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Exercício de Fixação 2 - IED

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UNIVERSIDADE DO DISTRITO FEDERAL
BACHARELADO EM DIREITO
ANDRESSA MEIRELES 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 2
Introdução ao Estudo do Direito
BRASÍLIA
2021
CASO 1 Tema: Mecanismos de controle social – moral e direito 
Y é garota de programa e costuma “fazer ponto” na rua Eliseu de Brito, em frente ao edifício de número 10. Marcos, residente do nesse edifício, acredita ser imoral o que ali se passa, pois, a moça, embora vestida normalmente, desempenha atividade contrária aos bons costumes da vizinhança. Comunicada à delegacia policial mais próxima, determinou o delegado que a moça fosse retirada imediatamente do local, mantendo-a presa, em seguida, por 48 horas. Liberada, Y noticiou ao Ministério Púbico o cometimento de crime de abuso de poder por parte do delegado. Alegou que a atividade por ela desempenhada, embora imoral para alguns, não é ilegal, por inexistir qualquer regra jurídica neste sentido. 
a) Dentro dos padrões médios de moralidade, a atividade desempenhada por Y é reprovável? Em caso positivo, há sanção moral que se possa impor a Y por sua conduta? Juridicamente, a atividade de Y é reprovável? Há sanção no plano jurídico para Y em razão de sua conduta? Há, no caso, identidade entre a regra jurídica e a regra moral? Justifique todas as respostas.
Resposta: Sob ótica moral, a atividade desempenhada por Y é reprovável, todavia não há de se falar em sanção moral imposta a Y por sua conduta, posto que a moral corresponde à noção de bem particular a cada consciência, constituindo um conjunto predominante de princípios e de critérios que, em cada sociedade e em cada época, orienta a conduta dos indivíduos, mas não é coercitiva. No entanto, se olharmos pelo aspecto do controle social vemos que o que pode haver é uma discriminação e exclusão por parte daqueles que acreditam ser algo imoral. 
Juridicamente, a atividade de Y não é reprovável e não há sanção a ser imposta, uma vez que a ação não é criminosa. É importante salientar que em 2002, a prostituição no Brasil se tornou uma ocupação profissional lítica reconhecida pelo Ministério do Trabalho, desde que praticada por adultos, sendo então os trabalhadores formalmente conhecidos como profissionais do sexo. 
No caso não há identidade entre a regra jurídica e a regra moral, pois no âmbito jurídico tal atividade não é vista como reprovável, já na perspectiva moral, a prostituição é vista por muitos como uma atitude promíscua.
b) A atitude do delegado é juridicamente reprovável? Em caso positivo, qual a sanção a que ele deve se submeter? É moralmente aceitável que uma autoridade prive alguém de sua liberdade sem motivo para tanto? Em caso negativo, qual a sanção moral para o delegado? Nesta hipótese, há identidade entre a regra jurídica e a regra moral? Justifique as respostas.
Resposta: Atitude do delegado é juridicamente reprovável e deve ser submetido a sanção penal, administrativa e civil, a exemplos da Lei de Abuso de Autoridade juntamente e da Responsabilidade Civil do Estado, pois a prisão realizada pelo delegado foi é ilegal, visto que Y não cometeu nenhum crime e mesmo assim foi presa. 
A conduta do delegado é vista como imoral, dado que não é aceitável sob vista da sociedade que um agente da lei haja de forma contraria a norma. E apesar de não haver coercitividade da moral falando em sanção moral, a sociedade pode olhar para este individuo com olhar de desconfiança e desaprovação por suas atitudes. 
No caso há identidade entre a regra jurídica e a regra moral, pois tanto no âmbito jurídico como na perspectiva moral tal atividade é vista como reprovável e sancionável, já que o delegado deveria agir de acordo com a lei e não em desacordo com ela. 
c) O direito pode ser inspirado na moral?
Resposta: Sim. Há diversas teorias que correlacionam o Direito e a Moral, e demonstram essa inspiração do Direito na Moral como: A teoria do mínimo ético e A teoria dos círculos concêntricos. 
Desenvolvida por Jellinek, a teoria do mínimo ético consiste na ideia de que o Direito representa o mínimo de preceitos morais necessários ao bem-estar da coletividade. Para o jurista alemão toda sociedade converte em Direito os axiomas morais estritamente essenciais à garantia e preservação de suas instituições. A prevalecer essa concepção o Direito estaria implantado, por inteiro, nos domínios da Moral, configurando, assim, a hipótese dos círculos concêntricos.
Um exemplo prático é a descriminalização do crime adultério, dado que hoje a infração e penalidade se mostram desproporcionais, e não vistas pela sociedade como algo que deva ser tratado como pena privativa de liberdade.
d) Diferencie direito de moral. 
Resposta: O Direito é bilateral, ou seja, ele atribui direitos e impõe obrigações, enquanto a moral é unilateral, ou seja, impõe somente deveres. O Direito se ocuparia apenas dos aspectos exteriores do comportamento social (forum externum = foro externo), sem se preocupar com os elementos subjetivos da conduta, ficando, assim, alheio aos problemas da consciência. A Moral, por outro lado, não se satisfaz apenas com a boa intenção, pois exige a prática do bem, se destina influenciar diretamente a consciência do indivíduo, de forma a evitar que as condutas incorretas sejam externalizadas. Na moral a adesão às regras se dá de forma autônoma, o indivíduo decide aceitar ou não determinadas regras. Já com o Direito não há essa possibilidade, pois o indivíduo se submete a um sistema coercitivo, o indivíduo deverá obedecer às normas sob pena a imposição de uma penalidade que será certamente exercida pela força estatal. Já a moral não possui essa característica, pois não há instrumentos punitivos para aqueles que não observam as suas regras.
CASO 2 Tema: Fontes materiais e fontes formais do direito.
Em razão da massificação da produção e do consumo, as grandes empresas perderam, com o passar dos anos, a capacidade de negociar com seus clientes de forma personalizada. A partir deste momento, surgiu o que hoje denominamos “contrato de adesão”, instrumento cujas cláusulas são pré-definidas: o cliente, simplesmente, adere ao negócio que lhe é proposto. São os contratos referentes a cartões de crédito, planos de saúde e tantos outros itens. A sociedade brasileira vinha notando o abuso das empresas ao incluírem cláusulas em seus contratos que prejudicavam os consumidores. Foi a partir de então que a Assembleia Nacional Constituinte incluiu, na Constituição de 1988, um dispositivo que determinava ao Estado promover a proteção do consumidor, do que resultou, posteriormente, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor. 
a) Com base no acima descrito, indique, justificadamente, a fonte formal e a fonte material do direito do consumidor vigentes hoje no Brasil. 
Resposta: A fonte material presente no direito consumidor, com base no texto, consiste na negociação empresa-cliente, e os repetidos casos de cláusulas abusivas, que pode ser mensurado como um aspecto cultural brasileiro, de tentar tirar proveito/vantagem para sua parte sem pensar na outra parte que condicionam a criação jurídica, dos quais ela resulta nas fontes formais, que nesse contexto, é a legislação vigente: Constituição Federal, Código de Proteção e Defesa do Consumidor, e a movimentação da Assembleia Constituinte como fonte formal amplíssima. 
CASO 3 Tema: Conceitos de Justiça. 
Leia o texto abaixo com atenção.
João Baptista Herkenhoff 
O que é Justiça? 
Primeiro dia de aula. Eram todos calouros do Curso de Direito. Logo depois da chamada, o jovem inquieto, antes mesmo que eu me apresentasse como professor, lança a pergunta:
 - "Professor, que é Justiça?". 
No semblante do jovem, percebi que havia mais do que uma dúvida intelectual. Ele me colocava uma questão existencial. Questões existenciais angustiam a alma humana, não esperam o momento de se expressarem, não respeitam o plano de aula que o professor tivesse preparado. 
- "Você me propõe uma questão polêmica". Foi como iniciei a resposta, enquanto tomava fôlego. 
Segundo o ensino clássico, a Justiça explicita-se de três maneiras fundamentais:como Justiça comutativa; como Justiça distributiva; como Justiça geral, social ou legal.
A Justiça comutativa exige que cada pessoa dê a outra o que lhe é devido. A Justiça distributiva manda que a sociedade dê a cada particular o bem que lhe é devido. A Justiça geral, social ou legal determina que as partes da sociedade dêem à comunidade o bem que lhe é devido.
"Entendi tudo, Professor. Mas queria um conceito mais concreto. É o primeiro dia de aula. Estamos perplexos diante do Curso que vamos fazer".
Lembrei-me, então, de Jesus Cristo, que ensinava por meio de parábolas. E lhes contei um caso.
Era uma vez uma viúva cujo marido foi morto, num acidente de trânsito, por um veículo do Estado. O senhor atravessava a rua, atentamente, aproveitando o sinal verde. O carro, em velocidade, não respeitou o sinal. Chocou-se com o homem e arremessou seu corpo a metros de distância. 
A viúva, que tinha seis filhos menores, ingressou com uma ação contra o Estado do Espírito Santo, por meio da Defensoria Pública. 
Ação muito bem instruída e conduzida, a viúva obteve do juiz sentença favorável, que condenou o Estado a reparar o dano, pensionando a viúva e também os filhos, estes enquanto durasse a menoridade.
Os processos, na Justiça, não andam rapidamente. Enquanto aguardava o desfecho do caso, a viúva, com seus filhos, estava passando duras privações.
Mesmo dada a sentença pelo juiz, a mesma não seria executada de pronto. Manda a lei que, nas sentenças contra o Estado, o juiz submeta, obrigatoriamente, o caso ao duplo grau de jurisdição. Dizendo em outras palavras: quando o juiz decide uma questão contra o Estado é obrigado a mandar o processo para o Tribunal, a fim de que a matéria seja reexaminada.
No Tribunal o processo demora mais algum tempo, até que os autos retornem ao juiz. E, às vezes, demora tempo demais.
Era Procurador do Estado, no processo, o Doutor Hélio Charpinel Goulart, hoje falecido. 
Vendo a situação da viúva e das crianças, bem próxima da miséria, o Procurador requereu ao juiz que, naquele caso, deixasse de mandar o processo para o Tribunal e ordenasse a execução imediata do julgado. Estando ciente de que descumpria a literalidade da lei, o Procurador requereu ao juiz que oficiasse ao Procurador Geral do Estado, dando conta ao mesmo do procedimento dele, Hélio Goulart. Se o Procurador Geral entendesse que seria merecido aplicar-lhe uma punição, o Procurador disse que aceitaria, de bom grado, a punição. Preferia ser punido a afrontar sua consciência e retardar ainda mais a prestação de Justiça, de que a viúva e os filhos menores eram credores. Disse mais o Procurador. Há um valor em jogo, que é mais importante do que cumprir cegamente o princípio do recurso obrigatório, nas sentenças contra o Estado. O Estado, mais que o particular, tem o dever de ser justo, de socorrer o fraco, de prevenir a indigência. Esse dever do Estado é uma imposição da Constituição Federal, na forma do que preceitua o inciso III do artigo 1º. 
Atendendo o que pediu o Procurador, o juiz submeteu o procedimento dele, Procurador, ao crivo dos superiores hierárquicos. E o próprio juiz assumiu também a responsabilidade por aquela quebra da "literalidade legal" pois lhe cabia também determinar a subida dos autos para a instância superior.
Na Procuradoria Geral do Estado, o caso gerou polêmica. Mas afinal decidiu o Procurador Geral que a hipótese em exame era uma exceção. O Procurador não merecia punição. Pugnara pela Justiça e Justiça deveria ser feita à viúva e aos órfãos.
Depois de contar a história, dirigi-me ao jovem aluno que, a esta altura, já estava de cabelo arrepiado e de olhos estatelados:
"Isto, meu caro aluno, é Justiça. É a Justiça do caso concreto. É a realização da Justiça distributiva, a que me referi, antes de contar esta história".
E o menino se deu por satisfeito, nada mais me sendo perguntado. 
Fonte: http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/herkenhoff/textos1/oq_justica.htm
Após a Leitura do texto, dê um exemplo de Justiça distributiva, um exemplo de justiça comutativa e um exemplo de justiça social, de acordo com as suas vivências e experiências do cotidiano.
Resposta: Um bom exemplo de Justiça Distributiva é a Carga tributária, esta que distribui de maneira equitativa as vantagens e os encargos de forma a custear a máquina pública, levando em consideração a faixa de renda de cada pessoa para definir a alíquota a ser paga, sendo distribuído os benefícios para todos da sociedade, mas principalmente a aqueles que mais necessitam.
A venda de um imóvel, é exemplo de Justiça Comutativa, visto que há uma troca entre os indivíduos (dinheiro por imóvel), fazendo uma equivalência do que seria justo nessa troca com base na necessidade (quantia do dinheiro que equivale ao valor do imóvel ofertado). 
O Programa Bolsa-Família, é exemplo de Justiça Social, pois tenta amenizar os efeitos da desigualdade econômica no país através de um auxílio financeiro de transferência de renda para famílias mais pobres.
BIBLIOGRAFIA
https://jus.com.br/artigos/54025/a-descriminalizacao-das-infracoes-penais-processadas-mediante-acao-penal-privada
https://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6473
https://jus.com.br/artigos/49203/fontes-materiais-do-direito
Livro utilizado: Introdução ao Estudo do Direito – Paulo Nader

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