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Sistema Nervoso Autônomo (SNA)

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JULIANA LOPES
 EBMSP 21.1
 (
Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
: 
aspectos gerais 
)
O sistema nervoso pode ser dividido em somático e visceral. O sistema nervoso somático está associado com a relação do organismo com o meio externo, controlando o músculo estriado esquelético e possui uma parte aferente e outra eferente. O sistema nervoso visceral está relacionado com a inervação das estruturas viscerais, controlando o músculo liso, o músculo cardíaco, epitélio secretor, vísceras e glândulas, sendo importante para a manutenção do equilíbrio do meio interno (homeostase), e também possui duas porções: uma aferente e outra eferente. O componente aferente é responsável pela condução dos impulsos nervosos originados nos receptores das vísceras até áreas específicas do SNC e o componente eferente é responsável por trazer impulsos de alguns centros nervosos até as estruturas viscerais. Esse componente eferente do sistema nervoso visceral também é denominado de sistema nervoso autônomo e ainda pode ser subdividido em simpático e parassimpático. 
 (
Simpático
) (
SNA
)
 (
Parass
impático
)
 (
Entérico
)
SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE 
De forma divergente das fibras somáticas, grande parte das fibras viscerais conduz impulsos que não se tornam conscientes. Por exemplo, os visceroceptores localizados no seio carotídeo são sensíveis às variações de pressão arterial e os visceroceptores localizados no corpo carotídeo são sensíveis às variações na taxa de oxigênio do sangue, informando ao SNC sobre a pressão arterial e o teor de oxigênio sem que possamos perceber. No entanto, muitos impulsos viscerais tornam-se conscientes, manifestando-se sob a forma de sede, fome, plenitude gástrica e dor. Vale ressaltar que essa dor do sistema nervoso visceral difere do somático principalmente por ser mais difusa, impossibilitando sua localização precisa. 
SISTEMA NERVOSO VISCERAL EFERENTE (AUTÔNOMO)
Diferentemente do sistema nervoso somático eferente que é voluntário e possui apenas um neurônio, o neurônio motor somático, o sistema nervoso visceral eferente é involuntário e apresenta dois neurônios unindo o SNC ao órgão efetuador, sendo que um deles tem o corpo dentro do SNC (medula ou tronco encefálico) e o outro tem seu corpo localizado no sistema nervoso periférico. 
OBS: O sistema nervoso central influencia no sistema nervoso autônomo por meio de estruturas do telencéfalo e do diencéfalo, principalmente, o hipotálamo, que está relacionado especialmente com o comportamento emocional. Assim, impulsos nervosos originados nessas regiões são levados por fibras especiais que terminam fazendo sinapse com os neurônios pré-ganglionares do SNA. É importante salientar que é por meio dessa conexão entre as áreas cerebrais relacionadas com o comportamento emocional e os neurônios pré-ganglionares do SNA que é possível compreender a relação das alterações do funcionamento visceral com os graves distúrbios emocionais associados. 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO 
Diferenças anatômicas: 
· O sistema nervoso simpático é toracolombar, ou seja, os neurônios pré-ganglionares se localizam na medula torácica e lombar (T1-L2) e o sistema nervoso parassimpático é craniossacral, ou seja, os neurônios pré-ganglionares se localizam no tronco encefálico (dentro do crânio) e na medula sacral (S2, S3, S4). 
· No sistema nervoso simpático os neurônios pós-ganglionares se encontram longe das vísceras e próximos da coluna vertebral (gânglios paravertebrais e pré-vertebrais) e no sistema nervoso parassimpático os neurônios pós-ganglionares se encontram próximos ou dentro das vísceras. 
· No sistema nervoso simpático a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar é longa e no sistema nervoso parassimpático a fibra pré-ganglionar é longa e a pós-ganglionar é curta. 
· A presença de vesículas ganglionares pequenas, que contem noradrenalina, é uma característica exclusiva das fibras pós-ganglionares simpáticas. Já nas fibras pós-ganglionares parassimpáticas, as vesículas granulares, que contém acetilcolina, são predominantes. 
OBS: de modo geral, o sistema nervoso simpático tem ação antagônica a do sistema nervo parassimpático em um determinado órgão. No entanto, existem algumas exceções, como as glândulas salivares, em que os dois sistemas atuam na elevação da secreção, embora a secreção do parassimpático seja mais fluida e mais abundante. Assim, embora antagônicos, os dois sistemas atuam para a harmonizar a coordenação da atividade visceral, adequando o funcionamento de cada órgão às diversas situações a que é submetido.
OBS II: as drogas que imitam a ação do sistema nervoso simpático (aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial) são chamadas de simpaticomiméticas e as drogas que imitam as ações do parassimpático são chamadas de parassimpaticomiméticas.
OBS III: as fibras nervosas que liberam acetilcolina são chamadas de colinérgicas e as que libera noradrenalina são chamadas de adrenérgicas. Além disso, vale ressaltar que a maioria das fibras pós-ganglionares do sistema nervoso simpático é adrenérgica e do parassimpático é colinérgica. 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
O sistema nervoso simpático é conhecido como sistema de “luta ou fuga”, ao passo que, em certas manifestações emocionais e em situações de emergência, esse sistema é ativado. Essa ativação ocorre a partir do hipotálamo, por onde partem impulsos nervosos que descem pelo tronco encefálico e medula, ativando os neurônios pré-ganglionares simpáticos da coluna lateral, que chegam aos órgãos, iniciando, portanto, a reação de alarme. Com isso, há maior transformação de glicogênio em glicose e maior suprimento sanguíneo nos músculos estriados esqueléticos, que ocorre através do aumento do ritmo cardíaco acompanhado de um aumento da circulação coronariana, e da vasoconstrição dos vasos mesentéricos e cutâneos (o indivíduo fica pálido), disponibilizando, dessa forma, maior aporte sanguíneo para os músculos estriados. Além disso, ainda ocorre aumento da pressão arterial, o que pode resultar em morte pela ruptura de vasos cerebrais, dilatação dos brônquios, melhorando as condições respiratórias, no globo ocular pode-se observar a dilatação das pupilas (midríase), no tubo digestivo há diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres e na pele há aumento da sudorese e ereção dos pelos. 
OBS: as fibras pré-ganglionares secretam acetilcolina, que geralmente atua em receptores colinérgicos nicotínicos ionotrópicos ou em receptores muscarínicos metabotrópicos no neurônio pós-ganglionar. As fibras pós-ganglionares secretam adrenalina e noradrenalina que atuam em receptores adrenérgicos (associados `proteína G).
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO 
O sistema nervoso parassimpático também é conhecido como sistema de “descanso e digestão”. Em quase todos os órgãos sua ação é antagônica a do sistema nervoso simpático. Por exemplo, com a ativação do sistema nervoso parassimpático, ocorre a diminuição do ritmo cardíaco (bradicardia) e constrição das coronárias, constrição dos brônquios, aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres, armazenamento de glicogênio e constrição da pupila (miose).
OBS: a fibra pós-ganglionar secreta acetilcolina que geralmente utiliza receptores muscarínicos metabotrópicos.
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO 
O sistema nervoso entérico está localizado na parede do trato gastrointestinal, coordenando seus movimentos. É formado principalmente por dois plexos: o plexo mioentérico (Auerbach), que regula a motilidade, e o plexo submucoso (Meissner), que regula a secreção glandular. Além disso, o sistema nervoso entérico é modulado pelo nervo vago e aferências simpáticas pré-vertebrais. 
NEUROTRANSMISSORES 
SNA parassimpático 
O neurônio pré-ganglionar libera acetilcolina, gerando excitação no neurônio pós-ganglionar. Essa comunicação só é possível, tendo em vista que os neurônios pós-ganglionares expressam receptores nicotínicos, que quando se ligam a acetilcolina, gera um potencial de ação, fazendo com que a acetilcolina seja liberada na célulaalvo, onde há receptores muscarínicos, possibilitando, assim, uma resposta daquela célula alvo. 
SNA simpático 
O neurônio pré-ganglionar libera acetilcolina, gerando excitação no neurônio pós-ganglionar, que se liga a acetilcolina a partir de seus receptores nicotínicos, gerando um potencial de ação e culminando na liberação de norepinefrina pelos neurônios pós-ganglionares, que se liga aos receptores alfa e beta das células alvo.

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