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Análise de Balanço

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(
FERNANDA DE FARIAS
)
 (
ANÁLISE DE BALANÇO
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
)
Passo Fundo
2017
 (
ANÁLISE DE BALANÇO
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Passo Fundo, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Ciências Contábeis. 
Orientador: Jorge Fernandes Mattos
 (
FERNANDA DE FARIAS
)
Passo Fundo
2017
FERNANDA DE FARIAS
análise de balanço
demonstrações contábeis
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Passo Fundo, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado Ciências Contábeis.
Orientador: Jorge Fernando Mattos
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Passo Fundo, xx de xxxxxx de 2017
Dedico este trabalho a...
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ...........
FARIAS, Fernanda de. Análise de Balanço – Demonstrações Contábeis. 2017. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – Instituição Anhanguera. Passo Fundo, 2017. 
RESUMO
O estudo buscou abordar a importância do Balanço Patrimonial, para a análise contábil e financeira da empresa. O objetivo que norteou estudo buscava demonstrar a importância do Balanço Patrimonial, para a análise contábil e financeira da empresa. Para atender aos objetivos, utilizou-se a pesquisa qualitativa e bibliográfica. Os estudos procederam de maneira teórica, com base em literaturas específicas, artigos, livros entre outras fontes secundárias. Procurou-se desenvolver um relato da utilização das demonstrações contábeis, da importância das mesmas, da aplicação dos sistemas de informação para a análise contábil e demonstrar as informações que podem ser obtidas mediante a análise de balanços, e os principais indicadores que se aplicam à mesma, em especial, os índices de liquidez e solvência. Presume-se com a pesquisa que a análise do balanço pode comparar os resultados patrimoniais da empresa no passado, presente e futuro, traçando um paralelo que justifica a evolução financeira da mesma.
Palavras-chave: Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial. Análise. 
FARIAS, Fernanda de. Balance Sheet Analysis - Financial Statements. 2017. 32 f. Course Completion Work (Graduation in Accounting Sciences) - Anhanguera Institution. 
SUMMARY
The study sought to address the importance of the Balance Sheet, for an accounting and financial analysis of the company. The purpose of this study was to demonstrate the importance of the Balance Sheet, for an analysis and financial analysis of the company. To meet the objectives, use qualitative and bibliographic research. The studies proceeded theoretically, based on specific literatures, articles, books among other secondary sources. The company was asked to apply the information systems for an accounting and demonstrative analysis as information that can be obtained through a balance sheet analysis, and the main parameters that apply the analysis by an analysis of balance sheets, especially the liquidity and solvency indices. Presumed with a research that is a balance sheet analysis can compare the equity results of the company in the past, present and future, drawing a parallel that justifies a financial evolution thereof.
Keywords: Financial Statements; Balance Sheet; Analysis.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Diferenças entre contabilidade financeira e gerencial	14
Figura 2 – Processo para a tomada de decisão	13
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BP	Balanço Patrimonial
CCL Capital Circulante Líquido
CIF Custos Indiretos de Produção
CMV 	Custo da Mercadoria Vendida
CPP Custo de Produção do Período
CPV Custo do Produto Vendido
DRE	Demonstração do Resultado do Exercício
EI Estoque Inicial
EF Estoque Final
MOD Mão de Obra Indireta
MC Materiais Consumidos
PC Passivo Circulante
PL Patrimônio Liquido
RLP Realizável a Longo Prazo
VL Vendas Liquidas 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	13
1 	IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS	13
2 	SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS	13
3 	INFORMAÇÕES GERADAS PELA ANÁLISE DE BALANÇOS	13
CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
REFERÊNCIAS	13
 INTRODUÇÃO
As demonstrações contábeis, tais como Balanços Patrimoniais e Demonstrativos de resultado, são originários de registros contábeis e proporcionam uma base objetiva de informações indispensáveis aos acionistas, administradores, governo e sociedade em geral, sobre a situação econômica, financeira e patrimonial das empresas. Nesse contexto, o balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativamente e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma empresa, com a finalidade de demonstrar a situação patrimonial com a indicação da natureza e valor do Ativo, do Passivo e Patrimônio Líquido. 
O que justifica a realização do estudo reside no fato da análise das demonstrações financeiras pode-se verificar o andamento patrimonial da empresa, e extrair indicações de importância para determinado interesse decisório de ordem econômica. A proposta do trabalho justifica-se por mostrar resultados obtidos por meio de análises conhecidas e estudas no meio acadêmico, sendo empregadas como ferramenta para tomada de várias decisões. É possível fazer projeções estimativas sobre a evolução da empresa usando como elemento base os números obtidos na análise do seu Balanço Patrimonial.
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem por finalidade analisar o desempenho econômico financeiro e a posição contábil de uma empresa. A partir da análise sobre o balanço pode-se ter uma noção da real situação da empresa. Em decorrência disso, estabeleceu-se como problema de pesquisa: qual a importância do Balanço Patrimonial para a análise das Demonstrações Contábeis?
Com vistas à responder a problemática levantada, objetivou-se demonstrar a importância do Balanço Patrimonial, para a análise contábil e financeira da empresa. De forma especifica, estabeleceu-se como objetivos específicos: identificar as teorias de análise das demonstrações contábeis; identificar os sistemas de informações contábeis e verificar as informações geradas pela análise de balanços.
Para atender aos objetivos, utilizou-se a pesquisa qualitativa e bibliográfica. Os estudos procederam de maneira teórica embasando-se em literaturas específicas, artigos, livros entre outras fontes secundárias. O estudo por sua vez está dividido em capítulos, sendo o capítulo um referente às teorias de análise das demonstrações contábeis. O capítulo dois apresenta um relato sobre os sistemas de informações contábeis e o terceiro capítulo, aborda as informações que são geradas pela análise de balanços.
1 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Demonstrações contábeis são compreendidas na literatura como relatórios elaborados com base em livros, registros, e documentos que compõe o sistema contábil. A forma de estruturação contábil é de grande importância para que as informações sejam transmitidas adequadamente. Com toda a movimentação que ocorre nas empresas, faz-se necessário a utilização de instrumentos que possibilite uma abordagem das informações contábeis. As demonstrações são ferramentas que transmitem de um modo mais resumido e simplificado, sem deixar de passar qualquer dado que se diz importante (ANASTÁCIO, 2004). 
É relevante que as demonstrações sejam apresentadas adequadamente de acordo com a legislação, com informações complementares de itens importantes, permitindo maior transparência das administrações. É por meio desses dados que se verificam todas as informações da gestão econômica, financeira e administrativa. Por isso devem ser realizadas atendendo aos Princípios Fundamentais da Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade (ANASTÁCIO,2004). 
Segundo Franco (1992, p. 93) “as principais demonstrações contábeis são exposições sintéticas dos componentes patrimoniais e de suas variações, a elas recorremos quanto desejamos conhecer os diferentes aspectos da situação patrimonial e suas variações”. 
Segundo Iudícibus (1995, p. 19) foram os bancos governamentais de desenvolvimento que estimularam as análises de demonstrações contábeis, pois passaram a exigir das empresas esses documentos para encaminhamentos de financiamentos, incorporando a análise econômico-financeira requerida. A importância da análise não se verifica apenas nos bancos, mas também pelos investidores.
As análises desses relatórios são de extrema importância para investidores. A iniciativa de investimentos na empresa A ou B, principalmente relacionada à compra de ações, resultam da análise criteriosa dos interessados, nos resultados financeiros de empresas, como o caso das Sociedades Anônimas, que comercializam seus papéis da Bolsa de Valores (IUDÍCIBUS, 1995). 
A análise de balanço é de extrema importância para uma empresa que pretende se evoluir, pois através dela podem-se obter informações importantes sobre sua condição econômica e financeira. Através de análises são tiradas conclusões de dados relevantes como se a empresa analisada em um determinado momento merece crédito ou não, se a mesma tem condições de pagar suas obrigações, e se está sendo bem administrada. Para que o analista possa analisar adequadamente suas tarefas é necessário que ele tenha conhecimento dos Princípios e das Convenções Contábeis, saiba escriturar com o desembaraço os fatos administrativos responsáveis pela gestão do Patrimônio da entidade (ANASTÁCIO, 2004).
Para analisar a situação econômica da empresa é necessário um estudo e interpretação dos elementos integrantes da Demonstração do Resultado do Exercício. Essa análise permite conhecer a rentabilidade obtida pelo capital investido na entidade. Já para uma análise da situação financeira ela deve ser feita com base nos dados constantes do Balanço Patrimonial, ele permite conhecer o grau de endividamento, bem como a existência ou não de solvência para que a entidade possa cumprir seus compromissos de curto e de longo praz.
Na Demonstração do Resultado do Exercício, conforme Iudícibus (1995) evidencia-se o resultado liquido por período por meio da apresentação resumida das operações realizadas pela empresa durante o exercício social. Através dessa demonstração é apurado o lucro ou prejuízo da empresa durante um período. 
Para fins de análise de Balanços as despesas financeiras não deveriam constar entre as despesas operacionais. Isto permitiria apurar o lucro das empresas independentemente de sua estrutura de capital, visto que as despesas financeiras dependem do volume de empréstimos tomados. A capacidade operacional não depende de despesas financeiras, e estas dependem da estrutura de capital (ANASTÁCIO, 2004). 
Nesse sentido, os dados colhidos pela contabilidade podem ser demonstrados em relatórios, originados de sistemas contábeis. Sua função é informar aos interessados os fatos geradores da situação financeira da empresa. Vale comentar que, analisar uma demonstração contábil, é separa-la em partes menores, no intuito de melhor verificar cada um dos seus elementos. Quando analisado o patrimônio, dois aspectos e tornam relevantes para o conhecimento dos interessados: o econômico e o financeiro. Esses aspectos envolvem a análise da forma como o capital é aplicado e qual o seu retorno, corroborando para o entendimento da situação econômica da empresa em relação aos seus compromissos (FRANCO, 1992). 
Para um bom trabalho do analista devem ser adotados vários instrumentos de análise, visando à interpretação e formulação de conclusões relativas aos diversos aspectos que envolvem a situação geral da empresa. Conforme Franco (1992), A contabilidade não se aplica somente para o registro e controle dos fatos contábeis, pois isto é responsabilidade da Escrituração. As funções da contabilidade vão além do registro, evidenciando causas e consequências de fatos contábeis e buscando formar interpretações dos fenômenos. 
É necessário que as demonstrações sejam apresentadas adequadamente de acordo com a legislação, com informações complementares de itens relevantes permitindo maior transparência das administrações. É por meio desses dados, que se verificam todas as informações da gestão econômica, financeira e administrativa. Para Franco (1992, p. 97) a análise dos fenômenos patrimoniais entende-se não apenas a decomposição dos componentes do patrimônio e de suas variações, mas a comparação das partes com o conjunto e também entre si e enumera os processos de análise:
a) Decomposição dos fenômenos patrimoniais em seus elementos mais simples e irredutíveis (análise propriamente dita);
b) Determinação da percentagem de cada conta ou grupo de contas em relação ao seu conjunto (coeficientes), chamada por alguns análise vertical;
c) Estabelecimento da relação entre componentes de um mesmo conjunto (quocientes);
d) Comparação entre componentes do conjunto em sucessivos períodos (índices), chamada por alguns de análise horizontal; 
e) Comparação entre componentes de um universo de conjuntos, para determinação de padrões.
Segundo Blatt (2001, apud Anastácio, 2004), as finalidades das informações contábeis são o controle e o planejamento. O controle visa informar a média e a alta administração na medida do possível, de que a empresa está agindo de acordo com as políticas e planos traçados, como exemplo, cita-se situação de liquidez e os índices de endividamento, orçado e realizado. 
No planejamento, a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Permite também que o processo decisório decorrente das informações contábeis não se restrinja apenas aos limites da empresa, aos administradores e gerentes, mas também a outros segmentos (ANASTÁCIO, 2004). 
Comenta-se ainda que os produtos oriundos das análises das demonstrações contábeis, são os relatórios destinados à informação de gestores e interessados. Por isso, devem ser redigidos de forma clara, concisa, para que além dos investidores, pessoas leigas possam ter acesso e compreender tais informações. Esses relatórios são gerados justamente para suprir a deficiência de interpretações proporcionada pelas demonstrações, visto que utilizam termos mais técnicos, dificultando a compreensão de pessoas que não possuem conhecimento na área. 
Conforme ensina Franco (1992, p. 20), a “Contabilidade utiliza-se de outra técnica especializada, chamada genericamente de Análise de Balanços, que, utilizando métodos e processos específicos” pode decompor, comparar e interpretar seu conteúdo, fornecendo informações a administradores, credores e qualquer outro interessado.
Segundo Franco (1992) as técnicas utilizadas pela contabilidade para atingir seus objetivos são: o registro dos fatos (escrituração), demonstração expositiva dos fatos (demonstrações contábeis), a confirmação dos registros das demonstrações contábeis (auditoria) e a análise e interpretação das demonstrações contábeis (análise de balanço).
Ainda, considerando o exposto por Franco (1992, p. 24), a importância da análise de demonstrações contábeis reside na possibilidade da apreciação dos componentes patrimoniais, os quais podem ser possíveis mediante a comparação em relação à sua natureza, valor, proporcionalidade, entre os componentes e os grupos respectivos a eles.
Da mesma forma, o balanço patrimonial é composto por bens, direitos e obrigações. Segundo Matarazzo (2003) no ativo a empresa mostra que existe todos os bens e direitos que devem estar documentados. Já no Passivo exigível e patrimônio liquido mostram onde surgiram os recursos que estão investidos no ativo.
A Demonstração do Resultado do Exercício, também expressa por Matarazzo (2003), é uma demonstração das receitas e despesas de uma empresa, seu principal objetivo é apresentar detalhadamente cada passo que compõe o Resultado Líquido da companhia em exercício. O DREauxilia também na avaliação de desempenho da empresa quanto à eficiência dos seus gestores em obter um resultado positivo nas respectivas áreas da empresa. 
Sabe-se que a preocupação dos gestores esta relacionada basicamente com a geração de valor aos acionistas ou proprietários da empresa. Nesse sentido, uma gestão que se estrutura na geração de valor, tem como objetivo principal maximizar a riqueza dos acionistas ou proprietários. O sucesso de uma empresa é medido pela sua capacidade de gerar riquezas, dentro de um determinado espaço de tempo (SILVA, 2005, p, 31). Por isso, compreende-se a relevância das demonstrações contábeis como fonte agregadora de valor no curto e no longo prazo, visando sempre a continuidade da empresa, a sua capacidade de competir, ajustando-se aos mercados e gerar riquezas. 
	A busca pela criação de valor está relacionada ás decisões gerenciais e estratégias de avaliação econômico-financeiras. Assim, entende-se que as demonstrações contábeis fornecem o apoio necessário para a tomada de decisões, o que por sua vez, esta estreitamente relacionada com a contabilidade gerencial. Conforme salienta Silva (2005, p. 32), a criação de valor envolve o desenvolvimento de práticas que devem ser disseminadas e praticadas em todo o ambiente da empresa, nos processos operacionais, na gestão de pessoas e consequentemente, na satisfação dos clientes internos e externos. Para o autor, o controle dessas práticas, as quais devem ser transformadas em informações gerenciais, serve para posteriormente serem utilizadas pelos gestores.
	Na visão de Cunha, Araújo e Lima (2003, p.3), a análise de demonstrações contábeis abrange desde as estratégias até a definição de indicadores de desempenho, considerando a maximização do valor como meta financeira da empresa. Por isso, nesse processo, é indispensável identificar as variáveis que exercem impacto na organização, denominadas de direcionadores de valor. Destaca-se, que a empresa jamais poderá atuar diretamente sobre a maximização do seu valor, podendo somente agir sobre aquilo que pode vir a influenciar o valor, os aspectos críticos apontados pela análise das demonstrações. 
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
A evolução das atividades econômicas nos últimos anos conforme comenta Koliver (2005, p. 10), desencadeou um aumento da concorrência e da competitividade, fazendo com que as empresas se adaptassem ás novas tendências quanto à qualidade das informações gerenciais para subsídio à tomada de decisões. Segundo o autor, “as atividades de controle, notadamente no âmbito interno, mas também no quadrante externo, passaram a integrar o vocabulário corrente de pessoas ligadas à gestão de empreendimentos” (KOLIVER, 2005, p. 10).
Considerando o exposto por Bruni e Gomes (2010, p. 16), devido ao processo de fusão ocorrido com muitas empresas, que proliferaram durante a Revolução Industrial, foram requisitados por parte de seus acionistas e gestores um controle central. Assim, a sempre crescente necessidade de informações por parte das empresas, atribui aos sistemas de controle a atividade de zelar pela eficácia e eficiência organizacional, assegurando a sua continuidade e otimização dos seus resultados. Presume-se que a necessidade de manter controles internos eficazes para uma boa gestão financeira, está diretamente relacionada com a contabilidade gerencial. Em outras palavras, pode-se compreender que a gestão financeira emprega ferramentas comuns á contabilidade como análise de balanços, relatórios, custos, de maneira a auxiliar os gestores nos processos de tomada de decisões gerencias. 
	Isso também é demonstrado por Bruni e Gomes (2010, p. 17), onde os autores comentam que o uso da contabilidade auxilia a gerência na administração do negócio. O autor admite que a contabilidade gerencial, é empregada para elaborar relatórios conforme a necessidade dos administradores, utilizando basicamente dados advindos dos relatórios de contabilidade financeira. Por isso, Sell apud Bruni e Gomes (2010, p. 18) apresenta uma comparação entre a contabilidade tradicional, nesse caso a financeira e, a contabilidade gerencial, representada pela controladoria. A Figura 1 expõe essa comparação. 
Figura 1 - Diferenças entre contabilidade financeira e gerencial
Fonte: Sell apud Bruni e Gomes (2010, p. 18). 
	Conforme nota-se na Figura 1, a contabilidade gerencial utiliza além das informações originárias da contabilidade financeira, várias outras advindas de outros ramos da administração, para proporcionar o maior número de informações contábeis possíveis aos gestores. No entanto, admite-se o comentado por Beuren (2002, p.21), de que a contabilidade mediante seus processos surgiu como complemento ao sistema de informações utilizado anteriormente pelas empresas para suprir o controle gerencial. 
Internamente, o controle em uma empresa representa todos os procedimentos e métodos que tem por objetivo garantir a manutenção dos ativos, fornecer informações para a Contabilidade e auxiliar o processo de tomada de decisão e gestão (BORDIN; SARAIVA, 2005, p. 200). Para os autores, o controle interno não é propriamente um sistema complexo de rotinas burocráticas que precise ser implementado na empresa conforme suas especificações iniciais. Segundo eles, dependerá de cada administrador determinar a melhor maneira de utilizar os sistemas de informação para o controle gerencial, os quais devem ser favoráveis para a empresa, buscando atender suas necessidades e particularidades. 
	Corroborando com os autores supracitados, Araújo e Luca (2006) salientam que o sistema de controle interno é composto pelo ambiente de controle, a análise de riscos, ás atividades de controle, informação e comunicação e o contínuo monitoramento das operações. Tais elementos objetivam a proteção dos ativos da empresa, a verificação da exatidão e a fidedignidade das informações contábeis, a promoção da eficiência operacional e total adesão de todos os setores com as políticas de administração da empresa. 
	Sob esta premissa, o processo de identificar, analisar e gerir os riscos operacionais é um fator crítico do sistema de controle interno. Segundo Araújo e Luca (2006), esse sistema precisa identificar as mudanças do ambiente para que os gestores tenham a possibilidade de tomar decisões assertivas referentes à essas mudanças. 
Objetivando manter a eficácia desses controles, Stair e Reynolds (2006) elucidam que os sistemas de informação são um conjunto de componentes correlacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e informações. Da mesma forma, melhoram a comunicação e consequentemente os processos dentro da empresa, como análises financeiras. Nesse contexto, os autores definem sistemas como a entrada, processamento, saída e o feedback de informações. Portanto, entende-se que de posse das informações corretas e a sincronia entre os diversos setores da empresa, tem-se uma visão mais ampla sobre sua realidade, permitindo aos gestores agirem de maneira correta e obter um melhor aproveitamento e direcionamento das informações contábeis. 
Complementando, comenta-se que a finalidade do sistema é selecionar as informações corretadas e gerar relatórios e indicadores necessários aos gestores, no momento e na medida certa, transformando os dados em estratégias. Em um conceito mais amplo, o sistema de informação é um conjunto entre o conhecimento do ser humano aliado à tecnologia de hardware, softwares e redes de comunicação, os quais são responsáveis por coletar dados, transformá-los em informações dentro das organizações e direcionar as mesmas para que possam auxiliar na melhor tomada de decisão (TURBAN; RANIER; POTTER, 2007).
Em outras palavras, porém justificando as considerações já mencionadas, o autor Rezende (2008) declara que o sistema de informação independente da sua classificação, tem por objetivo auxiliar as organizações na tomada de decisões. Com isso, tendo um significativo valor para a mesma, pois através dela é possível deter mais controle de suas operações, diminuição da carga de trabalhodos colaboradores, redução nos custos e desperdícios, sendo possível cada vez mais o aperfeiçoamento da eficiência e eficácia.
Assim, infere-se que a informação e os sistemas que fazem uso dela, são ferramentas imprescindíveis para a administração das empresas, visto que o mesmo busca atender às necessidades dos gestores (REZENDE, 2008). Essas necessidades envolvem a agilidade das informações, a confiabilidade das mesmas e a capacidade de trabalhar com grande número de dados e extrair deles somente o que é importante saber naquele momento. 
Existem vários tipos de sistemas de informações, entretanto, eles podem ser agrupados em operacionais e gerenciais. São assim designados por destacarem os papeis a que se destinam na organização, como o caso dos Sistemas de Informações Contábeis (O’BRIEN, 2004). 
Para que seja possível uma gestão empresarial eficaz, deve-se dispor de um conjunto de relatórios, que são gerados conforme expõe Stair e Reynolds (2006), em uma rede de processamento que inclui vários subsistemas, sendo um deles o contábil. Conforme os autores, um sistema contábil pode integrar muitas informações, principalmente as relacionadas aos gastos e receitas da empresa, oriundas de fontes internas e externas, possibilitando a realização de transações contábeis como análise e controle de custos, auditoria, gerenciamento de impostos, entre outros (STAIR; REYNOLDS, 2006). 
Um sistema de informações contábeis devem suprir as necessidades informativas de seus usuários, a fim de possibilitar melhores resultados, mediante a obtenção de informações significativas e relevantes para análise do que a empresa realiza. 
Em outro conceito, o sistema de informação contábil tem por objetivo o fornecimento de informações, baseadas em dados de origem segura, proporcionando confiabilidade e exatidão nos relatórios. Segundo Iudícibus (1995), o sistema de informações contábeis passa pelas fases de coleta de dados, ajustes e saídas do sistema. Esta última fase é de particular interesse para os objetivos do presente estudo. 
As saídas do sistema contábil podem ser classificadas conforme Iudícibus (1995) em quatro categorias: 
a) relatórios sobre a posição financeira em determinado momento, como exemplo, o Balanço Patrimonial); 
b) relatórios sobre mudanças (Fluxos) durante determinado período, como Demonstrativo de Fluxos, Demonstração de Resultados, Demonstração de Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido, Demonstrações de Fluxos de Caixa);
c) dados para planejamento e controle de lucro, principalmente dados e relatórios de lançamento, de experiência real em comparação com previsões de orçamento; 
d) dados para estudos especiais que podem ser necessários a decisões relativas a investimentos de capital, combinação de produtos etc.
Os usuários das informações contábeis fazem o uso das demonstrações para uma melhor análise da situação econômico financeira das empresas. Foi por interesse dos usuários que os demonstrativos contábeis evoluíram. 
3 INFORMAÇÕES GERADAS PELA ANÁLISE DE BALANÇOS
As informações contábeis apresentam sinteticamente, os principais elementos que evidenciam a situação patrimonial da empresa. Justamente por assim se apresentarem, tais informações necessitam de tratamentos para serem utilizadas de forma gerencial. Tais tratamentos correspondem a técnicas contábeis que visam transformar as demonstrações em relatórios e dados suscetíveis de análises (ANASTÁCIO, 2004). Assim, analisar as demonstrações contábeis refere-se à transformá-las em pequenas partes que possam ser melhor compreendidas e interpretadas. Cabe comentar que a análise, somente deve ser realizada considerando os seus elementos de forma conjunta e de forma comparativa. 
	A análise de balanço proporciona uma avaliação dos efeitos relacionados à situação financeira da empresa, mediante a análise dos pontos fortes e fracos. Conforme Marion (2005), a análise das demonstrações podem ser consideradas sob três perspectivas: a primeira aborda a análise de indicadores como índices de liquidez, endividamento ou rentabilidade; a segunda, além dos índices anteriores, são analisados outros indicadores que demonstram a situação econômica e financeira da empresa, como o demonstrativo do fluxo de caixa; a terceira traduz vários indicadores que complementam a análise das demonstrações contábeis. 
	Há um modelo de processo para ser utilizado na tomada de decisão com base na análise das demonstrações contábeis, como exemplo, o Balanço Patrimonial. O modelo é apresentado na Figura 2. 
Figura 2 – Processo para a tomada de decisão
Fonte: Matarazzo (2003, p. 19). 
	
	Seja qual for o modelo utilizado, ele compreende quatro fases conforme demonstra Matarazzo (2003) na Figura 2. A primeira evolve a escolha de indicadores, a segunda é a comparação com resultados ou padrões existentes, para então, a partir das fases seguintes, ser possível a elaboração de conclusões acerca dos resultados. A abrangência das análises dependem das informações desejadas para a tomada de decisão. São empregados índices de liquidez, análises vertical e o horizontal, entre outras. 
	Para Poli e Schvirck (2010), as análises horizontal e vertical proporcionam a obtenção de variações patrimoniais em diferentes períodos e grupos. Na análise vertical, verifica-se a composição de um grupo de elementos em relação à sua totalidade na demonstração contábil. Já, a análise horizontal demonstra a variação de uma conta em períodos de tempo, analisando-se tendências de crescimento ou declínio. 
Na análise horizontal, pode-se verificar o comportamento das contas patrimoniais, auxiliando na tomada de decisão. Quando analisados de forma conjunta, é possível verificar variações de forma mais completa, identificando pontos fortes e fracos. Contudo, necessita do apoio de outros indicadores para que as decisões sejam mais assertivas (POLI; SCVIRCK, 2010). 
Conforme reitera Matarazzo (2003, p. 249):
A análise através de Índices Financeiros é genérica; relaciona grandes itens das demonstrações financeiras e permite dar uma avaliação à empresa. A análise Vertical/Horizontal desce a um nível de detalhes que não permite essa visão ampla da empresa, mas possibilita localizar pontos específicos de falhas, problemas e características da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação.
	Considerando a citação do autor, compreende-se que analisar resultados com base em indicadores é uma ferramenta relevante dentro das possibilidades oportunizadas pela contabilidade, visto que agiliza a análise dos demonstrativos além do olhar somente técnico da organização dos custos em contas respectivas, mas verificando oscilações entre elas em períodos de tempo definidos e assim, identificar possíveis problemas. 
	Dentre os índices que podem ser empregados estão os de Liquidez, de Estrutura de Capitais e de Lucratividade e Desempenho. Os indicadores de Liquidez, conforme Matarazzo (2003), envolve a relação entre as contas do ativo circulante e do Passivo, possibilitando evidenciar o quanto a empresa está comprometida financeiramente com suas dívidas. Entre eles menciona-se os índices de liquidez corrente, liquidez geral, imediata e liquidez seca. Com o cálculo desses indicadores, é possível apontar se a empresa tem capacidade de gerar lucro mediante boa aplicação do seu capital. 
	Já os índices de Estrutura de Capitais, analisa a composição das fontes de financiamento da empresa, como o caso dos fundos aplicados em ativos. Nesses casos, sejam oriundos dos proprietários ou de terceiros, ambos necessitam informações quanto ao retorno desses investimentos. Para tal, analisa-se os índices que verificam a imobilização do Patrimônio Líquido, Participação de capitais de Terceiros, e composição do endividamento (POLI; SCVIRCK, 2010).
	Há ainda os índices de Lucratividade e Desempenho. Estes representam o desempenho das contas que geram resultado, como o giro do ativo, o retorno sobre as vendas, o retorno sobre o patrimônio liquido e também, o retorno sobre o ativo, evidenciando aos acionistas ou proprietários,o quanto dos investimentos estão de fato retornando (POLI; SCVIRCK, 2010).
	O autor Matarazzo (2003), traz ainda a análise do Capital Circulante Líquido, que é obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Seu cálculo visa analisar os recursos financeiros no curto prazo, ou seja, o quanto no curto prazo sobra, se a empresas honrar todas as suas dívidas. Nesse caso, o CCL será positivo e a empresa encontra-se em uma situação financeira confortável, salientando a existência de maiores recursos do que dívidas. Inversamente a isso, compreende-se que a empresa encontra-se em situação de risco, pois seu passivo é maior o que gera necessidade de recursos no curto prazo. 
	No estudo de Poli e Scvirck (2010), há ainda o índice de alavancagem financeira, o qual analisa a viabilidade da realização de financiamentos com terceiros, analisando se o emprego de recursos de terceiros ou de capitais próprios, é mais viável e rentável. A rentabilidade seria o indicador que determina a análise da alavancagem financeira, ao apontar o meio que gerará maiores lucros e consequentemente, possibilite os melhores retornos aos proprietários ou investidores. Comenta-se que nem sempre índices considerados ruins indicam que a empresa esteja à beira da insolvência
	Vale apontar o discutido por Franco (1992) quando leciona que a análise de aspectos do patrimônio possibilita a decomposição dos componentes de cada conta e a comparação de cada componente entre si e com o conjunto. Para o autor, os processos de análise devem considerar: a decomposição dos componentes patrimoniais; a determinação da porcentagem de cada conta ou do grupo de contas (análise vertical); estabelecer a relação dos componentes de um mesmo conjunto (análise horizontal); e comparação entre outros componentes. 
	Assim, ao estabelecer a porcentagem de cada uma das contas, em relação ao grupo, verifica-se a relação de cada uma com o patrimônio. Ao efetuar comparações, visualiza-se com maior exatidão excessos em contas específicas, como o caso das despesas. Vale comentar que a essência da análise de balanço é a comparação entre contas. 
	Para Silva e Andrade (2014), as comparações ocorrem nos valores de determinado período em relação à períodos anteriores e ainda, a relação desses valores com outros. A comparação favorece as análises pois quando uma conta é vista de forma individual, não pode-se verificar a relevância do mesmo e nem seu desempenho em um determinado período de tempo. 
	No estudo de Anastácio (2004), pode-se verificar as finalidades da análise das demonstrações contábeis, a citar o repasse de informações para a administração, a certeza do cumprimento das metas, planejamentos, auxílio na tomada de decisões, entre outros. Como resultado das análises, tem-se relatórios que facilitam a compreensão dos interessados, por possuírem uma linguagem clara. 
Outras vantagens na realização de análises do balanço, está na avaliação da situação líquida do patrimônio e a situação econômica financeira da empresa. Quando o resultado do ativo é maior significa que a empresa esta com um resultado positivo, porém quando o resultado do passivo for maior, a empresa não se encontra em uma situação favorável, pois as dividas estão a maior do que seus ganhos. Para a empresa é muito importante conhecer a natureza de suas receitas e despesas, para que possa verificar o que contribuiu para que a mesma chegasse a tal resultado (ANASTÁCIO, 2004). 
As técnicas de análise de balanço possibilitam um grande número de informações sobre a empresa. A análise através de índices, que possibilita chegar-se a uma avaliação global da empresa analisada, o que é de extrema utilidade nas tomadas de decisões. A principal função dos índices de balanço é fornecer avaliações genéticas sobre diferentes aspectos da empresa em análise. Essa profundidade, porém, é alcançável através de outras técnicas (ANASTÁCIO, 2004).
A análise de capital de giro, por meio dos cálculos dos índices de rotação ou prazos médios, é possível construir um modelo de análise dos investimentos e financiamentos do capital de giro, de grande utilidade gerencial, bem como a avaliação da capacidade de administração do capital de giro por parte da empresa. Outras informações originam-se da análise interna, realizada dentro da empresa, para feedback à gestores e auxílio na tomadas de decisões. Por ser realizada pelos analistas da própria empresa, não há dificuldades para a coleta e comparação dos dados, tendo inclusive acesso aos controles internos. Por esse motivo a análise interna é considerada a mais completa (BÄSCHTOLD, 2011). 
A análise externa por sua vez, é realizada fora da entidade o objeto de análise, e tem por finalidade informar aos interessados a cerca da situação econômica ou da estabilidade da entidade para concretização de negócios, concessões de crédito e financiamentos. É efetuada por profissional externo normalmente pertence às entidades interessadas no resultado da análise (BÄSCHTOLD, 2011). Pode ser apresentada com base em índices. 
	A análise tem por finalidade, segundo Gomes et al (2015), gerar informações úteis para tomadas de decisões partindo das demonstrações extraídas, sendo assim essa técnica interpreta os demonstrativos financeiros de uma empresa. O processo de contabilidade e respectivamente de demonstrações contábeis exige uma adequada gestão financeira que análise, planeje e articule o controle financeiro de maneira correta, a partir de instrumentos que permite obter relatórios e índices que se aproxime ao máximo dos fatores exercidos, tais como saldo de caixa, patrimônio, estoques, contas a pagar a receber, enfim são essas e outras que exigem a utilidade contábil e de análise de demonstrações.
Ao confrontar as informações supracitadas, entende-se que a análise de balanço, tem a finalidade de informar, com base em dados contábeis da empresa, a sua real situação econômica, evidenciando possíveis causas dos resultados identificados, por meio da comparação de indicadores de forma temporal ou entre contas de um mesmo grupo. Portanto, salientando o exposto por Iudícibus (1995), torna-se mais fácil utilizar números calculados por indicadores e compará-los com valores já existentes ou padrões definidos, e então, sugerir causas e efeitos. 
Gomes et al (2015) complementam, mencionando que para se realizar a análise de balanço, devem ser empregadas técnicas, além das já mencionadas, como análise vertical e horizontal, análise de rotatividade e análise de fluxo de caixa. Partindo-se das considerações do autor, infere-se que a análise de balanço traduz uma visão da empresa em uma perspectiva de passado, presente e futuro, compreendendo a sua evolução, sendo relevante para todos as pessoas para as quais a empresa relaciona-se. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo buscou abordar a importância do Balanço Patrimonial, para a análise contábil e financeira da empresa. Para isso, desenvolveu-se um referencial teórico baseados nos objetivos estabelecidos. Em um primeiro momento, foram relatadas as teorias sobre a análise das demonstrações contábeis, a partir da qual, relatou-se sobre a origem, relevância e aplicação das demonstrações contábeis como fonte de informações para investidores e gestores. 
Com base no segundo objetivo, procurou-se desenvolver um relato da aplicação dos sistemas de informação para a análise contábil, necessários no atual contexto, visto que controles manuais já não suprem as necessidades de rapidez das informações e estratégias, demandadas pelo mercado financeiro e econômico atualmente. Relatou-se que existem sistemas contábeis específicos que são empregados pela contabilidade gerencial, para calcular e gerar indicadores que posteriormente, podem ser empregados na análise das demonstrações. 
Da mesma forma, buscou-se demonstrar as informações que podem ser obtidas mediante a análise de balanços, e os principais indicadores que aplicam-se à mesma, em especial, os índices de liquidez e solvência, que traduzem a real situação econômica da empresa e a capacidade da mesmaem gerar lucros futuros. A análise do balanço pode comprar os resultados patrimoniais da empresa no passado, presente e futuro, traçando um paralelo que justifica a evolução financeira da mesma.
Admitiu-se no estudo, que as instituições financeiras e governamentais foram as propulsoras para o desenvolvimento das análises e apresentações das demonstrações contábeis. Atualmente, os dados provenientes de seus relatórios podem ser consultados por diferentes públicos, desde que liberadas pelas empresas, mas que além que critérios destinados á financiamentos, podem salientar pontos fracos e pontos fortes na análise interna e externa da empresa, frente às comparações com o mercado. 
Sendo assim, infere-se que o estudo atingiu aos objetivos que se propôs. Contudo, limitou-se a apresentar os dados de fonte secundárias, em forma de revisão bibliográfica. Sugere-se que estudos futuros, tragam análises de casos e demonstrem a aplicação da análise de balanço na prática, bem como o cálculo dos indicadores. 
Apesar da limitação, admite-se que o estudo pode-se corroborar para a formação acadêmica da autora, visto que trouxe a tona um assunto relativamente importante dentro da contabilidade, que é a análise de demonstrações contábeis, com foco no apoio gerencial à tomada de decisão empresarial. Sendo assim, admite-se a importância atribuída para a análise contábil das demonstrações, como forma de verificação da situação patrimonial e financeira da empresa, objetivando a sua utilização para decisões gerencias. 
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