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UNIFICAÇÃO ALEMÃ HISTÓRIA GERAL O processo de unificação alemã foi liderado pelo primeiro-ministro prussiano Otto von Bismarck, que concretizou a formação da Alemanha depois de três guerras no final do XIX. A partir da segunda metade do século XIX, o território que hoje corresponde à Alemanha passou por um processo de unificação territorial, o que garantiu o surgimento do Império Alemão sob a liderança da Casa de Hohenzollern. A unificação alemã também foi responsável pela alteração da balança de poder na Europa no final do século XIX. Antecedentes ● Na segunda metade do século XIX, a região correspondente à Alemanha era formada por uma série de pequenos reinos e ducados que possuíam uma mesma raiz cultural, mas que não eram politicamente unificados. As duas forças hegemônicas existentes nessa região, então conhecida como Confederação Germânica, eram a Prússia, liderada pela dinastia dos Hohenzollern, e o Império Austro-húngaro A ação do governo prussiano, encabeçado por Guilherme I e Otto von Bismarck, fez com que a Prússia travasse três guerras em um período de sete anos. As vitórias prussianas nesses conflitos promoveram a unificação da região e o surgimento do Império Alemão. Essas três guerras foram: Guerra dos Ducados (1864); A guerra foi travada em 1864 entre a Dinamarca, de um lado, e, de outro, o Reino da Prússia e o Império Austríaco, estes agindo em nome da Liga Alemã. Tal como a Primeira Guerra do Schleswig, foi travada pelo controle dos ducados do Schleswig e do Holstein, cujo status foi finalmente definido por uma partilha após a Primeira Guerra Mundial, quando o Schleswig Setentrional votou pela reunião com a ● ● Dinamarca.[1] O Schleswig era um ducado soberano , de maioria dinamarquesa, vinculado à coroa da Dinamarca por uma União Pessoal e por laços feudais. Já o Holstein era um ducado soberano, de maioria alemã, que integrara o Sacro Império Romano-Germânico e, de 1815 a 1864, a Confederação Germânica, mas encontrava-se ligado à Dinamarca por uma União Pessoal desde o século XV. Em outras palavras, o rei da Dinamarca era o duque do Schleswig e do Holstein, territórios governados na prática pelos dinamarqueses. Após a Batalha de Dybbøl, os dinamarqueses, incapazes de defender a fronteira dos ducados, recuaram para o território da Dinamarca. As tropas da aliança austro-prussiana continuaram a avançar e, com a capitulação dinamarquesa, Prússia e Áustria assumiram a administração do Schleswig e do Holstein, respectivamente. A paz foi celebrada com o Tratado de Viena, de 1864, pelo qual a Dinamarca cedia os dois ducados à Prússia e à Áustria.As ambições territoriais prussianas deram fruto em 1866, quando desentendimentos acerca da administração dos ducados provocaram a Guerra Austro-Prussiana, pela qual o ● ● ● Reino da Prússia anexou definitivamente o Schleswig-Holstein. A Guerra dos Ducados pode, portanto, ser vista dentro do contexto da expansão prussiana e dos planos de Otto von Bismarck no sentido de unificar a Alemanha sob o controle da Prússia. Guerra Austro-Prussiana (1866); A Guerra Austro-prussiana foi travada pelo Império Austríaco e pelo Reino da Prússia em 1866 e resultou no domínio prussiano sobre a atual Alemanha. Por séculos, os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico governavam nominalmente os Estados alemães, mas os nobres poderosos mantinham uma independência de fato com auxílio externo, particularmente da França. A Prússia se tornou o mais poderoso desses Estados, e, já no século XIX, era considerada uma das grande potências da Europa. Após o fim das Guerras Napoleônicas, em 1815, a influência francesa sobre os Estados alemães era fraca e ideais nacionalistas espalharam-se pela Europa. Muitos observadores perceberam que as condições para a unificação da Alemanha estavam em desenvolvimento, e duas concepções de unificação se desenvolveram. ● A principal campanha da guerra ocorreu na Boêmia. A decisiva vitória prussiana sobre a Áustria na Batalha de Königgrätz (3 de julho de 1866) destruiu o exército austríaco e forçou Viena a propor a paz. Guerra Franco-Prussiana (1870-1871). A Guerra Franco-Prussiana foi um conflito em que os sentimentos nacionalistas franceses e alemães também se fizeram presentes. A Guerra Franco-Prussiana opôs as duas principais potências econômicas e militares da parte continental da Europa entre os anos 1870 e 1871, representando a derrocada do Império de Napoleão III e ascensão do Império Alemão de Guilherme I, arquitetado pelo chanceler Otto von Bismarck. O motivo usado para a eclosão da Guerra Franco-Prussiana foi a disputa pela sucessão do trono espanhol, ocorrida após a Revolução Espanhola de 1868. Havia o interesse de Leopoldo Hohenzollern, primo de Guilherme I, em candidatar-se à vaga de soberano espanhol, com o apoio de Bismarck. Com a preocupação do avanço prussiano sobre o território espanhol, Napoleão III se opôs à ocupação do trono por Leopoldo, ameaçando uma guerra caso isso ocorresse. .A Guerra Franco-Prussiana foi a primeira guerra moderna. Sob o comando do general Helmuth von Moltke, os prussianos infligiram sérias derrotas aos franceses, sendo as mais notórias as batalhas de Gravelotte e Sedan. Nesta última, em setembro de 1870, Napoleão III rendeu-se e foi capturado pelos prussianos. Consequências Consequências A unificação alemã alterou completamente as estruturas de poder existentes na Europa, vigentes desde o Congresso de Viena de 1814 e 1815. A Alemanha transformou-se na nação hegemônica do continente europeu, e o desfecho da Guerra Franco-Prussiana amargou as relações entre as duas nações. Por todo esse continente, espalhou-se uma tensão que, décadas depois, desembocaria no início da Primeira Guerra Mundial. Bibliografia: https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/historiag/unificacao- alemanha.htm https://m.brasilescola.uol.com.br/historiag/guerra-franco-prussiana-os-nacionalismos.htm https://www.google.com/amp/s/m.guerras.brasilescola.uol.com.br/amp/seculo-xvi-xix/guerra- dos-ducados-1864.htm https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Guerra_Austro-Prussiana
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