Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DO CRESCIMENTO ECONÔMICO DESIGUAL E A INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DESENVOLVIMENTO DO PAÍS ALENCAR, Sharana Sousa Universidade Estadual do Piaui – UESPI. E-mail: Sharana.alencar@hotmail.com RESUMO Este artigo busca examinar a evolução do crescimento econômico no Brasil, enfatizando nas desigualdades regionais de renda no país através de uma pesquisa bibliográfica, com o objetivo principal de fazer uma análise histórica do processo econômico brasileiro, buscando refletir sobre o papel do estado nas etapas desse processo. Para tanto foi feita um estudo sobre a atuação do estado, e uma análise sobre as teorias do crescimento econômico divergente e convergente. Palavras chave: economia brasileira, convergência e divergência, desigualdades regionais, disparidades, Brasil. ABSTRACT This article seeks to examine the evolution of economic growth in Brazil, emphasizing the regional income inequalities in the country through a bibliographical research, with the main objective of making a historical analysis of the Brazilian economic process, seeking to reflect on the role of the state in the stages of this process. In order to do so, a study was made on the performance of the state, and an analysis on theories of divergent and convergent economic growth. Keywords: Brazilian economy, convergence and divergence, regional inequalities, disparities, Brazil. mailto:Sharana.alencar@hotmail.com INTRODUÇÃO Economia é algo inconstante, principalmente quando se trata dela num ângulo nacional. Sendo assim, o presente artigo visa discorrer sobre a situação econômica do Brasil, desde meados dos anos 80 até a atualidade analisando seu crescimento e o impacto da intervenção do governo nessas oscilações. Quando buscamos informações sobre a história do nosso país, percebe-se que o crescimento econômico no território nacional brasileiro desde o inicio surge mais concentrado em algumas regiões do que nas outras, nesse sentido, o desenvolvimento em uma região, não acompanhou as demais o que ocasionou uma série de desigualdades regionais, na economia, educação, saúde, etc. Com base em levantamentos e pesquisas feitas por órgãos competentes, como IPEA, nota-se que os países nos quais a desigualdade social e econômica é alta, também e caracterizam elevados índices de desemprego, criminalidade, falha no acesso ao serviço público de qualidade, diferenciação de tratamento das pessoas em detrimento de renda etc. Esse trabalho se justifica no fato das crescentes desigualdades sociais e econômicas despertarem grande interesse acadêmico e não acadêmico, por possuir alta relevância nos conhecimentos de quem estuda ou trabalha com a economia de forma direta ou indireta. Além do mais, nota- se que quando são analisadas as desigualdades, elas estão de novo, ausentes como objeto explícito de políticas públicas nacionais, que na maioria das vezes não possuem o efeito que deveria q acaba prejudicando ou não tendo efeito algum no sentido de diminuir a desigualdade. Um exemplo de política pública com efeito negativo, é o programa bolsa família, criado pela lei 10.836, de 2004, com o intuito de unificar alguns programas do governo de Fernando Henrique Cardoso com programas do governo Lula, entre eles estão o Bolsa alimentação, Bolsa escola, Auxílio-Gás, Cadastramento Único do Governo Federal, etc. Por um lado, o bolsa família é um meio do governo transferir renda direta para brasileiros em situação de extrema pobreza no País, que apesar de ter diminuído a pobreza nacional num âmbito geral, por outro lado tem sido uma das principais causas de altos gastos sem retornos do estado, o que ocasiona consequências negativas. Esse artigo tem como objetivo geral, fazer uma análise histórica do processo econômico brasileiro, buscando refletir sobre o papel do estado nas etapas desse processo. Já os objetivos específicos tratam de apresentar seus resultados, analisando a evolução das desigualdades regionais no processo de crescimento econômico, traçando algumas conclusões referentes ao crescimento atual da economia brasileira. Com o intuito de tornar esse um assunto de fácil compreensão até para os mais leigos no assunto, expondo algumas situações e informações relevantes que possam enriquecer o conhecimento de quem tem interesse na macroeconomia. Quanto a metodologia utilizada na realização do trabalho, trata-se da pesquisa bibliográfica, segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), esse tipo de análise “compõe o método básico para os estudos monográficos, através dos quais se procura alcançar o domínio sobre determinado tema”. Sendo desenvolvido a partir de materiais que publicados em livros e artigos que tratam do assunto em questão. CRESCIMENTO ECONÔMICO E DAS DESIGUALDADES REGIONAIS NO BRASIL No Brasil, o crescimento econômico se desenvolve de maneira concentrada em algumas regiões, para posteriormente dividir-se a todo o território nacional. De acordo com Perroux (1977), “ao se iniciar o processo de desenvolvimento numa região, desperta-se uma sequência de forças de atração aos mais diversos tipos de atividades econômicas de outras localidades”. Isso faz com que as regiões acabem se desenvolvendo num ritmo diferente, resultando nas desigualdades regionais do país. Isso acontece por que os efeitos do crescimento das atividades econômicas vão depender das relações econômicas inter-regionais, assim, não são homogêneos. OLIVEIRA (pag.02) afirma que, “algumas regiões possuem tendência de ficarem estagnadas”, para justificar sua afirmação o autor diz que isso ocorre em detrimento da concorrência com aquelas que têm propensão maior à expansão da sua economia, e acabam por crescer por consequência do caráter complementar de sua própria economia com a região central. Para desenvolver tal assunto, adiante será discorrido sobre as teorias do crescimento econômico divergente de Myrdal, teoria do desenvolvimento convergente de Williamson e sobre a evolução do crescimento da economia brasileira, com base nos variados estudos realizados nas últimas décadas, em função dessas teorias. A TEORIA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO DIVERGENTE Com essa teoria, Myrdal possuía como principal objetivo averiguar as razões que ocasionam as desigualdades de crescimento econômico nas regiões. Na visão Myrdal, o crescimento econômico não vai em direção ao equilíbrio, em consequência do motivo circular, pois uma mudança no sistema, de modo geral, provocaria uma reação na mesma direção de onde veio a alteração. Assim, a partir do momento que se inicia o processo de desenvolvimento em um local, as economias internas e externas crescentes passam a garantir a sequência do crescimento econômico em função das outras regiões. Em síntese, predominando o jogo das forças de mercado, nas regiões periféricas ocorrerá um processo acumulativo decrescente, enquanto na região central o processo acumulativo será crescente, ocasionando o aumento das desigualdades entre as regiões do país. O fluxo de migração é o meio pelo qual se desenvolve o processo acumulativo. Normalmente, esses movimentos de migração acontecem em regiões em expansão, e acabam por dar origem tanto a estímulos favoráveis (propulsores), quanto desfavoráveis (regressivos). Os efeitos propulsores, são provenientes da região central, e estabelecem influência positiva na produção e no emprego das atividades econômicas das regiões circunvizinhas. Enquanto os efeitos regressivos efetuam o esgotamento dos fatores produtivos das regiões vizinhas para a região central. É importante destacar que segundo o autor, os efeitos regressivos tem força maior do que os propulsores nas regiões mais pobres e menor força nas regiões mais ricas, outro fator que influencia nas diferenças regionais. Nesse sentido, é por isso que a intervençãodo estado na economia se faz indispensável, pois é ele quem vai buscar equilibrar as disparidades regionais. Myrdal seguia o pensamento de que, quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, mais forte serão os seus efeitos propulsores e menores os regressivos. O gráfico 1 a seguir sintetiza o pensamento do autor. Gráfico 1 – VISÃO DE MYRDAL Segundo Myrdal (1968), o papel O estado fundamenta-se na implementação de políticas econômicas, no intuito de inabilitar as forças de mercado que promovem os efeitos regressivos, e favorecer as forças de efeitos propulsores. Portanto, se torna função do estado promover o desenvolvimento regional, buscando ao máximo tornar neutros os efeitos regressivos, sem prejudicar o desenvolvimento da economia nacional. Na visão do autor, a diminuição das disparidades regionais só se tornaria possível por meio da criação de atividades interdependentes entre regiões atrasadas e regiões desenvolvidas. EFEITOS PROPULSORES EFEITOS REGRESSIVOS DESENVOLVIMENTO DESIGUALDADES REGIONAIS MEDIDAS POLÍTICAS Fonte: Autoria própria (2018) TEORIA DO CRESCIMENTO CONVERGENTE A teoria do crescimento convergente trata do estudo de Williamson (1977). O ponto de vista do autor se difere totalmente do anterior, pois para ele, é o próprio mercado que promove a concentração regional da renda. A partir do pensamento de Kuznets (1955) Williamson definiu uma visão relacionada, onde as desigualdades regionais da renda crescem significativamente nos primeiros estágios do desenvolvimento econômico, e acabam por atingir o limite máximo a longo do tempo. Durante as primeiras fases do desenvolvimento econômico nacional, é onde se originam as disparidades de renda entre as regiões, ocorrendo divergências, enquanto nas fases seguintes, quando as regiões já têm suas economias fortalecidas, inicia-se o processo de convergência de renda para as regiões mais desenvolvidas. Representando a visão de Williamson, conforme pode representado no gráfico 2, onde no eixo das ordenadas se encontram as desigualdades regionais e no eixo das abscissas a variável temporal, temos como resultado a seguir: Gráfico 2 – VISÃO DE WILLIAMSON As proporções dessa curva representa que as diferenças nas fases iniciais do crescimento econômico são baixas, crescentes ao longo do desenvolvimento e decrescentes no final do processo. A curva criada por Williamson caracteriza o grau de diferenças regionais no tempo, examinado TEMPO (T) VW (ÍNDICE DE WILLIAMSON) I II III Fonte: Haddad, E. (2006). pelo índice Vw, que equivale a um coeficiente que mede as disparidades do PIB dos estados em relação ao PIB do país. Para Williamson, a flexibilidade da mão de obra nas primeiras fases do desenvolvimento, evidenciam as mesmas características julgadas por Myrdal. A migração entre as regiões em função do trabalho se torna seletiva, por conta dos custos elevados. A migração de capital, é de inicio atraído pelas economias externas e beneficiam aquelas que são mais prósperas. Além de, a intervenção de o estado possuir o poder de ampliar essas disparidades entre as regiões, de acordo com a intensidade dos investimentos naquelas que se encontra em expansão. Contudo, na visão de Williamson, ao longo do processo, no seu estágio já avançado, aqueles elementos que promovem as desigualdades regionais tendem a diminuir, tornando atuantes os mecanismos de equilíbrio. CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO E AS DESIGUALDADES REGIONAIS Do ponto de vista industrial, a crescimento da economia brasileira se desenvolveu de maneira desregrada e convergida geograficamente. O processo aconteceu especialmente, nas regiões sul e sudeste, principalmente no estado de São Paulo, provocando significativas desigualdades regionais no resto do Brasil. De acordo Sousa (1990), a concentração das indústrias em São Paulo foi crescente até o final da dos anos setenta, quando sua participação no produto interno bruto da indústria atingiu o maior estágio, e começou a declinar a partir do período do milagre econômico até a metade dos anos oitenta. Para explicar as desigualdades regionais da renda brasileira, as razões apontadas são diversas, sendo que boa parte dessas razões estão vinculadas à maneira pela qual o país foi colonizado. Por exemplo, Leff (1972), estabelece como sendo uma dessas razões o fato da região sudeste dispor de terras consideravelmente mais férteis do que as terras nordestinas, especialmente nos tempos de colônia quando a produção de café era a maior responsável pelo dinamismo economia brasileira, em função das exportações do produto para o mercado estrangeiro. Já para Deslow (1973), a causa primordial do desenvolvimento discrepante entre as regiões, se encontra na implementação mais intensiva de infraestrutura na região sudeste, que proporcionou a geração de economias no local. Além do mais, o desenvolvimento da rede ferroviária da região em função da indispensabilidade de vias de transporte para as exportações do café também facilitou o desenvolvimento da região. O governo ao implantar a infraestrutura rodoviária e portuária, facilitou o vazamento da produção de café ao mercado externo, tendo como consequência a geração de benefícios para o mercado interno. Podemos acrescentar também, os frequentes fluxos migratórios para região centro-sul e sua localização estratégica, que era utilizada como passagem de correntes comerciais vindas do centro-oeste e do sul com destino a Capital Federal. Em resumo, essas são algumas características que influenciaram desde o inicio para o desenvolvimento da região centro-sul. A pouca ligação econômica entre as regiões, especialmente das pouco desenvolvidas com os setores mais prósperos, ocasiona a ampliação das divergências econômicas entre as regiões durante o período citado no parágrafo anterior. Graham (1969), reforça com a visão de que ao longo dos anos 40, as migrações internas induziram ao aumento das desigualdades regionais da renda nacional, enquanto na década seguinte reduziram essas diferenças. Nos anos 50, quando as disparidades tiveram diminuição e isso pode ser entendido tomando como base a política governamental, que desde o começo da década, colaborou para a diminuição das disparidades regionais do país, com a implantação de organismos e projetos. A década de 50 foi uma fase de grandes transformações na economia do Brasil, especialmente no setor da indústria que além de ampliar as elevadas taxas, explorou mudanças na maneira da produção. Entretanto, na década seguinte, os resultados são mais variados, e Redwood III afirma que aconteceu uma diminuição da distância entre as rendas per capita de alguns estados do Nordeste e de São Paulo. Contudo, o autor ressalta que isso não representa a diminuição das diferenças entre as regiões, isso por que deve ser levado em conta papel das migrações e de outros elementos na definição da renda média por habitante. De acordo com ele, as migrações internas da época foram bastante intensas e de certa forma se encaminhavam apenas aos centros mais industrializados, que disponibilizavam maior oferta de serviços, isso ocasionou na significativa diminuição da renda por habitante dessas regiões. Enquanto nas regiões com menor industrialização aconteceu o inverso, diminuiu a quantidade de pessoas, o que aumentou a renda por habitante. Mas foi na década de setenta, de acordo com as pesquisas de Souza, que ouve uma crescente queda nas diferenças de renda entre as regiões. Esse fato, segundo o autor, pode ser explicado, novamente, pela participação do governo na economia, nesse caso com a com a implantação do II PND (Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento) e as políticas de incentivos às exportações dos anos setenta e oitenta (GOULARTIFILHO, 2006). O segundo Plano Nacional de Desenvolvimento tinha significantes e exclusivos investimentos na região nordestina do país, onde se destacavam o Complexo Portuário de Suape em Pernambuco, Complexo Cloroquímico de Alagoas e Sergipe, no Polo Petroquímico de Camaçari na Bahia entre outros diversos exemplos. Salientou Souza (1993, p. 54) que a descentralização da atividade econômica no Brasil, tem advindo principalmente da ação do governo federal, no intuito de ocupar os espaços vazios, aproveitando melhor os recursos naturais das regiões periféricas, através de investimentos em grandes projetos, como os de extração de minerais, infraestrutura básica etc. Essas ações vem a facilitar a interligação das atividades econômicas das regiões menos desenvolvidas com as mais prósperas. Cano (1997) concorda com a desconcentração econômica regional ocorrida no período 1970-1985. Principalmente nas regiões que tinham infraestrutura social consideravelmente desenvolvida. A queda nas disparidades regionais, constatada no período anterior, se mantém estável durante a década de noventa. São muitos os motivos que auxiliaram nessa afirmação, dentre eles estão, a globalização que trouxe a expansão mundial econômica, advinda com, os programas sociais do governo federal, o programa de privatização das empresas estatais, iniciados nos anos noventa, e intensificados na atualidade, esses são apenas alguns dos exemplos se podemos destacar ao longo desse período estudado. Guimarães Neto (1995) destaca o processo de integração comercial e produtiva, que se deu no Brasil nas últimas décadas, como responsável pela redução das disparidades regionais no país, pois de acordo com o autor para manter o processo de industrialização, se formou um vínculo comercial entre as regiões brasileiras e assim as demais regiões do país passaram a ajustar sua estrutura produtiva a da região Sudeste. O autor conclui que a articulação produtiva, só se tornou real por conta da existência de recursos naturais em cada região e pela intervenção do Estado como agente orientador de investimentos. CONCLUSÃO Percebe-se que analisar a dinâmica das economias inter-regionais é uma forma relevante de entender além das singularidades de cada região, mas também como se deu o desenvolvimento da dinâmica da economia nacional. Essas diferenças sociais e econômicas são consequências de falhas que vêm desde o inicio da história do país, entretanto, dispomos de visões mais específicas que sugerem hipóteses, um exemplo disso é Langoni (1973), que em seu trabalho sobre a desigual distribuição de renda no Brasil, estuda rigorosamente, a forma que a renda é gerada e evidenciada pelo mercado de trabalho a partir da diversidade da potência de trabalho em relação à idade, setor de atividade, região, nível educacional etc. Chegando a conclusão de que, um dos mais relevantes determinantes da desigual distribuição de renda são as falhas no sistema educacional. A partir das informações apresentadas ao longo do trabalho, que sem dúvidas não se fazem suficientes para levantar todos os dados econômicos possíveis, entretanto nos permitem constatar que o caminho traçado pela economia brasileira regional e nacional possui elevados índices de diferenças econômicas, que não são responsabilidade apenas divisão regional de trabalho onde os grandes centros industriais e regiões com suas "especializações" atraiam um maior número de gente, mas, principalmente à maneira como, ao longo do tempo, nas diferentes fases do desenvolvimento da economia nacional, vai se dando o movimento da economia do país. Nesse sentido, viu-se que as regiões das periferias possuíam estruturas econômicas produtivas bem menos complexas que as das regiões mais industrializadas, e consequentemente traçaram trajetórias diferentes na medida que se forma a fronteira onde ocorre se dá o avanço da exploração de recursos naturais, e de suas potencialidades, ou, até mesmo, em função da localização de alguns investimentos que mesmo sendo de pequeno porte acaba por ocasionar impacto significante sobre a sua economia. No intuito de compreender essas relações econômicas dentro de um âmbito nacional foi analisada a teoria de Myrdal, onde se destacou a relevância da intervenção governamental para atenuar as disparidades regionais da renda, e a Teoria de Williamson, que fala sobre a convergência de tais disparidades no longo prazo, através da ação do mercado em si. Viu- se que a evolução das desigualdades regionais brasileira ficou basicamente restrita ao período que se encontra entre a década de quarenta até a metade dos anos oitenta. Em resumo, sobre o papel do estado, principalmente no âmbito estadual e federal, na determinação das disparidades de renda entre as regiões, o mesmo se mostrou presente na economia brasileira, ao longo das décadas analisadas. Além do mais, boa parte das desigualdades pode ser atribuída ao setor público, à medida que é responsabilidade dele grande parcela do produto nacional, por meio do sistema tributário, e gasto de forma diferenciada geograficamente, através da prestação de serviços e investimentos públicos dispersos ou concentrados no território nacional. Por fim, é possível tirar como conclusão desse trabalho, que o Estado possui o poder de melhorar a economia não só de uma região, mas o país como um todo, desde que intervenha de maneira correta. Entretanto, não é isso que percebemos ao longo da história e nem mesmo nos dias atuais onde há uma grande crise presente. REFERENCIAS BOLSA FAMÍLIA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2017. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bolsa_Fam%C3%ADlia&oldid=49 366499>. Acesso em: 21 jul. 2018. BRUNO, M. Acumulação de capital e crescimento econômico no Brasil: uma análise do período 1950-2006. In: SICSÚ, J. CANO, Wilson. Concentração e desconcentração econômica regional no Brasil: 1970/95. In: Economia e Sociedade. Campinas: IE/UNICAMP, n. 8, jun, 1997. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. COSTA PINTO, E. Bloco no poder e governo Lula: grupos econômicos, política econômica. DENSLOW, David. Origens das desigualdades regionais. Estudos Econômicos, v. 3, n. 1, p. 65-88, 1973. GITMAN, L. J. Princípios da Administração Financeira. São Paulo: Bookman, 2000 GOULARTI FILHO, Alcides. A Questão regional no Brasil: uma introdução ao debate. Textos de Economia, Florianópolis. vol. 9 , no 1, p.09-22 , jan./jun. 2006. GUIMARÃES NETO, Leonardo. Desigualdades regionais e federalismo. In: SILVA, PEDRO L. BARROS & AFFONSO, RUI DE B. ÁLVARES (Orgs.). Desigualdades regionais e desenvolvimento. São Paulo: FUNDP; UNESP, 1995. GRAHAM, Douglas H. Padrões de convergência e divergência do crescimento econômico regional e das migrações no Brasil 1940/60. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, FGV, 23 (3), p. 57-76, jul/set, 1969. HADDAD, Eduardo. Cenário Econômico Setorial Regional: 2007-2023. Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Fipe. São Paulo, 2006. KUZNETS, Simon. Economie growth and income inequality. American https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bolsa_Fam%C3%ADlia&oldid=49366499 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bolsa_Fam%C3%ADlia&oldid=49366499 Review, 45 (1), p. 1-28, mar, 1955. LEFF, N. Desenvolvimento econômico e desigualdade regional: origens do caso brasileiro. Revista Brasileira de Economia, v. 26, n. 1, p. 3-21, jan./mar, 1972. MYRDAL, Connar. Teoria econômica e regiões subdesenvolvidas. Rio de Janeiro, Saga, 1968. NURSKE, Ragnar. Problemas da formação de capital em países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957. OLIVEIRA, Júlio. Análise do crescimento econômico e das desigualdades regionais no Brasil. PAULANI,Leda. A inserção da economia brasileira no Cenário mundial: uma reflexão sobre A situação atual à luz da história. 2012. PERROUX, François. O conceito de pólos de crescimento. In: SCHARTZMAN, Jacques. Economia regional: textos escolhidos. Belo Horizonte: Cedeplar, p. 145-156, 1977. REDWOOD III, John. Evolução recente das disparidades de renda regional no Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, IPEA, 7 (3), p. 485-550, dez, 1977. SOUZA, Nali de Jesus de. Polarização e despolarização industrial no Brasil e no Rio Grande do Sul. Análise Econômica, Porto Alegre: FCEIUFRGS, Ano 8, n. 13, p. 173-191, mar, 1990. WILLLAMSON, Jeffrey G. Desigualdade regional e o processo de desenvolvimento nacional: descrição dos padrões. ln: SCHWARTZMAN, Jacques, Economia regional: textos escolhidos. Belo Horizonte: Cedeplar, p. 53-116, 1977.
Compartilhar