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Direito Processual II

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Pós Ao Vivo - 56108 . 17 - Direito Processual II - 2021AGO 
1. Pergunta 1 
Lúcia foi denunciada pela suposta prática do crime de ameaça (Art. 147 do Código Penal), pois teria prometido matar 
sua vizinha Nina. A denúncia foi rejeitada por falta de justa causa ante a ausência de elementos mínimos 
confirmatórios da ameaça. Inconformado, o Ministério Público recorreu, postulando a reforma da decisão. No dia 
seguinte, o juiz recebeu o recurso em seus regulares e legais efeitos, determinando a imediata remessa à Turma 
Recursal, que proveu o recurso ministerial para reformar a decisão, ordenando o regular desenvolvimento do 
processo. 
Analisando o caso de acordo com o entendimento das Cortes Superiores, é correto afirmar que: 
1. 
não há nulidade processual a ser arguida em razão da ausência de intimação de Lúcia se nomeado(a) 
Defensor(a) Público(a) para apresentar contrarrazões ao recurso interposto pelo Ministério Público; 
2. 
 não há necessidade de intimação de Lúcia para oferecer contrarrazões ao recurso interposto pelo Ministério 
Público, uma vez que ela ainda não integra a relação processual; 
3. 
considerando os princípios que norteiam o Juizado Especial Criminal, torna-se desnecessária a intimação de 
Lúcia para oferecer contrarrazões ao recurso interposto pelo Ministério Público, 
4. 
deve ser nomeado(a) Defensor(a) Público(a) para oferecer contrarrazões ao recurso interposto pelo Ministério 
Público concomitantemente à intimação de Lúcia, sob pena de nulidade; 
5. 
deve ser postulada pelo(a) Defensor(a) Público(a) a declaração de nulidade do julgamento do recurso, 
considerando a ausência de intimação de Lúcia para oferecer contrarrazões ao recurso interposto pelo 
Ministério Público; (CORRETA) 
2. Pergunta 2 
Fusco foi denunciado e processado pelo crime de tráfico de drogas. Após longo debate probatório e processual, 
especialmente no que tange ao momento de realização do interrogatório do acusado, havendo múltiplos registros em 
ata, Fusco restou condenado à pena de sete anos no regime fechado. Insatisfeita, a defesa interpôs recurso de 
apelação, alegando diversas nulidades processuais, bem como a incorreta aplicação da pena e regime prisional. 
Considerando o recurso defensivo e as matérias a serem analisadas pelo Tribunal, é correto afirmar que: 
1. 
o interrogatório do réu por carta precatória pode ocorrer antes da oitiva das testemunhas, já que a expedição 
da carta precatória não suspende a instrução criminal; 
2. 
 tendo em vista a alteração do rito processual instituído pela Lei nº 11.719/2008 e fixado o momento próprio 
para o exercício do interrogatório, não será possível nova realização perante o Tribunal, caso haja recurso 
defensivo. 
3. 
viola o princípio do contraditório a possibilidade de o acusado ficar em silêncio nas perguntas realizadas pela 
acusação. Caso exerça o direito constitucional ao silêncio, deverá ser total, não sendo cabível silêncio parcial; 
4. 
a inversão da ordem do interrogatório, como primeiro ato da instrução probatória, acarreta nulidade 
absoluta, sendo desnecessária a demonstração do prejuízo, bem como o registro em ata de audiência; 
(CORRETA). 
5. 
a ausência do interrogatório do acusado preso não viola o devido processo legal, quando for condenado à pena 
mínima e substituído o regime prisional por pena restritiva de direitos, caracterizada, portanto, como mera 
irregularidade; 
3. Pergunta 3 
Considerando as afirmativas abaixo, é incorreto afirmar que: 
1. 
Tendo havido transação penal e sendo extinta a punibilidade, ante o cumprimento das cláusulas nela 
estabelecidas, é legítimo o ato judicial que decreta o confisco do bem que teria sido utilizado na prática 
delituosa.(CORRETA) 
2. 
O princípio do juiz natural não resta violado na hipótese em que lei estadual atribui à Vara especializada 
competência territorial abrangente de todo o território da unidade federada com fundamento no art. 125 da 
Constituição Federal, porquanto o tema gravita em torno da organização judiciária, inexistindo afronta aos 
princípios da territorialidade e do juiz natural. 
3. 
Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência, concedida a recuperação judicial 
ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes previstos 
relacionados a essas hipóteses. 
4. 
O rol de testemunhas deve ser apresentado pela defesa na resposta à acusação, sob pena de preclusão, nos 
termos do art. 396- A do Código de Processo Penal. Contudo, poderá o magistrado ouvir outras testemunhas 
além daquelas indicadas pelas partes, desde que julgue necessário, conforme previsão estabelecida no art. 209 
do Código de Processo Penal. 
5. 
não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou 
conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. 
4. Pergunta 4 
Diante das regras do direito processual penal, assinale a alternativa correta. 
1. 
Compete ao Juizado Especial Criminal celebrar acordo de não persecução penal oferecido junto com denúncia 
que imputa crime de pena mínima abstratamente cominada em dois anos e seis meses de reclusão. 
2. 
Havendo possibilidade de celebrar transação penal e acordo de não persecução penal, deve o primeiro ser 
priorizado, por ser mais benéfico ao réu. (CORRETA). 
3. 
O investigado que preencher os requisitos da transação penal necessariamente preencherá os requisitos do 
acordo de não persecução penal. 
4. 
Os crimes de menor potencial ofensivo são aqueles que ensejam transação penal quando não houver violência 
ou grave ameaça na ação do agente. 
5. 
O sursis processual penal não pode ser oferecido quando se tratar de crime de competência da Justiça Federal. 
5. Pergunta 5 
“O ministro da Justiça, Sérgio Moro, apresentou nesta segunda-feira (04.02) um projeto de lei contra a corrupção e 
anticrime com alterações em 14 leis, como os Códigos Penal, de Processo Penal e Eleitoral, além das legislações que 
tratam de crimes hediondos e execução penal.” 
(http://twixar.me/NM23. Adaptado) 
O projeto 
1. 
aumenta o tempo de dois para quatro quintos da pena para que o condenado por crime hediondo tenha direito 
à progressão da pena 
2. 
prevê o início de cumprimento da pena em regime fechado para todos os condenados em primeira instância 
por feminicídio, se o crime for praticado com arma de fogo. 
3. 
Determina que condenados a mais de dez anos de reclusão em segunda instância terão bens confiscados de 
acordo com a diferença entre aquilo que ele possui e a quantia compatível com seus rendimentos lícitos.. 
http://twixar.me/NM23.
4. 
Estabelece que os condenados por crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e peculato devem cumprir a 
pena inicialmente no regime domiciliar até decisão em segunda instância. 
5. 
cria a possibilidade de acordo entre Ministério Público e acusados, em que estes se declaram culpados e 
conseguem alguns benefícios, como a redução da pena, sem a necessidade de julgamento. (CORRETA). 
6. Pergunta 6 
Ricardo e Elias foram condenados por tráfico de drogas, agravado por emprego de arma de fogo, às penas, 
respectivamente, de 7 anos de reclusão e 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão, em regime fechado. Ricardo teve a 
pena base fixada acima do mínimo legal, em 6 anos (1/5 de aumento), por força de duas condenações com trânsito em 
julgado anterior, valoradas negativamente como maus antecedentes. Na segunda fase, o juiz deixou de agravar a pena 
pela reincidência, uma vez que esta já fora levada em conta para visualização de maus antecedentes na primeira fase. 
Na terceira fase, o aumento se deu na fração de 1/6 pelo emprego de arma de fogo. Elias teve a pena base fixada 
acima do mínimo legal, em 6 anos e 8 meses (1/3 de aumento), em razão de sua má conduta social e personalidade 
voltada para a prática de crimes. Na terceira fase, o aumentose deu na fração de 1/6 pelo emprego de arma de fogo. 
Apenas a defesa dos acusados apelou. A Câmara Criminal deu parcial provimento aos recursos. Para ambos, afastou a 
causa de aumento de pena por arma de fogo. Para Ricardo, retirou a negativa de maus antecedentes e fixou sua pena 
base no mínimo legal. Na fase seguinte, considerou as duas condenações definitivas configuradoras de reincidência e 
majorou a pena base em 1/3, tornada pena definitiva em 6 anos e 8 meses. Para Elias, afastou as circunstâncias 
relativas à má conduta social e à personalidade negativa, mas reconheceu dois maus antecedentes, mantendo a pena 
base, tornada definitiva, em 6 anos e 8 meses. 
Analisando o caso e considerando o atual entendimento dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que 
1. 
não incidiu o Tribunal em indevida reformatio in pejus no caso de Elias, uma vez que, em recurso exclusivo da 
defesa, reviu e alterou fundamento embasador da dosimetria penal, mas manteve a pena base imposta na 
sentença condenatória (CORRETA). 
2. 
a proibição da reformatio in pejus garante ao acusado, em recurso exclusivo da defesa, o direito de não ter sua 
situação agravada direta ou indiretamente. Isso obsta, portanto, que o Tribunal, para dizer o direito, encontre 
motivação própria, como fez na dosimetria da pena de Elias, desrespeitando a extensão cognitiva da sentença e 
os limites da condenação imposta. 
3. 
não incidiu o Tribunal em indevida reformatio in pejus ao agravar a pena de Ricardo, em virtude da 
reincidência, pois sua pena final ficou estabelecida em patamar inferior à estabelecida na sentença 
condenatória; 
4. 
não incidiu o Tribunal em indevida reformatio in pejus na dosimetria da pena de Ricardo, uma vez que a 
inteligência do Art. 617 do Código de Processo Penal, que proíbe ao Tribunal agravar a pena quando somente 
o acusado houver apelado da sentença, aplica-se apenas à pena final ou global, e não a cada uma das etapas da 
dosimetria tomadas isoladamente; 
5. 
 incidiu o Tribunal em indevida reformatio in pejus no caso de Elias, ao afastar circunstância indevidamente 
valorada, em recurso exclusivo da defesa, mantendo o apenamento inicialmente fixado pelo sentenciante, com 
fundamento em circunstância desfavorável remanescente; 
7. Pergunta 7 
Com base na Lei 9.099/95, analise as afirmativas a seguir: 
I. O réu, sendo pessoa física ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido 
de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. Il. As intimações 
serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação, mas não se fará 
citação por edital. III. O autor poderá responder ao pedido do réu na própria audiência ou requerer a designação da 
nova data, que será desde logo fixada, cientes todos os presentes. 
Assinale: 
1. 
se todas as afirmativas estiverem corretas. 
2. 
se apenas as afirmativas Il e III estiverem corretas. (CORRETA). 
3. 
se apenas as afirmativas I e Il estiverem corretas. 
4. 
se nenhuma afirmativa estiver correta. 
5. 
se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
8. Pergunta 8 
Conforme o Código de Processo Penal, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a 
alternativa com a sequência correta. 
( ) Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 
cento e oitenta dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. 
( ) Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de quinze dias. 
( ) Na instrução do procedimento comum ordinário, poderão ser inquiridas até cinco testemunhas arroladas pela 
acusação e cinco pela defesa. 
( ) A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente em liberdade. 
1. 
V – F – F – V 
2. 
 V – V – F – F. 
3. 
 F – V – F – V (CORRETA). 
4. 
F – F – V – F 
5. 
F – F – V – V. 
9. Pergunta 9 
“Chega um momento em que o litígio é resolvido definitivamente, sem possibilidade de ser novamente proposto à 
consideração de qualquer juiz e a decisão se torna imutável. Desde então deve-se dizer que a coisa está julgada (res 
iudicata est)”. (TORNAGHI, Hélio. Instituições de Processo Penal. Vol. I. Rio de Janeiro: Forense, 1959, p. 447). 
Em relação aos efeitos da coisa julgada penal, é correto afirmar que: 
1. 
 a decisão absolutória transitada em julgado impede nova discussão processual sobre os mesmos fatos, 
havendo a possibilidade, no entanto, de decretação de medidas cautelares pessoais, contra a mesma pessoa, em 
relação aos mesmos fatos; 
2. 
na hipótese de concurso de pessoas, a decisão concessiva de habeas corpus impetrado por um dos réus, quando 
não fundada em motivos de caráter exclusivamente pessoal, impede o aproveitamento dos efeitos para o outro 
réu, já que não se trata de decisão em sede de recurso. 
3. 
em decorrência da extensão dos limites subjetivos da coisa julgada, caso haja absolvição por ausência de 
provas quanto à responsabilidade do autor imediato, a decisão aproveitará o autor mediato, ainda que o 
processo contra ele esteja suspenso; 
4. 
 ainda que o conteúdo decisório esteja adstrito aos fatos imputados, será possível, no processo penal brasileiro, 
haver momento distinto para a coisa julgada correspondente à mesma acusação; (CORRETA). 
5. 
objetivando o reconhecimento da atipicidade da conduta, que reflete efeitos extrapenais, será possível 
ajuizamento de revisão criminal para rediscutir decisão que absolveu o acusado por ausência de provas 
suficientes para a condenação; 
10. Pergunta 10 
Marque a alternativa CORRETA, com relação ao Tribunal do Júri: 
1. 
O não oferecimento de alegações finais pela defesa antes da pronúncia é caso de nulidade absoluta. 
2. 
A decisão de pronúncia pode se basear, exclusivamente, em elementos informativos trazidos no inquérito 
policial, dada a sua precariedade em relação à sentença condenatória. 
3. 
A intimação do defensor constituído acerca da data da sessão de julgamento do Tribunal dispensa a intimação 
do acusado solto não encontrado (CCORRETA). 
4. 
Caso os jurados entendam que o acusado não praticou a conduta dolosa contra a vida, o julgamento retorna 
ao Juiz-Presidente, em razão de cessar a atuação para julgar os crimes conexos no mesmo julgamento por 
parte dos jurados. 
5. 
O quesito absolutório (art. 483, III, do CPP) é de natureza obrigatória, podendo o Conselho de Sentença 
absolver o acusado por clemência, estando essa decisão protegida pela soberania dos vereditos, não cabendo 
revisão judicial por parte dos tribunais dessa decisão.

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