Trabalho de Direito Empresarial (1)

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Direito Empresarial
Discente: Wysner Crispim da Silva
Faculdade de Direito e Relações Internacionais - FADIRI
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1) Estabelecimento Empresarial e Nome Empresarial:
Estabelecimento empresarial é entendido como o conjunto de bens materiais e
imateriais, qualificando o lugar físico de determinado negócio, popularmente
conhecido como ponto comercial, sendo pessoa física ou jurídica, ou seja, se
caracteriza pelo ambiente que ocupa e o nome fantasia que possui. O estabelecimento
não engloba contratos, dívidas, créditos.
O nome empresarial identifica o nome escolhido para o exercício da atividade
empresarial, define-se por aquele que representa e possui proteção no registro
jurídico. Além disso, há casos onde o nome empresarial e o nome fantasia são os
mesmos, não pode ser cedido e vendido, além de ser imprescritível.
Deve obedecer dois princípios, o da autenticidade e da novidade, a veracidade
exige que o nome empresarial não pode conter informações falsas, já a novidade
indica que não é possível existir dois nomes empresariais idênticos ou parecidos numa
unidade federativa.
2) Propriedade Industrial:
A lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996 regulamenta os direitos e obrigações
relativos à propriedade industrial, tem como finalidade resguardar a exclusividade dos
bens materiais e imateriais, e produções realizadas por uma empresa ou pessoa, com
exclusividade. Concede o direito de licenciar, para que outras entidades possam
replicar com o seu consentimento, obtendo uma parcial dos lucros, denominada
royalties.
Esses bens protegidos pela lei de propriedade industrial são classificados em:
invenção, modelo de utilidade, desenho industrial e marca, com a finalidade de
explorar o bem desenvolvido possibilitando que a criação tenha valor, além de
protegidos e registrados no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). A
distinção e o alcance da proteção jurídica são empregados levando em conta suas
peculiaridades individuais e definições.
3) Transformação, incorporação e cisão de sociedades empresárias:
São denominadas operações societárias toda a modificação estrutural,
composicional e no tipo da empresa.
Há vários motivos para que uma operação societária aconteça. A fusão se
caracteriza pela união de duas sociedades, formando uma nova, essas sociedades que
foram unidas deixam de existir, perdendo seu CNPJ e migrando seus ativos e passivos
para essa nova empresa, tendo todos os direitos e obrigações absorvidas por essa. No
que tange os funcionários, há apenas uma alteração no contrato de trabalho, não
havendo prejuízo em seus direitos trabalhistas adquiridos. A fusão se encontra no Art.
1119 do Código Civil, expondo o conceito que dirige essa operação.
A incorporação, diferente da fusão, absorve uma nova empresa, “engolindo” a
incorporada, essa incorporadora se torna maior, deixando de existir a outra parte, que
transfere os direitos e obrigações a essa que continua existindo, havendo no caso dos
trabalhadores a mesma continuidade e seguridade atribuída na fusão. Ademais, nessa
operação uma das partes deixa de existir, assumindo todas as obrigações da sociedade
incorporada. Essa operação está tipificada no Código Civil sob o art. 1116 e na lei de
sociedade anônima no art. 207.
A distinção entre fusão e incorporação está na forma de continuidade das empresas,
na fusão apenas uma deixa de existir, sendo absorvida por uma das partes, na
incorporação, as duas partes se unem, tornando-se uma nova empresa e excluindo a
existência das demais.
E quanto à cisão, a divisão da sociedade em duas ou mais sociedades, nessa
operação pode ocorrer de forma total ou parcial. Na cisão total, a sociedade existente
acabará, encerrará suas atividades e se dividirá em novas sociedades ou transfere para
sociedades que já existem. No caso da cisão parcial, a sociedade que já existe se
dividirá, diminuindo seu tamanho, mas permanecendo ativa, levando, esse novo
pedaço, direitos e obrigações.