Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Resumo Anatomia Médica Articulações dos Membros Superiores Articulação Esternoclavicular: Sinovial selar com disco articular Faces articulares: Extremidade external da clavícula Manúbrio Movimentos: Elevação Depressão Protração Retração Ligamentos: Ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior Ligamento costoclavicular Ligamento interclavicular Membrana sinovial reveste a face interna da membrana fibrosa da cápsula articular Grande força Fibrocartilagem Artéria torácica interna e Supraescapular Articulação Acromioclavicular: Faces articulares: Extremidade acromial da clavícula Acrômio da escápula Fibrocartilagem, disco articular cuneiforme incompleto, menisco articular Membrana sinovial reveste a membrana fibrosa da capsula articular Movimentos: Elevação Depressão Protração Retração Ligamentos: Ligamento Acromioclavicular – acrômio à clavícula Ligamento Coracoclavicular – par do processo coracoide da escápula à clavícula Ligamento conoide – fixado à raiz do processo coracoide (tubérculo conoide) Ligamento trapezoide – face superior do processo coracoide e linha trapezoide Artérias Supraescapular e toracoacromial Sinovial plana Articulação do Ombro: Sinovial esferoidea Faces articulares: Cabeça do úmero Cavidade glenoidal da escápula Lábio glenoidal (fibrocartilagem) anular Membrana fibrosa frouxa da cápsula articular circunda a articulação – abertura entre os tubérculos / abertura inferior ao processo coracoide Movimentos: 2 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Flexão Extensão Abdução Adução Rotação lateral Rotação medial Ligamentos: Glenoumerais – 3 faixas na face interna da cápsula Coracoumeral – base do processo coracoide até face anterior do tubérculo maior do úmero Transverso do úmero – do tubérculo maior até o tubérculo menor do úmero Coracoacromial – entre o arco Arco coracoacromial – protetora – face inferior lisa do acrômio + processo coracoide da escápula Bolsa subacromial – entre o arco superiormente e o tendão e o tubérculo inferiormente Artérias circunflexas umerais anterior e posterior Nervos Supraescapular, axilar e peitoral lateral Bolsas: Subtendínea do músculo subescapular Subacromial Músculos do manguito rotador: Supra-espinal Infra-espinal Redondo menor Subescapular Articulação do Cotovelo: Sinovial gínglimo Faces articulares: Tróclea Capítulo do úmero Incisura troclear da ulna Face superior da cabeça do rádio Cartilagem hialina Membrana fibrosa da cápsula articular revestida internamente pela membrana sinovial Dividida em: Úmeroulnar – gínglimo Úmerorradial - esferoide Radiulnar proxial – trocoide Movimentos: Flexão – umeroulnar e umerorradial Extensão – umeroulnar e umerorradial Pronação - radiulnar Supinação – radiulnar Ligamentos: Colateral radial – lateral, leque – epicôndilo lateral do úmero Anular do rádio – circunda a cabeça do rádio na incisura radial da ulna 3 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Colateral ulnar – medial e triangular, do epicôndilo medial do úmero até o processo coronoide e olecrano da ulna (faixa anterior, posterior e oblíqua) Articulação Radiounal medial: Membrana Interóssea – tecido fibroso entre o rádio e a ulna Corda oblíquoa Sindesmose radioulnar Articulação do Punho: Radio carpal Disco articular Pequeno menisco articular Faces articulares: Face articular inferior do rádio Escafóide Semilunar Movimentos: Flexão Extensão Abdução Adução Ligamentos: Colateral radial do punho Colateral ulnar do punho Radiocarpal posterior/ anterior Articulações Intercarpais e Mediocarpal: Movimentos da mão: Flexão Extensão Abdução Adução Articulação carpometacarpal do polegar: Sinovial selar Faces articulares: Base do 1º metacarpal 4 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Trapézio Movimentos: Extensão Abdução Adução Flexão Pinça – oposição Articulações metacarpofalângicas e interfalângicas: Ligamentos: Proximal Distal Palmar Colateral Nervos do Membro Superior PLEXO BRAQUIAL É uma rede nervosa da qual a maioria dos nervos do membro superior se originam. Começa no pescoço e se estende até a axila. Formado pela união dos ramos anteriores dos quatro últimos nervos cervicais (C5-C8) e o primeiro nervo torácico (T1). O plexo é composto por seis tipos de estruturas: Raiz: são os nervos cervicais C5, C6, C7, C8 e T1. Troncos: são formados pela união das raízes, sendo três (superior, médio e inferior); Divisões: dicotomia dos troncos, cada um dando origem a uma divisão anterior e posterior; Fascículos: formados pela união das divisões, sendo eles o lateral, posterior e o medial; Ramos terminais: nervos terminais originados dos fascículos; Ramos colaterais. O plexo contém fibras nervosas sensitivas, motoras e simpáticas. A raízes atravessam o espaço interescaleno (entres os músculos escaleno anterior e escaleno médio) junto com a artéria subclávia. Quando na parte inferior do pescoço, as raízes unem-se para formar os troncos: Tronco superior: união das raízes C5 e C6. Tronco médio: continuação de C7; Tronco inferior: união de C8 e T1. Posteriormente à clavícula, ao atravessar o canal cervicoaxilar, cada tronco se ramifica em divisões anterior e posterior. As divisões anteriores suprem os compartimentos anteriores/flexores do MMSS, enquanto as divisões posteriores suprem os compartimentos posteriores/extensores. As divisões, então, se unem e formam fascículos, localizados na axila, no entorno da artéria axilar: Fascículo lateral: formado pelas divisões anteriores dos troncos superior e médio; Fascículo medial: continuação da divisão anterior do tronco inferior; Fascículo posterior: união das divisões posteriores dos três troncos. Os fascículos se dividem para formar os ramos terminais. O plexo braquial é dividido em partes supraclavicular e infraclavicular pela clavícula. Ramos da parte supraclavicular originam-se das raízes ou de troncos e pode-se ter acesso a eles através do pescoço. Os ramos da parte infraclavicular originam-se dos fascículos e pode-se ter acesso a eles através da axila. Normalmente, os nervos terminais do plexo braquial inervam principalmente o braço, o antebraço, e a mão, enquanto os ramos colaterais tendem a inervar as regiões mais proximais do membro superior, como a região peitoral, o dorso e o ombro. Os ramos terminais: Nervo Mediano (C5, C6, C7, C8 e T1): formado pela união de dois fascículos, o fascículo lateral (raiz lateral) e o medial (raiz medial). Nervo responsável por inervar os músculos motores do primeiro dedo, o polegar. Ao entrar 5 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence na palma, ele origina os ramos motores para músculos tenares e para os dois lumbricais radiais, além de ramos cutâneos para a face palmar dos dedos polegar, indicador e médio e para a metade radial do dedo anular. Dá origem ao nervo interósseo que inerva todos os músculos flexores do antebraço (o nervo interósseo anterior, que inerva todos os músculos flexores do antebraço, com exceção do flexor ulnar do carpo e da metade ulnar do flexor profundo dos dedos). Nervo Musculocutâneo (C5, C6 e C7): origina-se no fascículo lateral, inerva os músculos coracobraquial, bíceps braquial e braquial; além de inervar a pele anterolateral do antebraço. Nervo Ulnar (C8 e T1): tem origem no fascículo medial. Inerva o M. ulnar flexor do carpo e a metade ulnar dos flexores profundos dos dedos; além disso, inerva a parteda pele da mão. Nervo Radial (C5, C6, C7, C8 e T1): ramo terminal do fascículo posterior. Inerva a pele da região inferolateral e posterior do braço; todos os músculos dos compartimentos posteriores do braço e antebraço; pele da região posterior do antebraço e do dorso da mão lateral à linha axial do 4° dedo. Nervo Axilar (C5 e C6): ramo terminal do fascículo posterior, sendo esse um ramo pequeno que termina na região da axila. Inerva a pele da região súperolateral do braço (sobre o M.deltoide); M.R.menor e deltoide; e a articulação do ombro. Possui fibras de C5 e C6 Os ramos colaterais: - Ramos supraclaviculares Nervo Dorsal da Escápula: tem como raiz o 5° par espinal. Inerva os músculos romboides, pode ou não suprir os levantadores da escápula. Nervo Torácico Longo: tem como raiz os pares espinais C5, C6, e pode ou não conter fibras de C7. Inerva o músculo serrátil anterior. Nervo Subclávio: (N. para M.subclávio): tem como raiz o troco superior. Inerva o M.subclávio e articulação esternoclavicular. Nervo Supraescapular: origem no tronco superior. Inerva os M.supraespinal e infraespinal; e a articulação do ombro (Articulação glenoumeral). - Ramos infraclaviculares Nervo Peitoral Lateral: tem origem no fascículo lateral, portanto possui fibras de C5, C6 e C7. Inerva o M. peitoral maior, mas algumas de suas fibras inervam o M. peitoral menor pelo ramo para o N. peitoral medial. Nervo Peitoral Medial: primeiro ramo colateral do fascículo medial, portanto possui fibras de C8 e T1. Inerva o M. peitoral menor e parte esternocostal do M. peitoral maior. Nervo Cutâneo Medial do Braço: segundo ramo colateral do fascículo medial, recebe fibras de C8 e T1. É responsável por inervar a pele medial do braço até o epicôndilo medial do úmero e o olécrano da ulna. Nervo Cutâneo Medial do Antebraço: terceiro ramo colateral do fascículo medial, recebe fibras de C8 e T1. É responsável por inervar a pele medial da região do antebraço até o punho. Nervo Subescapular Superior: origina-se no fascículo posterior e, portanto, deveria receber fibras de todas as raízes, porém recebe fibras apenas de C5 e C6. Inerva a parte superior do M. subescapular Nervo Subescapular Inferior: origina-se no fascículo posterior, recebendo fibras de C5 e C8. Inerva a parte inferior do M. subescapular. Nervo Toracodorsal: origem no fascículo posterior, porém recebe fibras apenas de C6, C7 e C8. Responsável por inervar o M. latíssimo do dorso. OBS: vale ressaltar que alguns nervos fogem à regra, não recebendo fibras que teoricamente deveriam receber. 6 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Dorso Os músculos toracoapendiculares posteriores fixam o esqueleto apendicular superior ao esqueleto axial. Músculos superficiais: M. Trapézio e M. Latíssimo do Dorso. Músculos Profundos: M. Levantador da Escápula e Romboides. MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO INFORMAÇÃO EXTRA SUPERFICIAIS Trapézio Linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal, processos espinhosos das vértebras C VII a T XII Terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula Acessório Elevação do ombro pela parte descendente Depressão pela parte ascendente Retração do ombro por todas as fibras Rotação superior da escápula Faz a fixação direta do cíngulo do membro superior ao tronco, suspendendo os membros. Latíssimo do Dorso Processos espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas, fáscia toracolombar, crista ilíaca e 4 últimas costelas Sulco intertubercular do úmero Toracodorsal Extensão, adução e rotação medial do braço Cobre grande área do dorso. PROFUNDOS Levantador da Escápula Processos transversos das 4 primeiras vértebras cervicais Margem medial da escápula, acima da espinha Dorsal da escápula Elevação da escápula (ombro) Romboide Maior Processos espinhosos das vértebras T2 a T5 Margem medial da escápula, abaixo da espinha até o ângulo inferior da escápula Dorsal da escápula Retração do ombro Romboide Menor Processos espinhosos das vértebras C7 e T1 e ligamento nucal Margem medial da escápula, no nível da espinha Dorsal da escápula Retração do ombro Ombro Músculos do Ombro Músculo Origem Inserção Inervação Ação Informação Extra Deltóide Terço lateral da clavícula, acrômio Tuberosidade para o músculo deltoide do úmero N. Axilar Parte Anterior (Clavicular): flexão do braço (sinergista do M. Peitoral Maior) Quando o braço está em adução completa, o início da abdução deve ser feito pelo M. 7 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence e espinha da escápula Parte Média (Acromial): abdução do braço Parte Posterior (Espinal): extensão do braço (sinergista do M. Latíssimo do Dorso) Supraespinal ou ao inclinar o tronco, fazendo com que a gravidade inicie o movimento. A ação abdutora do Deltoide é plena apenas após 15°. Ele também estabiliza a articulação e mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante o movimento. Rendondo Maior Face posterior do ângulo inferior da escápula Lábio medial do sulco intertubercular do úmero N. Subescapular Inferior Adução e rotação medial do braço Ajuda na extensão do braço quando está fletido Estabiliza a cabeça do pumero na cavidade glenoidal Um dos músculos que compõem a prega axilar posterior. Supraespinal* Fossa supraespinal da escapula Face superior do tubérculo maior do úmero N. Supraescapular Inicia a abdução do braço e auxilia o M. Deltoide a abduzir o braço após 15° Ocupa a fossa supraespinal da escápula. Infraespinal* Fossa infraespinal da escápula (3/4 mediais) Face média do tubérculo maior do úmero N. Supraescapular Rotação lateral do braço Ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal da escápula Parcialmente recoberto pelo M. Deltóide e M. Trapézio Redondo Menor* Parte média da face lateral da escápula Face inferior do tubérculo maior do úmero N. Axilar Rotação lateral do braço Ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal da escápula Ajuda na adução do braço Oculto pelo M. Deltoide e nem sempre é bem delimitado do M. Infraespinal Subescapular* Fossa subescapular (maior parte da face anterior da escápula) Tubérculo menor do úmero N. Subescapulares superior e inferior Rotação medial do braço (agonista) e adução do braço Ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal da escápula Passa anteriormente à articulação escapuloumeral * Músculos do Manguito Rotador (Supraespinal, infraespinal, Redondo Menor e Subescapular). Todos, com exceção do Supraespinal, são rotadores do braço. Seus tendões se unem e reforçam a lâmina fibrosa da cápsula articular da articulação do ombro, formando o Manguito Rotador, que protege e estabiliza a articulação. Região peitoral Peitoral maior: Origem: Cabeça clavicular: face anterior da metade medial da clavícula/ Cabeça esternocostal: face anterior do esterno, seis cartilagens costais superiores, aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome Inserção: Lábio lateral do sulco intertubercular do úmero Inervação: Nn. peitorais lateral e medial; Ação: Aduz e roda medialmente o úmero; move a escápula anterior e inferiormente Peitoral menor: Origem: Costelas III a V perto de suas cartilagens costais Inserção: Margem medial e face superior do processo coracoide da escápula Inervação: N. peitoral medial Ação: Estabiliza a escápula, deslocando-a inferior e anteriormente contra a parede torácica Subclávio: Origem: Junção da costela I e sua cartilagem costal Inserção: Face inferior do terço médio da clavícula Inervação: N. para o músculo subclávio Ação: Fixa e deprime a clavícula Serrátil anterior 8 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Origem: Faces externas das parteslaterais das costelas I a VIII Inserção: Face anterior da margem medial da escápula Inervação: N. torácico longo Ação: Protrai a escápula e a mantém contra a parede torácica; gira a escápula Braço Músculo Bíceps Braquial: cabeça curta e longa Origem: Cabeça longa: tubérculo supraglenoidal da escápula / cabeça curta: extremidade do processo coracoide da escápula Inserção: tuberosidade do rádio, fáscia do antebraço via aponeurose do bíceps braquial Inervação: nervo Musculocutâneo Ação: flexão do antebraço e do braço, supinação Músculo Braquial Origem: face anterior da metade distal do úmero Inserção: processo coronoide e tuberosidade da ulna Inervação: nervo Musculocutâneo Ação: flexiona o antebraço no cotovelo Músculo Coracobraquial Origem: extremidade do processo coracoide da escápula Inserção: face medial do terço médio do úmero Inervação: nervo Musculocutâneo Ação: flexor e adutor do braço na articulação do ombro, resiste a luxação Músculo tríceps braquial: cabeça longa, lateral e medial Origem: cabeça longa: tubérculo infraglenoidal da escápula / cabeça lateral: metade superior da face posterior do úmero / cabeça medial: 2/3 distais das faces medial e posterior do úmero Inserção: superfície posterior do olecrano Inervação: nervo Radial Ação: estende antebraço, estabiliza cabeça do úmero abduzido, estende e aduz o braço Circulação do Membro Superior ARTERIAL O sangue do ventrículo esquerdo é ejetado para o Aorta, que ascende e forma um arco. Do Arco da Aorta, saem três ramos: Tronco Braquiocefálico: se divide em Artéria Carótida Comum Direita e Artéria Subclávia Direita. 9 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Artéria Carótida Comum Esquerda Artéria Subclávia Esquerda Cada Artéria Subclávia, ao entrar na axilar, no nível da margem lateral da primeira costela, muda o seu nome para Artéria Axilar. Ela é recoberta pelo M. Peitoral Menor, que a divide em: Parte Proximal, emite: o Artéria Torácica Superior, vaso pequeno, que se origina imediatamente inferior ao músculo subclávio, irrigando-o. Também é responsável pela irrigação dos músculos no 1° e 2° espaços intercostais, alças superiores do músculo serrátil anterior e músculos peitorais sobrejacentes. Anastomosa-se com as artérias intercostal e/ou torácica interna. Parte Posterior; emite: o Artéria Toracoacromial: perfura a membrana costocoracoide e divide-se em ramos acromial, deltoideo, peitoral e clavicular. o Artéria Torácica Lateral: l irriga os músculos peitoral, serrátil anterior e intercostal, os linfonodos axilares e a face lateral da mama. Parte Distal; emite: o Artéria Subescapular: ramo mais calibroso, que se divide em Artéria Circunflexa da Escápula e Artéria Toracodorsal. o Artéria Circunflexa Anterior do Úmero: segue em sentido lateral, profundamente aos músculos coracobraquial e bíceps braquial. Dá origem a um ramo ascendente que supre o ombro. o Artéria Circunflexa Posterior do Úmero: a irrigar a articulação do ombro e os músculos adjacentes. As artérias circunflexas do úmero circundam o colo cirúrgico do úmero, anastomosando-se entre si. Ao adentrar no braço, na margem inferior do M. Redondo Maior, passa a ser denominada Artéria Braquial. No início, situa-se medialmente ao úmero, onde suas pulsações são palpáveis no sulco bicipital medial. Ela desce anteriormente ao M. Bíceps Braquial e M. Braquial. No trajeto inferolateral, a artéria braquial acompanha o nervo mediano, que cruza anteriormente à artéria. Emite três ramos no seu trajeto: Artéria Braquial Profunda: maior ramo. Acompanha o nervo radial ao longo do sulco radial. Termina dividindo-se em Artérias Colaterais Média e Radial. Artéria Colateral Ulnar Superior: Artéria Colateral Ulnar Inferior: em conjunto com a Artéria Colateral Ulnar Superior e com a Artéria Recorrente Ulnar Posterior, forma as anastomoses arteriais periarticulares da região do cotovelo. Ao nível do cotovelo, na fossa cubital, diante do colo do rádio, ela se divide em dois ramos terminais: - Artéria Radial, que acompanha o osso rádio. Suas pulsações podem ser sentidas em todo o antebraço, mas sua verificação é 10 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence ainda mais perceptível na porção distal do antebraço, estando lateral ao tendão de inserção do M. Flexor Radial do Carpo. Seus ramos são: Artéria Recorrente Radial: participa das anastomoses arteriais periarticulares no cotovelo. Ramos Carpais Palmar e Dorsal da Artéria Radial: participam da anastomose arterial periarticular no punho por meio de anastomoses com os ramos correspondentes da artéria ulnar, formando os arcos carpais palmar e dorsal. Ramos Musculares. - Artéria Ulnar, que acompanha a ulna. Sua pulsação pode ser palpada na face lateral do tendão do músculo FUC. Emite três ramos: Artéria Recorrente Ulnar Anterior e Artéria Recorrente Ulnar Posterior: se anastomosam com as Artérias Colaterais Ulnares inferior e superior. Artéria Interóssea Comum: dirige-se para a área entre os ossos rádio e ulna e se dividem em: o Artéria Interóssea Posterior: desce pelo antebraço posteriormente à membrana interóssea. relativamente pequena, é a principal artéria que serve às estruturas do terço médio do compartimento posterior. Assim, está quase esgotada na região distal do antebraço e é substituída pela artéria interóssea anterior. o Artéria Interóssea Anterior: desce pelo antebraço anteriormente à membrana interóssea. Ramos Musculares As artérias radial e ulnar percorrem todo o antebraço. As Artérias Ulnar e Radial e seus ramos são responsáveis por todo o fluxo sanguíneo na mão. - A Artéria Ulnar entra na mão anteriormente ao retináculo dos músculos flexores entre o osso pisiforme e o hâmulo do osso hamato através do túnel ulnar. Ela se divide em dois ramos: Arco Palmar Superficial: principal. Origina: o Artérias Digitais Palmares Comuns: são três. Cada uma se divide em um par de Artérias Digitais Palmares Próprias, que seguem ao longo das laterais adjacentes do 2º ao 4º dedos. Ramo Palmar Profundo - A Artéria Radial deixa o antebraço espiralando-se ao redor da face lateral do punho e cruza o assoalho da tabaqueira anatômica. Termina anastomosando-se com o Ramo Palmar Profundo da artéria ulnar para dar origem ao Arco Palmar Profundo. Arco Palmar Profundo: origina: o Artérias Metacarpais Palmares: são três. o Artéria Principal do Polegar: OBS: a Artéria Radial do Indicar, que tem seu trajeto lateralmente no dedo indicador, é ramo da Artéria Radial (mas pode ter origem na Artéria Principal do Polegar). O dorso da mão também apresenta um Arco Arterial Carpal Dorsal. Nesse arco nascem as Artérias Metacarpais Dorsais que vão originar as Artérias Digitais Dorsais. 11 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Os dedos apresentam 4 artérias: 2 artérias digitais palmares próprias (uma medial e outra lateral) e 2 artérias digitais dorsais (uma medial e outra lateral). VENOSA As veias profundas do membro superior possuem o mesmo trajeto, a mesma área de drenagem e o mesmo nome das artérias que acompanham. É importante discorrer sobre as veias superficiais do membro superior. As veias perfurantes formam comunicações entre as veias superficiais e profundas. Da rede venosa dorsal da mão origina-se as duas principais veias superficiais do membro superior: Veia Cefálica: origina-se da extremidade lateral da rede venosa. Sobe o antebraço e adquire posição mais anterior, situando-se mais lateralmente. É superficial durante todo o antebraço e braço, seguindo superiormente aos músculos Deltoide e Peitoral Maior, entrando no trígono clavipeitoral. Ela então perfura a membrana costocoracoide e se aprofunda para desembocar na Veia Axilar, localizada profundamente, junto à artéria axilar. Veia Basílica:origina-se da extremidade medial da rede venosa. Sobe o antebraço e adquire posição mais anterior, situando-se mais medialmente. É superficial no antebraço, sendo que ao nível da transição entre o terço inferior e o terço médio do braço, ela perfura a fáscia do braço e se aprofunda, seguindo em sentido superior paralelamente à artéria braquial e ao nervo cutâneo medial do antebraço até a axila. Ao nível da axila, se funde com veias acompanhantes da Artéria Axilar, formando a Veia Axilar. No nível do cotovelo, ocorre a união entre as Veias Cefálica e Basílica. Essa união pode ser em forma de “M”, por meio das Veias Intermédia Lateral e Medial do Cotovelo, ou uma união oblíqua, feita pela Veia Intermédia do Cotovelo na fossa cubital. A Veia Intermédia do Antebraço inicia-se na base do dorso do polegar, curva-se ao redor da face lateral do punho e ascende no meio da face anterior do antebraço entre as veias cefálica e basílica. Às vezes, ela se divide em uma Veia Intermédia Basílica, que se une à veia basílica, e uma Veia Intermédia Cefálica, que se une à veia cefálica. LINFÁTICA Há um maior número de capilares linfáticos na palma da mão do que no dorso da mão. Dessa rede capilar linfática da mão origina- se inúmeros vasos linfáticos que sobem através do membro superior. Esses vasos linfáticos, principalmente os mediais, atingem um pequeno grupo de linfonodos que são os linfonodos cubitais, que se situam próximos ao epicôndilo medial do úmero. O restante dos vasos linfáticos desemboca diretamente nos linfonodos axilares, inclusive os vasos linfáticos que partem dos linfonodos cubitais. Os linfonodos axilares são divididos em 5 grupos: Um grupo posterior (subescapulares): recebe a drenagem linfática da linfa do dorso; Um grupo peitoral (anterior): recebe a drenagem linfática da mama e é auxiliado nessa função pelos poucos linfonodos interpeitorais; Um grupo lateral (umerais): responsável por receber a linfa de todo o membro superior; Um grupo central: recebe a linfa dos grupos posterior, peitoral e lateral Um grupo apical: é o mais alto deles, situando-se no ápice da axila. Recebe a linfa do grupo central. Esse grupo de linfonodos lança sua linfa no ângulo venoso jugulosubclávio, ou seja, na junção das veias subclávia e jugulares de cada lado na base do pescoço. Dessa forma, retornando a linfa ao sistema circulatório em sua parte venosa 12 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Antebraço Pronador Redondo: Origem: cabeça ulnar no processo coronoide/ cabeça umeral no epicôndilo medial do úmero Inserção: no meio da face lateral do rádio Inervação: mediano Ação: Pronação e flexão do antebraço Flexor radial do carpo: Origem: epicôndilo medial Inserção: base do 2 metacarpal Inervação: mediano Ação: flete e abduz mão Palmar longo: Origem: epicôndilo medial Inserção: aponeurose palmar Inervação: mediano Ação: flete e tenciona aponeurose da mão Flexor ulnar do carpo: Origem: cabeça umeral: epicôndilo medial/ cabeça ulnar: olecrano e margem posterior da ulna Inserção: osso pisiforme, hámulo do osso hamato, base do 5 metacarpal Inervação: ulnar Ação: flete e aduz mão Flexor superficial dos dedos: Origem: cabeça Úmeroulnar: epicôndilo medial do úmero/ cabeça radial: metade superior da margem anterior do rádio Inserção: corpos das 4 falanges médias dos 4 dedos mediais Inervação: mediano Ação: flete falanges dos 4 dedos medias Flexor longo do polegar: Origem: face anterior do rádio e membrana interóssea Inserção: base da falange distal do polegar Inervação: flete polegar Ação: Interósseo anterior (mediano) Pronador quadrado: Origem: quarto distal da face anterior da ulna Inserção: quarto distal da face anterior do rádio Inervação: Interósseo anterior (mediano) Ação: Pronação do antebraço e une rádio e ulna. Flexor Profundo dos dedos: Origem: ¾ proximais das faces medial e anterior da ulna e membrana interóssea Inserção: parte medial: base das falanges distais dos 4 e 5 dedos/ parte lateral: bases faz falanges distais do 2 e 3 dedos Inervação: ulnar Ação: flete falanges Braquiorradial: Origem: 2/3 proximais da crista supraepicondilar lateral do úmero Inserção: face lateral da extremidade distal do rádio ao processo estiloide Inervação: radial Ação: flete antebraço Extensor radial longo do carpo: Origem: crista supraepicondilar lateral do úmero Inserção: face dorsal da base do 2 metacarpal Inervação: radial Ação: estende e abduz a mão Extensor radial curto do carpo: Origem: epicôndilo lateral do úmero Inserção: face dorsal da base do 3 metacarpal Inervação: ramo profundo do radial Ação: estende e abduz a mão Extensor dos dedos: Origem: epicôndilo lateral do úmero Inserção: expansão do músculo extensor do 4 dedo Inervação: ramo profundo do radial 13 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Ação: estende 4º dedo Extensor do dedo mínimo: Origem: epicôndilo lateral do úmero Inserção: expansão do músculo extensor do 5 dedo Inervação: ramo profundo do radial Ação: estende 5º dedo Extensor ulnar do carpo: Origem: epicôndilo lateral do úmero Inserção: face dorsal da base do 5 metacarpal Inervação: ramo profundo do radial Ação: estende e aduz mão Supinador: Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: face lateral, posterior e anterior do terço próxima do rádio Inervação: ramo profundo do radial Ação: Supinação do antebraço Extensor do indicador: Origem: face posterior do terço distal da ulna e membrana interóssea Inserção: expansão do músculo extensor do 2 dedo Inervação: Interósseo posterior Ação: estende 2º dedo Abdutor longo do polegar: Origem: face posterior da metade proximal da ulna, rádio e membrana interóssea Inserção: base do 1 metacarpal Inervação: Interósseo posterior Ação: abduz e estende polegar Extensor longo do polegar: Origem: face posterior do terço médio da ulna e membrana interóssea Inserção: face dorsal da base da falange distal do polegar Inervação: Interósseo posterior Ação: estende polegar Extensor curto do polegar: Origem: face posterior do terço distal do rádio e membrana interóssea Inserção: face dorsal da base da falange proximal do polegar Inervação: Interósseo posterior Ação: estende polegar 14 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Mão Abdutor curto do polegar Origem: Escafoide, trapézio e retináculo dos flexores Inserção: Falange proximal do polegar Inervação: Nervo Mediano Ação: Abdução e Flexão do Polegar Flexor curto do polegar Origem: Trapézio, trapezoide, capitato e retináculo dos flexores Inserção: Falange proximal do polegar Inervação: Nervo Mediano e Nervo ulnar Ação: Flexão da MF do Polegar Oponente do polegar Origem: Trapézio e retináculo dos flexores Inserção: 1º metacarpal Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1) Ação: Oposição (flexão + adução + pronação) Abdutor do dedo mínimo Origem: Pisiforme e tendão do músculo flexor ulnar do carpo Inserção: Falange proximal do dedo mínimo Inervação: Nervo Ulnar Ação: Abdutor do Dedo Mínimo Oponente do dedo mínimo Origem: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores Inserção: 5º metacarpal Inervação: Nervo Ulnar Ação: Oposição do Mínimo Flexor curto do dedo mínimo Origem: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores Inserção: Falange proximal do dedo mínimo Inervação: Nervo Ulnar Ação: Flexão da MF do Dedo Mínimo Lumbricais (1-4º) Origem: Tendão do músculo flexor profundo dos dedos Inserção: Tendão do músculo extensor dos dedos Inervação: Nervo Mediano e Nervo Ulnar Ação: Flexão da MF e Extensão da IFP e IFD do 2º ao 5º dedos + propriocepção dos dedos Interósseos dorsais (1-4º) Origem: Faces adjacentes de 2 ossos metacarpais (peniformes) Inserção:Base das falanges proximais, expansões extensoras do 2º ao 4º dedo 15 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Inervação: Nervo Ulnar Ação: Abdução dos Dedos (afasta os dedos) Interósseos palmares (1-3º) Origem: Faces palmares dos ossos metacarpais 2, 4 e 5 (semipeniformes) Inserção: Base das falanges proximais, expansão extensora do 2º, do 4º e do 5º dedo Inervação: Nervo Ulnar Ação: Adução dos Dedos (aproxima os dedos) Adutor do polegar Origem: 2º e 3º metacarpal e capitato Inserção: Falange proximal do polegar Inervação: Nervo Ulnar Ação: Adução do Polegar Palmar curto Origem: Aponeurose palmar Inserção: Camada profunda da derme da eminência hipotenar Inervação: Nervo Ulnar Ação: Pregas transversais na Região Hipotenar Fáscias e regiões anatômicas dos membros superiores Lâmina de tecido fibroso que envolve o músculo – conjunto de músculos Geralmente fixada ao osso e contínua Forma especializações – compartimentos Fáscias: Fáscia peitoral – fixada a clavícula e ao esterno – músculo peitoral maior 16 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Fáscia da axila – assoalho da axila – sem músculos Fáscia clavipeitoral – inferior ao da axila, entre os músculos a membrana costocoracoide é perfurada pelo nervo peitoral lateral (inerva o peitoral maior), na parte inferior ao peitoral menor o ligamento suspensor da axila sustenta a fáscia da axila, tracionando-o para cima e a pele (fossa axilar) Fáscia deltoidea – músculo que cobre a escápula e o volume do ombro, na face profunda septos penetram entre os fascículos, inferiormente é contínua com a fáscia peitoral anterior e infraespinal densa posterior – compartimentos subescapulares, supraespinais e infraespinais Fáscia supraespinal e infraespinal – densas e opacas Fáscia do braço – bainha de fáscia muscular, fixada ao epicôndilo do úmero e ao olecrano da ulna – 2 septos (intermusculares medial e lateral) estendem da fáscia profunda até o centro do corpo e das cristas supraespicondilares, dividem o braço em compartimentos fasciais anterior (flexor) e posterior (extensor) Fáscia do antebraço – compartimentos separados pela membrana interóssea (rádio + ulna), forma retináculo dos músculos extensores (ligamento carpal palmar – retém tendões anteriormente) e retináculo dos músculos flexores (ligamento carpal transverso – retém nervo mediano posteriormente) Fáscia palmar – fáscia muscular do membro superior com uma aponeurose palmar no centro, espessa, tendínea e triangular, ápice encontra o tendão do músculo palmar longo, espessamentos são as bainhas tendínea fibrosas dos dedos, ligamento metacarpal transverso superficial e cutâneos Regiões Anatômicas do Membro Superior: Sulco bicipital: o Limites: Anterior – bíceps Posterior – tríceps Lateral – úmero Medial – fáscia do braço – menor protegida o Conteúdo: Artéria braquial Nervo mediano Nervo ulnar Cutâneo medial do antebraço Espaço Interescaleno: o Limites: 17 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Anterior – músculo escaleno anterior Posterior – músculo escaleno médio Inferior – 1ª costela ou clavícula o Conteúdo: 3 troncos do plexo Artéria subclávia (passa atrás do espaço) – não pega veia subclávia (passa na frente do escaleno anterior) Canal cervicoaxilar: o Limites: Anterior – clavícula Posterior – margem superior da escápula Medial – 1ª costela o Conteúdo: Artéria axilar/ subclávia Veia axilar/ subclávia Plexo braquial (divisões dos troncos) Axilar: o Limites: Parede medial – parede torácica e Serrátil anterior Base – pele e fáscia axilar (mais fraca0 Parede anterior – peitoral maior e menor/ fáscia clavipeitoral Parede posterior – músculo subescapular, redondo maior, latíssimo do dorso Parede lateral – sulco intertubercular do úmero o Conteúdo: Artéria axilar e seus ramos Veia axilar e suas tributárias Terminações da veia cefálica 3 fascículos do plexo braquial e seus seguintes ramos colaterais Nervo peitoral medial e lateral Nervo toracodorsal Nervos subescapulares 5 grupos de linfonodos axilares Grande quantidade de gordura Fossa cubital (cotovelo) o Limites: Superior – epicôndilos medial e lateral Medial – músculos flexores do antebraço (epicôndilo medial) Lateral – músculos extensores do antebraço (epicôndilo lateral) Assoalho – músculos braquial e supinador (braço e antebraço) Teto – continuidade das fáscias, pela tela subcutânea e pela pele o Conteúdo: Veias profundas Tendão do bíceps braquial Nervo mediano Nervo radial Parte terminal da artéria braquial e início dos ramos terminais Nervo músculo cutâneo 18 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Bainhas Digitais Sinoviais: Bainha do flexor longo do polegar Bainha flexora comum Bainhas sinoviais digitais – dentro da fibrosa Espaço virtual entre os flexores: Espaço de Parona Ossos dos Membros Inferiores O esqueleto apendicular inferior é formado pelo cíngulo do membro inferior e os ossos da parte livre do membro. Cíngulo do membro superior: formado pelo sacro e pelos ossos do quadril direito e esquerdo. Os ossos da parte livre são os fêmures, patelas, tíbias, fíbulas, ossos do tarso, metatarsais e falanges proximais, médias e distais. Ossos do Quadril Formado pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis, estando o processo completo entre 20 e 25 anos. Na posição anatômica, o acetábulo está voltado em sentido inferolateral e a incisura do acetábulo voltada inferiormente. O forame obturado está situado inferomedialmente ao acetábulo. A face interna do corpo do púbis está voltada em sentido quase diretamente superior. 1. Ílio Maior parte do osso do quadril e forma a parte superior do acetábulo. 2. Ísquio Forma a parte posteroinferior do osso do quadril. 3. Púbis Forma a parte anteromedial do osso do quadril. Fêmur 19 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence É o osso mais longo e mais pesado do corpo, sendo que seu comprimento corresponde a cerca de 25% da altura de uma pessoa. Tíbia Está na face anteromedial da perna. Segundo maior osso do corpo. Fíbula Está localizada posterolateralmente à tíbia, estando fixada à ela pela sindesmose tibiofibular. Não se articula com o fêmur, portanto, não sustenta e nem transfere o peso do corpo. Ela é local de fixação muscular. Ossos do Pé São eles os tarsais, metatarsais e falanges. Tarso É formado por sete ossos: Tálus, Calcâneo, Navicular, Cuboide, Cuneiformes Medial, Intermédio e Lateral. Articulações dos Membros Inferiores Classificação das Articulações: 1) Fibrosas a. Suturas b. Sindesmose 2) Cartilaginosas a. Sínfises b. Sincondroses 3) Sinoviais a. Esferoides b. Planas c. Selares d. Gínglimos e. Condilares f. Trocoides Sínfise púbica: Faces Articulares: Corpos dos púbis Movimentos: 20 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Pequenos movimentos de ajuste Ligamentos (formam o ângulo subpúbico – arco) Ligamento púbico inferior – arco (ou arqueado) Ligamento púbico superior Disco interpúbico fibrocartilagíneo – mais largo em mulheres Articulação Sacroilíaca Composta, forte, sustenta o peso Faces articulares: Face/superfície auricular ilíaca e sacral Movimentos: Nutação – inclina para frete Contranutação Ligamentos (inseridos na tuberosidade ilíaca e sacral) Cápsula espessa – sustenta o peso – parte superior do esqueleto axial para os 2 ílios do esqueleto apendicular o Sacroilíaco anterior o Sacroilíaco posterior o Sacroilíaco interósseo – entre tuberosidade ilíaca e sacral, grosso e forte, 90% do peso Extracapsular – forameisquiático maior (N. isquiático) e menor – evita que tronco caia para frente, na gravidez aumenta mobilidade pelo embebimento o Íliolombar – processo transverso L4 e crista ilíaca o Sacrotuberal – tuberosidade isquiática e sacro o Sacroespinal – sacro e espinha isquiática Articulação Coxofemoral (ou do Quadril) Esferoide Faces articulares: Face semilunar Cabeça do fêmur Cápsula articular – ligamento articular Parte de trás mais fraca e pode arrebentar o nervo isquiático Movimentos: Flexão Extensão Abdução Adução Rotação lateral Rotação medial Ligamentos – puxam cabeça do fêmur medialmente ao acetábulo Capsulares: o Íliofemoral – espinha ilíaca anteroinferior e limbo do acetábulo à linha intertrocantérica – em Y ou Bigelaw o Pubofemoral – crista obturatória do púbis à camada fibrosa da cápsula articular 21 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence o Ísquiofemoral – parte isquiática do limbo do acetábulo – começa atrás e roda até colo do fêmur – mais fraca porque não insere atrás do fêmur o Zonaorbicular – circular no colo do fêmur – embaixo do isquiofemoral Intraarticular: o Ligamento transverso do acetábulo – mais profundo, formação do forame do acetábulo, continuação do lábio – transpõe a incisura do acetábulo o Ligamento redondo ou cabeça do fêmur – conduz vasos, na fossa perto da incisura, ramo da artéria que vasculariza cabeça do fêmur Lábio acetabular – circunda acetábulo Bolsa sinovial iliopectínea – entre músculo Iliopsoas Articulação do Joelho A articulação que mais adoece Fíbula não entra Mais superficial Faces articulares: Face articular da patela Côndilos do fêmur (dir/esq) Côndilos da tíbia (dir/esq) Fora – fibrosa Dentro – membrana sinovial (dobra – prega sinovial infrapatelar – embaixo da patela) Ligamentos: Retináculo lateral e medial da patela – capsular Patelar – mesmo tendão do quadríceps femoral – patela à tuberosidade da tíbia Poplíteo oblíquo – reforça parte de trás Poplíteo arqueado - reforça parte de trás Colateral Fibular – extracapsular – ligado à fíbula Colateral Tibial – extracapsular – ligado à tíbia Ligamento cruzado anterior Ligamento cruzado posterior Transverso do joelho – entre 2 meniscos anteriormente – intrarticular Menisco femoral posterior Menisco femoral anterior – intrarticular – variação anatômica Menisco medial (C) – largo posteriormente, mais semilunar – ocorre muitas luxações Menisco lateral (mais redondo – O) – circular, menor, maior mobilidade Bolsas sinoviais: Subcutânea infrapatelar – inflama mais (ajoelhar por muito tempo) Infrapatelar profunda – inflama mais (ajoelhar por muito tempo) Pré-patelar subctânea – inflama mais (ajoelhar por muito tempo) Suprapatelar – comunica com cavidade do joelho – artrite (bursite) 22 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Articulações tibiofibulares Distais Fibrosa – sem movimento Mantém tíbia e fíbula Sindesmose tibiofibular distal Ligamento tibiofibular anterior e posterior – Interósseo Articulação Talocrural (ou do Tornozelo) Sinovial tipo gínglimo Faces articulares: Extremidades distais da tíbia (maléolo medial e face articular inferior da tíbia) e da fíbula (maléolo lateral) Tróclea inferior do tálus Movimentos: Dorso flexão Flxão plantar (ficar na ponta dos dedos – mais importante) Participa da inversão da planta e Eversão do pé – articulação intertarsais Ligamentos: Deltoide – mais forte e medial maior – dificulta movimento lateral do pé – dividido entre ossos (tibiocalcâneo (4), tibiotalar (tibionavicular) anterior/posterior – ligamento medial Calcaneofibular – lateral – mais fraco – estira pé quando torce para dentro Talofibular anterior – lateral Talofibular posterior Articulações intertarsais Talocalcâneonavicular + calcaneocubóide = articulação transversa do tarso – dividem o pé em 2 (área de amputação) Ligamentos: o Dorso: calcâneonavicular e calcâneocuboide – ligamento bifurcado o Planta: calcâneonavicular plantar (espiral/spring) e calcâneocuboide plantar (plantar curto) Talocalcânea + talocalcâneanavicular = articulação subtalar Ligamentos: o Talocalcâneo medial, posterior, lateral e Interósseo 23 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Ligamento de todas as articulações intertarsais: Ligamento plantar longo – forma arco plantar Articulações Interfalângicas Ligamentos: Ligamentos colaterais Ligamentos plantares – lâmina Região Glútea É a área proeminente posterior à pelve e inferior ao nível das cristas ilíacas, que se estende lateralmente até a margem anterior do trocanter maior. Os músculos da região glútea localizam-se em um mesmo compartimento, mas são organizados em duas camadas, superficial e profunda: Camada superficial: consiste nos três glúteos máximo, médio e mínimo superpostos e tensor da fáscia lata. Todos eles se originam na face posterolateral (externa) e as margens das asas do ílio. Costumam ser extensores, abdutores e rotadores mediais da coxa. MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO INFORMAÇÃO EXTRA Glúteo Máximo Face glútea da asa do ílio, entre as linhas glúteas anterior e inferior, na face posterior do sacro, do cóccix e do ligamento sacrotuberal Tuberosidade glútea e trato iliotibial, que se insere no côndilo lateral da tíbia N. Glúteo Inferior Extensão e rotação lateral da coxa Extensão do tronco (quando fixo na região distal) Mais superficial. Músculo maior, mais pesado e com fibras mais grossas do corpo. O nervo e os vasos glúteos inferiores entram na face profunda do músculo glúteo máximo em seu centro Atua principalmente quando há necessidade de força, como em movimento rápido ou contra a resistência Não é muito importante na marcha casual ou ao permanecer de pé imóvel Algumas bolsas separam o músculo das estruturas adjacentes, sendo elas: Bolsa trocantérica: separa fibras musculares do trocanter maior; Bolsa isquiática: separa fibras musuclares do túber isquiático (muitas vezes está ausente); Bolsa Intermuscular do músculo Glúteo: separa o trato iliotibial da parte superior da fixação proximal do M. Vasto Lateral. Glúteo Médio Face glútea do ílio, entre as linhas glúteas posterior e anterior Face lateral do trocanter maior do fêmur N. Glúteo superior Abdução e rotação medial da coxa Glúteo Mínimo Face glútea do ílio, entre as linhas glúteas inferior e anterior Face anterior do trocanter maior do fêmur N. Glúteo Superior Abdução e rotação medial da coxa 24 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Tensor da Fáscia Lata Espinha ilíaca anterossuperior; parte anterior da crista ilíaca Trato iliotibial, que fixa-se no côndilo lateral da tíbia N. Glúteo Superior Flexão da coxa Abdução e rotação medial da coxa Tensiona a fáscia lata e o trato iliotibial Para promover flexão da coxa, atua em conjunto com os M. Iliopsoas e Reto Femoral Atua como sinergista na abdução da coxa por ser muito anterior Como o trato iliotibial está fixado ao fêmur pelo septo intermuscular lateral, o músculo tensor da fáscia lata movimenta pouco, ou não movimenta, a perna Camada profunda: consiste nos músculos piriforme, obturador interno, gêmeos superior e inferior e quadrado femoral. Suas inserções ocorrem na crista intertrocantérica do fêmur ou regiões adjacentes a ela. São rotadores laterais da coxa, além de estabilizarem a articulação do quadril. MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO INFORMAÇÃO EXTRA Piriforme Face pélvica do sacro e ligamento sacrotuberal Margem superior do trocanter maior do fêmur Ramo do tronco lombossacral Rotação lateral e abdução da coxa É o pontode referência da região glútea, sendo que os vasos e nervo glúteos superiores emergem superiormente a ele; enquanto os vasos e nervo glúteos inferiores emergem inferiormente a ele Obturador Interno Margem interna do forame obturado e da membrana obturadora Face medial do trocanter maior do fêmur N. para o M. obturador interno (ramo do tronco lombossacral) Rotação lateral e abdução da coxa Forma o Tríceps do Quadril A bolsa isquiática do músculo obturador interno permite livre movimento do músculo sobre a margem posterior do ísquio, onde forma a incisura isquiática menor e a tróclea sobre a qual o tendão desliza Gêmeo Superior espinha isquiática Face medial do trocanter maior do fêmur N. para o M. obturador interno (ramo do tronco lombossacral) Rotação lateral da coxa Forma o Tríceps do Quadril Gêmeo Inferior Túber isquiático Face medial do trocanter maior do fêmur N. para o quadrado femoral Rotação lateral da coxa Forma o Tríceps do Quadril Quadrado Femoral Túber isquiático Tubérculo quadrado na crista intertrocantérica do fêmur e na área inferior a ele N. para o quadrado femoral Rotação lateral e adução da coxa Forte rotador lateral da coxa Está inferior aos músculos Obturador Interno e Gêmeos Obturador Externo Margem externa do forame obturado e da membrana obturadora Fossa trocantérica N. Obturatório Rotação lateral e adução da coxa Também pode ser considerado como músculo medial da coxa Coxa Compartimento Anterior / Extensor Esse compartimento contém os músculos anteriores da coxa, flexores do quadril e extensores do joelho. Geralmente são inervados pelo nervo Femoral. Músculo Origem Inserção Inervação Ação Informação Extra 25 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Sartório Espinha ilíaca ântero-superior Parte superior da borda medial da tuberosidade da tíbia N. Femoral Flexão e rotação medial da perna, flexão, abdução (fracamente) e rotação lateral da coxa Está em posição superficial no compartimento anterior. É o músculo mais longo do corpo. Nenhuma das suas ações é forte, portanto, é principalmente um sinergista Iliopsoas (Ilíaco + Psoas Maior) Processos transversos, corpos e discos intervertebrais das vértebras lombares e fossa ilíaca e asa do sacro Trocanter menor do fêmur Parte ilíaca: n femoral Parte psoas: ramos do plexo lombar Flexão e rotação lateral da coxa e flete o tronco Principal flexor da coxa. Formado pelo Músculo Ilíaco (parte lateral larga) e pelo Músculo Psoas Maior (parte medial longa) Único músculo fixado à coluna vertebral, à pelve e ao fêmur. Músculo postural, ativo durante a postura de pé, mantendo a lordose lombar normal e resistindo à hiperextensão da articulação do quadril. Reto Femoral * Espinha ilíaca ântero-inferior e contorno póstero- superior do acetábulo Base da patela e tuberosidade da tíbia N. Femoral Extensão da perna e flexão da coxa Desce reto na coxa. É a única parte do M. quadríceps femoral que cruza a articulação do quadril. A perda de função do músculo reto femoral pode reduz em até 17% a força de flexão da coxa Vasto Medial * Linha intertrocantérica e lábio medial da linha áspera Base da patela e tuberosidade da tíbia N. Femoral Extensão da perna Vasto Intermédio * Faces anterior e lateral do corpo do fêmur Base da patela e tuberosidade da tíbia N. Femoral Extensão da perna Situa-se profundamente ao músculo reto femoral Vasto Lateral * Face anterior do trocanter maior e lábio lateral da linha áspera Base da patela e tuberosidade da tíbia N. Femoral Extensão da perna Maior componente do músculo quadríceps femoral Pectíneo Linha pectínea do ramo superior do púbis Linha pectínea do fêmur Ramo anterior do nervo obsturatório Flexão e adução da coxa Músculo de transição entre os compartimentos anterior e medial Articular do Joelho Região mais inferior da face anterior do fêmur Membrana sinovial do joelho e na bolsa suprapatelar N. Femoral Traciona superiormente a membrana sinovial, evitando a pincação das pregas das membranas entre patela e fêmur na extensão da perna É derivado do M. vasto intermédio. * Esses quatro músculos compõem o Músculo Quadríceps Femoral. Quadríceps Femoral: é o grande extensor da perna. Os tendões das quatro partes do músculo quadríceps femoral unem-se na parte distal da coxa para formar um tendão único, forte e largo. O Ligamento da Patela, fixada à tuberosidade da tíbia, é a continuação do tendão domúsculo quadríceps femoral. Compartimento Medial / Adutor MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO INFORMAÇÃO EXTRA 26 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence Grácil Corpo e ramo inferior do púbis Parte superior da face medial do corpo da tíbia Ramo anterior do nervo Obturatório Adução da coxa e flexão e rotação medial da perna É o mais medial na coxa. Mais superficial do grupo e mais fraco. Único do grupo a cruzar duas articulações. Une-se ao M. Sartório e M. Semitendíneo, com os quais tem uma inserção tendínea comum, a pata de ganso. Adutor Longo Corpo do púbis Lábio medial da linha áspera do fêmur Ramo anterior do nervo obturatório Adução da coxa Mais anterior do grupo. Adutor Curto Corpo e ramo inferior do púbis Parte mais alta da linha áspera do fêmur, atingindo a linha pectínea Ramos do nervo obturatório Adução da coxa e flexão da coxa (fracamente) Adutor Magno Porção adutora: ramo inferior do púbis e ramo do ísquio Porção extensora: túber isquiático Porção adutora: linha áspera do fêmur, atingindo a linha supracondilar do fêmur Porção extensora: linha supracondilar medial e tubérculo adutor Porção adutora: ramo posterior do n. Obturatório Porção extensora: porção tibial do n. Isquiático Porção adutora: adução da coxa Porção extensora: extensão da coxa Maior, mais forte e posterior no grupo adutor Compartimento Posterior / Extensores do quadril e Flexores do joelho Esses músculos são conhecidos como isquiossurais ou do jarrete. A nomenclatura isquiotibiais não é a mais adequada, uma vez que o bíceps femoral se insere na fíbula. MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO INFORMAÇÃO EXTRA Bíceps Femoral Cabeça longa: túber isquiático Cabeça curta: linha áspera e linha supracondilar lateral do fêmur Superfície lateral da cabeça da fíbula Cabeça longa: “Porção tibial” do n. isquiático (L5, S1 e S2) Cabeça curta: porção fibular do n. isquiático Flexão da perna e extensão da coxa + rotação lateral da perna Tem duas cabeças: uma cabeça longa e uma cabeça curta. Semitendíneo Túber isquiático Região posterior do côndilo medial da tíbia “Porção tibial” do n. isquiático (L5, S1 e S2) Flexão da perna e extensão da coxa. Pode fazer rotação medial da perna Sua metade é tendínea. o fixa-se à face medial da parte superior da tíbia como parte da pata de ganso em conjunto com as 27 Anatomia Médica I – Débora Lobato e Luísa Florence quando o joelho está fletido inserções tendíneas dos músculos sartório e grácil. Semimembranáceo Túber isquiático Parte superior da face medial da tíbia “Porção tibial” do n. isquiático (L5, S1 e S2) Flexão da perna e extensão da coxa
Compartilhar