíveis falhas. Contudo o autor nos apresenta algumas possibilidades com a elaboração de um Plano de Negócios, tais como: • Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio; • Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas; • Monitorar o dia-a-dia do empreendimento e tomar ações corretivas quando necessário; • Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco, etc. • Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 • Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc. Sendo assim, percebe-se a importância de se montar um plano de negócios, mesmo que muitos empreendedores achem desnecessários, pois não se trata de um “adereço”, mas sim de uma ferramenta útil para o sucesso do negócio. Muito comum ouvir dos empreendedores ou até mesmo dos empresários é que não necessitam de um ou então que as ideias estão todas alinhadas em sua mente ou pior ainda, que não tem tempo para desenvolver um Plano de Negócios. Na verdade muitas vezes, os mesmos não sabem como se faz para desenvolver um Plano de Negócios e acabam dando outras desculpas. Tal fato pode ser comprovado através de informações disponibilizadas pelo site Endeavor onde destacam que aproximadamente 9% dos planos que são recebidos pelas instituições financiadoras de capital de risco, são bons ou ótimos e 60% dos Planos de Negócios são rejeitados pelas instituições após breve análise. De 0 a 10, as notas médias dadas ficaram em torno de 3,75. Outra informação relevante é que apenas 1% dos que enviam os Planos de Negócios recebem investimentos diretos. Daí a importância de fomentar o potencial empreendedor de forma planejado e reforçada por Dornelas (2008) com sua descrição de alguns objetivos básicos pelos quais um Plano de Negócios pode ser justificado sua realização: 1. Testar a viabilidade de um conceito de negócio 2. Orientar o desenvolvimento das operações e estratégia 3. Atrair recursos financeiros 4. Transmitir credibilidade 5. Desenvolver a equipe de gestão. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Contudo um Plano de Negócios de qualidade tem a responsabilidade de responder a algumas questões básicas como: • Existe uma real oportunidade para o meu negócio? • Eu ou a equipe que está desenvolvendo a ideia, entende do negócio? • O negócio demonstra retorno desejado para o investimento realizado? • O mercado aceitará as ideias que estão contidas no Plano de Negócios? • Existe diferenciação no meu negócio? • O meu negócio tem chances de existir por alguns anos? Bangs Jr (2002) elenca três razões principais para se criar um Plano de Negócios: 1. O processo de organizar um plano de negócios, incluindo as reflexões que você faz antes de começar a registrá-lo por escrito, obriga-o a assumir um posicionamento não emocional, crítico e objetivo em relação ao seu projeto como um todo. 2. O produto acabado – o seu plano de negócios – é um instrumento operacional que, se usado de forma apropriada, irá auxiliá-lo a gerenciar o seu negócio e a trabalhar efetivamente para seu sucesso. 3. O plano de negócios concluído transmite suas ideias para outros e fornece a base para sua proposta de financiamento. Portanto no momento que se desenvolve o Plano de Negócios já se pode estar fazendo uma análise do negócio, realmente refletindo sobre as reais possibilidades de sucesso da atividade. Desta forma, não se caracteriza somente o Plano de Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Negócios, pela importância do documento em si, mas pelo processo de construção do mesmo que possibilita ao empreendedor, amadurecer e refletir mais profundamente sobre o negócio ao qual se está estudando. Outra possibilidade é depois de concluído o Plano de Negócios poder ser uma forma de consulta e direcionamento para o empreendedor no que tange à sua atividade, haja vista, ali estarem registradas informações relevantes acerca de vários pontos que devem estar sempre presentes na atividade a qual refere-se. Também, este servirá de referencial para todos os interessados e ou envolvidos no negócio, desde os funcionários até os possíveis investidores. Enfim, um Plano de Negócios,”...poderá ajudá-lo a evitar o ingresso em um empreendimento que está fadado ao fracasso. Se seu empreendimento for marginal na melhor das hipóteses, o plano de negócios indicará por que, e poderá auxiliá-lo a evitar o pagamento de um preço alto para aprender sobre fracasso nos negócios. É muito mais barato não iniciar um negócio malfadado do que aprender por experiência o que um plano de negócios poderia ter ensinado ao custo de várias horas de trabalho de concentração“ (BANGS, JR, 2002). Além do que o Plano de Negócios, como já foi exposto anteriormente serve como fonte de informações para que outros possam avaliar o empreendimento, principalmente, se for o caso de necessidade de financiamento, haja vista o mesmo atender às exigências da maioria dos financiadores atualmente. Contudo o Plano de Negócios se faz importante, por dois grandes motivos, um pelo fato de ser a maneira que empreendedores tem de iniciar a materialização de sua ideia e mentalizar a operacionalização desta através da construção de cenários futuros que trazem a dimensão do planejamento para realidade do empreendedor. E outra que o Plano de Negócios pode vir a auxiliar na redução de riscos a serem corridos pelo empreendedor em relação aos seus recursos que muitas vezes são escassos e por tanto acabam por limitar a inovação sendo esta uma grande possibilidade de desenvolvimento de regiões e sociedades inteiras. Para quem interessa o Plano de Negócios Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Faz-se importante abordar acerca do público a que se destina a elaboração de um Plano de Negócios, quem deve construir este tipo de documento que vem aos poucos se mostrado importante no universo do empreendedorismo. Engana-se quem acredita que um Plano de Negócios destina-se somente aqueles que buscam financiamentos ou à instituições de fomento, pois além destes, existem vários públicos a quem interessa o Plano de Negócios de um empreendimento a ser implantado ou de uma empresa já existente e que deseja expandir-se. Dornelas (2008) elenca vários públicos para os quais um Plano de Negócios pode interessar: Incubadoras de empresas Sebrae, Universidades e órgãos governamentais – para outorgar financiamentos; Bancos – para liberar financiamentos para aquisição de equipamentos ou para capital de giro ou expansão da empresa; Investidores; Fornecedores; Público Interno – funcionários efetivos e emfase de contratação; Clientes; Sócios. Cabe destacar a importância do Plano de Negócios para o público interno de uma empresa, em caso de já estar funcionando. O gestor tem um documento que pode servir de estímulo para o bom desempenho das atividades, bem como para que no momento da contratação de novos funcionários se possa já demonstrar as intenções da empresa. Tal atitude possibilita uma forma de demonstração por parte do gestor, da importância de cada um no processo de expansão e uma atitude organizada de fazê-lo. Em última análise cabe apresentar-se o Plano de Negócios como uma ferramenta de planejar ideias além de ser maneira de materialização da inovação como estratégia de competitividade para empreendimentos. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Tipos de Planos de Negócios Vale salientar que o Plano de Negócios não segue um modelo único e passível da afirmativa de ser correto e normatizado, pois, existem tipos variados e tamanhos múltiplos além de diversas formas de desenvolver o Plano de Negócios que iram variar de acordo com a necessidade de cada empreendedor. Assim é possível destacar três tipos básicos de Planos de Negócios visando uma melhor compreensão e maneira de operacionalizar as formas de planejamento, que são apresentados a seguir: Plano de Negócios Completo – este tipo, se assim podemos apresentar, parte da medida que se apresenta a necessidade da busca de uma maior quantidade de dinheiro ou mesmo quando se quer apresentar uma visão mais detalhada do empreendimento a ser constituído. Ainda este varia na média de 20 a 40 páginas, dependendo da atividade e dos detalhamentos que são feitos, de outra forma, neste tipo de plano, apresentam-se dados mais complexos e representativos da realidade do negócio aproximando-se de uma finalização do planejamento, ou seja, ele busca um esgotamento da ferramenta Plano de Negócios como forma acabada e demonstração de cenários alternativos. Plano de Negócios Resumido – é utilizado em momentos em que se deseja apenas apresentar informações resumidas a um público alvo, por exemplo para investidores com o intuito de chamar a atenção. Normalmente estes, havendo interesse, irão solicitar um plano mais completo. Portanto, neste modelo a objetividade tem como foco no que se deseja chamar a atenção, principalmente nos tópicos, produto, mercado e retorno sobre os investimentos. Ele possui em média de 10 a 15 páginas. Plano de Negócios Operacional – este é comumente utilizado internamente na empresa ou negócio pelos empreendedores, diretores, gerentes e funcionários para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos estratégicos do empreendimento/organização. Quanto ao tamanho, depende da necessidade da empresa, em quais informações quer realmente passar para seus colaboradores. No que tange ao conteúdo de um Plano de Negócios este deve estar condizente com o que o empreendedor busca e para quem o mesmo será apresentado. Porém, algumas questões devem estar claramente evidenciadas no mesmo. Abaixo estão Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 elencadas algumas perguntas que devem ser respondidas por quem deseja implantar um negócio. Qual é o meu negócio? Aonde quero chegar? O que vendo? Para quem vendo? Que estratégias utilizarei? Como conquistarei mercado? Quais são os fatores críticos de sucesso do meu negócio? Quanto vou gastar? Que retorno terei sobre meu investimento? O que se percebe através de uma análise bem superficial do esquema acima é que o empreendedor necessita saber muito a fundo do seu negócio, da atividade que pretende desenvolver, bem como de todos os aspectos que envolvem a atividade como, o produto, mercado, estratégias a serem colocadas em ação, conhecer profundamente seus pontos fortes e fracos (SWOT), e, principalmente a análise financeira detalhada de todos os investimentos, previsões de receitas e retorno de capita. Portanto, o esquema apresentado, após devidamente respondido é sinal de que seu empreendimento pode ter sucesso. Como é a formação de um Plano de Negócios? O Plano de Negócios deve conter uma sequência lógica que permita entender como a empresa é organizada, seus produtos e serviços, seu mercado, suas estratégias de marketing e sua situação financeira, além de seus layouts produtivos e estruturais. Segundo Stone (2001) “a preparação de um plano de negócios não é o resultado final do processo de planejamento. Seu maior objetivo é atingir as metas descritas no plano escrever é um importante estagio intermediário”. Então visando colocar a ideia do Plano de Negócios no papel é importante detalhar cada um dos itens que compõem um Plano de Negócios. Assim a seguir apresenta-se um roteiro base para elaboração do Plano de Negócios lembrando que jamais dois planos de negócios serão idênticos pois devem Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ser moldados de acordo com a situação individual do empreendimento. Todavia, a maioria dos planos seguem uma estrutura usada, aprovada e validada, com subtítulos para os pontos relevantes. Quadro XX: Dicas para elaboração do Plano de Negócios Fontes: http://blogdaformacao.wordpress.com/tag/guy-kawasaki/ Resumo Executivo O Resumo Executivo ou sumario executivo como alguns autores preferem chamar, é comumente apontado como a principal seção do plano de negócios, pois através dele é que o leitor perceberá se o conteúdo a seguir o interessa ou não e, portanto, se continuará, ou não, a ler o documento. Portanto, é no resumo executivo que o empreendedor deve "conquistar" o leitor. Resumo dos principais pontos do plano de negócio http://blogda/ Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Nesta seção do plano o empreendedor apresenta um breve resumo da empresa ou negócio, sua história, área de atuação, foco principal e sua missão. É importante que esteja explícito ao leitor o objetivo do documento (ex.: requisição de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para potenciais parceiros ou clientes, apresentação de projeto para ingresso em uma incubadora etc.). Devem ser enfatizadas as características únicas do produto ou serviço em questão, seu mercado potencial, seu diferencial tecnológico e competitivo. Também devem ser apontadas perspectivas de futuro do negócio (oportunidades identificadas, o que se pretende fazer para abraçá-las, o que é preciso para tal, porque os empreendedores acreditam que terão sucesso, etc.). Tudo isso, de maneira sucinta, sem detalhes, mas em estilo claro. Recomenda-se que esta seção tenha cerca de 01 a 02 páginas, no máximo. É importante salientar que o empreendedor apenas terá condições de elaborar o sumário executivo ao final da elaboração do plano de negócios, pois ele depende de todas as outras informações do plano para ser feito. Questões a serem respondidas no resumo executivo do Plano de Negócios: Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Qual o Negócio do Empreendimento? 1. Por que a escolha deste Negócio? 2. Qual a área Geográfica de abrangência das atividades do empreendimento? 3. Qual a regulamentação ambiental e padrões de qualidade que afeta as atividades do Empreendimento? 4. Quais os efeitos do enquadramento tributário no seu empreendimento? 5. Como o ambiente micro e macroeconômico afetam as atividades da empresa? Situação Jurídica Também chamado de formatação jurídica do empreendimento, onde se devem descrever os aspectos tidos como jurídicos almejados pelo empreendimento, quais os enquadramentos fiscais em queo empreendimento pretende se alocar. Muitos são os modelos de planos que não consideram este tópico, porem ele é tão importante quanto as questões mais estratégicas pois a legislação que prevê os enquadramentos fiscais do empreendimento podem levá-lo a recolher mais ou menos impostos o que influenciará diretamente na formação de preços e elaboração dos custos de produtos ou serviços e assim determinar estratégias de competitividade no mercado como é o caso de preços e valores. A seguir apresenta-se um formulário base que pode orientar o preenchimento do Plano de Negócios podendo proporcionar ao empreendedor planejar e identificar quais as melhores opções a serem perseguidas na formação de seu negócio. Formulário de formatação jurídica do empreendimento Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Nome do empreendimento: Endereço: Fone/Fax: Pessoa de contato: Natureza Jurídica: Porte da Empresa: Estadual: Federal: Enquadramento Fiscal: Ramo de Atividade: Data Da Constituição: Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Sócios: Participação no Capital Social (%) Número de Empregados: O Produto/Serviço A apresentação do conjunto dos produtos a serem ofertados pelo empreendimento devem ser descritos levando em consideração o estágio aos quais estão, ou seja, em que etapa de desenvolvimento se encontra os produtos e serviços que o empreendedor deseja planejar. O produto está pronto para ser comercializado? Ou já foi lançado no mercado? Ou ainda está sendo construído? São questões que devem permear o empreendedor na hora que se está elaborando o Plano de Negócios. Características Identificar e relacionar as principais características dos produtos e serviços do empreendimento que se objetiva implantar deve ser elencado visando identificar aspectos com sua destinação, como serão produzidos, os recursos a serem Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 utilizados, os fatores tecnológicos envolvidos além de outros aspectos relevantes. Se o empreendimento estiver, através do plano de negócio, apresentando um produto ou serviço específico, deve centrar-se nele. A seguir são apresentadas questões que podem auxiliar a formatar o textual de descrição do produto, visando valorizar as ideias de construção do produto bem como sugerir aprimoramento e inovação. 8. O que é o produto ou serviço? 9. Que tipo de finalidade os produtos atendem e a quem é destinado? 10. Como o produto é elaborado, matéria-prima utilizada, maquinário, mão de obra, embalagem, etc? 11. Vida útil do produtos? 12. Quem detém a propriedade intelectual dos produtos? 13. As vezes o mesmo produto é oferecido em modelos diferentes ou características distintas. Citar esses atributos se for o caso? Diferencial tecnológico Como estamos num mundo cada vez mais inovador e que assume a tecnologia como parte de sua sociedade, deve-se no Plano de Negócios relacionar-se itens como diferencial tecnológico dos produtos e serviços do empreendimento em relação à concorrência. Para manter-se competitivo é necessário manter-se atualizado quanto às tendências tecnológicas; e os empreendimento iniciantes e de pequeno porte devem intensificar suas estratégias a respeito da tecnologia, pois dependem especialmente, desenvolvimento continuo de produtos e serviços que promovam a inovação tecnológica como forma de agregar valores e manter sua sobrevivência. Desenvolvimento e pesquisa do produto O empreendimento deve cultivar um plano de desenvolvimento de novos projetos, produtos e tecnologias, que atendam às demandas futuras do mercado e para isso deve expressar, quais suas perspectivas futuras de negócios. É importante que o empreendedor perceba que todo produto tem um ciclo de vida e que, para manter-se na vanguarda, precisa continuamente estar pesquisando e desenvolvendo Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 novos projetos. Não é aconselhável no Plano de Negócios centrar-se apenas no projeto/produto atual. Como o empreendimento pretende cultivar um plano de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias que atendam as demandas do mercado? Deve ser a pergunta que permeia todo o item de desenvolvimento e pesquisa do produto para concepção do Plano de Negócios. Além disso segue as questões de deveram ser respondidas para elaboração do textual deste item parte do Plano de Negócios que se está elaborando: 14. Quais os principais produtos da Empreendimento? 15. Descrição dos produtos e percentual no mercado. 16. Quais as similaridades e diferenças dos produtos do empreendimento em relação aos produtos da concorrência? 17. Quais as necessidades que os produtos buscam satisfazer? 18. Qual a capacidade produtiva do empreendimento? 19. Qual a capacidade financeira de desenvolvimento do Empreendimento? 20. Qual a produtividade do setor? 21. O espaço físico para utilização é suficientemente adequado para a execução dos trabalhos? 22. O número de pessoas para executarem as tarefas está adequado á necessidade inicial do empreendimento? 23. Descreva o Layot que será utilizado pelo empreendimento e identifique possíveis gargalos e possíveis soluções. 24. Quais as vantagens e desvantagens do processo produtivo a ser utilizado? 25. Descreva a Tecnologia a ser empregada, o nível de tecnologia de domínio do empreendimento, a atualização desta Tecnologia, e como o empreendedor visa monitora o aparecimento de novas tecnologias? 26. Quais os métodos de controle, avaliação e monitoramento que serão utilizados (qualidade, produtividade, produção)? 27. Há necessidade de contratar empresas ou consultores para desenvolver algumas atividades ou resolver problema nas etapas do processo de serviços? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Planejamento e Desenvolvimento do Produto O processo de planejamento de produto inicia-se com o projeto informacional, seguido dos projetos: conceitual, detalhado, de preparação da produção e, findando, com o de lançamento do produto. Figura XX: Processo de desenvolvimento de produto Fonte: http://famanet.br/Ambientes/adm/PDF/amiltom/Planejamento_Cap_3.pdf Assim o empreendedor deve buscar estruturar de forma planejada o produto a ser oferecido pelo empreendimento, e que possibilite garantir o maior numero de informações sobre o produto, sua produção, bem como garantir uma imagem projetada de sua funcionalidade. 28. Você compraria este produto? 29. Quanto você está disposto a desembolsar para adquiri-lo? 30. O que acha do desenho? Ele é suficientemente “vendedor”? 31. Onde estaria disposto a comprá-lo? Através de quais canais de distribuição? Estágio atual Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Um dos fatores bem conhecidos sobre o processo de desenvolvimento de produto é que o grau de incerteza no início deste processo é bem elevado, diminuindo com o tempo, mas é justamente no início que se seleciona a maior quantidade de soluções construtivas. As decisões entre alternativas no início do ciclo de desenvolvimento são responsáveis por 85% do custo do produto final. O custo de modificação aumenta ao longo do ciclo de desenvolvimento, pois a cada mudança, um número maior de decisões já tomadas podem ser invalidadas. Assim, é desafio gerenciar as incertezas envolvidas num processo de desenvolvimento de produto, onde as decisões de maior impacto têm que ser tomadas no momentoem que existe um maior número de alternativas e grau de incerteza. Soma-se a isto: - o fato deste processo se basear num ciclo projetar, construir, testar que geram atividades necessariamente interativas; - de ser uma atividade essencialmente multidisciplinar (trazendo fortes barreiras culturais sobre a integração); - a existência de uma quantidade grande de ferramentas, sistemas, metodologias, soluções, etc.., desenvolvidas por profissionais/empresas de diferentes áreas, as quais não "conversam" entre si; - e a existência de diversas visões parciais sobre o processo de desenvolvimento de produtos. Contudo cabe o empreendedor apresentar aqui qual é o estágio que se encontra o produto ou serviço que se almeja disponibilizar aos mercados, suas principais características e como pretende inseri-lo e disponibilizá-lo ao consumo. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Analise do Mercado Após a definição bem detalhada da ideia de empreendimento, convém ao empreendedor analisar bem o mercado em que pretende atuar. Não é conveniente desenvolver o projeto sem antes estudar seriamente a conjuntura do mercado. A maior parte das causas de fracassos em empreendimento é devido à ausência ou à insuficiência do mercado, à dificuldade de identificar e de responder às consequências de mudanças sócio-econômicas e conjunturais do mercado que se pretende atuar. Clientes Então neste item do Plano de Negócios deve-se descrever quem são os clientes ou grupos de clientes que a empresa pretende atender, quais são as necessidades destes clientes potenciais e como o produto/serviço poderá atendê-los. É fundamental procurar conhecer o que influencia os futuros clientes na decisão de comprar produtos ou serviços: qualidade, preço, facilidade de acesso, garantia, forma de pagamento, moda, acabamento, forma de atendimento, embalagem, aparência, praticidade etc. É importante estar atento ao definir quem é o cliente. O cliente não é apenas quem vai tomar a decisão de compra. Cliente é quem vai usar diretamente o produto; Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 é quem vai ser afetado pelo uso do produto; é quem vai tomar a decisão de compra e por aí afora. Por exemplo: Quem é o cliente de uma empresa que se propõe ao desenvolvimento de um software para automação de padarias? É o funcionário que deverá manusear o software (o usuário)? É o dono da padaria? É o padeiro? Quem é? O empreendedor deve perceber a complexidade da definição de quem é o seu cliente. No caso do software para padaria, identificar apenas o dono da padaria como cliente pode ser um grande problema, porque o software pode não contemplar as necessidades do usuário final e ser inviabilizado por uma questão operacional. Da mesma maneira, se apenas o usuário for foco de atenção, talvez o software deixe de agradar o dono da empresa que é quem vai tomar a decisão de compra. Também o cliente da padaria precisa sentir-se satisfeito pelo impacto que o software irá gerar sobre o atendimento que recebe. Ou seja, é importante que se faça uma boa reflexão acerca de quem é o cliente para o produto/serviço em questão. Partir de um pressuposto limitado pode comprometer a aceitação do produto/serviço final. Contudo é importante o empreendedor responder a questões relativas aos clientes para identificar melhor seu comportamento e relativizar o que importa em relação a seu empreendimento, segue as questões de analise: 32. Quem são ou serão seus principais clientes? 33. Quais as principais tendências dos consumidores/clientes no seu mercado? 34. Que hábitos estão mudando no consumo de seus clientes? 35. O que está mudando na maneira como seus clientes buscam soluções para suas necessidades? Concorrentes O empreendedor deve relacionar neste item os principais concorrentes, que são as pessoas ou empresas que oferecem mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes àqueles que serão colocados no mercado consumidor pelo novo empreendimento. Devem-se descrever quantas empresas estão oferecendo produtos Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ou serviços semelhantes, qual é o tamanho dessas empresas e, principalmente, em que o empreendimento almejado se diferencia delas. Diversas características podem ser foco de análise, tais como: qualidade, preço, acabamento, durabilidade, funcionalidade, embalagem, tamanho, qualidade no atendimento, facilidade de acesso, forma de apresentar a mercadoria, e o nível de satisfação em relação às mercadorias ou serviços disponíveis. Assim neste item, o importante é o empreendedor perceber que não pode se limitar a identificar apenas o concorrente atual; precisa estar atento aos concorrentes potenciais. Ou seja, se o mercado em questão é um mercado extremamente atraente, que não impõe muitas barreiras a novos empreendedores, certamente outras empresas irão em breve se instalar. Quando um negócio é "quente", muitos correm em direção a ele; neste caso, a concorrência que num determinado momento é pequena, em outro pode ser bem maior. Outro ponto a ser considerado são os produtos substitutos. O empreendedor não deve prender-se apenas a empresas que desenvolvem produtos e serviços iguais aos seus; deve estar atento a tudo o que acontece em sua volta, porque produtos, serviços e tecnologias que aparentemente não constituem uma ameaça, podem vir a substituir o seu produto ou a tornar seu negócio obsoleto. Cabe mencionar ainda a relevância de que a análise da concorrência não se restrinja ao ambiente local e regional; pois com a globalização e facilidades oferecidas pelo mundo moderno, a concorrência pode estar em qualquer parte do globo, demonstrando que a concorrência assume uma dimensão ampliada. Fornecedores Os Fornecedores são o conjunto de pessoas ou organizações que suprem a empresa de equipamentos, matéria-prima, mercadorias e outros materiais necessários ao seu funcionamento. Na escolha de fornecedores deve-se considerar a qualidade, quantidade, preço, prazo e forma de pagamento e de entrega, garantia e assistência técnica de equipamentos, e outras informações úteis, dependendo das mercadorias ou serviços a serem oferecidos. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Participação no Mercado Identifica-se, neste item, a fatia de mercado da empresa, dentre os principais concorrentes. Mostra-se a situação atual da empresa, a performance da empresa, qual sua participação no mercado. Para que o empreendedor possa planejar a participação desejada, deve, neste item realizar uma pesquisa de mercado (investigar informações como tamanho atual do mercado, quanto está crescendo ao ano, quanto está crescendo a participação de cada concorrente, nichos pouco explorados pelos concorrentes etc.). Por fim se descrevem questões a serem respondidas relativas ao mercado e que são importantes para melhor analisá-lo: 36. Por que você definiu estes produtos e respectivo mercado? 37. Por que você acredita no sucesso deste empreendimento? 38. Qual é o mercado da empresa e qual a fatia de mercado pretendida pela empresa? 39. Quais são as chances de crescimento deste mercado? 40. Como o ambiente macroeconômico, afeta a empresa (Sazonalidade)? 41. Quais as empresas líderes deste mercado na atualidade? 42. Qual área geográfica de abrangência da empresa em relação aos clientes potências? 43. Por que seu produto terá a preferência em relação aos concorrentes no mercado? 44. A localização da empresa é um fator importante para ter acesso aos clientes? 45. Quais as vantagens sobre a concorrência? 46. Quais as desvantagens sobre a concorrência? 47. Qual será a estratégia de preçoutilizada por sua empresa na introdução dos produtos ao mercado e por quê? 48. Quais fatores externos, econômicos, políticos e demográficos podem afetar seu mercado no próximo ano? 49. Quais seus principais concorrentes, seus pontos fortes e fracos? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Plano de Marketing O Plano de Marketing deve apresentar como o empreendedor pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda, sempre de acordo com a estratégia definida anteriormente acerca do posicionamento do empreendimento no mercado. Ele precisa abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. Descrição dos principais produtos e serviços Esta seção do Plano de negócios deve conter apresentação do conjunto dos produtos oferecidos ou a oferecer pelo empreendimento, bem como a indicação da fase em que os mesmos se encontra. Isto é em ralação a sua comercialização, saber se o produto está pronto para ser lançado no mercado ou já foi lançado; ou ainda sobre o desenvolvimento do produto, se ele está sendo construído/elaborado; ainda sobre a relativa ao produto ou serviço, isto é o levantamento de dados e definições sobre o produto. Ainda para melhor compreensão apresenta-se a seguir um quadro que pode vir a facilitar as reflexões acerca do MIX de produtos que compõem o negócio: QuadroXX: descrição dos produtos Descrição O que é o produto Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Aplicação Que tipo de finalidade os produtos atendem e a quem é destinado Recursos utilizados Como o produto é elaborado, matéria prima utilizada, maquinário, mão de obra, embalagem, etc. Tempo para obsolescência Vida útil dos produtos. Fornecedores Quem são os fornecedores, no caso de produtos de terceiros, ou os fornecedores da matéria-prima utilizada na produção. Propriedade intelectual Quem detém a propriedade intelectual dos produtos. Modelos ou variantes Às vezes o mesmo produto é oferecido em modelos diferentes ou com características distintas. Citar esses atributos se for o caso. Fonte: adaptado do material de MBA Preço Em relação ao preço, para fins de elaboração do Plano de Negócios o empreendedor deve levar em consideração dois fatores importantes, um em que se estima o preço do produto a partir de seus custos, o que nos remete a descrever quais serão os principais itens a serem utilizados na confecção do produto, para se ter um custo inicial do produto e poder identificar quanto ele custara para ser produzido. Outra forma relacionada ao preço é identificar o quanto o mercado está pagando pelo produto ou similar, o que deve ser descrito então é qual das formas o empreendedor pretende adotar na hora de formar seu preço, e como ele pretende que seu empreendimento posicione a respeito do preço de vendas dos seus produtos ou serviços e qual é a estratégia ser utilizada para inserir o produto no mercado em especial relativo ao preço. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Estratégias promocionais É necessário apresentar os veículos de mídia que serão utilizados na apresentação do produto ao consumidor, além disso, é preciso também descrever a linguagem e o tema da chamada promocional. Vale lembrar que neste caso a promoção não está relacionada com descontos, mas sim com a divulgação do produto/serviço no mercado alvo. Estrutura de comercialização Deverá apresentar de maneira específica, os diferenciais do produto em relação aos concorrentes, demonstrando o básico do mercado e os moldes diferenciados. Deve oferecer um produto superior, cobrar preço especial, prestar excelentes serviços, divulgar junto aos moradores mais ricos? Deve fabricar algo simples, de preço mais baixo, destinados aos consumidores de baixa renda? Assim o empreendedor deve descrever quais as ferramentas estruturais que se utilizará para efetuar a comercialização dos negócios de seu empreendimento, qual é a estrutura necessária para que a comercialização não seja uma coisa a ser pensada após o empreendimento estar concebido. Localização do negócio A título de planejamento, a localização do negócio, é um fator muito importante pois, pode comprometer o seu sucesso. No Plano de Negócios este item é onde são pensadas as questões relativas à importância do local onde será localizado o empreendimento. A exemplo pode-se citar o fato de constituir um negócio de revenda de produtos para praia, em locais distantes do litoral. O que deve aqui ser descrito pelo empreendedor é além da localização, ainda descrever quais as necessidades estruturais que o empreendimento necessitará para sua instalação, visando a área geográfica desejada pelo empreendimento e prospectando mercados futuros que deverão atender, pois, o Plano de Negócios é um projeto inicial que visa projetar o futuro desejado. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Deve-se identificar qual a melhor localização para a instalação do negócio e justificar os motivos da escolha desse local. A definição do ponto está diretamente relacionada com o seu ramo de atividade. Um bom ponto comercial é aquele que gera resultados e um volume razoável de vendas, já um bom ponto industrial deve levar em consideração a estrutura e proximidade do mercado de matéria prima ou de consumo. Por isso, a localização é fundamental para o sucesso do negócio. Estratégias de Vendas Deve ser descrito aqui qual o público-alvo ao qual o produto/serviço será dirigido e como será apresentado para venda. Aqui o empreendedor deve explicitar o argumento central de venda que irá adotar, ou seja, o que será enfatizado em seu produto/serviço como ponto forte para que ele seja atrativo a seu público alvo. Por exemplo, pode-se enfatizar o fator preço, qualidade, marca, garantia/assistência técnica, benefícios potenciais ao cliente etc. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Diferencial Competitivo do produto O empreendedor deve deixar claro qual o valor ou benefícios adicionais que seus clientes obtêm quando escolhem seu empreendimento em lugar da concorrência. Todo empreendimento deve concentrar esforços para alcançar desempenho superior em uma determinada área de benefício para o consumidor; pode esforçar-se para ser líder em serviços, em qualidade, em estilo, em tecnologia etc. O empreendedor deve identificar a vocação de seu empreendimento e enfatizá-la, porque é muito difícil liderar em todas as áreas, por tanto a ideia é de focar em alguma coisa que o faça diferente no mercado que esta adentrando. Distribuição Aqui deve-se identificar e determinar os possíveis canais de distribuição para disponibilizar o produto/serviço, no local, tempo e quantidade certos, para melhor atender às necessidades do consumidor. A distribuição deve ser feita de maneira adequada para que seja possível dominar o seu nicho no mercado, através da maximização das vendas, alavancagem de marca, valor agregado, satisfação e lealdade dos clientes. Política de preços Neste item será indicada a estratégia de preços a adotada pela empresa e as margens de lucro praticadas. É interessante listar um ranking de preços que permita um comparativo com a concorrência. O empreendedor deve demonstrar a lógica de sua estratégia: Por que o preço praticado é efetivamente o melhor preço em termos Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500de resultado para a empresa? É melhor porque permite maior volume de vendas? É melhor porque oferece maior margem de lucro? Neste segundo caso, o cliente estará disposto a pagar por esta maior margem? Por que? Enfim, o empreendedor deve buscar subsídios (em outras partes do próprio plano de negócios) para demonstrar que existe harmonia entre as diversas estratégias propostas. Pausa para reflexão: O prezado leitor está percebendo como todos os itens acerca do qual estamos discorrendo estão estreitamente relacionados? Se você não estiver se sentido absolutamente amarrado ao escrever cada um destes itens, em relação ao que escreveu nos itens anteriores, dê uma pausa e volte a refletir em sua estratégia de negócio. Projeção de vendas Estima-se o quanto a empresa pretende vender ao longo do tempo, levando-se em conta a participação de mercado planejada. A demonstração das projeções deverá ser elaborada de acordo com a finalidade que se deseja: se desejo um controle operacional diário, as projeções deverão se iniciar em períodos diários, passando a semanais, mensais e assim por diante; se desejo um controle estratégico de médio prazo, os períodos da demonstração poderão ser mensais, trimestrais, e assim por diante; se desejo um controle estratégico de longo prazo, os períodos da demonstração poderão ser anuais; etc. A seguir sugere-se uma forma bastante razoável de demonstração destas projeções para um período de 5 anos: mensalmente para o primeiro semestre, trimestralmente para o segundo, semestralmente para o segundo ano e anualmente para os três últimos. O empreendedor pode optar por adotar a técnica de cenários. Ou seja, ao invés de fazer uma única projeção, o que pode ser considerado extremamente arriscado Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 num contexto de tanto incerteza e instabilidade como o atual, o empreendedor pode fazer, por exemplo, três projeções: uma tendencial (se as coisas continuarem como estão...), uma pessimista (se isto ou aquilo der errado...) e uma otimista (se isto ou aquilo der certo...). O empreendedor que se sente confortável para fazer estas diferentes projeções de maneira coerente e fundamentada comprova bom conhecimento de seu ambiente de negócios, porque precisa ter noção de tendências acerca das mais diversas variáveis que podem afetar sua empresa. Para a projeção das vendas, o empreendedor não deve esquecer de considerar se os produtos/serviços estão sujeitos a oscilações sazonais. Serviços Pós-venda e Garantia Neste item o empreendedor pode apontar os serviços pós-venda e de garantia que a empresa oferece para seu cliente. Além deste tipo de serviço ser percebido de maneira positiva pelo cliente, ele é um importante canal de comunicação da empresa com seu ambiente de negócios, porque aponta preciosas informações de mercado que poderão nortear o aprimoramento do produto/serviço ou mesmo o processo de inovação da empresa. Por fim se descrevem questões a serem respondidas relativas ao plano de marketing: 50. Quem são os clientes potências e onde estarão localizados? 51. Como pretende atrair os clientes e se manter no mercado? 52. Que canais serão utilizados para atingir clientes e divulgar o trabalho da empresa? 53. Como serão feitas as promoções de vendas e porque elas deverão acontecer? 54. Quem serão os melhores Fornecedores da empresa? 55. Publicidade: dados físicos e econômicos. Qual será o sistema de distribuição/comercialização de produtos e serviços? 56. Os custos de distribuição serão incluídos no preço do produto de que forma? 57. Qual a potencialidade de cada produto/serviço nas vendas do empreendimento? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 58. Qual a estimativa de venda de cada produto/serviço? Capacidade Empresarial / Plano Operacional O plano operacional vai permitir escolher uma localização adequada do empreendimento, o desenho de sua estrutura física, decidir sobre sua capacidade de produção, escolher os processos operacionais na produção e a necessidade de pessoal em termos de quantidade e qualificação. Layout O layout é a organização física do negócio, nessa seção são definidas as distribuições dos diversos setores do empreendimento, como a posição do maquinário, estoques, escritório e laboratório em uma indústria ou as gôndolas, vitrines, prateleiras e móveis em um comércio. Também é feita a distribuição das pessoas no espaço disponível. Um bom arranjo físico traz uma série de benefícios, como por exemplo: • O aumento da produtividade. • Diminuição do desperdício e do retrabalho. • Maior facilidade na localização dos produtos pelos clientes na área de vendas. • Melhoria na comunicação entre os setores e as pessoas. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Em muitas ocasiões é preferível contratar um arquiteto ou decorador para executar essa tarefa, caso não seja possível, faça você mesmo um esquema, distribuindo nas áreas da empresa os equipamentos, os móveis e as pessoas. Capacidade produtiva/comercial/serviços É importante estimar a capacidade instalada do empreendimento, ou seja, qual sua capacidade de produção ou quantos clientes podem ser atendidos com a estrutura planejada. Para fazer esta estimativa deve-se levar em consideração, o volume de produção e o volume de vendas que se deseja colocar no mercado em um dado período de tempo e assim determinar as necessidades das instalações e dos maquinários. Também deve ser levada em consideração a disponibilidade financeira e a forma como entram as matérias primas e saem os produtos. Outro aspecto importante são as oscilações que o mercado sofre em relação a datas específicas para a compra dos seus produtos. Processos operacionais Nesse tópico é onde se registra como será o funcionamento da organização. As várias atividades do negócio devem ser descritas, etapa por etapa. Como se dará a fabricação dos produtos, a venda de mercadorias, a prestação dos serviços e, até mesmo, as rotinas administrativas. Identifique que trabalhos serão realizados, quais serão os responsáveis, assim como os materiais e equipamentos necessários. Para isso, o empreendedor poderá elaborar um roteiro com tais informações. Necessidade de pessoal É necessário que se faça uma projeção de todo o pessoal necessário para o negócio funcionar. Esse item inclui todas as pessoas que trabalharão no empreendimento como associados ou contratadas. O tópico Recursos Humanos deverá contemplar aspectos referentes ao planejamento estratégico em RH. Deverá ser elaborado um funcionograma, bem Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 como a descrição dos cargos a serem preenchidos por todos os colaboradores que farão parte do futuro empreendimento. Após a elaboração do funcionograma com as descrições dos cargos, a equipe deverá apontar quais as técnicas de recrutamento e seleção, serão utilizadas, bem como descrever os instrumentos a serem utilizados para a capacitação dos funcionários. Estrutura Organizacional Se faz importante apresentar qual será a estrutura organizacional necessária para que o empreendimento funcione, ou seja, organizar e apresentar o organograma do empreendimento. Também deve ser identificado aqui os aspectos relativos a administração do empreendimento, ou seja, quem será responsável pela sua administração, assim como se existiram serviços terceirizados e como isto se colocará no plano. Uma dica importante é de nesta seção poder identificar os percentuais em relação as atividades e responsabilidades descritas nas atividades do organograma. A seguir apresenta-se uma ideia de organograma que pode facilitar a compreensão.Figura XX: modelo para elaboração de um organograma do negócio reunião da sociedade socio responsavel pela produção. ___% de participação equipe de processamento equipe de trasnporte equipe de embalagem socio responsavel pela compra e venda. ___% de participação socio responsavel pela area fianceira. ___% de participação escritorio de contabilidade Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Parceiros Todo o negócio envolve parceiros, assim neste item do Plano de Negócios devem ser descritos os principais parceiros que se tem ou que se visa ter para garantia do sucesso do empreendimento. Para melhor compreensão, parceiros seguem uma linha de contextualização próxima da definição de Stakholders, que nada mais são que pessoas, empresas ou organizações que se relacionam direta ou indiretamente com o empreendimento. Assim é visível que o relacionamento com os stekholders pode servir para alavancar negócios, atrair investimentos e isso é de estrema importância neste momento pois numa visão mais estratégica do negócio, atrair a atenção destes públicos pode ser uma forma de planejar o empreendimento. Empreendedores/Perfil Individual dos Sócios (Formação/Qualificações) Ao refletir sobre o perfil individual dos sócios, associados, cooperados ou empreendedor em si, no Plano de Negócios devem ser descritos os potencias deste perfil, ou seja, apresentar aqui as qualificações reais que o empreendedor possui sobre o negócio ao qual está buscando empreender. O intuito deste item é a descrição das qualificações dos empreendedores, quantos anos está atuando no mercado, ou quanto tempo de experiência detém sobre a pratica do negócio em si. Estes relatos podem até identificar carências relacionadas a atividade do negócio que o empreendedor deve buscar ao longo do tempo que venha a suprir necessidades de qualificação que dedem ser alcançada. Lembrando que estamos trabalhando na dimensão do planejamento e então, projetar qualificações que serão necessárias aos empreendedores no decorres do tempo para melhoria do negócio que se está constituindo. Plano Financeiro No plano financeiro, apresentam-se, em números, todas as ações planejadas para a empresa. Algumas perguntas chave que o empreendedor deverá responder neste item são: Quanto será necessário para iniciar o negócio? Existe disponibilidade de recursos para isto? De onde virão os recursos para o crescimento do negócio? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Qual o mínimo de vendas necessário para que o negócio seja viável? O volume de vendas que a empresa julga atingir torna o negócio atrativo? A lucratividade que a empresa conseguirá obter é atrativa? Investimento Inicial/total Especifica-se neste item os custos com as instalações, suprimentos, equipamentos e mobiliário necessários para a implantação do negócio. Estas especificações ajudarão no levantamento do investimento fixo – ativo permanente - necessário para implantação da empresa. Mesmo que a empresa esteja instalada (ou pretenda se instalar) numa incubadora, que comumente oferece parte desta estrutura inicial, estes valores devem ser considerados. Estimativa dos investimentos fixos O investimento fixo corresponde a todos os bens que são comprados para que o negócio possa funcionar de maneira apropriada, como os equipamentos, as máquinas, os móveis, os utensílios, as ferramentas e os veículos a serem adquiridos, explicitando as quantidades necessárias, os valores de cada item, bem como o total a ser desembolsado. Capital de giro Os investimentos financeiros são aqueles destinados à formação de capital de giro para o negócio. O capital de giro é o valor de recursos em dinheiro necessário para o funcionamento normal da organização, compreendendo a compra de matérias-primas ou mercadorias, financiamento das vendas, pagamento de salários e demais despesas. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 A reserva de caixa, ou capital de giro, é um valor em dinheiro que toda empresa precisa ter disponível para cobrir os custos até que as contas a receber comecem a entrar no caixa. Por isso esta seção deverá conter como se pretende encaminhar as questões relacionadas ao capital de giro necessário para que o empreendimento se mantenha. Investimentos pré-operacionais Estão incluídos aqui todos os gastos realizados antes que o negócio abra as portas e comece a faturar. Podem ser considerados investimentos pré-operacionais: despesas com reforma do imóvel e as taxas de registro da empresa. Investimento total (resumo) Uma vez feita a estimativa dos valores para os investimentos fixos, financeiros e pré-operacionais, pode-se obter o total a ser investido no negócio. Nessa etapa, você irá determinar o total de recursos que deve ser investido para que a empresa comece a funcionar. Essa é a hora de pensar em como e onde você irá buscar esses recursos para iniciar ou ampliar seu negócio. Deve-se saber qual a disposição de recursos próprios e se vai haver necessidade de recursos de terceiros. Caso houver necessidade de financiamento bancário, procurar saber quais são as linhas de crédito para cooperativas. O gerente do banco poderá dar orientações sobre o que pode ser financiado, até quanto, o valor dos juros, a carência e o prazo de pagamento, a documentação e as garantias exigidas. Com essas informações em mãos verifique se o negócio estará apto a atender todas as condições exigidas e, principalmente, se ele irá gerar resultados que possibilitem a quitação do financiamento. Caso contrário, busque novas alternativas, mesmo que, para isso, tenha que adiar a abertura do negócio ou iniciar um empreendimento menor do que o planejado. Estimativa do faturamento mensal da empresa É uma das etapas mais difíceis do plano de negócios, principalmente se o negócio ainda não foi iniciado. Uma forma de estimar o quanto a empresa deverá Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 faturar por mês é multiplicar a quantidade de produtos a serem oferecidos pelo seu preço de venda, baseado nas informações de mercado. Para fazer isso é necessário considerar o preço praticado pelos concorrentes diretos, o valor que os seus potenciais clientes estão dispostos a pagar e o custo de produção e comercialização do produto. As previsões de vendas devem ser baseadas na avaliação do potencial do mercado que a empresa irá atuar e na sua capacidade de produção. As estimativas de faturamento devem ser feitas para um período de, pelo menos, 12 meses. Deve haver cautela ao projetar as receitas e verificar se existem épocas em que as vendas aumentam ou diminuem como no natal ou nas férias escolares, por exemplo. Estimativa do custo unitário de matéria-prima, materiais diretos e terceirizações Nessa etapa é calculado o custo com a matéria-prima e a embalagem para cada unidade fabricada. Estes são custos variáveis numa empresa industrial, assim como as mercadorias nas atividades comerciais, pois variam de acordo com o volume produzido ou vendido. Estimativa dos custos de comercialização Esta etapa se refere aos gastos com impostos e comissões a vendedores. Esse tipo de despesa incide diretamente sobre as vendas. Para calculá-los, basta aplicar, sobre o total das vendas previstas, o percentual dos impostos e das comissões a serem pagas. Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou mercadorias vendidas O custo dos produtos vendidos representa o valor que deverá ser baixado dos estoques da empresa pela sua venda efetiva. Para calculá-lo, basta multiplicar a quantidadeestimada de produtos a serem vendidos pelo seu custo de fabricação ou de aquisição. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Estimativa dos custos com mão-de-obra Caso haja contratação deverá ser definido quantas pessoas serão contratadas para realizar as diversas atividades do negócio. Pesquise e determine quanto cada empregado receberá mensalmente. Não se deve esquecer de que, além dos salários, deve ser considerado o custo com encargos sociais (FGTS, férias, 13º salário, INSS, horas-extras e aviso prévio, entre outros), assim, sobre o total de salários, você deve aplicar o percentual relativo aos encargos sociais. Com um contabilista procure informar-se dos encargos sociais a que o negócio está sujeito. Pesquise junto ao sindicato patronal se obtêm o valor do piso salarial dos empregados. Estimativa do custo com depreciação As máquinas, equipamentos e ferramentas utilizados na produção vão se desgastando ou tornando-se ultrapassados com o passar dos anos, fazendo com que seja necessária sua reposição. Essa perda do valor dos bens pelo uso é chamada de depreciação. Para calcular a depreciação, primeiro devem-se relacionar as máquinas, equipamentos, ferramentas e utensílios utilizados e determinar o tempo médio de vida útil (em anos) de cada um deles. Em seguida, dividir o valor do bem pela sua vida útil em anos para saber o valor anual da depreciação e por fim dividir o custo anual por doze, para obter a depreciação mensal do bem. É interessante fazer uma reserva financeira para a troca do bem após o término de sua vida útil. Em geral se usam os seguintes prazos para determinar o tempo de vida útil dos equipamentos: • Imóveis 25 anos. • Máquina 10 anos. • Equipamentos 5 anos. • Móveis e utensílios 10 anos. • Veículos 5 anos. • Computadores 3 anos. Estimativa dos custos fixos operacionais mensais Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Os custos fixos são todos os gastos que não se alteram em função do volume de produção ou da quantidade vendida em um determinado período. Por exemplo, despesas de aluguel, energia e salários, permanecerão constantes independentemente da quantidade que se está produzindo. O valor da depreciação mensal das máquinas e equipamentos também entra como custo fixo. Demonstrativo de resultados Com base nos valores já identificados, relativos às entradas e saídas da empresa, o empreendedor poderá utilizar a planilha “Demonstrativo de Resultados” para chegar à lucratividade de seu negócio. A partir disso, terá condições de apurar informações cruciais como o retorno que terá sobre o capital investido na empresa e o prazo de retorno sobre o investimento inicial. Isto é fundamental para que se avalie o grau de atratividade do empreendimento. Por exemplo: você investiria anos de sua vida num negócio que não pode lhe oferecer retorno melhor que uma aplicação financeira de baixo risco? Indicadores de viabilidade Os indicadores de viabilidade do plano de negócios deverão traduzir em números, em $ Reais, todas as ações planejadas do empreendimento. Nesta seção deve ser demonstrado se o plano de negócios é viável e capaz de cobrir todos os investimentos iniciais bem como todos os custos de operação e ainda apresenta o retorno desejado sobre o capital investido, ou, se o empreendimento é inviável e necessita de ajustes para que se torne interessante ou ainda pior, se o empreendimento deverá ser descartado. Ponto de equilíbrio O cálculo do ponto de equilíbrio ajuda o empreendedor a encontrar qual o nível de vendas em que a receita será igual a todas as saídas de caixa da empresa. Isto é importante porque indica qual o nível mínimo de vendas que a empresa deverá manter para que não opere com prejuízo. De uma forma simplificada poderemos identificar o Ponto de Equilíbrio (PE) através da seguinte fórmula: Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 PE=Despesas Fixas ($) Receitas ($) – Despesas Variáveis ($) Receitas ($) Lucratividade É um indicador que mede o lucro líquido em relação às vendas. É um dos principais indicadores econômicos das empresas, pois está relacionado diretamente à competitividade. Se a empresa possui uma boa lucratividade, ela apresentará uma maior capacidade de competir. Rentabilidade É um indicador de atratividade dos negócios, pois mede o retorno do capital investido aos sócios. É obtido sob a forma de percentual por unidade de tempo, que pode ser mensal ou anual. É calculado dividindo-se o lucro líquido pelo investimento total. Prazo de retorno do investimento Assim como a rentabilidade, também é um indicador de atratividade. Indica o tempo necessário para que o empreendedor recupere o que investiu no seu negócio. Contudo esta parte do plano deve responder as seguintes questões: Quanto lhe custará para abrir o negócio e mantê-lo durante 18 meses de operação? Qual será o fluxo de caixa mensal durante o primeiro ano? Que volume de vendas você vai precisar para obter lucros durante os primeiros três anos? Qual será o valor do capital em equipamentos? Quais serão as suas necessidades financeiras totais? Como você pretende assegurar o pagamento dos seus custos fixos? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Quais serão as suas fontes financeiras potenciais? Como utilizará o dinheiro do empréstimo ou dos investidores? Como o empréstimo será assegurado? Estratégia de Negócio Neste item, o empreendedor deve despertar para o fato de que para que sua empresa obtenha êxito, não basta ter um bom produto. É preciso ter um negócio. Produtos não geram receita por si só; negócios geram receita. E para que se tenha um negócio, é preciso ter uma estratégia e uma estrutura que permitam posicionar o produto em seu mercado. É comum empresas que possuem um bom produto "morrerem" porque não conseguiram encontrar uma maneira de posicionar este produto no mercado. Alguns exemplos para ilustrar este conceito: não basta uma empresa ter um produto tecnologicamente revolucionário, se o preço dele está acima do que seu cliente pode pagar; não basta ter um produto "quentíssimo", que pode gerar receita a curto prazo para a empresa, se os empreendedores não identificaram outros espaços no mercado para explorar depois que este espaço inicial estiver esgotado (uma empresa não nasce para viver por apenas 02 ou três anos – deve ter perspectiva de vida indeterminada e crescer continuamente); não adianta uma empresa ter o produto ideal para seu cliente, se não for encontrada uma maneira viável de fazer este produto chegar até ele; não adianta ter um produto interessante mas sem diferencial, que qualquer empresa possa fazer igual, sem dificuldade; e assim por diante. Portanto, o empreendedor deverá planejar seu negócio. A partir da análise já feita nos itens anteriores, deve identificar as oportunidades e as ameaças que o ambiente lhe apresenta; identificar os pontos fortes e fracos de sua empresa; definir objetivos a alcançar; identificar estratégias que permitirão o atingimento destes objetivos e encontrar maneiras de colocar estas estratégias em prática. Ameaças e Oportunidades Com base no que pesquisou e escreveu até o momento, e evidentemente com base em tudo o que sabe sobre seu negócio, o empreendedor deve ter identificado um conjunto de oportunidades que poderá explorar para crescer e ter sucesso, bem Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 como um conjunto de ameaças, que deverá administrar adequadamente para resguardar sua empresa do fracasso. Vale ressaltar aqui que oportunidades não identificadas ou não aproveitadasdevidamente, podem se transformar em ameaças. E ameaças bem administradas podem ser transformadas em oportunidades. Portanto, este item merece atenção especial do empreendedor que está planejando seu negócio. Na identificação das ameaças e oportunidades o empreendedor deve olhar para fora de sua empresa e buscar os mais diversos aspectos que podem afetar seu negócio: Concorrentes, mercado consumidor, legislação, tecnologia, etc. Pontos fortes e fracos Neste item, o empreendedor deve olhar para dentro de sua empresa – disponibilidade de recursos, disponibilidade de pessoal, qualificação do pessoal, rede de parcerias, etc. Quais são os pontos fortes e os pontos fracos desta estrutura interna? Definição do Negócio da empresa Neste tópico deve-se deixar claro o que é o negócio do empreendimento e, portanto, as informações devem ser claras e concisas. Para isso, um ou dois parágrafos devem ser suficientes. Estrategicamente o negócio deve refletir a visão do cliente, não a visão do empreendedor, deve ser transcrito a essência dos serviços e produtos que o empreendimento busca ofertar. Definição da missão da empresa A missão da empresa deve refletir a razão de ser da empresa, qual o seu propósito e o que a empresa faz; corresponde a uma imagem/filosofia que guia a empresa. Estratégias gerais Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Levando em consideração as ameaças e oportunidades que já identificou em seu ambiente de negócio e os pontos fortes e fracos que identificou internamente na sua empresa, o empreendedor deverá identificar e definir as estratégias, ou seja, os caminhos que irá trilhar para chegar aos objetivos propostos. As estratégias afetam a empresa como um todo e definem sua postura perante o mercado. Estão relacionadas ao longo prazo. É em função das estratégias aqui definidas que serão elaborados os planos operacionais (sugeridos nos itens a seguir). Os planos detalham, sob a ótica operacional, a estratégia; definem como traduzi-la em ações e implementá-la. Estão relacionados com o curto prazo. Alguns aspectos nos quais o empreendedor deverá refletir ao definir as estratégias são: Os investimentos para implantação e crescimento da empresa serão feitos com recursos próprios ou será buscado recurso externo? No caso de recursos externos, que tipo de recurso o empreendedor vislumbra obter? Quais parcerias serão estabelecidas para a decolagem do negócio? Qual segmento do mercado será explorado (a empresa irá se posicionar inicialmente frente a um determinado público identificado ou irá atacar em diversas frentes)? A empresa irá se diferenciar de seu concorrente em função de preço ou qualidade? E outras questões que correspondam a fatores críticos ao sucesso do negócio em questão, segundo a percepção do empreendedor. Aqui ele tem a oportunidade de mostrar sua "visão" do negócio. Cronograma de atividades O cronograma deverá seguir como um roteiro das atividades importantes que deverão ser realizadas em cada mês e, também, para verificar o alcance das metas dentro dos prazos estabelecidos. Deve ser apresentado um cronograma esperado para a conclusão do projeto. Figura XXX: modelo de cronograma de atividades ANO XXX Meses / etapas Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Definição do Empreendimento Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Elaboração do PN Xxxx Xxxxx Fonte: Adaptado de MBA Gestão das Contingências e construção de cenários O empreendedor deve apontar as principais dificuldades que poderão ser enfrentadas pela empresa durante o desenvolvimento do projeto e descrever as estratégias que serão utilizadas para reduzir ou eliminar o impacto destas dificuldades. Analise socioambiental Análise e avaliação da performance do produto/serviço dentro dos requisitos: • Cumprimento da legislação ambiental; • Diagnóstico dos aspectos e impactos ambientais de cada atividade; • Procedimentos para eliminar ou diminuir os impactos ambientais eventualmente levantados; A análise deve estar inserida no conceito do desenvolvimento sustentável: produto;/serviço economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. Imagem do empreendimento junto aos clientes Na resposta obrigatoriamente deverá estar inserida a política de gestão da qualidade e o cumprimento da legislação ambiental que podem tornar-se em aspectos mercadológicos, de efetivo diferencial competitivo do produto ou serviço. Para tanto o empreendedor deve responder as seguintes questões: Existem normas técnicas, legislação especifica regulamentando a produtividade do empreendimento? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Quais os impactos que o empreendimento espera gerar na comunidade que se insere? O empreendimento pode gerar impactos/riscos de agressões ao meio ou a qualidade de vida? Qual o destino dos resíduos ambientais? Balanço Patrimonial No caso de empresas já constituídas, é conveniente apresentar o balanço patrimonial, que possibilita a visualização das disponibilidades e obrigações de curto e longo prazo da empresa e, assim, uma avaliação da solidez da empresa. Perguntas que devem estar respondidas no Plano de Negócios. • Descrição do Negócio • Que tipo de negócio você está planejando? • Que produtos ou serviços você vai oferecer? • Por que o seu produto ou serviço vai ter êxito? • Quais são as suas oportunidades de crescimento? • Plano de Marketing • Quem são os seus clientes potenciais? • Como você atrairá os seus clientes e se manterá no mercado? • Quem são os seus concorrentes? Como eles estão prosperando? • Como vai promover as suas vendas? • Quem serão os seus fornecedores? • Qual será o sistema de distribuição utilizado para o seu produto/serviço? • Qual imagem sua empresa vai transmitir aos clientes? • Como você vai desenvolver o design de seu produto? • Plano Organizacional • Quem administrará o seu negócio? • Que qualificações deverá ter seu gerente? • Quantos empregados precisará e quais as suas funções? • Como você administrará as suas finanças? • Quais são os consultores ou especialistas necessários? • Que legislações ou movimentos de ONGs poderão afetar seus negócios? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 • Plano Financeiro • Qual a renda total estimada para seu negócio no primeiro ano? • Quanto lhe custará para abrir o negócio e mantê-lo durante 18 meses de operação? • Qual será o fluxo de caixa mensal durante o primeiro ano? • Que volume de vendas você vai precisar para obter lucros durante os primeiros três anos? • Qual será o valor do capital em equipamentos? • Quais serão as suas necessidades financeiras totais? • Como você pretende assegurar o pagamento dos seus custos fixos? • Quais serão as suas fontes financeiras potenciais? • Como utilizará o dinheiro do empréstimo ou dos investidores? • Como o empréstimo será assegurado? MODELO DE PLANO DE NEGÓCIO 1 Informações sobre o responsável pela proposta. Nome : Identidade: Órgão Emissor: CPF: Endereço: Bairro: Cidade: Estado: CEP: Telefone: FAX: E-mail Formação Profissional: Atribuições no Empreendimento: 2 Natureza/Descrição do empreendimento: Individual Limitada Sociedade Anônima Razão Social: Nome Fantasia: CGC - Insc. Estadual Insc. Municipal 2.1.-Nome dos sócios e respectivas participações na empresa Nome Participação 2.2. Áreas de competência tecnológica (áreas de conhecimento técnico que são dominadas) Nome Área
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