Buscar

Integração do Brasil na Globalização Econômica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 07 
Geografia 
A integração do Brasil no processo de internacionalização da economia; O 
processo de industrialização e suas repercussões na organização do espaço 
Professor: Danuzio Neto 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
2 
 
 
 
 
Recados importantes! 
 NÃO AUTORIZAMOS a venda de nosso material em qualquer outro 
site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou 
site de rateio. 
 A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer 
parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do curso, 
à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos 
artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
3 
 
a. Teoria 
 
GEOGRAFIA DO BRASIL 
 
A integração do Brasil no processo de internacionalização da 
economia 
 
1. As ideias centrais do primeiro tópico – Neste primeiro tópico (A 
integração do Brasil no processo de internacionalização da economia), é 
importante, antes de tudo, notarmos a importância de cada palavra e o 
conceito que cada uma delas guarda. O tópico é basicamente a sinergia de 
três ideias principais: INTERNACIONALIZAÇÃO (globalização), 
ECONOMIA e BRASIL. Note que o edital fala de uma internacionalização 
específica, a econômica. 
 
 
 
2. Internacionalização da economia, mas também conhecida como 
globalização econômica – Em poucas palavras, chama-se de 
globalização o atual estágio de expansão do capitalismo. Este fenômeno é 
identificado principalmente como uma consequência do avanço tecnológico, 
especialmente nos aspectos da modernização dos sistemas de transporte e 
de telecomunicações, pois foi justamente a modernização destes sistemas 
que permitiu a aceleração de fluxos informacionais, dentre outros, de 
capitais, de pessoas e de mercadorias. Por conta de esses fluxos terem se 
acelerado principalmente nas últimas décadas, a ideia de globalização, tal 
como conhecemos, é relativamente recente. O primeiro uso desta palavra 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
4 
se deu nos anos 1980 por consultores de empresas de escolas de 
administração nos Estados Unidos, que definiam estratégias de expansão 
para as empresas multinacionais sediadas naquele país. Foi só a partir da 
década de 1990 que a globalização passou a ser vista como um processo 
mais complexo tal como conhecemos hoje. Apesar de ser um processo de 
alcance global, como o próprio nome sugere, os fluxos não atingem a todos 
os lugares de maneira igual. 
 
3. Origens da Globalização – As origens mais imediatas da expansão do 
capital são apontadas após a II Guerra Mundial e na Revolução Técnico-
científica ou Informacional (também chamada de Terceira Revolução 
Industrial). Apesar disso, reconhece-se que a globalização é a continuidade 
do longo processo histórico de mundialização do capital, o que nos remota 
ao início da expansão marítima europeia. Sob este prisma, o início da 
mundialização do capital é identificado com o período das Grandes 
Navegações porque antes deste período o globo era composto por vários 
“mundos”, sendo que alguns deles sequer se comunicavam entre si. São 
exemplos destes mundos: o europeu ocidental, o asteca, o tupi, o zulu, o 
chinês, o árabe, dentre outros. Foi nessa época, portanto, das Grandes 
Navegações, que começou o processo de integração e interdependência 
planetária entre estes “mundos”. 
 
4. Fases do capitalismo e a solidificação da globalização – Como 
podemos perceber, a globalização acabou por tornar o globo num espaço 
econômico cada vez mais homogêneo, onde pessoas, produtos e capitais 
transitam entre os países com cada vez maior liberdade. Resumidamente, 
podemos dizer, com base no que já analisamos, que a globalização deu os 
seus primeiros passos com o capitalismo comercial, expandiu-se com o 
capitalismo industrial e se solidificou com o capitalismo financeiro ou 
monopolista. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
5 
 
4.1. Capitalismo comercial – Desenvolvido principalmente no século 
XVI a partir do mercantilismo, que era uma doutrina econômica que 
acreditava que o comércio era a grande fonte de riqueza das nações. 
Por conta desta visão, houve o esforço de vários países europeus no 
sentido de expandir seu comércio por meio das novas rotas 
marítimas em busca dos mercados da Ásia (seda e especiarias), da 
África (escravização de seres humanos) e da América (metais 
preciosos e produtos agrícolas tropicais). A integração econômica do 
globo, nesta fase, é considerada superficial, pois se deu 
exclusivamente no campo das relações comerciais e privilegiando 
poucos atores econômicos e poucas áreas geográficas. 
4.2. Capitalismo industrial – É o regime econômico da primeira fase 
da Revolução Industrial (século XVIII) e que se caracterizou pela 
implantação de métodos que dinamizaram o processo produtivo de 
produtos manufaturados. Contribuíram para esta dinamização, por 
exemplo, a utilização de máquinas movidas a vapor (como o barco e 
a locomotiva a vapor) e inovações tecnológicas na área industrial 
(como o tear hidráulico e o tear mecânico). Nesta fase, consolidou-se 
também o liberalismo, que tinha, entre os seus objetivos, a plenitude 
do livre mercado. Por conta disto, os pensadores liberais desta época 
propunham a interferência cada vez menor do Estado na economia. 
Como desdobramento deste pensamento, definiu-se então uma 
divisão internacional do trabalho, que se caracterizava, de modo 
geral, por uma relação de interdependência entre os centros 
industriais dos países ricos e os países fornecedores de matérias-
primas (as colônias da América, da Ásia e da África). Por conta de ter 
havido a substituição do tear artesanal pelas fábricas, que produziam 
tecidos numa quantidade bem maior num tempo bem menor, a 
indústria têxtil se tornou o setor mais importante deste período. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
6 
4.3. Capitalismo financeiro – Com início no começo do século XX e 
presente até os dias de hoje, este período foi assim batizado por 
conta da crescente importância que os bancos e o sistema financeiro 
ganharam. É neste período que surgem as empresas transnacionais, 
a era das tecnologias da informação, o aumento da concorrência 
internacional e o fortalecimento dos monopólios e oligopólios. Se o 
interesse maior do capitalista no sistema anterior estava na produção 
industrial, neste período o interesse volta-se para os produtos 
financeiros. Este período é também conhecido como “capitalismo 
monopolista”. 
 
5. A globalização não é só do capital – Apesar de o capital ser a faceta 
mais visível da globalização, esta é um fenômeno que abarca várias 
dimensões, como a política, cultural, social. Com a intensa revolução das 
tecnologias da comunicação (telefones, televisão e computadores), as 
fontes de informação também ficaram homogeneizadas por conta do 
alcance global e a crescente popularização de canais de televisão por 
assinatura, internet e serviços que são ainda mais modernos, como a 
Netflix (serviço de televisão) e o Spotify (serviço de música). Todos estes 
fatores levam a uma crescente homogeneização cultural entre os países. 
 
6. Quem mais controla os fluxos – Como dissemos, a globalização não 
necessariamente alcança todos os países com a mesma intensidade. Ela se 
se fará mais presente em lugares que dispõem de maiores mercadores 
consumidores, melhores infraestruturas e, sobretudo, em grandes centros 
de poder econômico e político (Nova York, Londres, Tóquio, Paris, São 
Paulo).7. Empresas transnacionais – Personagem importante para entendermos a 
globalização tal como a presenciamos hoje, as empresas transnacionais 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
7 
são entendidas como aquelas que têm matriz em seu país de origem e 
atuam por meio de filiais em vários países. O termo transnacional substitui 
o termo multinacional, pois este dá a ideia de uma empresa que pertence a 
vários países, enquanto o termo transnacional dá a ideia de que a empresa 
ultrapassa os limites territoriais do seu país para atuar no mercado 
exterior. 
 
 
8. Empresas transnacionais e a mudança no processo produtivo – Com 
a ajuda das facilidades de comunicação e de transportes atuais, as 
empresas transnacionais conseguem instalar suas fábricas em qualquer 
lugar do mundo. Para decidir onde instalar a sua capacidade produtiva, as 
empresas não analisam apenas oportunidades dentro do seu país de 
origem, mas buscam em todo o globo os países que apresentam as 
maiores vantagens fiscais (impostos/tributos), bem como onde há mão-de-
obra e matérias-primas baratas. Os reflexos desta lógica são vistos, por 
exemplo, na transferência de postos de emprego dos países ricos (onde a 
mão de obra é mais cara) para os países emergentes industrializados 
(como China, Vietnã e Taiwan). Desta forma, atualmente, grande parte dos 
produtos que possuem a marca de grandes empresas, na verdade, não 
possuem uma nacionalidade definida. 
 
 
9. O histórico brasileiro – Caro aluno, apesar de a internacionalização da 
economia brasileira ser identificada inicialmente a partir da década de 
1950, é bom lembrar que, praticamente desde o seu “descobrimento”, o 
Brasil já estava de, alguma forma, integrado à economia mundial. Para 
confirmarmos esta informação, basta lembrarmos como se deu o 
crescimento econômico do país nos ciclos do açúcar e do café, por 
exemplo, que eram produtos voltados fortemente ao comércio 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
8 
internacional. De qualquer forma, se analisarmos a globalização tal qual 
como a conhecemos hoje, a década de 1950 foi quando se observou, de 
maneira mais acentuada, o começo do processo de internacionalização da 
economia brasileira, quando houve grande participação do Estado como 
empresário e como vetor de desenvolvimento da infraestrutura necessária 
à industrialização do país (transportes, energia, portos) e de incentivos 
fiscais. Contribuíram também para a atração e captação de empresas 
transnacionais à época, a disponibilidade de mão de obra barata, o enorme 
mercado consumidor emergente e o grande acesso a matérias-primas e 
fontes de energia. Neste período, houve um considerável aumento do 
parque industrial nacional (principalmente de fabricantes de bens duráveis, 
como automóveis e eletrodomésticos). 
 
10. Industrialização brasileira tardia – Solidificada com o governo de 
Juscelino Kubitschek (1956-1961), e posteriormente ampliada pelo regime 
militar (1964-1985), o Brasil teve a sua industrialização apenas 
tardiamente, adotando para si o Fordismo, que era um sistema produtivo 
tradicional que focava na capacidade de produção e nos grandes parques 
industriais. Fomentando a indústria que se desenvolvia no Brasil, os 
militares criaram obras estruturais em diferentes regiões brasileiras, 
destacando-se, dentre elas, grandes usinas hidrelétricas e vasta malha 
rodoviária. Com estes novos elementos, vários municípios do interior de 
São Paulo, por exemplo, começaram a desenvolver seus distritos 
industriais. Com o chamado “milagre econômico brasileiro”, que ocorreu 
durante a década de 1970, o país chegou à posição de 8ª maior economia 
mundial no ano de 1973, com taxas anuais de crescimento em torno de 
10%. 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
9 
11. Consequências do fordismo para o Brasil – Para o Brasil, apesar de o 
modelo fordista ter contribuído para o crescimento econômico do país, este 
não foi capaz de promover o desenvolvimento econômico regional. A bem 
da verdade, não se deve creditar apenas ao fordismo a falta do 
desenvolvimento regional brasileiro, mas a uma série de decisões políticas 
tomadas à época. Para o país, de toda forma, o aumento de renda per 
capita não representou avanços na qualidade de vida para moradores de 
grandes regiões do Brasil. O crescimento econômico que o país teve, 
principalmente durante o período do regime militar, construiu um 
arcabouço técnico e logístico para o desenvolvimento que não ocorreu em 
sua plenitude. 
 
12. Ditadura militar e o comércio exterior – neste período, o capital 
estrangeiro penetrou em vários setores da economia brasileira, 
principalmente na extração de minerais metálicos (projetos Carajás, 
Trombetas e Jari), na expansão das áreas agrícolas (monoculturas de 
exportação), nas indústrias química e farmacêutica e na fabricação de bens 
de capital (máquinas e equipamentos) utilizados pelas industrias de bens 
de consumo. Apesar disso, comparativamente ao fluxo do comércio 
exterior, o país era considerado fechado economicamente. 
 
13. Estados Unidos elevam juros na década de 1970 – Na década de 
1970, os Estados Unidos elevaram as taxas de juros no mercado 
internacional, reduzindo os investimentos destinados aos países em 
desenvolvimento como o Brasil. Além de assistir a essa redução do fluxo de 
capital, a economia brasileira teve de arcar com o pagamento dos juros 
crescentes da dívida externa. Diante dessa nova realidade, a saída imposta 
pelo governo para obter recursos que permitissem honrar os compromissos 
da dívida se resumiu na frase: “exportar é o que importa”, slogan lançado 
no governo de Figueiredo. Porém, qual seria a estratégia para tornar os 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
10 
produtos brasileiros internacionalmente competitivos? Tanto em qualidade 
como em preço, as mercadorias produzidas em um país em 
desenvolvimento como o Brasil, que quase não criava novas tecnologias, 
enfrentavam grandes obstáculos. As soluções apontadas pelo governo, no 
fim das contas, foram desastrosas para o mercado interno e resultou, 
principalmente, em arrocho salarial, subsídios fiscais para exportação, 
negligencia com o meio ambiente e desvalorização cambial. Essas medidas, 
adotadas em conjunto, favoreceram a colocação de produtos no mercado 
externo, mas prejudicaram o mercado interno, reduzindo o poder de 
compra do brasileiro. Na busca de um maior superávit na balança 
comercial, o governo aumentou os impostos de importação tanto para os 
bens de consumo como para os bens de capital e bens intermediários. A 
consequência dessa medida, como é fácil perceber hoje, foi a redução da 
competitividade do parque industrial brasileiro diante do exterior ao longo 
dos anos 1980, já que, pelas barreiras impostas pelo governo acabamos 
por nos distanciar da realidade que existia “lá fora”. Após o enxugamento 
do capital surgida após a elevação dos juros nos Estados Unidos, os 
industriais brasileiros perderam a capacidade financeira para importar 
novas máquinas. De outro lado, reforçando o caminho da obsolescência da 
indústria nacional, não havia incentivos à busca de maior produtividade e 
qualidade dos produtos nacionais, já que não havia falta de competição 
com produtos importados. Com isso, as indústrias, salvo raras exceções, 
foram perdendo a competitividade no mercado internacional, enquanto, 
internamente, as mercadorias comercializadas tornaram-se caras e 
tecnologicamente defasadas. 
 
 
14. Década de 1980 e o esgotamento do Estado – Enquanto países 
desenvolvidos passaram a adotar medidas neoliberais e reduziam o papel 
do Estado em determinados setores econômicos (vide os casosclássicos 
dos Estados Unidos e do Reino Unido, com Ronald Reagan e Margaret 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
11 
Thatcher, respectivamente), o Brasil, a partir da década de 1980, assistiu 
ao esgotamento da capacidade do Estado em promover o desenvolvimento 
industrial - fim do Estado empresário - devido às políticas econômicas mal 
sucedidas que aumentaram a dívida externa e a inflação. Este 
arrefecimento do folego do Estado-empresário, no entanto, não 
representou, no Brasil, a adoção de uma forte política liberal. Durante todo 
o regime militar, em relação ao resto do mundo, a economia brasileira não 
era vista como integrada. Foi só na década de 1990 que começaria a haver 
uma maior abertura da economia brasileira. 
 
 
 
15. Década de 1990, maior integração do Brasil à economia mundial – 
Como dito, foi apenas a partir da década de 1990, durante o governo 
Collor, que o Brasil iniciou um (acelerado) programa de abertura 
econômica. As mudanças mais profundas na estrutura industrial se deram 
por meio da redução de alíquotas de importações, desregulamentação do 
Estado, privatizações de estatais e diminuição de subsídios à produção. 
Como é de se imaginar, o estímulo à competitividade fez com que muitas 
pequenas e médias empresas não conseguissem (técnica e 
financeiramente) se adaptar. Enfim, após anos de controle estatal da 
economia durante a ditadura militar, o país passou a flertar com o 
liberalismo econômico como política de Estado. 
 
 
16. A abertura do mercado brasileiro – Com a abertura do mercado 
brasileiro, iniciada em 1992 e facilitada pela redução dos impostos de 
importação, a entrada de máquinas e equipamentos industriais de última 
geração promoveu a modernização do parque industrial nacional e o 
correspondente aumento da produtividade (consequentemente, a 
competitividade dos nossos produtos no mercado internacional também 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
12 
aumentou). Por outro lado, a modernização da produção causou grande 
elevação nos índices de desemprego, segundo a análise de alguns teóricos. 
De acordo com esta visão, a entrada de produtos importados de países que 
aplicavam elevados subsídios às exportações e pagavam salários 
baixíssimos (como a China, nos setores de calçados, têxteis e brinquedos) 
provocou a falência de muitas indústrias nacionais, contribuindo para 
elevar mais ainda o desemprego. Questão unânime, porém, é que a 
concorrência com mercadorias importadas fez com que a qualidade de 
muitos produtos nacionais melhorasse e provocou significativa redução dos 
preços, o que beneficiou, por conseguinte, os consumidores. Na indústria 
automobilística, embora tenha havido grande redução no número de 
trabalhadores por unidade fabril, verificou-se significativo aumento do 
número de instalações industriais, com a entrada de novas fábricas que 
não produziam no Brasil (Honda, Toyota, Renault, Peugeot e outras) e 
novos investimentos de outras empresas que já estavam instaladas antes 
da abertura às importações, como a construção de uma nova fábrica da 
Ford em Camaçari (BA) ou da GM em Gravataí (RS). Levando em 
consideração todo o histórico do setor, em 2008, o Brasil tornou-se o 
quinto produtor mundial de automóveis. 
 
17. Diagnóstico da situação atual – Com as privatizações e a abertura da 
economia brasileira, acontecidas a partir da década de 90, houve forte 
ingresso de capital estrangeiro em setores produtivos anteriormente 
dominados pelo Estado e por empresas de capital privado nacional. Com o 
ingresso de capital estrangeiro no setor produtivo, a economia brasileira 
reduziu sua dependência do capital especulativo, o que a tornou mais 
sólida e mais bem estruturada, mas aumentou a saída de dólares na forma 
de remessa de lucros e pagamento de royalties. A fim de equilibrar a 
balanço de pagamentos, as estratégias principais do governo são o 
incentivo às exportações, ao aumento no fluxo de investimentos 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
13 
estrangeiros, à internacionalização de empresas brasileiras, dentre outras. 
Apesar do exposto, o Brasil ainda tem uma economia muito fechada do 
ponto de vista comercial, quando comparada à de outros países, tanto os 
desenvolvidos quantos alguns emergentes. 
 
18. A situação do comércio internacional brasileiro em números – Em 
2015, a participação do Brasil no comércio internacional foi de apenas 1%, 
o que é uma participação irrisória, se considerarmos que o Brasil é a nona 
maior economia do mundo. De acordo com a OMC, no mesmo período, a 
China teve participação de 12,71%, os Estados Unidos, 8,81% e Alemanha, 
8,20%. Importante ainda notar que a participação das exportações na 
economia brasileira é ínfima, não chegando nem a 12% do PIB. Tal valor 
só é maior que Afeganistão, Burundi, Sudão, República Centro-Africana e 
Kiribati. A média global é de 29,8% do PIB. Em 2016, o Brasil bateu 
recorde histórico de superávit em sua balança comercial, com 47,692 
bilhões de dólares de saldo positivo. O desempenho histórico, no entanto, 
tem mais a ver com uma queda menor nas exportações do que das 
importações. No período, o Brasil exportou 185,244 bilhões de dólares e 
importou 137,552 bilhões de dólares. Em 2011, o Brasil bateu o seu 
recorde de exportação, 256 bilhões de dólares. Valor bem superior ao 
alcançado em 2016. 
 
 
 
 
 
 
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/07/1661171-so-5-paises-exportam-menos-que-o-brasil-em-proporcao-do-pib.shtml
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
14 
 
 
O processo de industrialização e suas repercussões na organização 
do espaço 
 
19. Primeiros passos da industrialização no Brasil – Embora a 
industrialização brasileira tenha começado na segunda metade do século 
XIX, quando o extrativismo de látex na Amazônia, por exemplo, 
impulsionou a construção dos portos de Manaus e de Belém para o 
escoamento da produção, foi principalmente a partir da I Guerra Mundial 
que o país passou por um processo significativo de desenvolvimento 
industrial e de maior diversificação do parque fabril. Nessa época, as 
atividades terciárias da economia apontavam índices de crescimento 
econômico superiores aos das atividades agrícolas e industriais. A 
agricultura cafeeira, que era então a principal atividade econômica 
nacional, exigia a implantação de uma eficiente rede de transportes, e 
assim as ferrovias foram se desenvolvendo no país para escoar a produção 
do interior para os portos. Também se estabeleceu um sistema bancário 
integrado à economia mundial, e que desse auxílio à atividade dos 
cafeicultores. Em 1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas 
e fumo eram responsáveis por 70% da produção da indústria nacional. Em 
1939, no início da II Grande Guerra, essa porcentagem havia se reduzido 
para 58% por conta do aumento da produção de outros produtos, como 
aço, máquinas e material elétrico. A industrialização brasileira, porém, 
ainda contava predominantemente com indústrias de bens de consumo não 
duráveis e investimentos de capital privado nacional. 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
15 
20. A crise lá fora e o impulso aqui dentro – Em suas décadas iniciais, a 
industrialização brasileira sofreu seu maior impulso a partir de 1929, com a 
crise econômica mundial que se iniciou com a quebra da Bolsa de Valores 
de Nova York. No Sudeste, essa crise se refletiu no café, que teve a sua 
produção bastante diminuída. Por outro lado, enquanto se registrava perda 
da importância da atividade cafeeira, houve diversificação da produção 
agrícola como um todo (a agricultura, inclusive,ainda continuou 
responsável pela maior parte das exportações brasileiras até a década de 
70). Com a Revolução de 1930 e a diminuição do poder da oligarquia 
agroexportadora paulista, abriu-se novas possiblidades em favor da 
industrialização, uma vez que o grupo que tomou o poder com Getúlio 
Vargas, nacionalista, era favorável a tornar o Brasil um país 
industrializado. Apesar da “sanha” industrializadora, porém, foi o café que 
permitiu a acumulação do capital necessário ao impulso da atividade 
industrial no país. 
 
 
21. A influência do café na industrialização – Os barões do café, que 
residiam, principalmente, na cidade de São Paulo, eram detentores de 
enorme quantidade de capital aplicado no sistema financeiro que seria 
disponibilizado para a implantação da indústria. No processo inicial de 
industrialização do país, São Paulo também se beneficiou de outras 
“casualidades”: todas as ferrovias construídas com a finalidade de escoar a 
produção cafeeira para o Porto de Santos se interligavam na capital 
paulista; no estado, ainda havia grande disponibilidade de mão de obra 
imigrante (liberada dos cafezais ou já residente nas cidades); e havia 
também significativa produção de energia elétrica. É importante frisar 
ainda que, com o colapso econômico mundial, diminuiu a entrada de 
mercadorias estrangeiras para competir com as nacionais, o que 
beneficiava estas. 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
16 
 
22. Regiões inicialmente atingidas pela industrialização – A semente do 
processo de industrialização brasileira passou a germinar principalmente na 
cidade de São Paulo, onde havia maior disponibilidade de capitais, 
trabalhadores qualificados e infraestrutura básica. Os Estados do Rio de 
Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, no entanto, também 
presenciaram a intensificação do processo de industrialização em algumas 
de suas regiões. Instaladas predominantemente com capital de origem 
nacional, acumulado com as atividades agroexportadoras, a maior parte 
das indústrias era de bens de consumo, com destaque para as de bens não 
duráveis, como as alimentícias e têxteis. A política industrial comanda pelo 
governo federal era a de substituir as importações, visando à obtenção de 
um superávit cada vez maior na balança comercial e no balanço de 
pagamentos. 
 
 
23. Getúlio Vargas e a Política de “Substituição de Importações” – De 
1930 a 1956, a industrialização no país se caracterizou por uma estratégia 
governamental de implantação de indústrias estatais nos setores de bens 
de produção e de infraestrutura: siderurgia (Companhia Siderúrgica 
Nacional – CSN), petroquímica (Petrobras), bens de capitais (Fábrica 
Nacional de Motores – FNM), extração mineral (Companhia Vale do Rio 
Doce – CVRD) e produção de energia (Companhia Hidrelétrica do São 
Francisco – Chesf), por exemplo. A interferência estatal nestas áreas se 
mostrava importante por conta de necessidade de investimento inicial 
muito elevado, ter retorno do capital lento e serem setores estratégicos 
para o país. Foi com Getúlio Vargas que ficou caracterizada a política 
industrial voltada à produção interna de mercadorias que até então eram 
importadas. Graças à interferência estatal, houve grande crescimento da 
produção industrial neste período, menos no período da II Guerra Mundial, 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
17 
quando, devido à falta de indústrias de base, o crescimento industrial 
brasileiro teve uma média inferior a 1% ao ano. 
 
24. Governo Dutra – Durante a II Guerra Mundial, o país exportou diversos 
produtos agrícolas, industriais e minerais para os países europeus em 
conflito, obtendo, assim, enorme saldo positivo na balança comercial. Esse 
saldo, porém, foi utilizado no decorrer do governo Dutra com a importação 
de máquinas e equipamentos para as indústrias têxteis e mecânicas, com o 
reequipamento do sistema de transportes e com o incremento da extração 
de minerais metálicos, não metálicos e energéticos. Além disso, 
contrariando os interesses da indústria nacional, houve mudança na 
política econômica do país com a abertura à importação de bens de 
consumo. 
 
25. Retorno de Getúlio e da política nacionalista – Ao retornar à 
presidência em 1951, Vargas passou a investir em setores que deram 
suporte ao crescimento econômico e restringiu a importação de bens de 
consumo. Porém, no confronto entre getulistas, desenvolvimentistas e 
liberais, a política econômica de Getúlio saiu derrotada. 
 
 
 
26. Juscelino Kubitschek e o Plano de Metas – O Plano de Metas de 
Juscelino Kubitschek destacou maciços investimentos estatais para 
diversos setores da economia e promoveu um grande crescimento 
econômico do país. Por conta da sua amplitude e ambição, o Plano também 
conseguiu atrair grandes investimentos estrangeiros. Na execução do 
Plano, 73% dos investimentos dirigiam-se aos setores de energia e 
transportes, o que permitiu grande aumento da produção de 
hidroeletricidade e de carvão mineral. Forneceu, também, o impulso inicial 
ao programa nuclear, elevou a capacidade de prospecção e refino de 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
18 
petróleo, pavimentação e construção de rodovias, além de melhorias nas 
instalações e serviços portuários, aeroviários e reaparelhagem de pequena 
extensão de ferrovias. Paralelamente, houve expressivo ingresso de capital 
estrangeiro, responsável por grande crescimento da produção industrial, 
principalmente nos setores automobilístico, químico-farmacêutico e de 
eletrodomésticos. O parque industrial brasileiro passou, desta forma, a 
contar com significativa produção de bens de consumo duráveis, o que 
sustentou e deu continuidade à política de substituição de importação 
iniciada no governo Vargas. Durante o governo JK, consolidou-se o tripé da 
produção industrial nacional, formado pelas indústrias de bens de consumo 
não duráveis, de bens de produção e bens de capital e de bens de consumo 
duráveis. 
 
27. Resultado do Plano de Metas – O afastamento da capital federal do 
centro econômico e populacional do país e a opção pelo transporte 
rodoviário, não recomendável para países territorialmente extensos, iriam 
marcar o país de forma duradoura. Naquele momento, porém, estes 
problemas diminuíram a competitividade dos produtos brasileiros no 
mercado internacional e influenciaram negativamente a nossa economia (o 
que acontece até hoje). Apesar da transferência da capital para o Centro-
Oeste, o Plano de Metas acentuou a concentração do parque industrial no 
Sudeste, agravando os contrastes regionais. Como efeito colateral, 
intensificaram-se as migrações internas, provocando o crescimento 
desordenado de grandes centros urbanos, especialmente Rio de Janeiro e 
São Paulo. 
 
28. Concentração do parque industrial no Sudeste e a resposta do 
Governo – A fim de mitigar as discrepâncias sociais e industriais entre as 
diversas regiões do país, foi criada, em 1959, a Sudene (Superintendência 
de Desenvolvimento do Nordeste). Nos anos seguintes, seriam ainda 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
19 
criados dezenas de outros órgãos, como a Sudam (Superintendência de 
Desenvolvimento da Amazônia) e a Sudeco (Superintendência de 
Desenvolvimento do Centro-Oeste). A partir da década de 1990, a maioria 
destes órgãos seriam desestruturados. 
 
29. Regime militar – Neste período, o parque industrial ampliou-se de forma 
bastante significativa e a infraestrutura nos setores de energia, transportes 
e comunicações se modernizou – a desigualdade social, porém, aumentou. 
Apesar dos altos investimentos do período, várias obras tinham 
necessidade, rentabilidade ou eficiênciaquestionáveis, como as rodovias 
Transamazônica e Perimetral Norte (além do acordo nuclear entre Brasil e 
Alemanha). Neste período ainda, o Estado brasileiro adquiriu empresa em 
quase todos os setores da economia utilizando recursos públicos. Em 1985, 
cerca de 20% do PIB era obtido a partir de empresas estatais, decorrência 
do crescimento do Estado na participação da economia entre 1964 e 1985. 
Enquanto isso, serviços tradicionalmente públicos como saúde e educação 
se deterioravam por falta de recursos. Durante este período, portanto, 
houve avanço considerável no processo de industrialização e estagnação na 
área social. 
 
 
30. Zona Franca de Manaus – Criada, em 1967, pelo governo militar a fim 
de integrar economicamente a Amazônia Ocidental ao resto do país, a 
Zona Franca de Manaus é um polo industrial que se desenvolve em três 
eixos principais: comercial, agropecuário e industrial. 
 
31. Governo Sarney – Foi responsável por um incipiente processo de 
privatização de empresas estatais. Em seu governo, foram vendidas 17 
destas empresas, das quais as mais importantes foram a Aracruz Celulose, 
a Caraíba Metais e a Eletrossiderúrgica Brasileira (Sibra). Nessa época, o 
Brasil possuía uma das economias mais fechadas do mundo ocidental. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
20 
 
32. Governo Collor – Diminuiu a participação do Estado no setor produtivo 
por meio de privatizações (18 empresas foram privatizadas, com destaque 
para a Usiminas e a Embraer); eliminou o monopólio do Estado em 
telecomunicações e petróleo e pôs fim à discriminação ao capital 
estrangeiro, que, entre outros investimentos, poderia participar dos leiloes 
de privatização. Este governo, ainda, abriu a economia para o ingresso de 
produtos e serviços estrangeiros, por meio de redução e/ou eliminação dos 
impostos de importação, por exemplo. Foi com o breve período Collor que 
houve o que se conheceu como abertura da economia brasileira. 
 
 
33. Desconcentração atual da atividade industrial – Em função, também, 
de novos investimentos em infraestrutura de energia e transporte, o 
parque industrial brasileiro vem se desconcentrando e apresenta maior 
dispersão espacial em relação às regiões historicamente marginalizadas. 
Embora desde o início do século XX o eixo São Paulo-Rio de Janeiro seja 
responsável por mais de metade do valor da produção industrial brasileira, 
é importante dizer que até a década de 1930 a organização espacial das 
atividades econômicas do país era dispersa – ainda que as atividades 
econômicas regionais funcionassem em núcleos quase autônomos. 
 
34. A indústria brasileira, no começo, era espacialmente 
desconcentrada – A região Sudeste, onde se desenvolvia o ciclo do café, 
quase não se comunicava com as atividades econômicas que se 
desenvolviam no Nordeste (cana, tabaco, cacau, algodão) ou no Sul 
(carne, indústria têxtil e pequenas agroindústrias de origem familiar). 
Neste sentido, até o escoamento dessas indústrias se dava de maneira 
regionalizada e somente um pequeno volume era destinado às outras 
regiões. Este quadro só começou a se alterar com a crise do café e o 
impulso à industrialização comandada pelo Sudeste, já que a oligarquia 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
21 
cafeeira deslocou seus investimentos para o setor industrial. Assim, 
instalou-se, principalmente em São Paulo, fábricas modernas para os 
padrões da época. O fim dessa incomunicabilidade só se iniciaria com o 
governo Vargas, que promoveu a instalação de um sistema de transportes 
integrando os arquipélagos econômicos regionais. Foi a partir deste 
momento que houve uma invasão de produtos industriais do Sudeste nas 
demais regiões do país, o que levou muitas indústrias, principalmente 
nordestinas, à falência. Desta forma, pode-se dizer que foi com a crise do 
café que se iniciou no país o processo de integração dos mercados 
regionais. Este processo, como se viu, foi comandado pelo centro 
econômico, até hoje, mais dinâmico do país, o eixo São Paulo- Rio de 
Janeiro. 
 
35. Concentração da indústria no Sudeste – As atividades industriais 
tenderam a se concentrar no Sudeste por causa de dois fatores principais: 
a complementariedade industrial (as indústrias de autopeças, por exemplo, 
tendem a se localizar próximo às automobilísticas) e a concentração de 
investimentos públicos no setor de infraestrutura industrial (sob pressão 
dos detentores do poder econômico). 
 
36. Início da desconcentração da atividade industrial – A primeira grande 
ação governamental para dispersar o parque industrial aconteceu com a 
instalação da Zona Franca de Manaus. Depois, com o resultado dos Planos 
Nacionais de Desenvolvimento dos governos Médici e Geisel (final da 
década de 1970 e início dos anos 80), começaram a ser inauguradas as 
primeiras usinas hidroelétricas nas regiões Norte e Nordeste: Tucuruí (Rio 
Tocantins), Sobradinho (São Francisco) e Boa Esperança (Paraíba). Assim 
que o governo começou a atender, ainda que em parte, as necessidades de 
infraestrutura das regiões historicamente marginalizadas, começou a haver 
uma dispersão do parque industrial brasileiro, inclusive em escala regional. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
22 
 
37. Crescimento econômico de novas áreas – Ao longo da década de 1990, 
com maior infraestrutura no país, as indústrias passaram a se espalhar 
pelo território brasileiro também em busca de mão de obra mais barata e 
em busca de benefícios fiscais, o que provocou a intensificação da guerra 
fiscal entre os estados e municípios que reduziam impostos e ofereciam 
outras vantagens, como doação de terrenos, para atrair as empresas. 
Mesmo no estado de São Paulo, que apresenta a melhor infraestrutura do 
país, houve historicamente maior concentração de indústrias na Região 
metropolitana. Nos últimos anos, no entanto, seguindo uma tendência já 
verificada em países desenvolvidos, acontece um processo de 
deslocamento das indústrias instaladas em São Paulo em direção às 
cidades médias do interior. Isso é possível graças ao grande 
desenvolvimento da informática e à modernização da infraestrutura de 
produção de energia, transporte e comunicação, criando condições de 
especialização produtiva por intermédio da integração regional. As regiões 
tendem, atualmente, a se especializar em poucos setores da atividade 
econômica e a buscar em outros mercados (interno ou do exterior) as 
mercadorias que satisfaçam as necessidades diárias de consumo da 
população. 
 
38. Estrutura e Distribuição da Indústria brasileira – Em 2010, a 
atividade industrial era responsável por 23% do PIB brasileiro. Segundo o 
IBGE, as atividades mais importantes em 2009 e responsáveis por quase 
75% do valor da transformação industrial do país foram: fabricação dos 
produtos alimentícios e bebidas (21%), fabricação de veículos automotores 
(12%), produtos químicos e farmacêuticos (11%), derivados do petróleo e 
biocombustíveis (10%), metalurgia e produtos de metal (10%), máquinas, 
equipamentos, e materiais elétricos (7%), informática, eletrônicos e 
ópticos (3%). Porém, embora os produtos não industrializados tenham 
obtido grande crescimento entre 2000 e 2010 – de US$ 9 bilhões para US$ 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
23 
73 bilhões, principalmente por causa do aumento da importação de 
matérias primas e alimentos da China e outros países emergentes – a 
exportação de produtos de alta e média tecnologia cresceu de cerca de 
US$ 20 bilhões para US$ 47 bilhões nesse mesmo período. Essa 
modernização do Parque Industrial no período teve impulso com a 
instalação de diversos parques tecnológicos (também conhecidos comotecnopolos) espalhados pelo país e que estimulam a parceria entre 
universidades, instituições de pesquisa e as empresas privadas. Estes 
parques buscam maior competitividade e desenvolvimento de produtos e 
localizam-se próximos aos maiores centros universitários, em locais onde 
há disponibilidade de mão de obra qualificada, rede de transportes, energia 
e comunicações que permitam conexão com outros centros de pesquisa 
localizados no país ou no exterior. 
 
39. Onde estão os parques tecnológicos brasileiros – No Brasil, os 
parques tecnológicos aparecem em todas as regiões. Os principais estão 
localizados em: São Paulo, Campinas e São José dos Campos (SP), Santa 
Rita do Sapucaí e Viçosa (MG) e Rio de Janeiro (RJ), no Sudeste; Fortaleza 
(CE), Recife (PE), Campina Grande (PB) e Aracaju (SE), no Nordeste; 
Cascavel (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre, no Sul; Brasília (DF), no 
Centro Oeste; Manaus (AM) e Belém (PA), no Norte. 
 
40. Começo da desindustrialização do país – O período que foi de 2000 até 
2011, no entanto, seria o último de uma maior industrialização no país. 
Atualmente, os números indicam que o país passa por um processo de 
desindustrialização (um processo normal nos países mais desenvolvidos, 
mas não nos emergentes) Em 1985, por exemplo, a indústria respondia 
por 25% do PIB brasileiro. Em 2016, este valor já era de aproximadamente 
15%. Em 2014, ano crítico para o setor, a industrial chegou a responder 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
24 
por apenas 10,9% do PIB. Explicam a desindustrialização brasileira: a 
competição com a economia chinesa, o câmbio sobrevalorizado, a falta de 
inovação, os juros elevados e os custos do processo produtivo. 
 
41. Problemas enfrentados pela indústria brasileira – Podem-se citar, 
também, como problemas que aumentam os custos da indústria brasileira 
e dificultam a sua maior participação no mercado externo: problemas de 
logística (deficiência e altos preços nos transportes); baixo investimento 
(público e privado) em desenvolvimento tecnológico; força de trabalho 
pouco qualificada; carga tributária elevada; barreiras tarifárias e não 
tarifárias impostas por outros países à importação de produtos brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
25 
 
b. Revisão 
QUESTÃO 1 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2016) 
No decorrer do século XX, o aparelhamento dos portos, a construção de 
estradas de ferro e as novas formas de participação do país na fase industrial 
fizeram do Sudeste a região com maior concentração de capital, de modo 
independente de uma nova regionalização agrária ou urbana brasileira. 
 
QUESTÃO 2 (Cespe – Geográfo – MPOG – 2015) 
A manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste e a expansão 
do agronegócio concentraram a maior parte das cidades médias (entre 100 e 
500 mil habitantes) na região mais desenvolvida do país, no eixo Rio de 
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. 
 
 
QUESTÃO 3 (IF-RS – Professor de Geografia – IF-RS – 2015) 
A contribuição para o decréscimo da produção industrial se dá sobretudo pela 
escassez da água no sudeste, aliada a políticas de aumento de impostos e ao 
fechamento de plantas em São Paulo. 
 
QUESTÃO 4 (FGV – Professor de Geografia – Seduc/AM – 2014) 
No início do século XX, metade da borracha consumida no mundo saía da 
Amazônia e, logo, o extrativismo do látex tornou-se o motor do processo de 
organização do espaço na região ao estimular a construção dos portos de Belém 
e de Manaus, para exportar a produção de borracha. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
26 
 
QUESTÃO 5 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP - 2014) 
Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem passando por um 
processo de desconcentração industrial. Uma das características desse processo 
é a saída das atividades industriais dos estados de São Paulo, de Minas Gerais e 
do Rio de Janeiro, com o objetivo de revitalizar áreas decadentes como os 
distritos industriais nordestinos. 
 
QUESTÃO 6 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas 
décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que 
explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. 
Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está o aumento da 
produção de café – crescentes taxas de exportação. 
 
QUESTÃO 7 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas 
décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que 
explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. 
Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está a criação e a 
expansão de infraestrutura de transporte – redução dos custos de transferência. 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
27 
QUESTÃO 8 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as 
décadas de 1970 e 1990, Na Região Nordeste diminuiu, de modo significativo, o 
número de estabelecimentos e o valor da transformação industrial. 
 
 
QUESTÃO 9 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as 
décadas de 1970 e 1990 A Região Sul aumentou sua participação na produção 
industrial, graças à emigração de estabelecimentos industriais da região 
metropolitana de São Paulo. 
 
QUESTÃO 10 (Esaf – Especialista em Políticas Públicas – MF – 2013) 
Sabe-se que a Revolução Industrial, iniciada em fins do século XVIII, alterou 
radicalmente o sistema produtivo e as próprias bases da sociedade 
contemporânea. No Brasil, a histórica imagem de um país essencialmente 
agrário, com uma sociedade ruralizada ao extremo, começa a desaparecer a 
partir dos anos 1930, com o surgimento da indústria de base, que se fez 
acompanhar da rápida urbanização. A esse respeito, é correto afirmar que: a 
moderna urbanização brasileira se fez de modo relativamente planejado e 
ordenado, cujo símbolo maior é a construção de Brasília. 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
28 
QUESTÃO 11 (Funcefet – Professor de Geografia – Prefeitura de 
Nilópolis/RJ – 2011) 
A industrialização promove a concentração espacial da riqueza e dos recursos 
financeiros e produtivos. Em certo ponto do desenvolvimento econômico, a 
tendência de concentração espacial da indústria arrefece e dá lugar a 
movimentos de desconcentração. Evolução das tecnologias, infraestrutura de 
transportes e comunicações. 
 
QUESTÃO 12 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) 
Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características atuais, 
pode-se dizer que a dispersão industrial que se verifica atualmente, no espaço 
brasileiro, foi favorecido em parte, pela chamada “guerra fiscal” travada entre 
estados e municípios. 
 
QUESTÃO 13 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) 
Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características, pode-se 
dizer que, atualmente, no Brasil, como na maior parte dos países, devido ao 
fenômeno da globalização, há uma maior predominância da PEA (População 
Econômica Ativa) empregada no setor secundário, o que caracteriza uma 
economia informal. 
 
 
QUESTÃO 14 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) 
Nas últimas décadas o crescimento industrial do Brasil permitiu que ele 
desenvolvesse um dosmais importantes e complexos parques industriais da 
América Latina. Esse crescimento industrial contribuiu para colocar o Brasil 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
29 
entre as principais economias emergentes do atual século. Com relação ao 
posicionamento do Brasil no Mercado Mundial, pode-se dizer que, com o 
objetivo de aumentar o superávit na balança comercial brasileira, os governos 
vêm procurando restringir as importações e aumentar as exportações. 
 
QUESTÃO 15 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) 
Antes da indústria moderna, havia somente o artesanato e a manufatura. A 
revolução industrial foi o momento em que a humanidade, em especial alguns 
países, se industrializou, com a intensa mecanização e produção massificada ou 
em série. Com relação às características da primeira revolução industrial, pode-
se dizer que houve a predominância da indústria têxtil. 
 
QUESTÃO 16 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
Dentre os fatores responsáveis pela concentração industrial na região Sudeste, 
podemos afirmar que a região foi se organizando como área de atração da 
população e de capital, tornando-se região concentradora de riquezas. O 
mercado consumidor que aí se formou, o desenvolvimento do sistema 
rodoviário, os recursos naturais favoráveis e a imigração contribuíram para a 
concentração industrial nesta região. 
 
 
QUESTÃO 17 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
São Paulo concentra a maior parte da produção industrial do país, cujas raízes 
encontram-se nas etapas iniciais do processo da industrialização do Brasil. Mas, 
nos últimos anos, a participação relativa do Estado começa a diminuir, o que 
reflete o início do processo de dispersão industrial espacial, no país. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
30 
 
 
QUESTÃO 18 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
 
O processo industrial brasileiro se firmou nos anos 70, os anos do “milagre 
brasileiro”, baseado em um tripé, representado pela forte participação do 
capital estatal, pelos grandes conglomerados transnacionais e um mercado 
consumidor em ascensão. 
 
QUESTÃO 19 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
Uma das características do processo industrial atual do Brasil, corresponde à 
forte dispersão financeira das empresas e à grande concentração espacial. 
 
 
QUESTÃO 20 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
Uma das influências diretas da inserção do Brasil nos mercados globais é a 
disseminação no território brasileiro dos polos tecnológicos próximos de centros 
universitários e de pesquisas. 
 
QUESTÃO 21 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2009) 
O processo de desconcentração regional da indústria brasileira favorece o 
prolongamento da disputa entre as unidades federativas com base na renúncia 
fiscal. 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
31 
 
 
 
Gabarito 
1 2 3 4 5 
E E E C E 
6 7 8 9 10 
C C E C E 
11 12 13 14 15 
C C E C C 
16 17 18 19 20 
C C C E C 
21 22 23 24 25 
C - - - - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
32 
c. Breves comentários às questões 
QUESTÃO 1 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2016) 
No decorrer do século XX, o aparelhamento dos portos, a construção de 
estradas de ferro e as novas formas de participação do país na fase industrial 
fizeram do Sudeste a região com maior concentração de capital, de modo 
independente de uma nova regionalização agrária ou urbana brasileira. 
Incorreto. A questão dá a entender que o processo de industrialização nada 
teve a ver com a regionalização agrária, o que é falso. No começo do século XX, 
por exemplo, a industrialização em São Paulo teve como ponto de partida o 
capital oriundo da cafeicultura. 
 
 
QUESTÃO 2 (Cespe – Geográfo – MPOG – 2015) 
A manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste e a expansão 
do agronegócio concentraram a maior parte das cidades médias (entre 100 e 
500 mil habitantes) na região mais desenvolvida do país, no eixo Rio de 
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. 
Incorreto. Como vimos, no Brasil, nas últimas décadas, deu-se início a uma 
desconcentração espacial da indústria brasileira. Não há, portanto, uma 
“manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste”. 
 
QUESTÃO 3 (IF-RS – Professor de Geografia – IF-RS – 2015) 
A contribuição para o decréscimo da produção industrial se dá sobretudo pela 
escassez da água no sudeste, aliada a políticas de aumento de impostos e ao 
fechamento de plantas em São Paulo. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
33 
Incorreto. Como vimos em aula, muitas são as questões que emperram o 
desenvolvimento da indústria brasileira: carga tributária, infraestrutura 
precária, existência de outros mercados mais competitivos no exterior. Não foi 
citado, em nenhum momento, a falta de água. 
 
QUESTÃO 4 (FGV – Professor de Geografia – Seduc/AM – 2014) 
No início do século XX, metade da borracha consumida no mundo saía da 
Amazônia e, logo, o extrativismo do látex tornou-se o motor do processo de 
organização do espaço na região ao estimular a construção dos portos de Belém 
e de Manaus, para exportar a produção de borracha. 
Correto. Foi a exploração do látex na região Norte que permitiu que houvesse a 
construção dos portos de Belém e Manaus. 
 
QUESTÃO 5 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP - 2014) 
Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem passando por um 
processo de desconcentração industrial. Uma das características desse processo 
é a saída das atividades industriais dos estados de São Paulo, de Minas Gerais e 
do Rio de Janeiro, com o objetivo de revitalizar áreas decadentes como os 
distritos industriais nordestinos. 
Incorreto. O enunciado dá a entender que existe uma função social que visa a 
revitalizar algumas áreas como um dos fatores para a desconcentração espacial 
da indústria. Isto está incorreto. Essa desconcentração se relaciona com outros 
fatores, como a guerra fiscal entre os Estados, por exemplo. 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
34 
QUESTÃO 6 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas 
décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que 
explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. 
Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está o aumento da 
produção de café – crescentes taxas de exportação. 
Correto. 
 
 
QUESTÃO 7 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
No Estado de São Paulo, destacadamente em sua capital, entre as últimas 
décadas do século XIX até a década de 1920, surgiram condições variadas que 
explicam o desenvolvimento e a concentração industrial no espaço paulista. 
Dentre algumas das condições que explicam esse fato, está a criação e a 
expansão de infraestrutura de transporte – redução dos custos de transferência. 
Correto. Outro enunciado certo. De fato, o desenvolvimento da atividade 
cafeeira em São Paulo permitiu uma maior expansão da infraestrutura do 
transporte, dentre outros benefícios para o surgimento da indústria, como o 
acúmulo de capital a partir da exportação da produção do Estado. 
 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
35 
 
QUESTÃO 8 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as 
décadas de 1970e 1990, Na Região Nordeste diminuiu, de modo significativo, o 
número de estabelecimentos e o valor da transformação industrial. 
Incorreto. Aconteceu o contrário, neste período, acentuou-se a desconcentração 
das indústrias antes localizadas principalmente na região Sudeste. 
 
 
QUESTÃO 9 (FGV – Professor de Geografia – Prefeitura de João 
Pessoa/PB – 2014) 
Sobre o processo de desconcentração industrial, ocorrido no Brasil entre as 
décadas de 1970 e 1990 A Região Sul aumentou sua participação na produção 
industrial, graças à emigração de estabelecimentos industriais da região 
metropolitana de São Paulo. 
Correto. A região Sul também foi beneficiada com a desconcentração espacial 
da indústria brasileira. 
 
QUESTÃO 10 (Esaf – Especialista em Políticas Públicas – MF – 2013) 
Sabe-se que a Revolução Industrial, iniciada em fins do século XVIII, alterou 
radicalmente o sistema produtivo e as próprias bases da sociedade 
contemporânea. No Brasil, a histórica imagem de um país essencialmente 
agrário, com uma sociedade ruralizada ao extremo, começa a desaparecer a 
partir dos anos 1930, com o surgimento da indústria de base, que se fez 
acompanhar da rápida urbanização. A esse respeito, é correto afirmar que: a 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
36 
moderna urbanização brasileira se fez de modo relativamente planejado e 
ordenado, cujo símbolo maior é a construção de Brasília. 
Incorreto. Urbanização planejada e Brasil numa mesma frase? Já sabemos que, 
historicamente, esta é uma relação que, infelizmente, não aconteceu. 
 
QUESTÃO 11 (Funcefet – Professor de Geografia – Prefeitura de 
Nilópolis/RJ – 2011) 
A industrialização promove a concentração espacial da riqueza e dos recursos 
financeiros e produtivos. Em certo ponto do desenvolvimento econômico, a 
tendência de concentração espacial da indústria arrefece e dá lugar a 
movimentos de desconcentração. Evolução das tecnologias, infraestrutura de 
transportes e comunicações. 
Correto. A concentração ocorre quando, por conta da sinergia, torna-se mais 
barato ter várias indústrias próximas entre si. Nesta situação, por exemplo, 
barateando os custos, elas compartilham infraestrutura básica, como malha 
ferroviária e portos. No Brasil, no momento, passada esta fase, ocorre a 
desconcentração. 
 
QUESTÃO 12 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) 
Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características atuais, 
pode-se dizer que a dispersão industrial que se verifica atualmente, no espaço 
brasileiro, foi favorecido em parte, pela chamada “guerra fiscal” travada entre 
estados e municípios. 
Correto. 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
37 
 
QUESTÃO 13 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2011) 
 
Sobre o processo industrial brasileiro, sua evolução e características, pode-se 
dizer que, atualmente, no Brasil, como na maior parte dos países, devido ao 
fenômeno da globalização, há uma maior predominância da PEA (População 
Econômica Ativa) empregada no setor secundário, o que caracteriza uma 
economia informal. 
Incorreto. Apesar de esta questão ser de 2011, quando o país estava mais 
industrializado, nem naquele momento a maior parte da população ativa estava 
empregada no setor secundário (da indústria). A maior parte da população 
ativa, atualmente, está no setor terciário (serviços). 
 
QUESTÃO 14 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) 
Nas últimas décadas o crescimento industrial do Brasil permitiu que ele 
desenvolvesse um dos mais importantes e complexos parques industriais da 
América Latina. Esse crescimento industrial contribuiu para colocar o Brasil 
entre as principais economias emergentes do atual século. Com relação ao 
posicionamento do Brasil no Mercado Mundial, pode-se dizer que, com o 
objetivo de aumentar o superávit na balança comercial brasileira, os governos 
vêm procurando restringir as importações e aumentar as exportações. 
Correto. Inclusive, como vimos, o Brasil ainda é considerado uma economia 
fechada quando se compara com outras economias ocidentais. 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
38 
 
QUESTÃO 15 (IFC – Professor de Geografia – IFC-SC – 2010) 
Antes da indústria moderna, havia somente o artesanato e a manufatura. A 
revolução industrial foi o momento em que a humanidade, em especial alguns 
países, se industrializou, com a intensa mecanização e produção massificada ou 
em série. Com relação às características da primeira revolução industrial, pode-
se dizer que houve a predominância da indústria têxtil. 
Correto. Inclusive este foi fenômeno foi observado no Brasil, onde a indústria 
têxtil teve grande importância. 
 
QUESTÃO 16 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
Dentre os fatores responsáveis pela concentração industrial na região Sudeste, 
podemos afirmar que a região foi se organizando como área de atração da 
população e de capital, tornando-se região concentradora de riquezas. O 
mercado consumidor que aí se formou, o desenvolvimento do sistema 
rodoviário, os recursos naturais favoráveis e a imigração contribuíram para a 
concentração industrial nesta região. 
Correto. Já conhecemos bem todos estes fatores como importantes vetores da 
industrialização da região Sudeste (desenvolvimento do sistema rodoviário, os 
recursos naturais favoráveis e a imigração). 
 
QUESTÃO 17 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
São Paulo concentra a maior parte da produção industrial do país, cujas raízes 
encontram-se nas etapas iniciais do processo da industrialização do Brasil. Mas, 
nos últimos anos, a participação relativa do Estado começa a diminuir, o que 
reflete o início do processo de dispersão industrial espacial, no país. 
Correto. 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
39 
 
QUESTÃO 18 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
 
O processo industrial brasileiro se firmou nos anos 70, os anos do “milagre 
brasileiro”, baseado em um tripé, representado pela forte participação do 
capital estatal, pelos grandes conglomerados transnacionais e um mercado 
consumidor em ascensão. 
Correto. Com a repetição dos exercícios, vamos vendo como as bancas tendem 
a repetir a abordagem desses temas. 
 
QUESTÃO 19 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
Uma das características do processo industrial atual do Brasil, corresponde à 
forte dispersão financeira das empresas e à grande concentração espacial. 
Incorreto. Não há, atualmente, uma grande concentração espacial da indústria 
brasileira. É o contrário. Estamos num processo de dispersão industrial pelo 
territorial nacional. 
 
 
QUESTÃO 20 (TJ-SC – Analista Jurídico – TJ-SC – 2009) 
Uma das influências diretas da inserção do Brasil nos mercados globais é a 
disseminação no território brasileiro dos polos tecnológicos próximos de centros 
universitários e de pesquisas. 
Correto. Outra questão que não apresenta grande dificuldade. 
 
 
 
Geografia 
Aula 07 
Prof. Danuzio Neto 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 
 
40 
QUESTÃO 21 (Cespe – Diplomata – Instituto Rio Branco – 2009) 
O processo de desconcentração regional da indústria brasileira favorece o 
prolongamento da disputa entre as unidades federativas com base na renúncia 
fiscal. 
Correto. Como analisamos, a guerra fiscal existente entre os Estados, nos 
últimos anos, é um dos fatores que mais contribui para a dispersão das 
indústrias pelo território brasileiro.

Continue navegando