Buscar

Crimes Ambientais (Lei 9605)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CRIMES AMBIENTAIS – LEI 9.605/1998.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material de Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Lei nº 14.064, de 29.9.2020 (art. 32, §1º-A)
Última atualização jurisprudencial: 08/07/20 - Info 658 (art. 46); Info 550 (art. 29, §2º)
Última atualização questões de concurso: 30/10/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na Lei 9605/98).
· EM AMARELO ou EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.
	
	Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
O PRESIDENTE  DA  REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º (VETADO)
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, [Obs.: art. 29, CP: teoria unitária ou monista], bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la [Obs.: o omitente responde pelo resultado em razão do nexo de evitação ou de não impedimento – parecido com o art. 13, §2º do CP]. (MPRR-2008) (MPSP-2010) (TJPR-2010/2011) (TRF5-2011) (MPF-2011) (MPPI-2012) (MPAM-2015) (TJRS-2016) (TJSC-2017) (MPRO-2017) (MPRS-2017) (MPBA-2018) 
	##Atenção: Importante destacar que as pessoas indicadas no dispositivo respondem tanto por ação como por omissão. Esses requisitos (“sabendo”; “deixar de impedir” e “quando podia agir para evitá-la”), devem ser observados para evitar a responsabilidade penal objetiva. 
##Atenção: Exemplos de crimes em que há a modalidade omissiva: arts. 66 e 69-A da LCA.
	(TJPE-2015-FCC): O auditor contratado por uma indústria petroquímica apurou, por meio de seu trabalho, conduta da empresa, ordenada por seu diretor (representante contratual), tipificada como crime ambiental pela Lei Federal 9.605/98. Podendo agir para fazer cessar o crime ambiental, quedou-se inerte. Neste caso, a responsabilidade penal recairá sobre a pessoa jurídica, o diretor da empresa e o auditor contratado. BL: art. 2º e 70, §3º da LCA.
(TJSE-2015-FCC): José foi denunciado por ter em depósito 240 vidros de palmito extraídos sem licença do órgão ambiental competente. A defesa alegou que os palmitos foram encontrados em local próximo da casa de José e que pertenciam a João, que pagava a José, conhecedor da atividade, R$ 2,00 para fazer a limpeza de cada vidro utilizado para embalar o produto ilegal. As alegações da defesa foram comprovadas no curso da ação penal. José deverá ser condenado na medida da sua culpabilidade. BL: art. 2º da LCA.
(TJPB-2011-CESPE): Incidem nas penas previstas em lei, na medida de sua culpabilidade, as pessoas que, tendo conhecimento da conduta criminosa de alguém contra o ambiente e podendo agir para evitá-la, deixem de impedir sua prática.
##Atenção: Trata-se da combinação da responsabilidade penal das pessoas físicas, inserta no art. 2º da Lei 9605/98, com o instituto da omissão penalmente relevante, previsto no art. 13, §2º do CP 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. (MPSP-2006) (MPMT-2008) (MPRR-2008) (MPSP-2010) (MPPR-2008/2011) (TJSP-2011) (TJRO-2011) (TJPB-2011) (DPEAM-2011) (PCMG-2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (TJPI-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (DPESP-2012) (TRF4-2012) (TJPR-2010/2011/2012/2013) (DPERR-2013) (TJMT-2009/2014) (TJDFT-2014) (TJPA-2014) (MPGO-2014) (MPPE-2014) (MPAM-2015) (MPMS-2015) (TJRS-2016) (TJSC-2010/2017) (TRF2-2013/2017) (MPRO-2017) (MPRS-2017) (MPBA-2010/2018) (TJAC-2019) (MPSC-2010/2014/2021) (MPDFT-2021)
	(TJSC-2015-FCC): Por decisão do representante contratual da Empresa BETA, que produz fertilizante agrícola, alguns funcionários, inclusive o próprio representante contratual, utilizaram espécimes da fauna silvestre em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização, em pesquisa realizada sem o conhecimento da empresa e divorciada de qualquer atividade de interesse ou que pudesse trazer algum benefício, ainda que indireto, para ela. A empresa não será responsabilizada no campo do direito penal.
##Atenção: Segundo entendimento consolidado do STJ, o reconhecimento da responsabilidade penal da Pessoa Jurídica depende de duas condicionantes cumulativas, quais sejam (Resp 610114/RN, Rel. Min. Gilson Dipp): 1) A infração tenha sido cometida em interesse ou BENEFÍCIO da PESSOA JURÍDICA; E; 2) Seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado. No presente caso, na questão não restaram dúvidas, posto que consta na afirmação "divorciada de qualquer atividade de interesse ou que pudesse trazer algum benefício para Pessoa Jurídica". Ou seja, há apenas o preenchimento do requisito 2 (decisão do representante contratual). Faltando o preenchimento cumulativo do requisito 1 (infração cometida em benefício da Pessoa Jurídica) para ensejar a Responsabilidade Criminal Ambiental da Pessoal Jurídica.
(TJPE-2011-FCC): Em razão da prática de crime previsto na Lei 9605/98, as pessoas jurídicas, desde que a infração tenha sido cometida por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade, podem ser sancionadas com multa, penas restritivas de direitos ou de prestação de serviços à comunidade, isolada, cumulativa ou alternativamente. BL: art. 3º, parte final e o art. 21 da Lei 9605/98.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. (MPSP-2006) (MPMT-2008) (MPPR-2008) (TJRS-2009) (DPEAM-2011) (PCMG-2011) (TRF3-2011) (TRF4-2009/2012) (MPAP-2012) (DPESP-2012) (TJPR-2010/2011/2012/2013) (DPERR-2013) (MPPE-2014) (MPAM-2015) (MPRO-2017) (MPRS-2017) (TRF2-2017) (TJCE-2018) (MPBA-2018) (MPPI-2012/2019) (TJRJ-2019) (TJRO-2019) (MPSC-2010/2014/2021) (MPDFT-2021)
	##Atenção: ##STJ e STF: #DOD: #MPAM-2015: ##MPDFT-2015: ##TJRS-2016: ##TRF3-2016: ##MPRS-2017: ##TRF2-2017: ##TJCE-2018: ##TJRO-2019: ##TJRJ-2019: ##MPPI-2019: ##MPDFT-2021: #MPSC-2021: ##CESPE: ##VUNESP: É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. Desse modo, o art. 225, § 3º, da CF/88 não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A jurisprudência não mais adota a chamada teoria da "dupla imputação". STJ. 6ª T. RMS 39.173-BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 6/8/15 (Info 566). STF. 1ª T. RE 548181/PR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 6/8/13 (Info 714).
	(TJRJ-2019-VUNESP): Acerca da responsabilidade em matéria ambiental, é correto afirmar que o STF reconhece a possibilidade de se processar penalmente a pessoa jurídica, mesmo não havendo ação penal em curso contra pessoa física com relação ao crime ambiental praticado. BL: Info 714, STF.
(TRF3-2016): Relativamente à responsabilidade penalda pessoa jurídica, é possível afirmar que: Independe da responsabilização das pessoas físicas envolvidas, conforme decidiu o STF, ao julgar o RE 548181/PR, de relatoria da Ministra Rosa Weber. BL: Info 714, STF.
##Atenção: A responsabilidade penal da pessoa jurídica está prevista no Direito Ambiental no art. 225, §3º da CF/88 e no art. 3º da Lei 9605/98. O STF e o STJ admitem a responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais.
##Atenção: Não há impedimento legal para que as pessoas jurídicas de direito público sejam responsabilizadas por dano ambiental.
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. (MPRR-2008) (MPPR-2008) (TJPR-2010) (MPGO-2010) (TRF4-2010) (MPSP-2011) (DPEAM-2011) (TJRS-2012) (AGU-2012) (TJRJ-2013) (MPSC-2016) (MPRS-2017) (MPMG-2019) (Cartórios/TJRS-2019)
	(TJPA-2019-CESPE): No direito pátrio, as hipóteses de desconsideração da personalidade jurídica abarcam duas teses majoritariamente aceitas pela doutrina e pela jurisprudência dominantes. Elas se diferenciam precipuamente quanto aos requisitos para que um órgão jurisdicional possa desconsiderar a personalidade jurídica de uma sociedade personificada, de modo a atingir o patrimônio dos seus sócios para o pagamento de uma obrigação inadimplida: a primeira considera necessário que tenha ocorrido abuso de personalidade jurídica, caracterizado por desvio de finalidade ou confusão patrimonial; a segunda teoria considera que, para a desconsideração da personalidade, basta a apresentação de mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial. Considerando o entendimento doutrinário majoritário e a jurisprudência dominante do STJ, assinale a opção que indica, respectivamente, a denominação dada à segunda teoria de que trata o texto apresentado e o ramo do direito ao qual ela se aplica no ordenamento jurídico brasileiro excepcionalmente: teoria menor da desconsideração – direito ambiental. BL: art. 4º da LCA.
##Atenção: ##STJ: ##MPRN-2009: ##MPRO-2010: ##CESPE: ##MPMS-2015: ##MPMG-2019: “A teoria menor da desconsideração, acolhida em nosso ordenamento jurídico excepcionalmente no Direito do Consumidor e no Direito Ambiental, incide com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial. Para a teoria menor, o risco empresarial normal às atividades econômicas não pode ser suportado pelo terceiro que contratou com a pessoa jurídica, mas pelos sócios e/ou administradores desta, ainda que estes demonstrem conduta administrativa proba, isto é, mesmo que não exista qualquer prova capaz de identificar conduta culposa ou dolosa por parte dos sócios e/ou administradores da pessoa jurídica. A aplicação da teoria menor da desconsideração às relações de consumo está calcada na exegese autônoma do § 5º do art. 28, do CDC, porquanto a incidência deste dispositivo não se subordina à demonstração dos requisitos previstos no caput do artigo indicado, mas apenas à prova de causar, a mera existência da pessoa jurídica, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores” (STJ, REsp 279.273, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a T, DJ 29/03/04)
(TJPI-2012-CESPE): Com base no que dispõe a lei que trata dos crimes ambientais, assinale a opção correta acerca da responsabilidade por dano ambiental: A extinção de uma pessoa jurídica, sua alteração contratual ou qualquer outra modificação que implique impedimento na pretensão reparatória de prejuízos causados ao ambiente pode acarretar a desconsideração da personalidade jurídica, de modo a responsabilizar seus sócios para os efeitos de determinadas obrigações. BL: arts. 3º e 4º da LCA.
Art. 5º (VETADO)
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DA PENA
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: (TRF3-2011) (TJMG-2009/2012) (MPAP-2012) (DPERR-2013) (TRF2-2013) (TJMT-2014) (TJDFT-2014)
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente; (TJPR-2011) (TRF3-2011) (MPAP-2012) (DPERR-2013) (TRF2-2013) (TJDFT-2014)
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; (TRF3-2011) (MPAP-2012) (DPERR-2013) (TRF2-2013) (TJMT-2014) (TJDFT-2014)
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. (MPCE-2009) (TRF3-2011) (MPAP-2012) (DPERR-2013) (TRF2-2013) (TJMT-2014) (TJDFT-2014) (TRF5-2015)
	(TJMT-2009-VUNESP): Com relação à tutela penal do meio ambiente, pode-se afirmar que a situação econômica do infrator deverá ser observada pela autoridade competente para a imposição e gradação da pena de multa. BL: art. 6º, III, LCA.
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: (TJSC-2010) (MPRO-2010) (DPEAM-2011) (TRF2-2013) (MPPE-2014) (TJSC-2017) (TJCE-2018)
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos; (MPSP-2010) (MPPB-2011) (DPEAM-2011) (MPRS-2014) (MPPR-2017)
	(MPBA-2015): Analise a seguinte assertiva acerca das leis penais extravagantes: Nos termos da Lei nº 9.605/98 – Lei do Meio Ambiente, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por pena restritiva de direitos, dentre as quais, o recolhimento domiciliar, na hipótese de crime culposo ou na hipótese de aplicação de pena privativa de liberdade inferior a 4 anos. BL: art. 7º, I c/c art. 8º, V c/c art. 13, da LCA.
(TRF2-2013-CESPE): Acerca dos crimes ambientais e de suas respectivas sanções penais, assinale a opção correta: Se ao crime ambiental for aplicada pena privativa de liberdade inferior a quatro anos, deverá ocorrer sua substituição por pena restritiva de direito. BL: art. 7º, I, 2ª parte, LCA.
(TJRS-2009): O recolhimento domiciliar poderá ser imposto em substituição à pena privativa de liberdade inferior a quatro anos imposta ao condenado por crime ambiental. BL: art. 7º, I c/c art. 8º, V c/c art. 13, da LCA.
##Atenção: Não confundir com o requisito objetivo da substituição dado no Código Penal:
· Art. 44, I do CP: pena privativa de liberdade NÃO SUPERIOR a quatro anos;
· Art. 7º, I da LCA: pena privativa de liberdade INFERIOR a quatro anos;
 
Imagine, por exemplo, uma condenação à pena de 4 anos. Pela regra do CP, será cabível a substituição por restritivas de direitos. Caso seja crime previsto na LCA, não cabe a substituição.
##Atenção: Cumpre ressaltar que, além de a PPL ser INFERIOR a 4 anos e no CP e ser até 4 anos, temos outra diferença importante, qual seja, no Código Penal há uma vedação da substituição de pena para os reincidentes específicos, o que não existe na Lei de Crimes Ambientais, em que pese isso constitua circunstância judicial desfavorável. Portanto, a reincidência nos crimes ambientais, por si só, não será suficiente para impedir que o agente tenha direito à substituição de pena.
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime. (MPPB-2011) (DPEAM-2011) (TRF2-2013) (TRF5-2015)
	(MPSC-2016): Ao tratar da aplicação da pena, a Lei 9.605/98 estabelece que as penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos; a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime. BL: art. 7º, I e II da LCA.
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.##Atenção: A Lei 9605/98 trata acerca das penas privativas de liberdade para as pessoas físicas. Desse modo, por razões lógicas, as penas privativas de liberdade não são cabíveis para as pessoas jurídicas.
Art. 8º As penas restritivas de direito são: (MPSP-2006) (TJSE-2008) (MPRR-2008) (MPTO-2012) (TRF2-2013)
I - prestação de serviços à comunidade; (MPSP-2006) (TJMS-2008) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (TJDFT-2014)
II - interdição temporária de direitos; (TJMS-2008) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (DPEPA-2015)
III - suspensão parcial ou total de atividades; (TJMS-2008) (TJRS-2009) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (DPEPA-2015)
IV - prestação pecuniária; (MPSP-2006) (TJMS-2008) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (DPEPA-2015)
V - recolhimento domiciliar. (TJMS-2008) (TJMT-2009) (TJRS-2009) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (MPBA-2015) (DPEPA-2015) (TRF5-2017)
	##Atenção: O recolhimento domiciliar é pena restritiva de direito prevista no art. 8º, V da LCA, aplicável, por razões lógicas, apenas, às pessoas físicas. As penas restritivas de direitos aplicáveis exclusivamente às pessoas jurídicas estão previstas no art. 22, I, II e III da LCA.
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível. (DPEAM-2011) (TRF2-2013) (TJRS-2018)
	(TJPE-2015-FCC): José foi condenado por crime ambiental a uma pena restritiva de direito, qual seja, a prestação de serviços à comunidade consistente na obrigação de restaurar um imóvel particular tombado danificado por sua conduta típica, antijurídica e culpável, e multa. Diante da apelação apresentada pelo réu, o Tribunal de Justiça deverá manter a sentença, que encontra fundamento na legislação vigente. BL: art. 8º, III e 9º da LCA.
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. (MPRO-2008) (MPSP-2010) (TJAM-2013) (TJRR-2015) (MPPR-2017)
	(MPAP-2021-CESPE): De acordo com a Lei 9.605/98, a pena de interdição temporária de direito à participação em licitações, em razão de condutas lesivas ao meio ambiente, pode ser aplicada pelo prazo de cinco anos, em caso de crimes dolosos, e de três anos, em caso de crimes culposos. BL: art. 10, LCA.
(TJSP-2017-VUNESP): No que concerne às penas restritivas de direitos, é correto afirmar que a interdição temporária de direitos, nos crimes ambientais, pode consistir em proibição de participar de licitações, pelo prazo de 5 (cinco) anos, no caso de crimes dolosos, e de 3 (três) anos, no de crimes culposos. BL: art. 10, LCA.
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator. (TJMS-2008) (TJRR-2008) (TJRJ-2011) (TRF2-2013) (MPAC-2014)
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória. (TJMG-2009) (TJRS-2009) (MPBA-2015) (MPRS-2017) (TRF5-2017)
	##Atenção: ##Diferença em relação ao Código Penal: 
CP, Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; (TJMT-2009) (TJSC-2010) (MPGO-2010) (TRF4-2010) (DPU-2010) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (TJRJ-2011) (TJMG-2009/2012) (MPAP-2012) (MPSC-2014) (TJRR-2015) (MPBA-2015) (MPRS-2016) (TRF3-2016) (MPRR-2017)
	(TRF3-2013): Assinale a alternativa correta: Nos crimes ambientais, o baixo grau de escolaridade do agente é circunstância que sempre atenua a pena. BL: art. 14, I, LCA.
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada; (TJGO-2009) (MPRO-2010) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (TJRJ-2011) (TRF5-2013) (MPBA-2015) (MPRS-2016) (TRF3-2016/2018) (TJSC-2009/2019)
	(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Nos crimes ambientais, previstos na Lei n° 9.605/98, o arrependimento do infrator, desde que manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada, constitui circunstância atenuante genérica. BL: art. 14, II, LCA.
(MPAC-2014-CESPE): No que concerne à tutela penal do meio ambiente, assinale a opção correta: Entre as circunstâncias que atenuam a pena dos delitos previstos na Lei dos Crimes Ambientais incluem-se o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente e o arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano ou limitação significativa da degradação ambiental causada. BL: art. 14, I e II, LCA.
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; (TJPR-2011) (TJRO-2011) (TJRJ-2011) (MPBA-2015) (MPRS-2016) (TRF3-2016)
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. (MPGO-2010) (MPSP-2010) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (TJRJ-2011) (MPBA-2015) (MPRS-2016) (TRF3-2016)
	(TJSC-2019-CESPE): Joana, moradora de uma comunidade quilombola, tem baixo grau de instrução e trabalha na principal atividade de subsistência da sua comunidade, que é a pesca. Durante uma pescaria, feita sempre aos domingos, no período noturno, ela capturou dois filhotes de baleia-franca, espécie inserida na lista local de espécies ameaçadas de extinção. Depois desse dia, Joana passou a fazer da pesca dessa espécie animal uma atividade econômica, com a venda para o comércio da região. Somente após ter praticado reiteradamente a atividade criminosa, ela descobriu que essa espécie de baleia era ameaçada de extinção. Arrependida, Joana dirigiu-se a uma delegacia de polícia e informou, com antecedência, à autoridade policial todos os locais em que havia instalado armadilhas de pesca. Além disso, passou a trabalhar em um projeto social para reparar o dano causado e a colaborar com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. Conforme as disposições da Lei n.º 9.605/1998, assinale a opção que indica circunstâncias atenuantes de eventual pena criminal que possa ser imputada a Joana: o baixo grau de instrução de Joana e sua colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. BL: art. 14, I e IV, Lei 9605/98.
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: (TJPR-2011) (TJMT-2014) (MPGO-2014)
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
	(TJRR-2008-FCC): As sanções administrativas às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente contemplam as figuras da reincidência específica e da reincidência genérica, que são causas de aumento das multas porventura aplicáveis.
##Atenção: O art. 11 do Decreto 6514/08 dispõe sobre a reincidência genérica e específica nas infrações administrativas e ambientais. O cometimento de nova infração ambiental pelo mesmo infrator, no período de 5 anos, contados da lavratura de auto de infração anterior devidamente confirmado no julgamento do auto de infração, que decidindo sobre a aplicação das penalidades, implica: I – aplicação da multa em triplo, no caso de cometimento da mesma infração; ou II – aplicação da multa em dobro, no caso de cometimento de infraçãodistinta. Já o art. 62, §3º, apresenta situação de reincidência específica.
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária; (MPSP-2013) (TJMT-2014) (TRF3-2016)
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; (TJSE-2015) (TJSC-2017)
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso; (MPSP-2013)
	(TJGO-2012-FCC): Se o resultado de determinado crime ambiental tiver atingido área integrante de unidade de conservação, tem-se como ocorrida circunstância agravante, desde que não constitua ou qualifique o crime. BL: art. 15, II, “e”, LCA.
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; (MPSP-2013)
g) em período de defeso à fauna; (MPSP-2013)
h) em domingos ou feriados; (DPEPI-2009) (MPSP-2013) (TJSE-2015) (MPRR-2017) (TJSC-2017/2019) (MPAP-2012/2021)
	(Anal.-CRBio/1ªRegião-2017-VUNESP): Com relação aos crimes contra o meio ambiente, previstos na Lei n° 9.605/98, é correto dizer que a baixa instrução do agente atenua a pena imposta pela prática de crime ambiental; já a prática do crime em domingos e feriados agrava a pena do agente. BL: art. 14, I e art. 15, II, “h”, da LCA.
(MPRS-2016): Dentre as circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime ambiental, podem ser apontadas: (a) ter o agente cometido a infração para obter vantagem pecuniária; (b) ter a infração atingido área de unidade de conservação; (c) ter sido a infração praticada em domingo ou feriado. BL; art. 15, II, “a”, “e”, “h”, LCA.
i) à noite; (DPEPI-2009) (MPSP-2013) (TJSC-2017)
	(PCMA-2018-CESPE): No que tange à tutela penal do meio ambiente e às disposições da Lei 9.605/98, que trata das sanções penais e administrativas aplicáveis a condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, assinale a opção correta: É circunstância agravante, quando não constitui ou qualifica o crime, a prática de crimes ambientais em domingos, feriados ou à noite. BL: art. 15, II, “h” e “i”, LCA.
j) em épocas de seca ou inundações; (MPSP-2013)
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança; (TJSE-2015) (TJSC-2017)
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; (MPSP-2013)
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; (MPSP-2013)
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos. (TJMS-2010) (MPGO-2010) (DPEAM-2011) (MPAP-2012) (MPRS-2012) (DPERR-2013) (TRF2-2013) (TJAP-2014) (TJPR-2014) (TJRR-2015) (TJDFT-2016) (TJSC-2010/2017) (TJSP-2017)
	(TJRS-2018-VUNESP): Nos termos da Lei 9.605/1998, assinale a alternativa correta: Não é possível a suspensão condicional da pena nos casos de condenação a pena privativa de liberdade superior a três anos, nos crimes previstos nesta Lei. BL: art. 16 da LCA.
(TJPI-2015-CESPE): Nos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais − Lei 9.605/98, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação à pena privativa de liberdade não superior a três anos.  BL: art. 16 da LCA.
(MPMG-2010): O benefício do sursis não é incompatível com a prática de crimes contra o meio ambiente (Lei nº 9.605/1998). BL: art. 16 da LCA.
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. (MPCE-2009) (TJMS-2010) (TJAC-2012) (MPAP-2012) (TRF5-2013) (TJMT-2014) (TJDFT-2014) (MPPE-2014) (MPRS-2016) (TRF2-2018)
	Artigos 49 a 52 e 60 do Código Penal:
Multa
Art. 49. A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
§ 1º. O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
§ 2º. O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. 
Pagamento da multa
Art. 50. A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. 
§ 1º. A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando:
a) aplicada isoladamente;
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;
c) concedida a suspensão condicional da pena. 
§ 2º. O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. 
Conversão da Multa e revogação
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. 
§ 1º. (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
§ 2 º. (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
Suspensão da execução da multa
Art. 52. É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental.
(...)
Critérios especiais da pena de multa
Art. 60. Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu.
§ 1º. A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. 
Multa substitutiva
§ 2º. A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.
	(MPRS-2017): Nos moldes da Lei Federal 9.605/98, assinale a alternativa correta: A multa (pena criminal) será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. BL: art. 18, LCA.
(MPRS-2016): A pena de multa fixada na sentença condenatória por crime ambiental será calculada de acordo com os critérios previstos no CP e, se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no seu valor máximo, poderá ser aumentada duas vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. BL; art. 18, LCA.
##Atenção: Em outras palavras, se a multa pode ser aumentada ATÉ 3 vezes, afirmar que poderá ser aumentada em 2 vezes está correto.
##Atenção: ##MPPE-2014: ##FCC: Não existe norma na Lei 9.605/98 que estabeleça aplicação de multa penal à pessoa jurídica em quantidade de salários mínimos. A pena de multa da pessoa jurídica será aplicada segundo os critérios do CP (dias-multa), uma vez que, em relação ao ente moral, a Lei 9.605/98 não detalhou critérios específicos para aplicação dessa penalidade. Ademais, aplica-se o art. 18 também aos crimes cometidos por pessoas jurídicas, de modo que, se revelar-se ineficaz, a pena de multa pode ser aumentada ao triplo.
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa. (MPRR-2012) (TJAM-2013)(TRF5-2013) (TJDFT-2014) (MPRS-2016)
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório. (MPRR-2012) (TJAM-2013) (TRF5-2013) (MPRS-2016)
	(TJMG-2009): Sobre os crimes contra o meio ambiente, marque a alternativa CORRETA: A perícia produzida no inquérito civil poderá servir para o cálculo da fiança e da multa. BL; art. 19, e § único, LCA.
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente. (TJRJ-2011) (TJMT-2014)
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. (TJRJ-2011)
	(MPRS-2016): A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput do artigo 20 da Lei nº 9.605/1998, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. BL; art. 20, LCA.
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são: (MPPR-2008) (TJRS-2009) (TRF4-2009) (TJSC-2010) (MPRO-2010) (TJRO-2011) (TJPE-2011) (TJPR-2013) (TJPA-2014) (TJDFT-2014) (MPPE-2014) (MPRS-2017)
	Art. 3º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
I - multa; (TRF4-2009) (MPRO-2010) (TJPE-2011) (MPPR-2011) (TJAC-2012) (TJPA-2014) (TJDFT-2014) (MPPE-2014) (MPRS-2017) (TJRJ-2012/2019)
II - restritivas de direitos; (TRF4-2009) (MPRO-2010) (TJPE-2011) (MPPR-2011) (TJAC-2012) (TJPA-2014) (TJDFT-2014) (MPPE-2014) (MPRS-2017) (TJRJ-2019)
III - prestação de serviços à comunidade. (TRF4-2009) (MPRO-2010) (TJPE-2011) (MPPR-2011) (TRF3-2011) (TJAC-2012) (TJPA-2014) (TJDFT-2014) (MPPE-2014) (MPRS-2017) (TJRJ-2019)
	(MPRO-2017-FMP): Sobre a responsabilidade penal das pessoas jurídicas e a correlata aplicação da pena pela prática de crimes ambientais, é correto afirmar que as penas aplicáveis isolada, cumulada ou alternativamente às pessoas jurídicas condenadas pela prática de crimes ambientais são multa, restritivas de direitos e prestação de serviços à comunidade. BL: art. 3º e art. 21, LCA.
(TRF4-2010): Em razão da prática de crime previsto na Lei 9.605/98, as pessoas jurídicas podem receber multa, penas restritivas de direitos ou de prestação de serviços à comunidade nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. BL: art. 3º e art. 21, LCA.
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
I - suspensão parcial ou total de atividades; (TJMS-2008) (MPRR-2008) (TJMT-2009) (TRF4-2009) (TJPE-2011) (PCMG-2011) (TRF3-2011) (MPPE-2014) (TJRR-2015) (DPEPA-2015) (TJRJ-2011/2019)
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; (TJMS-2008) (MPRR-2008) (TJMT-2009) (TRF4-2009) (TJPE-2011) (PCMG-2011) (TRF3-2011) (MPPE-2014) (DPEPA-2015) (TJRJ-2011/2019)
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. (TJMS-2008) (MPRR-2008) (TJMT-2009) (TRF4-2009) (TJPE-2011) (PCMG-2011) (TRF3-2011) (MPPE-2014) (DPEPA-2015) (MPRO-2017) (TJRJ-2011/2019)
	(TJAL-2015-FCC): São penas restritivas de direitos da pessoa jurídica que pratica crime ambiental: proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações, interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade e suspensão parcial ou total de atividades. BL: art. 22 da LCA.
(TRF4-2010): As penas restritivas de direitos previstas na Lei 9.605/98 para a pessoa jurídica infratora são a suspensão parcial ou total de atividades e a interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade, bem como a proibição de contratar com o Poder Público e de obter subsídio, subvenção ou doações. BL: art. 22, LCA.
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. (MPPE-2014)
	##Atenção: ##MPPE-2014: ##FCC: A suspensão parcial ou total de atividade consiste em pena restritiva de direitos aplicável à pessoa jurídica, quando esta não estiver obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente (art. 22, inciso I e § 1º, da LCA). Porém, não é possível suspensão de atividades por prazo indeterminado.
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou regulamentar.
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos. [obs.: possui prazo DETERMINADO] (TJMS-2010) (MPGO-2010) (MPRO-2017) (TJRS-2018)
	(MPPE-2014-FCC): No tocante às penas aplicáveis às pessoas jurídicas por crimes ambientais, é correto afirmar que a proibição de contratar com o Poder Público não poderá exceder dez anos. BL: art. 22, caput, III e §3º, LCA.
##Atenção: Em relação às pessoas físicas, a regra de contratação com o Poder Público é diferente (art. 10, LCA)[footnoteRef:1]: i) Para crime doloso: até 5 anos; ii) Para crime culposo: até 3 anos. [1: Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.] 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; (MPRO-2010) (TRF3-2011) (TJRN-2013)
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; (MPRO-2010) (TRF3-2011) (TJPR-2013) (TJRN-2013)
III - manutenção de espaços públicos; (TJMT-2009) (MPRO-2010) (TRF3-2011) (TJRN-2013)
	(MPPR-2011): A legislação ambiental permite a responsabilização criminal da pessoa jurídica, sendo-lhe aplicáveis as penas de multa, restritivas de direitos e de prestação de serviços à comunidade. Dentre as modalidades desta última, encontram-se o custeio de programas e de projetos ambientais, bem como, a manutenção de espaços públicos. BL: arts. 3º, 21 e 23, incisos I e III, LCA.
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. (MPRO-2010) (TRF3-2011) (TJRN-2013)
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e, como tal, perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. (MPPR-2008) (TRF4-2010) (TJRO-2011) (TJAC-2012) (TJRJ-2013) (TJMG-2014) (MPSC-2016) (MPRS-2016/2017) (MPRO-2017)
	(MPRS-2017): Nos moldes da Lei Federal 9.605/98, assinale a alternativa correta: A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. BL: art. 24, LCA.
(TRF2-2017): Assinale a opção correta: A Lei n° 9.605/98 prevêa pena de imposição de liquidação forçada, com perdimento do patrimônio, à pessoa jurídica utilizada preponderantemente para facilitar a prática dos crimes contra o meio ambiente previstos em seu texto. BL: art. 24, LCA.
(TJDFT-2016-CESPE): Acerca da competência constitucional em matéria ambiental e da legalidade dos múltiplos aspectos do direito ambiental, assinale a opção correta: A comprovação de que a pessoa jurídica foi constituída com a finalidade de viabilizar a prática de crime definido na lei de crimes ambientais possibilita a decretação de sua liquidação forçada e a consideração de seu patrimônio como instrumento de crime. BL: art. 24, LCA.
(TJAP-2014-FCC): Provou-se em ação penal que a empresa Alfa Ltda. foi constituída com o fim de facilitar a prática de crime definido na Lei de Crimes Ambientais. De acordo com a citada Lei, o Juiz, na sentença, deverá decretar a liquidação forçada da empresa, sendo seu patrimônio considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. BL: art. 24, LCA.
CAPÍTULO III
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos. (MPPR-2011) (TJBA-2012) (TJAM-2013) (TRF5-2013) (MPPE-2014) (TRF4-2014) (TJPA-2009/2019)
	##Atenção: ##TJBA-2012: ##CESPE: Consumando-se um delito ambiental, caberá a apreensão de todos os instrumentos e dos produtos do crime ambiental, não fazendo a LCA qualquer distinção entre os instrumentos e ilícitos.
§ 1o  Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014) 
§ 2o  Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico.  (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. (Renumerando do §2º para §3º pela Lei nº 13.052, de 2014) (TJPA-2009) (TRF4-2014)
§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais. (Renumerando do §3º para §4º pela Lei nº 13.052, de 2014) (TJPA-2009) (TRF5-2013)
	(TJRJ-2014-VUNESP): Motosserra, madeira e animal silvestre são apreendidos em operação policial para combate a crimes ambientais. Nos estritos termos do quanto determina o art. 25 da Lei 9.605/98, tais coisas podem, entre outras soluções, respectivamente, ser objeto de reciclagem e venda; avaliação e doação para instituição beneficente; libertação em seu habitat. BL: art. 25, §§ 4º, 3º e 1º da LCA.
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem. (Renumerando do §4º para §5º pela Lei nº 13.052, de 2014) (TJPA-2009)
CAPÍTULO IV
DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada. (TJRR-2008) (DPECE-2008) (TRF5-2009) (MPES-2010) (TJMT-2014) (MPAM-2015) (MPPR-2012/2017) (MPRO-2017) (MPRR-2017) (TRF3-2018) (TJBA-2012/2019) (TJPA-2019)
	(TJRR-2015-FCC): Nas infrações penais previstas na Lei de Crimes Ambientais, a ação penal é pública incondicionada. BL: art. 26 da LCA.
##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: A Lei de Crimes Ambientais prevê que a ação penal pública será incondicionada para os crimes ambientais nela previstos, em razão do interesse público em sua persecução, já que toda a coletividade acaba sendo atingida, tendo legitimado privativo para propor a denúncia criminal para a responsabilização ambiental penal o Ministério Público (art. 129, I, CF).
##Atenção: ##TRF5-2009: ##TJPA-2019: ##CESPE: A Responsabilidade Criminal depende, obrigatoriamente, de ação penal pública incondicionada específica para apurar eventual prática de crime ambiental (art. 26 da LCA). A Responsabilidade Administrativa, nos termos do art. 70, §1º da LCA, são autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. Logo, não poderia o MP propor ACP para discutir a responsabilidade administrativa da empresa. No caso de Responsabilidade Civil, a ação civil pública somente para poderá ter como objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, nos termos do art. 3º da Lei de Ação Civil Pública e art. 225, §3º da CF.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. (TJRR-2008) (DPECE-2008) (MPPB-2011) (MPPI-2012) (TJPE-2013) (MPSP-2013) (TJMT-2014) (TRF1-2015) (MPPR-2012/2017) (MPRO-2017) (PCMA-2018) (MPDFT-2011/2021)
	Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. (...) 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. (...)
	(MPRO-2017-FMP): Sobre os crimes ambientais previstos na Lei 9.605/98, é correto afirmar: Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de transação penal somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, salvo em caso de comprovada impossibilidade. BL: art. 27 da LCA.
(MPSC-2013): Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, conforme a Lei 9.605/1998, a proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, salvo comprovada impossibilidade. BL: art. 27 da LCA.
(MPSP-2011): Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a prévia composição do dano ambiental, salvo comprovada impossibilidade, é condição para a proposta de transação penal prevista no art. 76 da Lei 9.099/95. BL: art. 27 da LCA c/c arts. 74 e 76, Lei 9099.
(TJMS-2010-FCC): Nos crimes ambientais, é cabível a transação penal, se a infração for de menor potencial ofensivo e desde que haja prévia composição do dano ambiental, salvo em caso de comprovada impossibilidade. BL: art. 27 da LCA.
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações: (MPPR-2012/2017) (TJRJ-2019) 
I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo; (DPECE-2008) (MPSC-2013) (MPRO-2010/2017) (MPPR-2012/2017) (TJRS-2018) (TRF3-2018) (TJRJ-2019) (MPDFT-2013/2021)
	##Atenção: Segundo o art. 28 da Lei de Crimes Ambientais, para que seja declarada extinta a punibilidade do infrator consoante o quedispõe no art. 89 da Lei 9.099/95, em seu § 5º[footnoteRef:2] (quando expirado o prazo sem a revogação), faz-se necessário a apresentação do laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade de reparação do dano prevista no inciso I, § 1º do mesmo artigo (art. 89, da Lei. 9.099/95)[footnoteRef:3]. [2: Art. 89. (...) § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.] [3: Art. 89. (...) § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; (...)] 
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição; (DPECE-2008) (TJMS-2010) (MPPI-2012) (TJPE-2013) (MPDFT-2013) (TJMT-2014) (MPPR-2012/2017) (MPRO-2017) (TJRJ-2019)
	(TJSP-2017-VUNESP): A suspensão condicional do processo é admissível nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, mas a declaração de extinção da punibilidade dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, salvo impossibilidade de fazê-lo, permitida a prorrogação do prazo, se incompleta a reparação, com suspensão da prescrição. BL: art. 28, I e II, LCA.
(DPU-2010-CESPE): Considere a seguinte situação hipotética: O Sr. Zito, brasileiro, casado, com 48 anos de idade, lavrador, primário e sem antecedentes, foi flagrado cometendo o ato de cortar e transformar madeira de lei em carvão, com a finalidade de comércio na zona urbana, em concurso com vinte outros agentes, todos membros de movimento social de trabalhadores rurais. Esse ato ocasionou a destruição de pequena parte de mata. Ao ser ouvido pela autoridade policial, o Sr. Zito declarou que, por ser pessoa sem instrução formal, não sabia que a conduta seria delituosa; que sempre trabalhou na lavoura e pretendia utilizar o carvão para subsistência própria e da família. O Ministério Público ofereceu denúncia e, com esta, apresentou proposta de suspensão condicional do processo, por estarem presentes todos os requisitos legais. Aceita a proposta, ficou estabelecido, entre outros deveres do denunciado, o de reparar integralmente o dano, no prazo de suspensão do processo. Decorrido o prazo, foi elaborado laudo de constatação, que comprovou não ter sido completa a reparação. Nessa situação, pode o juiz, nos termos da legislação vigente, prorrogar o prazo de suspensão até o período máximo de quatro anos, acrescido de mais um ano. BL: art. 28, II, LCA e art. 89, Lei 9.099.
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput; (TJPE-2013) (MPPR-2012/2017)
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III; (TJPE-2013) (MPPR-2012/2017)
	(MPMG-2014): Sobre a Suspensão Condicional do Processo, é correto afirmar que a Lei 9.605/98 permite, visando à reparação do dano ambiental, que o prazo máximo de Suspensão Condicional do Processo previsto na Lei 9.099/95 possa ser extrapolado. BL: art. 28, I, II e IV da LCA.
##Atenção: O art. 28 da lei 9.605/98 dispõe o seguinte: i) a extinção da punibilidade depende do laudo de constatação (1º laudo). Caso este primeiro laudo comprove não ter havido a integral reparação, prorroga-se até o período máximo (4 anos = Lei 9.099/95) acrescido de mais UM ano (inciso I); ii) Findo este prazo de prorrogação, procede-se a novo laudo de constatação de reparação do dano (2º laudo). Caso não haja, novamente, a reparação integral do dano ambiental, pode-se prorrogar o sursis por até CINCO anos (inciso II); iii) Esgotado este último prazo, ou seja, perfazendo um total de DEZ anos de sursis, a extinção da punibilidade ainda depende do laudo de constatação favorável (3º laudo) (inciso IV). Se ficar evidenciado que o acusado não empreendeu esforços suficientes para promover a integral reparação do dano ambiental, deve o juiz revogar a suspensão e retomar o curso normal do processo, já que a lei 9.605 não autoriza uma terceira prorrogação do período de prova.
V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade dependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as providências necessárias à reparação integral do dano. (MPSC-2013) (MPPR-2012/2017) (MPRO-2017)
	(TJPE-2013-FCC): Em casos envolvendo crime ambiental de menor potencial ofensivo, a suspensão do processo poderá ser deferida, mas a extinção da punibilidade depende da reparação do dano ambiental ou da comprovação de que o acusado tomou as providências necessárias à sua reparação integral. BL: art. 28, I e V da LCA.
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
Seção I
Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: (MPSC-2010) (TJSC-2013) (TJRN-2013) (MPMG-2014) (DPERS-2014) (TJAL-2019)
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 
	##Atenção: ##DICA: Os crimes contra a FAUNA, previstos na Lei 9605/98 são os mais fáceis de lembrar as penas. Vejamos:
· Pena máxima: Reclusão de 1 a 5 anos (art. 35) - Pescar utilizando explosivos/substâncias tóxicas.
· Penas mínimas: Detenção de 03 meses a 1 ano + Multa (art. 31/32) - Introduzir espécies no País sem licença/ Abusos e maus tratos (animais domesticados ou exóticos). Detenção de 06 meses a 1 ano + Multa (art. 29) - Matar, perseguir, aprisionar, destruir, vender (animais).
· O restante dos crimes: 1 a 3 anos.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. (MPPR-2011) (TJMS-2020)
	(TJPR-2019-CESPE): A polícia ambiental apreendeu, na casa de João, quinze espécimes de aves silvestres da fauna brasileira que estavam em cativeiro. Em seu depoimento, João alegou que caçou os animais e que os venderia na feira livre da cidade, para comprar alimentos para a sua família. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da responsabilização penal de João: João poderá ser condenado à pena de detenção de seis meses a um ano e multa, pelo fato de manter em cativeiro espécimes da fauna silvestre, sem a devida autorização ou licença ambiental. BL: art. 29, §1º, III, LCA.
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. [Obs.: perdão judicial.] (MPAP-2012) (MPMG-2012/2013) (TJRN-2013) (DPERS-2014) (PCMA-2018) (TJMS-2020)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJMS-2020: ##FCC: Não é razoável a conduta do órgão ambiental que apreende uma ave (ex: papagaio) que já estava sendo criada por longo período de tempo em ambiente doméstico, sem qualquer indício de maus-tratos ou risco de extinção. Em casos como esse, não se mostra plausível que a apreensão do animal ocorra exclusivamente sobre a ótica da estrita legalidade. É preciso se examinar as peculiaridades do caso sob a luz da finalidade da Lei Ambiental que, sabidamente, é voltada à melhor proteção do animal. Desse modo, com basenas peculiaridades do caso concreto, e em atenção ao princípio da razoabilidade, é possível autorizar que a ave permaneça no ambiente doméstico do qual jamais se afastou por longos anos. STJ. 1ª T. AgRg no REsp 1457447/CE, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 16/12/14. STJ. 2ª T. AgInt no REsp 1389418/PB, Rel. Min. Og Fernandes, j. 21/09/17.
	(TJMS-2020-FCC): Em mandado de segurança impetrado contra ato de fiscal ambiental que apreendeu animal silvestre (papagaio-verdadeiro) adquirido irregularmente, o impetrante confessa a origem ilícita da ave, mas alega que a adquiriu para sua filha pequena há 01 ano, sendo a ave um verdadeiro membro da família. Alega, por fim, que a menina sente muita falta do papagaio. A ordem deverá ser negada, diante da origem ilícita do animal silvestre. BL: Entend. STJ.
##Atenção: A jurisprudência do STJ entende que a apreensão não é razoável quando o animal já estava sendo criado por longo período de tempo em ambiente doméstico, sem qualquer indício de maus-tratos ou risco de extinção. Ocorre que, no caso em tela, o papagaio havia sido adquirido há apenas um ano.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJMS-2020: ##FCC: O particular que, por mais de vinte anos, manteve adequadamente, sem indício de maus-tratos, duas aves silvestres em ambiente doméstico, pode permanecer na posse dos animais. STJ. 2ª T. REsp 1.425.943-RN, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 2/9/14 (Info 550).
	(TJGO-2015-FCC): José responde ação penal por manter em guarda doméstica animal silvestre não considerado ameaçado de extinção. O fato é crime, podendo o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. BL: art. 29, §2º da LCA.
(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta: Conforme as circunstâncias, a Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais) admite perdão judicial no caso de guarda doméstica de animal silvestre não ameaçado de extinção. BL: art. 29, §2º da LCA.
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. (MPAP-2012)
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: (MPES-2010) (TJPR-2019)
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; (MPES-2010) (TJAM-2013)
II - em período proibido à caça; (TJMT-2009) (TRF5-2011) (TRF4-2012)
III - durante a noite; (TJMT-2009) (MPAP-2012)
	(MPPE-2014-FCC): A respeito do crime contra a fauna previsto no art. 29 da Lei nº 9.605/98 “Matar, perseguir, caçar, apanhar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena: detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa”, é correto afirmar: a prática do delito durante a noite é causa especial de aumento de pena. BL: art. 29, §4º, III, LCA.
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação; (TJMT-2009)
	(TJGO-2012-FCC): Se o resultado de determinado crime ambiental tiver atingido área integrante de unidade de conservação, tem-se como ocorrida circunstância agravante, desde que não constitua ou qualifique o crime, BL: art. 29, §4º, V da LCA.
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. (MPSC-2010)
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. (MPSC-2010) (MPAP-2012) (TRF4-2012) (TJPR-2019)
	(TJMT-2009-VUNESP): De acordo com a Lei 9605/98, nos casos de crimes praticados contra a fauna, a pena é aumentada até o triplo, quando o crime for praticado em decorrência do exercício de caça profissional. BL: art. 29, §5º, LCA.
##Atenção: ##DICA: Dica: cAçA profissionAl = A3 - Aumenta em 3 (triplicada)Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. (MPPE-2014) (DPERS-2014)
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente: (TJMS-2008) (MPPR-2012) (TRF3-2013) (DPU-2015)
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. (TJMS-2008) (TRF3-2013)
	(TJPI-2007-CESPE): As peles e os couros em estado bruto não podem ser exportados sem a autorização da autoridade ambiental competente. No caso de exportação de peles e couros tratados ou beneficiados no país, deve-se investigar se os animais, anfíbios e répteis, que deram origem ao produto de exportação foram caçados e utilizados legalmente. BL: art. 30 da LCA e art. 26 do Dec. 6514/08.
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente: (MPSP-2008) (MPES-2010) (MPPR-2012)
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: (TJMG-2009) (MPSC-2010) (MPPR-2012) (DPESC-2012) (MPAC-2014) (MPMG-2014) (MPPE-2014) (PCMA-2018) (MPAP-2021)
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. (MPSC-2010) (MPSP-2010) (DPESC-2012) (MPAC-2014) (MPPE-2014)
	##Atenção: Apenas não será crime se não houver outros recursos alternativos.
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei nº 14.064, de 2020)
	(MPAP-2021-CESPE): Com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605/1998 e suas alterações), assinale a opção correta: A prática de crimes de maus-tratos contra cão qualifica o crime de abuso ou maus-tratos de animais silvestres, domésticos ou domesticados. BL: art. 32, § 1º-A, LCA.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
	##Atenção: ##DPESC-2012: Não há previsão legal do crime na modalidade culposa.
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público;
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente;
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: (TJAP-2009) (MPPR-2012) (TRF3-2013) (TJDFT-2015) (TRF5-2011/2017) (TJPR-2014/2017) (TRF2-2017) (DPEMG-2019) (MPDFT-2021)
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. (TJDFT-2015)
	##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2021: Nos termos da jurisprudência deste Tribunal, a aplicação do princípio da insignificância, de modo a tornar a ação atípica exige a satisfação de certos requisitos, de forma concomitante: a conduta minimamente ofensiva, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a lesão jurídica inexpressiva. II – Paciente que sequer estava praticando a pesca e não trazia consigo nenhum peixe ou crustáceo de qualquer espécie, quanto mais aquelas que se encontravam protegidas pelo período de defeso. STF. 2ª T., HC 181235 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 29/05/20.
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##DPEMG-2019: ##MPDFT-2021: (In) aplicabilidade do princípio da bagatela no caso do crime previsto no art. 34 da Lei 9.605/98: O princípio da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c parágrafo único, II, da Lei 9.605/98. Caso concreto:realização de pesca de 7kg de camarão em período de defeso com o uso de método não permitido. STF. 1ª T. HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/18 (Info 901). Outro caso concreto: realização de pesca com rede de oitocentos metros e apreensão de oito quilos de pescados. STF. 2ª T. HC-AgR 163.907-RJ. Relª Min. Cármen Lúcia, j. 17/03/20.
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: apesar de a redação utilizada no informativo original ter sido bem incisiva (“O princípio da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c parágrafo único, II, da Lei 9.605/98”), existem julgados tanto do STF como do STJ aplicando, excepcionalmente, o princípio da insignificância para o delito de pesca ilegal. Deve-se ficar atenta(o) para como isso será cobrado no enunciado da prova.
##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##TRF2-2017: ##TRF5-2017: ##CESPE: Pesca de um único peixe que é devolvido, ainda vivo, ao rio em que foi pescado: princípio da insignificância: Não se configura o crime previsto no art. 34 da Lei 9.605/98 na hipótese em que há a devolução do único peixe – ainda vivo – ao rio em que foi pescado. STJ. 6ª T. REsp 1.409.051-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 20/4/17 (Info 602).
	(TRF5-2017-CESPE): João foi flagrado pela fiscalização, em determinada estação ecológica que proíbe a pesca, portando vara de pescar e com um espécime de peixe ainda vivo. A equipe de fiscalização então devolveu o peixe ao rio no qual ele havia sido pescado. João argumentou que não sabia que era proibido pescar ali e não resistiu à ação da fiscalização. Nessa situação hipotética, configura-se crime consumado, mas penalmente irrelevante. BL: Info 602, STJ.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2017: ##TRF2-2017: ##CESPE: Pessoa presa sem peixes, mas com equipamentos, em local onde a pesca é proibida comete crime? O art. 34 da Lei de Crimes Ambientais tipifica a pesca ilegal. Se a pessoa é flagrada sem nenhum peixe, mas portando consigo equipamentos de pesca, em um local onde esta atividade é proibida, ela poderá ser absolvida do delito do art. 34 da Lei de Crimes com base no princípio da insignificância? A 2ª Turma do STF possui decisões conflitantes sobre o tema: i) SIM. Inq 3788/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 1°/3/16 (Info 816); ii) NÃO. RHC 125566/PR e HC 127926/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 26/10/16 (Info 845). STF. 2ª T. RHC 125566/PR e HC 127926/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 26/10/16 (Info 845).
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; (TJAM-2013)
	(MPRS-2016): Comete crime contra a fauna quem comercializa espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos, provenientes de pesca proibida. BL: art. 34, § único, I da LCA.
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
	##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEMG-2019: ##MPDFT-2021: O princípio da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c parágrafo único, II, da Lei 9.605/98. Caso concreto: realização de pesca de 7kg de camarão em período de defeso com o uso de método não permitido. STF. 1ª T. HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/18 (Info 901). Outro caso concreto: realização de pesca com rede de oitocentos metros e apreensão de oito quilos de pescados. STF. 2ª T. HC-AgR 163.907-RJ. Relª Min. Cármen Lúcia, j. 17/03/20.
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: apesar de a redação utilizada no informativo original ter sido bem incisiva (“O princípio da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c parágrafo único, II, da Lei 9.605/98”), existem julgados tanto do STF como do STJ aplicando, excepcionalmente, o princípio da insignificância para o delito de pesca ilegal. Deve-se ficar atenta(o) para como isso será cobrado no enunciado da prova.
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.
	##Atenção: ##STJ: ##MPBA-2010: A competência para a preservação do meio ambiente é matéria comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 23, VI e VII, da CF/88. 2. Para atrair a competência da Justiça Federal é necessário que os danos ambientais produzidos pela prática de pesca predatória em rio interestadual tenham repercutido para além do local em que supostamente praticada. No caso, apesar da pesca predatória ter ocorrido em rio de natureza interestadual, não ficou demonstrado que o delito tenha causado prejuízo à União, suas autarquias ou empresas públicas, razão pela qual deve ser reconhecida a competência da Justiça Estadual para o processamento do feito. STJ. 3ª T., AgRg no CC 152.534/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 13/02/19.
##Atenção: ##STJ: ##MPBA-2010: ##TRF2-2017: Tipos penais em branco: São disposições incriminadoras cuja sanção é certa e precisa, porém o conteúdo necessita de ser completado por um ato normativo, de origem legislativa ou administrativa, que passa a integrar a descrição típica. Pode-se classificar as normas penais em branco em: a) normas penais em branco em sentido lato (impróprias ou homogêneas), quando o complemento é determinado pela mesma fonte formal; b) normas penais em branco em sentido estrito (próprias ou heterogêneas), quando o complemento pode ser realizado pela Administração Pública. Os tipos penais em branco são constantes no direito penal ambiental. Muitas vezes a descrição penal em matéria ambiental necessita de complementação por outra norma (períodos de pesca proibida, conceitos técnicos, etc.). Vejamos o seguinte julgado do STJ: “(...) CRIME AMBIENTAL. ART. 34, § ÚNICO, INCISO III, DA LEI Nº 9.605/98. NORMA PENAL EM BRANCO. DENÚNCIA OFERECIDA SEM EXPOSIÇÃO DA NORMA INTEGRATIVA. INÉPCIA. ORDEM CONCEDIDA. I. Denúncia oferecida pelo delito de comercialização de pescados proibidos ou em lugares interditados por órgão competente. II. Tratando-se de norma penal em branco, é imprescindível a complementação para conceituar a elementar do tipo "espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas". III. O oferecimento de denúncia por delito tipificado em norma penal em branco sem a respectiva indicação da norma complementar constitui evidente inépcia, uma vez que impossibilita a defesa adequada do acusado. Precedentes. IV. Ordem concedida. (STJ. 5ª T., HC 174.165/RJ, Rel. Min. Gilson Dipp, j. 01/03/12). Quando a complementação da norma penal em branco ocorre por ato normativo expedido pela Administração Pública (p. ex. ato do IBAMA definindo períodos de pesca proibida), existe uma mitigação do princípio legalidade.
	(MPBA-2010): Os tipos penais “em branco” ambientais mitigam o princípio da reserva legal, já que são complementados por normas de outros ramos do direito, inclusive de hierarquia distintas.
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; (MPPR-2012)
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. (TJAM-2013) (TJPR-2014)
	(TJMG-2009): Sobre os crimes contra o meio ambiente, marque a alternativa CORRETA: Ao conceituar pesca, para os fins legais, a Lei nº 9.605, de 1998, abrange peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios. BL: art. 36, LCA.
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; (DPEPI-2009) (TJSC-2010) (DPEBA-2010) (TRF4-2010) (TJRO-2011) (MPPB-2011) (MPGO-2014) (TJPR-2019) (MPAP-2021)
	(DPEAM-2013-FCC): Pedro, em estado de necessidade, para saciar sua fome e de sua família, composta por esposa ecinco filhos, abateu animal da fauna amazônica. Segundo a Lei Federal no 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, tal fato não é considerado crime. BL: art. 37, I, LCA.
(TRF3-2013): Marque a alternativa considerada correta: Nossa legislação ambiental não considera delito o abate de animal em situação peculiar como, por exemplo, para saciar a fome própria ou de sua família. BL: art. 37, I, LCA.
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; (DPEPI-2009) (TJRO-2011) (MPPB-2011) (MPES-2013) (TJPR-2014) (TJMG-2014) (MPRS-2014) (MPGO-2014) (TJCE-2018) (TJRS-2018)
	(PGM-Campinas/SP-2016-FCC): O abate de animal para proteger lavouras, ou pomares e rebanhos, da ação predatória, desde que autorizado pela autoridade competente, caracteriza excludente de ilicitude. BL: art. 37, II, LCA.
III – (VETADO)
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. (DPEPI-2009) (TJRO-2011) (MPPB-2011) (MPAP-2012) (MPES-2013) (TJPR-2014) (MPGO-2014) (TJRR-2015) (TJAL-2019)
	(MPRS-2014): À luz da Lei n.º 9.605/98 e da Constituição Federal: O abate de animal nocivo não é crime, desde que reconhecido como tal pelo órgão competente. BL: art. 37, IV, LCA.
Seção II
Dos Crimes contra a Flora
	##Atenção: ##MPAP-2021: ##CESPE: Nem todos os crimes contra a Flora (Seção II do Capítulo V da Lei 9.605/98) possuem punição na forma culposa (ex.: arts. 39, 42, 44, 45).
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: (TJMS-2008) (MPMT-2008) (DPEMA-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (MPSC-2014) (MPAM-2015)
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. (TJMS-2008) (MPRO-2010)
	##Atenção: ##STJ: ##MPSC-2019: O elemento normativo "floresta", constante do tipo de injusto do art. 38 da Lei 9.605/98, é a formação arbórea densa, de alto porte, que recobre área de terra mais ou menos extensa. O elemento central é o fato de ser constituída por árvores de grande porte. Dessa forma, não abarca a vegetação rasteira. STJ. 5ª T., HC 74.950/SP, Rel. Min. Felix Fischer, j. 21/06/07.
##Atenção: ##Dicas: 
· Art. 38, LCA: destruir ou danificar FLORESTA considerada de preservação permanente. 
· FLORESTA = formação arbórea densa, de alto porte, que recobre área de terra mais ou menos extensa. 
· Suprimir vegetação marginal não se enquadra no tipo mencionado.
· Nem sempre a degradação em APP vai ser considerada ilícita, pode ser feita com autorização.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (MPRO-2010) (TJPB-2011) (TRF2-2013) (MPRS-2014) (MPAM-2015) (MPPR-2017)
Art. 38-A.  Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006). (DPEMA-2009) (TJSC-2010)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.  (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
	(MPRS-2017): Configura crime ambiental a conduta de destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou de simplesmente utilizá-la com infringência das normas de proteção. BL: art. 38-A, LCA.
Parágrafo único.  Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006). (MPPR-2017)
	(TRF4-2012): Considerando o disposto na Lei 9.605/98, assinale a alternativa correta: Danificar vegetação secundária, em estágio médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica constitui crime contra a flora, mesmo que a ação seja culposa. BL: art. 38-A, caput e § único, LCA.
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente: (DPEMA-2009) (MPSE-2010) (MPMG-2011) (MPAM-2015) (MPAP-2021)
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
	##Atenção: ##MPAM-2015: ##MPRS-2016: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FMP: Não existe modalidade culposa no crime do art. 39 da LCA.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: (MPSP-2008) (DPEMA-2009) (TJPA-2012) (MPPI-2012)
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000) (TJSC-2010)
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
	(TJPA-2012-CESPE): Carlos, empresário da construção civil, iniciou, de forma dolosa, a construção de prédios em unidade de conservação de proteção integral, precisamente a dois metros de nascentes existentes no local, sem a devida licença urbanística e ambiental, tendo o município se omitido em relação à fiscalização da obra. Nessa situação hipotética, para a proteção do meio ambiente, é cabível o ajuizamento de ação civil pública e de ação penal. 
OBS: Na hipótese em tela, é cabível o ajuizamento de ação penal, por força da previsão do tipo do art. 40 da Lei 9605/98 e de ação civil pública, a fim de fazer cessar o ato lesivo ao meio ambiente, a recuperação da área ambientalmente degradada e o pagamento de reparação pecuniária em decorrência de dano ambiental.
Art. 40-A. (VETADO)         (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) 
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.  (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: (TJSC-2010) (MPAC-2014)
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: (TJPB-2011) (MPDFT-2011) (MPAP-2021)
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
	(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A conduta de fabricar, vender, transportar ou mesmo soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano é crime. BL: art. 42, LCA.
##Atenção: O crime do art. 42 é de perigo abstrato, não dependendo da ocorrência de dano efetivo para sua consumação. 
Art. 43. (VETADO)
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: (MPSP-2008) (DPEPI-2009) (MPAP-2021)
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais: (TRF3-2013)

Continue navegando