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Apostila de Contabilidade

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Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE CONTABILIDADE 
Curso: Gestão da Qualidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. Especialista - NELÂNIA FERREIRA 
LOPES; Contadora, Pós-Graduada em Auditoria 
Contábil Financeira e Tributária e Gestão de Custos. 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
2 
 
1. HISTORIA DA CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade é uma das ciências mais antigas estudadas pelo homem e sempre foi 
utilizada como instrumento de aplicação prática. Como toda ciência, a Contabilidade 
também recebeu uma série de influências de estudiosos, cientistas e pesquisadores. 
Pela Escola Patrimonialista (1926) definem que a Contabilidade tem por objeto o patrimônio 
das Entidades e na qualidade de uma ciência visa o estudo de vários fatores que venham a 
afetar as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das pessoas físicas ou jurídicas, 
sejam empresas privadas, entidades sem fins lucrativos, entidades filantrópicas, empresas 
públicas, como o Estado, Municípios, União, Autarquias, etc. 
A Contabilidade tem como finalidade, mostrar a situação da empresa para as pessoas 
interessadas nestas informações. Essas pessoas estão ligadas diretamente ou indiretamente à 
empresa; Como pessoas diretamente ligadas a essas informações, os sócios, acionistas e 
proprietários, que buscam saber qual a rentabilidade e segurança em seus investimentos, 
dentro da empresa, e os administradores, diretores e executivos que são as pessoas 
responsáveis pelas tomadas de decisões, pois assim podem colher informações que possam 
ajudar. Já as pessoas que estão ligadas indiretamente às empresas, as instituições financeiras, 
Governo, autarquias, etc. que buscam colher informações necessárias para a verificação das 
condições em que a determinada empresa se encontra. 
Não são somente as pessoas jurídicas que usufruem da Contabilidade, a pessoas físicas, 
através de conhecimentos básicos, podem ter um controle e um bom equilíbrio nos 
orçamentos domésticos. Contudo, no Brasil atual, o profissional contábil está em alta no 
mercado de trabalho; O mais importante para competir nesse mercado é estar sempre 
atualizado e ser um profissional generalista, além de ter um foco nesta área do conhecimento 
que é muito ampla. Podemos contar com vários profissionais qualificados e com alto nível 
de conhecimento, sendo considerado em média, um dos melhores profissionais liberais. O 
crescimento do profissional se dá à obrigação das empresas buscar um melhor planejamento 
e controle no seu processo de adequar-se no mercado que hoje está muito concorrido. 
 
Os primeiros sinais objetivos da existência da contabilidade, segundo alguns pesquisadores, 
foram observados por volta do ano 4.000 a.C, na civilização Sumério-Babilonense e 
coincidiu com a invenção da escrita. 
As primeiras anotações eram feitas em termos físicos, pois somente haviam trocas, o que fez 
com que sua evolução fosse bastante lenta. Em 1.100 a C, este quadro se alterou, por ocasião 
do surgimento da moeda. 
Há informações que os primeiros rudimentos de Balanço surgiram no ano de 1.300 em 
Florença, Itália. Entre os séculos XIII e XVII a contabilidade se distinguiu como uma 
disciplina adulta, justamente pelo fato de que neste período as atividades mercantis, 
econômicas e culturais eram muito importantes, ou seja, a evolução da contabilidade sempre 
esteve associada ao desenvolvimento da sociedade como um todo. Esse fato tem feito que 
mais recentemente venha sendo considerada como pertencente ao ramo da ciência social. 
A intensidade das atividades mercantis, econômicas e culturais, determinou o surgimento e 
domínio das escolas de contabilidade, notadamente na Itália. Conforme o homem enriquecia, 
crescia a necessidade de controle e preservação dos bens, e assim, deu início à história da 
contabilidade, que se divide em quatro períodos: 
• Antigo: início com a civilização do homem até 1202 da era cristã, quando foi publicado o 
“Líber Abaci” de Leonardo Pisano. Nesta época, o controle era realizado de forma 
rudimentar, mas servia para a identificação dos rebanhos, que eram feitos através de pedras 
colocadas em recipientes para separar os nascimentos dos animais, separar pagamentos de 
dívidas, entre outros motivos. Existiam também as fichas de barro, onde eram feitos os 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
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registros do Inventário, a contagem dos bens, o controle de “entradas” e “saídas” dos 
animais, de produtos agrícolas, etc., separados conforme sua natureza. 
• Medieval: início em 1202 da era cristã até 1494, quando foi publicado no mesmo ano da 
obra “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei 
Luca Pacioli. Ela contribuiu para que a contabilidade entrasse no ramo do conhecimento 
humano e seu enfoque principal seria sobre o débito e crédito e respectivos números 
positivos e negativos. Este período foi marcado por muitas mudanças. Estudavam técnicas 
matemáticas, medidas e pesos entre outros e o desenvolvimento financeiro e comercial do 
homem. 
• Moderno: início em 1494 até 1840, quando foi publicado “La Contabilità applicatta alle 
Amministrazioni Private e Pubbliche” de Franscesco Villa. Neste período, com os diversos 6 
acontecimentos da época, a contabilidade se tornou extremamente importante, pois houve 
muita movimentação de riquezas e de pessoas de um determinado lugar para outro. Com a 
obra “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Porporcionalitá”, o Frei Luca 
Pacioli, considerado o pai da contabilidade e não somente das partidas dobradas, deixou um 
registro sobre a Contabilidade e sua Escrituração, mostrando, o que era necessário para o 
comerciante, sistematizando a contabilidade, marcando assim o inicio da fase moderna de 
sua história. 
• Científico: início em 1840, até os dias de hoje. Neste período, surgiram muitas escolas que 
identificavam várias visões para a contabilidade. Essas escolas demonstravam cada uma, a 
sua visão para a contabilidade. As principais escolas, que podemos citar, seria: Aziendalista, 
onde o controle econômico ou administrativo é o instrumento; e a Patrimonialista, onde o 
principal enfoque era a definição do patrimônio. 
 
1.1 A contabilidade no Brasil 
 
A evolução da contabilidade no Brasil foi e é completamente diferente da Europa ou EUA, 
pois percebe-se que desde o início fica patente a interferência da legislação. 
Uma das primeiras manifestações da legislação como elemento propulsor do 
desenvolvimento contábil brasileiro, foi o Código Comercial de 1850, que instituiu a 
obrigatoriedade da escrituração contábil e da elaboração anual da demonstração do balanço 
geral composto de bens, direitos e obrigações, das empresas comerciais. 
Apesar das muitas dificuldades, o ensino contábil se desenvolvia timidamente através de 
algumas publicações que começaram a surgir em maior número, principalmente no final do 
século XIX, e da criação, em 1809, da aula (escola) de comércio, implantada um ano depois, 
com a nomeação de José Antonio Lisboa, que se torna o primeiro professor de contabilidade 
do Brasil. 
A primeira regulamentação contábil realizada em território brasileiro ocorreu em 1870, 
através do reconhecimento oficial da Associação dos Guarda-Livros da Corte, pelo Decreto 
Imperial nº 4. 475. 
Esse decreto representa um marco, pois caracteriza o guarda-livros como a primeira 
profissão liberal regulamentada no país. 
O Decreto-Lei nº 2627 de 1940, instituiu a primeira Lei das S/A, estabelecendo 
procedimentos para a contabilidade como: 
1. Regras para a avaliação de ativos. 
2. Regras para a apuração e distribuição dos lucros. 
3. Criação de reservas. 
4. Determinação de padrões para a publicação do balanço. 
5. Determinação de padrões para a publicação dos lucros e perdas. 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
4 
 
1.2 Novas regras na Contabilidade no Brasil 
 
A harmonizaçãodas normas contábeis é um processo de extrema relevância e altamente 
necessário para as companhias que operam em diversos países e que precisam apresentar 
informações as suas controladoras sediadas no exterior ou aos seus usuários internacionais 
(clientes, fornecedores, bancos, etc). 
As constantes transformações no cenário econômico, principalmente em decorrência do 
poder de investimento das empresas multinacionais, ao longo dos anos também têm exigido 
uma padronização das normas e procedimentos contábeis, proporcionando aos usuários 
transparência e confiabilidade. 
A divulgação de informações sobre a situação patrimonial e financeira das empresas deve 
estar suportada em normas contábeis de alta qualidade que facilitem a análise, permitindo a 
comparabilidade com outras empresas e facilitando o entendimento por parte dos usuários. 
Recentemente, na Bolsa de Valores de São Paulo, foi oficializado o lançamento do Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão responsável pela elaboração e harmonização 
das normas contábeis que está ligado ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e tem por 
objetivo principal alinhar o Brasil ao que há de melhor em práticas contábeis em nível 
internacional. 
Este comitê brasileiro tem função similar a do "Financial Accounting Standards Board - 
FASB", órgão dos EUA formado por um grupo técnico que se pronuncia após ampla 
discussão com os interessados, e que serve de subsídios para a adoção de normas pelas 
agências reguladoras do país. 
O Banco Central vai exigir das instituições financeiras a aplicação das normas contábeis 
internacionais a partir de 2010. No caso das empresas abertas, a CVM publicou 
recentemente a Instrução CVM nº 457/2007, que dispõe sobre a elaboração e divulgação 
das demonstrações financeiras consolidadas, com base no padrão contábil internacional 
emitido pelo “International Accounting Standards Board - IASB”. 
A Instrução da CVM dispõe sobre a obrigatoriedade das companhias abertas adotarem tais 
padrões a partir do exercício findo em 2010, sendo facultada sua apresentação até o 
exercício social de 2009. 
A Resolução CFC 1103/2007 cria o Comitê Gestor da Convergência no Brasil, 
possibilitando um avanço importante para o país, que passa a acompanhar uma tendência 
internacional. Os escândalos internacionais corporativos ocorridos no mundo acirraram a 
desconfiança dos investidores para com as informações contábeis pouco transparentes. 
Em virtude desta nova necessidade contábil é que, após sete longos anos de tramitação, o 
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.638/2007, publicada no apagar 
das luzes de 2007 (Edição Extra do Diário Oficial da União de 28.12.2007), que passa a 
vigorar a partir de 01.01.2008. A nova legislação harmoniza a contabilidade brasileira aos 
padrões internacionais, o que facilita o investimento estrangeiro. Além disso, e apesar de ser 
questionável, obriga as grandes empresas de capital fechado a divulgarem seus balanços. 
Com as novas regras, diversas alterações significativas ocorreram, como a extinção da 
DOAR, a obrigatoriedade de elaboração da DFC e da DVA, criação de novos grupos e 
contas contábeis para o registro de determinadas operações, além de alterações para a 
avaliação dos investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial. 
Com estas mudanças, as principais beneficiadas serão as empresas que acessam o mercado 
de capitais do exterior, no entanto, qualquer empresa importadora ou exportadora pode 
sofrer com as diferenças de conceitos. Se uma empresa sediada no Brasil efetuar compras de 
um fornecedor da China, por exemplo, pode ter seu balanço solicitado pelo exportador e 
muitas vezes uma informação que tem um significado para nós tem outro, bem diferente lá 
fora. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/instrucaocvm457_2007.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1103_2007.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm
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È necessário que os empresários e contabilistas comecem a realizar a padronização das 
informações contábeis desde já. Sabemos que não será um processo rápido e fácil de ser 
efetuado, ainda mais que envolvem sistemas e procedimentos que hoje estão bem difundidos 
e ainda carecemos de legislações complementares e pronunciamentos dos órgãos 
normativos, para elucidar alguns pontos polêmicos da nova lei contábil. 
 
1.3 Conceitos Importantes 
 
Contabilidade: é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle 
permanente do Patrimônio da empresa. 
Finalidade: mostrar a situação da empresa para as pessoas interessadas nestas informações, 
ou seja, registrar e interpretar os fenômenos que afetam a situação patrimonial da empresa. 
As principais funções da contabilidade são: 
Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em moeda; 
Organizar um sistema de controle organizado das Entidades; 
Demonstrar com base nos registros realizados a situação econômica, financeira e patrimonial 
da Entidade por meio de relatórios como Balancetes, Balanço, Demonstração de resultados 
dos exercícios, dentre outros; 
Analisar os demonstrativos observando a capacidade financeira, liquidez, resultados dentre 
outros; 
Acompanhar os planejamentos econômicos da empresa prevendo os pagamentos a serem 
efetuados, bem como os recebimentos e alertando os gestores nos eventuais problemas que 
poderão ocorrer. 
 
1.4 Os usuários da Contabilidade 
 
Sócios, acionistas e proprietários; 
Funcionários; 
Investidores 
Gestores e administradores; 
Clientes; 
Bancos; 
Órgãos do governo; 
 
2. A CONTABILIDADE PARA ADMINISTRADORES E GESTORES 
 
Através da Contabilidade a empresa sabe o valor de seus ativos, passivos, receitas, custos e 
despesas, a rentabilidade e lucratividade do negócio, produtividade da mão de obra e através 
disso, pode realizar um bom planejamento tributário. 
Ainda é responsável pelo departamento fiscal e contábil. A partir de informações contábeis 
corretas, coletadas por essas áreas, através de notas fiscais, extratos bancários e relatórios 
financeiros são possíveis gerar relatórios ou demonstrativos que possibilitem a tomada de 
decisão por parte dos gestores, que analisa onde há mais gastos, podendo diminuir alguma 
despesa ou fazer novos investimentos. Aqui também, é importante o papel da contabilidade, 
pois a maior parte de seus relatórios são técnicos, o que dificulta o entendimento dos 
gestores, nesse caso a contabilidade tem papel fundamental, o de auxiliar a alta direção no 
entendimento e no rumo do processo decisório. 
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na 
verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, 
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registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem 
sobremaneira para a tomada de decisões. 
Algumas vantagens de uma contabilidade adequada: Oferece maior controle financeiro e 
econômico à entidade; Facilita acesso às linhas de crédito com bancos e fornecedores; Prova 
aos sócios a verdadeira situação patrimonial. Demonstração do Resultado do Exercício; 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração de Origens e Aplicação 
de Recursos. Balanço Patrimonial. 
Seu objetivo é fornecer informações econômicas para fornecedores, bancos, investidores, 
funcionários, sindicatos. Auxilia também as entidades na tomada de decisões, já que ela 
reúne as informações contábeis da organização em seu diário e razão, balancete de 
verificação, além dos demonstrativos acima citados. 
Com a contabilidade de uma empresa você também consegue extrair informações que nos 
mostrará números, e através deles, podermos analisar como a empresa está (uma boa 
situação financeira ou não). Analisando um balanço tem condições de tomar conhecimentode praticamente toda a informação contábil e ter um parecer das informações financeiras. 
Não só os administradores utilizam os relatórios que a Contabilidade fornece outras pessoas, 
órgãos e empresas também a utilizam como ferramenta, tais como: 
- Os donos da empresa que não participam de sua administração, com o objetivo de saber 
quanto a empresa esta conseguindo lucrar. 
- Os administradores e gestores da empresa, para saber a sua saúde financeira e como 
melhorá-la. 
- Os Bancos e Financeiras, a fim de concederem um empréstimo a uma empresa, ela terá 
condições de pagar. 
- Os sindicatos de empregados com o intuito de pedir um percentual de aumento maior para 
os funcionários. 
- O Governo em geral, para verificar a possibilidade de aumentos de tributos, ou sua 
redução. 
Portanto, a contabilidade é um instrumento necessário para todas as entidades e também para 
as pessoas físicas ajudando no processo de toda de decisões de pequenos e grandes negócios. 
 
3. A RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR 
 
Administradores e contadores possuem responsabilidades diferentes, nesse caso, o 
administrador deve conscientizar-se que as responsabilidades do contador limitam-se aos 
registros dos fatos, apuração dos resultados (confrontar o total dos gastos com as receitas e 
verificar de a em presa deu lucro ou prejuízo) e elaboração das demonstrações contábeis. 
Essas demonstrações num primeiro momento constituem-se num emaranhado de dados. 
Cabe ao administrador a tarefa de simplificar essas demonstrações e transformar esses dados 
em informações que expressem a situação econômico-financeira da empresa. 
As demonstrações contábeis representam o histórico da vida econômica e financeira da 
empresa. São como se fossem prontuários médicos de uma pessoa. O administrador será o 
médico, que deverá conhecer profundamente essas demonstrações, analisar a saúde 
econômica e financeira da empresa e tomar medidas para melhorar seu desempenho. 
Na atividade empresarial, o papel de fazer a empresa sobreviver, ganhar dinheiro e crescer 
sempre ser á responsabilidade do administrador. Quando uma empresa dá prejuízo significa 
que seus sócios ou acionistas perderam dinheiro. O contador, nesse caso, apenas executou 
suas funções, justificadas mediante documentos idôneos e legais para os registros. A ele não 
se deve atribuir nenhuma responsabilidade pelo resultado das atividades da empresa. Se ela 
quebrar não é culpa da contabilidade, seu ônus deverá ser atribuído à sua administração. É 
Sabido que as grandes corporações possuem recursos que as colocam em posições 
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privilegiadas em relação às demais. Geralmente os maiores problemas estão no segmento 
das micro e pequenas empresas. 
Partindo da realidade que as micros e pequenas empresas representam o setor que mais gera 
emprego, cada problema resolvido neste segmento significa mais chances de alguém vir a 
ser contratado. Além da maior oferta de emprego, esse segmento investe seus lucros na 
nossa rua, no nosso bairro ou na nossa cidade. As grandes multinacionais remetem boa parte 
do que ganha para seus países de origem, seja através de remessas legais de lucros, 
comprando componentes ou recebendo “assessorias’ de empresas do mesmo grupo, 
localizadas em seus países de origem”. 
Diante desse cenário fica evidente que foco principal deverá ser a micro e pequena empresa. 
É este segmento que mais precisa de administradores com conhecimento de contabilidade ou 
contadores administradores. 
A administração de uma empresa de pequeno porte não necessariamente precisará da 
elaboração de projetos complexos, porém, alguns controles a o conhecimento das noções 
contábeis, principalmente as demonstrações contábeis-financeiras são essenciais para a 
sobrevivência e o crescimento do negócio. 
 
Responda: 
Que cenário! Segundo o texto pode-se definir sobre a finalidade da contabilidade para os 
administradores e gestores e quais suas responsabilidades? No mínimo 20 linhas. (1,0 
ponto) 
 
4. A CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO 
4.1 CONCEITO DA CONTABILIDADE 
É a ciência que tem como objetivo observar, registrar e informar os fatos econômico-
financeiros acontecidos dentro de um patrimônio pertencente a uma entidade; mediante a 
aplicação do seu conjunto de princípios, normas, técnicas e procedimentos próprios. 
4.2 OBJETO 
O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades. Patrimônio administrável e em 
constante alteração. 
4.3 FINALIDADES 
- Controlar o patrimônio das entidades 
- Apurar o resultado das entidades 
- Prestar informações sobre o patrimônio, sobre o resultado das entidades aos diversos 
usuários das informações contábeis. 
4.4 ENTIDADE 
É qualquer pessoa física ou jurídica detentora de um patrimônio. 
Modernamente as finalidades da Contabilidade são reunidas em duas: 
- Planejamento - a informação contábil pode ser um forte suporte para o planejamento e, 
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mais ainda, quando estabelecendo padrões, torna claras situações futuras. 
- Controle - está ligado à análise das definições adotadas pela organização. 
4.5 CAMPO DE APLICAÇÃO 
Pessoas físicas e pessoas jurídicas com finalidade lucrativa ou não, inclusive as de Direito 
Público como a União, Estados e Municípios. 
4.6 INTERESSADOS NAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 
- Os proprietários e sócios de empresas; 
- Os administradores de empresas; 
- Os empregados das empresas; 
- Os fornecedores e financiadores; 
- Governos; 
- O público em geral. 
4.7 TÉCNICAS CONTÁBEIS 
4.7.1 ESCRITURAÇÃO 
É a técnica pela qual os fatos que ocorrem na entidade influenciando o seu patrimônio, são 
registrados. 
4.8 PATRIMÔNIO 
4.8.1 CONCEITO CONTÁBIL DE PATRIMÔNIO 
Conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas a uma entidade num determinado 
momento, susceptíveis de avaliação econômica. 
4.9 COMPONENTES BÁSICOS 
4.9.1 ATIVO 
Representa todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. 
Se uma empresa compra uma máquina, esta representa um bem de sua propriedade, portanto 
um ativo. 
Por outro lado, se uma empresa paga determinada quantia, digamos, pela patente de uma 
invenção, ela passa a ter o direito sobre essa patente. Assim uma patente representa um 
direito; logo um ativo. 
Exemplos de contas do ativo: 
- Banco; 
- Caixa; 
- duplicatas a receber provenientes de vendas a prazo; 
- impostos a recuperar 
- veículos; 
- imóveis; 
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- terrenos; 
- estoque de mercadorias. 
4.9.2 PASSIVO 
Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros. 
É tudo que deve; as dívidas que ela contraiu. 
Assim se uma empresa adquire um veículo para pagamento a prazo, a posse do mesmo 
representa um ativo. Mas por outro lado, a empresa passa a ter uma obrigação para com a 
pessoa ou empresa que vendeu o veículo. 
Assim, ela passa a ter uma obrigação, que representa um passivo exigível. 
Exemplos de contas do passivo: 
- duplicatas a pagar 
- salários a pagar 
- aluguéis a pagar 
- encargos sociais a pagar 
- juros a pagar 
- empréstimos a pagar 
- impostos a pagar 
4.9.3 PATRIMÔNIO LIQUIDO 
O patrimônio líquido representa o registro do valor que os proprietários de uma empresa têm 
aplicado no negócio. 
Para ilustrar, vamos admitir que você e um sócio decidiram abrir uma empresa. 
Mas, para iniciar as atividades, a empresa necessita de um capital inicial de R$ 20.000.000, 
que vocês entregam ao gerente da firma. 
No momento em que a empresa recebe o dinheiro, a posse deste representa um ativo. 
Mas, por outro lado, a empresa deve registrar que seus proprietários (os sócios) aplicaram no 
negócio uma determinada quantia, o capital, que representa o patrimônio líquido da 
empresa. 
Neste ponto, uma dúvida muito comum costuma surgir. Nós aprendemos que os bens de 
uma empresa representam o seu patrimônio. Porque, de repente, o patrimônio passa a ser 
chamado ativo e o valor que os proprietários aplicaram no negócio é denominado 
patrimônio líquido? 
Exemplo de contas do Patrimônio Liquido; 
- capital social 
- Lucros acumulados 
- prejuízos acumulados 
- reservas de lucros 
- subvenções governamentais 
A resposta é simples. Suponhamos que você decida comprar um veículo; porém uma parte 
da compra será financiada. 
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Assim temos: 
 Valor do veículo R$ 10.000 
 Valor pago à vista R$ 4.000 
 Valor a pagar R$ 6.000 
Agora observe: a posse do veículo representa para empresa um patrimônio, chamado ativo. 
Ao mesmo tempo, o valor que a empresa ficou devendo, representa uma obrigação e 
consequentemente, um passivo exigível. 
Dessa forma, se empresa tem um patrimônio no valor de R$ 10.000, mas ainda está Devendo 
R$ 6.000 referente à sua compra, o valor líquido de seu ativo é R$ 4.000,00. O que equivale 
a dizer que seu patrimônio líquido monta em R$ 4.000. 
4.9.4 EQUAÇÃO BÁSICA PATRIMONIAL 
Agora que já sabemos classificar ativos, passivos e patrimônio líquido, vejamos a equação 
básica da contabilidade, que é bem simples: 
4. 9.5 ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
A equação vista é chamada de "equação do balanço", porque consiste em "balancear" o total 
do ATIVO com o total obtido pela soma do PASSIVO mais o PATRIMÔNIO LIQUIDO. 
Sob o aspecto quantitativo o patrimônio é visto como um fundo de valores; de um lado, 
valores positivos (o ATIVO), formado pelo conjunto de bens e direitos e, de outro, valores 
negativos (o PASSIVO, formado pelas obrigações assumidas.) 
EXERCICIO 01 
RESPONDA: 
1. Conceitue o que é Patrimônio? 
2. Quais são os componentes básicos do Patrimônio? 
3. Conceitue o que é Ativo? 
4. Conceitue o que Passivo? 
5. Cite cinco contas do grupo do Ativo? 
6. Cite cinco contas do grupo do Passivo? 
7. Conceitue Patrimônio Liquido? 
8. Cite quatro contas do grupo do Patrimônio Liquido? 
 
5. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL (CONTABILIZAÇÃO) 
 
5. 1 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS: O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 
O método das partidas dobradas, sem dúvida, desempenhou um papel importante na 
construção da economia capitalista, haja vista sua técnica ser indispensável para o 
desenvolvimento empresarial e o controle das operações. Segundo muitos autores, o método 
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apresenta vantagens, como meios para encontrar erros mais rapidamente, por causa da 
dualidade necessária e se faz necessária uma contabilidade sistemática e em ordem de 
transações. Assim, as alterações que ocorrem no Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido são 
registrados através de contas. 
 
5.2 RAZÃO 
Razão é um livro atualmente obrigatório. No passado, as contas eram registradas nas páginas 
de um livro chamado Razão. Hoje são registradas em fichas ou folhas soltas ou em registros 
especiais, pelo sistema de processamento eletrônico de dados; mas o seu conjunto, mantidas 
em arquivo, continuam com a mesma denominação Razão. Para cada conta deve existir pelo 
menos uma ficha de Razão. Cada conta registra a movimentação de um componente do 
Ativo, do Passivo ou do Patrimônio Líquido. Ex.: o dinheiro é representado pela conta 
Caixa. Pode-se representar elementos semelhantes em uma mesma conta: 
a) Cadeiras, mesas, estantes, sofás = Móveis e Utensílios. 
b) Pequenas despesas = Despesas Diversas ou Despesas Gerais etc. 
c) Valores a Receber = Contas a Receber 
 
Como simplificação didática, utiliza-se uma representação simplificada, que é denominada 
de Conta em T, Razonetes T ou simplesmente Razonetes. 
NOME DA CONTA 
DEBITO CREDITO 
 
 
 
5.3 MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO 
 
5.3.1 DÉBITO 
Na linguagem comum quando usamos a palavra Débito, significa: Dívidas, Situação 
Negativa, estar em débito com alguém, estar devendo para alguém. Na linguagem contábil, 
porém, para compreender a contabilidade, é necessário esquecer a linguagem comum e 
adaptar a uma linguagem técnica, pois pode representar elementos positivos. 
É importante memorizar: 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
12 
 
Na representação gráfica em forma de “T” que usamos para representar as contas, o lado 
esquerdo é o lado do débito. 
 
5.3.2CRÉDITO 
Na linguagem comum significa: ter crédito com alguém, situação positiva, poder para 
comprar a prazo. Na linguagem contábil, possui vários significados. 
Sendo necessário memorizar: 
No gráfico das contas, o lado direito é o lado do crédito. 
Obs.: 
a) Saldo: diferença entre o total de débitos e créditos de uma conta em determinado período. 
Se o valor dos débitos for maior que o valor dos créditos, a conta terá saldo DEVEDOR, 
caso ocorrer o contrário, a conta terá saldo CREDOR. 
b) As operações ocasionam aumentos e diminuições no ativo, passivo e PL. 
c) Os aumentos são registrados de um lado e as diminuições do outro em função da natureza 
da conta. 
 
5.3.3 CONTAS 
As operações de uma empresa ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, no Passivo e no 
Patrimônio Líquido; sendo que esses aumentos e diminuições são registrados em contas 
específicas. Utilizam-se contas separadas para representar cada tipo de elemento do Ativo, 
do Passivo e do Patrimônio Líquido. Cada uma dessas contas será distinguida das demais 
pela sua denominação. 
Portanto, conta é o nome técnico dado aos elementos patrimoniais e aos elementos de 
Resultado, ou seja, é o título que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação 
patrimonial. Sua função é acumular de forma ordenada, os débitos e créditos da mesma 
natureza, de maneira que seu saldo represente, no momento considerado, a situação do 
elemento patrimonial ou da variação patrimonial a que se refere. 
 
6. CLASSIFICAÇÃO - TEORIA PATRIMONIALISTA 
Pela teoria patrimonialista as contas se dividem em: Contas Patrimoniais e Contas de 
Resultado. 
A. Contas Patrimoniais: são as contas que representam os bens, direitos, obrigações e 
patrimônio Líquido. 
Os bens representam aplicação de recursos 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
13 
 
As obrigações representam as origens de recursos 
 
Representação gráfica do Patrimônio de forma qualitativa 
 
ATIVO PASSIVO 
 
Bens 
- Dinheiro 
- Estoques de mercadorias 
- Maquinas 
- Veículos 
 
Direitos 
- Duplicatas a Receber 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigações 
- Duplicatas a pagar 
- Salários a pagar 
- Impostos a pagar 
- Empréstimos a pagar 
 
Patrimônio liquido (PL) 
Capital Social 
Lucros 
Prejuízos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
14 
 
Representação gráfica do Patrimônio de forma qualitativa e quantitativa 
 
ATIVO PASSIVO 
 
Bens 
- Dinheiro 5.000 
- Estoques de mercadorias 3.000 
- Maquinas 9.000 
- Veículos 8.000 
 
Direitos 
- Duplicatas a Receber 2.000 
 
 
Total 27.000 
 
 
 
 
 
 
Obrigações 
- Duplicatas a pagar 3.000 
- Salários a pagar 2.000 
- Impostos a pagar 3.000 
- Empréstimos a pagar 4.000 
 
Patrimônio liquido (PL) 
Capital Social 15.000 
Lucros 
Prejuízos 
Total 27.000 
B. Contas de Resultado: são aquelas que representam as contas de Receitas Despesas e 
Custos 
C. Despesas: caracterizam-sepelo consumo de bens ou utilização de serviços. 
Ex.: Energia elétrica da Administração, Material de expediente, salários dos funcionários da 
Administração 
D. Custo: são medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma 
organização, uma pessoa ou um governo, têm de arcar a fim de atingir seus objetivos, sendo 
considerados esses ditos objetivos, a utilização de um produto ou serviço qualquer, 
utilizados na obtenção de outros bens ou serviços Ex.: Energia elétrica da fabrica, salários 
dos funcionários da produção, matéria prima consumida. 
E. Receitas: Caracterizam-se pelas vendas de bens ou prestação de serviços. 
Ex.: Receitas de Serviços, Vendas de produtos. 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Objetivos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bens
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
15 
 
6. PLANO DE CONTAS 
 
O Plano de Contas deve ser claro e objetivo, facilitando o entendimento das pessoas que o 
utilizem, possibilitando, assim, a classificação correta das operações da empresa em um 
determinado período. O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de 
contas, constitui na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a 
descrição do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém 
comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que 
serve, o que deve conter e outras informações sobre critérios gerais de contabilização). 
Tem-se que “a estrutura do Plano de Contas passou a ser uniformizada com o advento da 
Lei nº 6.404/76 e Decretos-leis complementares. Dentro dessa estrutura foram definidos 
apenas os grupos e subgrupos de contas, ficando a critério da empresa, observando suas 
características e peculiaridades, elaborar um plano de contas com um nível de detalhamento 
maior” (FÁVERO, 1995 apud NAGATSUKA, 2002). 
O Plano de Contas é constituído por contas sintéticas, que são contas de nível superior, ou 
seja, representam GRUPOS, SUBGRUPOS ou CONTAS que não recebem lançamentos 
contábeis, e por contas analíticas, que são contas de “último nível”, aquelas que recebem os 
lançamentos contábeis. 
Sugere-se que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro) níveis: 
Nível 1: 
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas. 
Nível 2: 
Ativo: Circulante e Não Circulante. 
Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido. 
Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, Outras Receitas Operacionais e 
Receitas Não Operacionais. 
Custos e Despesas Operacionais e Não Operacionais. 
Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por 
Exemplo: 
Nível 1 - Ativo 
Nível 2 - Ativo Circulante 
Nível 3 - Disponível 
Nível 4: Sub-contas que evidenciem o tipo de registro contabilizado, como por 
Exemplo: 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
16 
 
Nível 1 - Ativo 
Nível 2 - Ativo Circulante 
Nível 3 - Disponível 
Nível 4 - Banco Alfa, Caixa etc. 
 
Exemplificando: 
 
1 Ativo Conta Sintetica 
1.1 Ativo circulante Conta Sintetica 
1.1.1 Disponível Conta Sintetica 
1.1.1.1 Caixa Conta Analitica 
 
A Legislação: 
 
A legislação das sociedades anônimas (Arts. 179 a 182 da Lei 6404 de 1976 com alterações 
homologadas pela Lei 11.638 de 2007) já especifica uma boa parte das contas sintéticas 
necessárias em um plano de contas, ou seja, a base do Plano de Contas. 
As contas de um Plano de Contas podem ser assim codificadas: 
 
· código de conta iniciado com o número 1 significa que a conta é do Ativo; 
· código de conta iniciado com o número 2 refere-se ao Passivo; 
· código de conta iniciado com o número 3 representa Despesas das Contas de 
Resultado; 
· código de conta iniciado com o número 4 representa Custos das Contas de 
Resultado; 
· código de conta iniciado com o número 5 representa Receitas das Contas de 
Resultado; 
 
OBS: AS CONTAS DE RESULTADOS PODERÃO SER ALTERNADAS 
CONFORME DETERMINAÇÃO DA EMPRESA, SOMENTE AS CONTAS DO 
ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO DEVEM PERMANECER NO 
GRUPO 1 e 2. 
 
6.1 CONTAS DO ATIVO 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
17 
 
As contas do Ativo figuram no lado esquerdo do Balanço. Por coerência as contas de Ativo 
(bens e direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é no lado esquerdo. 
Os registros na contas de Ativo são efetuados da seguinte maneira: 
 
Exemplo: 
 
 CONTAS DO ATIVO 
DEBITO CREDITO 
 
 
 
 AUMENTA DIMINUI 
ENTRADA SAIDA 
 
6.2 CONTAS DE PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
As contas do Passivo e PL figuram sempre no lado direito do balanço. As contas de Passivo 
e Patrimônio Líquido sempre devem apresentar saldos credores. Os registros são efetuados 
da seguinte forma: 
 
 
CONTAS DO PASSIVO 
e PL 
DEBITO CREDITO 
 
 
 
 DIMINUI AUMENTA 
SAIDA ENTRADA 
 
 
6.3 RESUMO DO MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
18 
 
CONTA NATUREZA 
AUMENTA 
SALDOS 
DIMINUI 
SALDOS 
ATIVO DEVEDORA D C 
PASSIVO CREDORA C D 
DESPESAS DEVEDORA D C 
RECEITAS CREDORA C D 
 
6.4 O REGISTRO ATRAVÉS DO MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 
 
A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica 
que o débito numa ou mais contas deve corresponder a um crédito equivalente em uma ou 
mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos 
valores creditados. 
 
 
Não há debito sem crédito 
Não há crédito sem débito 
Modelo simplificado de Plano de Contas – Conforme Lei 11.638/07 
 
1) ATIVO – CONTAS PATRIMONIAIS 
CIRCULANTE 
DECORRENTES DAS ATIVIDADES USUAIS 
DISPONIBILIDADES 
Caixa 
Bancos Conta Movimento 
Valores à disposição da companhia/empresa ou 
conversíveis em dinheiro, no prazo máximo de 7 
dias. 
Itens com prazo de realização (conversão em dinheiro) em até doze meses 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
19 
 
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 
 
REALIZAÇÕES (OU CRÉDITOS) 
Duplicatas a Receber (ou Clientes) 
(-) Duplicatas Descontadas 
(-) Provisão para Devedores Duvidosos 
Estoque de Mercadorias 
(-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 
Impostos a Recuperar 
Aplicações Financeiras 
Imóveis para Venda 
Adiantamento a Fornecedores 
 
DESPESAS ANTECIPADAS 
Seguros a Vencer 
Assinatura de jornais e revistas 
 
DECORRENTES DAS ATIVIDADES NÃO USUAIS 
DISPONIBILIDADES 
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 
REALIZAÇÕES (OU CRÉDITOS) 
Aplicações Financeiras 
Imóveis para Venda 
DESPESAS ANTECIPADAS 
Seguros a Vencer 
Assinatura de jornais e revistas 
 
NÃO CIRCULANTE 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
Empréstimos a sócios 
Empréstimos a Empresas coligadas ou controladas 
Imóveis para Venda 
Despesas Antecipadas 
Valores a realizar em até um ano da data do Balanço 
Valores a realizar após um ano da data do Balanço. 
O RLP, a exemplo do Circulante, será subdividido 
em: Decorrentes das Atividades Usuais e 
Decorrentes das Atividades Não Usuais. 
Itens com prazo de realização após doze meses. 
Se houverem 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
20 
 
 
INVESTIMENTOS 
Participações Societárias
1
 
(-) Prov. p/ perda em Investimentos 
Obras de Arte 
Imóveis para Renda (Locação) 
(-) Depreciação Acumulada 
 
 
IMOBILIZADO 
Equipamentos de Informática 
Imóveis para Uso 
Instalações 
Máquinas e Equipamentos 
Móveis e Utensílios 
Veículos 
(-) Depreciação Acumulada 
Terrenos 
INTANGÍVEL 
Marcas e Patentes 
Direitos Autorais 
Gastos com Treinamento de Pessoal 
Gastos com Pesquisas e Desenvolvimento (P&D) 
Gastos com Desenvolvimento de Sistemas 
(-) Amortização Acumulada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Participações societárias destinadas à manutenção da 
companhia/empresa eoutros itens não classificáveis no Ativo 
Circulante ou no Realizável a Longo Prazo, que não se destinem à 
manutenção da atividade da companhia/empresa. 
Itens corpóreos destinados à manutenção das atividades da 
empresa ou exercidos com esta finalidade. O Imobilizado será 
subdividido em: Bens em Arrendamento, Bens em Operação e Bens 
para Futura Operação. 
Itens incorpóreos destinados à manutenção das 
atividades da empresa ou exercidos com esta 
finalidade. 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
21 
 
2) PASSIVO – CONTAS PATRIMONIAIS 
CIRCULANTE 
Duplicatas a Pagar (ou Fornecedores) 
Aluguéis a Pagar 
Empréstimos a Pagar 
ICMS a Recolher 
Provisão para Imposto de Renda 
Provisão para Contribuição Social 
IR Fonte a Recolher 
Contribuições Previdenciárias a Recolher 
FGTS a Recolher 
Honorários da Diretoria a Pagar 
Salários a Pagar 
Dividendos a Pagar 
Adiantamento de Clientes 
Aluguéis Recebidos Antecipadamente 
Vendas a Realizar/Serviços a Prestar 
Financiamentos a Pagar 
 
NÃO CIRCULANTE 
 
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
Financiamentos a Pagar 
Empréstimos de sócios 
Empréstimos e Coligadas e Controladas 
 
RESULTADOS NÃO REALIZADOS 
Lucros em participações societárias 
Ganhos de doações e subvenções para investimentos 
(-) Encargos tributários 
 
PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES (apenas para balanços 
consolidados) 
 
Obrigações de qualquer natureza e 
recebimentos antecipados, vencíveis no 
prazo de até doze meses. 
Os resultados são considerados não realizados 
enquanto o objeto da transação permanecer no 
Ativo da companhia. 
Obrigações de qualquer natureza e recebimentos antecipados, 
vencíveis após o prazo de doze meses. 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
22 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
CAPITAL SOCIAL 
Capital Subscrito 
(-) Capital a Realizar 
RESERVAS DE CAPITAL 
Ágio na subscrição de ações 
Produto da alienação de partes beneficiárias 
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 
Reavaliação de Ativos ao valor de mercado 
Reavaliação de Passivos ao valor de mercado 
RESERVAS DE LUCROS 
Reserva Legal 
Reserva Estatutária 
Reserva por Incentivos Fiscais 
Reserva para Expansão ou Investimento 
Reserva de Lucros a Realizar 
(-) AÇÕES EM TESOURARIA 
(-) PREJUÍZOS ACUMULADOS 
 
3) DESPESAS – CONTAS DE RESULTADO 
DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas com Vendas (Comerciais) 
Comissões sobre Vendas 
Refeições 
Fretes e Carretos 
Material de Embalagem 
Propaganda e Publicidade 
Despesas c/ Devedores Duvidosos 
Despesas Administrativas 
Aluguel 
Energia Elétrica 
Água 
Correios 
Amortizações 
Gastos ou perdas relacionados às operações normais 
da empresa. 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
23 
 
Fretes e Carretos 
Material de Expediente 
Prêmios de Seguro 
Comunicações (Telefones e Internet) 
Impostos e Taxas 
Serviços de Terceiros 
Multas Fiscais 
Salários 
Honorários da Diretoria 
Décimo Terceiro Salário 
Encargos Sociais 
Férias 
Despesas c/ Depreciações 
Despesas c/ Amortizações 
Despesas c/ Outras Provisões Ativas 
Despesas c/ Provisões Passivas 
Despesas Financeiras 
Despesas Bancárias 
Juros Passivos 
Descontos Concedidos 
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
Perdas não Operacionais 
Perdas na Alienação de Bens 
 
4) RECEITAS – CONTAS DE RESULTADO 
RECEITAS OPERACIONAIS 
Receitas de Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 
Vendas de Mercadorias 
Vendas de Produtos 
Prestação de Serviços 
(-) Vendas Anuladas* 
(-) ICMS sobre Vendas* 
(-) ISS sobre Serviços* 
(-) PIS sobre Faturamento* 
Gastos ou perdas não relacionados às 
operações normais da empresa. 
Ganhos relacionados às operações 
normais da empresa. 
*Atenção: contas redutoras das Receitas de 
Vendas. São despesas que são dispostas 
desta forma para facilitar a apuração da 
Receita Líquida de Vendas. 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
24 
 
(-) COFINS* 
Receitas Financeiras 
Rendimentos de Aplicações Financeiras 
Descontos Obtidos 
Juros Ativos 
 
RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
Ganhos não Operacionais 
Ganho na Alienação de Bens 
Aluguéis Ativos 
Apuração de Resultado 
 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque final) 
 Resultado com Vendas de Mercadorias (RVM = Vendas Líquidas – CMV) 
 Apuração do Resultado do Exercício (ARE = Receitas – Despesas = Lucros ou 
Prejuízos) 
EXERCICIO 02 
 
De acordo com o Plano de Contas marque com (X) as contas abaixo conforme legenda: 
A- ativo R- receita PL- patrimônio Líquido P - passivo D/C-despesa/custo 
Nº CONTAS A P R D/C PL 
1 Caixa 
2 Água e Esgoto 
3 Aluguéis Passivos 
4 Refeições 
5 Banco Conta Movimento 
6 Vendas de Produtos 
7 Aluguéis Ativos 
8 Capital 
9 Clientes (Duplicatas a Receber) 
10 Computadores 
11 Descontos Concedidos 
12 Despesas Bancárias 
13 Duplicatas a Pagar 
14 Descontos Obtidos 
15 Estoque de Mercadorias 
16 Duplicatas a Receber 
17 Fornecedores 
18 Fretes e Carretos 
19 Marcas e Patentes 
20 Imóveis 
21 Impostos e Taxas 
22 Instalações 
Ganhos não relacionados às operações 
normais da empresa. 
Continuação das receitas operacionais. 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
25 
 
23 Juros Ativos 
24 Móveis e Utensílios 
25 Material de Expediente 
26 Material de Limpeza 
27 Honorários da Diretoria 
28 Salários a Pagar 
29 Telefones 
30 Reservas 
31 Receitas de Serviços 
32 Juros Passivos 
33 Energia Elétrica 
34 Capital a Realizar 
35 Prejuízos Acumulados 
36 Lucros Acumulados 
37 Vendas de Mercadorias 
38 Veículos 
39 Despesas com Combustíveis 
 
EXERCICIO 03 
 
Classifique as contas constantes do quadro a seguir, com base nos seguintes códigos: 
A) Patrimonial (P) ou Resultado (R) 
B) Ativo (A), Passivo(P), Despesa(D) ou Receita(R); 
C) Devedora (D) ou Credora(C); 
D) Por seus respectivos grupos, conforme o Plano de Contas: 
Ativo Circulante (AC), Ativo Não circulante (ANC), Passivo Circulante (PC), Passivo 
Não circulante (PNC), Patrimônio Líquido (PL), Despesas Operacionais (DO) Despesas 
Não Operacionais (DNO) e Receitas Operacionais (RO) Receitas Não Operacionais 
(RNO). 
Nº CONTAS A B C D 
1 Caixa P A D AC 
2 Água e Esgoto 
3 Aluguéis Passivos 
4 Refeições 
5 Bancos Conta Movimento 
6 Vendas de Produtos 
7 Aluguéis Ativos 
8 Capital 
9 Clientes 
10 Computadores 
11 Descontos Concedidos 
12 Despesas Bancárias 
13 Duplicatas a Receber 
14 Duplicatas a Pagar 
15 Descontos Obtidos 
16 Estoque de Mercadorias 
17 Estoque de Material de Expediente 
18 Férias 
19 Fornecedores 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
26 
 
20 Fretes e Carretos 
21 Marcas e Patentes 
22 Imóveis 
23 Impostos e Taxas 
24 Instalações 
25 Juros Ativos 
26 Móveis e Utensílios 
27 Material de Expediente 
28 Material de Limpeza 
29 Honorários da Diretoria 
30 Salários a Pagar 
31 Telefones 
32 Reservas 
33 ICMS a Recolher 
34 Vendas de Serviços 
35 Juros Passivos 
 
 
EXERCICIO 04 
 
 Faça os lançamentos no Livro Diário no Livro Razão e apure o Balancete conforme Plano 
de contas. 
a) Em 04.08.2014, constituição da empresa R. F. Souza Ltda. Comércio de vendas moveis 
com capital inicial de R$ 1.500.000,00 em dinheiro. 
 
b) Em 05.08.2014, foi efetuada abertura de conta-corrente no Banco Safra S/A, com 
depósitoinicial em dinheiro de R$ 880.000,00. 
 
c) Em 06.08.2014, foi adquirido Imóvel, compra de um Galpão mobiliado, pagamento com 
transferência bancária no valor de R$ 360.000,00. 
 
d) Em 07.08.2014, foram comprados computadores para uso da empresa, pago através do 
cheque 001 do Banco Safra S/A, no valor de R$ 10.820,00. 
 
e) Em 08.08.2014, foi pago despesas com refeições para os funcionários, em dinheiro no 
valor de R$ 8.960,00. 
 
f) Em 09.08.2014, foi comprado mercadorias para revenda no valor de R$ 470.000,00, a 
prazo, conf. NF 3571 do fornecedor, para pagamento em 30 dias. 
 
g) Em 10.08.2014 foi vendido mercadorias a prazo para pagamento em duas parcelas no 
valor de R$ 110.000,00, conf. NF 1001. 
 
h) Em 14.08.2014, foi adquirido através de financiamento no banco Santander um 
automóvel a prazo em 36 parcelas para uso da empresa NF 6325 no valor de R$ 68.000,00, 
da concessionária. 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
27 
 
i) Em 15.08.2014, foi pago em dinheiro despesas com energia elétrica no valor de R$ 
12.210,00. 
 
j) Em 20.08.2014, foi pago Salários dos funcionários no valor de R$ 45.780,00 através 
de pagamento on-line via banco. 
 
l) Em 30.08.2014, recebimento da parcela da venda a prazo de mercadorias do dia 
10.08.2014 no valor de R$ 55.000,00. 
 
m) Em 30.08.2014, foi pago em dinheiro despesas com taxas para abertura da empresa 
no valor de R$ 1.210,00. 
 
 
 
OBS: 
 Para contabilizar mercadorias a prazo, utilizem a conta Fornecedor; 
 Para contabilizar entrada e saída e dinheiro será sempre na conta caixa e quando for 
cheques e transferências e pagamentos on-line contabilizar em bancos c/movimentos. 
 Para contabilizar a conta veículos, utilizem a contra partida Financiamentos a pagar. 
Façam o exercício da mesma forma que foi apresentado em sala de aula. Utilizem o 
plano de contas para identificar quais contas serão contabilizadas. 
Pede-se: 
1° Fazer escrituração no livro de diário: 
2° Fazer os Razonetes em forma de gráfico: 
3° Fazer Balancete de verificação: 
4° Fazer o Balanço e DRE apurando o resultado do exercício. 
 
EXERCICIO 05 
 
1. Faça os lançamentos Livro Diário e no Livro Razão, Balancete de verificação e apure o 
Resultado (Lucro ou Prejuízo) faça conforme Plano de contas. 
a) Em 04.08.2015, constituição da empresa R. F. Souza Ltda. Para exploração do comércio 
de materiais de construção com capital inicial de R$ 170.000,00 em dinheiro. 
 
b) Em 05.08.2015, foi efetuada abertura de conta-corrente no Banco Safra S/A, com 
depósito inicial em dinheiro de R$ 110.000,00. 
 
c) Em 06.08.2015, a empresa comprou móveis e utensílios a prazo, para uso da empresa, no 
valor de R$ 12.000,00, conf. NF 5780. 
 
d) Em 07.08.2015, foram comprados computadores para uso da empresa, pago através do 
cheque 001 do Banco Safra S/A, no valor de R$ 7.000,00. 
 
e) Em 07.08.2015, foi pago despesas com café, em dinheiro no valor de R$ 310,00. 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
28 
 
 
f) Em 08.08.2015, foi comprado mercadorias para revenda no valor de R$ 50.000,00, a 
prazo, conf. NF 3571 do fornecedor, para pagamento em três parcelas. 
 
g) Em 10.08.2015 foi vendido a prazo, mercadorias no valor de R$15.000,00, conf. NF 
1001. 
 
h) Em 11.08.2015 foi pago Despesas aluguel no valor de R$ 2.000,00, com cheque 002 do 
Banco Safra S/A. 
 
i) Em 12.08.2015 foi vendido mercadorias a vista com recebimento em cheque, no valor de 
16.000,00. 
 
j) Em 15.08.2015, foi pago uma parcela das compras de mercadorias referente a compra do 
dia 08.08.2015, no valor de R$ 20.000,00, através do cheque 003. 
 
l) Em 18.08.2015, foi comprado um automóvel através de financiamento bancário em 12 
parcelas, conf. NF 6325 no valor de R$ 45.600,00, da concessionária. 
 
m) Em 20.08.2015, foi pago fatura de Despesas água e esgoto em dinheiro no valor R$ 
185,00. 
 
n) Em 29.08.2015, foi pago salários dos funcionários no valor de R$ 17.450,00 através de 
pagamento on-line via banco. 
 
OBS: 
 Para contabilizar mercadorias a prazo, utilizem a conta Fornecedores; 
 Para contabilizar as contas móveis e computadores a prazo utilizem a conta 
Duplicatas a Pagar; e: 
 Para contabilizar a conta veículos, utilizem a contra partida financiamento a pagar. 
 
EXERCICIO 06 
 
Em 03/01/2016, a Empresa DLG Ltda., foi constituída no ramo de atividade de material de 
construção, com capital inicial em dinheiro no valor de R$ 1.900.000,00 e no 05/01/2016, 
fez abertura de corrente no Banco Popular S/A, no valor de R$ 1.230.000,00, no dia 
08/01/2016, comprou um imóvel (Galpão) pagamento com depósito bancário no valor de R$ 
550.000,00, no dia 20/01/2016, comprou computadores com pagamento em cheque no valor 
de R$ 28.000,00, no dia 24/01/2016 a empresa pagou a vista em dinheiro despesas com 
energia elétrica no dia valor de R$ 1.780.00. No 26/01/2016 a empresa comprou a vista em 
dinheiro moveis e utensílios no valor de R$ 42.780,00. No dia 28/01/2016 a empresa 
comprou mercadorias para revendas no valor de R$ 345.000,00, com pagamento a vista 
através de transferência bancaria. Represente em forma de razonete (T) o saldo da conta 
contábil bancos contas movimentos. 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
29 
 
EXERCICIO 07 
 
Uma Empresa comprou um veiculo no valor de R$ 86.900,00 através de financiamento a 
longo prazo em 36 parcelas, sendo pago através de transferência bancaria entrada 30% sobre 
o valor total do veiculo. Qual o lançamento contábil no livro diário desse fato contábil? 
 
A empresa Façanha LTDA, comprou um imóvel no valor de R$ R$ 1.390.000,00 através de 
financiamento bancário em 180 parcelas, sendo paga através de transferência bancária 
entrada de 55% sobre o valor total do imóvel. Qual o lançamento contábil no livro diário? 
 
Responda: 
 
Quando uma empresa vende mercadorias a prazo denomina-se de: 
Quando uma empresa compra mercadorias a prazo denomina-se de: 
Como é denominamos o dinheiro ou bens que um sócio investe em um negocio? 
 
 
 
 7. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
O processo contábil encerra-se com a elaboração das Demonstrações Contábeis. 
A Análise de Balanços começa a partir dessas demonstrações elaboradas pela 
contabilidade, analisando-as e interpretando-as, para apresentar informações a respeito das 
conclusões obtidas na análise. 
A disciplina em estudo enfocará as seguintes Demonstrações Contábeis: 
 Balanço Patrimonial 
 Demonstração do Resultado do Exercício 
 
7.1 BALANÇO PATRIMONIAL 
 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil obrigatório por lei, que evidencia, 
resumidamente, a situação patrimonial e financeira de uma entidade. 
 
Resumo Prático: 
 
Demonstração Contábil Objetivo da análise 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
30 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Verificar a situação financeira da empresa e 
identificar qual a política que a empresa 
adota para obtenção e aplicação de recursos. 
 
7.1.1 Representação Gráfica 
O Balanço Patrimonial reflete a posição financeira em determinado momento de uma 
empresa, sendo constituído de duas colunas: a coluna do lado direito (Passivo) e a coluna do 
lado esquerdo (Ativo). 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
LADO ESQUERDO LADO DIREITO 
 
7.1.2 Agrupamento das contas no Balanço Patrimonial 
 
No Balanço Patrimonial as contas serão agrupadas e sub-totalizadas de modo a 
facilitar o conhecimento e a análise da situação patrimonial e financeira da companhia 
seguinte forma (artigo 178 da Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007): 
 
7.1.3 Agrupamento e disposição das contas no Ativo 
 
No Ativo as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez, dos 
elementos nela registrados, nos seguintes grupos (§ 1º do artigo 178 e artigo 179): 
a) Ativo Circulante, dividido em disponibilidades, direitos (valores a realizar ou 
créditos) e as despesas pagas antecipadamente, com prazo de realização de atédoze 
meses. 
b) Ativo Não Circulante, dividido em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, 
Imobilizado, Intangível e Diferido. 
 
Observação: Liquidez é a capacidade dos bens ou direitos serem convertidos em 
dinheiro. Assim, serão dispostas, em primeiro lugar, as contas de mais fácil conversibilidade 
(maior liquidez). 
7.1.4 Agrupamento e disposição das contas no Passivo 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
31 
 
No Passivo as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade, 
dos elementos nela registrados, nos seguintes grupos (§ 2º do artigo 178 e artigo 180): 
a) Passivo Circulante, contemplando as obrigações, os encargos e riscos, 
determinados ou estimados, os adiantamentos de clientes e demais recebimentos 
antecipados, vencíveis no prazo de até doze meses. 
b) Passivo Não Circulante, dividido em Exigível a Longo Prazo, Resultados Não 
Realizados e, no balanço consolidado, Participação de acionistas não 
controladores. 
 
§3º) No Patrimônio Líquido as contas serão divididas em Capital Social, Reservas de 
Capital, Ajustes de Avaliação patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em 
Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 
Observação: Exigibilidade é a exigência de pagamento. Assim, serão dispostas, em 
primeiro lugar, as contas que têm prioridade de pagamento (as mais exigíveis, com menor 
prazo de pagamento). 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES A RESPEITO DE CURTO E LONGO PRAZO 
NA CONTABILIDADE: 
 Curto Prazo do Ativo: valores realizáveis (conversíveis em dinheiro) no curso do 
exercício social seguinte ao da data do Balanço (costuma-se dizer ‘até um ano da 
data do balanço’). 
 
 Longo Prazo do Ativo: valores realizáveis após o término do exercício seguinte ao 
da data do Balanço (costuma-se dizer ‘após um ano da data do balanço’). 
 
 Curto Prazo do Passivo: valores exigíveis (tem que ser pagos) no curso do exercício 
social seguinte ao da data do Balanço (costuma-se dizer ‘até um ano da data do 
balanço’). 
 
 Longo Prazo do Passivo: valores exigíveis após o término do exercício seguinte ao 
da data do Balanço (costuma-se dizer ‘após um ano da data do balanço’). 
A seguir, modelos da estrutura de Balanço Patrimonial, conforme alterações na lei das 
sociedades por ações (Lei 6.404/76). 
 A) Modelo simplificado da estrutura do Balanço Patrimonial 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE CIRCULANTE 
. . 
. . 
. . 
Total do Circulante Total do Circulante 
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE 
. . 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
32 
 
. . 
. . 
. Total do Não Circulante 
. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
. . 
. . 
Total do Não Circulante Total do Patrimônio 
Líquido 
 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
 
 
 
 B) Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial com agrupamentos de contas 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE 
. Disponibilidades 
. Realizações (ou Créditos) 
. Despesas antecipadas 
 CIRCULANTE 
. Duplicatas a Pagar 
. Aluguéis a Pagar 
. Empréstimos a Pagar 
. ICMS a Recolher 
Total do Circulante Total do Circulante 
NÃO CIRCULANTE 
 . Realizável a longo prazo 
 . Investimento 
 . Imobilizado 
 . Intangível 
 . Diferido 
 
 NÃO CIRCULANTE 
. Exigível a longo prazo 
. Resultados não realizados 
Total do Não Circulante 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
. Capital Social 
. Reservas de Capital 
. Reservas de Lucros 
. Ajuste de Aval. Patrimonial 
. (-) Ações de Tesouraria 
. (-) Prejuízos Acumulados 
 
Total do Não Circulante Total do Patrimônio 
Líquido 
 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
33 
 
C) Modelo completo do da estrutura do Balanço Patrimonial contemplando grupos, 
subgrupos e algumas contas. 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE CIRCULANTE 
Disponível Duplicatas a Pagar 
Caixa Salários a Pagar 
Bancos c/Movimento Encargos Sociais a Recolher 
Aplicações de Liquidez Imediata Impostos Federais a Recolher 
Total do Disponível Impostos Estaduais a Recolher 
 Impostos Municipais a Recolher 
Créditos Empréstimos Bancários 
Duplicatas a Receber Provisão para IRPJ 
Empréstimos a Receber Provisão para Cont. Social 
Estoques de Mercadorias Dividendos a Pagar 
Total do Realizável a Curto Prazo Alugueis Recebidos Antecipadamente 
Despesas antecipadas 
TOTAL DO CIRCULANTE 
 
Assinatura de Jornais e Revistas NÃO CIRCULANTE 
Seguros pagos antecipadamente (Seguros a 
Vencer) 
 Exigível a Longo Prazo 
Alugueis pagos antecipadamente (Aluguéis a 
Vencer) 
 Financiamentos 
Total das Despesas antecipadas Empréstimos Bancários 
TOTAL DO CIRCULANTE Empréstimos de Coligadas/Controladas 
NÃO CIRCULANTE Empréstimos de Sócios 
Realizável a Longo Prazo – Atividades 
Usuais 
 Total do Exigível a Longo Prazo 
Empréstimos a Sócios Resultados não Realizados 
Empréstimos a Coligadas/Controladas Lucros em Participações Societárias 
Despesas de Exercícios Futuros Ganhos de Doações/Subvenções p/ 
investimentos 
 
Total do Realizável a Longo Prazo (-) Encargos tributários 
Investimentos Total do Res. Não Realizados 
Participações Societárias TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 
Imóveis para Renda PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Obras de Arte Capital Social 
Total dos Investimentos (-) Capital a Realizar 
Imobilizado - Bens em operação Reservas de Capital 
Veículos Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Móveis, Máquinas e Equipamentos Reservas de Lucros 
Equipamentos de Informática (-) Ações em Tesouraria 
(-) Depreciação Acumulada (-) Prejuízos Acumulados 
Total do Imobilizado TOTAL DO PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
Intangível 
Marcas e Patentes 
Direitos Autorais 
(-) Amortização Acumulada 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
34 
 
Total do Intangível 
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
 BALANÇO PATRIMONIAL - 2016 EMPRESA OMEGA LTDA 
 
ATIVO R$ PASSIVO R$ 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
Caixa 16.000,00 Fornecedores 58.000,00 
Bancos 20.000,00 Salários a pagar 32.000,00 
Aplicações financeiras Imediatas 12.000,00 
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 70.000,00 
Duplicatas a Receber de Clientes 24.000,00 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Aluguéis Antecipados 7.000,00 Empréstimos Bancários 26.000,00 
Estoques de Mercadorias 40.000,00 Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo 38.000,00 
 Obrigações Fiscais - Parcelamentos 12.000,00 
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 
119.000,00 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
76.000,00 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
PATRIMONIO LIQUIDO 
 
Imóveis para renda 23.000,00 Capital Social a Realizar -36.000,00 
Terrenos 15.000,00 Capital Social 98.000,00 
Máquinas e Equipamentos 90.000,00 Lucros Acumulados 43.000,00 
Veículos 24.000,00 TOTAL DO PATRIMONIO LIQUIDO 125.000,00 
Depreciação Acumulada -15.000,00 
Terrenos 15.000,00 
 
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 152.000,00 
TOTAL DO ATIVO 271.000,00 TOTAL PASSIVO 271.000,00 
Observações importantes sobre o Balanço Patrimonial 
 
 Origem e fonte dos recursos 
 
No Balanço Patrimonial o Passivo representa a origem, fonte, captação ou 
financiamento dos recursos (ou seja, de onde vêm os recursos da empresa). Esses recursos 
podem ser oriundos dos sócios e da própria atividade empresarial (Capital Próprio) ou de 
terceiros (Capital de Terceiros ou Capital Alheio). 
O Ativo representa a aplicação ou investimento desses recursos (ou seja, mostra para 
onde vão os recursos obtidos pela empresa). 
 
 
 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Termos técnicos utilizados 
 
 Aplicação dos Recursos ou Aplicação dos Capitais: É o valor total do Ativo. 
Representa a soma dos Bens e Direitos. 
 
 Origem dos Recursos ou Fonte de Capitais: É o valortotal do Passivo. 
Representa a soma das Obrigações e PL. 
 
 Recursos Próprios, Capital Próprio ou Passivo não Exigível: É o mesmo que 
Patrimônio Líquido. Significa recursos do proprietário da empresa. 
 
 Recursos Alheios, Capital Alheio, Recursos de Terceiros, Capital de Terceiros ou 
Passivo Exigível: É o mesmo que Obrigações. São os recursos obtidos pela 
empresa que geram dívidas para a empresa. 
 
 Origem dos Recursos ou Fonte dos Capitais: É a soma das obrigações com o 
Patrimônio Líquido (Recursos Alheios + Recursos Próprios). 
 
 Aspecto qualitativo e quantitativo 
 
O BP é apresentado sob dois aspectos: 
a) o aspecto qualitativo, que dá nome aos elementos componentes do Balanço 
Patrimonial; 
b) o aspecto quantitativo, que atribui aos respectivos elementos, seus valores em 
moeda corrente nacional. 
 
ATIVO 
Destino/Aplicação/Investimento 
(Para onde vão os recursos) 
PASSIVO 
Origem/Fonte/Financiamento 
(De onde vem os recursos) 
 Valores circulantes: 
Bens/Direitos que se movimentam devido à 
atividade empresarial a qual a empresa se 
destina. 
 
 Valores não-circulantes: 
Bens/Direitos com movimentação muito 
lenta ou adquiridos sem intenção de venda. 
 
 Valores oriundos de terceiros: obtidos 
através da contração de dívidas 
(obrigações exigíveis). 
 
 Valores oriundos ou pertencentes aos 
proprietários (PL): 
Obtidos através dos sócios (capital) ou 
da atividade empresarial (lucro). 
 
 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
36 
 
 
EXERCICIO 08 
 
 
1. O Balanço Patrimonial é dividido em duas colunas, que são: do lado 
 
Esquerdo................................... e do lado direito......................................................... 
 
2. A quantia inicial concedida pelos proprietários denomina-se contabilmente? 
 
3. Pela Lei 6.404/76 das S.A. o lado direito do Balanço Patrimonial é denominado? 
 
 ( ) Passivo 
 ( ) Passivo e Patrimônio Líquido 
 ( ) Origens de capital 
 ( ) Capital de terceiros e Capital Próprio 
 
10. Pela Lei 6.404/76 das S.A. o lado esquerdo do Balanço Patrimonial é denominado? 
 
 ( ) Ativo 
 ( ) Passivo e Patrimônio Líquido 
 ( ) Origens de capital 
 ( ) Capital de terceiros e Capital Próprio 
 
4. O Balanço Patrimonial é apresentado sob dois aspectos, quais são? Explique. 
 
 
 
5. É o valor total do Passivo. Representa a soma das Obrigações e PL. 
 
 
6. São valores realizáveis (conversíveis em dinheiro) no curso do exercício social 
seguinte ao da data do Balanço (costuma-se dizer ‘até um ano da data do 
balanço’). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
37 
 
EXERCICIO 09 
 
Estruture o Balanço Patrimonial da Cia. Alfa em R$. 
 
Bancos 2.400 
Caixa 800 
Lucros Acumulados 5.700 
Fornecedores 160 
Duplicatas a receber 600 
Financiamentos a pagar (venctº daqui 3 anos) 2.000 
Impostos a recolher 160 
Estoque de mercadorias 1.000 
Moveis e Utensílios 5.120 
Máquinas e Equipamentos 6.000 
Obras de artes 5.000 
Participações societárias 4.000 
Salários a pagar 1.100 
Capital social 14.800 
Empréstimos bancários (longo prazo) 1.000 
 
 
Classifique as contas conforme o Balanço Patrimonial da Cia. Alfa. 
 
CONTA INFORMAÇÕES ADICIONAIS DÉBITO CRÉDITO CLASSIFICAÇÃO 
Caixa 26.000,00 Ativo circulante 
Aluguéis Antecipados Serão despesas no exercício seguinte 7.000,00 
Aplicações de Liquidez 
Imediata 
 15.000,00 
Aplicações em Incentivos 
Fiscais 
Direitos a serem resgatados após o final 
do exercício seguinte 
12.000,00 
Depreciação Acumulada Depreciação dos Bens Imobilizados 15.000,00 
Duplicatas a Receber – 
Coligadas 
Transações normais do objetivo da 
Companhia 
5.000,00 
Duplicatas a Receber de 
Clientes 
 34.000,00 
Importações de Mercadorias 
em Andamento 
Mercadorias destinadas à Revenda 5.000,00 
Estoques de Mercadorias 
para Revenda 
 4.000,00 
Gastos de Implantação de 
Nova Fábrica 
Gastos efetuados antes de iniciar o 
empreendimento (pré-operacionais) 
8.000,00 
Imóveis de Renda Não compõem a atividade principal da 
empresa 
25.000,00 
Investimentos em Títulos e 
Valores Mobiliários – 
Longo Prazo 
Serão resgatados após o término do 
exercício seguinte 
6.000,00 
Valores a Receber – 
Coligadas 
Não fazem parte das atividades normais 4.000,00 
Participações Societárias Investimentos efetuados em outras 
empresas 
3.000,00 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
38 
 
Provisão para Créditos de 
Liquidação Duvidosa 
 3.000,00 
Terrenos Fazem parte dos bens de uso da empresa 15.000,00 
Máquinas e Equipamentos Fazem parte dos bens de uso da empresa 80.000,00 
Títulos a Receber Serão recebidos até o final do exercício 
seguinte 
12.000,00 
Adiantamentos de Clientes Dívidas da empresa para com clientes, de 
curto prazo 
 12.000,00 
Capital Social a Integralizar Capital Subscrito que ainda não foi 
integralizado (pago) pelos sócios 
10.000,00 
Capital Social Subscrito 103.000,00 
Contas a Pagar 9.000,00 
Veículos Aquisição de bens 8.000,00 
Salários a pagar Obrigações com empregados 3.000,00 
Empréstimos Bancários Vencerão até o final do exercício seguinte 7.000,00 
Empréstimos e 
Financiamentos de Longo 
Prazo 
 Vencerão após o final do exercício 
seguinte 
 38.000,00 
Obrigações Fiscais Imp. a Recolher (até final exercício 
Seguinte) 
 31.000,00 
Reservas de Lucros Oriundos das vendas 58.000,00 
TOTAL 279.000,00 279.000,00 
 
EXERCICIO 10 
 
Observe o Balanço Patrimonial da empresa ABC em 31/12/2011: 
Balanço Patrimonial - empresa ABC 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante $ 30.000,00 Passivo Circulante $ 40.000,00 
Caixa $ 2.000,00 Fornecedores $ 30.000,00 
Bancos $ 13.000,00 Salários a pagar $ 7.000,00 
Estoque de mercadorias $ 15.000,00 Impostos a pagar $ 3.000,00 
Ativo Não Circulante $ 70.000,00 Patrimônio Líquido $ 60.000,00 
Máquinas e equipamentos $ 10.000,00 Capital social $ 65.000,00 
Móveis e utensílios $ 5.000,00 Prejuízos acumulados $ (5.000,00) 
Imóveis $ 55.000,00 
TOTAL $ 100.000,00 TOTAL 100.000,00 
 
Conforme Balanço Patrimonial acima analise e resposta qual o total de ativo imobilizado e 
qual total de dividas a curto prazo? 
 
 
 
 
EXERCICIO 11 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
39 
 
1. Lucros Acumulados – R$ 55.000,00 
2. Capital Social - R$ 200.000,00 
3. Empréstimos a pagar (daqui a 1,5 ano) – R$ 45.000,00 
4. Salários a pagar – R$ 40.000,00 
5. Fornecedores – (curto prazo) – R$ 100.000,00 
6. Contas a pagar (curto prazo) – R$ 15.000,00 
7. Obras-de-arte – R$ 10.000,00 
8. Máquinas e Equipamentos – R$ 40.000,00 
9. Imóveis (em uso nas atividades fins da empresa) – R$ 100.000,00 
10. Gastos pré-operacionais – R$ 50.000,00 
11. Móveis e Utensílios – R$ 30.000,00 
12. Caixa – R$ 70.000,00 
13. Veículos – R$ 80.000,00 
14. Duplicatas a Receber – R$ 85.000,00 
15. Impostos a Recolher – R$ 10.000,00 
 
RESPONDA 
 Qual o total de bens e direitos da empresa? ............................ 
 Quanto à empresa tem de dívidas no curto prazo? ....................... 
 Quanto à empresa tem disponível para efetuar pagamentos à vista? ..................... 
 Qual o total de patrimônio liquido da empresa? ................... 
 Qual o valor do Ativo Permanente Diferido? .......................... 
 Qual o valor do Ativo Permanente Imobilizado?..................... 
 Quanto à empresa deve a empregados, ao governo e a fornecedores?..................... 
 Qual o valor do Ativo Permanente Investimentos? ..........................8. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
Você já sabe, a gestão do patrimônio da empresa gera um resultado que poderá ser 
lucro ou prejuízo. 
O objetivo deste item é apresentar a você, de maneira bem simples, os procedimentos 
necessários para a apuração do resultado do exercício da empresa. 
a. Conceituação básica 
 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
40 
 
Apurar o resultado do exercício
2
 significa verificar se a empresa, em determinado ano, 
obteve lucro ou prejuízo. 
A empresa terá lucro quando seus ganhos (receitas) forem maiores que seus gastos 
(despesas). 
A empresa terá prejuízo quando suas receitas forem menores que suas despesas. 
 
 
 
Durante a Apuração do Resultado do Exercício (ARE), as contas de resultado (receitas, 
despesas e custos) vão encerrando seus saldos, o que significa que essas contas ‘aparecem’ 
durante o exercício social e ‘encerram-se’ na apuração do resultado. 
Para encerrar as contas de despesas e de custos, os saldos das mesmas deverão 
transferidos para a conta ARE. Para tanto, os mesmos deverão ser creditados nas respectivas 
contas (ficando com saldo zero) e debitados na conta ARE. 
Para encerrar as contas de receitas, os saldos das mesmas deverão transferidos para a 
conta ARE. Para tanto, os mesmos deverão ser debitados nas respectivas contas (ficando 
com saldo zero) e creditados na conta ARE. 
Após as transferências deverá ser apurado o saldo as conta ARE, podendo ocorrer uma 
das duas situações abaixo: 
 
 Se o saldo da conta ARE for devedor significa que as despesas da empresa 
foram maiores que suas receitas e, portanto, obteve prejuízo no período. 
 
 Se o saldo da conta ARE for credor significa que as receitas da empresa foram 
maiores que suas despesas e, portanto, obteve lucro no período. 
 
8.2 Demonstração Dedutiva 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado das 
receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma 
dedutiva (Vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o 
resultado (lucro ou prejuízo). 
 
2
 Exercício Social: representa um ano de atividade. Geralmente, a empresa o faz coincidir com o ano civil, ou 
seja, inicia-se em 01.01.XX e vai até 31.12.XX. 
 
Lucro ou Prejuízo = Receitas – Despesas 
Lucro = Receita > Despesa 
Prejuízo = Receita < Despesa 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
41 
 
 
Receita 
(-) Despesas Sentido vertical 
 (dedutivo) 
Lucro ou Prejuízo 
A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresas que não requeiram dados 
pormenorizados para a tomada de decisão, como é o caso de bares, restaurantes e 
mercearias. Deve evidenciar o total de despesa deduzido da receita, apurando-se, assim, o 
lucro, sem destacar os principais grupos de despesas. 
Transferência do saldo da DRE para Lucros Acumulados ou Prejuízos 
As contas de Receitas e Despesas (contas de resultado) serão encerradas, no final do 
exercício, para a apuração do lucro ou prejuízo. 
O confronto entre receitas e despesas provoca variações na estrutura do Patrimônio 
Líquido afetando diretamente a grandeza Patrimonial de uma empresa. 
BALANÇO PATRIMONIAL 
DRE 
Ativo Passivo 
1. Ativo Circulante 
 
(Capital Circulante ou de Giro) 
1. Passivo Circulante 
2. Passivo não Circulante 
 
(Capital de Terceiros) 
 
(+) Receitas 
(-) Despesas/Custos 
2. Ativo não Circulante 
 
 (Capital não Circulante) 
 
3. Patrimônio Líquido 
(Capital Próprio) 
 
 
(=) Lucro ou Prejuízo 
 (aumenta / diminui PL) 
 9.3 Estrutura sintética da Demonstração do Resultado do Exercício 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) - Simplificada 
Itens $ 
Receita Operacional Bruta (ROB) de Vendas
3
 
(-) Deduções da Receita Operacional Bruta
4
 
(=) Receita Operacional Líquida (ROL) 
(-) CMV/CSP/CPV
5
 
 
3
 A Receita Operacional Bruta (ROB) poderá desmembrar-se em: Vendas de Mercadorias (comércio), Vendas 
de Produtos (indústrias) ou Vendas de Serviços (prestação de serviços) 
4
 As deduções da ROB representam as diminuições referentes às vendas canceladas (devoluções dos clientes), 
abatimentos concedidos aos clientes (na Nota Fiscal) e aos tributos que incidem sobre o faturamento da 
empresa (ICMS, ISS, PIS, COFINS etc.). 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
42 
 
(=) Resultado Bruto
6
 
(-) Despesas Operacionais: 
 Administrativas 
 Comerciais 
 Financeiras 
(=) Resultado Operacional 
(+) Receitas Financeiras e demais ganhos 
(=) Resultado Líquido
7
 antes do IRPJ e da CSLL 
(-) Provisão para IRPJ e CSLL
8
 
(=) Lucro do Exercício após IRPJ e CSLL
9
 
 
Observações importantes: 
 
 Os valores a serem diminuídos serão indicados entre parênteses. 
 A DRE poderá ser elaborada em duas colunas: na primeira coluna serão 
descriminados os valores parciais de cada item e na segunda coluna os valores totais. 
 Estrutura analítica da Demonstração de Resultado do Exercício 
(+) Receita Operacional Bruta 
 Receita Bruta de Vendas de Mercadorias 
 Receita Bruta de Prestação de Serviços 
(-) Deduções sobre Vendas 
 Impostos sobre vendas 
 Devoluções de Vendas 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custos sobre Vendas 
 Custo sobre mercadorias vendidas 
 Custos sobre Prestação de Serviços 
 Custos sobre Produtos elaborados 
(=) Resultado Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
 Despesas com Vendas (ou Comerciais) 
 Despesas Administrativas 
 Despesa Financeira 
 Outras 
(+) Receitas Financeiras ou outros ganhos 
(=) Resultado líquido antes da contribuição social e o imposto de renda 
 
5
 CMV (Custo das Mercadorias Vendidas); CSP (Custo dos Serviços Prestados); CPV (Custo dos Produtos 
Vendidos). 
6
 A empresa poderá apresentar Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto. O Resultado Bruto é também chamado de RCM 
(Resultado da Conta Mercadorias ou Resultado Com Mercadorias). 
7
 A empresa poderá apresentar Lucro Líquido ou Prejuízo Líquido. 
8
 Só haverá Provisão para pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido (CSLL) se a empresa apresentar resultado positivo (lucro). 
9
 Valor igual ao saldo de ARE. 
Apostila atualizada em Agosto 2017 
 
43 
 
(-) Contribuição Social sobre o lucro e o imposto de renda 
 Contribuição Social sobre o lucro apurada 
 Imposto de Renda Sobre o Lucro apurado 
(-) Participações 
 Empregados 
 Sócios e Acionistas 
(=) Lucro Líquido do Exercício (LLE) 
 
Definição dos termos da DRE 
Receita Operacional Bruta (ROB): é gerada da venda de bens e/ou serviços 
prestados pela empresa, provenientes da operação principal da atividade da empresa. 
Deduções sobre a ROB: estão condicionadas à realização de vendas/serviços 
(Impostos, devoluções, abatimentos, etc.). 
Receita Operacional Líquida (ROL): é a diferença entre a receita operacional bruta 
e as deduções sobre a mesma. 
Custos sobre Vendas (CPV/CSP/CMV): são gastos efetuados com a produção dos 
bens vendidos, com os serviços prestados e com as mercadorias vendidas. 
Resultado Bruto (RB): é a diferença entre a ROL e os custos sobre das vendas dos 
produtos/serviços/mercadorias. É utilizado para apuração da Margem Bruta. 
Despesas Operacionais (DO): são os gastos necessários ao funcionamento da 
empresa. Estão associadas às atividades principais e secundárias. 
Resultado Operacional (RO): é a diferença entre o RB e as DO. Este resultado 
revela a eficiência operacional da empresa, medida exclusivamente em função de suas 
operações normais realizadas para manutenção da atividade fim. É utilizado para apuração 
da

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