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História da OP A partir de 1950, 3 correntes da orientação profissional foram formuladas: · Corrente psicodinâmica · Corrente decisional · Corrente desenvolvimental Corrente psicodinâmica Quando pensamos no trabalho em psicodinâmica, pensamos numa extensão do que somos. Para eles, o trabalho não é uma mera ocupação, mas sim uma profissão que tem espaço na vida psíquica de cada um. Essa teoria tenta entender qual foi a motivação que levou à escolha dessa extensão de nós mesmos. Utiliza de alguns recursos da psicanálise, como: · Concepções do desenvolvimento psicossexual; · Concepções da identificação; · Mecanismos de defesa; · Psicodinâmica do aparelho psíquico. Freud postulava, em “Amar e Trabalhar”, que o trabalho tem a potencialidade de vincular fortemente o sujeito à realidade, e a escolha vocacional carrega a potencialidade de realizar uma solução de compromisso satisfatória entre o principio de prazer e o princípio da realidade. Assim, o trabalho seria um acordo entre nosso id e nosso superego, colocando maneiras de lidarmos com a nossa vida, trazendo a gente para lugares mais produtivos, para as relações e os laços sociais. As teorias psicanalíticas colocam que toda atividade ou vocação é uma fonte de sublimação, canalizando as pulsões em outro lugar, escoando as energias sexuais, agressivas etc. Também, coloca que a escolha profissional é explicada pelo conceito de reparação, no sentido de que, quando faço algum mal, e fico inundada pela culpa, eu uso do meu trabalho para fazer a reparação do que aconteceu. Por meio do meu trabalho, posso construir coisas que ninguém pode tirar de mim. Bohoslavsky Nasceu na argentina, em 1942, e escreveu um dos principais textos da OP, o “Orientação Vocacional: uma estratégia clínica”. Ele postulava de acordo com as teorias psicodinâmicas, dizendo que o trabalho era uma extensão de si mesmo. As suas ideias têm base na teoria Kleiniana, e aponta o conflito vocacional básico como a escolha de uma maneira de ser, ou seja, aquela escolha profissional moldaria o seu jeito de ser, o seu estilo de vida. Ele trabalha com uma estratégia clinica que tem como objetivo entender: · a psicodinâmica vocacional do sujeito; · compreender a problemática vocacional; · possibilitar integração do devir vocacional com as possibilidades ocupacionais; · dar oportunidades para o indivíduo expressar-se como sujeito de escolhas. Na estratégia clínica, o vínculo entre orientador e orientado é fundamental para a constituição de um campo social no qual um diálogo possa se estabelecer e uma colaboração não diretiva possa ser concretizada. O que faz você chegar no seu objetivo terapêutico não é a teoria, mas sim a relação terapêutica bem estabelecida. A entrevista clínica, aqui, é nosso principal instrumento, aliado aos testes, numa modalidade de 12 sessões individuais de 1 hora casa, onde serão trabalhados: · autoconhecimento; · conhecimento do processo individual de escolha; · conhecimento do mundo do trabalho (informação profissional); · escolha propriamente dita; · projeto. Holland Holland criou um questionário pensado a partir de 6 tipos de personalidade, identificando qual seu tipo de personalidade e a partir disso fazer um levantamento de características que dão subsídio para a escolha profissional. São tipos de personalidade: · realista Pouco sociável e carece de habilidade interpessoal. Tem aversão a situações ambíguas e carregadas de subjetividade. Se sente pouco à vontade em situações sociais ou de conteúdo emocional, sendo mais reservado, inflexível e conformista. Para eles, só existe certo ou errado, 8 ou 80. Possíveis áreas de atuação: engenharia, mecânica e agronomia. · Investigativo Fica desconfortável diante de emoções intensas, aparenta frieza e alheamento (pessoa que não interage muito). É mais aberto a questões subjetivas e abstratas, e tem uma preferência por atividades teóricas e autônomas, tendendo a ser mais independente com relação a vínculos grupais. É mais centrado em si mesmo. Possíveis áreas de atuação: física, biologia, matemática e sociologia. · Artístico Aprecia o contato interpessoal, quando está seguro de poder expressar-se livremente. Senão, é tímido e introvertido, vagando entre os polos. São abertos a estímulos subjetivos e emocionais, e são capazes de perceber as reações das pessoas através de compreensão empática. Possíveis áreas de atuação: música, artes plásticas, teatro e literatura. · Social Se interessa pelos vínculos humanos e manifesta sensibilidade e responsabilidade na busca de auxiliar, orientar, tratar e resolver as dificuldades dos outros. Gostam de se sentir aceitos e respeitados em suas atividades, e ter a atenção para si através de seu jeito expansivo. Possíveis áreas de atuação: enfermaria, trabalho social, professor. · Empreendedor Gosta das habilidades verbais para a persuasão e controle de outras pessoas. Deseja o poder e o status, sendo normalmente extrovertidos e tendo iniciativa para assumir liderança. Possíveis áreas de atuação: gerencia, advocacia, política. · Convencional Tende a controlar os afetos e a sentir-se a vontade no âmbito interpessoal somente quando em atividades rotineiras e estruturadas. Identifica-se com tudo que outorgue status e poder, mas tende a exercer a posição de subordinado. Possíveis áreas de atuação: contabilidade, administração, vendas, organização. Para Holland, os membros de uma profissão têm personalidades e histórias de desenvolvimento pessoal similares, respondendo de maneira idêntica a muitas situações e problemas da vida. A satisfação, estabilidade e realização profissional dependeriam da congruência entre a personalidade do individuo e o ambiente físico e social no qual trabalha.
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