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Kung FuKung Fu Estudos Avançados Volume 12 - Edição Especial Centro Filosófico do Kung Fu – Internacional 1983 www.centro f i loso f icodokungfu .com.br file:///home/lazorin/CFKF_ATUAL/www.centrofilosoficodokungfu.com.br © Centro Filosófico do Kung Fu - Internacional “Se atravessarmos a vida convencidos de que a nossa é a única maneira de pensar que existe, vamos acabar perdendo todas as oportunidades que surgem a cada dia” (Akio Mor i ta) www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 2 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ EDITORIAL Esta publ icação é o 12° volume da coletânea de textos e provérbios publicados na home-page do Centro Fi losófico do Kung Fu - Internacional , que visa a orientação e o aprimoramento cultural dos art istas marciais. É muito interessante para o leitor divulgá-la no meio das artes marciais; pois estará contribuindo para a formação de uma classe de art istas e praticantes de melhor nível que, com certeza, nosso meio estará se enriquecendo. Bom trabalho ! Um abraço ! www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 3 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ SUMÁRIO CENTRO FILOSÓFICO DO KUNG FU - INTERNACIONAL .................................................................5 ENSINANDO SEM VIOLÊNCIA.................................................................................................................... 7 LUZ DA SABEDORIA PARA TODOS..........................................................................................................9 QUANDO ALCANÇAMOS A SABEDORIA?............................................................................................11 DISCORDANDO DE NÓS............................................................................................................................ 13 NEM TUDO É MUITO SIMPLES COMO VEMOS..................................................................................15 RETRIBUIÇÃO................................................................................................................................................ 18 SEMENTES DE SABEDORIA..................................................................................................................... 21 O VALOR DO TEMPO.................................................................................................................................. 24 TUDO É GRANDE.......................................................................................................................................... 26 IMPEDIMENTOS............................................................................................................................................ 28 SEMPRE EM MOVIMENTO......................................................................................................................... 30 SER DE VERDADE....................................................................................................................................... 32 OPINIÕES DIFERENTES............................................................................................................................ 34 VIDA OU MORTE........................................................................................................................................... 37 POR QUE DEVEMOS REALIZAR..............................................................................................................39 NÃO SOMENTE O QUE VEMOS...............................................................................................................41 MAIS SOBRE OS ESTILOS........................................................................................................................ 43 www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 4 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ CENTRO FILOSÓFICO DO KUNG FU - INTERNACIONAL O CENTRO FILOSÓFICO DO KUNG FU - Internacional possui uma coletânea de informações, minuciosamente elaboradas, que revive o grande espíri to das artes marciais e que agora está à sua disposição. Esta coletânea é atualizada com frequência, procurando manter os estudantes das artes marciais sempre sintonizados com importantes informações sobre o seu autoaperfeiçoamento. Ao mesmo tempo em que se exercitam, em busca de um corpo mais bem preparado, têm aqui a oportunidade para exercitar sua mente e seu espírito em busca do equi l íbrio, da renovação de conceitos e do crescimento moral e intelectual. Mas aí vem uma pergunta: Como poderemos nos aprimorar moral e intelectualmente através de aposti las, textos e provérbios? Confúcio, um dos mais conhecidos sábios chineses foi int i tulado, em sua época, ha mais de 2.800 anos, como O SÁBIO DE MIL GERAÇÕES. Confúcio foi um dos Mestres que pautaram a "história das artes marciais chinesas"; o tempo tratou de sedimentar seus conhecimentos sobre a conduta moral dos indivíduos, que hoje são respeitados mundialmente. Assim, o CENTRO FILOSÓFICO DO KUNG FU INTERNACIONAL vem com a proposta de relembrar grandes conceitos e www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 5 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ pensamentos, não só de Confúcio, mas também, de grandes sábios que já passaram pela humanidade. Cabe a cada um de nós t irar ou não proveito para o próprio crescimento. Outra questão relevante é compreender qual a f inalidade suprema das artes marciais. - No templo de Shaolin, por exemplo, cada encontro dos mestres com outras pessoas era precedido da frase: "Que a paz de Buda esteja com você !" - Qual o significado disso? Na verdade, a cultura das artes marciais sempre teve sua maior batalha travada no próprio interior dos indivíduos, uma luta contínua contra as próprias fraquezas e imperfeições. É praticamente impossível buscar um aprimoramento pessoal, seja nas artes marciais, seja em outro esporte que exija maior domínio, sem antes se melhorar como pessoa. Ao contrário do que se deduz a arte de lutar é a arte da paz. O verdadeiro lutador treina mil dias mesmo sabendo que poderá uti l izar seus conhecimentos em um único dia; e talvez nunca uti l izá-los. Contudo, seu esforço maior é para o autoaprimoramento, a melhoria de si mesmo e a consequente construção de um mundo melhor. - Mesmo o guerreiro ama os dias de paz. Assim, nós não poderíamos ter outro propósito, senão, o de contribuir para a construção de um caminho de paz, harmonia, aprimoramento moral e contribuição para que o homem seja sempre diferente a cada dia, sempre diferente para melhor. Que uti l ize seus braços, suas pernas e, principalmente, sua visão, para alcançar as alturas em benefício de seu próximo. - Pratique a arte marcial com um propósito; um propósito de paz, de crescimento e de automelhoria. Um propósito realmente elevado... Que a paz esteja com você ! www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 6 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ ENSINANDO SEM VIOLÊNCIA Discípulo: Observando na Humanidade a imensa quantidade de homens maus, não se recomenda medidas drásticas em favor da disciplina e da ordem Mestre? Mestre: É a forma de comportamento que determina os resultados. - Atente bem: Nem gritos, nem xingamentos. Nem cadeia, nem forca. Nem chicote, nem vara. Nem castigo, nem imposição. Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados. Nem lamentação, nem desespero. Discípulo: Como assim, Mestre? www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br- 7 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Mestre: Devemos sempre acrescentar algo de bom às situações em desequilíbrio. - Isso equivale a dizer: Sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo. Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois. Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo. Educa sempre. Revela-te por trabalhador fiel. Seja exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos. Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno. Não analises, destruindo. O inexperiente de hoje pode ser o mestre de amanhã. Alimenta a "boa parte" do teu irmão e segue para diante. A vida converterá o mal em detritos e o Mestre Maior fará o resto. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 8 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ LUZ DA SABEDORIA PARA TODOS Discípulo: A sabedoria é alcançada por todos Mestre? Não há diferença entre homens bons e homens maus? Mestre: Crês que há um só Deus: fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem. - Essa advertência é de essencial importância no aviso espiritual. Esperar benefícios do Céu é atitude comum a todos. Adorar o Mestre Maior pode ser trabalho de justos e injustos. Admitir a existência do Governo Divino é traço dominante de todas as criaturas. Aceitar o Supremo Poder é próprio de bons e maus. Discípulo: Então há diferença entre crer na Sabedoria Divina e fazer-lhe a vontade, Mestre? Mestre: A inteligência é atributo de todos. A cognição procede da experiência. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 9 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ O ser vivo evolve sempre e quem evolve aprende e conhece. A diferenciação entre o gênio do mal e o gênio do bem permanece na direção do conhecimento. Discípulo: O que o senhor quer dizer, Mestre? Mestre: O demônio, como símbolo de maldade, executa os próprios desejos, muita vez desvairados e escuros. O anjo identifica-se com os desígnios do Mestre Maior e cumpre-os onde se encontra. Recorda, pois, que não basta a escola religiosa a que te filias para que o problema da felicidade pessoal alcance a solução desejada. Adorar o Senhor, esperar e crer n’Ele são atitudes características de toda a gente. O único sinal que te revelará a condição mais nobre estará impresso na ação que desenvolveres na vida, a fim de excetuar-lhes os desígnios, porque, em verdade, não adianta muito ao aperfeiçoamento o ato de acreditar no bem que virá e sim a diligência em praticar o bem, hoje, aqui e agora. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 10 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ QUANDO ALCANÇAMOS A SABEDORIA? Discípulo: Quando alcançamos a sabedoria, Mestre, qual o nosso comportamento? Mestre: Em todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos. Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência. De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum. Discípulo: Como assim, Mestre? Mestre: Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão. A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade. Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo deve se converter em bênçãos para a coletividade inteira. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 11 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Discípulo: Mas não é difícil praticar isso, Mestre? Mestre: A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido: Cresce a árvore para a frutificação. Cresce a fonte para benefício do solo. Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos. O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme. Desenvolvimento é poder. Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada. O Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem impor condições. Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o "menor é abençoado pelo maior". www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 12 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ DISCORDANDO DE NÓS Discípulo : Porque muitas pessoas discordam de nós, Mestre? Mestre : Precisamos ser valorizados pelas nossas obras, e não pelas nossas palavras. Discípulo : Como assim, Mestre? Mestre : Todos experimentamos a tendência de consagrar a maior estima apenas àqueles que leiam a vida pela cart i lha dos nossos pontos de vista. Nosso devotamento é sempre caloroso para quantos nos esposem os modos de ver, os hábitos enraizados e os princípios sociais, todavia, nem sempre nossas interpretações são as melhores, nossos costumes os mais nobres e nossas diretrizes as mais elogiáveis. Daí procede o imposit ivo de desintegração da concha do nosso egoísmo para dedicarmos nossa amizade e respeito aos companheiros, não pela servidão afetiva com que se l iguem ao nosso roteiro pessoal, mas pela fidel idade com que se norteiam em favor do bem comum. Discípulo : Então não podemos nos guiar pelas aparências, Mestre? www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 13 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Mestre : Se amamos alguém tão só pela beleza física, é provável encontremos amanhã o objeto de nossa afeição a caminho do monturo. Se estimamos em algum amigo apenas a oratória bri lhante, é possível esteja ele em afl i t iva mudez, dentro em breve. Se nos consagramos a determinada criatura só porque nos obedeça cegamente, é provável estejamos provocando a queda de outros nos mesmos erros em que temos incidido tantas vezes. Discípulo : O senhor quer dizer, então, que nós, com nosso egoísmo, podemos nos prejudicar e também a nossos semelhantes, Mestre? Mestre : É imprescindível aperfeiçoar nosso modo de ver e de sentir, a f im de avançarmos no rumo da vida Superior. Busquemos as criaturas, acima de tudo, pelas obras com que beneficiam o tempo e o espaço em que nos movimentamos, porque, um dia, compreenderemos que o melhor raramente é aquele que concorda conosco, mas é sempre aquele que concorda com o Mestre Maior, colaborando com ele, na melhoria da vida, dentro e fora de nós. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 14 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ NEM TUDO É MUITO SIMPLES COMO VEMOS Discípulo : Muitas pessoas vêm tudo como muito simples, isso é correto Mestre? Mestre : Não faças tu comum o que a Sabedoria Divina puri ficou. Discípulo : Como assim, Mestre? Mestre : Existem expressões de ensinamento que, à maneira de f lores a se salientarem num ramo, devem ser retiradas do conjunto para que nos deslumbremos ante o seu bri lho e perfume peculiares. A voz subl ime da sabedoria abrange horizontes muito mais vastos que nossosproblemas individuais. Discípulo : Então significa que não estamos vendo as coisas como elas são, ou não estamos conseguindo aprender os ensinamentos, Mestre? Mestre : O homem comum está rodeado de glórias na Terra, entretanto, considera-se num campo de vulgaridades, incapaz de valorizar as riquezas que o cercam. Cego diante do espetáculo soberbo da vida que lhe emoldura o desenvolvimento, tripudia sobre as preciosidades do mundo, sem meditar no paciente esforço dos www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 15 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ séculos que a Sabedoria Infini ta uti l izou no aperfeiçoamento e na seleção dos valores que o rodeiam. Discípulo : Será que o homem não consegue perceber as riquezas do mundo, Mestre? Mestre : Será que conseguimos responder algumas destas questões? Quantos milênios terá exigido a formação da rocha? Quantos ingredientes se harmonizam na elaboração de um simples raio de Sol? Quantos óbices foram vencidos para que a flor se materializasse? Quanto esforço custou a domesticação das árvores e dos .animais? Quantos séculos terá empregado a paciência do céu na estruturação complexa da máquina orgânica em que o espíri to encarnado se manifesta? Discípulo : São questões que de difíci l resposta Mestre. Acredito que são mais para reflexão, do que para explicação. Mestre : A razão é luz gradativa, diante do sublime. Não te esqueças de que o Mestre Maior te situou a experiência do dia a dia num verdadeiro paraíso, onde a semente minúscula retribui na média do infinito por um e onde águas e flores, solo e atmosfera te convidam a produzir, em favor da multipl icação dos Tesouros Eternos. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 16 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Cada dia, agradeça a Sabedoria Divina que te agraciou com as oportunidades valiosas e com os dons divinos. Pensa, estuda, trabalha e serve; por isso, não suponhas comum e muito simples o que Deus puri f icou e engrandeceu ao longo do tempo. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 17 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ RETRIBUIÇÃO Discípulo : O que receberemos em troca por sermos bons, Mestre? Mestre : Sua pergunta exprime a ati tude de muitos corações nos templos rel igiosos. Discípulo : Porque Mestre? Mestre : Consagra-se o homem a determinado círculo de fé e clama, de imediato: — "Que receberei?" Discípulo : Isto é errado, Mestre? Mestre : A resposta a essa questão se derrama, si lenciosa, através da própria vida. O que recebe o grão maduro, após a colheita? - O tr i turador que o ajuda a puri f icar-se. Que prêmio se reserva à farinha alva e nobre? - O fermento que a transforma para a uti l idade geral. Que privi légio caracteriza o pão, depois do forno? - A graça de servir. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 18 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Discípulo : Isto significa que precisamos sofrer sem esperar por recompensas, Mestre? Mestre : Não se formam bons homens para adornos vivos do mundo, e sim, para a ação regeneradora e santi f icante da existência. Isso não é sacri f ício e nem exige recompensas. Discípulo : Mas esse desejo do homem não foi sempre assim, Mestre? Mestre : Outrora, os servidores da realeza humana recebiam o espólio dos vencidos e, com eles, se rodeavam de grati f icações de natureza física, com as quais abreviavam a própria morte. No caminho do bem, contudo, o quadro é diverso. - Vencemos, em companhia do Mestre Maior, para nos fazermos irmãos de quantos nos part i lham a experiência, guardando a obrigação de ampará-los e ser- lhes úteis. Muitos que desejaram saber qual lhe seria a recompensa pela adesão à Boa Nova, viram, de perto, a necessidade da renúncia. Quanto mais se lhe acendrou a fé, maiores testemunhos de amor à Humanidade lhe foram requeridos. Quanto mais conhecimento adquiriu, a mais ampla caridade foi constrangido, até o sacri f ício extremo. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 19 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Se o homem deixar, pois, por devoção ao Mestre Maior, os laços que o prende às zonas inferiores da vida, recordará que, por felicidade sua, receberá do Céu a honra de ajudar, a prerrogativa de entender e a glória de servir. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 20 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ SEMENTES DE SABEDORIA Discípulo: Porque nossos orientadores nos dizem que devemos nos contentar com pouco, Mestre? Mestre: Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Discípulo: O que significa isso, Mestre? Mestre: Avalie com atenção: • O monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome. • O proprietário da fábrica de tecidos não despenderá senão alguns metros de pano para a confecção de um costume, destinado ao próprio uso. • Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de conformidade com os princípios que regem a vida em seus fundamentos naturais. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 21 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Discípulo: Então acumular riquezas é uma ilusão, Mestre? Mestre: Por que esperas o banquete, a fim de ofereceres algumas migalhas ao companheiro que passa faminto? Por que reclamas um tesouro de moedas na retaguarda, para seres útil ao necessitado? A caridade não depende da bolsa. É fonte nascida no coração. É sempre respeitável o desejo de algo possuir no mealheiro para socorro do próximo ou de si mesmo, nos dias de borrasca e insegurança, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do bem ao cofre recheado. Discípulo: Fazer o bem independe das posses que temos, Mestre? Mestre: Descerra, antes de tudo, as portas da tua alma e deixa que o teu sentimento fulgure para todos, à maneira de um astro cujos raios iluminem, balsamizem, alimentem e aqueçam. A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões de vidas. Aprenda a dividir o pouco, e a insignificância da boa vontade, amparada pelo amor, e isso se converterá com o tempo em prosperidade comum. Discípulo: O senhor quer dizer que nossas ações são como sementes que plantamos, Mestre? Mestre: Observe bem: Algumas sementes, atendidas com carinho, no curso dos anos, podem dominar glebas imensas. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 22 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do Mestre, se possuímos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabe-nos a obrigação de viver e servir em paz e contentamento. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 23 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ O VALOR DO TEMPO Discípulo: Muitas vezes parece que temos todo o tempo do mundo. Esse sentimento é correto, Mestre? Mestre: Quase sempre, enquanto a criatura humana respira na carne jovem, aatitude que lhe caracteriza o coração para com a vida é a de uma criança que desconhece o valor do tempo. Dias e noites são curtas para a internação em alegrias e aventuras fantasiosas. Discípulo: Mas isso não é normal, Mestre? Mestre: Na verdade não. Engodos mil da ilusão efêmera que obscurecem o olhar e as horas que se esvaem num turbilhão de anseios inúteis. Raras pessoas escapam de semelhante perda. Geralmente, contudo, quando a maturidade aparece e a alma já possui relativo grau de educação, o homem reajusta apressado a conceituação do dia. Discípulo: Com o amadurecimento o homem muda de pensamento quanto ao verdadeiro valor da vida, Mestre? www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 24 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Mestre: Se observarmos o correr da vida, vemos que a postura do homem vai se alterando conforme amplia-se o seu grau de entendimento. A semana é reduzida para o que lhe cabe fazer. Compreende que os mesmos serviços, na posição em que se encontra, se repetem a determinados meses do ano, perfeitamente recapitulados, qual ocorre às estações de frio e calor, floração e frutescência para a Natureza. Agita-se, inquieta-se, desdobra-se, no afã de multiplicar as suas forças para enriquecer os minutos ou ampliá-los, favorecendo as próprias energias. E, comumente, ao termo da romagem, a morte do corpo surpreende-o nos ângulos da expectativa ou do entretenimento, sem que lhe seja dado recuperar os anos perdidos. Discípulo: Isto significa que existe uma barreira entre a realidade e a ilusão no que pensamos Mestre? Mestre: Não te embrenhes na selva humana, despreocupado de tua habilitação à luz espiritual, ante o caminho eterno que tens a percorrer. Vale-te, pois, do tempo e não te faças tardio na preparação para o teu próprio crescimento. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 25 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ TUDO É GRANDE Discípulo: Como a natureza nas dá lições de crescimento, Mestre? Mestre: Observe atentamente alguns acontecimentos: • Quando o vaso se retirou da cerâmica, dizia sem palavras: — Bendito seja o fogo que me proporcionou a solidez. • Quando o arado se ausentou da forja, afirmava em silêncio: — Bendito seja o malho que me deu forma. • Quando a madeira aprimorada passou a brilhar no palácio, exclamava, sem voz: — Bendita seja a lâmina que me cortou cruelmente, preparando-me a beleza. • Quando a seda luziu, formosa, no templo, asseverava no íntimo: — Bendita seja a feia lagarta que me deu vida. • Quando a flor se entreabriu, veludosa e sublime, agradeceu, apressada: — Bendita a terra escura que me encheu de perfume. • Quando o enfermo recuperou a saúde, gritou, feliz: — Bendita seja a dor que me trouxe a lição do equilíbrio. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 26 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Por isso, devemos agradecer a tempestade que renova, a luta que aperfeiçoa, o sofrimento que ilumina, a alvorada que é a maravilha do céu que vem após a noite na Terra. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 27 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ IMPEDIMENTOS Discípulo: Porque aparecem obstáculos em nossa caminhada, Mestre? Mestre: Por onde transites, na Terra, transportando o vaso de tua fé a derramar-se em boas obras, encontrarás sempre impedimentos a granel, dificultando-te a ação. • Hoje, é o fracasso nas tentativas iniciais de progresso. • Amanhã, é o companheiro que falha. • Depois, é a perseguição descaridosa ao teu ideal. • Afligir-te-ás com o fel de muitos lábios que te merecem apreço. • Sofrerás, de quando em quando, a incompreensão dos outros. • Periodicamente encontrarás na vanguarda obstáculos mil, induzindo-te à inércia ou à negação. • A carreira que nos está proposta, no entanto, deve desdobrar-se no roteiro do bem incessante... www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 28 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Discípulo: O que fazer com as pessoas e circunstâncias que nos compelem ao retardamento e à imobilidade, Mestre? Mestre: Pondo de lado todo o impedimento. Discípulo: Mas isso resolve os problemas, Mestre? Mestre: Colocar a dificuldade à margem, porém, não é desprezar as opiniões alheias quando respeitáveis ou fugir à luta vulgar. É respeitar cada individualidade, na posição que lhe é própria, é partilhar o ângulo mais nobre do bom combate, com a nossa melhor colaboração pelo aperfeiçoamento geral. E, por dentro, na intimidade do coração, prosseguir com o Mestre Maior, hoje, amanhã e sempre, agindo e servindo, aprendendo e amando, até que a luz divina brilhe em nossa consciência, tanto quanto inconscientemente já nos achamos dentro dela. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 29 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ SEMPRE EM MOVIMENTO Discípulo: Porque a inércia nos destrói, Mestre? Mestre: Mesmo diante das maiores dificuldades da vida, devemos sempre nos erguer e prosseguir: • Sair da cova escura da ociosidade para o campo da ação regeneradora. • Erguer-se do chão frio da inércia para o calor do movimento reconstrutivo. • Elevar-se do vale da indecisão para a montanha do serviço edificante. • Fugir à treva e penetrar a luz. • Ausentar-se da posição negativa e absorver-se na reestruturação dos próprios ideais. Discípulo: Podemos dizer que cada dia é uma nova oportunidade para nossa melhoria, Mestre? Mestre: Quantos de nós, filhos pródigos da Vida, depois de estragarmos as mais valiosas oportunidades, clamamos pela assistência do Mestre, de acordo com os nossos desejos menos dignos, para que sejamos satisfeitos? www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 30 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Quantos de nós descemos, voluntariamente, ao abismo, e, lá dentro, atolados na sombria corrente de nossas paixões, exigimos que o Todo Misericordioso se faça presente, ao nosso lado, através de seus divinos mensageiros, a fim de que os nossos caprichos sejam atendidos? Se é verdade, no entanto, que nos achamos empenhados em nosso soerguimento, coloquemo-nos de pé e retiremo-nos da retaguarda que desejamos abandonar. Aperfeiçoamento pede esforço. Panorama dos cimos pede ascensão. - Se aspiramos ao clima da Vida Superior, adiantemo-nos para a frente, caminhando com os padrões do Mestre Maior. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 31 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ SER DE VERDADE Discípulo: Alguns amigos me disseram que nem sempre somos verdadeiros em nossas ações, o que quer dizer isso Mestre? Mestre: Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já creem, nas mais variadas situações. Aqui, alguém aceita aparentemente os bons conselhos para ser agradável às relações sociais. Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes. Além, um enfermo recebe o socorro da caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de alívio físico. Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto antes. Discípulo: Então todos somos superficiais, Mestre? Mestre: Nos arraiais daaprendizagem, tais fenômenos são frequentes. Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 32 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente muito doente, porque se livraram de alguma dor de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano. Discípulo: Labirinto, Mestre? Mestre: Sim. Que tipo de espírito habita nosso interior? O da fascinação? O da indolência? O da pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros? Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o bem, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 33 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ OPINIÕES DIFERENTES Discípulo: Alguns dizem que os homens se confrontam e se matam por terem opiniões diferentes e um não compreende o outro; isso é verdade, Mestre? Mestre: A fraternidade é uma das maiores dificuldades do homem. Ele tenta explicar o inexplicável, muitas vezes impondo o entendimento pela força. Analise com cuidado o nosso comportamento: • Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza Divina e da Alma, do Universo e da Vida. • Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé. • Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador. • Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e manejando o punhal. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 34 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ • Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista. • Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Mestre Maior que testemunhou com seu sacrifício o devotamento à Humanidade inteira. • Edificamos palácios, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos de que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça. E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação. Entretanto, a palavra do Mestre é insofismável. Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores. Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras. Seremos admitidos ao aprendizado superior, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima. Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 35 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atenda-mo-la, onde estivermos. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 36 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ VIDA OU MORTE Discípulo: Porque para alguns a vida é vida e para outros a vida é morte, Mestre? Mestre: Se perguntássemos ao grão de trigo que opinião alimenta acerca do moinho, naturalmente responderia que dentro dele encontra a casa de tortura em que se aflige e sofre; no entanto, é de lá que ele se ausenta aprimorado para a glória do pão na subsistência do mundo. Se indagássemos da madeira, com respeito ao serrote, informaria que nele identifica o algoz de todos os momentos, a dilacerar-lhe as entranhas; todavia, sob o patrocínio do suposto verdugo, faz-se delicada e útil para servir em atividades sempre mais nobres. Se consultarmos a pedra, com alusão ao buril, certo esclarecerá que descobriu nele o detestável, perseguidor de sua tranquilidade, a feri-la, desapiedado, dia e noite; entretanto, é dos golpes dele que se eleva aos tesouros terrestres, aperfeiçoada e brilhante. Assim, a alma. Assim, a luta. Peçamos o parecer do homem, quanto à carne, e pronunciará talvez impropriedades mil. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 37 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Ouça-mo-lo sobre a dor e registraremos velhos disparates verbais. Solicitemos-lhe que se externe com referência à dificuldade, e derramará fel e pranto. Contudo, é imperioso reconhecer que do corpo disciplinado, do sofrimento purificador e do obstáculo asfixiante, o espírito ressurge sempre mais aformoseado, mais robusto e mais esclarecido para a imortalidade. Não te perturbes, pois, diante da luta, e observa. O que te parece derrota, muita vez é vitória. E o que se te afigura em favor de tua morte, é contribuição para o teu engrandecimento na vida eterna. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 38 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ POR QUE DEVEMOS REALIZAR Discípulo: Quando começar, Mestre? Mestre: Os homens esperam pelo Mestre e o Mestre espera igualmente pelos homens. Ninguém acredita que o mundo se redima sem almas redimidas. O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços que o realizem e intensifiquem. Discípulo: Mas como assim, Mestre? Mestre: O Mestre Maior começou seu apostolado, buscando o concurso de seus discípulos, para atacar o serviço da regeneração planetária. E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sabedoria e progresso, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a colaboração ativa dos corações de boa vontade. Discípulo: E porque o Mestre se preocupa em acompanhar seus discípulos? www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 39 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Mestre: É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem a orientação Divina, o Mestre Maior não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo. A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros. Semelhante afirmativa prova a importância por ele atribuída à contribuição do indivíduo. Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre. Onde estiver um seguidor do Mestre Maior aí se encontra um mensageiro Celestial para a obra incessante do bem. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 40 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ NÃO SOMENTE O QUE VEMOS Discípulo: Porque nem tudo é realmente como vemos, Mestre? Mestre: Aprenda a ver com os olhos do coração: • Não somente agasalho que proteja o corpo, mastambém o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma. • Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos. • Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras. • Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo. • Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável. • Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 41 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ • Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível. • Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva. • Não apenas flores, mas também frutos. • Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa. • Não só teoria excelente, mas também prática santificante. • Não apenas nós, mas igualmente os outros. Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever, mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade. www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 42 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ MAIS SOBRE OS ESTILOS Discípulo : Será que o senhor poderia fazer um comparativo dos principais esti los, Mestre? Mestre : Os mais de 300 esti los que temos hoje foram construídos com a história da China, durante muitas batalhas, culturas e crenças dos seus imperadores e dinastias. - Relatar todos seria quase que impossível em tão pouco tempo; mas posso destacar algumas característ icas dos mais conhecidos: HUNG GAR CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA Hung Gar é um dos p r inc ipa is es t i los de Kung Fu. O es t i lo Hung Gar é fo rmado por c inco técn icas p r inc ipa is : Dragão , Serpente , T ig re , Leopardo e Garça. O est i lo é ca rac te r izado por base de pernas e mãos fo r tes . Sua p r inc ipa l ca rac te r ís t i ca é a u t i l i zação do a taque e defesa ao mesmo tempo. Surg iu na D inas t ia Ch ing , no ano de 1734 , época em que o imperador Yung J ing Ordenou a des t ru ição do Templo Shao l in . Depo is da des t ru ição do temp lo, somente c inco monges sobrev ive ram ao massacre , sendo e les : Ng Mu i , Gee S in , Pak Me i , Miu H in , Fung To Tak . - Desses sobrev iven tes , o monge Gee S in teve como d iscípu lo um rapaz de nome Hung He i Kun, que ma is ta rde cons t ru iu um novo temp lo Shao l in onde ens inava o Kung Fu nos mo ldes t rad ic iona is , sendo o seu es t i lo conhec ido ma is ta rde como Hung Gar (Fami l ia Hung) . Nos u l t imos cem anos em Cantão , reg ião Su l da Ch ina , ex is t i ram dez mest res que se des tacaram por sua hab i l idade in igua lave l . Por a lcançarem grande fama, chegando a se r conhec idos como os Dez T ig res de Can tão . Den t re e les , c inco e ram eram mest res de Hung Gar : T i i K iu San , Sou Rak Fuú , Wong Fe i Hung . - O in t roduto r do es t i lo na Amer ica do Su l e Bras i l , fo i o Mest re Lee Hon Kay(L i Hon K i ) . www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 43 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ LOUVA A DEUS CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA O inse to cu ja aparênc ia é de ma io r devo to do mundo, tem que ser o Louva-a -Deus. Com as patas d ian te i ras cos tume i ramente pos ic ionadas de fo rma a suger i r as mãos jun tas de um devo to , e le se to rnou o inse to ma is re fe r ido em todas as a r tes marc ia is . Esse inse to se to rnou tão venerado , não por causa da sua aparente aura de re l ig ios idade , mas por causa de sua reconhec ida fe roc idade , combat iv idade e tenac idade de v ida . Há t rezen tos e c inquen ta anos um mest re de lu ta , Wang Lang, exa l tava a pequena mas at iva c r ia tu ra , c r iando o es t i lo Louva-a -Deus de auto defesa . Wang um no táve l guer re io que t inha hab i l idades com a espada fo i ao Templo Shao l in e pub l icou um desa f io aos monges para testa r suas hab i l idades con t ra e le em due lo amigáve l . Dev ido á sua ins is tênc ia , o monge mest re permi t iu a Wang que um nova to fosse env iado para lu ta r con t ra e le . - Para a su rp resa e vexame de Wang, e le fo i dec is ivamente der ro tado por um nov iço . Se iso lando nas montanhas Wang es tava de te rminado a p rovar suas hab i l idades aos monges. - E le t re inou d i l igen temente seu es t i lo “Caminho da Espada” (Ts ien Tao) enquan to cons tan temente se exerc i tava e fo r ta lec ia seu co rpo . E le vo l tou ao monasté r io convenc ido que es tava p ron to a most ra r aos monges sua super io r idade. Os monges ace i ta ram ma is uma vez o conv i te para testa r suas hab i l idades. - Novamente e le en f ren tou o monge ma is novo . Com um sen t imento de en tus iasmo e le venceu o jovem monge p r inc ip ian te . Der ro tou a inda out ro monge , de ba ixa g raduação , e out ro de ca tegor ia ma is e levada. Wang es tava começando a sen t i r con f iança em sua invenc ib i l idade , a té que en f ren tou o monge mest re . Com a o rdem Shao l in observando , Wang não fo i capaz de tocar o mest re . Novamente , pa ra t ra ta r de seu co rpo e do seu o rgu lho fe r ido , Wang desapareceu na f lo res ta para contemp lação . Um d ia , enquan to descansava deba ixo de uma á rvore, Wang ouv iu a longa no ta aguda de uma c iga r ra em um ga lho ba ixo no a rbus to ac ima de le . O lhando para o a l to , Wang reparou em um f rág i l e com aparênc ia quase quebrad iça Louva-a -Deus enga jado em uma lu ta de v ida ou mor te com a g rande c iga r ra . - A c iga r ra es tava fazendo o máx imo. Sua cabeça con t ra o Louva-a -Deus quase o imob i l i zava com sua tenac idade. Fo i quando o Louva-a -Deus reag iu com fe roc idade usando sua fo r te v i rada de patas e mordendo a boca para agar ra r a robus ta c iga r ra e des faze- la da pos ição em que es tava . - O ca rn ívo ro Louva-a -Deus consumiu a sua v í t ima . A l tamente impress ionado com o que v i ra Wang dec id iu cap tu ra r o inse to v i to r ioso e en tão observar os seus mov imentos de fens ivos e o fens ivos. Usando um grave to de pequeno compr imento e le p rovocava o Louva-a -Deus em todas as d i reções. Invar iave lmente o Louva-a -Deus, com sua cabeça capaz de v i ra r pa ra qua lquer d i reção , se de fend ia quando p rovocado de f ren te ou de cos tas . O perseveran te inse to to rnou-se a insp i ração de Wang para o seu novo s is tema de combate . Com cu idado met icu loso , e le o rdenava os mov imentos de fens ivos e o fens ivos do inse to em uma ar te de lu ta humana. E le a d iv id iu em t rês p r inc ipa is www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 44 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.brhttp://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ ca tegor ias : • Peng Pu, método impor tan te de ba te r ou t i ra r o an tagon is ta de seu ba lanço ; • Lan T ’seh , usado para rest r ing i r ou reduz i r a fo rça do oponen te; e • Pa Tsou , a defesa “o i to co tove los” . Depo is de sua p reparação pessoa l , e le f ina lmente acred i tou que es tava p ron to para tes ta r seu novo es t i lo de lu ta con t ra o mest re dos monges. A rmado com seus mov imentos insp i rados no Louva-a -Deus, Wang ex t raord inar iamente der ro tou o mest re dos monges com suas tá t icas de inse to se lvagem nunca an tes usadas por um homem. Os monges ace i ta ram respe i tosamente a sua der ro ta , mesmo com surp resa , e p rocura ram aprender o novo e es t ranho s is tema. A pa lavra de sua v i tó r ia se espa lhou pe las p rov ínc ias . Wang Lang e ra o novo heró i das a r tes marc ia is . Sendo logo rodeado por d isc ípu los . O sonho das a r tes marc ia is de Wang Lang fo i f ina lmente rea l izado . Sua esco la de auto de fesa do Louva-a-Deus se to rnou ex t remamente p roeminen te no Nordes te da Ch ina , cons iderada por a lguns como sendo a ma io r du ran te seu tempo de v ida . O veneráve l Wang morreu anos ma is ta rde , fe l i z e famoso mest re de lu ta . De qua lquer fo rma, sua cu idadosa herança do es t i lo Louva-a -Deus se d iv id iu na d inas t ia Ch ’ ing quando quat ro d isc ípu los , cada um dese jando fazer inovações e se des l iga ram da esco la fundadora . O Mest re Louva-a -Deus d isse en tão que seus dese jos poder iam ser sa t is fe i tos com uma cond ição , que cada d isc ípu lo nomeasse seu s is tema ind iv idua lmente , de acordo com as marcas das cos tas de um Louva-a -Deus captu rado por cada um. Um t inha a aparênc ia do s ímbo lo Y in -Yang (Ta i T ’s i ) , ou t ro parec ia com uma f lo r de ame ixa (Me i Hua) e no out ro um con jun to de marcas que t inham a aparênc ia de se te es t re las (Ts i T ’s ing ) . Houve um Louva-a -Deus que não t inha marca aparen te . Este es t i lo f i cou conhec ido como es t i lo desp ido (es t i lo sem marca – Kwong P ’an) . www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 45 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ LEOPARDO / PANTERA CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA O pr inc ipa l go lpe do Leopardo é um punho ve loz e pene t ran te , seme lhan te a uma machadada , pa ra a tacar pon tos v i ta is e cos te las . Sua técn ica desenvo lve a fo rça muscu la r e a ve loc idade . Os mov imentos são ráp idos , poderosos e p rocuram a imob i l i zação. Desenvo lv ido pe lo monge Mot , o es t i lo do Leopardo vem da famí l ia do es t i lo do T ig re e é usado para desenvo lve r ve loc idade e fo rça . Esse es t i lo tem mov imentos não o r todoxos , r i tmo quebrado , e técn icas ráp idas . Sua ca rac te r ís t i ca p r inc ipa l é o a taque com o punho de mane i ra ráp ida e ve loz . MACACO CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA Est i lo de Kung Fu do nor te e é cons iderado por mu i tos se r um dos es t i los ma is incomuns e não o r todoxos das a r tes marc ia is . É composto de mov imentos , ca rac te r ís t i cas , e esp í r i to dos macacos . Es te est i lo é mu i to fo r te nas pernas e sa l tos . A h is tó r ia de Ta Sheng, ou Kung Fu de Macaco , começa p róx imo ao f im da D inas t ia Ch ing (1644-1911) , quando um lu tador do nor te da Ch ina , Kou Sze estava p reso por mata r um a ldeão . O cas t igo para esse c r ime e ra mor te ou p r isão perpé tua . Para sa lva r Kou Sze de qua lquer pena l idade um amigo ín t imo e in f luente consegu iu subornar o ju iz pa ra reduz i r a pena de Kou Sze a o i to anos de p r isão. Para Kou Sze , a p r isão se to rnou uma bênção . A p r isão f i cava s i tuada em uma f lo res ta nos a r redores de c idade. Por um est ranho des t ino a jane la da ce la dava de f ren te para um bosque de árvores a l tas que abr iga ram uma co lôn ia de macacos tagare lando b r incando e ba lançando de á rvo re em árvore . Fasc inado pe las a r t imanhas b r inca lhonas dos macacos ent re a árvo re , Kou Sze gas tou horas os observando todos os d ias no háb i ta t na tu ra l de les . E le cu idadosamente es tudou o compor tamento de les em s i tuações d i fe ren tes , e depo is de longos anos e ra capaz de d is t ingu i r as ca rac te r ís t i cas d i fe ren tes dos macacos . Depo is de ca tegor iza r cada macaco por sua hab i l idade e técn icas, Kou Sze percebeu que es tas ações e ram compat íve is com o Te i Tong , um Kung Fu que e le t inha aprend ido de in fânc ia . Kou Sze dec id iu comb inar então es te o Te i Tong com os mov imentos de macaco . O f im do te rmo de p r isão de le marcou o ve rdade i ro começo da ar te de Ta Sheng (o Grande Sa lva ) . Kou Sze nomeou es te macaco espec ia l que www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 46 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ l u ta em honra de So l Wu Kung , o Re i de Macaco legendár io na V iagem de fo lc lo re “ch inesa para o Oeste “ . Kou Sze fundou a a r te de Ta Sheng em vár ios p r incíp ios de manobras que inc luem ag i l idade, agar ra r , ca i r e sa l ta r . A t ravés do es tudo cu idadoso dos háb i tos do macaco Kou Sze pôde des t igu i r as reações dos macacos e os ca tegor iza - los em c inco persona l idades d i fe ren tes , c r iando as c inco fo rmas do macaco : O Macaco a l to O Macaco de made i ra O Macaco Perd ido O Macaco de Pedra O Macaco Bêbedo Esse es t i lo fo i passado de geração em geração até que o Mest re Chat de Cho L ing dec id iu passar no in te i ro Ar te de Pekkwar e todas as c inco fo rmas do macaco e ens inou a Pau l ie Z ink que passou ao seu amigo in t imo Mest re Michae l Matsuda . Um grande mest re tambem que conheceu es ta a r te do Macaco fo i Wang Lang, c r iador do s is tema Louva-a -Deus, que aprove i tou a lgumas carac te r ís t i cas do macaco para aper fe içoar o seu es t i lo . SERPENTE DIV INA CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA O est i lo Shen She Chuen (se rpente d iv ina ) o r ig inou-se na p rov ínc ia de Fu j ien quando um Monge do Templo do Bambu min is t rou a Hsu Y in Fong uma técn ica par t i cu la r do temp lo chamada Hok She Tchu (un ião da Garça e da Serpen te ) . Após a mor te do Monge Hsu es tas técn icas fo ram apr imoradas e em homenagem ao Monge, o es t i lo fo i bat izado de Shen She Chuen, que s ign i f i ca “Punho da Serpen te D iv ina ” , uma vez que o Ideograma “Shen” para os ch ineses s ign i f i ca Deus. Cons is te em defesa e t raba lha mov imentos o fens ivos com apunha la r e mov imentos de espada cor tan tes . Há foco na ve loc idade dos g i ros e mov imentos de co rpo con t ínuos . O es t i lo Shen She Chuen é execu tado com as mãos escu lp indo a cabeça de uma serpen te em uma mis tu ra de “duro ” e “suave” . Con tando com mov imentos len tos e suaves, o adversár io pode surp reender -se com sua f lex ib i l idade , ve loc idade e fo rça, desde que bem concent rado ch i (Energ ia www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 47 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ In te r io r ) .Seu ob je t ivo nos a taques é a busca dos pon tos v i ta is como o lhos, ga rgan ta , p lexos , vão en t re as côxas e abdômem. O es t i lo chegou ao Bras i l em 1980 sob superv isão do Mest re Hu Chao T ien , d isc ipu lo e f i lho do Mest re Hu Sh i Wen. Ho je o est i lo tem a superv isão do Mest re Dan i Hu (Hu Chao Hs i l ) , f i lho do Mest re Hu Chao T ien . “O Punho da Serpente ” possu i se is fases a f im de desenvo lve r os c inco conce i tos do es t i lo , que são : - Ve loc idade: a tacar com ba t idas ráp idas e inesperadas , usando passos ráp idos , áge is e leves ; - Envo lv imento : a cu r ta d is tânc ia , envo lve r os membros do oponen te con fund indo suas pos tu ras e usando-as a seu favor . Quando a longa d is tânc ia , aguardar a aber tu ra de uma postu ra adequadamente con t ida; - Surp resa: a tacar em d i fe rentes ângu los con t inuamente ; - Sa l tos : pa ra t rás ou para os lados , ev i tando ataques desnecessár ios e não comprometendo os membros p r inc ipa is para locomoção e equ i l íb r io ; - Fuga : quebrando o con ta to e escapando quando o go lpe não ob t ive r a pene t ração adequada; É represen tado no Bras i l po r Dan i Hu que começou a p rat ica r o es t i lo com se is anos de idade em Macao, um porto te r r i to r io po r tuguês no Mar da Ch ina . BÊBADO CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA Essa técn ica s i tua em como se o p ra t ican te es t ivesse embr iagado . Combina mov imentos como t ropeçar , ba lançar e ca i r exa tamente como um bêbado . As mãos se pos ic ionam como se es t ivesse segurando uma x ica ra ch inesa ou um copo em que os bêbados tomam suas beb idas . O es t i lo do bêbado ex ige mu i ta hab i l idade , f lex ib i l idade po is usa chu tes , voadoras , semi -mor ta is , A lenda con ta que ex is t iam o i to imor ta is que ded icavam o tempo á p ra t ica da med i tação. Combinavam as técn icas ant igas de Yoga Ch inesa (Ka i Men / Ch i Kung) ob tendo hab i l idades ex t raord inár ias .Com o passar do tempo e les aprenderam e desenvo lve ram técn icas avançadas como o es t i lo bêbado .Es tes o i to g randes mest res aprenderam a dominaram o con t ro le da energ ia (Ch i Kung em seu n íve l ma is avançado) . Dent ro des te g rupo hav ia uma mon ja que e ra háb i l no mane jo de todas as técn icas de pernas que se desenvo lveu a t ravés da Ch i Kung marc ia l . Es te es t i lo fo i levado ao temp lo Shao l in pa ra se r ens inado aos a lunos www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 48 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ ro lamentos para con fund i r o oponen te . O p ra t ican te têm que ser ráp ido e f ing i r defesa enquan to es tá ten tando a tacar e apon tando em uma d i reção mas a tacando em out ro . Vár ios graus de embr iaguez são demonst rados por gamas d i fe ren tes de mov imentos e expressões no o lho . ma is avançados . Após a des t ru ição do Templo vá r ios monges escaparam e se esconderam em a lde ias , e para não se rem reconhec idos t rocavam seus nomes e se ves t iam como mend igos . Em cada a lde ia de ixavam ens inamentos que os a ldeões os me lhoravam adaptando a seus costumes e es t ru tu ras f í s icas . Nessas t rans fo rmações su rg iu o est i lo do bêbado do su l da Ch ina, que não é tão v is toso e s im e fe t ivo na lu ta , nesse momento nasce o bas tão do mend igo do su l , nome dado em honra a um monge que caminhava pe las a lde ias fazendo-se passar por mend igo cego e que mane java seu bas tão com grande hab i l idade . O est i lo do bêbado com o tempo fo i aper fe içoando , mas perd ia sua essênc ia por se r um es t i lo d i f í c i l de aprender e execu ta r . Todos es tamos aptos para es ta ta re fa , mesmo sendo necessár ia uma p reparação f í s ica , menta l e esp i r i tua l mu i to re f inada . Es te es t i lo se des taca pe la hab i l idade de enganar o in imigo u t i l i zando o desequ i l íb r io , g i ros , sa l tos, esqu ivas e acrobac ias, u t i l i zando a fo rça do oponen te con fund indo-o . As técn icas são u t i l i zadas com energ ia in te rna desde o Tan T ien , fo rça do abdome, quadr is e ombros , que se comb inam para lançar go lpes de punhos e pernas segu idos de ras te i ras . A f ina l idade do es t i lo é mante r o co rpo em bom estado no p lano f í s ico para t ransfo rmar e a rmazenar energ ia (Ch i Kung) que é usada em n íve is ma is avançados . À p rá t ica do es t i lo bêbado é um con jun to de técn icas a l tamente re f inadas, e por i sso é cons iderada como o l im i te máx imo do p lano f í s ico dos lu tadores . CHIN'NA CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA Chin ’Na ( “Ch in ” s ign i f i ca apresar , agar ra r , “Na” s ign i f i ca con t ro la r ) é uma técn ica Ch inesa mui to an t iga , desenvo lv ida Ch in ’Na é a ar te de lu ta r agar rando e con t ro lando o oponen te . Suas ra ízes vêm do T ien Hsueh (a taque aos pon tos v i ta is ) e Shua i Ch iao ( lu ta que cons is te em lançar o oponen te ) , que da tam de mi lha res de anos a t rás – mu i to an tes do moderno A ik ido de ho je e do J iu -J i t su www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 49 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ pr inc ipa lmente pe los monges Shao l in e aper fe içoada pos te r io rmente pe lo famoso guer re i ro Yeuh Fe i , que v isava p r inc ipa lmente o con t ro le e domín io do adversár io , sem ser necessár io matá - lo serem organ izados na soc iedade moderna. Ch in ’Na Shao l in é a mãe de todas as a r tes que agar ram. Desde que os monges de Shao l in se compromete ram com uma v ida de não-v io lênc ia as técn icas de Ch in ’Na e ram uma fo rma impor tan te de de fesas para e les .Permi t i r ia neut ra l i za r o a taque de um oponen te sem o go lpear ! Embora o Ch in ’Na tenha s ido usado de uma fo rma ou de out ra por mu i tos anos , os monges de Shao l in o t rans fo rmaram numa a r te ao invés de somente técn icas . O Ch in ’Na é uma técn ica a l tamente e fe t iva que é ens inada atua lmente as po l íc ias em todo o mundo . No in íc io de 1600 os func ionár ios do governo buscaram métodos ma is coerc ivos para sub jugar os c r iminosos sem os mata r . O Ch in ’ Na evo lu iu em um s is tema comp le to de captu ra r e de te r , que fo ram desenvo lv idos na d inas t ia Ch ’ ing (1644-1911 d.C. ) . Fo i quando o Ch in ’Na se to rnou par te do p rograma de t re ino bás ico para o exérc i to ch inês e po l ic ia da p rov ínc ia . O Shua i Ch iao é uma fo rma de lu ta r na qua l é comb inada a fo rça f í s ica com a técn ica para lançar os oponen tes de uma pos ição parada . O Ch in ’Na usa man ipu lação para lançar o oponen te . Ch in ’Na é usado para imob i l i za r qua lquer par te do co rpo de uma pos ição em pé ou de uma pos içãono chão . Ao cont rá r io da conv icção popu la r , o Ch in ’Na t raba lha no chão. Na rea l idade é me lhor no chão do que de pé porque não há como o oponen te se esqu iva r , uma vez que suas a r t i cu lações fo ram imob i l i zadas. O Ch in ’Na não tem fo rmas, só técn icas de apresamento bás icas e avançadas (Tsouh Guu – des locando os ossos) executadas com mu i tas va r iações . Acrescente a isso , técn icas de d iv id i r o múscu lo / tendão (Fen G in ) imped indo a resp i ração (B ih Ch i ) , imped indo ou b loqueando a ve ia /a r té r ia (Duann Mie ) , p ress ionar a a r té r ia , e p ress ionar as cav idades (T ien Hsueh) , e você tem um s is tema ext remamente e fe t ivo de con t ro la r seu oponen te . Na rea l idade , é um s is tema mu i to c ien t í f i co baseado nos mov imentos mecân icos . www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 50 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Em gera l , d iv id i r o múscu lo / tendão, des locar o osso e a lgumas técn icas de imped i r a resp i ração são re la t ivamente fáce is de aprender , e a teo r ia que os envo lve é fác i l de en tender . Já b loquear a ve ia /a r té r ia e cav idades são técn icas a l tamente avançadas que ex igem conhec imento deta lhado do loca l onde são ap l icadas . Es tas técn icas podem causar a mor te , ass im o ins t ru to r deve se r mu i to cu idadoso a quem passar es te conhec imento . DRAGÃO CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA O Dragão é um an ima l mís t ico com poderes inc r íve is sobre o céu e a te r ra . É conhec ido por suas fo rmas de a taques e defesas fechadas e pegadas mu i to per igosas e dest ru t ivas , como ataques ao joe lho , to rnoze lo , jun tas e co tove lo . Os mov imentos são longos , con t ínuos e coeren tes . A o r igem des te es t i lo en igmát ico é f requen temente ques t ionado , mu i tos es tud iosos d izem que o es t i lo teve o r igem nos anos 1750 – 1800 e fo i desenvo lv ido pe lo monge Bud is ta ta i landês – Yuk . Durante um fes t iva l chamado Yue Shen , pa ra qua l v inha lu tadores de Kung Fu de toda a Ch ina , Yuk conheceu Lan Y iu Kwa i que faz ia demonst rações nes te fest iva l . Yuk lhe d i i sse que o seu Kung Fu e ra bon i to mas não t inha uso pra t ico . A Mon ja Lan ao ouv i r i sso o rdenou que 11 es tudantes o a tacassem, mas os mesmos não fo ram capazes nem de tocar Yuk . Impress ionada e la p rópr ia o a taca e ordenou também que seus es tudan tes a tacassem novamente . Mas des ta vez Yuk der ruba todos os es tudan tes menos Lan . D ian te desta pura demonst ração de Kung Fu a mon ja Lan ca i ao pé de Yuk e pede que a ace i te como d isc ípu lo . Yuk ace i tou e começou a ens inar a Mon ja que se to rnou um dos “5 t ig res de Can tão” e Yuk f i cou conhec ido como um Mest re de Dragão . Es te es t i lo é conhec ido por de fesas e a taques fechados e “Mok K iu ” (en t re laçar os braços) . Possu i c inco fo rmas que most ram o poder do Dragão , que são conhec idas como: NGAN (o lhos) , SUN, (mente ) , SAU ( pa lma) , YIU (c in tu ra ) , MA (pos ição de cava lo ) . O p ra t ican te p rec isa dominar es tas c inco fo rmas que co r repondem ex te rnamente a Oração , A r , Fogo , Água e Ter ra e in te rnamente ín ic io , esp i r i to , resp i ração(Ch i ) , f luênc ia e es tab i l idade in te r io r . Quando o p ra t ican te domina estas c inco fo rmas assoc iadas ex te rna e in te rnamente e le está ap to a perceber o poder do Dragão . TREINAMENTO www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 51 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ O t re inamento des te es t i lo é comp lexo , po is u t i l i za d ive rsas t rans ições de pos ições . Em aprendendo os mov imentos , o es tudan te go lpeará duro em b loco , fazendo com que o seu co rpo f ique fo r ta lec ido . Es te es t i lo tende a desenvo lve r exaus t ivamente o Ch i (Energ ia In te rna) . GARÇA BRANCA CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA Garça Branca conhec ido por seus mov imentos áge is de chu tes , to rções e a taques per igosos . O s is tema Pa i Ho de Kung Fu (Garça Branca) fo i o r ig inado na D inas t ia Ming (1368-1644) , po r um lama T ibe tano , Ada to (Orddo to , A ta tuo jun , Ah Da t Ta , e tc . ) , nasc ido em 1.426 an tes de Cr is to no começo do re ino Hsun Chung na d inas t ia Ming. Ada to es tava med i tando pac i f i camente no out ro lado da montanha do T ibe te , e duran te sua med i tação e le , av is tou uma e legan te Garça Branca , aquecendo-se ao so l quando , sub i tamente , um macaco se lvagem apareceu da f lo res ta p róx ima e a tacou a Garça agar rando-a pe las asas . O pássaro es tava assus tado, mas este fug iu do a taque do macaco e v ingou-se usando seu longo b ico para b ica - lo . Segu iu -se uma ba ta lha v io lenta . O macaco que e ra norma lmente cons iderado a t ivo e ág i l não e ra par pa ra a Garça . Ada to observou a lu ta mu i to a tentamente . E le es tava fasc inado pe la esper teza ex ib ida pe los do is an ima is . A lu ta te rminou comp letamente por um tempo e o macaco es tava começando a demonst ra r s ina is de cansaço quando sub i tamente, como um ra io , o b ico da Garça go lpe ia um dos o lhos do macaco que p ro fe r iu um gr i to agudo de dor enquan to o sangue f lu ía do o lho dan i f i cado . O macaco começou a sa l ta r e fug iu para o abr igo na f lo res ta de onde hav ia sa ído . No in íc io da lu ta , Ada to apenas observou mas não pensou mu i to sobre e la . Porém, quando e le observou ma is a ten tamente , começou a no ta r que os do is an ima is usavam métodos d i fe ren tes de lu ta e que suas técn icas e ram s is temát icas e met icu losas . Os mov imentos da Garça Branca e ram par t icu la rmente evas ivos , anu lando cada mov imento de a taque do macaco , não impor tando a ve loc idade em que eram des fe r idos. Depo is de observar os mov imentos de lu ta dos do is an ima is , Ada to fo rmou www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 52 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ um s is tema de técn icas de punhos e pernas em sua mente . Como resu l tado de mu i ta exper imentação e p rá t ica, o Kung Fu Garça Branca começou a se fo rmar . Após te rminada a pesqu isa e ana l ise , fo ram cr iadas 8 (o i to ) técn icas fundamenta is dos mov imentos natu ra is da Garça Branca e ado tado a lguns jogos dos pés do macaco . Ada to incorporou as técn icas novas ao a rsena l marc ia l que e le hav ia aprend ido no temp lo e a is to deu o nome de “O rug i r do leão” , ma is ta rde o es t i lo fo i renomeado para Kung Fu Pa i Ho ou Pak Hok no d ia le to can tonês. O Kung Fu da Garça Branca é conhec ido como a a r te Imper ia l du rante a d inas t ia Ch ing (1644-1912) , po rque os guardas rea is t re ina ram o Kung Fu Garça Branca para p ro teger a famí l ia rea l . Também é cons iderado como um dos ma is e legan tes e bon i tos est i los do Kung Fu Ch inês. Com o passar dos sécu los, o Kung Fu Garça Branca teve mu i tos mest res famosos que o desenvo lve ram em vár ios s is temas d i fe ren tes : Lama Pa i , Hop Gar , o Rug ido de Leão , Pak Hok, S i J ih Hao , Garça Branca e Lama Kung Fu. Nos anos ent re 1 .850 e 1 .865 duran te a d inas t ia Ch ing, o g rande Monge Hs ing Lung Lo Jung, um dos p r ime i ros d isc ípu los de Adato , v ia jou para o su l da Ch ina com seus qua t ro d isc ípu los monges Ta Ch i , Ta We i , Ta Yuan e Ta Chueh . E les começaram a p ropagar as técn icas de mãos da es t re la caden te e es t i lo do nor te de Kung Fu segundo seu atua l t í tu lo de es t i lo “Pa i Ho” . O g rande Hs ing Lung e seus qua t ro d isc ípu los es tavam enc lausurados no moste i ro Ló tus , na montanha T ing Hu , do d is t r i to de Chao Ch ing, Kwang Tung . Fo i lá que o Monge Hs ing Lung ace i tou quat ro a lunos , os qua is não e ram monges, e passou para e les os segredos do Kung Fu Pa i Ho . Esses qua t ro d isc ípu los e ram Wong Yan Lam, Chan Yun , Chou Heung Yuen e Chu Ch i Y iu . Depo is um out ro , chamado Wong Lam Ho i , se juntou aos qua t ro . Wong Lam Ho i e ra i rmão de sangue de Wong Yan Lam e e ra de Nan Ha i d is t r i to de Kwang Tung . E les fo ram os c inco g rão-mest res que f i ca ram responsáve is pe la p ropagação do Kung Fu Pa i Ho no Su l da Ch ina , logo após sua c r iação . Os segu idores ac ima menc ionados como os c inco g rão-mest res , hav iam nomeado Ng Siu Chung como o p r inc ipa l expoente do es t i lo Pa i Ho . www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 53 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ Uma es ta tue ta do Buda fe i ta de ouro fo i dada juntamente por Wong Yan Lam e Chu Ch i Y iu à Ng S iu Chung . Es ta es ta tue ta fo i he rança do es t i lo Pa i Ho e somente o g rão-mest re do est i lo es tava incumb ido da responsab i l idade de guardá- la . Naque le tempo, Ng S iu Chung to rnou-se o guard ião ou t imone i ro do es t i lo Pa i Ho de Kung Fu . Os g rão-mest res Chan Yun e Chou Heung Yuen morre ram cedo . A ta re fa de p ropagação da a r te marc ia l Pa i Ho es tava p r inc ipa lmente sobre Wong Yan Lam e Chu Ch i Y iu . Chan Hak Fu (Chen Ke Fu) : Um dos mest res ma is famosos de Kung Fu Garça Branca , ap resen tou ao mundo sua o rgan ização : a Federação In te rnac iona l de Kung Fu Pak Hok (Wh i te Crane) na Aus t rá l ia em 1972 . E le abr iu suas esco las em Hong Kong , Macau , Aus t rá l ia e vá r ios loca is nos Estados Un idos , como Nova Io rque , Ca l i fó rn ia , San Franc isco e tc . O monge Ah Dat Ta, even tua lmente , ens inou o es t i lo a out ro monge do temp lo esse monge e ra o grande S ing Lung o qua l , ma is ta rde , amp l iou o s is tema c r iando as técn icas de mãos da es t re la caden te (Lau S ing Kuen) . Mu i tas técn icas den t ro da fo rma Fe i Hok Sau (mãos de garça voadora ) es tavam ext remamente avançadas para p r inc ip ian tes e ass im a d iv isão “punhos da es t re la caden te ” fo i c r iada para con te r as fo rmas ma is bás icas. E las são : Luk Lek Kuen (Forma das se is fo rças) , Chu i t Yap Bo Kuen (Forma avançar e recuar o passo) , T i t L in Kuen (Forma da cade ia de fe r ro ) , S iu Ng Y ing Kuen (Forma dos c inco pequenos an ima is ) , T in Gong Kuen (Forma da u rsa ma io r ) , Lo Han Kuen (Forma de Bodh isa t tva , San to Bud is ta ) , S iu Kam Kongo Kuen (Forma do pequeno d iamante ) , Ta i Kam Kongo Kuen , (Forma do ma io r d iamante ) , Ta i Ng Y ing Kuen (Forma dos c inco g randes an ima is ) , Kun Na Sau Kuen (Forma de agar ramento com as mãos) , Tsu i Ba Hs ien Kuen (Forma dos o i to imor ta is bêbedos) , Tsu i Lo Han Kuen (Forma de Bodh isa t tva bêbedo) , Lo Han Chu t Dong Kuen (Forma Bodh isa t tva encer ra a caverna) , Kua i J ih Kuen (Forma do Bando le i ro ) , Lo Han Y i Sap Se i Jang Kuen (Forma de v in te e quat ro co tove los de Bodh isat tva ) e Tsu i Kam Kongo Kuen (Forma de d iamante bêbedo) . Os mov imentos das fo rmas ac ima são p r inc ipa lmente c i rcu la res e mu i to compactos . Porém, essas são , po r tan to , as p r inc ipa is fo rmas do es t i lo . As técn icas ma is avançadas são as fo rmas: • Mui Fa Kuen (Forma da f lo r de ame ixa) , a execução dessa fo rma s imbo l iza a f lo r de ame ixa abr indo suas pé ta las , most rando sua www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 54 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ be leza (conhec imento ) e per fume (Ch i ) , e incorpora a essênc ia dos mov imentos da garça comb inados com o Kung Fu c láss ico. • Fe i Hok Sau (Mão de garça voadora ) , essa fo rma fo i ded icada a todo o n íve l fundamenta l das técn icas de lu ta do s is tema Pa i Ho e es tava composta de ambos os go lpes de punhos e técn icas de mãos aber tas . • Nei Lah Sau, essa fo rma fo i ded icada às técn icas de lu ta avançadas e es tava composta de agar ramento e técn icas de to rções . Com espec ia l i zação em combate nos pon tos v i ta is do oponen te . • Dou Lo Sau , essa fo rma é fundamenta l no Kung Fu Pa i Ho e es tá inc lusa na fo rma in t i tu lada “Agu lha envo lv ida no a lgodão” . • Min Lo i Jam Kuen (Forma agu lha envo lv ida no a lgodão) , essa fo rma é um pouco do Kung Fu es tá t ico que enfa t iza a função da mente . A mente con t ro la os mov imentos do co rpo e membros . De modo que a fo rma “agu lha envo lv ida em a lgodão” pode ser cons iderada, de ce r ta fo rma, Kung Fu in te rno o qua l é o pon to de par t ida para os ma is a l tos es tág ios de t raba lho in te rno chamado “ t raba lho in te rno Pa i Ho” . Aque le que é bastante p reparado para p ra t ica r es tes t raba lhos in te rnos se rá capaz de usar sua mente para con t ro la r não só a resp i ração mas também a c i rcu lação sanguínea e o metabo l ismo do co rpo , execu tando , dessa fo rma, em per fe i ta harmon ia com o un ive rso . A lém das fo rmas menc ionadas ac ima são rea l izados mov imentos como técn icas comp lementa res das fo rmas do macaco (Hou Chuen) , do t ig re (Fu J iao ) , do leopardo (Pao Ch ’uan) , do d ragão (Long Chuen) e da se rpen te (She Chuen) . O est i lo Pa i Ho (garça b ranca) também u t i l i za a rmas em suas fo rmas. No to ta l são ma is de 10 (dez) as p r inc ipa is a rmas ens inadas no es t i lo Pa i Ho . São e las : • Bastão norma l (Shang Kuan Shu) , www.centrofilosoficodokungfu.com.br contato@centrofilosoficodokungfu.com.br - 55 mailto:contato@centrofilosoficodokungfu.com.br http://Www.centrofilosoficodokungfu.com.br/ • Nunchaku de duas par tes (Lan T ih Kuan) , • Facão de gume s imp les (Tan Tao Kuen) , • Faca de borbo le ta (Wu T ip Tao) , • Lança de uma ponta ou uma cabeça (Tan Tou Ch ’ iang) , • Gancho o re lha ou cabeça de t ig re (Hu Tou Kou) , • Facão em fo rma de me ia - lua ou facão de Kwan Kun (Kuan Tao) , • Nunchaku de t rês par tes (San T ih Kuan) , • Punha l
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