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Aula 07 Geografia A integração do Brasil no processo de internacionalização da economia; O processo de industrialização e suas repercussões na organização do espaço Professor: Danuzio Neto Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 2 Recados importantes! NÃO AUTORIZAMOS a venda de nosso material em qualquer outro site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do curso, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 3 a. Teoria GEOGRAFIA DO BRASIL A integração do Brasil no processo de internacionalização da economia 1. As ideias centrais do primeiro tópico – Neste primeiro tópico (A integração do Brasil no processo de internacionalização da economia), é importante, antes de tudo, notarmos a importância de cada palavra e o conceito que cada uma delas guarda. O tópico é basicamente a sinergia de três ideias principais: INTERNACIONALIZAÇÃO (globalização), ECONOMIA e BRASIL. Note que o edital fala de uma internacionalização específica, a econômica. 2. Internacionalização da economia, mas também conhecida como globalização econômica – Em poucas palavras, chama-se de globalização o atual estágio de expansão do capitalismo. Este fenômeno é identificado principalmente como uma consequência do avanço tecnológico, especialmente nos aspectos da modernização dos sistemas de transporte e de telecomunicações, pois foi justamente a modernização destes sistemas que permitiu a aceleração de fluxos informacionais, dentre outros, de capitais, de pessoas e de mercadorias. Por conta de esses fluxos terem se acelerado principalmente nas últimas décadas, a ideia de globalização, tal como conhecemos, é relativamente recente. O primeiro uso desta palavra Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 4 se deu nos anos 1980 por consultores de empresas de escolas de administração nos Estados Unidos, que definiam estratégias de expansão para as empresas multinacionais sediadas naquele país. Foi só a partir da década de 1990 que a globalização passou a ser vista como um processo mais complexo tal como conhecemos hoje. Apesar de ser um processo de alcance global, como o próprio nome sugere, os fluxos não atingem a todos os lugares de maneira igual. 3. Origens da Globalização – As origens mais imediatas da expansão do capital são apontadas após a II Guerra Mundial e na Revolução Técnico- científica ou Informacional (também chamada de Terceira Revolução Industrial). Apesar disso, reconhece-se que a globalização é a continuidade do longo processo histórico de mundialização do capital, o que nos remota ao início da expansão marítima europeia. Sob este prisma, o início da mundialização do capital é identificado com o período das Grandes Navegações porque antes deste período o globo era composto por vários “mundos”, sendo que alguns deles sequer se comunicavam entre si. São exemplos destes mundos: o europeu ocidental, o asteca, o tupi, o zulu, o chinês, o árabe, dentre outros. Foi nessa época, portanto, das Grandes Navegações, que começou o processo de integração e interdependência planetária entre estes “mundos”. 4. Fases do capitalismo e a solidificação da globalização – Como podemos perceber, a globalização acabou por tornar o globo num espaço econômico cada vez mais homogêneo, onde pessoas, produtos e capitais transitam entre os países com cada vez maior liberdade. Resumidamente, podemos dizer, com base no que já analisamos, que a globalização deu os seus primeiros passos com o capitalismo comercial, expandiu-se com o capitalismo industrial e se solidificou com o capitalismo financeiro ou monopolista. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 5 4.1. Capitalismo comercial – Desenvolvido principalmente no século XVI a partir do mercantilismo, que era uma doutrina econômica que acreditava que o comércio era a grande fonte de riqueza das nações. Por conta desta visão, houve o esforço de vários países europeus no sentido de expandir seu comércio por meio das novas rotas marítimas em busca dos mercados da Ásia (seda e especiarias), da África (escravização de seres humanos) e da América (metais preciosos e produtos agrícolas tropicais). A integração econômica do globo, nesta fase, é considerada superficial, pois se deu exclusivamente no campo das relações comerciais e privilegiando poucos atores econômicos e poucas áreas geográficas. 4.2. Capitalismo industrial – É o regime econômico da primeira fase da Revolução Industrial (século XVIII) e que se caracterizou pela implantação de métodos que dinamizaram o processo produtivo de produtos manufaturados. Contribuíram para esta dinamização, por exemplo, a utilização de máquinas movidas a vapor (como o barco e a locomotiva a vapor) e inovações tecnológicas na área industrial (como o tear hidráulico e o tear mecânico). Nesta fase, consolidou-se também o liberalismo, que tinha, entre os seus objetivos, a plenitude do livre mercado. Por conta disto, os pensadores liberais desta época propunham a interferência cada vez menor do Estado na economia. Como desdobramento deste pensamento, definiu-se então uma divisão internacional do trabalho, que se caracterizava, de modo geral, por uma relação de interdependência entre os centros industriais dos países ricos e os países fornecedores de matérias- primas (as colônias da América, da Ásia e da África). Por conta de ter havido a substituição do tear artesanal pelas fábricas, que produziam tecidos numa quantidade bem maior num tempo bem menor, a indústria têxtil se tornou o setor mais importante deste período. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 6 4.3. Capitalismo financeiro – Com início no começo do século XX e presente até os dias de hoje, este período foi assim batizado por conta da crescente importância que os bancos e o sistema financeiro ganharam. É neste período que surgem as empresas transnacionais, a era das tecnologias da informação, o aumento da concorrência internacional e o fortalecimento dos monopólios e oligopólios. Se o interesse maior do capitalista no sistema anterior estava na produção industrial, neste período o interesse volta-se para os produtos financeiros. Este período é também conhecido como “capitalismo monopolista”. 5. A globalização não é só do capital – Apesar de o capital ser a faceta mais visível da globalização, esta é um fenômeno que abarca várias dimensões, como a política, cultural, social. Com a intensa revolução das tecnologias da comunicação (telefones, televisão e computadores), as fontes de informação também ficaram homogeneizadas por conta do alcance global e a crescente popularização de canais de televisão por assinatura, internet e serviços que são ainda mais modernos, como a Netflix (serviço de televisão) e o Spotify (serviço de música). Todos estes fatores levam a uma crescente homogeneização cultural entre os países. 6. Quem mais controla os fluxos – Como dissemos, a globalização não necessariamente alcança todos os países com a mesma intensidade. Ela se se fará mais presente em lugares que dispõem de maiores mercadores consumidores, melhores infraestruturas e, sobretudo, em grandes centros de poder econômico e político (Nova York, Londres, Tóquio, Paris, São Paulo).7. Empresas transnacionais – Personagem importante para entendermos a globalização tal como a presenciamos hoje, as empresas transnacionais Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 7 são entendidas como aquelas que têm matriz em seu país de origem e atuam por meio de filiais em vários países. O termo transnacional substitui o termo multinacional, pois este dá a ideia de uma empresa que pertence a vários países, enquanto o termo transnacional dá a ideia de que a empresa ultrapassa os limites territoriais do seu país para atuar no mercado exterior. 8. Empresas transnacionais e a mudança no processo produtivo – Com a ajuda das facilidades de comunicação e de transportes atuais, as empresas transnacionais conseguem instalar suas fábricas em qualquer lugar do mundo. Para decidir onde instalar a sua capacidade produtiva, as empresas não analisam apenas oportunidades dentro do seu país de origem, mas buscam em todo o globo os países que apresentam as maiores vantagens fiscais (impostos/tributos), bem como onde há mão-de- obra e matérias-primas baratas. Os reflexos desta lógica são vistos, por exemplo, na transferência de postos de emprego dos países ricos (onde a mão de obra é mais cara) para os países emergentes industrializados (como China, Vietnã e Taiwan). Desta forma, atualmente, grande parte dos produtos que possuem a marca de grandes empresas, na verdade, não possuem uma nacionalidade definida. 9. O histórico brasileiro – Caro aluno, apesar de a internacionalização da economia brasileira ser identificada inicialmente a partir da década de 1950, é bom lembrar que, praticamente desde o seu “descobrimento”, o Brasil já estava de, alguma forma, integrado à economia mundial. Para confirmarmos esta informação, basta lembrarmos como se deu o crescimento econômico do país nos ciclos do açúcar e do café, por exemplo, que eram produtos voltados fortemente ao comércio Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 8 internacional. De qualquer forma, se analisarmos a globalização tal qual como a conhecemos hoje, a década de 1950 foi quando se observou, de maneira mais acentuada, o começo do processo de internacionalização da economia brasileira, quando houve grande participação do Estado como empresário e como vetor de desenvolvimento da infraestrutura necessária à industrialização do país (transportes, energia, portos) e de incentivos fiscais. Contribuíram também para a atração e captação de empresas transnacionais à época, a disponibilidade de mão de obra barata, o enorme mercado consumidor emergente e o grande acesso a matérias-primas e fontes de energia. Neste período, houve um considerável aumento do parque industrial nacional (principalmente de fabricantes de bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos). 10. Industrialização brasileira tardia – Solidificada com o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), e posteriormente ampliada pelo regime militar (1964-1985), o Brasil teve a sua industrialização apenas tardiamente, adotando para si o Fordismo, que era um sistema produtivo tradicional que focava na capacidade de produção e nos grandes parques industriais. Fomentando a indústria que se desenvolvia no Brasil, os militares criaram obras estruturais em diferentes regiões brasileiras, destacando-se, dentre elas, grandes usinas hidrelétricas e vasta malha rodoviária. Com estes novos elementos, vários municípios do interior de São Paulo, por exemplo, começaram a desenvolver seus distritos industriais. Com o chamado “milagre econômico brasileiro”, que ocorreu durante a década de 1970, o país chegou à posição de 8ª maior economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de crescimento em torno de 10%. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 9 11. Consequências do fordismo para o Brasil – Para o Brasil, apesar de o modelo fordista ter contribuído para o crescimento econômico do país, este não foi capaz de promover o desenvolvimento econômico regional. A bem da verdade, não se deve creditar apenas ao fordismo a falta do desenvolvimento regional brasileiro, mas a uma série de decisões políticas tomadas à época. Para o país, de toda forma, o aumento de renda per capita não representou avanços na qualidade de vida para moradores de grandes regiões do Brasil. O crescimento econômico que o país teve, principalmente durante o período do regime militar, construiu um arcabouço técnico e logístico para o desenvolvimento que não ocorreu em sua plenitude. 12. Ditadura militar e o comércio exterior – neste período, o capital estrangeiro penetrou em vários setores da economia brasileira, principalmente na extração de minerais metálicos (projetos Carajás, Trombetas e Jari), na expansão das áreas agrícolas (monoculturas de exportação), nas indústrias química e farmacêutica e na fabricação de bens de capital (máquinas e equipamentos) utilizados pelas industrias de bens de consumo. Apesar disso, comparativamente ao fluxo do comércio exterior, o país era considerado fechado economicamente. 13. Estados Unidos elevam juros na década de 1970 – Na década de 1970, os Estados Unidos elevaram as taxas de juros no mercado internacional, reduzindo os investimentos destinados aos países em desenvolvimento como o Brasil. Além de assistir a essa redução do fluxo de capital, a economia brasileira teve de arcar com o pagamento dos juros crescentes da dívida externa. Diante dessa nova realidade, a saída imposta pelo governo para obter recursos que permitissem honrar os compromissos da dívida se resumiu na frase: “exportar é o que importa”, slogan lançado no governo de Figueiredo. Porém, qual seria a estratégia para tornar os Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 10 produtos brasileiros internacionalmente competitivos? Tanto em qualidade como em preço, as mercadorias produzidas em um país em desenvolvimento como o Brasil, que quase não criava novas tecnologias, enfrentavam grandes obstáculos. As soluções apontadas pelo governo, no fim das contas, foram desastrosas para o mercado interno e resultou, principalmente, em arrocho salarial, subsídios fiscais para exportação, negligencia com o meio ambiente e desvalorização cambial. Essas medidas, adotadas em conjunto, favoreceram a colocação de produtos no mercado externo, mas prejudicaram o mercado interno, reduzindo o poder de compra do brasileiro. Na busca de um maior superávit na balança comercial, o governo aumentou os impostos de importação tanto para os bens de consumo como para os bens de capital e bens intermediários. A consequência dessa medida, como é fácil perceber hoje, foi a redução da competitividade do parque industrial brasileiro diante do exterior ao longo dos anos 1980, já que, pelas barreiras impostas pelo governo acabamos por nos distanciar da realidade que existia “lá fora”. Após o enxugamento do capital surgida após a elevação dos juros nos Estados Unidos, os industriais brasileiros perderam a capacidade financeira para importar novas máquinas. De outro lado, reforçando o caminho da obsolescência da indústria nacional, não havia incentivos à busca de maior produtividade e qualidade dos produtos nacionais, já que não havia falta de competição com produtos importados. Com isso, as indústrias, salvo raras exceções, foram perdendo a competitividade no mercado internacional, enquanto, internamente, as mercadorias comercializadas tornaram-se caras e tecnologicamente defasadas. 14. Década de 1980 e o esgotamento do Estado – Enquanto países desenvolvidos passaram a adotar medidas neoliberais e reduziam o papel do Estado em determinados setores econômicos (vide os casosclássicos dos Estados Unidos e do Reino Unido, com Ronald Reagan e Margaret Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 11 Thatcher, respectivamente), o Brasil, a partir da década de 1980, assistiu ao esgotamento da capacidade do Estado em promover o desenvolvimento industrial - fim do Estado empresário - devido às políticas econômicas mal sucedidas que aumentaram a dívida externa e a inflação. Este arrefecimento do folego do Estado-empresário, no entanto, não representou, no Brasil, a adoção de uma forte política liberal. Durante todo o regime militar, em relação ao resto do mundo, a economia brasileira não era vista como integrada. Foi só na década de 1990 que começaria a haver uma maior abertura da economia brasileira. 15. Década de 1990, maior integração do Brasil à economia mundial – Como dito, foi apenas a partir da década de 1990, durante o governo Collor, que o Brasil iniciou um (acelerado) programa de abertura econômica. As mudanças mais profundas na estrutura industrial se deram por meio da redução de alíquotas de importações, desregulamentação do Estado, privatizações de estatais e diminuição de subsídios à produção. Como é de se imaginar, o estímulo à competitividade fez com que muitas pequenas e médias empresas não conseguissem (técnica e financeiramente) se adaptar. Enfim, após anos de controle estatal da economia durante a ditadura militar, o país passou a flertar com o liberalismo econômico como política de Estado. 16. A abertura do mercado brasileiro – Com a abertura do mercado brasileiro, iniciada em 1992 e facilitada pela redução dos impostos de importação, a entrada de máquinas e equipamentos industriais de última geração promoveu a modernização do parque industrial nacional e o correspondente aumento da produtividade (consequentemente, a competitividade dos nossos produtos no mercado internacional também Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 12 aumentou). Por outro lado, a modernização da produção causou grande elevação nos índices de desemprego, segundo a análise de alguns teóricos. De acordo com esta visão, a entrada de produtos importados de países que aplicavam elevados subsídios às exportações e pagavam salários baixíssimos (como a China, nos setores de calçados, têxteis e brinquedos) provocou a falência de muitas indústrias nacionais, contribuindo para elevar mais ainda o desemprego. Questão unânime, porém, é que a concorrência com mercadorias importadas fez com que a qualidade de muitos produtos nacionais melhorasse e provocou significativa redução dos preços, o que beneficiou, por conseguinte, os consumidores. Na indústria automobilística, embora tenha havido grande redução no número de trabalhadores por unidade fabril, verificou-se significativo aumento do número de instalações industriais, com a entrada de novas fábricas que não produziam no Brasil (Honda, Toyota, Renault, Peugeot e outras) e novos investimentos de outras empresas que já estavam instaladas antes da abertura às importações, como a construção de uma nova fábrica da Ford em Camaçari (BA) ou da GM em Gravataí (RS). Levando em consideração todo o histórico do setor, em 2008, o Brasil tornou-se o quinto produtor mundial de automóveis. 17. Diagnóstico da situação atual – Com as privatizações e a abertura da economia brasileira, acontecidas a partir da década de 90, houve forte ingresso de capital estrangeiro em setores produtivos anteriormente dominados pelo Estado e por empresas de capital privado nacional. Com o ingresso de capital estrangeiro no setor produtivo, a economia brasileira reduziu sua dependência do capital especulativo, o que a tornou mais sólida e mais bem estruturada, mas aumentou a saída de dólares na forma de remessa de lucros e pagamento de royalties. A fim de equilibrar a balanço de pagamentos, as estratégias principais do governo são o incentivo às exportações, ao aumento no fluxo de investimentos Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 13 estrangeiros, à internacionalização de empresas brasileiras, dentre outras. Apesar do exposto, o Brasil ainda tem uma economia muito fechada do ponto de vista comercial, quando comparada à de outros países, tanto os desenvolvidos quantos alguns emergentes. 18. A situação do comércio internacional brasileiro em números – Em 2015, a participação do Brasil no comércio internacional foi de apenas 1%, o que é uma participação irrisória, se considerarmos que o Brasil é a nona maior economia do mundo. De acordo com a OMC, no mesmo período, a China teve participação de 12,71%, os Estados Unidos, 8,81% e Alemanha, 8,20%. Importante ainda notar que a participação das exportações na economia brasileira é ínfima, não chegando nem a 12% do PIB. Tal valor só é maior que Afeganistão, Burundi, Sudão, República Centro-Africana e Kiribati. A média global é de 29,8% do PIB. Em 2016, o Brasil bateu recorde histórico de superávit em sua balança comercial, com 47,692 bilhões de dólares de saldo positivo. O desempenho histórico, no entanto, tem mais a ver com uma queda menor nas exportações do que das importações. No período, o Brasil exportou 185,244 bilhões de dólares e importou 137,552 bilhões de dólares. Em 2011, o Brasil bateu o seu recorde de exportação, 256 bilhões de dólares. Valor bem superior ao alcançado em 2016. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/07/1661171-so-5-paises-exportam-menos-que-o-brasil-em-proporcao-do-pib.shtml Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 14 O processo de industrialização e suas repercussões na organização do espaço 19. Primeiros passos da industrialização no Brasil – Embora a industrialização brasileira tenha começado na segunda metade do século XIX, quando o extrativismo de látex na Amazônia, por exemplo, impulsionou a construção dos portos de Manaus e de Belém para o escoamento da produção, foi principalmente a partir da I Guerra Mundial que o país passou por um processo significativo de desenvolvimento industrial e de maior diversificação do parque fabril. Nessa época, as atividades terciárias da economia apontavam índices de crescimento econômico superiores aos das atividades agrícolas e industriais. A agricultura cafeeira, que era então a principal atividade econômica nacional, exigia a implantação de uma eficiente rede de transportes, e assim as ferrovias foram se desenvolvendo no país para escoar a produção do interior para os portos. Também se estabeleceu um sistema bancário integrado à economia mundial, e que desse auxílio à atividade dos cafeicultores. Em 1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e fumo eram responsáveis por 70% da produção da indústria nacional. Em 1939, no início da II Grande Guerra, essa porcentagem havia se reduzido para 58% por conta do aumento da produção de outros produtos, como aço, máquinas e material elétrico. A industrialização brasileira, porém, ainda contava predominantemente com indústrias de bens de consumo não duráveis e investimentos de capital privado nacional. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 15 20. A crise lá fora e o impulso aqui dentro – Em suas décadas iniciais, a industrialização brasileira sofreu seu maior impulso a partir de 1929, com a crise econômica mundial que se iniciou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. No Sudeste, essa crise se refletiu no café, que teve a sua produção bastante diminuída. Por outro lado, enquanto se registrava perda da importância da atividade cafeeira, houve diversificação da produção agrícola como um todo (a agricultura, inclusive,ainda continuou responsável pela maior parte das exportações brasileiras até a década de 70). Com a Revolução de 1930 e a diminuição do poder da oligarquia agroexportadora paulista, abriu-se novas possiblidades em favor da industrialização, uma vez que o grupo que tomou o poder com Getúlio Vargas, nacionalista, era favorável a tornar o Brasil um país industrializado. Apesar da “sanha” industrializadora, porém, foi o café que permitiu a acumulação do capital necessário ao impulso da atividade industrial no país. 21. A influência do café na industrialização – Os barões do café, que residiam, principalmente, na cidade de São Paulo, eram detentores de enorme quantidade de capital aplicado no sistema financeiro que seria disponibilizado para a implantação da indústria. No processo inicial de industrialização do país, São Paulo também se beneficiou de outras “casualidades”: todas as ferrovias construídas com a finalidade de escoar a produção cafeeira para o Porto de Santos se interligavam na capital paulista; no estado, ainda havia grande disponibilidade de mão de obra imigrante (liberada dos cafezais ou já residente nas cidades); e havia também significativa produção de energia elétrica. É importante frisar ainda que, com o colapso econômico mundial, diminuiu a entrada de mercadorias estrangeiras para competir com as nacionais, o que beneficiava estas. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 16 22. Regiões inicialmente atingidas pela industrialização – A semente do processo de industrialização brasileira passou a germinar principalmente na cidade de São Paulo, onde havia maior disponibilidade de capitais, trabalhadores qualificados e infraestrutura básica. Os Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, no entanto, também presenciaram a intensificação do processo de industrialização em algumas de suas regiões. Instaladas predominantemente com capital de origem nacional, acumulado com as atividades agroexportadoras, a maior parte das indústrias era de bens de consumo, com destaque para as de bens não duráveis, como as alimentícias e têxteis. A política industrial comanda pelo governo federal era a de substituir as importações, visando à obtenção de um superávit cada vez maior na balança comercial e no balanço de pagamentos. 23. Getúlio Vargas e a Política de “Substituição de Importações” – De 1930 a 1956, a industrialização no país se caracterizou por uma estratégia governamental de implantação de indústrias estatais nos setores de bens de produção e de infraestrutura: siderurgia (Companhia Siderúrgica Nacional – CSN), petroquímica (Petrobras), bens de capitais (Fábrica Nacional de Motores – FNM), extração mineral (Companhia Vale do Rio Doce – CVRD) e produção de energia (Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf), por exemplo. A interferência estatal nestas áreas se mostrava importante por conta de necessidade de investimento inicial muito elevado, ter retorno do capital lento e serem setores estratégicos para o país. Foi com Getúlio Vargas que ficou caracterizada a política industrial voltada à produção interna de mercadorias que até então eram importadas. Graças à interferência estatal, houve grande crescimento da produção industrial neste período, menos no período da II Guerra Mundial, Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 17 quando, devido à falta de indústrias de base, o crescimento industrial brasileiro teve uma média inferior a 1% ao ano. 24. Governo Dutra – Durante a II Guerra Mundial, o país exportou diversos produtos agrícolas, industriais e minerais para os países europeus em conflito, obtendo, assim, enorme saldo positivo na balança comercial. Esse saldo, porém, foi utilizado no decorrer do governo Dutra com a importação de máquinas e equipamentos para as indústrias têxteis e mecânicas, com o reequipamento do sistema de transportes e com o incremento da extração de minerais metálicos, não metálicos e energéticos. Além disso, contrariando os interesses da indústria nacional, houve mudança na política econômica do país com a abertura à importação de bens de consumo. 25. Retorno de Getúlio e da política nacionalista – Ao retornar à presidência em 1951, Vargas passou a investir em setores que deram suporte ao crescimento econômico e restringiu a importação de bens de consumo. Porém, no confronto entre getulistas, desenvolvimentistas e liberais, a política econômica de Getúlio saiu derrotada. 26. Juscelino Kubitschek e o Plano de Metas – O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek destacou maciços investimentos estatais para diversos setores da economia e promoveu um grande crescimento econômico do país. Por conta da sua amplitude e ambição, o Plano também conseguiu atrair grandes investimentos estrangeiros. Na execução do Plano, 73% dos investimentos dirigiam-se aos setores de energia e transportes, o que permitiu grande aumento da produção de hidroeletricidade e de carvão mineral. Forneceu, também, o impulso inicial ao programa nuclear, elevou a capacidade de prospecção e refino de Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 18 petróleo, pavimentação e construção de rodovias, além de melhorias nas instalações e serviços portuários, aeroviários e reaparelhagem de pequena extensão de ferrovias. Paralelamente, houve expressivo ingresso de capital estrangeiro, responsável por grande crescimento da produção industrial, principalmente nos setores automobilístico, químico-farmacêutico e de eletrodomésticos. O parque industrial brasileiro passou, desta forma, a contar com significativa produção de bens de consumo duráveis, o que sustentou e deu continuidade à política de substituição de importação iniciada no governo Vargas. Durante o governo JK, consolidou-se o tripé da produção industrial nacional, formado pelas indústrias de bens de consumo não duráveis, de bens de produção e bens de capital e de bens de consumo duráveis. 27. Resultado do Plano de Metas – O afastamento da capital federal do centro econômico e populacional do país e a opção pelo transporte rodoviário, não recomendável para países territorialmente extensos, iriam marcar o país de forma duradoura. Naquele momento, porém, estes problemas diminuíram a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional e influenciaram negativamente a nossa economia (o que acontece até hoje). Apesar da transferência da capital para o Centro- Oeste, o Plano de Metas acentuou a concentração do parque industrial no Sudeste, agravando os contrastes regionais. Como efeito colateral, intensificaram-se as migrações internas, provocando o crescimento desordenado de grandes centros urbanos, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo. 28. Concentração do parque industrial no Sudeste e a resposta do Governo – A fim de mitigar as discrepâncias sociais e industriais entre as diversas regiões do país, foi criada, em 1959, a Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). Nos anos seguintes, seriam ainda Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 19 criados dezenas de outros órgãos, como a Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e a Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste). A partir da década de 1990, a maioria destes órgãos seriam desestruturados. 29. Regime militar – Neste período, o parque industrial ampliou-se de forma bastante significativa e a infraestrutura nos setores de energia, transportes e comunicações se modernizou – a desigualdade social, porém, aumentou. Apesar dos altos investimentos do período, várias obras tinham necessidade, rentabilidade ou eficiênciaquestionáveis, como as rodovias Transamazônica e Perimetral Norte (além do acordo nuclear entre Brasil e Alemanha). Neste período ainda, o Estado brasileiro adquiriu empresa em quase todos os setores da economia utilizando recursos públicos. Em 1985, cerca de 20% do PIB era obtido a partir de empresas estatais, decorrência do crescimento do Estado na participação da economia entre 1964 e 1985. Enquanto isso, serviços tradicionalmente públicos como saúde e educação se deterioravam por falta de recursos. Durante este período, portanto, houve avanço considerável no processo de industrialização e estagnação na área social. 30. Zona Franca de Manaus – Criada, em 1967, pelo governo militar a fim de integrar economicamente a Amazônia Ocidental ao resto do país, a Zona Franca de Manaus é um polo industrial que se desenvolve em três eixos principais: comercial, agropecuário e industrial. 31. Governo Sarney – Foi responsável por um incipiente processo de privatização de empresas estatais. Em seu governo, foram vendidas 17 destas empresas, das quais as mais importantes foram a Aracruz Celulose, a Caraíba Metais e a Eletrossiderúrgica Brasileira (Sibra). Nessa época, o Brasil possuía uma das economias mais fechadas do mundo ocidental. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 20 32. Governo Collor – Diminuiu a participação do Estado no setor produtivo por meio de privatizações (18 empresas foram privatizadas, com destaque para a Usiminas e a Embraer); eliminou o monopólio do Estado em telecomunicações e petróleo e pôs fim à discriminação ao capital estrangeiro, que, entre outros investimentos, poderia participar dos leiloes de privatização. Este governo, ainda, abriu a economia para o ingresso de produtos e serviços estrangeiros, por meio de redução e/ou eliminação dos impostos de importação, por exemplo. Foi com o breve período Collor que houve o que se conheceu como abertura da economia brasileira. 33. Desconcentração atual da atividade industrial – Em função, também, de novos investimentos em infraestrutura de energia e transporte, o parque industrial brasileiro vem se desconcentrando e apresenta maior dispersão espacial em relação às regiões historicamente marginalizadas. Embora desde o início do século XX o eixo São Paulo-Rio de Janeiro seja responsável por mais de metade do valor da produção industrial brasileira, é importante dizer que até a década de 1930 a organização espacial das atividades econômicas do país era dispersa – ainda que as atividades econômicas regionais funcionassem em núcleos quase autônomos. 34. A indústria brasileira, no começo, era espacialmente desconcentrada – A região Sudeste, onde se desenvolvia o ciclo do café, quase não se comunicava com as atividades econômicas que se desenvolviam no Nordeste (cana, tabaco, cacau, algodão) ou no Sul (carne, indústria têxtil e pequenas agroindústrias de origem familiar). Neste sentido, até o escoamento dessas indústrias se dava de maneira regionalizada e somente um pequeno volume era destinado às outras regiões. Este quadro só começou a se alterar com a crise do café e o impulso à industrialização comandada pelo Sudeste, já que a oligarquia Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 21 cafeeira deslocou seus investimentos para o setor industrial. Assim, instalou-se, principalmente em São Paulo, fábricas modernas para os padrões da época. O fim dessa incomunicabilidade só se iniciaria com o governo Vargas, que promoveu a instalação de um sistema de transportes integrando os arquipélagos econômicos regionais. Foi a partir deste momento que houve uma invasão de produtos industriais do Sudeste nas demais regiões do país, o que levou muitas indústrias, principalmente nordestinas, à falência. Desta forma, pode-se dizer que foi com a crise do café que se iniciou no país o processo de integração dos mercados regionais. Este processo, como se viu, foi comandado pelo centro econômico, até hoje, mais dinâmico do país, o eixo São Paulo- Rio de Janeiro. 35. Concentração da indústria no Sudeste – As atividades industriais tenderam a se concentrar no Sudeste por causa de dois fatores principais: a complementariedade industrial (as indústrias de autopeças, por exemplo, tendem a se localizar próximo às automobilísticas) e a concentração de investimentos públicos no setor de infraestrutura industrial (sob pressão dos detentores do poder econômico). 36. Início da desconcentração da atividade industrial – A primeira grande ação governamental para dispersar o parque industrial aconteceu com a instalação da Zona Franca de Manaus. Depois, com o resultado dos Planos Nacionais de Desenvolvimento dos governos Médici e Geisel (final da década de 1970 e início dos anos 80), começaram a ser inauguradas as primeiras usinas hidroelétricas nas regiões Norte e Nordeste: Tucuruí (Rio Tocantins), Sobradinho (São Francisco) e Boa Esperança (Paraíba). Assim que o governo começou a atender, ainda que em parte, as necessidades de infraestrutura das regiões historicamente marginalizadas, começou a haver uma dispersão do parque industrial brasileiro, inclusive em escala regional. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 22 37. Crescimento econômico de novas áreas – Ao longo da década de 1990, com maior infraestrutura no país, as indústrias passaram a se espalhar pelo território brasileiro também em busca de mão de obra mais barata e em busca de benefícios fiscais, o que provocou a intensificação da guerra fiscal entre os estados e municípios que reduziam impostos e ofereciam outras vantagens, como doação de terrenos, para atrair as empresas. Mesmo no estado de São Paulo, que apresenta a melhor infraestrutura do país, houve historicamente maior concentração de indústrias na Região metropolitana. Nos últimos anos, no entanto, seguindo uma tendência já verificada em países desenvolvidos, acontece um processo de deslocamento das indústrias instaladas em São Paulo em direção às cidades médias do interior. Isso é possível graças ao grande desenvolvimento da informática e à modernização da infraestrutura de produção de energia, transporte e comunicação, criando condições de especialização produtiva por intermédio da integração regional. As regiões tendem, atualmente, a se especializar em poucos setores da atividade econômica e a buscar em outros mercados (interno ou do exterior) as mercadorias que satisfaçam as necessidades diárias de consumo da população. 38. Estrutura e Distribuição da Indústria brasileira – Em 2010, a atividade industrial era responsável por 23% do PIB brasileiro. Segundo o IBGE, as atividades mais importantes em 2009 e responsáveis por quase 75% do valor da transformação industrial do país foram: fabricação dos produtos alimentícios e bebidas (21%), fabricação de veículos automotores (12%), produtos químicos e farmacêuticos (11%), derivados do petróleo e biocombustíveis (10%), metalurgia e produtos de metal (10%), máquinas, equipamentos, e materiais elétricos (7%), informática, eletrônicos e ópticos (3%). Porém, embora os produtos não industrializados tenham obtido grande crescimento entre 2000 e 2010 – de US$ 9 bilhões para US$ Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 23 73 bilhões, principalmente por causa do aumento da importação de matérias primas e alimentos da China e outros países emergentes – a exportação de produtos de alta e média tecnologia cresceu de cerca de US$ 20 bilhões para US$ 47 bilhões nesse mesmo período. Essa modernização do Parque Industrial no período teve impulso com a instalação de diversos parques tecnológicos (também conhecidos comotecnopolos) espalhados pelo país e que estimulam a parceria entre universidades, instituições de pesquisa e as empresas privadas. Estes parques buscam maior competitividade e desenvolvimento de produtos e localizam-se próximos aos maiores centros universitários, em locais onde há disponibilidade de mão de obra qualificada, rede de transportes, energia e comunicações que permitam conexão com outros centros de pesquisa localizados no país ou no exterior. 39. Onde estão os parques tecnológicos brasileiros – No Brasil, os parques tecnológicos aparecem em todas as regiões. Os principais estão localizados em: São Paulo, Campinas e São José dos Campos (SP), Santa Rita do Sapucaí e Viçosa (MG) e Rio de Janeiro (RJ), no Sudeste; Fortaleza (CE), Recife (PE), Campina Grande (PB) e Aracaju (SE), no Nordeste; Cascavel (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre, no Sul; Brasília (DF), no Centro Oeste; Manaus (AM) e Belém (PA), no Norte. 40. Começo da desindustrialização do país – O período que foi de 2000 até 2011, no entanto, seria o último de uma maior industrialização no país. Atualmente, os números indicam que o país passa por um processo de desindustrialização (um processo normal nos países mais desenvolvidos, mas não nos emergentes) Em 1985, por exemplo, a indústria respondia por 25% do PIB brasileiro. Em 2016, este valor já era de aproximadamente 15%. Em 2014, ano crítico para o setor, a industrial chegou a responder Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 24 por apenas 10,9% do PIB. Explicam a desindustrialização brasileira: a competição com a economia chinesa, o câmbio sobrevalorizado, a falta de inovação, os juros elevados e os custos do processo produtivo. 41. Problemas enfrentados pela indústria brasileira – Podem-se citar, também, como problemas que aumentam os custos da indústria brasileira e dificultam a sua maior participação no mercado externo: problemas de logística (deficiência e altos preços nos transportes); baixo investimento (público e privado) em desenvolvimento tecnológico; força de trabalho pouco qualificada; carga tributária elevada; barreiras tarifárias e não tarifárias impostas por outros países à importação de produtos brasileiros. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 25 b. Revisão QUESTÃO 1 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2016) No decorrer do século XX, o aparelhamento dos portos, a construção de estradas de ferro e as novas formas de participação do país na fase industrial fizeram do Sudeste a região com maior concentração de capital, de modo independente de uma nova regionalização agrária ou urbana brasileira. QUESTÃO 2 (Cespe – Geográfo – MPOG – 2015) A manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste e a expansão do agronegócio concentraram a maior parte das cidades médias (entre 100 e 500 mil habitantes) na região mais desenvolvida do país, no eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. QUESTÃO 3 (IF-RS – Professor de Geografia – IF-RS – 2015) A contribuição para o decréscimo da produção industrial se dá sobretudo pela escassez da água no sudeste, aliada a políticas de aumento de impostos e ao fechamento de plantas em São Paulo. QUESTÃO 4 (FGV – Professor de Geografia – Seduc/AM – 2014) No início do século XX, metade da borracha consumida no mundo saía da Amazônia e, logo, o extrativismo do látex tornou-se o motor do processo de organização do espaço na região ao estimular a construção dos portos de Belém e de Manaus, para exportar a produção de borracha. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 26 QUESTÃO 5 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP - 2014) Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem passando por um processo de desconcentração industrial. Uma das características desse processo é a saída das atividades industriais dos estados de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, com o objetivo de revitalizar áreas decadentes como os distritos industriais nordestinos. QUESTÃO 6 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está o aumento da produção de café – crescentes taxas de exportação. QUESTÃO 7 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está a criação e a expansão de infraestrutura de transporte – redução dos custos de transferência. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 27 QUESTÃO 8 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as décadas de 1970 e 1990, Na Região Nordeste diminuiu, de modo significativo, o número de estabelecimentos e o valor da transformação industrial. QUESTÃO 9 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as décadas de 1970 e 1990 A Região Sul aumentou sua participação na produção industrial, graças à emigração de estabelecimentos industriais da região metropolitana de São Paulo. QUESTÃO 10 (Esaf – Especialista em Políticas Públicas – MF – 2013) Sabe-se que a Revolução Industrial, iniciada em fins do século XVIII, alterou radicalmente o sistema produtivo e as próprias bases da sociedade contemporânea. No Brasil, a histórica imagem de um país essencialmente agrário, com uma sociedade ruralizada ao extremo, começa a desaparecer a partir dos anos 1930, com o surgimento da indústria de base, que se fez acompanhar da rápida urbanização. A esse respeito, é correto afirmar que: a moderna urbanização brasileira se fez de modo relativamente planejado e ordenado, cujo símbolo maior é a construção de Brasília. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 28 QUESTÃO 11 (Funcefet – Professor de Geografia – Prefeitura de Nilópolis/RJ – 2011) A industrialização promove a concentração espacial da riqueza e dos recursos financeiros e produtivos. Em certo ponto do desenvolvimento econômico, a tendência de concentração espacial da indústria arrefece e dá lugar a movimentos de desconcentração. Evolução das tecnologias, infraestrutura de transportes e comunicações. QUESTÃO 12 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características atuais, pode-se dizer que a dispersão industrial que se verifica atualmente, no espaço brasileiro, foi favorecido em parte, pela chamada “guerra fiscal” travada entre estados e municípios. QUESTÃO 13 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características, pode-se dizer que, atualmente, no Brasil, como na maior parte dos países, devido ao fenômeno da globalização, há uma maior predominância da PEA (População Econômica Ativa) empregada no setor secundário, o que caracteriza uma economia informal. QUESTÃO 14 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) Nas últimas décadas o crescimento industrial do Brasil permitiu que ele desenvolvesse um dosmais importantes e complexos parques industriais da América Latina. Esse crescimento industrial contribuiu para colocar o Brasil Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 29 entre as principais economias emergentes do atual século. Com relação ao posicionamento do Brasil no Mercado Mundial, pode-se dizer que, com o objetivo de aumentar o superávit na balança comercial brasileira, os governos vêm procurando restringir as importações e aumentar as exportações. QUESTÃO 15 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) Antes da indústria moderna, havia somente o artesanato e a manufatura. A revolução industrial foi o momento em que a humanidade, em especial alguns países, se industrializou, com a intensa mecanização e produção massificada ou em série. Com relação às características da primeira revolução industrial, pode- se dizer que houve a predominância da indústria têxtil. QUESTÃO 16 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) Dentre os fatores responsáveis pela concentração industrial na região Sudeste, podemos afirmar que a região foi se organizando como área de atração da população e de capital, tornando-se região concentradora de riquezas. O mercado consumidor que aí se formou, o desenvolvimento do sistema rodoviário, os recursos naturais favoráveis e a imigração contribuíram para a concentração industrial nesta região. QUESTÃO 17 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) São Paulo concentra a maior parte da produção industrial do país, cujas raízes encontram-se nas etapas iniciais do processo da industrialização do Brasil. Mas, nos últimos anos, a participação relativa do Estado começa a diminuir, o que reflete o início do processo de dispersão industrial espacial, no país. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 30 QUESTÃO 18 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) O processo industrial brasileiro se firmou nos anos 70, os anos do “milagre brasileiro”, baseado em um tripé, representado pela forte participação do capital estatal, pelos grandes conglomerados transnacionais e um mercado consumidor em ascensão. QUESTÃO 19 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) Uma das características do processo industrial atual do Brasil, corresponde à forte dispersão financeira das empresas e à grande concentração espacial. QUESTÃO 20 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) Uma das influências diretas da inserção do Brasil nos mercados globais é a disseminação no território brasileiro dos polos tecnológicos próximos de centros universitários e de pesquisas. QUESTÃO 21 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2009) O processo de desconcentração regional da indústria brasileira favorece o prolongamento da disputa entre as unidades federativas com base na renúncia fiscal. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 31 Gabarito 1 2 3 4 5 E E E C E 6 7 8 9 10 C C E C E 11 12 13 14 15 C C E C C 16 17 18 19 20 C C C E C 21 22 23 24 25 C - - - - Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 32 c. Breves comentários às questões QUESTÃO 1 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2016) No decorrer do século XX, o aparelhamento dos portos, a construção de estradas de ferro e as novas formas de participação do país na fase industrial fizeram do Sudeste a região com maior concentração de capital, de modo independente de uma nova regionalização agrária ou urbana brasileira. Incorreto. A questão dá a entender que o processo de industrialização nada teve a ver com a regionalização agrária, o que é falso. No começo do século XX, por exemplo, a industrialização em São Paulo teve como ponto de partida o capital oriundo da cafeicultura. QUESTÃO 2 (Cespe – Geográfo – MPOG – 2015) A manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste e a expansão do agronegócio concentraram a maior parte das cidades médias (entre 100 e 500 mil habitantes) na região mais desenvolvida do país, no eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Incorreto. Como vimos, no Brasil, nas últimas décadas, deu-se início a uma desconcentração espacial da indústria brasileira. Não há, portanto, uma “manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste”. QUESTÃO 3 (IF-RS – Professor de Geografia – IF-RS – 2015) A contribuição para o decréscimo da produção industrial se dá sobretudo pela escassez da água no sudeste, aliada a políticas de aumento de impostos e ao fechamento de plantas em São Paulo. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 33 Incorreto. Como vimos em aula, muitas são as questões que emperram o desenvolvimento da indústria brasileira: carga tributária, infraestrutura precária, existência de outros mercados mais competitivos no exterior. Não foi citado, em nenhum momento, a falta de água. QUESTÃO 4 (FGV – Professor de Geografia – Seduc/AM – 2014) No início do século XX, metade da borracha consumida no mundo saía da Amazônia e, logo, o extrativismo do látex tornou-se o motor do processo de organização do espaço na região ao estimular a construção dos portos de Belém e de Manaus, para exportar a produção de borracha. Correto. Foi a exploração do látex na região Norte que permitiu que houvesse a construção dos portos de Belém e Manaus. QUESTÃO 5 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP - 2014) Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem passando por um processo de desconcentração industrial. Uma das características desse processo é a saída das atividades industriais dos estados de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, com o objetivo de revitalizar áreas decadentes como os distritos industriais nordestinos. Incorreto. O enunciado dá a entender que existe uma função social que visa a revitalizar algumas áreas como um dos fatores para a desconcentração espacial da indústria. Isto está incorreto. Essa desconcentração se relaciona com outros fatores, como a guerra fiscal entre os Estados, por exemplo. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 34 QUESTÃO 6 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está o aumento da produção de café – crescentes taxas de exportação. Correto. QUESTÃO 7 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está a criação e a expansão de infraestrutura de transporte – redução dos custos de transferência. Correto. Outro enunciado certo. De fato, o desenvolvimento da atividade cafeeira em São Paulo permitiu uma maior expansão da infraestrutura do transporte, dentre outros benefícios para o surgimento da indústria, como o acúmulo de capital a partir da exportação da produção do Estado. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 35 QUESTÃO 8 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as décadas de 1970e 1990, Na Região Nordeste diminuiu, de modo significativo, o número de estabelecimentos e o valor da transformação industrial. Incorreto. Aconteceu o contrário, neste período, acentuou-se a desconcentração das indústrias antes localizadas principalmente na região Sudeste. QUESTÃO 9 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João Pessoa/PB – 2014) Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as décadas de 1970 e 1990 A Região Sul aumentou sua participação na produção industrial, graças à emigração de estabelecimentos industriais da região metropolitana de São Paulo. Correto. A região Sul também foi beneficiada com a desconcentração espacial da indústria brasileira. QUESTÃO 10 (Esaf – Especialista em Políticas Públicas – MF – 2013) Sabe-se que a Revolução Industrial, iniciada em fins do século XVIII, alterou radicalmente o sistema produtivo e as próprias bases da sociedade contemporânea. No Brasil, a histórica imagem de um país essencialmente agrário, com uma sociedade ruralizada ao extremo, começa a desaparecer a partir dos anos 1930, com o surgimento da indústria de base, que se fez acompanhar da rápida urbanização. A esse respeito, é correto afirmar que: a Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 36 moderna urbanização brasileira se fez de modo relativamente planejado e ordenado, cujo símbolo maior é a construção de Brasília. Incorreto. Urbanização planejada e Brasil numa mesma frase? Já sabemos que, historicamente, esta é uma relação que, infelizmente, não aconteceu. QUESTÃO 11 (Funcefet – Professor de Geografia – Prefeitura de Nilópolis/RJ – 2011) A industrialização promove a concentração espacial da riqueza e dos recursos financeiros e produtivos. Em certo ponto do desenvolvimento econômico, a tendência de concentração espacial da indústria arrefece e dá lugar a movimentos de desconcentração. Evolução das tecnologias, infraestrutura de transportes e comunicações. Correto. A concentração ocorre quando, por conta da sinergia, torna-se mais barato ter várias indústrias próximas entre si. Nesta situação, por exemplo, barateando os custos, elas compartilham infraestrutura básica, como malha ferroviária e portos. No Brasil, no momento, passada esta fase, ocorre a desconcentração. QUESTÃO 12 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características atuais, pode-se dizer que a dispersão industrial que se verifica atualmente, no espaço brasileiro, foi favorecido em parte, pela chamada “guerra fiscal” travada entre estados e municípios. Correto. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 37 QUESTÃO 13 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características, pode-se dizer que, atualmente, no Brasil, como na maior parte dos países, devido ao fenômeno da globalização, há uma maior predominância da PEA (População Econômica Ativa) empregada no setor secundário, o que caracteriza uma economia informal. Incorreto. Apesar de esta questão ser de 2011, quando o país estava mais industrializado, nem naquele momento a maior parte da população ativa estava empregada no setor secundário (da indústria). A maior parte da população ativa, atualmente, está no setor terciário (serviços). QUESTÃO 14 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) Nas últimas décadas o crescimento industrial do Brasil permitiu que ele desenvolvesse um dos mais importantes e complexos parques industriais da América Latina. Esse crescimento industrial contribuiu para colocar o Brasil entre as principais economias emergentes do atual século. Com relação ao posicionamento do Brasil no Mercado Mundial, pode-se dizer que, com o objetivo de aumentar o superávit na balança comercial brasileira, os governos vêm procurando restringir as importações e aumentar as exportações. Correto. Inclusive, como vimos, o Brasil ainda é considerado uma economia fechada quando se compara com outras economias ocidentais. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 38 QUESTÃO 15 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) Antes da indústria moderna, havia somente o artesanato e a manufatura. A revolução industrial foi o momento em que a humanidade, em especial alguns países, se industrializou, com a intensa mecanização e produção massificada ou em série. Com relação às características da primeira revolução industrial, pode- se dizer que houve a predominância da indústria têxtil. Correto. Inclusive este foi fenômeno foi observado no Brasil, onde a indústria têxtil teve grande importância. QUESTÃO 16 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) Dentre os fatores responsáveis pela concentração industrial na região Sudeste, podemos afirmar que a região foi se organizando como área de atração da população e de capital, tornando-se região concentradora de riquezas. O mercado consumidor que aí se formou, o desenvolvimento do sistema rodoviário, os recursos naturais favoráveis e a imigração contribuíram para a concentração industrial nesta região. Correto. Já conhecemos bem todos estes fatores como importantes vetores da industrialização da região Sudeste (desenvolvimento do sistema rodoviário, os recursos naturais favoráveis e a imigração). QUESTÃO 17 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) São Paulo concentra a maior parte da produção industrial do país, cujas raízes encontram-se nas etapas iniciais do processo da industrialização do Brasil. Mas, nos últimos anos, a participação relativa do Estado começa a diminuir, o que reflete o início do processo de dispersão industrial espacial, no país. Correto. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 39 QUESTÃO 18 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) O processo industrial brasileiro se firmou nos anos 70, os anos do “milagre brasileiro”, baseado em um tripé, representado pela forte participação do capital estatal, pelos grandes conglomerados transnacionais e um mercado consumidor em ascensão. Correto. Com a repetição dos exercícios, vamos vendo como as bancas tendem a repetir a abordagem desses temas. QUESTÃO 19 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) Uma das características do processo industrial atual do Brasil, corresponde à forte dispersão financeira das empresas e à grande concentração espacial. Incorreto. Não há, atualmente, uma grande concentração espacial da indústria brasileira. É o contrário. Estamos num processo de dispersão industrial pelo territorial nacional. QUESTÃO 20 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) Uma das influências diretas da inserção do Brasil nos mercados globais é a disseminação no território brasileiro dos polos tecnológicos próximos de centros universitários e de pesquisas. Correto. Outra questão que não apresenta grande dificuldade. Geografia Aula 07 Prof. Danuzio Neto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 40 QUESTÃO 21 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2009) O processo de desconcentração regional da indústria brasileira favorece o prolongamento da disputa entre as unidades federativas com base na renúncia fiscal. Correto. Como analisamos, a guerra fiscal existente entre os Estados, nos últimos anos, é um dos fatores que mais contribui para a dispersão das indústrias pelo território brasileiro.
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