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Delegado de Polícia - GO (DP-1/2013)
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DPC/GO
Texto CB1A1AAA
A diferença básica entre as polícias civil e militar é a essência de suas ativi-
dades, pois assim desenhou o constituinte original: a Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988 (CF), em seu art. 144, atribui à polícia federal e às 
polícias civis dos estados as funções de polícia judiciária — de natureza essencial-
mente investigatória, com vistas à colheita de provas e, assim, à viabilização do 
transcorrer da ação penal — e a apuração de infrações penais. Enquanto a polícia 
civil descobre, apura, colhe provas de crimes, propiciando a existência do proces-
so criminal e a eventual condenação do delinquente, a polícia militar, fardada, faz 
o patrulhamento ostensivo, isto é, visível, claro e perceptível pelas ruas. Atua de 
modo preventivo-repressivo, mas não é seu mister a investigação de crimes. Da 
mesma forma, não cabe ao delegado de polícia de carreira e a seus agentes sair 
pelas ruas ostensivamente em patrulhamento. A própria comunidade identifica na 
farda a polícia repressiva; quando ocorre um crime, em regra, esta é a primeira a 
ser chamada. Depois, havendo prisão em flagrante, por exemplo, atinge-se a fase 
de persecução penal, e ocorre o ingresso da polícia civil, cuja identificação não se 
dá necessariamente pelos trajes usados.
Guilherme de Souza Nucci. Direitos humanos versus segurança pública. Rio de Janeiro: Forense, 
2016, p. 43 (com adaptações)
1. Infere-se das informações do texto CB1A1AAA que
a) o uso de fardamento pela polícia militar é o que a diferencia da polícia civil, que 
prescinde dos trajes corporativos.
b) a essência da atividade do delegado de polícia civil reside no controle, na pre-
venção e na repressão de infrações penais.
Delegado de Polícia - GO (DP-1/2013)
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c) ao delegado de polícia cabem a condução da investigação criminal e a apuração 
de infrações penais.
d) a tarefa precípua dos delegados de polícia civil e de seus agentes é o patrulha-
mento ostensivo nas ruas.
e) a função de polícia judiciária concretiza-se no policiamento ostensivo, preventi-
vo e repressivo.
2. O texto CB1A1AAA é predominantemente
a) injuntivo.
b) narrativo.
c) dissertativo.
d) exortativo.
e) descritivo.
Texto CB1A1BBB
A principal finalidade da investigação criminal, materializada no inquérito poli-
cial (IP), é a de reunir elementos mínimos de materialidade e autoria delitiva antes 
de se instaurar o processo criminal, de modo a evitarem-se, assim, ações infun-
dadas, as quais certamente implicam grande transtorno para quem se vê acusado 
por um crime que não cometeu. Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento 
absolutamente inquisitorial e discricionário de outrora. A participação das partes, 
pessoalmente ou por seus advogados ou defensores públicos, vem ganhando es-
paço a cada dia, com o objetivo de garantir que o IP seja um instrumento impar-
cial de investigação em busca da verdade dos fatos. Acrescente-se que o estigma 
provocado por uma ação penal pode perdurar por toda a vida e, por isso, para ser 
promovida, a acusação deve conter fundamentos fáticos e jurídicos suficientes, o 
que, em regra, se consegue por meio do IP.
Carlos Alberto Marchi de Queiroz (Coord.). Manual de polícia judiciária: doutrina, modelos, legis-
lação. 6.ª ed. São Paulo: Delegacia Geral de Polícia, 2010 (com adaptações).
Delegado de Polícia - GO (DP-1/2013)
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3. Nas orações em que ocorrem no texto CB1A1BBB, os elementos “assim” (R.4) e 
“por isso” (R.15) expressam, respectivamente, as ideias de
a) consequência e consequência. 
b) finalidade e proporcionalidade. 
c) causa e consequência. 
d) conclusão e conclusão. 
e) restrição e conformidade.
4. No texto CB1A1BBB, uma ação que se desenvolve gradualmente é introduzida 
pela
a) forma verbal “implicam” (R.5). 
b) locução “vem ganhando” (R.11). 
c) forma verbal “garantir” (R.12). 
d) locução “pode perdurar” (R.15). 
e) forma verbal “reunir” (R.2).
Texto CB1A2AAA 
O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de re-
des sociais para designar fotos íntimas que retratam a pessoa sem roupa. O envio 
e a troca de nudes são facilitados em aplicativos de celular, o que torna essa prática 
popular entre seus usuários, incluindo-se menores de idade, e facilita o comparti-
lhamento das fotos. Havendo vazamento de fotos íntimas, há violação do direito de 
imagem da pessoa prejudicada, que, por isso, terá amparo do Estado. A pena para 
o acusado de vazar as fotos ainda pode ser considerada branda, sendo um pouco 
mais severa quando se trata de um crime contra a infância. “Quando se trata de 
crianças e adolescentes, há um agravante, pois, no art. 241 do Estatuto da Criança 
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e do Adolescente, é qualificada como crime grave a divulgação de fotos, gravações 
ou imagens de crianças ou adolescentes, sendo prevista a pena de três a seis anos 
de prisão, além de pagamento de multa, para os que cometem esse crime”, diz a 
advogada presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AC. Para combater 
o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros, são necessárias ações preven-
tivas, afirma a advogada. Jovens e adolescentes devem ser educados, de forma 
que tenham dimensão do problema que a divulgação desse tipo de imagem pode 
acarretar.
Internet: <https://jornaldosdez.wordpress.com> (com adaptações).
5. Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma proposta de reescrita para 
o primeiro período do texto CB1A2AAA. Assinale a opção que apresenta proposta 
que mantém o sentido original e a correção gramatical do texto.
a) O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de 
redes sociais para designar fotos íntimas em que se retrata a pessoa sem roupa. 
b) O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de re-
des sociais para designar fotos íntimas a qual retrata a pessoa sem roupa. 
c) O termo nude vem do inglês e têm sido utilizado na Internet por usuários de 
redes sociais para designar fotos íntimas onde retratam a pessoa sem roupa. 
d) O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de re-
des sociais destinadas a designar fotos íntimas cuja imagem retrata a pessoa sem 
roupa. 
e) O termo nude é proveniente do inglês e foi utilizado na Internet por usuários de 
redes sociais para designar fotos íntimas que aparece a pessoa sem roupa.
6. A correção gramatical e o sentido original do texto CB1A2AAA seriam preserva-
dos, se, no trecho ‘Quando se trata de crianças e adolescentes, há um agravante, 
pois, no art. 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, é qualificada como crime 
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grave a divulgação de fotos, gravações ou imagens de crianças ou adolescentes’ 
(R. 11 a 15),
a) fosse inserida uma vírgula imediatamente após a expressão ‘crime grave’. 
b) a vírgula imediatamente após a expressão ‘crianças e adolescentes’ fosse elimi-
nada. 
c) o trecho ‘Quando se trata (...) pois, no art. 241’ fosse reescrito da seguinte forma: 
Há um agravante, quando se trata de crianças e adolescentes, pois, no artigo 241. 
d) a vírgula imediatamente após o vocábulo ‘pois’ fosse eliminada. 
e) o trecho ‘Quando se trata (...) pois, no art. 241’ fosse reescrito da seguinte 
forma: Há um agravante quando se trata de crianças e adolescentes. Pois, no art. 
241.
7. No texto CB1A2AAA, a oração “Para combater o compartilhamento de fotos ínti-
mas por terceiros” (R. 19 e 20) expressa ideiade
a) finalidade. 
b) explicação. 
c) consequência. 
d) conformidade. 
e) causa.
8. Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto CB1A2AAA, a 
forma verbal “afirma” (R.20) poderia ser substituída por
a) prescreve. 
b) propõe. 
c) destaca. 
d) participa. 
e) assevera.
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9. Tendo em vista que a história econômica goiana e a formação do atual estado de 
Goiás são marcadas pela interdependência entre a atividade mineradora, a pecuá-
ria extensiva e a agricultura de subsistência, assinale a opção correta.
a) O despovoamento do território goiano constituiu obstáculo para a realização das 
obras da rodovia Belém-Brasília, cuja concepção impulsionou o povoamento dos 
municípios desse território. 
b) O investimento estatal em infraestrutura para a construção de Goiânia e Brasília 
impulsionou a economia da região Centro-Oeste, marcadamente o agronegócio, 
fato que se refletiu no baixo índice de urbanização, inferior à média nacional. 
c) O ouro de aluvião se exauriu dos rios goianos ainda no século XVIII; o reaque-
cimento da atividade mineradora se deu no período imperial, com o uso de novas 
técnicas de mineração. 
d) No século XIX, a economia de Goiás esteve integrada à nacional por meio dos 
rios da região Norte e das estradas que conectavam o estado ao Triângulo Mineiro, 
o que estimulou a produção de grandes excedentes de grãos. 
e) A ocupação planejada e estratégica do território goiano foi uma das prioridades 
da política de integração nacional (Marcha para Oeste) promovida nas décadas de 
30 e 40 do século XX pelo governo Vargas, durante o qual Goiânia foi construída.
10. Nas últimas décadas, Goiás sofreu mudanças significativas em seu processo de 
urbanização, muitas delas influenciadas pela modernização da produção agrícola 
do estado. Com referência a essas mudanças e aos seus impactos tanto na urbani-
zação de Goiás quanto na modernização do agronegócio goiano, assinale a opção 
correta.
a) A modernização e a ocupação territorial de Goiás têm sido influenciadas por 
ações estatais fundamentadas em planejamentos estratégicos, o que permite a 
distribuição dos recursos por todo o estado, promovendo o desenvolvimento eco-
nômico equilibrado das diferentes regiões goianas. 
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b) A ação da iniciativa privada na promoção da modernização da produção agríco-
la aproximou a produção agropecuária da indústria e estimulou o investimento de 
empresas privadas em infraestrutura. 
c) A pujança da produção agropecuária aqueceu o mercado de trabalho de ativi-
dades pouco especializadas no campo, gerando oportunidades de emprego direto a 
imigrantes de diferentes regiões. 
d) A modernização agrícola concentrou a posse de terra e estimulou a imigração 
nos sentidos urbano-urbano e rural-urbano, tornando as cidades médias respon-
sáveis por suprir as unidades produtivas com equipamentos tecnológicos e mão de 
obra especializada. 
e) Criado e implementado durante o regime militar, o Programa de Desenvolvi-
mento dos Cerrados (POLOCENTRO) privilegiou pequenos produtores ao permitir 
o emprego de novas técnicas e insumos, o que resultou na mudança de escala de 
produção das unidades tradicionais, orientadas ao abastecimento do mercado re-
gional. 
11. Concebidos sob o ponto de vista de mesorregiões e microrregiões, os atuais 
critérios da nova divisão regional do Brasil (proposta pelo IBGE em 1990), no que 
se refere ao estado de Goiás, são bem diferentes dos anteriores e enfatizam a op-
ção por regiões homogêneas e funcionais. Eles têm importância significativa para o 
planejamento da administração pública estadual, porque propiciaram a reunião de 
dados censitários seguindo os limites municipais.
Tadeu Pereira Alencar Arrais. Goiás: novas regiões, ou novas formas de olhar velhas regiões. In: 
M. G. Almeida (Org.). Abordagens geográficas de Goiás: o natural e o social na contemporanei-
dade. Goiânia: UFG, 2002 (com adaptações).
Tendo o texto anterior como referência inicial, assinale a opção correta acerca das 
transformações da população goiana nas últimas décadas e da divisão do estado 
no atual modelo do IBGE.
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a) A microrregião sudoeste, que é uma das menos povoadas do estado, dedica-se 
à produção de grãos para o mercado regional e à pecuária extensiva. Os grandes 
incentivos governamentais aplicados nessa região tiveram resultados modestos. 
b) As mesorregiões centro e leste acomodam mais de 60% da população do estado, 
distribuída pelo eixo urbano Goiânia/Anápolis/Brasília. Os municípios adjacentes a 
esse eixo apresentam taxas de crescimento superiores às dos municípios polos. 
c) O último censo mostra o fortalecimento de duas tendências: o envelhecimento 
da população e a predominância das mulheres em todas as mesorregiões do esta-
do. 
d) A abertura de novas fronteiras agrícolas e a consequente demanda de mão de 
obra no campo alterou o crescimento das mesorregiões leste e centro, transferindo 
o crescimento populacional para as mesorregiões norte e noroeste do estado. 
e) As altas taxas de natalidade explicam o crescimento populacional de Goiás, uma 
vez que o estado apresentou saldo migratório negativo no início do presente século.
12. Tendo em vista que, na década de 80 do século XX, grandes conglomerados in-
dustriais se estabeleceram em Goiás, consolidando um longo processo de industria-
lização, fruto de investimentos em infraestrutura, incentivos fiscais e abertura de 
linhas de crédito, assinale a opção correta acerca da industrialização desse estado.
a) O PRODUZIR tem investido especialmente nas mesorregiões norte e nordeste, 
buscando potencializar os benefícios trazidos pela construção da rodovia Belém-
-Brasília para essas regiões, o que revela a tendência de melhoria da distribuição 
da indústria no território goiano. 
b) O LOGPRODUZIR foi o único subprograma do PRODUZIR a não apresentar resul-
tados positivos. O isolamento do estado e a precária rede de transportes e comuni-
cação apresentaram-se como os principais obstáculos para o referido subprograma. 
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c) A escolha da cidade de Anápolis para sediar o primeiro dos distritos industriais 
planejados pela Companhia de Distritos Industriais do Estado de Goiás, o Distrito 
Agroindustrial de Anápolis (DAIA), foi influenciada por sua conexão com as demais 
regiões do país por sólido sistema rodoferroviário. 
d) Os estímulos dos governos estaduais voltaram-se para o desenvolvimento da 
agroindústria, por meio, por exemplo, do amplo investimento em rodovias muni-
cipais para escoamento da produção; por isso, atualmente, o parque industrial de 
Goiás é pouco diversificado. 
e) A despeito dos bons resultados dos programas estaduais de estímulo à indus-
trialização (FOMENTAR e PRODUZIR), os índices de industrialização do estado não 
apresentaram alterações significativas.
13. Aspectos físicos bem definidos quanto a vegetação, hidrografia, clima e relevo 
conferem certa singularidade ao território de Goiás, o mais central dos estados bra-
sileiros. A incorporação dessa região à história do Brasil deu-se, essencialmente, a 
partir do século XVIII, quando a busca de riquezas minerais impulsionou a ação dos 
bandeirantes. Relativamente a esses aspectos geográficos e históricos de Goiás, 
assinale a opção correta.
a) A comunidade Kalunga, palavra que significa lugar sagrado, é remanescente dos 
primitivos habitantes do território goiano, os Goyá, e ocupa extensa área de cerra-
dono sudoeste do estado. 
b) O clima goiano é preponderantemente subtropical, com duas estações sutilmen-
te diferenciadas: o verão seco e o inverno úmido, com temperaturas médias anuais 
em torno de 30 ºC. 
c) Encontram-se em Goiás as nascentes de rios formadores das três mais impor-
tantes bacias hidrográficas do Brasil: a Amazônica, a do São Francisco e a do Pa-
raná. 
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d) Uma singularidade caracteriza o lago artificial da Usina de Serra da Mesa, lo-
calizado na porção meridional do território goiano: apesar de sua dimensão, ele é 
formado por um conjunto de pequenos tributários, sem o concurso dos grandes rios 
do estado. 
e) A composição inicial da população goiana se deu pelo contato amistoso entre 
os primitivos habitantes da região — os índios — e os bandeirantes vindos de São 
Paulo: a ausência de europeus e a inexistência da escravidão africana na região 
marcaram o processo de colonização de Goiás. 
14. Tendo em vista que a independência do Brasil, proclamada em 1822, foi um 
ato político fundamentalmente conduzido pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de 
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que, pelo país afora, a partir de então, mu-
danças ocorreram na esfera político-administrativa e, ainda que pouco profundas, 
na esfera socioeconômica, assinale a opção correta no que concerne a aspectos 
significativos da história política de Goiás. 
a) Um movimento nacionalista explodiu em Goiás quando da abdicação de D. Pe-
dro I, em 1831: liderado por um bispo, um padre e um coronel, esse movimento 
conseguiu depor os governantes portugueses da região. 
b) Não foram formados em Goiás partidos políticos nos moldes do Liberal e do 
Conservador, que se revezavam no controle do poder nacional, fato que demonstra 
o isolamento desse estado em relação ao núcleo de poder imperial. 
c) À época da independência do Brasil, o fato de a pecuária ainda não ter sido in-
troduzida em Goiás, somado às lutas regionais separatistas, justifica a inexistência 
de correntes migratórias oriundas de outras partes do território brasileiro, o que 
inibiu o aumento da população goiana. 
d) Com a independência do Brasil, Goiás foi uma das poucas capitanias que não 
se transformaram em províncias, tendo ficado subordinada administrativamente à 
província de São Paulo. 
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e) A partir da independência, a economia de subsistência goiana foi impulsionada 
devido à redução da tributação devida ao Estado imperial, o que gerou um período 
de crescente prosperidade em Goiás.
15. Muito do que o Brasil e Goiás são, na atualidade, resulta de um longo, com-
plexo e, não raro, tortuoso processo histórico que decorre, em larga medida, das 
transformações trazidas pela Revolução de 1930. Em relação a esse processo, im-
pulsionado pelo ideal de modernização, assinale a opção correta.
a) Bulhões, Fleury e Jardim Caiado são sobrenomes importantes da história goia-
na, identificados com a tentativa frustrada de estabelecer um domínio oligárquico 
no estado na Primeira República (até 1930).
b) Pedro Ludovico Teixeira inscreveu seu nome na história de Goiás ao ser alçado 
ao poder estadual após a Revolução de 1930. Aliado do ditador Vargas, ele forta-
leceu o grupo político que liderava e impulsionou, posteriormente, personalidades 
centrais da política goiana, como Mauro Borges. 
c) A partir da década de 40 do século XX, Goiás cresceu e se urbanizou; todavia, 
a ênfase dada à industrialização prejudicou seriamente o agronegócio goiano, que 
passou a desempenhar papel secundário no conjunto da economia estadual, como 
se constata na atualidade. 
d) A divisão territorial que criou o estado do Tocantins, aprovada pela Assembleia 
Constituinte que elaborou a Constituição ora vigente, gerou forte reação entre os 
políticos goianos, tendo recebido a oposição de intelectuais, da sociedade em geral 
e, por fim, do próprio governo de Goiás. 
e) Embora sua pedra fundamental tenha sido lançada em 1933, a cidade de Goiâ-
nia foi alçada à condição de capital provisória do estado após a instituição do Esta-
do Novo, e, de maneira definitiva, no segundo governo de Getúlio Vargas.
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16. Com relação ao objeto, às funções, às características e aos métodos da crimi-
nologia, assinale a opção correta.
a) A criminologia caracteriza-se por ser uma ciência normativa e unidisciplinar. 
b) O direito penal estabelece condutas vedadas, sob a cominação abstrata de uma 
pena; a criminologia, por sua vez, busca observar cada conduta de infração da lei 
penal como fenômeno humano, biopsicossocial. 
c) A criminologia é disciplina que alimenta o direito penal, mas dele não depende. 
d) Para que a vítima seja considerada como tal pela criminologia, é necessário que 
ela não tenha qualquer tipo de responsabilidade em relação ao crime. 
e) Os objetos da criminologia incluem: o delinquente, a vítima, o Poder Judiciário 
e o controle social.
17. A respeito do conceito e das funções da criminologia, assinale a opção correta.
a) A criminologia tem como objetivo estudar os delinquentes, a fim de estabelecer 
os melhores passos para sua ressocialização. A política criminal, ao contrário, tem 
funções mais relacionadas à prevenção do crime.
b) A finalidade da criminologia em face do direito penal é de promover a eliminação 
do crime. 
c) A determinação da etimologia do crime é uma das finalidades da criminologia. 
d) A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as 
concausas da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade. 
e) A criminologia é orientada pela política criminal na prevenção especial e direta 
dos crimes socialmente relevantes, mediante intervenção nas manifestações e nos 
efeitos graves desses crimes para determinados indivíduos e famílias.
18. Considerando que, para a criminologia, o delito é um grave problema social, 
que deve ser enfrentado por meio de medidas preventivas, assinale a opção correta 
acerca da prevenção do delito sob o aspecto criminológico.
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a) A transferência da administração das escolas públicas para organizações sociais 
sem fins lucrativos, com a finalidade de melhorar o ensino público do Estado, é uma 
das formas de prevenção terciária do delito. 
b) O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das atividades delitivas, 
uma vez que o trabalho, como prevenção secundária do crime, é um elemento dis-
suasório, que opera no processo motivacional do infrator. 
c) A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate à criminalidade, 
uma vez que opera, etiologicamente, sobre pessoas determinadas por meio de me-
didas dissuasórias e a curto prazo, dispensando prestações sociais. 
d) Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e supervisionar as 
atividades policiais de investigação de determinado estado, devido ao grande nú-
mero de homicídios não solucionados na capital do referido estado, essa iniciativa 
consistirá diretamente na prevenção terciária do delito. 
e) A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de ações reabilitadoras e 
dissuasórias atuantes sobre o apenado encarcerado, na tentativa de se evitar a 
reincidência.
19. Em busca do melhor sistema de enfrentamento à criminalidade, a criminologia 
estuda os diversos modelos de reação ao delito. A respeito desses modelos, assi-
nale a opção correta.
a) De acordo com o modelo clássico de reação ao crime, os envolvidos devem re-
solver o conflito entre si, ainda que hajanecessidade de inobservância das regras 
técnicas estatais de resolução da criminalidade, flexibilizando-se leis para se chegar 
ao consenso. 
b) Conforme o modelo ressocializador de reação ao delito, a existência de leis que 
recrudescem o sistema penal faz que se previna a reincidência, uma vez que o in-
frator racional irá sopesar o castigo com o eventual proveito obtido. 
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c) Para a criminologia, as medidas despenalizadoras, com o viés reparador à víti-
ma, condizem com o modelo integrador de reação ao delito, de modo a inserir os 
interessados como protagonistas na solução do conflito. 
d) A fim de facilitar o retorno do infrator à sociedade, por meio de instrumentos 
de reabilitação aptos a retirar o caráter aflitivo da pena, o modelo dissuasório de 
reação ao crime propõe uma inserção positiva do apenado no seio social. 
e) O modelo integrador de reação ao delito visa prevenir a criminalidade, conferin-
do especial relevância ao ius puniendi estatal, ao justo, rápido e necessário castigo 
ao criminoso, como forma de intimidação e prevenção do crime na sociedade.
20. No que se refere às perícias e aos laudos médicos em medicina legal, assinale 
a opção correta.
a) As perícias podem consistir em exames da vítima, do indiciado, de testemunhas 
ou de jurado. 
b) A perícia em antropologia forense permite estabelecer a identidade de crimino-
sos e de vítimas, por meio de exames de DNA, sem, no entanto, determinar a data 
e a circunstância da morte. 
c) A opção pela perícia antropológica deve ser conduta de rotina nos casos em que 
a família da vítima manifestar suspeita de morte por envenenamento. 
d) As perícias médico-legais são restritas aos processos penais e civis. E Laudo 
médico-legal consiste em narração ditada a um escrivão durante o exame. 
21. De acordo com Ottolenghi, um indivíduo de pele branca ou trigueira, com íris 
azuis ou castanhas, cabelos lisos ou crespos, louros ou castanhos, com perfil de 
face ortognata ou ligeiramente prognata e contorno anterior da cabeça ovoide é 
classificado como
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a) indiano.
b) australoide. 
c) caucásico. 
d) negroide. 
e) mongólico.
22. Um cadáver jovem, do sexo masculino, encontrado por moradores de uma 
região ribeirinha, estava nas seguintes condições: vestido com calção de banho; 
corpo apresentando dois orifícios, o primeiro deles medindo cerca de 1 cm, ligeira-
mente elíptico, na parte posterior do tórax, na altura da região escapular direita; o 
segundo, de mesmo tamanho que o primeiro, circular, no pescoço, logo abaixo da 
nuca. O primeiro orifício apresentava orla de enxugo, orla de escoriação e orla de 
contusão; em torno do segundo orifício, foram observadas zonas de esfumaçamen-
to e de tatuagem.
Nessa situação hipotética, as lesões descritas
a) foram causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a longa dis-
tância e a curta distância, respectivamente. 
b) decorreram de ação cortocontundente produzida a curta distância. 
c) foram causadas por instrumentos perfurocortantes, e o instrumento que produ-
ziu o segundo orifício foi usado a curta distância. 
d) foram, ambas, causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a 
curta distância. E são compatíveis com a ação de projéteis de alta energia dispara-
dos a longa distância.
23. Em relação às asfixias, assinale a opção correta.
a) A projeção da língua e a exoftalmia são achados suficientes para concluir que 
houve morte não natural. 
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b) As equimoses das conjuntivas somente são encontradas nos casos de afoga-
mento. 
c) Nas asfixias, as ocorrências de manchas de hipóstase são raras. 
d) Na sufocação por compressão do tórax, observam-se pulmões congestos e com 
hemorragias. 
e) O cogumelo de espuma é uma característica exclusiva do afogamento.
24. Com relação ao desenvolvimento mental incompleto ou retardado, assinale a 
opção correta.
a) A primeira manifestação do retardo mental é detectada na pré-escola e a crian-
ça apresenta dificuldades durante a alfabetização. 
b) Os portadores de debilidade mental apresentam personalidade definida e per-
cepção ética. 
c) O quociente intelectual abaixo de sessenta determina a incapacidade civil. 
d) Indivíduos portadores de debilidade mental são imputáveis perante a lei. 
e) Indivíduos portadores de imbecilidade ou retardo mental profundo são incapa-
zes de se defenderem e cuidarem de si mesmos.
25. Em relação aos aspectos médico-legais dos crimes contra a liberdade sexual, 
assinale a opção correta.
a) A presença de escoriação em cotovelo e de esperma na cavidade vaginal são 
suficientes para caracterizar o estupro. 
b) Equimoses da margem do ânus, hemorragias por esgarçamento das paredes 
anorretais e edemas das regiões circunvizinhas são características de coito anal 
violento. 
c) Em crianças com mudanças de comportamento, a presença de eritemas confir-
ma o diagnóstico de abuso sexual. 
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d) A vasectomia feita no indivíduo antes de ele cometer um crime de estupro im-
pede a obtenção de dados objetivos desse crime. 
e) A integridade do hímen invalida o diagnóstico de conjunção carnal.
26. Conforme expressamente previsto na Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de 
Goiás, compete ao delegado titular
a) promover estudos e pesquisas com vistas a fornecer à administração contínuos 
dados indicadores das necessidades futuras de recursos de pessoal, logísticos e 
financeiros. 
b) articular-se com as unidades de investigação, visando à difusão, à troca de in-
formações e ao auxílio operacional na prevenção e repressão de infrações penais. 
c) supervisionar e coordenar as atividades de polícia judiciária e de investigações, 
assim como acompanhar trabalhos administrativos de interesse da atividade de 
investigação. 
d) apresentar, mensal e anualmente, relatório de atividades, bem como dados es-
tatísticos dos trabalhos realizados pelas unidades a ele subordinadas e encaminhá-
-los para os devidos fins. 
e) distribuir as atividades, conforme as atribuições relativas a cada cargo policial 
civil, entre os servidores policiais sob sua direção, de acordo com o perfil desses 
servidores.
27. A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás prevê, entre as atribuições do 
titular de cargo de delegado de polícia,
a) instaurar e presidir, em caráter subsidiário, inquérito policial, termo circuns-
tanciado de ocorrência e outros procedimentos policiais legais para a apuração de 
infração penal ou ato infracional. 
b) exercer atividades de formalização de procedimentos relacionados com investiga-
ções criminais e operações policiais, bem como a execução de serviços cartorários. 
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c) participar e colaborar no planejamento e na execução de investigações criminais 
e na produção de conhecimentos e informações relevantes à investigação criminal. 
d) exercer atividades de identificação humana, por meio da realização de exame 
papiloscópico e representação facial humana, bem como de identificação humana 
civil e criminal. 
e) fazer realizar diligências requisitadas pelo Ministério Público, bem como coorde-
nar, supervisionar e fiscalizar atividades logísticas e finalísticas da unidade sob sua 
direção.
28. A Lei Estadual de Goiás n.º 16.901/2010 prevê expressamente como princípio 
institucional da Polícia Civil a
a) delegabilidade das atribuições funcionais. 
b) indivisibilidade da investigaçãopolicial. 
c) proteção dos direitos e garantias fundamentais e interação comunitária. 
d) atuação técnico-científica e imparcial no exercício da perícia oficial. 
e) eficiência na prevenção e na repressão das infrações penais.
29. Considere que os motivos determinantes da aposentadoria de determinado 
funcionário aposentado por invalidez tenham sido considerados insubsistentes e, 
como havia vaga, ele tenha retornado à atividade. Conforme a Lei Estadual n.º 
10.460/1988, essa situação configura hipótese de 
a) readmissão. 
b) recondução. 
c) reversão. 
d) aproveitamento. 
e) reintegração.
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30. Álvaro e Samuel assaltaram um banco utilizando arma de fogo. Sem ter ferido 
ninguém, Álvaro conseguiu fugir. Samuel, nervoso por ter ficado para trás, atirou 
para cima e acabou atingindo uma cliente, que faleceu. Dias depois, enquanto ca-
minhava sozinho pela rua, Álvaro encontrou um dos funcionários do banco e, tendo 
sido por ele reconhecido como um dos assaltantes, matou-o e escondeu seu corpo.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Álvaro cometeu os crimes de roubo qualificado e homicídio simples. 
b) Samuel cometeu os crimes de roubo simples e homicídio culposo. 
c) Álvaro cometeu os crimes de roubo e homicídio qualificados. 
d) Álvaro cometeu o crime de homicídio qualificado e será responsabilizado pelo 
resultado morte ocorrido durante o roubo. 
e) Álvaro e Samuel cometeram o crime de roubo qualificado pelo resultado morte.
31. A respeito de crimes hediondos, assinale a opção correta.
a) Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes hediondos, 
também são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto. 
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado. 
c) Considera-se hediondo o homicídio praticado em ação típica de grupo de exter-
mínio ou em ação de milícia privada. 
d) O crime de roubo qualificado é tratado pela lei como hediondo. 
e) Aquele que tiver cometido o crime de favorecimento da prostituição ou outra 
forma de exploração sexual no período entre 2011 e 2015 não responderá pela 
prática de crime hediondo.
32. Uma jovem de vinte e um anos de idade, moradora da região Sudeste, incon-
formada com o resultado das eleições presidenciais de 2014, proferiu, em redes 
sociais na Internet, diversas ofensas contra nordestinos. Alertada de que estava 
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cometendo um crime, a jovem apagou as mensagens e desculpou-se, tendo afir-
mado estar arrependida. Suas mensagens, porém, têm sido veiculadas por um sítio 
eletrônico que promove discurso de ódio contra nordestinos.
No que se refere à situação hipotética precedente, assinale a opção correta, com 
base no disposto na Lei n.º 7.716/1989, que define os crimes resultantes de pre-
conceito de raça e cor.
a) Independentemente de autorização judicial, a autoridade policial poderá deter-
minar a interdição das mensagens ou do sítio eletrônico que as veicula. 
b) Configura-se o concurso de pessoas nessa situação, visto que o material produ-
zido pela jovem foi utilizado por outra pessoa no sítio eletrônico mencionado. 
c) O crime praticado pela jovem não se confunde com o de injúria racial. 
d) Como se arrependeu e apagou as mensagens, a jovem não responderá por 
nenhum crime. E A conduta da jovem não configura crime tipificado na Lei n.º 
7.716/1989
33. Desde os quinze anos de idade, Mariana, adolescente, vive maritalmente com 
Alfredo, um médico respeitado de quarenta anos de idade. Inicialmente, ela fazia 
trabalhos domésticos na casa de Alfredo, que tendo achado interessante ter uma 
companheira nova, convenceu a família de Mariana de que seria melhor para ela 
casar-se logo, com alguém de posses que pudesse cuidar dela. A família da menina, 
então, concordou com Alfredo, tendo-a obrigado a ir morar com ele. Ambos casa-
ram-se formalmente quando Mariana completou dezesseis anos de idade. Desde o 
início da convivência dos dois, Mariana era obrigada a fazer sexo com Alfredo, mes-
mo contra sua vontade, e era proibida de sair e ter amizades com pessoas de sua 
idade, sob o argumento de que ela lhe devia obediência por ele ser seu responsável 
legal, já que ela era menor de dezoito anos idade. Após várias tentativas de fuga, 
Mariana, então com dezessete anos de idade, conseguiu pular a janela, depois de 
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ter sido novamente violentada, e procurou uma delegacia em busca de ajuda. Na 
delegacia, o agente recusou-se a registrar o boletim de ocorrência, por ter acha-
do que a adolescente não tinha cara de mulher séria e contava mentiras. Em vez 
de encaminhar a menina ao Instituto Médico Legal ou ao hospital para exames, o 
agente mandou-a de volta para casa, tendo oferecido a viatura para acompanhá-la. 
No mesmo dia, Alfredo matou Mariana. Exumado o corpo da moça, encontraram-se 
sinais de violência sexual e presença de material biológico nos órgãos genitais de 
Mariana e embaixo de suas unhas.
Considerando a situação hipotética precedente e a respeito de crimes contra a ad-
ministração pública, contra a dignidade sexual e contra a pessoa, assinale a opção 
correta.
a) Sendo Mariana menor de dezoito anos de idade e estando sob a responsabilida-
de de Alfredo, não se configurou o crime de cárcere privado. 
b) Como Mariana era casada com Alfredo, o agente agiu corretamente ao mandá-
-la de volta para casa. 
c) O agente cometeu o crime de concussão ao deixar de registrar o boletim de 
ocorrência. 
d) Como Mariana morreu, Alfredo não poderá ser responsabilizado por estupro se 
nenhum dos parentes da vítima oferecer a representação em seu lugar. 
e) Alfredo será indiciado pelos crimes de estupro com causa de aumento de pena, 
homicídio qualificado e cárcere privado.
34. Assinale a opção correta, acerca de extinção da punibilidade.
a) Uma lei de anistia pode ser revogada por lei posterior, diante de mudança de 
opinião do Congresso Nacional a respeito da extinção de punibilidade concedida. 
b) Graça e indulto somente podem ser concedidos pelo presidente da República, 
uma vez que tais prerrogativas são insuscetíveis de delegação. 
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c) A punibilidade de qualquer crime pode ser extinta por meio de graça e indulto. 
d) O instituto da prescrição atinge a pretensão de punir ou de executar a pena. 
e) A anistia ou abolitio criminis é causa extintiva de punibilidade discutida no âm-
bito do Poder Legislativo.
35. Considerando o atual entendimento dos tribunais superiores quanto aos ins-
titutos do Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto do Desarmamento e do 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a opção correta.
a) Ao estabelecer prazo para a regularização dos registros pelos proprietários e 
possuidores de armas de fogo, o Estatuto do Desarmamento criou situação peculiar 
e temporária de atipicidade das condutas de posse e porte de arma de fogo de uso 
permitido e restrito. 
b) Aquele que fornece a adolescente, ainda que gratuitamente, arma de fogo, 
acessório ou munição de uso restrito ou proibido fica sujeito à sanção penal previs-
ta no ECA, em decorrência do princípio da especialidade. 
c) Pessoa jurídica não pode figurar como sujeito passivo de infração penal consu-
merista, porquanto não se enquadra no conceito de consumidor. 
d) A conduta daquele que promove propaganda enganosa capaz de induzir o con-
sumidor a se comportar de maneira prejudicial à sua saúde somente é penalmente 
punível diante da ocorrência de resultadodanoso. 
e) O porte ou a posse simultânea de duas ou mais armas de fogo de uso restrito ou 
proibido não configura concurso formal, mas crime único, pois a situação de perigo 
é uma só.
36. Considerando o disposto na Lei n.º 11.343/2006 e o posicionamento jurispru-
dencial e doutrinário dominantes sobre a matéria regida por essa lei, assinale a 
opção correta. 
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a) Em processo de tráfico internacional de drogas, basta a primariedade para a 
aplicação da redução da pena. B Dado o instituto da delação premiada previsto 
nessa lei, ao acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial 
podem ser concedidos os benefícios da redução de pena, do perdão judicial ou da 
aplicação de regime penitenciário mais brando. 
b) É vedada à autoridade policial a destruição de plantações ilícitas de substâncias 
entorpecentes antes da realização de laudo pericial definitivo, por perito oficial, no 
local do plantio. 
c) Para a configuração da transnacionalidade do delito de tráfico ilícito de drogas, 
não se exige a efetiva transposição de fronteiras nem efetiva coautoria ou partici-
pação de agentes de estados diversos. 
d) O crime de associação para o tráfico se consuma com a mera união dos envol-
vidos, ainda que de forma individual e ocasional.
37. Com base no disposto no ECA, assinale a opção correta.
a) Cabe à autoridade judiciária ou policial competente a aplicação das medidas es-
pecíficas de proteção relacionadas no ECA, mediante prévia notificação do conselho 
tutelar. 
b) É cabível a aplicação de medida socioeducativa de internação ao penalmente 
imputável com idade entre dezoito e vinte e um anos e que era menor à época da 
prática do ato infracional. 
c) Não há prazo mínimo para o cumprimento da liberdade assistida fixada pelo 
ECA, sendo o limite fixado de acordo com a gravidade do ato infracional e as cir-
cunstâncias de vida do adolescente. 
d) O crime de corrupção de menores se consuma quando o infrator pratica infração 
penal com o menor ou o induz a praticá-la, sendo imprescindível, para sua configu-
ração, a prova da efetiva corrupção do menor. 
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e) O ECA prevê expressamente os prazos de prescrição das medidas socioeduca-
tivas.
38. À luz do posicionamento jurisprudencial e doutrinário dominantes acerca das 
disposições da Lei n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), assinale a opção correta.
a) Caracteriza o crime de desobediência o reiterado descumprimento, pelo agressor, 
de medida protetiva decretada no âmbito das disposições da Lei Maria da Penha. 
b) Em se tratando dos crimes de lesão corporal leve e ameaça, pode o Ministério 
Público dar início a ação penal sem necessidade de representação da vítima de vio-
lência doméstica. 
c) No caso de condenação à pena de detenção em regime aberto pela prática do 
crime de ameaça no âmbito doméstico e familiar, é possível a substituição da pena 
pelo pagamento isolado de multa. 
d) No âmbito de aplicação da referida lei, as medidas protetivas de urgência pode-
rão ser concedidas independentemente de audiência das partes e de manifestação 
do Ministério Público, o qual deverá ser prontamente comunicado. 
e) Afasta-se a incidência da Lei Maria da Penha na violência havida em relações 
homoafetivas se o sujeito ativo é uma mulher.
39. Em relação às disposições expressas nas legislações referentes aos crimes de 
trânsito, contra o meio ambiente e de lavagem de dinheiro, assinale a opção cor-
reta.
a) Em relação aos delitos ambientais, constitui crime omissivo impróprio a conduta 
de terceiro que, conhecedor da conduta delituosa de outrem, se abstém de impedir 
a sua prática. 
b) Para a caracterização do delito de lavagem de dinheiro, a legislação de regência 
prevê um rol taxativo de crimes antecedentes, geradores de ativos de origem ilíci-
ta, sem os quais o crime não subsiste. 
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c) A colaboração premiada de que trata a Lei de Lavagem de Dinheiro poderá 
operar a qualquer momento da persecução penal, até mesmo após o trânsito em 
julgado da sentença. 
d) É vedada a imposição de multa por infração administrativa ambiental cominada 
com multa a título de sanção penal pelo mesmo fato motivador, por violação ao 
princípio do non bis in idem. 
e) A prática de homicídio culposo descrita no Código de Trânsito enseja a aplicação 
da penalidade de suspensão da permissão para dirigir, pelo órgão administrativo 
competente, mesmo antes do trânsito em julgado de eventual condenação.
40. Pedro, Joaquim e Sandra foram presos em flagrante delito. Pedro, por ter ofen-
dido a integridade corporal de Lucas, do que resultou debilidade permanente de 
um de seus membros; Joaquim, por ter subtraído a bicicleta de Lúcio, de vinte e 
cinco anos de idade, no período matutino — Lúcio a havia deixado em frente a uma 
padaria; e Sandra, por ter subtraído o carro de Tomás mediante grave ameaça.
Considerando-se os crimes cometidos pelos presos, a autoridade policial poderá 
conceder fiança a
a) Joaquim somente. 
b) Pedro somente. 
c) Pedro, Joaquim e Sandra. 
d) Pedro e Sandra somente. 
e) Joaquim e Sandra somente.
41. O Código de Processo Penal prevê a requisição, às empresas prestadoras de 
serviço de telecomunicações, de disponibilização imediata de sinais que permitam 
a localização da vítima ou dos suspeitos de delito em curso, se isso for necessário à 
prevenção e à repressão de crimes relacionados ao tráfico de pessoas. Essa requi-
sição pode ser realizada pelo
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a) delegado de polícia, independentemente de autorização judicial e por prazo in-
determinado. 
b) Ministério Público, independentemente de autorização judicial, por prazo não 
superior a trinta dias, renovável por uma única vez, podendo incluir o acesso ao 
conteúdo da comunicação. 
c) delegado de polícia, mediante autorização judicial e por prazo indeterminado, 
podendo incluir o acesso ao conteúdo da comunicação. 
d) delegado de polícia, mediante autorização judicial, devendo o inquérito policial 
ser instaurado no prazo máximo de setenta e duas horas do registro da respectiva 
ocorrência policial. 
e) Ministério Público, independentemente de autorização judicial e por prazo inde-
terminado.
42. Cláudio, maior e capaz, residente e domiciliado em Goiânia – GO, praticou de-
terminado crime, para o qual é prevista ação penal privada, em Anápolis – GO. A 
vítima do crime, Artur, maior e capaz, é residente e domiciliada em Mineiros – GO. 
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto no Código de Processo Penal, 
o foro competente para processar e julgar eventual ação privada proposta por Artur 
contra Cláudio será
a) Anápolis – GO ou Goiânia – GO. 
b) Goiânia – GO ou Mineiros – GO. 
c) Goiânia – GO, exclusivamente. 
d) Anápolis – GO, exclusivamente. 
e) Mineiros – GO, exclusivamente.
43. Suponha que o réu em determinado processo criminal tenha indicado como 
testemunhas o presidente da República, o presidente do Senado Federal, o prefeito 
de Goiânia – GO, um desembargador estadual aposentado, um vereador e um mili-
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tar das Forças Armadas. Nessa situação hipotética, conforme o Código de Processo 
Penal, poderão optar pela prestação de depoimento por escrito 
a) o presidente do Senado Federal e o desembargador estadual. 
b) o prefeito de Goiânia – GO e o militar das Forças Armadas. 
c) o desembargador estadual e o vereador. 
d) o presidenteda República e o presidente do Senado Federal. 
e) o presidente da República e o vereador.
44. Com relação a questões e processos incidentes, assinale a opção correta.
a) Não poderá ser arguida a suspeição dos intérpretes. 
b) Não poderá ser arguida a suspeição dos funcionários da justiça. 
c) Não poderá ser arguida a suspeição do órgão do Ministério Público. 
d) Não poderá ser arguida a suspeição das autoridades policiais nos atos do inqué-
rito. 
e) Não poderá ser arguida a suspeição dos peritos.
45. Relativamente à aplicação da lei processual penal no tempo e no espaço e aos 
princípios processuais penais constitucionais, assinale a opção correta.
a) O Código de Processo Penal normatiza o processamento das relações proces-
suais penais em curso perante todos os juízos e tribunais brasileiros, aplicando-se, 
em caráter subsidiário, as normas procedimentais que versem sobre matérias es-
peciais. 
b) Segundo entendimento expendido pelo STF, a atração por continência ou cone-
xão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denuncia-
dos constitui violação das garantias do juiz natural e da ampla defesa. 
c) A gravação ambiental por meio de fita magnética, de conversa entre presentes, 
feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro é considerada prova 
ilícita, pois viola preceito constitucional. 
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d) O princípio da extraterritorialidade adotado pelo direito processual penal brasi-
leiro não ofende a soberania de outros Estados, já que os ordenamentos jurídicos 
de todas as nações convergem para o combate às condutas delitivas. 
e) A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável tanto nos processos 
que se iniciarem após a sua vigência, quanto nos processos que já estiverem em 
curso no ato da sua vigência, e até mesmo nos processos que apurarem condutas 
delitivas ocorridas antes da sua vigência. 
46. Acerca de jurisdição e competência em matéria criminal, assinale a opção cor-
reta.
a) Segundo entendimento do STJ, é de competência da justiça estadual processar 
e julgar crime contra funcionário público federal, estando ou não este no exercício 
da função. 
b) A competência para julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a pres-
tação de contas perante o órgão federal será dos juízes federais da seção judiciária 
da localidade em que o prefeito exercer ou tiver exercido o mandato. 
c) A competência para julgar governador de estado que, no exercício do mandato, 
cometa crime doloso contra a vida será do tribunal do júri da unidade da Federação 
na qual aquela autoridade tenha sido eleita para o exercício do cargo público. 
d) A competência para processar e julgar crime de roubo que resulte em morte da 
vítima será do tribunal do júri da localidade em que ocorrer o fato criminoso. 
e) No Estado brasileiro, a jurisdição penal pode ser exercida pelo STF, e em todos 
os graus de jurisdição das justiças militar e eleitoral, e das justiças comuns estadu-
al e federal, dentro do limite da competência fixada por lei
47. No que tange ao procedimento criminal e seus princípios e ao instituto da liber-
dade provisória, assinale a opção correta.
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a) O descumprimento de medida cautelar imposta ao acusado para não manter 
contato com pessoa determinada é motivo suficiente para o juiz determinar a subs-
tituição da medida por prisão preventiva, já que a aplicação de outra medida re-
presentaria ofensa ao poder imperativo do Estado além de ser incompatível com o 
instituto das medidas cautelares. 
b) Concedida ao acusado a liberdade provisória mediante fiança, será inaplicável a 
sua cumulação com outra medida cautelar tal como a proibição de ausentar-se da 
comarca ou o monitoramento eletrônico. 
c) Compete ao juiz e não ao delegado a concessão de liberdade provisória, me-
diante pagamento de fiança, a acusado de crime hediondo ou tráfico ilícito de en-
torpecente. 
d) Caso, após sentença condenatória, advenha a prescrição da pretensão punitiva 
e seja declarada extinta a punibilidade por essa razão, os valores recolhidos a título 
de fiança serão integralmente restituídos àquele que a prestou. 
e) Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório a defesa 
que, firmada por advogado dativo, se apresentar deficiente e resultar em prejuízo 
comprovado para o acusado
48. Com referência a citação e intimação no processo penal, assinale a opção cor-
reta.
a) A citação do réu preso poderá ser cumprida na pessoa do procurador por ele 
constituído na fase policial. 
b) As intimações dos defensores públicos nomeados pelo juízo devem ser realiza-
das mediante publicação nos órgãos incumbidos da publicidade dos atos judiciais 
da comarca, e não os havendo, pelo escrivão, por mandado ou via postal. 
c) Os prazos para a prática de atos processuais contam-se da data da intimação e 
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
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d) Em função dos princípios da simplicidade, informalidade e economia processual, 
é admissível a citação por edital e por hora certa nos procedimentos sumaríssimos 
perante juizado especial criminal. 
e) No procedimento comum, não se admite a citação ficta nem tampouco a contu-
mácia do réu. 
49. Acerca de investigação criminal e juizados especiais criminais, assinale a opção 
correta.
a) No juizado especial criminal, é inadmissível a transação penal caso se comprove 
que o autor da infração foi condenado em sentença definitiva por crime ou contra-
venção penal de caráter culposo ou doloso. 
b) Para definição da competência do juizado especial criminal no concurso material 
de crimes, a soma das penas máximas cominadas para cada crime não pode exce-
der a dois anos. 
c) Não se admite a transação penal nem a composição civil dos danos nos proces-
sos de competência dos juizados especiais criminais que, por motivo de conexão ou 
continência, tiverem sua competência deslocada para o tribunal do júri. 
d) O delegado-geral de polícia civil, no âmbito estadual, ou o delegado regional, no 
âmbito territorial, poderão, mediante despacho fundamentado, avocar ou determi-
nar a redistribuição de autos de inquérito policial, sempre que a infração penal a ser 
apurada for de interesse do Poder Executivo da respectiva unidade da Federação. 
e) Caberá recurso especial contra a decisão da turma recursal dos juizados espe-
ciais criminais que negue provimento a recurso interposto contra sentença penal 
condenatória, caso seja demonstrada ofensa a dispositivo de norma infraconstitu-
cional
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50. Vantuir e Lúcio cometeram, em momentos distintos e sem associação, crimes 
previstos na Lei de Drogas (Lei n.º 11.343/2006). No momento da ação, Vantuir, 
em razão de dependência química e de estar sob influência de entorpecentes, era 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Lúcio, ao agir, estava sob 
efeito de droga, proveniente de caso fortuito, sendo também incapaz de entender 
o caráter ilícito do fato. 
Nessas situações hipotéticas, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
a) Vantuir terá direito à redução de pena de um a dois terços e Lúcio será isento 
de pena. 
b) somente Vantuir será isento de pena. 
c) Lúcio e Vantuir serão isentos de pena. 
d) somente Lúcio terá direito à redução de pena de um a dois terços. 
e) Lúcio e Vantuir terão direito à redução de pena de um a dois terços
51. Júlio, durante discussão familiar com sua mulherno local onde ambos residem, 
sem justo motivo, agrediu-a, causando-lhe lesão corporal leve. 
Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º 11.340/2006 e o entendimento do 
STJ,
a) a ofendida poderá renunciar à representação, desde que o faça perante o juiz. 
b) a ação penal proposta pelo Ministério Público será pública incondicionada. 
c) a autoridade policial, independentemente de haver necessidade, deverá acom-
panhar a vítima para assegurar a retirada de seus pertences do domicílio familiar. 
d) Júlio poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do processo, se pre-
sentes todos os requisitos que autorizam o referido ato. 
e) Júlio poderá receber proposta de transação penal do Ministério Público, se hou-
ver anuência da vítima.
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52. Será cabível a concessão de liberdade provisória ao indivíduo que for preso em 
flagrante devido ao cometimento do crime de 
I – estelionato; 
II – latrocínio; 
III – estupro de vulnerável.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e III estão certos. 
b) Apenas os itens II e III estão certos. 
c) Todos os itens estão certos. 
d) Apenas o item I está certo. 
e) Apenas os itens I e II estão certos.
53. O líder de determinada organização criminosa foi preso e, no curso do inquérito 
policial, se prontificou a contribuir para coleta de provas mediante a prestação de 
colaboração com o objetivo de, oportunamente, ser premiado por tal conduta. 
Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º 12.850/2013, que dispõe sobre o 
instituto da colaboração premiada,
a) o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia contra o colaborador. 
b) o prazo para o oferecimento de denúncia contra o colaborador poderá ser sus-
penso pelo prazo máximo de seis meses. 
c) o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial e com a manifestação do 
Ministério Público, poderá requerer ao juiz a concessão de perdão judicial. 
d) será obrigatória a participação de um juiz nas negociações entre as partes para 
a formalização de acordo de colaboração. 
e) será vedado ao juiz recusar a homologação da proposta de colaboração
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54. Considere os seguintes atos, praticados com o objetivo de suprimir tributo: 
1) Marcelo prestou declaração falsa às autoridades fazendárias; 2) Hélio negou-se 
a emitir, quando isso era obrigatório, nota fiscal relativa a venda de determinada 
mercadoria; 3) Joel deixou de fornecer nota fiscal relativa a prestação de serviço 
efetivamente realizado.
Nessas situações, conforme a Lei n.º 8.137/1990 e o entendimento do STF, para 
que o ato praticado tipifique crime material contra a ordem tributária, será neces-
sário o prévio lançamento definitivo do tributo em relação a
a) Hélio e Joel. 
b) Marcelo apenas. 
c) Hélio apenas. 
d) Joel apenas. 
e) Hélio, Marcelo e Joel
55. Se uma pessoa, maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por 
ato de improbidade sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser conside-
rada, conforme o disposto na Lei n.º 8.429/1992,
a) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa. 
b) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta. 
c) contravenção penal. 
d) crime, estando essa pessoa sujeita apenas a multa. 
e) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa.
56. Considerando o entendimento dos tribunais superiores e o posicionamento dou-
trinário dominante quanto à matéria de que tratam a Lei de Delitos Informáticos e 
os dispositivos legais que disciplinam a propriedade industrial, a propriedade inte-
lectual de programa de computador e os direitos autorais, assinale a opção correta.
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a) Embora o elemento subjetivo dos crimes de violação de direito autoral seja o 
dolo, admite-se a modalidade culposa em relação a algumas figuras típicas. 
b) Tratando-se de crime contra a propriedade imaterial com fundamento em apre-
ensão e em perícia, e sendo o caso de ação penal privativa do ofendido, a deca-
dência opera-se em seis meses, a contar da data da homologação do laudo pericial 
pelo competente juízo. 
c) Em se tratando de crimes contra a propriedade intelectual de programa de com-
putador, a ação penal é privativa do ofendido, mesmo em caso de prática de crime 
tributário conexo. 
d) As limitações aos direitos autorais previstas na legislação de regência consti-
tuem causas de exclusão de tipicidade. 
e) A invasão de computador de instituição bancária mediante violação indevida de 
senhas e mecanismos de segurança, com o fim de subtrair e transferir valores de 
número indeterminado de correntistas, caracteriza o crime de invasão de dispositi-
vo informático em sua forma qualificada.
57. Com base no disposto na Lei n.º 11.101/2005 e no Decreto-Lei n.º 201/1967, 
assinale a opção correta.
a) O princípio da bagatela aplica-se aos crimes de responsabilidade praticados por 
prefeitos no exercício do mandato. 
b) A Lei n.º 11.101/2005 aplica-se às sociedades de economia mista detentoras de 
capital público e privado.
c) Findo o mandato de prefeito, veda-se a instauração de processo criminal com 
base em conduta tipificada no Decreto-Lei n.º 201/1967, sendo incabível o ofere-
cimento de denúncia. 
d) Em se tratando de recuperação judicial, extrajudicial e falência do empresário 
e da sociedade empresária, aplicam-se as normas do Código de Processo Penal, 
inexistindo fase de investigação judicial.
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e) Os vereadores, assim como os prefeitos municipais, respondem como autores 
ou sujeitos ativos das condutas penais definidas no Decreto-Lei n.º 201/1967.
58. Com relação à prisão temporária, assinale a opção correta.
a) A prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz de ofício ou mediante repre-
sentação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público.
b) Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento 
da denúncia pelo juiz. 
c) São três os requisitos indispensáveis para a decretação da prisão temporária, 
conforme a doutrina majoritária: imprescindibilidade para as investigações; exis-
tência de indícios de autoria ou participação; e indiciado sem residência fixa ou 
identificação duvidosa.
d) É cabível a prisão temporária para a oitiva do indiciado acerca do delito sob apu-
ração, desde que a liberdade seja restituída logo após a ultimação do ato.
e) A prisão temporária poderá ser decretada tanto no curso da investigação quanto 
no decorrer da fase instrutória do competente processo criminal.
59. Considerando o disposto na legislação referente às licitações e contratos da 
administração pública e aos crimes contra a economia popular, bem como na Lei 
n.º 12.846/2013, assinale a opção correta.
a) O servidor responsável que negligentemente dispensa processo licitatório exi-
gido por lei na contratação de obra ou serviço pela administração pública pratica 
crime na modalidade culposa. 
b) O acordo de leniência, previsto na Lei Anticorrupção, assegura à pessoa jurídica 
que praticar atos lesivos à administração pública a redução de sanções pecuniárias 
no âmbito administrativo e afasta a aplicação de sanções judiciais como, por exem-
plo, perdimento de bens. 
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c) A Lei Anticorrupção aplica-se às condutas das pessoas jurídicas de direito priva-
do, abrangendo sociedades, associações, fundações, organizações religiosas, parti-
dos políticos e empresas individuais de responsabilidade limitada. 
d) Aqueleque, não sendo instituição financeira ou pessoa a esta equiparada, pra-
tica contrato de mútuo cobrando taxas de juros remuneratórios superiores àquelas 
legalmente permitidas comete crime contra a economia popular, e não contra o 
Sistema Financeiro Nacional. 
e) Tratando-se dos crimes previstos na Lei de Licitações, equipara-se a servidor 
público quem exerce mandato, cargo, emprego ou função em entidade privada que 
receba subvenção, benefício ou incentivo fiscal ou creditício de órgão público
60. Com base no disposto nas legislações referentes ao Estatuto de Defesa do Tor-
cedor, à proteção às vítimas e testemunhas de crime e ao regramento que regula a 
identificação no âmbito do processo criminal, assinale a opção correta.
a) Independentemente da identificação civil, deve-se proceder à identificação cri-
minal dos indiciados em crimes de homicídio doloso, crimes contra a liberdade 
sexual, crimes contra o patrimônio praticados com violência ou grave ameaça à 
pessoa e crimes de falsificação de documento público. 
b) A identificação civil poderá ser atestada mediante a apresentação de carteira 
de identidade, carteira de trabalho ou funcional, bem como do passaporte válido, 
excluídos quaisquer outros documentos, porquanto não elencados taxativamente 
na legislação de regência. 
c) Aos condenados em cumprimento de pena e aos indiciados ou condenados sob 
prisão cautelar aplicam-se as medidas de proteção a vítimas ou testemunhas de 
crimes, desde que demonstrada sua relevância como garantia de produção de pro-
va. 
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d) Compete, exclusivamente, ao Ministério Público a deliberação sobre o ingresso 
ou a exclusão de beneficiado em programa de proteção a vítimas e testemunhas. 
e) Sendo a entidade responsável pela organização de competição, bem como a en-
tidade de prática desportiva detentora do denominado mando de jogo, equiparada 
à figura do fornecedor, a ela aplicam-se as sanções da legislação consumerista no 
que se refere à responsabilidade objetiva do fornecedor por defeitos na prestação 
de serviço.
61. À luz do disposto no Estatuto do Índio (Lei n.º 6.001/1973), na Lei de Parcela-
mento do Solo Urbano (Lei n.º 6.766/1979), na Lei de Definição de Crimes Contra 
a Ordem Econômica (Lei n.º 8.176/1991) e na legislação que trata da investigação 
criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a opção correta.
a) A distribuição de panfletos anunciando a criação de loteamento irregular com 
finalidade residencial e urbana caracteriza ato preparatório do crime de parcela-
mento ilegal, porquanto o tipo penal não prevê a figura tentada do delito. 
b) O delegado de polícia, nos termos da legislação que disciplina a sua atividade, 
pode indeferir diligências requeridas pelo indiciado, pela vítima ou pelo Ministério 
Público. 
c) Considera-se índio ou silvícola, para efeitos do Estatuto do Índio, todo indivíduo 
de origem e ascendência sul-americana que se identifica como pertencente a um 
grupo étnico cujas características culturais o distinguem da sociedade nacional. 
d) Não caracteriza crime tipificado na Lei Federal n.º 6.766/1979 o parcelamento 
irregular realizado em zona rural, dada a previsão da finalidade urbana do imóvel 
na lei de regência. 
e) Constitui crime contra a ordem econômica na modalidade de usurpação a explo-
ração de lavra, sem autorização ou em desacordo com as obrigações impostas pelo 
título autorizativo, de matéria-prima pertencente à União. 
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62. Considerando a jurisprudência do STF, assinale a opção correta com relação 
aos remédios do direito constitucional. 
a) É cabível habeas corpus contra decisão monocrática de ministro de tribunal. 
b) Em habeas corpus é inadmissível a alegação do princípio da insignificância no 
caso de delito de lesão corporal cometido em âmbito de violência doméstica contra 
a mulher. 
c) No mandado de segurança coletivo, o fato de haver o envolvimento de direito 
apenas de certa parte do quadro social afasta a legitimação da associação. 
d) O prazo para impetração do mandado de segurança é de cento e vinte dias, a 
contar da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser impug-
nado, havendo decadência se o mandado tiver sido protocolado a tempo perante 
juízo incompetente. 
e) O habeas corpus é o instrumento adequado para pleitear trancamento de pro-
cesso de impeachment
63. No modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, entendeu-se ser 
indispensável a existência de determinadas funções essenciais à justiça. Nesse 
sentido, a CF considera como funções essenciais à justiça 
a) o Poder Judiciário, o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia e as 
polícias civil e militar. 
b) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública, a advocacia e as 
polícias civil e militar. 
c) o Poder Judiciário e o Ministério Público. 
d) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública e a advocacia. 
e) o Poder Judiciário, o Ministério Público e a defensoria pública.
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64. Tendo em vista que a petição inicial de arguição de descumprimento de pre-
ceito fundamental (ADPF) dirigida ao STF deverá conter, entre outros requisitos, a 
indicação do ato questionado, assinale a opção correta acerca do cabimento dessa 
ação constitucional.
a) Não cabe ADPF sobre atos normativos já revogados. 
b) Cabe ADPF sobre decisão judicial transitada em julgado. 
c) Se uma norma pré-constitucional já fosse inconstitucional no regime constitu-
cional anterior e existisse um precedente do STF que reconhecesse essa inconsti-
tucionalidade, caberia ADPF contra essa norma pré-constitucional. 
d) Não cabe ADPF sobre ato normativo municipal. 
e) Cabe ADPF sobre ato de efeitos concretos como decisões judiciais.
65. No que se refere ao entendimento do STF sobre segurança pública e a sua 
organização e sobre as atribuições constitucionais da polícia judiciária, assinale a 
opção correta.
a) Uma vez que compete à Polícia Federal prevenir e reprimir o tráfico ilícito de 
entorpecentes, o cumprimento de mandado de busca e apreensão emergencial e 
preventivo pela polícia militar será ilegal e tornará a prova ilícita. 
b) Ainda que, a requerimento do promotor de justiça, o inquérito policial tenha 
sido arquivado por despacho do juiz, a ação penal poderá ser iniciada, mesmo sem 
novas provas, caso o promotor, com base na sua independência funcional, assim 
decidir. 
c) A investigação criminal é atividade exclusiva da polícia e afasta os poderes de 
investigação do Ministério Público. 
d) É constitucional a exigência pelos estados-membros de que o indicado para 
chefe de polícia, além de ser delegado de carreira, esteja na classe mais elevada 
da carreira. 
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e) A despeito do princípio federativo, os estados-membros possuem autonomia 
para criar órgão de segurança pública diverso do previsto na CF.
66. Com relação aos tratados e convenções internacionais, assinale a opção corre-
ta à luz do direito constitucional brasileiro e da jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal (STF).
a) Segundo o entendimento do STF, respaldado na teoria da supralegalidade, a 
ratificação do Pacto de São José da Costa Rica revogou o inciso LXVII do art. 5.º da 
CF, que prevê a prisão do depositário infiel. 
b) O sistema constitucional brasileiro adotou, para efeito da executoriedade do-
méstica de um tratado internacional, a teoria dualista extremada, pois exige a edi-
ção de lei formal distintapara tal executoriedade. C O Pacto de São José da Costa 
Rica influenciou diretamente a edição da súmula vinculante proferida pelo STF, a 
qual veda a prisão do depositário infiel. 
c) A Convenção de Palermo tem como objetivo a cooperação para a prevenção e o 
combate do crime de feminicídio no âmbito das nações participantes. 
d) Elaborada pelas Nações Unidas, a Convenção de Mérida, que trata da coopera-
ção internacional contra a corrupção, ainda não foi ratificada pelo Brasil
67. A respeito dos estados-membros da Federação brasileira, assinale a opção cor-
reta.
a) Denomina-se cisão o processo em que dois ou mais estados se unem geografi-
camente, formando um terceiro e novo estado, distinto dos estados anteriores, que 
perdem a personalidade originária. 
b) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-mem-
bro deve envolver a população de todo o estado-membro e não só a do território a 
ser desmembrado. 
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c) A CF dá ao estado-membro competência para instituir regiões metropolitanas e 
microrregiões, mas não aglomerações urbanas: a competência de instituição des-
tas é dos municípios. 
d) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação 
de novos estados dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, 
essencial ou prejudicial à fase seguinte: a propositura de lei complementar. 
e) Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos previstos em constitui-
ção estadual não precisam guardar estreita similaridade com aqueles previstos na 
CF.
68. Assinale a opção correta a respeito da organização dos poderes e do sistema 
de freios e contrapesos no direito constitucional pátrio.
a) Adotada por diversos países, entre eles o Brasil, a ideia de tripartição dos pode-
res do Estado em segmentos distintos e autônomos entre si — Legislativo, Execu-
tivo e Judiciário — foi concebida por Aristóteles. 
b) A atividade legislativa e a de julgar o presidente da República nos crimes de 
responsabilidade são funções típicas do Poder Legislativo. 
c) Constitui exemplo de mecanismo de freios e contrapesos a possibilidade de re-
jeição, pelo Congresso Nacional, de medida provisória editada pelo presidente da 
República. 
d) As expressões poder, função e órgão são sinônimas. 
e) A CF adotou o princípio da indelegabilidade de atribuições de forma absoluta, 
inexistindo qualquer exceção a essa regra.
69. A respeito da administração pública, assinale a opção correta de acordo com a 
CF.
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a) Desde a promulgação da CF, não houve, até o presente, inovação a respeito dos 
princípios constitucionais da administração pública por meio de emenda constitu-
cional. 
b) A previsão constitucional de que a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público decorre exclusivamente do prin-
cípio da razoabilidade administrativa. 
c) Em oposição ao que diz o texto constitucional, o STF já se posicionou contrário 
à cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos aposentados e 
pensionistas. 
d) Caso um deputado estadual nomeie sua tia materna como assessora de seu ga-
binete, não haverá violação à súmula vinculante que trata do nepotismo, pois esta 
veda a nomeação de colaterais de até o segundo grau. 
e) Segundo o STF, candidato aprovado em concurso público dentro do número de 
vagas previsto no edital e dentro do prazo de validade do certame terá direito sub-
jetivo à nomeação.
70. À luz da CF, assinale a opção correta a respeito do Ministério Público.
a) Segundo a CF, são princípios institucionais aplicáveis ao Ministério Público: a 
unidade, a indivisibilidade, a independência funcional e a inamovibilidade. 
b) Foi com a CF que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função 
essencial à justiça. 
c) O STF, ao tratar das competências e prerrogativas do Ministério Público, estabe-
leceu o entendimento de que membro desse órgão pode presidir inquérito policial. 
d) A CF descreve as carreiras abrangidas pelo Ministério Público e, entre elas, elen-
ca a do Ministério Público Eleitoral. 
e) A exigência constitucional de que o chefe do Ministério Público da União, procu-
rador-geral da República, pertença à carreira significa que ele, para o exercício do 
cargo, pode pertencer tanto ao Ministério Público Federal quanto ao estadual.
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71. Após o término de estágio probatório, a administração reprovou servidor públi-
co e editou ato de exoneração, no qual declarou que esta se dera por inassiduidade. 
Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia faltado ao serviço ou se 
atrasado para nele chegar.
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é
a) nulo por ausência de finalidade. 
b) anulável por ausência de objeto. 
c) anulável por ausência de forma. 
d) anulável por ausência de motivação. 
e) nulo por ausência de motivo.
72. Um policial andava pela rua quando presenciou um assalto. Ao ver o assaltante 
fugir, o policial parou um carro, identificou-se ao motorista, entrou no carro e pediu 
que ele perseguisse o criminoso.
Nessa situação, conforme a CF e a doutrina pertinente, tem-se um exemplo típico 
da modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada denominada
a) limitação administrativa, cabendo indenização ao proprietário, se houver dano 
ao bem deste. 
b) requisição administrativa, cabendo indenização ao proprietário, se houver dano 
ao bem deste. 
c) desapropriação, não cabendo indenização ao proprietário, independentemente 
de dano ao bem deste. 
d) servidão administrativa, não cabendo indenização ao proprietário, independen-
temente de dano ao bem deste. 
e) ocupação temporária, não cabendo indenização ao proprietário, mesmo que 
haja dano ao bem deste.
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73. Determinado órgão público pretende dar publicidade a um instrumento convo-
catório com objetivo de comprar armas de fogo do tipo pistola, de calibre 380, usu-
almente vendidas no mercado brasileiro. O valor orçado da aquisição dos produtos 
é de R$ 700.000.
Nessa situação, a compra poderá ser efetuada mediante licitação na modalidade 
a) tomada de preço do tipo técnica e preço. 
b) concorrência do tipo melhor técnica. 
c) concorrência do tipo técnica e preço. 
d) pregão do tipo menor preço. 
e) tomada de preços do tipo menor preço.
74. De acordo com a legislação e a doutrina pertinentes, o poder de polícia admi-
nistrativa
a) pode manifestar-se com a edição de atos normativos como decretos do chefe do 
Poder Executivo para a fiel regulamentação de leis. 
b) é poder de natureza vinculada, uma vez que o administrador não pode valorar 
a oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher seu 
conteúdo. 
c) pode ser exercido por órgão que também exerça o poder de polícia judiciária. 
d) é de natureza preventiva, não se prestando o seu exercício, portanto, à esfera 
repressiva. 
e) é poder administrativo que consiste na possibilidade de a administração aplicar 
punições a agentes públicos que cometam infrações funcionais.
75. Em relação aos princípios expressos e implícitos da administração pública, as-
sinale a opção correta.
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a) O princípio da legalidade, quando aplicável ao direito privado, institui um critério 
de subordinação à lei, a denominada regra da reserva legal. 
b) O princípio da legalidade, previsto na ConstituiçãoFederal de 1988 (CF), não 
possui quaisquer restrições excepcionais. 
c) Respeitado o que predispuser a intentio legis (vontade da lei), compete ao ór-
gão da administração pública a livre interpretação do que seja interesse público. 
d) A proibição da atuação do administrado de forma despropositada ou tresloucada 
é também conhecida doutrinariamente como princípio da proibição dos excessos. 
e) A prerrogativa da administração pública de desapropriar ou estabelecer restri-
ção a alguma atividade individual decorre do princípio da autotutela.
76. Com base no disposto na Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta, consi-
derando o entendimento dos tribunais superiores e da doutrina sobre o processo 
administrativo.
a) Os processos de prestação de contas são exemplo de processos administrativos 
de outorga, cuja finalidade é autorizar o exercício de determinado direito individual. 
b) O Supremo Tribunal Federal entende que não é necessária a observância do 
devido processo legal para a anulação de ato administrativo que tenha repercutido 
no campo dos interesses individuais. 
c) Por ser a ampla defesa um princípio do processo administrativo, a administração 
não poderá definir a maneira como se realizará seu exercício, definindo, por exem-
plo, o local de vista aos autos. 
d) A competência processante de órgão da administração pode ser delegada, em 
parte, a outro órgão, ainda que não subordinado hierarquicamente ao órgão dele-
gante, desde que haja conveniência, razão e inexista impedimento legal. 
e) Conforme o Supremo Tribunal Federal, é obrigatória a representação por advo-
gado para o exercício do direito à recorribilidade de decisão proferida em processo 
administrativo.
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77. A respeito dos poderes e deveres da administração, assinale a opção correta, 
considerando o disposto na CF.
a) A lei não pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois tais 
instrumentos são taxativamente listados na CF. 
b) A eficiência, um dever administrativo, não guarda relação com a realização de 
supervisão ministerial dos atos praticados por unidades da administração indireta. 
c) O abuso de poder consiste em conduta ilegítima do agente público, caracteri-
zada pela atuação fora dos objetivos explícitos ou implícitos estabelecidos pela lei. 
d) A capacidade de inovar a ordem jurídica e criar obrigações caracteriza o poder 
regulamentar da administração. 
e) As consequências da condenação pela prática de ato de improbidade adminis-
trativa incluem a perda dos direitos políticos e a suspensão da função pública
78. No que se refere ao processo administrativo disciplinar (PAD), assinale a opção 
correta.
a) A CF recepcionou o instituto da verdade sabida, viabilizando a sua aplicação no 
PAD. 
b) O Supremo Tribunal Federal entende ser ilegal a instauração de sindicância para 
apurar a ocorrência de irregularidade no serviço público a partir de delação anôni-
ma. 
c) Conforme o Supremo Tribunal Federal, militar, ainda que reformado, submete-se 
à hierarquia e à disciplina, estando, consequentemente, sujeito à pena disciplinar. 
d) Os princípios da ampla defesa e do contraditório no PAD não são absolutos, po-
dendo haver indeferimento de pedidos impertinentes ou protelatórios. 
e) Uma sindicância preparatória só pode servir de subsídio para uma sindicância 
contraditória, mas não para um PAD.
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79. Em relação à improbidade administrativa, assinale a opção correta.
a) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição decenal, 
qualquer que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente público. 
b) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade administra-
tiva por uso de maquinário da administração em seu sítio particular, poderá ser-lhe 
aplicada pena de suspensão dos direitos políticos por período de cinco a oito anos. 
c) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho ou 
em conluio com agente público, responderá, nos termos da Lei de Improbidade Ad-
ministrativa, desde que tenha obtido alguma vantagem pessoal. 
d) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o autor 
auferir vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, em-
prego ou atividade, mesmo que de forma culposa. 
e) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem justificativa 
e reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe aplicada multa civil de 
até cem vezes o valor da sua remuneração, conforme a gravidade do fato
80. Depende do consentimento de todos os sócios ou acionistas — salvo em caso 
de previsão no ato constitutivo, hipótese em que o dissidente poderá retirar-se da 
sociedade — a operação societária denominada
a) incorporação. 
b) fusão. 
c) cisão. 
d) liquidação. 
e) transformação.
81. Assinale a opção correta no que se refere ao direito societário.
a) Compete ao poder público municipal do local da sede autorizar o funcionamento 
de sociedades cujo funcionamento dependa de autorização do Poder Executivo. 
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b) É nulo todo o contrato social de sociedade limitada que contenha cláusula que 
exclua qualquer sócio da participação nos lucros e nas perdas. 
c) A sociedade em comum e a sociedade de fato ou irregular são não personifica-
das, conforme classificação do Código Civil. 
d) O sócio remisso pode ser excluído da sociedade pelos demais, caso em que deve 
ser-lhe devolvido, com os abatimentos cabíveis, o montante com o qual tenha con-
tribuído para o capital social. 
e) Os tipos societários previstos no Código Civil são exemplificativos, podendo as 
sociedades organizar-se de formas distintas das expressamente listadas. 
82. Durante a instrução de determinado processo judicial, foi comprovada falsifi-
cação da escrituração em um dos livros comerciais de uma sociedade limitada, em 
decorrência da criação do chamado “caixa dois”. A sentença proferida condenou 
pelo crime apenas o sócio com poderes de gerência.
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A conduta praticada pelo sócio constitui crime falimentar. 
b) Na situação, configura-se crime de falsificação de documento público. 
c) Sendo o diário e o livro de registro de atas de assembleia livros obrigatórios da 
sociedade citada, a referida falsificação pode ter ocorrido em qualquer um deles. 
d) Em decorrência da condenação criminal, o sócio-gerente deverá ser excluído 
definitivamente da sociedade. 
e) O nome do condenado não pode ser excluído da firma social, que deve conter o 
nome de todos os sócios, seguido da palavra “limitada”.
83. A Lei n.º XX/XXXX, composta por quinze artigos, elaborada pelo Congresso 
Nacional, foi sancionada, promulgada e publicada.
A respeito dessa situação, assinale a opção correta, de acordo com a Lei de Intro-
dução às Normas do Direito Brasileiro.
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a) Se algum dos artigos da lei sofrer alteração antes de ela entrar em vigor, será 
contado um novo período de vacância para o dispositivo alterado. 
b) Caso essa lei tenha revogado dispositivo da legislação anterior, automaticamen-
te ocorrerá o efeito repristinatório se nela não houver disposição em contrário. 
c) A lei irá revogar a legislação anterior caso estabeleça disposições gerais sobre 
assunto tratado nessa legislação. 
d) Não havendo referência ao período de vacância, a nova lei entra em vigor ime-
diatamente, sendo eventuais correções em seu texto consideradasnova lei. 
e) Não havendo referência ao período de vacância, a lei entrará em vigor, em todo 
o território nacional, três meses após sua publicação.
84. No que concerne à pessoa natural, à pessoa jurídica e ao domicílio, assinale a 
opção correta.
a) Sendo o domicílio o local em que a pessoa permanece com ânimo definitivo ou 
o decorrente de imposição normativa, como ocorre com os militares, o domicílio 
contratual é incompatível com a ordem jurídica brasileira. 
b) Conforme a teoria natalista, o nascituro é pessoa humana titular de direitos, 
de modo que mesmo o natimorto possui proteção no que concerne aos direitos da 
personalidade. 
c) De acordo com o Código Civil, deve ser considerado absolutamente incapaz 
aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não possuir discernimento para 
a prática de seus atos. 
d) A ocorrência de grave e injusta ofensa à dignidade da pessoa humana configura 
o dano moral, sendo desnecessária a comprovação de dor e sofrimento para o re-
cebimento de indenização por esse tipo de dano. 
e) Na hipótese de desaparecimento do corpo de pessoa em situação de grave risco 
de morte, como, por exemplo, no caso de desastre marítimo, o reconhecimento do 
óbito depende de prévia declaração de ausência.
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85. Em cada uma das opções seguintes, é apresentada uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada, a respeito de posse, propriedade e direitos 
reais sobre coisa alheia. Assinale a opção que apresenta assertiva correta conforme 
a legislação e a doutrina pertinentes.
a) Durante o prazo de vigência de contrato de locação de imóvel urbano, o loca-
tário viajou e, ao retornar, percebeu que o imóvel havia sido invadido pelo próprio 
proprietário. Nesse caso, o locatário não pode defender sua posse, uma vez que o 
possuidor direto não tem proteção possessória em face do indireto. 
b) Determinado indivíduo realizou, de boa-fé, construção em terreno que pertencia 
a seu vizinho. O valor da construção excede consideravelmente o valor do terreno. 
Nessa situação, não havendo acordo, o indivíduo que realizou a construção adquiri-
rá a propriedade do solo mediante pagamento da indenização fixada pelo juiz. 
c) Caio realizou a doação de um bem para Fernando. No contrato celebrado entre 
ambos, consta cláusula que determina que o bem doado volte para o patrimônio 
do doador se ele sobreviver ao donatário. Nessa situação, a cláusula é nula, pois o 
direito brasileiro não admite a denominada propriedade resolúvel. 
d) Roberto possui direito real de superfície de bem imóvel e deseja hipotecar esse 
direito pelo prazo de vigência do direito real. Nesse caso, a estipulação de direito 
real de garantia é ilegal porque a hipoteca somente pode ser constituída pelo pro-
prietário do bem. 
e) Determinado empregador cedeu bem imóvel de sua propriedade a seu empre-
gado, em razão de relação de confiança decorrente de contrato de trabalho. Nesse 
caso, ainda que desfeito o vínculo trabalhista, é juridicamente impossível a conver-
são da detenção do empregado em posse.
86. Um oficial do corpo de bombeiros arrombou a porta de determinada residência 
para ingressar no imóvel vizinho e salvar uma criança que corria grave perigo em 
razão de um incêndio.
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A respeito dessa situação hipotética e conforme a doutrina dominante e o Código 
Civil, assinale a opção correta.
a) O oficial tem o dever de indenizar o proprietário do imóvel danificado, devendo 
o valor da indenização ser mitigado em razão da presença de culpa concorrente. 
b) O ato praticado pelo oficial é ilícito porque causou prejuízo ao dono do imóvel, 
inexistindo, entretanto, o dever de indenizar, dada a ausência de nexo causal. 
c) Não se aplica ao referido oficial a regra do Código Civil segundo a qual o agen-
te que atua para remover perigo iminente pode ser chamado a indenizar terceiro 
inocente. 
d) Conforme disposição do Código Civil, o oficial teria o dever de indenizar o dono 
do imóvel no valor integral dos prejuízos existentes, tendo direito de regresso con-
tra o responsável pelo incêndio. 
e) Não se pode falar em responsabilidade civil nesse caso, pois, na hipótese de 
estado de necessidade, o agente causador do dano nunca terá o dever de indenizar.
87. O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização 
de postos de gasolina com objetivo de aferir permanentemente as condições de se-
gurança e vigilância de tais locais, estabelecendo um licenciamento especial e anual 
para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa anual de R$ 
1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal.
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A instituição do departamento de fiscalização de postos de gasolina como órgão 
competente com funcionamento regular é suficiente para caracterizar o exercício 
efetivo do poder de polícia. 
b) É desnecessária, para justificar a cobrança de taxa, a criação de órgão específi-
co para o desempenho das atividades de fiscalização de postos de gasolina, por se 
tratar de competências inerentes às autoridades de segurança pública. 
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c) Para observar o princípio da capacidade contributiva, a taxa deveria ter corres-
pondência com o valor venal do imóvel a ser fiscalizado, sendo inconstitucional a 
cobrança de valor fixo por estabelecimento. 
d) A taxa em questão é inconstitucional, já que a segurança pública é um dever do 
Estado, constituindo um serviço indivisível, a ser mantido apenas por impostos, o 
que torna incabível a cobrança de taxa. 
e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento 
de fiscalização de postos de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, 
certificando-se do cumprimento das normas de segurança e vigilância de tais lo-
cais, de acordo com a legislação.
88. Instrução normativa expedida em dezembro de 2015 pelo secretário de Fazen-
da do Estado de Goiás estabeleceu que, para ter acesso ao sistema de informática 
de emissão de nota fiscal, relativa ao ICMS, o contribuinte deve estar em dia com 
suas obrigações tributárias estaduais. Em janeiro de 2016, a empresa Alfa Ltda., 
com pagamento de tributos em atraso, requereu acesso ao sistema e teve o seu 
pedido indeferido.
Nessa situação hipotética,
a) ainda que a emissão de notas fiscais seja obrigação acessória, o princípio da 
legalidade estrita, vigente no direito tributário, impõe que tais deveres sejam pre-
vistos por lei ordinária, sendo inválida a restrição estabelecida por instrução nor-
mativa. 
b) o ICMS é tributo sujeito à anterioridade nonagesimal, de modo que, embora 
válida a instrução normativa, o indeferimento é ato insubsistente, por ter aplicado 
a instrução normativa antes do prazo constitucional. 
c) a interdição de emissão de notas fiscais é meio indireto de cobrança do tributo, 
já que inibe a continuidade da atividade profissional do contribuinte, o que torna a 
instrução normativa em questão inválida. 
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d) o ICMS não é tributo sujeito à anterioridade nonagesimal, de modo que o inde-
ferimento é válido. 
e) a emissão de notas fiscais é obrigação acessória, podendo ser regulada por ato 
infralegal, sendo válida a restrição estabelecida.
89. Ricardo, com quinze anos de idade, traficou entorpecentes por três meses, 
obtendo uma renda de R$ 20.000. Informado pela autoridade competente, um au-
ditor da Receita Federal do Brasil efetuoulançamento contra o menor.
Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) O tráfico de entorpecente é ato ilícito, sendo responsáveis pelos prejuízos dele 
decorrentes, nos termos da lei civil, os pais de Ricardo, que deverão recolher o tri-
buto a título de sanção cível. 
b) A capacidade tributária independe da capacidade civil, de modo que é correto 
o lançamento contra o menor que, no caso, percebeu remuneração que pode ser 
considerada renda. 
c) O tráfico de entorpecente é atividade que gera proveito econômico, o que justi-
fica torná-lo fato gerador de tributo, não podendo, no entanto, Ricardo, por ser in-
capaz, sofrer lançamento, devendo a renda percebida ser imputada aos seus pais. 
d) O tráfico de entorpecente, por ser crime, não pode ser objeto de tributação, pois 
o pagamento de imposto em tal hipótese significaria que o Estado estaria chance-
lando uma atividade ilícita, sendo, portanto, insubsistente o lançamento. 
e) Ricardo, por ser incapaz, não pode sofrer lançamento, não constituindo renda 
eventuais ganhos econômicos que ele venha a ter
90. São responsáveis pelos créditos tributários relativos a obrigação de terceiros, 
quando não for possível exigir-lhes o cumprimento da obrigação principal, indepen-
dentemente de terem agido com excesso de poderes ou em desacordo com a lei, 
estatuto ou contrato social,
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a) os empregados. 
b) os diretores de pessoa jurídica. 
c) os representantes legais de pessoas jurídicas de direito privado. 
d) os administradores de bens de terceiros. 
e) os mandatários
91. Sabendo que, por disposição constitucional expressa, em regra, os princípios 
tributários e as limitações ao poder de tributar não se aplicam de forma idêntica a 
todas as espécies tributárias, assinale a opção correta a respeito da aplicação des-
ses institutos.
a) Apenas aos impostos estaduais aplica-se o princípio que proíbe o estabeleci-
mento de diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza em razão 
de sua procedência ou seu destino. 
b) A aplicação do princípio da não vinculação de receita a despesa específica é li-
mitada aos impostos. 
c) Em regra, o princípio da anterioridade do exercício aplica-se da mesma forma 
aos impostos e às contribuições sociais da seguridade social. 
d) O princípio da capacidade contributiva aplica-se sempre e necessariamente aos 
impostos. 
e) O princípio da anterioridade do exercício atinge, de forma ampla, as hipóteses 
de empréstimos compulsórios previstas no texto constitucional.
92. Se resultar em supressão ou redução de tributo, configurará crime contra a 
ordem tributária a conduta consistente em
a) utilizar programa de processamento de dados que disponibilize ao sujeito pas-
sivo informação diversa daquela fornecida à fazenda pública. 
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b) negar-se a fornecer nota fiscal relativa a venda de mercadoria ou a venda de 
serviço. 
c) exigir para si porcentagem sobre a parcela dedutível de imposto como incentivo 
fiscal. 
d) aplicar incentivo fiscal em desacordo com o estatuído. 
e) deixar de pagar benefício a segurado quando valores já tiverem sido reembol-
sados à empresa pela previdência social.
93. No que concerne à Constituição Federal de 1988 (CF) e ao meio ambiente, as-
sinale a opção correta.
a) Entende-se a previsão constitucional de um meio ambiente ecologicamente 
equilibrado tanto como um direito fundamental quanto como um princípio jurídico 
fundamental que orienta a aplicação das regras legais. 
b) O princípio da livre iniciativa impede que o poder público fiscalize entidades de-
dicadas à pesquisa e à manipulação de material genético. 
c) O estudo prévio de impacto ambiental será dispensado nos casos de obras pú-
blicas potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental quando 
elas forem declaradas de utilidade pública ou de interesse social. 
d) Os espaços territoriais especialmente protegidos, definidos e criados por lei am-
biental, poderão ser suprimidos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo 
municipal para permitir a moradia de população de baixa renda em área urbana. 
e) A competência para proteger o meio ambiente e combater a poluição em todas 
as suas formas é concorrente entre a União, os estados, o Distrito Federal (DF) e 
os municípios, de modo que a ação administrativa do órgão ambiental da União 
prevalece sobre a ação dos demais entes federativos.
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94. A respeito da legislação que trata da proteção das florestas e das unidades de 
conservação, assinale a opção correta.
a) O imóvel rural pode tornar-se reserva particular do patrimônio natural a partir 
do interesse do proprietário, mediante edição de lei municipal e após a concordân-
cia do órgão ambiental local. 
b) Desde que haja autorização pelo órgão ambiental estadual, admite-se a explo-
ração econômica mediante o manejo sustentável dos recursos naturais do imóvel 
rural ou urbano localizado em área de preservação permanente. 
c) Com vistas à regularização ambiental, a reserva legal do imóvel rural localizado 
na Amazônia Legal poderá ser reduzida para até 50% da propriedade mediante 
autorização do órgão ambiental estadual, se o proprietário demonstrar a sustenta-
bilidade do seu projeto de uso alternativo do solo. 
d) Devem constar no Cadastro Ambiental Rural a identificação do proprietário ou 
possuidor do imóvel e a comprovação da propriedade ou posse, apesar de o cadas-
tramento não constituir título de reconhecimento de posse ou propriedade. 
e) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza classifica essas 
unidades em três grupos ou categorias, com características e objetivos específicos: 
as unidades de proteção integral, as unidades de uso sustentável e as unidades de 
preservação permanente. 
95. Uma mineradora está respondendo por supostamente ter causado poluição 
capaz de gerar danos à saúde dos moradores de área próxima ao local de suas 
atividades. Alguns sócios com poderes de gerência foram apontados como corres-
ponsáveis na esfera criminal. Foram impostas duas multas administrativas eleva-
das, uma por ente estadual e outra por ente federal, com base na mesma conduta. 
Na motivação, foi invocado o alto poder econômico da empresa como fator para 
gradação das multas. Alguns moradores já ajuizaram ações cíveis de reparação de 
danos.
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Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação 
pertinente e das posições doutrinárias majoritariamente aceitas.
a) A situação econômica do infrator não poderia ser levada em consideração para 
estabelecer o valor das multas impostas. 
b) Ainda que tenha inexistido dolo na geração da poluição, poderá haver respon-
sabilização criminal no caso. C Ainda que seja a mesma hipótese de incidência, as 
duas multas administrativas — federal e estadual — deverão ser pagas. 
c) Como as esferas de responsabilização por infração ambiental são independen-
tes entre si, inexiste situação em que a decisão criminal repercutirá nas demais e 
vice-versa. 
d) Se a pessoa jurídica for condenada criminalmente, ficará excluída a responsabi-
lidade criminal dos seus sócios-gerentes.
96. Foi constatado que um fazendeiro estava impedindo a regeneração natural de 
florestas em área de preservação permanente na sua propriedade rural, por pre-
tender manter a área como pasto.
Nessa situação hipotética, conforme a legislação pertinente,
a) a autoridade ambiental queconstatou a infração deve promover sua apuração 
imediata, sob pena de corresponsabilização. 
b) a conduta configura infração administrativa, mas não configura crime. 
c) a responsabilização será objetiva em todas as esferas cabíveis. 
d) caberá à autoridade policial que constatou a conduta lavrar o auto de infração 
ambiental e instaurar processo administrativo. E inexiste hipótese de reparação ci-
vil, haja vista que a terra da propriedade rural pertence ao próprio infrator.
97. Em ano eleitoral, na convenção estadual do partido Pdy, a direção apresentou 
proposta de coligação e relação de candidatos a deputado federal.
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Com referência a essa situação hipotética, cada uma das próximas opções apre-
senta uma situação também hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, de 
acordo com o que prescreve a Lei n.º 9.504/1997, que estabelece normas para as 
eleições. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy conta dois candidatos que en-
frentam processos, ainda não concluídos, de expulsão do partido. Nessa situação, 
os nomes desses dois candidatos devem ser substituídos, pois a lei prevê o imedia-
to cancelamento do registro de candidatos submetidos a processo de expulsão do 
partido a que pertençam. 
b) Dos componentes da lista de candidatos do Pdy, 50% deles são do sexo femini-
no. Nessa situação, de acordo com a lei em apreço, a lista deverá ser recomposta, 
de forma a conter, no máximo, 30% de candidatos desse sexo e 70%, no mínimo, 
de candidatos do sexo masculino. 
c) O Pdy estadual deliberou coligar-se com outros dois partidos, em afronta direta 
às diretrizes estatutárias do órgão de direção nacional do Pdy. Nessa situação, o di-
retório nacional do Pdy poderá, nos termos do estatuto do partido, anular a referida 
deliberação feita em convenção estadual e os atos dela decorrentes. 
d) Na convenção, ficou decidido que seriam apresentados vinte e um candidatos 
para concorrer às quatorze vagas de deputado federal reservadas para o estado. 
Nessa situação, o número de candidatos a ser apresentado pelo partido ou pela 
coligação deveria corresponder a 200% das respectivas vagas, ou seja, vinte e oito 
candidatos. 
e) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy inclui um candidato que so-
mente completará vinte e um anos de idade no dia seis de outubro, um dia após a 
data das eleições. Nessa situação, esse candidato terá de ser substituído por outro 
candidato que complete a idade mínima de vinte e um anos até a data do certame 
eleitoral
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98. A respeito de alistamento eleitoral, assinale a opção correta à luz da CF e da 
Lei n.º 4.737/1965, que instituiu o Código Eleitoral.
a) O eleitor que não votar e não se justificar estará sujeito ao pagamento de mul-
ta, ao impedimento de inscrever-se em concurso público e à prestação de serviços 
comunitários. 
b) Todos os militares são alistáveis. 
c) A CF recepcionou as disposições da Lei n.º 4.737/1965 relativas à elegibilidade 
e ao alistamento eleitoral dos analfabetos. 
d) Uma das condições para o alistamento eleitoral é que o eleitor saiba se exprimir 
na língua nacional. 
e) Será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em três eleições consecuti-
vas, com ou sem justificativa.
99. Em cada uma das próximas opções, é apresentada uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada conforme a Lei n.º 9.096/1995. Assinale a 
opção que apresenta a assertiva correta.
a) Um grupo de eleitores encaminhou pedido de registro do estatuto do partido 
político Y (PY) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa situação, o TSE somente 
poderá deferir o registro depois de publicadas as normas que regerão o PY, devido 
ao fato de os partidos políticos serem pessoas jurídicas de direito público sujeitas 
ao princípio da publicidade. 
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam 
concorrer a cargos eletivos os candidatos que tivessem mais de dois anos de filia-
ção partidária. Nessa situação, os filiados do PW deverão cumprir o estabelecido na 
referida determinação estatutária, uma vez que é facultado aos partidos estabele-
cer prazos de filiação superiores aos previstos em lei. 
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c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE), tendo juntado ao pedido documentos comprobatórios de 
apoiamento de eleitores, todos filiados a partidos políticos e com representantes 
das diversas unidades da Federação, inclusive do DF. Nessa situação, o TSE deverá 
deferir o pedido de registro do estatuto do PZ em caráter nacional. 
d) Um deputado federal pretende desfiliar-se do partido político A, em razão da 
criação do partido político B, ao qual ele pretende filiar-se. Nessa situação, é possí-
vel a troca de partido sem perda do cargo parlamentar, pois a criação de um novo 
partido político é justa causa para desfiliação partidária. 
e) Um eleitor, já filiado ao partido político X, filiou-se também a outro partido. Tal 
situação caracteriza dupla filiação, e ambas as filiações serão consideradas nulas 
para todos os efeitos legais.
100. A respeito do alistamento eleitoral, assinale a opção correta à luz da Resolu-
ção TSE n.º 21.538/2003.
a) Apesar da facultatividade do alistamento eleitoral do analfabeto, a partir do mo-
mento em que se alfabetizar, o indivíduo deverá requerer a sua inscrição eleitoral, 
mas, por se tratar de ato extemporâneo, ficará sujeito a multa eleitoral. 
b) Contra decisão que indeferir pedido de inscrição eleitoral caberá recurso, a ser 
interposto mediante a anuência de delegado de partido político. 
c) Aplica-se multa ao brasileiro nato que não se alistar até os dezenove anos de 
idade, caso ele não requeira a sua inscrição eleitoral até o centésimo quinquagé-
simo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar citada 
idade. 
d) A carteira de identidade e a certidão de nascimento são os únicos documentos 
válidos para fins de comprovação da nacionalidade no ato de alistamento eleitoral. 
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e) A justiça eleitoral deverá, após a apresentação dos documentos pelo eleitor, 
preencher ou digitar o requerimento de alistamento eleitoral, indicando o local de 
votação, determinado automaticamente, sem direito de escolha, conforme o domi-
cílio do eleitor.
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GABARITO
1. C
2. C
3. D
4. B
5. A
6. C
7. A
8. E
9. E
10. D
11. ANULADA
12. C
13. ANULADA
14. A
15. B
16. B (ANULADA)
17. A
18. E
19. C
20. A
21. C
22. A
23. D
24. ANULADA
25. 
26. E
27. E
28. B
29. C
30. D
31. A
32. C
33. E (ANULADA)
34. D
35. E
36. D
37. B
38. D
39. C
40. A
41. D
42. A
43. D
44. D
45. E
46. E
47. E
48. C
49. B
50. C
51. B
52. C
53. ANULADA
54. B
55. A
56. D
57. D
58. B
59. D
60. E
61. E
62. B
63. D
64. E
65. ANULADA
66. C
67. B
68. E
69. E
70. B
71. E
72. B
73. D
74. C
75. ANULADA
76. D
77. C
78. ANULADA
79. E
80. E
81. D
82. B
83. A
84. D
85. B
86. C
87. A
88. C
89. B
90. D
91. B
92. ANULADA
93. A
94. D
95. B
96. A
97. C
98. ANULADA
99. B
100. C
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Texto CB1A1AAA
A diferença básica entre as polícias civil e militar é a essência de suas ativi-
dades, pois assim desenhou o constituinte original: a Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988 (CF), em seu art. 144, atribui à polícia federal e às 
polícias civis dos estados as funções de polícia judiciária — de natureza essencial-
mente investigatória, com vistas à colheita de provas e, assim, à viabilização do 
transcorrer da ação penal — e a apuração de infrações penais. Enquanto a polícia 
civil descobre, apura, colhe provas de crimes, propiciando a existência do proces-
so criminal e a eventual condenação do delinquente, a polícia militar, fardada, faz 
o patrulhamento ostensivo, isto é, visível, claro e perceptível pelas ruas. Atua de 
modo preventivo-repressivo, mas não é seu mister a investigação de crimes. Da 
mesma forma, não cabe ao delegado de polícia de carreira e a seus agentes sair 
pelas ruas ostensivamente em patrulhamento. A própria comunidade identifica na 
farda a polícia repressiva; quando ocorre um crime, em regra, esta é a primeira a 
ser chamada. Depois, havendo prisão em flagrante, por exemplo, atinge-se a fase 
de persecução penal, e ocorre o ingresso da polícia civil, cuja identificação não se 
dá necessariamente pelos trajes usados.
Guilherme de Souza Nucci. Direitos humanos versus segurança pública. Rio de Janeiro: Forense, 
2016, p. 43 (com adaptações)
1. Infere-se das informações do texto CB1A1AAA que
a) o uso de fardamento pela polícia militar é o que a diferencia da polícia civil, que 
prescinde dos trajes corporativos.
b) a essência da atividade do delegado de polícia civil reside no controle, na pre-
venção e na repressão de infrações penais.
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c) ao delegado de polícia cabem a condução da investigação criminal e a apuração 
de infrações penais.
d) a tarefa precípua dos delegados de polícia civil e de seus agentes é o patrulha-
mento ostensivo nas ruas.
e) a função de polícia judiciária concretiza-se no policiamento ostensivo, preventi-
vo e repressivo.
O enunciado da questão solicita do candidato uma leitura inferencial. Inferir signi-
fica interpretar, ou seja, extrair do texto aquilo que está sendo afirmado nas entre-
linhas, não na superfície do discurso. Não se pode confundir, entretanto, inferência 
com extrapolação. Esta é um erro grave de leitura, que deduz do texto o que ele 
não é suficiente para validar. Toda inferência está no texto, não fora dela. Então, 
a rigor, para o Cespe, não há o que diferencie um enunciado que solicite algo “de 
acordo com o texto” daquele que pede “infere-se do texto” Em ambos os casos, 
devemos estar atentos ao texto e nos fazer a seguinte questão: o texto, por si só, 
valida essa afirmação? Se sim, o item estará correto, independentemente da forma 
como é enunciado. Apenas lembre-se de que a afirmação não precisar estar pontu-
almente declarada no texto, pode estar nele diluída e exigir do leitor (no caso, do 
candidato) uma leitura sistêmica.
A alternativa C (ao delegado de polícia cabem a condução da investigação criminal 
e a apuração de infrações penais) pode ser confirmado pelo texto. Juntam-se dois 
fragmentos para consolidar a afirmação, quais sejam: não cabe ao delegado de po-
lícia de carreira e a seus agentes sair pelas ruas ostensivamente em patrulhamento 
e a polícia civil descobre, apura, colhe provas de crimes. 
Vamos às demais alternativas:
A) Errada. Segundo o texto, o que diferencia a polícia militar da civil é a “essência 
de suas atividades”.
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B) Errada. O texto contradiz essa interpretação, precisamente no trecho “não cabe 
ao delegado de
polícia de carreira e a seus agentes sair pelas ruas ostensivamente em patrulha-
mento”.
D) Errada. O mesmo trecho que inviabiliza a B contradiz esta afirmação.
E) Errada. Conforme o texto, à polícia judiciária (assim como à federal e às civis) 
cabe a “função investigatória, com vistas à colheita de provas e, assim, à viabiliza-
ção do transcorrer da ação penal — e a apuração de infrações penais”.
2. O texto CB1A1AAA é predominantemente
a) injuntivo.
b) narrativo.
c) dissertativo.
d) exortativo.
e) descritivo.
A questão cobra tipologias textuais, assunto bastante explorado nas questões de 
interpretação de texto. Vamos recordar um pouco de teoria?
Texto injuntivo (também chamado de instrucional): tem por objetivo indicar o 
procedimento para realizar algo, estabelecer comandos de ação. As receitas culiná-
rias são exemplo dessa tipologia
Texto dissertativo: objetiva discorrer sobre um tema, um dado da realidade, 
apresentando apenas informações (dissertação expositiva) ou defendendo uma 
tese sobre o tema (dissertação argumentativa). 
Texto narrativo: tem por objetivo relatar uma sequência de acontecimentos ocor-
ridos ao longo do tempo. A principal marca da narração é a progressão temporal.
Texto exortativo: apresenta o objetivo de exortar (induzir, estimular) o leitor a 
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praticar determinada ação ou adotar determinado comportamento. Uma das mar-
cas frequentes é o emprego do imperativo verbal.
Texto descritivo: visa descrever (reproduzir) dados de uma realidade estática, 
ou seja, sem progressão temporal. Caracteriza-se por ser texto figurativo, isto é, 
apoia-se em termos concretos, o que permite ao leitor a visualização mental da 
cena.
Para saber a tipologia predominante em um texto (elas não se excluem necessaria-
mente), o leitor precisa, ao fim da leitura, perguntar-se: qual o objetivo do texto? 
No caso deste texto, o objetivo do autor é discorrer sobre as diferenças entre a 
polícia militar e as demais (federal, judiciária e civis, com destaque para esta). 
Logo, o texto é dissertativo.
Texto CB1A1BBB
A principal finalidade da investigação criminal, materializada no inquérito poli-
cial (IP), é a de reunir elementos mínimos de materialidade e autoria delitiva antes 
de se instaurar o processo criminal, de modo a evitarem-se, assim, ações infun-
dadas, as quais certamente implicam grande transtorno para quem se vê acusado 
por um crime que não cometeu. Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento 
absolutamente inquisitorial e discricionário de outrora. A participação das partes, 
pessoalmente ou por seus advogados ou defensores públicos, vem ganhando es-
paço a cada dia, com o objetivo de garantir que o IP seja um instrumento impar-
cial de investigação em busca da verdade dos fatos. Acrescente-se que o estigma 
provocado por uma ação penal pode perdurar por toda a vida e, por isso, para ser 
promovida, a acusação deve conter fundamentos fáticos e jurídicos suficientes, o 
que, em regra, se consegue por meio do IP.
Carlos Alberto Marchi de Queiroz (Coord.). Manual de polícia judiciária: doutrina, modelos, legis-
lação. 6.ª ed. São Paulo: Delegacia Geral de Polícia, 2010 (com adaptações).
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3. Nas orações em que ocorrem no texto CB1A1BBB, os elementos “assim” (R.4) e 
“por isso” (R.15) expressam, respectivamente, as ideias de
a) consequência e consequência. 
b) finalidade e proporcionalidade. 
c) causa e consequência. 
d) conclusão e conclusão. 
e) restrição e conformidade.
Caro aluno, esta é uma questão recorrente em provas de concursos públicos. O 
examinador cobra aqui o uso das conjunções. Sempre digo aos meus alunos que, 
para resolver a maioria destas abordagens, basta conhecer os grupos de conectivos 
oracionais. Importante! Temos conjunções subordinativase coordenativas. Elenco 
as principais conjunções e locuções conjuntivas. 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
1 – Adversativas: mas, porém, entretanto, no entanto, contudo, não obstante, se-
não, todavia.
2 – Alternativas: ora (a única conjunção que pode aparecer apenas na última ora-
ção), ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja.
3 – Conclusivas: logo, portanto, então, assim, por isso, por conseguinte, pois 
(posposta ao verbo), de modo que, em vista disso.
4 – Explicativas: porque, pois (anteposta ao verbo), porquanto, que.
5 – Aditivas: e, nem, não só...mas, mas (também).
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
1 – Causais (orações subordinadas adverbiais): porque, como (porque), pois, pois 
que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, porquanto.
2 – Concessivas (orações subordinadas adverbiais): embora, conquanto, bem que, 
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se bem que, posto, posto que, sem que, apesar de que, nem que, por menos que, 
por mais que, nem que, ainda que, em que pese, quando mesmo.
3 – Condicionais (orações subordinadas adverbiais): se, caso, contanto que, salvo 
se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que.
4 – Temporais (orações subordinadas adverbiais): quando, antes que, depois que, 
até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada 
vez que, que (desde que), primeiro que, enquanto.
5 – Consecutivas (orações subordinadas adverbiais): que, de forma que, de modo 
que, de sorte que, tanto que.
6 – Comparativas (orações subordinadas adverbiais): que, do que (depois de mais, 
menos, maior, menor, melhor e pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tan-
to), como, assim como, bem como, como se, que nem.
7 – Conformativas (orações subordinadas adverbiais): conforme, como (confor-
me), segundo, consoante.
8 – Proporcionais (orações subordinadas adverbiais): à medida que, ao passo que, 
à proporção que, enquanto, quanto mais...mais, quanto mais...tanto mais, quanto 
mais...menos, quanto mais...tanto menos.
9 – Finais (orações subordinadas adverbiais): para que (a fim de que, que, porque).
4. No texto CB1A1BBB, uma ação que se desenvolve gradualmente é introduzida 
pela
a) forma verbal “implicam” (R.5). 
b) locução “vem ganhando” (R.11). 
c) forma verbal “garantir” (R.12). 
d) locução “pode perdurar” (R.15). 
e) forma verbal “reunir” (R.2).
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O emprego do gerúndio ("ganhando") como verbo principal corrobora a ideia de 
continuidade da ação, ou seja, "desenvolvimento gradual", não abrupto, contínuo, 
durativo.
Texto CB1A2AAA
O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de re-
des sociais para designar fotos íntimas que retratam a pessoa sem roupa. O envio 
e a troca de nudes são facilitados em aplicativos de celular, o que torna essa prática 
popular entre seus usuários, incluindo-se menores de idade, e facilita o comparti-
lhamento das fotos. Havendo vazamento de fotos íntimas, há violação do direito de 
imagem da pessoa prejudicada, que, por isso, terá amparo do Estado. A pena para 
o acusado de vazar as fotos ainda pode ser considerada branda, sendo um pouco 
mais severa quando se trata de um crime contra a infância. “Quando se trata de 
crianças e adolescentes, há um agravante, pois, no art. 241 do Estatuto da Criança 
e do Adolescente, é qualificada como crime grave a divulgação de fotos, gravações 
ou imagens de crianças ou adolescentes, sendo prevista a pena de três a seis anos 
de prisão, além de pagamento de multa, para os que cometem esse crime”, diz a 
advogada presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AC. Para combater 
o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros, são necessárias ações preven-
tivas, afirma a advogada. Jovens e adolescentes devem ser educados, de forma 
que tenham dimensão do problema que a divulgação desse tipo de imagem pode 
acarretar.
Internet: <https://jornaldosdez.wordpress.com> (com adaptações).
5. Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma proposta de reescrita para 
o primeiro período do texto CB1A2AAA. Assinale a opção que apresenta proposta 
que mantém o sentido original e a correção gramatical do texto.
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a) O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de 
redes sociais para designar fotos íntimas em que se retrata a pessoa sem roupa. 
b) O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de re-
des sociais para designar fotos íntimas a qual retrata a pessoa sem roupa. 
c) O termo nude vem do inglês e têm sido utilizado na Internet por usuários de 
redes sociais para designar fotos íntimas onde retratam a pessoa sem roupa. 
d) O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na Internet por usuários de re-
des sociais destinadas a designar fotos íntimas cuja imagem retrata a pessoa sem 
roupa. 
e) O termo nude é proveniente do inglês e foi utilizado na Internet por usuários de 
redes sociais para designar fotos íntimas que aparece a pessoa sem roupa.
As questões de reescritura, como esta, são cada vez mais frequentes nas provas, 
sobretudo nas do Cespe. Ao se deparar com esse tipo de questão, primeiro identi-
fique a finalidade da reescrita, que pode ser apenas a correção gramatical, apenas 
o sentido ou os dois.
Neste caso, o examinador queria avaliar a correção e o sentido. Dica: comece pela 
correção, avaliando todos os aspectos que dizem respeito à gramática: acentuação, 
grafia, concordância, regência, flexão de palavras, pontuação, colocação gramati-
cal. Se houver erro da gramatical e o examinador afirmar (como fez aqui) que a 
correção seria preservada, despreze o item. Se não houver erro, confronte com o 
trecho original e veja se o sentido for preservado.
A) Tudo certo aqui: não há erro gramatical e o sentido do trecho original está pre-
servado.
B) Erro de concordância: “fotos íntimas a qual retrata” (o certo seria as quais retra-
tam). Como há erro gramatical, nem analisamos o conteúdo, combinado?
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C) Erro de concordância: “O termo nude vem do inglês e têm sido utilizado” (não 
deveria haver acento em “têm” visto que o núcleo do sujeito simples é “termo”) e 
de emprego de pronome (“onde” só deve ser utilizado em referência a lugar físico.
D) Não há erro gramatical, mas o sentido não é preservado, visto que a reescritura 
afirma que as redes sociais são destinadas a designar fotos íntimas, o que não se 
coaduna com o texto.
E) Erro de regência: “fotos íntimas que aparece a pessoa sem roupa” (deveria ter 
sido usada a preposição em imediatamente após “íntimas”)
6. A correção gramatical e o sentido original do texto CB1A2AAA seriam preserva-
dos, se, no trecho ‘Quando se trata de crianças e adolescentes, há um agravante, 
pois, no art. 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, é qualificada como crime 
grave a divulgação de fotos, gravações ou imagens de crianças ou adolescentes’ 
(R. 11 a 15),
a) fosse inserida uma vírgula imediatamente após a expressão ‘crime grave’. 
b) a vírgula imediatamente após a expressão ‘crianças e adolescentes’ fosse elimi-
nada. 
c) o trecho ‘Quando se trata (...) pois, no art. 241’ fosse reescrito da seguinte for-
ma: Há um agravante, quando se trata de crianças e adolescentes, pois, no artigo 
241. 
d) a vírgula imediatamente após o vocábulo ‘pois’ fosse eliminada. 
e) o trecho ‘Quando se trata (...) pois, no art. 241’ fosse reescrito da seguinte 
forma: Há um agravante quando se trata de crianças e adolescentes. Pois, no art. 
241.A) Não se separa o sujeito do verbo mesmo que o sujeito esteja posposto ao verbo. 
Esclareço: “a divulgação de fotos” é sujeito da forma verbal “é qualificada”. 
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B) A vírgula imediatamente antes da forma verbal “há” não pode ser omitida, visto 
que ela foi empregada para marcar uma oração subordinada adverbial anteposta à 
principal. 
C) Alternativa correta.
D) A vírgula imediatamente após o conectivo “pois” não pode ser eliminada, porque 
ela, juntamente com a vírgula após “Adolescente”, foi empregada para marcar o 
termo intercalado “no art 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente”.
E) A construção ficou incoerente. 
7. No texto CB1A2AAA, a oração “Para combater o compartilhamento de fotos ínti-
mas por terceiros” (R. 19 e 20) expressa ideia de
a) finalidade. 
b) explicação. 
c) consequência. 
d) conformidade. 
e) causa.
No trecho apresentado, observamos a ideia de finalidade. Para que você veja este 
valor, faça a substituição da preposição “para” pela locução prepositiva “A fim de”. 
Vejamos: A fim de combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros, 
são necessárias ações... 
8. Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto CB1A2AAA, a 
forma verbal “afirma” (R.20) poderia ser substituída por
a) prescreve. 
b) propõe. 
c) destaca. 
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d) participa. 
e) assevera.
Questão de significação vocabular. No trecho “Para combater o compartilhamento 
de fotos íntimas por terceiros, são necessárias ações preventivas, afirma a advoga-
da”, o verbo afirmar foi usado no sentido de asseverar, ou seja, declarar algo com 
segurança, garantir. Como a afirmação é da advogada presidente da Comissão de 
Direitos Humanos da OAB/AC, isso dá ao contexto noção de credibilidade, o que faz 
o verbo asseverar ser o adequado para substituir afirmar (fazer uma afirmação).
9. Tendo em vista que a história econômica goiana e a formação do atual estado de 
Goiás são marcadas pela interdependência entre a atividade mineradora, a pecuá-
ria extensiva e a agricultura de subsistência, assinale a opção correta.
a) O despovoamento do território goiano constituiu obstáculo para a realização das 
obras da rodovia Belém-Brasília, cuja concepção impulsionou o povoamento dos 
municípios desse território. 
b) O investimento estatal em infraestrutura para a construção de Goiânia e Brasília 
impulsionou a economia da região Centro-Oeste, marcadamente o agronegócio, 
fato que se refletiu no baixo índice de urbanização, inferior à média nacional. 
c) O ouro de aluvião se exauriu dos rios goianos ainda no século XVIII; o reaque-
cimento da atividade mineradora se deu no período imperial, com o uso de novas 
técnicas de mineração. 
d) No século XIX, a economia de Goiás esteve integrada à nacional por meio dos 
rios da região Norte e das estradas que conectavam o estado ao Triângulo Mineiro, 
o que estimulou a produção de grandes excedentes de grãos. 
e) A ocupação planejada e estratégica do território goiano foi uma das prioridades 
da política de integração nacional (Marcha para Oeste) promovida nas décadas de 
30 e 40 do século XX pelo governo Vargas, durante o qual Goiânia foi construída.
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O fato de o território goiano ser pouco povoado, nesta época, não constituiu obs-
táculo à realização da Rodovia BR – 153 (Belém Brasília). Aproveito também para 
lembrar que a construção desta rodovia foi determinante para o surgimento de no-
vos municípios, sobretudo, na parte do atual estado do Tocantins. O Centro-Oeste 
constitui-se como a segunda região mais urbanizada do Brasil, perdendo apenas 
para a Região Sudeste. A principal explicação para as altas taxas de urbanização 
reside principalmente no fato de as atividades rurais terem alto emprego de tecno-
logia. No período do Brasil império, a Província de Goiás enfrentou grande decadên-
cia econômica, voltando suas atividades sobretudo para a pecuária e agricultura de 
subsistência. Não havendo registro do emprego de novas técnicas de mineração. 
Concordo que Goiás se integrava à economia nacional a partir dos rios da região 
Norte e das estradas que o ligavam ao Triângulo Mineiro, mas isso não estimulou 
uma produção de grãos que gerasse grandes excedentes.
10. Nas últimas décadas, Goiás sofreu mudanças significativas em seu processo de 
urbanização, muitas delas influenciadas pela modernização da produção agrícola 
do estado. Com referência a essas mudanças e aos seus impactos tanto na urbani-
zação de Goiás quanto na modernização do agronegócio goiano, assinale a opção 
correta.
a) A modernização e a ocupação territorial de Goiás têm sido influenciadas por 
ações estatais fundamentadas em planejamentos estratégicos, o que permite a 
distribuição dos recursos por todo o estado, promovendo o desenvolvimento eco-
nômico equilibrado das diferentes regiões goianas. 
b) A ação da iniciativa privada na promoção da modernização da produção agríco-
la aproximou a produção agropecuária da indústria e estimulou o investimento de 
empresas privadas em infraestrutura. 
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c) A pujança da produção agropecuária aqueceu o mercado de trabalho de ativi-
dades pouco especializadas no campo, gerando oportunidades de emprego direto a 
imigrantes de diferentes regiões. 
d) A modernização agrícola concentrou a posse de terra e estimulou a imigração 
nos sentidos urbano-urbano e rural-urbano, tornando as cidades médias respon-
sáveis por suprir as unidades produtivas com equipamentos tecnológicos e mão de 
obra especializada. 
e) Criado e implementado durante o regime militar, o Programa de Desenvolvi-
mento dos Cerrados (POLOCENTRO) privilegiou pequenos produtores ao permitir 
o emprego de novas técnicas e insumos, o que resultou na mudança de escala de 
produção das unidades tradicionais, orientadas ao abastecimento do mercado re-
gional. 
Uma das grandes características do Estado de Goiás ao longo de sua história é a 
presença de grande desigualdade em seu território. Prova disso, foi a criação do 
Estado de Tocantins (1988) que sempre se queixou de ser uma região esquecida. 
Portanto, o Estado de Goiás não apresenta desenvolvimento econômico equilibra-
do das distintas regiões, pelo contrário, o centro e o sul são mais desenvolvidos, 
enquanto o noroeste e norte mais atrasados. Concordo que a modernização da 
produção agrícola no estado está diretamente ligada à injeção de investimentos do 
capital financeiro privado e que, hoje, a produção agrícola está intimamente ligada 
à indústria, mas isso não estimulou investimentos de empresas privadas em in-
fraestrutura. Como já havia comentado, hoje o campo está altamente mecanizado 
não gerando oportunidades de emprego direto.O POLOCENTRO privilegiou grandes 
produtores, com produção voltada ao abastecimento do mercado nacional e inter-
nacional.
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11. Concebidos sob o ponto de vista de mesorregiões e microrregiões, os atuais 
critérios da nova divisão regional do Brasil (proposta pelo IBGE em 1990), no que 
se refere ao estado de Goiás, são bem diferentes dos anteriores e enfatizam a op-
ção por regiões homogêneas e funcionais. Eles têm importância significativa para o 
planejamento da administração pública estadual, porque propiciaram a reunião de 
dados censitários seguindo os limites municipais.
Tadeu Pereira Alencar Arrais. Goiás: novas regiões, ou novas formas de olhar velhas regiões. In: 
M.G. Almeida (Org.). Abordagens geográficas de Goiás: o natural e o social na contemporanei-
dade. Goiânia: UFG, 2002 (com adaptações).
Tendo o texto anterior como referência inicial, assinale a opção correta acerca das 
transformações da população goiana nas últimas décadas e da divisão do estado 
no atual modelo do IBGE.
a) A microrregião sudoeste, que é uma das menos povoadas do estado, dedica-se 
à produção de grãos para o mercado regional e à pecuária extensiva. Os grandes 
incentivos governamentais aplicados nessa região tiveram resultados modestos. 
b) As mesorregiões centro e leste acomodam mais de 60% da população do estado, 
distribuída pelo eixo urbano Goiânia/Anápolis/Brasília. Os municípios adjacentes a 
esse eixo apresentam taxas de crescimento superiores às dos municípios polos. 
c) O último censo mostra o fortalecimento de duas tendências: o envelhecimento 
da população e a predominância das mulheres em todas as mesorregiões do estado. 
d) A abertura de novas fronteiras agrícolas e a consequente demanda de mão de 
obra no campo alterou o crescimento das mesorregiões leste e centro, transferindo 
o crescimento populacional para as mesorregiões norte e noroeste do estado. 
e) As altas taxas de natalidade explicam o crescimento populacional de Goiás, uma 
vez que o estado apresentou saldo migratório negativo no início do presente século.
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A microrregião sudoeste é considerada a que polariza importantes cidades e muni-
cípios bem populosos, como Rio Verde, com 217.048 habitantes, Jataí com 98.128 
e Mineiros com 62.750 habitantes. Concordo que o somatório das mesorregiões 
centro e leste acomodam mais de 60% da população do estado, mas, no caso do 
Entorno do DF, não podemos dizer que estes municípios crescem a uma taxa su-
perior à de Brasília. Entre as mesorregiões, destaca se o Centro Goiano, que tem a 
maior concentração da população feminina: em 2010 chegou a 70.794 mil mulhe-
res a mais que homens, enquanto, em todas as outras mesorregiões, o quantitativo 
de homens é maior que o de mulheres, o que amortece um pouco a diferença no 
total da população do Estado de Goiás. Apesar de ter ocorrido a abertura de novas 
fronteiras agrícolas, não se verificou demanda de mão de obra no campo, por conta 
de sua mecanização. As populações excedentes se transferiram para as zonas ur-
banas e não para o noroeste e norte. Goiás não vem apresentando altas taxas de 
natalidade, nem mesmo saldo migratório negativo, bem pelo contrário.
12. Tendo em vista que, na década de 80 do século XX, grandes conglomerados in-
dustriais se estabeleceram em Goiás, consolidando um longo processo de industria-
lização, fruto de investimentos em infraestrutura, incentivos fiscais e abertura de 
linhas de crédito, assinale a opção correta acerca da industrialização desse estado.
a) O PRODUZIR tem investido especialmente nas mesorregiões norte e nordeste, 
buscando potencializar os benefícios trazidos pela construção da rodovia Belém-
-Brasília para essas regiões, o que revela a tendência de melhoria da distribuição 
da indústria no território goiano. 
b) O LOGPRODUZIR foi o único subprograma do PRODUZIR a não apresentar resul-
tados positivos. O isolamento do estado e a precária rede de transportes e comuni-
cação apresentaram-se como os principais obstáculos para o referido subprograma. 
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c) A escolha da cidade de Anápolis para sediar o primeiro dos distritos industriais 
planejados pela Companhia de Distritos Industriais do Estado de Goiás, o Distrito 
Agroindustrial de Anápolis (DAIA), foi influenciada por sua conexão com as demais 
regiões do país por sólido sistema rodoferroviário. 
d) Os estímulos dos governos estaduais voltaram-se para o desenvolvimento da 
agroindústria, por meio, por exemplo, do amplo investimento em rodovias muni-
cipais para escoamento da produção; por isso, atualmente, o parque industrial de 
Goiás é pouco diversificado. 
e) A despeito dos bons resultados dos programas estaduais de estímulo à indus-
trialização (FOMENTAR e PRODUZIR), os índices de industrialização do estado não 
apresentaram alterações significativas.
Realmente, o Produzir é o Programa do Governo do Estado de Goiás que incentiva a 
implantação, expansão ou revitalização de indústrias, estimulando a realização de 
investimentos, a renovação tecnológica e o aumento da competitividade estadual 
com ênfase na geração de emprego, renda e redução das desigualdades sociais e 
regionais, mas esse programa tem influenciado a concentração de investimentos 
na indústria de cana-de-açúcar no sul do estado de Goiás. O estado de Goiás não é 
isolado e possui uma boa malha de transportes o interligando ao território nacional. 
O parque industrial de Goiás é bastante diversificado. A consolidação da agroindús-
tria no município, em Goiás, ao longo da última década, impactou positivamente a 
expansão da construção civil e do comércio, além de atrair novas empresas, geran-
do mais renda e emprego para a população da região. Esses programas governa-
mentais, principalmente através dos incentivos tributários e fiscais, foram decisivos 
para o aumento dos investimentos industriais no estado de Goiás.
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13. Aspectos físicos bem definidos quanto a vegetação, hidrografia, clima e relevo 
conferem certa singularidade ao território de Goiás, o mais central dos estados bra-
sileiros. A incorporação dessa região à história do Brasil deu-se, essencialmente, a 
partir do século XVIII, quando a busca de riquezas minerais impulsionou a ação dos 
bandeirantes. Relativamente a esses aspectos geográficos e históricos de Goiás, 
assinale a opção correta.
a) A comunidade Kalunga, palavra que significa lugar sagrado, é remanescente dos 
primitivos habitantes do território goiano, os Goyá, e ocupa extensa área de cerra-
do no sudoeste do estado. 
b) O clima goiano é preponderantemente subtropical, com duas estações sutilmen-
te diferenciadas: o verão seco e o inverno úmido, com temperaturas médias anuais 
em torno de 30 ºC. 
c) Encontram-se em Goiás as nascentes de rios formadores das três mais impor-
tantes bacias hidrográficas do Brasil: a Amazônica, a do São Francisco e a do Pa-
raná. 
d) Uma singularidade caracteriza o lago artificial da Usina de Serra da Mesa, lo-
calizado na porção meridional do território goiano: apesar de sua dimensão, ele é 
formado por um conjunto de pequenos tributários, sem o concurso dos grandes rios 
do estado. 
e) A composição inicial da população goiana se deu pelo contato amistoso entre 
os primitivos habitantes da região — os índios — e os bandeirantes vindos de São 
Paulo: a ausência de europeus e a inexistência da escravidão africana na região 
marcaram o processo de colonização de Goiás. 
O território quilombola Kalunga está localizado no nordeste goiano, próximo de Ca-
valcante. O clima goiano é tropical semiúmido, e não subtropical. Encontram-se em 
Goiás as nascentes de rios formadores de três importantes bacias hidrográficas do 
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Brasil: a do Tocantins, a do São Francisco e a do Paraná. A Usina de Serra da Mesa 
está localizada na porção setentrional (do norte) do território goiano, e é formado 
pelos dois grandes rios Tocantins e Araguaia. O contato entre indígenas e bandei-
rantes não foi nada amistoso.
14. Tendo em vista que a independência do Brasil, proclamada em 1822, foi um 
ato político fundamentalmente conduzido pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de 
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais)e que, pelo país afora, a partir de então, mu-
danças ocorreram na esfera político-administrativa e, ainda que pouco profundas, 
na esfera socioeconômica, assinale a opção correta no que concerne a aspectos 
significativos da história política de Goiás. 
a) Um movimento nacionalista explodiu em Goiás quando da abdicação de D. Pe-
dro I, em 1831: liderado por um bispo, um padre e um coronel, esse movimento 
conseguiu depor os governantes portugueses da região. 
b) Não foram formados em Goiás partidos políticos nos moldes do Liberal e do 
Conservador, que se revezavam no controle do poder nacional, fato que demonstra 
o isolamento desse estado em relação ao núcleo de poder imperial. 
c) À época da independência do Brasil, o fato de a pecuária ainda não ter sido in-
troduzida em Goiás, somado às lutas regionais separatistas, justifica a inexistência 
de correntes migratórias oriundas de outras partes do território brasileiro, o que 
inibiu o aumento da população goiana. 
d) Com a independência do Brasil, Goiás foi uma das poucas capitanias que não 
se transformaram em províncias, tendo ficado subordinada administrativamente à 
província de São Paulo. 
e) A partir da independência, a economia de subsistência goiana foi impulsionada 
devido à redução da tributação devida ao Estado imperial, o que gerou um período 
de crescente prosperidade em Goiás.
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Em Goiás não foi diferente do resto do País. No cenário político do século XIX tí-
nhamos os liberais e conservadores formando os dois principais grupos políticos 
da época. A pecuária está presente em Goiás desde o século XVI. Com a indepen-
dência do Brasil, todas as Capitanias foram transformadas em províncias. Assim 
como, depois da Proclamação da República, as Províncias foram transformadas em 
Estados. Os tributos cobrados pela coroa sempre foram pesados, dificultando o de-
senvolvimento econômico da região.
15. Muito do que o Brasil e Goiás são, na atualidade, resulta de um longo, com-
plexo e, não raro, tortuoso processo histórico que decorre, em larga medida, das 
transformações trazidas pela Revolução de 1930. Em relação a esse processo, im-
pulsionado pelo ideal de modernização, assinale a opção correta.
a) Bulhões, Fleury e Jardim Caiado são sobrenomes importantes da história goia-
na, identificados com a tentativa frustrada de estabelecer um domínio oligárquico 
no estado na Primeira República (até 1930).
b) Pedro Ludovico Teixeira inscreveu seu nome na história de Goiás ao ser alçado 
ao poder estadual após a Revolução de 1930. Aliado do ditador Vargas, ele forta-
leceu o grupo político que liderava e impulsionou, posteriormente, personalidades 
centrais da política goiana, como Mauro Borges. 
c) A partir da década de 40 do século XX, Goiás cresceu e se urbanizou; todavia, 
a ênfase dada à industrialização prejudicou seriamente o agronegócio goiano, que 
passou a desempenhar papel secundário no conjunto da economia estadual, como 
se constata na atualidade. 
d) A divisão territorial que criou o estado do Tocantins, aprovada pela Assembleia 
Constituinte que elaborou a Constituição ora vigente, gerou forte reação entre os 
políticos goianos, tendo recebido a oposição de intelectuais, da sociedade em geral 
e, por fim, do próprio governo de Goiás. 
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e) Embora sua pedra fundamental tenha sido lançada em 1933, a cidade de Goiâ-
nia foi alçada à condição de capital provisória do estado após a instituição do Esta-
do Novo, e, de maneira definitiva, no segundo governo de Getúlio Vargas.
Essas famílias citadas (Bulhões, Fleury e Jardim Caiado) são sobrenomes impor-
tantes da história goiana, identificados com os principais nomes que mantiveram o 
domínio oligárquico no estado na Primeira República (até 1930). O agronegócio e a 
indústria acabaram trançando caminhos paralelos e apoiando-se uma na outra em 
seu desenvolvimento. Concordo que alguns políticos foram contrários, mas a maio-
ria dos intelectuais, como Bernardo Élis, apoiou abertamente a criação do novo Es-
tado. A pedra fundamental de Goiânia foi lançada em 1933, a cidade foi inaugurada 
em 1935 e a transferência da capital ocorreu em 1937.
16. Com relação ao objeto, às funções, às características e aos métodos da crimi-
nologia, assinale a opção correta.
a) A criminologia caracteriza-se por ser uma ciência normativa e unidisciplinar. 
b) O direito penal estabelece condutas vedadas, sob a cominação abstrata de uma 
pena; a criminologia, por sua vez, busca observar cada conduta de infração da lei 
penal como fenômeno humano, biopsicossocial. 
c) A criminologia é disciplina que alimenta o direito penal, mas dele não depende. 
d) Para que a vítima seja considerada como tal pela criminologia, é necessário que 
ela não tenha qualquer tipo de responsabilidade em relação ao crime. 
e) Os objetos da criminologia incluem: o delinquente, a vítima, o Poder Judiciário 
e o controle social.
a) A criminologia é ciência empírica, e não normativa;
c) Estaria incorreta em razão do fato da Criminologia ser uma ciência interdisci-
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plinar, valendo-se de outras ciências, dentre elas o Direito. Entretanto, o CESPE 
anulou a questão.
d) A vítima é um dos objetos de estudo da Criminologia, não havendo que se falar 
de condicionamento para ser considerada como tal;
e) A Criminologia tem por objeto: delito, deliquente, vítima e controle social.
17. A respeito do conceito e das funções da criminologia, assinale a opção correta.
a) A criminologia tem como objetivo estudar os delinquentes, a fim de estabelecer 
os melhores passos para sua ressocialização. A política criminal, ao contrário, tem 
funções mais relacionadas à prevenção do crime.
b) A finalidade da criminologia em face do direito penal é de promover a eliminação 
do crime. 
c) A determinação da etimologia do crime é uma das finalidades da criminologia. 
d) A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as 
concausas da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade. 
e) A criminologia é orientada pela política criminal na prevenção especial e direta 
dos crimes socialmente relevantes, mediante intervenção nas manifestações e nos 
efeitos graves desses crimes para determinados indivíduos e famílias.
A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as con-
causas da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade. Não se 
resume ao estudo dos delinquentes nem busca eliminar o crime, mas contribuir 
com sua prevenção/redução. A determinação da etiologia do crime e não da etimo-
logia do crime é uma das finalidades da criminologia. Por fim, a criminologia orienta 
a política criminal e não o contrário.
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18. Considerando que, para a criminologia, o delito é um grave problema social, 
que deve ser enfrentado por meio de medidas preventivas, assinale a opção correta 
acerca da prevenção do delito sob o aspecto criminológico.
a) A transferência da administração das escolas públicas para organizações sociais 
sem fins lucrativos, com a finalidade de melhorar o ensino público do Estado, é uma 
das formas de prevenção terciária do delito. 
b) O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das atividades delitivas, 
uma vez que o trabalho, como prevenção secundária do crime, é um elemento dis-
suasório, que opera no processo motivacional do infrator. 
c) A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate à criminalidade, 
uma vezque opera, etiologicamente, sobre pessoas determinadas por meio de me-
didas dissuasórias e a curto prazo, dispensando prestações sociais. 
d) Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e supervisionar as 
atividades policiais de investigação de determinado estado, devido ao grande nú-
mero de homicídios não solucionados na capital do referido estado, essa iniciativa 
consistirá diretamente na prevenção terciária do delito. 
e) A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de ações reabilitadoras e 
dissuasórias atuantes sobre o apenado encarcerado, na tentativa de se evitar a 
reincidência.
A prevenção primária é implementada através de programas focados em neutra-
lizar os fatores motivadores das práticas delitivas, buscando promover a educação, 
melhoria da qualidade de vida, saúde, moradia. Tais políticas públicas levadas a 
efeito visam a concretizar os direitos fundamentais, reduzindo a desigualdade e 
prevenindo a prática de crimes. Ocorre, portanto em momento anterior ao crime. 
Caráter de longo prazo.
A prevenção secundária ocorre em momento posterior ao crime ou na sua imi-
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nência. Vai ser implementada em um local ou grupo previamente estudado e defini-
do, tendo em vista a análise quanto a ocorrências específicas de delito ou de maior 
risco de práticas delitivas. Caráter de médio e curto prazo. Tem o foco voltado para 
setores determinados mais propensos a sofrer os efeitos da criminalidade e não em 
toda a sociedade. Efetiva-se por meio de ações policiais específicas, programas de 
apoio, políticas para grupos de risco ou vulneráveis e controle de comunicações.
Por fim, a prevenção terciária, tem como objeto de incidência os detentos, con-
denados e a população carcerária. É focada em programas que evitem a reincidên-
cia. É implementada, por exemplo, através de medidas alternativas como serviços 
comunitários e liberdade assistida). Vai ocorrer em momento posterior à prática do 
crime.
Assim,a) ERRADA, é primária;
b) ERRADA, é primária;
c) ERRADA, a prevenção primária é a mais eficaz. Além disso, a prevenção primária 
NÃO atua sobre pessoas determinadas por meio de medidas dissuasórias e a curto 
prazo, dispensando prestações sociais.
d) ERRADA, é secundária;
19. Em busca do melhor sistema de enfrentamento à criminalidade, a criminologia 
estuda os diversos modelos de reação ao delito. A respeito desses modelos, assi-
nale a opção correta.
a) De acordo com o modelo clássico de reação ao crime, os envolvidos devem re-
solver o conflito entre si, ainda que haja necessidade de inobservância das regras 
técnicas estatais de resolução da criminalidade, flexibilizando-se leis para se chegar 
ao consenso. 
b) Conforme o modelo ressocializador de reação ao delito, a existência de leis que 
recrudescem o sistema penal faz que se previna a reincidência, uma vez que o in-
frator racional irá sopesar o castigo com o eventual proveito obtido. 
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c) Para a criminologia, as medidas despenalizadoras, com o viés reparador à víti-
ma, condizem com o modelo integrador de reação ao delito, de modo a inserir os 
interessados como protagonistas na solução do conflito. 
d) A fim de facilitar o retorno do infrator à sociedade, por meio de instrumentos 
de reabilitação aptos a retirar o caráter aflitivo da pena, o modelo dissuasório de 
reação ao crime propõe uma inserção positiva do apenado no seio social. 
e) O modelo integrador de reação ao delito visa prevenir a criminalidade, conferin-
do especial relevância ao ius puniendi estatal, ao justo, rápido e necessário castigo 
ao criminoso, como forma de intimidação e prevenção do crime na sociedade.
a) Modelo dissuasório – também chamado de modelo retributivo ou clássico, tem 
como base a punição do delinquente e deve ser intimidatória e proporcional ao 
dano causado.
Os protagonistas nesse modelo são o Estado e o Delinquente, não havendo inge-
rência nem da vítima nem da Sociedade> razão de críticas devido à importância 
desses dois elementos na etiologia do crime + potencialização dos conflitos.
b) Modelo Ressocializador – intervém na vida e na pessoa do delinquente. A puni-
ção aplicada não se limita ao castigo, indo além, na direção da reinserção social. 
Aqui a participação da sociedade é muito importante no processo de forma a pre-
venir e afastar estigmas. Modelo humanista objetivando tornar possível a volta do 
condenado com dignidade ao meio social. Há uma preocupação com a utilidade do 
castigo para o delinquente.
c)Modelo Restaurador (Integrador) - Também conhecido como Justiça Restaurativa. 
Visa ao restabelecimento do status quo dos protagonistas antes do conflito crimi-
nal. 
Escopo amplo: visa a recuperar o delinquente, proporcionar assistência à vítima e 
restabelecer o controle social abalado pela prática do delito. A reparação do dano 
gera sua restauração.
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Vamos, então, às assertivas:
a) ERRADA, o modelo clássico foca na punição ao infrator;
b) ERRADA, no modelo ressocializador a punição, para além do castigo, visa à rein-
serção do criminoso na Sociedade;
c) CORRETA;
d) ERRADA, modelo dissuasório é sinônimo de modelo clássico e a descrição na 
assertiva refere-se ao modelo ressocializador;
e) ERRADA, as características descritas na assertiva referem-se ao modelo clássico 
ou retributivo e não ao modelo integrador, como constante no enunciado. 
20. No que se refere às perícias e aos laudos médicos em medicina legal, assinale 
a opção correta.
a) As perícias podem consistir em exames da vítima, do indiciado, de testemunhas 
ou de jurado. 
b) A perícia em antropologia forense permite estabelecer a identidade de crimino-
sos e de vítimas, por meio de exames de DNA, sem, no entanto, determinar a data 
e a circunstância da morte. 
c) A opção pela perícia antropológica deve ser conduta de rotina nos casos em que 
a família da vítima manifestar suspeita de morte por envenenamento. 
d) As perícias médico-legais são restritas aos processos penais e civis. 
e) Laudo médico-legal consiste em narração ditada a um escrivão durante o exa-
me. 
(B) a assertiva se refere às perícias em genética forense e não em antropologia 
forense. 
(C) a assertiva se refere às perícias em toxicologia e não em antropologia forense.
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(D) as perícias médico-legais podem apoiar quaisquer ramos do direito, sendo os 
principais deles, de acordo com frança (2015): direito penal, direito civil, direito 
canônico, direito trabalhista e direito administrativo.
(E) a assertiva se refere ao auto médico-legal e não ao laudo, que deve ser redigido 
pelo próprio perito. 
21. De acordo com Ottolenghi, um indivíduo de pele branca ou trigueira, com íris 
azuis ou castanhas, cabelos lisos ou crespos, louros ou castanhos, com perfil de 
face ortognata ou ligeiramente prognata e contorno anterior da cabeça ovoide é 
classificado como
a) indiano.
b) australoide. 
c) caucásico. 
d) negroide. 
e) mongólico.
O “tipo indiano” não se afigura como um tipo racial definido. Possui estatura alta; 
pele amarelo trigueira, tendente ao avermelhado; cabelos pretos, lisos, espessos e 
luzidios; íris castanhas; crânio mesocéfalo; supercílios espessos; orelhas pequenas; 
nariz saliente, estreito e longo; barba escassa; fronte vertical: zigomas salientes 
e largos. O “tipo australoide” é caracterizado por ter estatura alta; pele trigueira; 
nariz curto e largo; arcadas zigomáticas largas e volumosas; prognatismo maxilare alveolar; cinturas escapular larga e pélvica estreita; dentes fortes; mento retraí-
do; arcadas superciliares salientes e crânio dolicocéfalo. o “tipo negroide” é carac-
terizado por pele negra; cabelos crespos, em tufos; crânio pequeno; perfil facial 
prognata; fronte alta e saliente; íris castanhas; nariz pequeno, largo e achatado; 
perfil côncavo e curto; narinas espessas e afastadas, visíveis de frente e circulares. 
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O “tipo mongólico” é caracterizado por pele amarela; cabelos lisos; face achatada 
de diante para trás; fronte larga e baixa; espaço interorbital largo; maxilares pe-
quenos e mento saliente. 
 
22. Um cadáver jovem, do sexo masculino, encontrado por moradores de uma 
região ribeirinha, estava nas seguintes condições: vestido com calção de banho; 
corpo apresentando dois orifícios, o primeiro deles medindo cerca de 1 cm, ligeira-
mente elíptico, na parte posterior do tórax, na altura da região escapular direita; o 
segundo, de mesmo tamanho que o primeiro, circular, no pescoço, logo abaixo da 
nuca. O primeiro orifício apresentava orla de enxugo, orla de escoriação e orla de 
contusão; em torno do segundo orifício, foram observadas zonas de esfumaçamen-
to e de tatuagem.
Nessa situação hipotética, as lesões descritas
a) foram causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a longa dis-
tância e a curta distância, respectivamente. 
b) decorreram de ação cortocontundente produzida a curta distância. 
c) foram causadas por instrumentos perfurocortantes, e o instrumento que produ-
ziu o segundo orifício foi usado a curta distância. 
d) foram, ambas, causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a 
curta distância. E são compatíveis com a ação de projéteis de alta energia dispara-
dos a longa distância.
As lesões foram causadas por projéteis de arma de fogo, que possuem ação per-
furocontundente. Além disso, zonas de esfumaçamento e tatuagem são caracterís-
ticas de disparos à curta distância (sinônimo de queima roupa). Apesar das lesões 
de entrada de projéteis de alta energia disparados a longa distância, em regra, 
apresentarem orla de enxugo, orla de escoriação e orla de contusão, elas não apre-
sentam zonas de esfumaçamento e tatuagem. 
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23. Em relação às asfixias, assinale a opção correta.
a) A projeção da língua e a exoftalmia são achados suficientes para concluir que 
houve morte não natural. 
b) As equimoses das conjuntivas somente são encontradas nos casos de afoga-
mento. 
c) Nas asfixias, as ocorrências de manchas de hipóstase são raras. 
d) Na sufocação por compressão do tórax, observam-se pulmões congestos e com 
hemorragias. 
e) O cogumelo de espuma é uma característica exclusiva do afogamento.
A projeção da língua e a exoftalmia, de fato, são sinais externos gerais das asfixias 
mecânicas, contudo não são exclusivos de morte não natural. As equimoses con-
juntivais são características gerais das asfixias mecânicas (não apenas no afoga-
mento). Além disso, podem estar associados a traumas causados por energias de 
ordem mecânica. As asfixias, em geral, levam ao aparecimento de livores precoces, 
abundantes e em tonalidades escuras. Em alguns casos de asfixia, como por exem-
plo a intoxicação por monóxido de carbono, os livores se apresentam mais claros, 
de coloração rosada. O cogumelo de espuma é considerado sinal externo geral das 
asfixias mecânicas (não ocorrendo apenas nos casos de afogamento).
24. Com relação ao desenvolvimento mental incompleto ou retardado, assinale a 
opção correta.
a) A primeira manifestação do retardo mental é detectada na pré-escola e a crian-
ça apresenta dificuldades durante a alfabetização. 
b) Os portadores de debilidade mental apresentam personalidade definida e per-
cepção ética. 
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c) O quociente intelectual abaixo de sessenta determina a incapacidade civil. 
d) Indivíduos portadores de debilidade mental são imputáveis perante a lei. 
e) Indivíduos portadores de imbecilidade ou retardo mental profundo são incapa-
zes de se defenderem e cuidarem de si mesmos.
25. Em relação aos aspectos médico-legais dos crimes contra a liberdade sexual, 
assinale a opção correta.
a) A presença de escoriação em cotovelo e de esperma na cavidade vaginal são 
suficientes para caracterizar o estupro. 
b) Equimoses da margem do ânus, hemorragias por esgarçamento das paredes 
anorretais e edemas das regiões circunvizinhas são características de coito anal 
violento. 
c) Em crianças com mudanças de comportamento, a presença de eritemas confir-
ma o diagnóstico de abuso sexual. 
d) A vasectomia feita no indivíduo antes de ele cometer um crime de estupro im-
pede a obtenção de dados objetivos desse crime. 
e) A integridade do hímen invalida o diagnóstico de conjunção carnal.
 A presença de esperma na cavidade vaginal é mero sinal de “conjunção carnal”, 
não sendo suficiente para caracterizar estupro (a não ser no caso de estupro de 
vulneráveis). Eritemas (vermelhidões) podem ser causadas por diversos fatores, 
entre eles, pruridos (coceiras) ou patologias, não sendo suficientes para, de forma 
isolada, conduzir ao diagnóstico de abuso sexual. A dosagem da fosfatase ácida e 
da glicoproteína P30 pode ser feita em situações de violência sexual, mesmo quan-
do os autores são vasectomizados. Os hímens complacentes podem permanecer 
íntegros após conjunção carnal. 
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26. Conforme expressamente previsto na Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de 
Goiás, compete ao delegado titular
a) promover estudos e pesquisas com vistas a fornecer à administração contínuos 
dados indicadores das necessidades futuras de recursos de pessoal, logísticos e 
financeiros. 
b) articular-se com as unidades de investigação, visando à difusão, à troca de in-
formações e ao auxílio operacional na prevenção e repressão de infrações penais. 
c) supervisionar e coordenar as atividades de polícia judiciária e de investigações, 
assim como acompanhar trabalhos administrativos de interesse da atividade de 
investigação. 
d) apresentar, mensal e anualmente, relatório de atividades, bem como dados es-
tatísticos dos trabalhos realizados pelas unidades a ele subordinadas e encaminhá-
-los para os devidos fins. 
e) distribuir as atividades, conforme as atribuições relativas a cada cargo policial 
civil, entre os servidores policiais sob sua direção, de acordo com o perfil desses 
servidores.
Conforme Art. 46. § 3º, inciso VI, da Lei Estadual n.º 16.901/2010 - Compete ao 
Delegado Titular, além das atribuições pertinentes ao cargo efetivo: VI – distribuir 
as atividades, dentre as atribuições relativas ao cargo de que trata esta Lei, entre 
os servidores policiais sob sua direção, de acordo com o perfil por eles demonstra-
do.
27. A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás prevê, entre as atribuições do 
titular de cargo de delegado de polícia,
a) instaurar e presidir, em caráter subsidiário, inquérito policial, termo circuns-
tanciado de ocorrência e outros procedimentos policiais legais para a apuração de 
infração penal ou ato infracional. 
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b) exercer atividades de formalização de procedimentos relacionados com investi-
gações criminais e operações policiais, bem como a execução de serviços cartorá-
rios. 
c) participar e colaborar no planejamento e na execução de investigações criminais 
e na produção de conhecimentos einformações relevantes à investigação criminal. 
d) exercer atividades de identificação humana, por meio da realização de exame 
papiloscópico e representação facial humana, bem como de identificação humana 
civil e criminal. 
e) fazer realizar diligências requisitadas pelo Ministério Público, bem como coorde-
nar, supervisionar e fiscalizar atividades logísticas e finalísticas da unidade sob sua 
direção.
Conforme Art. 49, incisos III e VII, da Lei Estadual n.º 16.901/2010: Art. 49. São 
atribuições dos titulares dos cargos de Delegado de Polícia: III – dirigir, coordenar, 
supervisionar e fiscalizar as atividades logísticas e finalísticas da unidade sob sua 
direção; VII – fazer realizar as diligências requisitadas pelo Juízo Penal ou pelo re-
presentante do Ministério Público
28. A Lei Estadual de Goiás n.º 16.901/2010 prevê expressamente como princípio 
institucional da Polícia Civil a
a) delegabilidade das atribuições funcionais. 
b) indivisibilidade da investigação policial. 
c) proteção dos direitos e garantias fundamentais e interação comunitária. 
d) atuação técnico-científica e imparcial no exercício da perícia oficial. 
e) eficiência na prevenção e na repressão das infrações penais.
Conforme Art. 3, inciso VI, da Lei Estadual n.º 16.901/2010, são princípios institu-
cionais da Polícia Civil: VI – indivisibilidade da investigação policial.
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29. Considere que os motivos determinantes da aposentadoria de determinado 
funcionário aposentado por invalidez tenham sido considerados insubsistentes e, 
como havia vaga, ele tenha retornado à atividade. Conforme a Lei Estadual n.º 
10.460/1988, essa situação configura hipótese de 
a) readmissão. 
b) recondução. 
c) reversão. 
d) aproveitamento. 
e) reintegração.
Reversão é o retorno à atividade do funcionário aposentado por invalidez, quando 
insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria, dependendo sempre da 
existência de vaga.
30. Álvaro e Samuel assaltaram um banco utilizando arma de fogo. Sem ter ferido 
ninguém, Álvaro conseguiu fugir. Samuel, nervoso por ter ficado para trás, atirou 
para cima e acabou atingindo uma cliente, que faleceu. Dias depois, enquanto ca-
minhava sozinho pela rua, Álvaro encontrou um dos funcionários do banco e, tendo 
sido por ele reconhecido como um dos assaltantes, matou-o e escondeu seu corpo.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Alvaro cometeu os crimes de roubo qualificado e homicídio simples. 
b) Samuel cometeu os crimes de roubo simples e homicídio culposo. 
c) Álvaro cometeu os crimes de roubo e homicídio qualificados. 
d) Álvaro cometeu o crime de homicídio qualificado e será responsabilizado pelo 
resultado morte ocorrido durante o roubo. 
e) Álvaro e Samuel cometeram o crime de roubo qualificado pelo resultado morte.
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No roubo em questão, Álvaro atuou em concurso de pessoas com Samuel e por 
isso deve haver identidade de crime para ambos. Assim, Álvaro também será res-
ponsabilizado pela morte, que ocorreu durante e em razão do assalto. Álvaro ainda 
responderá por homicídio qualificado, porque matou testemunha para garantir a 
impunidade do roubo (art. 121, §2º, inc. V, do CP).
31. A respeito de crimes hediondos, assinale a opção correta.
a) Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes hediondos, 
também são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto. 
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado. 
c) Considera-se hediondo o homicídio praticado em ação típica de grupo de exter-
mínio ou em ação de milícia privada. 
d) O crime de roubo qualificado é tratado pela lei como hediondo. 
e) Aquele que tiver cometido o crime de favorecimento da prostituição ou outra 
forma de exploração sexual no período entre 2011 e 2015 não responderá pela 
prática de crime hediondo.
Tráfico de drogas, terrorismo e tortura são crimes equiparados a hediondos e insus-
cetíveis de fiança, graça, anistia e indulto (art. 2º, inc. I e II, da Lei n. 8.072/1990). 
O crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual é 
hediondo desde a entrada em vigor da Lei n. 12.978, de 2014. No tocante ao roubo, 
apenas o latrocínio é hediondo. Homicídio praticado em atividade típica de milícia 
não foi contemplado no rol taxativo de crimes hediondos. O homicídio simples, em 
atividade típica de grupo de extermínio, é hediondo. 
32. Uma jovem de vinte e um anos de idade, moradora da região Sudeste, incon-
formada com o resultado das eleições presidenciais de 2014, proferiu, em redes 
sociais na Internet, diversas ofensas contra nordestinos. Alertada de que estava 
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cometendo um crime, a jovem apagou as mensagens e desculpou-se, tendo afir-
mado estar arrependida. Suas mensagens, porém, têm sido veiculadas por um sítio 
eletrônico que promove discurso de ódio contra nordestinos.
No que se refere à situação hipotética precedente, assinale a opção correta, com 
base no disposto na Lei n.º 7.716/1989, que define os crimes resultantes de pre-
conceito de raça e cor.
a) Independentemente de autorização judicial, a autoridade policial poderá deter-
minar a interdição das mensagens ou do sítio eletrônico que as veicula. 
b) Configura-se o concurso de pessoas nessa situação, visto que o material produ-
zido pela jovem foi utilizado por outra pessoa no sítio eletrônico mencionado. 
c) O crime praticado pela jovem não se confunde com o de injúria racial. 
d) Como se arrependeu e apagou as mensagens, a jovem não responderá por 
nenhum crime. E A conduta da jovem não configura crime tipificado na Lei n.º 
7.716/1989
Trata-se de crime de racismo, previsto no art. 20 da Lei n. 7.716/1989, que não se 
confunde com a injúria racial (art. 140, §3º, do CP). Naquele, o dolo do agente é 
fazer a distinção da pessoa em razão da sua raça, cor, etnia, religião ou procedên-
cia nacional, não havendo sujeito passivo determinado; neste, é apenas ofender a 
pessoa, emitindo conceitos depreciativos ou qualidades negativas, havendo vítima 
determinada.
33. Desde os quinze anos de idade, Mariana, adolescente, vive maritalmente com 
Alfredo, um médico respeitado de quarenta anos de idade. Inicialmente, ela fazia 
trabalhos domésticos na casa de Alfredo, que tendo achado interessante ter uma 
companheira nova, convenceu a família de Mariana de que seria melhor para ela 
casar-se logo, com alguém de posses que pudesse cuidar dela. A família da menina, 
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então, concordou com Alfredo, tendo-a obrigado a ir morar com ele. Ambos casa-
ram-se formalmente quando Mariana completou dezesseis anos de idade. Desde o 
início da convivência dos dois, Mariana era obrigada a fazer sexo com Alfredo, mes-
mo contra sua vontade, e era proibida de sair e ter amizades com pessoas de sua 
idade, sob o argumento de que ela lhe devia obediência por ele ser seu responsável 
legal, já que ela era menor de dezoito anos idade. Após várias tentativas de fuga, 
Mariana, então com dezessete anos de idade, conseguiu pular a janela, depois de 
ter sido novamente violentada, e procurou uma delegacia em busca de ajuda. Na 
delegacia, o agente recusou-se a registrar o boletim de ocorrência, por ter acha-
do que a adolescente não tinha cara de mulher séria e contava mentiras. Em vez 
de encaminhar a menina ao Instituto Médico Legal ou ao hospital para exames, o 
agente mandou-a de volta para casa, tendo oferecido a viatura para acompanhá-la.No mesmo dia, Alfredo matou Mariana. Exumado o corpo da moça, encontraram-se 
sinais de violência sexual e presença de material biológico nos órgãos genitais de 
Mariana e embaixo de suas unhas.
Considerando a situação hipotética precedente e a respeito de crimes contra a ad-
ministração pública, contra a dignidade sexual e contra a pessoa, assinale a opção 
correta.
a) Sendo Mariana menor de dezoito anos de idade e estando sob a responsabilida-
de de Alfredo, não se configurou o crime de cárcere privado. 
b) Como Mariana era casada com Alfredo, o agente agiu corretamente ao mandá-
-la de volta para casa. 
c) O agente cometeu o crime de concussão ao deixar de registrar o boletim de 
ocorrência. 
d) Como Mariana morreu, Alfredo não poderá ser responsabilizado por estupro se 
nenhum dos parentes da vítima oferecer a representação em seu lugar. 
e) Alfredo será indiciado pelos crimes de estupro com causa de aumento de pena, 
homicídio qualificado e cárcere privado.
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Somente caracteriza cárcere privado quando a vítima fica impossibilitada de ir e 
vir, ter contato com a sociedade ou for impedida de escolher o lugar onde pretende 
ficar. A questão evidencia ser esse o caso em várias passagens (Mariana foi obri-
gada a morar com Alfredo, tentou fugir várias vezes, não podia manter contato 
com pessoas da sua idade). O fato de ser menor de idade não é empecilho para o 
delito (ao contrário é hipótese qualificadora – Art. 148, § 1º, IV), bem como não 
modifica o panorama legal o fato de Alfredo ser seu responsável legal (é comum 
pais serem acusados de cárcere privado em relação aos filhos). O agente deveria 
encaminhar Mariana no sentido da obtenção de medidas protetivas da Lei Maria da 
Penha (fazendo exame de corpo de delito e tomando seu depoimento). Responde-
rá por prevaricação (art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato 
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse 
ou sentimento pessoal – o “sentimento pessoal” in casu são as considerações do 
investigador sobre o semblante da vítima como fator de verossimilhança das alega-
ções e pudores na vida privada). Estupro com vítima menor de 18 anos é de ação 
penal pública incondicionada (vide art. 225, parágrafo único do CP). Estupro com 
causa de aumento é estupro majorado. E no fato realmente existe uma causa de 
aumento (art. 226, II do CP). Mas a questão fala estupro, e quando falamos estu-
pro, tecnicamente, estamos falando de estupro simples (modalidade do caput do 
art. 213 do CP), e o caso na verdade é de estupro qualificado do §1º do CP (vítima 
maior de 14 e menor de 18). 
34. Assinale a opção correta, acerca de extinção da punibilidade.
a) Uma lei de anistia pode ser revogada por lei posterior, diante de mudança de 
opinião do Congresso Nacional a respeito da extinção de punibilidade concedida. 
b) Graça e indulto somente podem ser concedidos pelo presidente da República, 
uma vez que tais prerrogativas são insuscetíveis de delegação. 
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c) A punibilidade de qualquer crime pode ser extinta por meio de graça e indulto. 
d) O instituto da prescrição atinge a pretensão de punir ou de executar a pena. 
e) A anistia ou abolitio criminis é causa extintiva de punibilidade discutida no âm-
bito do Poder Legislativo.
A anistia é causa extintiva da punibilidade concedida pelo Congresso Nacional, por 
lei, que deve ser sancionada pelo Presidente da República. Sendo uma lei penal 
benéfica, é retroativa e não pode ser revogada. Caso fosse, não eliminaria a anistia 
concedida anteriormente. A lei revogatória, sendo prejudicial, não teria retroativi-
dade.
O indulto é a indulgência soberana concedida pelo Poder Executivo. Pode ser co-
letivo ou individual. Este último chama-se também graça. Ambos são causas ex-
tintivas da punibilidade concreta e perdoam total ou parcialmente a pena do réu. 
Obedecendo-se a característica do Poder que às subjazem, o indulto é concedido 
para pessoas (hipóteses concretas), enquanto a anistia é concedida para fatos (hi-
póteses abstratas). O indulto individual precisa ser solicitado ao Presidente da Re-
pública (o pedido tem tramitação pelo Ministério da Justiça); o coletivo é concedido 
de ofício, pelo Presidente da República (ou pessoa delegada: Ministro de Estado, 
Procurador-Geral da República ou Advogado-Geral da União, conforme possibilida-
de do parágrafo único do art. 84 da CF), por decreto (isso vem ocorrendo todos os 
anos com o chamado indulto natalino).
Não podem ser concedidas anistia e graça aos crimes hediondos e equiparados, 
conforme o art. 5ª, XLIII da CF (“a lei considerará crimes inafiançáveis e insusce-
tíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respon-
dendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”). A 
Constituição vedou apenas a anistia e a graça nada falando sobre o indulto. A Lei 
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n. 8.072/1990 mencionou as três formas de indulgência soberana. Com isso surgi-
ram duas posições: 1) A lei não poderia ampliar o rol de vedações da CF, e incluir o 
indulto, ou seja, pode o Presidente concedê-lo apesar da vedação legal. O STJ vem 
decidindo dessa forma (STJ 6ª turma – HC 334923/RJ – Rel Ericson Maranhão); 2) 
O indulto é modalidade de graça, é a sua versão coletiva, logo a lei não exorbitou 
os dizeres constitucionais. O STF assim entende, inclusive para crimes praticados 
antes da Lei n. 8.072/1990 (RHC 84572/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ 
acórdão Min. Sepúlveda Pertence, 21.09.2004) (RHC-84572)
Prescrição é a perda do direito de punir do Estado em virtude do transcurso do 
tempo. O direito do Estado de aplicar a pena (pretensão punitiva) ou de executar a 
pena concretizada na sentença (pretensão executória) não pode ser exercido eter-
namente. Depois do transcurso de um certo lapso temporal, ele se extingue, por 
força da prescrição (que só não acontece em poucas exceções, previstas na Cons-
tituição Federal). Existe portanto a prescrição da pretensão punitiva, que atinge o 
direito de aplicar a pena da sentença, e a prescrição da pretensão executória, que 
atinge o direito de executar a pena aplicada na sentença. 
A anistia não é sinônimo de abolitio criminis, uma vez que o comportamento proi-
bido não deixa de ser crime (deixa de ser aplicado a um fato apenas). 
35. Considerando o atual entendimento dos tribunais superiores quanto aos ins-
titutos do Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto do Desarmamento e do 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a opção correta.
a) Ao estabelecer prazo para a regularização dos registros pelos proprietários e 
possuidores de armas de fogo, o Estatuto do Desarmamento criou situação peculiar 
e temporária de atipicidade das condutas de posse e porte de arma de fogo de uso 
permitido e restrito. 
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b) Aquele que fornece a adolescente, ainda que gratuitamente, arma de fogo, 
acessório ou munição de uso restrito ou proibido fica sujeito à sanção penal previs-
ta no ECA, em decorrência do princípio da especialidade. 
c) Pessoa jurídica não pode figurar como sujeito passivo de infração penal consu-
merista, porquanto não se enquadra no conceito de consumidor. 
d) A conduta daquele que promove propaganda enganosa capaz de induzir o con-
sumidor a se comportar de maneira prejudicial à sua saúde somente é penalmentepunível diante da ocorrência de resultado danoso. 
e) O porte ou a posse simultânea de duas ou mais armas de fogo de uso restrito ou 
proibido não configura concurso formal, mas crime único, pois a situação de perigo 
é uma só.
Conforme o relatório do REXT com repercussão geral sobre o assunto: “1. O Esta-
tuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03) favoreceu os possuidores e proprietá-
rios de arma de fogo com duas medidas: (i) permitiu o registro da arma de fogo 
(art. 30) ou a sua renovação (art. 5º, § 3º); e (ii) facultou a entrega espontânea 
da arma de fogo à autoridade competente (art. 32). 2. A sucessão legislativa pror-
rogou diversas vezes o prazo para as referidas medidas, a saber: (i) o Estatuto do 
Desarmamento, cuja publicação ocorreu em 23 de dezembro de 2003, permitiu aos 
proprietários e possuidores de armas de fogo tanto a solicitação do registro quanto 
a entrega das armas no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, após a publicação do 
diploma; (ii) após a edição das leis 10.884/2004, 11.119/2005 e 11.191/2005, o 
prazo final para solicitação do registro de arma de fogo foi prorrogado para 23 de 
junho de 2005, enquanto o termo final para entrega das armas foi fixado em 23 
de outubro de 2005; (iii) a Medida Provisória nº 417 (convertida, posteriormente, 
na Lei nº 11.706/08), cuja publicação ocorreu em 31 de janeiro de 2008, alargou 
o prazo para registro da arma de fogo até a data de 31 de dezembro de 2008, 
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bem como permitiu, sine die, a entrega espontânea da arma de fogo como causa 
de extinção da punibilidade; (iv) por fim, a Lei nº 11.922/2009, cuja vigência se 
deu a partir de 14 de abril de 2009, tornou a prolongar o prazo para registro, até 
31 de dezembro de 2009. 3. A construção jurisprudencial e doutrinária, conquanto 
inexistente previsão explícita de abolitio criminis, ou mesmo de que a eficácia do 
delito previsto no art. 12 do Estatuto do Desarmamento estaria suspensa tem-
porariamente, formou-se no sentido de que, durante o prazo assinalado em lei, 
haveria presunção de que o possuidor de arma de fogo irregular providenciaria a 
normalização do seu registro (art. 30). 4. O art. 12 do Estatuto do Desarmamento, 
que prevê o crime de posse de arma de fogo de uso permitido, passou a ter plena 
vigência ao encerrar-se o interstício no qual o legislador permitiu a regularização 
das armas (até 23 de junho de 2005, conforme disposto na Medida Provisória nº 
253, convertida na Lei nº 11.191/2005), mas a Medida Provisória nº 417, em 31 de 
janeiro de 2008, reabriu o prazo para regularização até 31 de dezembro do mesmo 
ano. 5. No caso sub judice, a vexata quaestio gira em torno da aplicabilidade retro-
ativa da Medida Provisória nº 417 aos fatos anteriores a 31 de janeiro de 2008, à 
luz do art. 5º, XL, da Constituição, que consagra a retroatividade da lex mitior, ca-
bendo idêntico questionamento sobre a retroeficácia da Lei nº 11.922/2009 em re-
lação aos fatos ocorridos entre 1º de janeiro de 2009 e 13 de abril do mesmo ano. 
6. Consectariamente, é preciso definir se a novel legislação deve ser considerada 
abolitio criminis temporária do delito previsto no art. 12 da Lei nº 10.826/03, caso 
em que impor-se-ia a sua eficácia retro-operante. 7. O possuidor de arma de fogo, 
no período em que vedada a regularização do registro desta, pratica conduta típica, 
ilícita e culpável, porquanto cogitável a atipicidade apenas quando possível presu-
mir que o agente providenciaria em tempo hábil a referida regularização, à míngua 
de referência expressa, no Estatuto do Desarmamento e nas normas que o altera-
ram, da configuração de abolitio criminis. 8. A jurisprudência desta Corte é assente 
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no sentido de que, verbis: “I - A vacatio legis de 180 dias prevista nos artigos 30 e 
32 da Lei 10.826/2003, com a redação conferida pela Lei 11.706/2008, não tornou 
atípica a conduta de posse ilegal de arma de uso restrito. II – Assim, não há falar 
em abolitio criminis, pois a nova lei apenas estabeleceu um período de vacatio legis 
para que os possuidores de armas de fogo de uso permitido pudessem proceder à 
sua regularização ou à sua entrega mediante indenização. III – Ainda que assim 
não fosse, a referida vacatio legis não tem o condão de retroagir, justamente por 
conta de sua eficácia temporária” (RHC 111637, Relator(a): Min. RICARDO LEWA-
NDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 05/06/2012). Em idêntico sentido: HC 
96168, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 09/12/2008. 9. 
O Pretório Excelso, pelos mesmos fundamentos, também fixou entendimento pela 
irretroatividade do Estatuto do Desarmamento em relação aos delitos de posse de 
arma de fogo cometidos antes da sua vigência”
A atipicidade era relativa a arma de uso permitido e não abrangia o porte. 
Aquele que fornece a adolescente, ainda que gratuitamente, arma de fogo, aces-
sório ou munição de uso restrito ou proibido fica sujeito à sanção do art. 16, pará-
grafo único, V do Estatuto do Desarmamento. 
O Superior Tribunal de Justiça tem aplicado o Código de Defesa do Consumidor em 
discussões envolvendo apenas empresas. A ampliação do conceito de consumidor 
final, alcançando a pessoa jurídica, é possível se a empresa for vulnerável (hipos-
suficiente técnico ou econômica) na relação, mesmo que o produto seja usado 
como insumo.
O delito do art. 64 do CDC é delito de mera conduta (sob o ponto de vista do resul-
tado natural) e de perigo abstrato (sob o ponto de vista do resultado jurídico), não 
havendo que se falar em necessidade da ocorrência de resultado danoso (seja do 
ponto de vista do objeto material ou do objeto jurídico do delito) para a sua con-
sumação: a consumação do delito descrito no art. 68 exaure-se na conduta hábil 
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a induzir o consumidor a comportar-se de maneira perigosa ou prejudicial à sua 
saúde e segurança, não se exigindo a observância de um resultado danoso efetivo. 
(Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de 
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde 
ou segurança).
O porte ou a posse simultânea de duas ou mais armas de fogo de uso restrito ou 
proibido não podem caracterizar vários violações ao tipo penal de enquadramento 
(12, 14 ou 16 do Estatuto do Desarmamento) uma vez que as figuras de adequação 
são de perigo e não de dano. Figuras delitivas de dano podem caracterizar con-
curso formal uma vez que se podem constatar vários danos a partir de uma única 
conduta, mas o contexto da situação de perigo é sempre único – existir mais de 
uma “fonte” do perigo não muda o status da conjuntura perigosa já que ou existe 
a situação de perigo ou não, e uma vez que essa se caracteriza não existe como 
divisar “perigos autônomos”, cada um como um resultado típico concreto distinto. 
Obs.: o STJ (RECURSO ESPECIAL Nº 1.624.295-GO 2016/0234348-9) já entendeu 
em sentido diverso quando dentre as armas possuídas ou portadas estavam arte-
fatos de uso restrito e permitido, sustentando a impossibilidade do reconhecimento 
do crime único nesta hipótese, visto que o bem jurídico protegido pelo artigo 12 é 
a paz e a segurança pública, enquanto tipo penal previsto no artigo 16 da Lei nº 
10.826/2003 tutela, além da paz e da segurança pública, a confiabilidade no ca-
dastro do Sistema Nacional de Armas, in verbis: “somente pode ser reconhecido 
o crime único quando são apreendidos, no mesmo contexto fático, mais de uma 
arma ou munição capitulado no mesmo tipo penal, tendo em vista a ocorrência deuma única lesão ao bem jurídico protegido, situação que não ocorre na hipótese 
dos autos, porquanto a conduta praticada pelo recorrido se amolda a tipos penais 
diversos, (...).”
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36. Considerando o disposto na Lei n.º 11.343/2006 e o posicionamento jurispru-
dencial e doutrinário dominantes sobre a matéria regida por essa lei, assinale a 
opção correta. 
a) Em processo de tráfico internacional de drogas, basta a primariedade para a 
aplicação da redução da pena. 
b) Dado o instituto da delação premiada previsto nessa lei, ao acusado que colabo-
rar voluntariamente com a investigação policial podem ser concedidos os benefícios 
da redução de pena, do perdão judicial ou da aplicação de regime penitenciário 
mais brando. 
c) É vedada à autoridade policial a destruição de plantações ilícitas de substâncias 
entorpecentes antes da realização de laudo pericial definitivo, por perito oficial, no 
local do plantio. 
d) Para a configuração da transnacionalidade do delito de tráfico ilícito de drogas, 
não se exige a efetiva transposição de fronteiras nem efetiva coautoria ou partici-
pação de agentes de estados diversos. 
e) O crime de associação para o tráfico se consuma com a mera união dos envol-
vidos, ainda que de forma individual e ocasional.
Os requisitos legais para que o agente faça jus à causa de diminuição da pena do 
art. 33, §4º são cumulativos, exigindo, além da primariedade do agente, bons an-
tecedentes, não dedicação às atividades criminosas e nem integração de organiza-
ção criminosa. Vide (STF, HC 98.803/MS, 94.655/MT, HC 111.954/DF).
Conforme o Art. 41: “O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a 
investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso 
de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços”. Logo os demais efei-
tos trazidos pela questão (perdão judicial ou da aplicação de regime penitenciário 
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mais brando) não estão presentes na legislação de drogas. É bastante questionável 
se este dispositivo permanece em vigor: prevalece na melhor doutrina o entendi-
mento que todo regramento sobre delação premiada hoje estão na lei de Proteção 
à Testemunha (que estipula as hipóteses de cabimento) e na Lei do Crime Organi-
zado (que estipula o procedimento). 
Conforme a Lei n. 11.343/2006 que em seu art. 32 aduz:“As plantações ilícitas 
serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, 
que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de 
levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas 
as medidas necessárias para a preservação da prova”. (Art. 50-A. A destruição de 
drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incine-
ração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guar-
dando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo, aplicando-se, no que 
couber, o procedimento dos §§ 3o a 5o do art. 50).
Para se reconhecer a transnacionalidade do delito, não é preciso o concurso de 
agentes de Estados diversos. A Lei n.11.343/2006 substituiu a expressão inter-
nacional, que constava da Lei n. 6.368/1976, por transnacional, não se exigindo, 
para a incidência da causa de aumento, a presença de agentes brasileiros e estran-
geiros, ou de conluio entre eles (STJ, Resp. 593297, Laurita Vaz, 5ª T., u., 9.3.04). 
Para o inciso I art. 40 da Lei n. 11.343/2006 basta, para a caracterização do tráfico 
transnacional, a natureza ou procedência da substância ou produto, bem como as 
circunstâncias do fato, afastando a tese da necessidade da cooperação interna-
cional para incidência da majorante. É também desnecessário comprovar que a 
droga efetivamente tocou dois Estados diversos, bastando demonstrar a intenção 
do infrator em remetê-la para país diverso (STJ, Habeas Corpus 123761, Arnaldo 
de Lima, 5ª T., 16.3.10), sendo apreendida a substância em vias de ser exportada.
É um crime autônomo. Exige estabilidade e permanência apesar de a lei tratar que 
os crimes que se desejam praticar possam ser reiterados ou não.
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37. Com base no disposto no ECA, assinale a opção correta.
a) Cabe à autoridade judiciária ou policial competente a aplicação das medidas es-
pecíficas de proteção relacionadas no ECA, mediante prévia notificação do conselho 
tutelar. 
b) É cabível a aplicação de medida socioeducativa de internação ao penalmente 
imputável com idade entre dezoito e vinte e um anos e que era menor à época da 
prática do ato infracional. 
c) Não há prazo mínimo para o cumprimento da liberdade assistida fixada pelo 
ECA, sendo o limite fixado de acordo com a gravidade do ato infracional e as cir-
cunstâncias de vida do adolescente. 
d) O crime de corrupção de menores se consuma quando o infrator pratica infração 
penal com o menor ou o induz a praticá-la, sendo imprescindível, para sua configu-
ração, a prova da efetiva corrupção do menor. 
e) O ECA prevê expressamente os prazos de prescrição das medidas socioeduca-
tivas.
A questão 37 é considerada uma questão de nível médio pois depende de conheci-
mento da lei seca e posicionamento majoritário da jurisprudência. Com base na Lei 
n. 8.069/1990, podemos identificar as seguintes justificativas para as alternativas 
da questão:
A alternativa “a” está errada em razão da ausência no ECA de atribuição para apli-
cação das medidas de proteção elencadas no Título II pelo Delegado de Polícia. A 
autoridade competente de que trata o art. 101 é somente o Juiz ou o Conselho Tu-
telar, já as medidas elencadas no art. 112, que dizem respeito aos atos infracionais 
são da competência do Juiz. Outras atribuições no ECA, como a apuração de infra-
ção administrativa às normas de proteção à criança, prevista no art. 194, também 
é realizado pelo Juiz, não obstante ter início por representação do Ministério Público 
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ou lavratura de auto de infração elaborado por servidor efetivo ou voluntário cre-
denciado, onde poderá haver em cada Estado a previsão, do Comissário da Infância 
e Juventude.
Em suma, o ECA é totalmente silente quanto ao estabelecimento de atribuições 
para o Delegado de Polícia para aplicação de medidas protetivas, socioeducativas 
ou administrativas.
A alternativa “b” está correta em razão do que dispõe o art. 2º, parágrafo único 
combinado com o art. 121, §5º, inserido na seção da internação, que por sua vez, 
compõe o rol do capítulo das medidas socioeducativas, donde se deduz plenamente 
possível que a pessoa maior de 18 anos e menor de 21 anos possa ser submetida 
à medida prevista no ECA, que assim dispõem:
“Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de 
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Es-
tatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade”.
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princí-
pios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em 
desenvolvimento.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
A alternativa “c” está errada pois o art. 118, §2º do ECA fixa um prazo mínimo para 
a medida da semiliberdade, que é de 6 (seis) meses.
A alternativa “d” está errada pois o entendimentomajoritário na doutrina e na ju-
risprudência é de que o crime de corrupção de menores previsto no art. 244-B do 
ECA é formal, não havendo necessidade de resultado naturalístico para que o crime 
seja considerado consumado, conforme verbete de súmula 500 do STJ, oriundo 
do julgado da 3ª seção, em 23/10/2013, DJe 28/10/2013, por força dos prece-
dentes AgRg no REsp 1342923/PR, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado 
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em 05/02/2013; HC 182.805/DF, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado em 
18/12/2012; HC 164.359/DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julga-
do em 10/04/2012: “A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da 
prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.” Isto significa 
dizer que, segundo o Min. Sebastião Reis Júnior, a simples participação do menor 
no ato delitivo é suficiente para a sua consumação, sendo irrelevante seu grau pré-
vio de corrupção, tendo em vista que cada repetição de prática criminosa na qual 
é inserido contribui para aumentar sua degradação moral do menor (bem jurídico 
tutelado). Segue o mesmo entendimento o STF, conforme RHC 111.434, Rel. Min. 
Cármen Lúcia, Primeira Turma, julgado em 03/04/2012: “(...) O crime de corrup-
ção de menores é formal, não havendo necessidade de prova efetiva da corrupção 
ou da idoneidade moral anterior da vítima, bastando indicativos do envolvimento 
de menor na companhia do agente imputável.” 
A alternativa “e” está errada porque o ECA não prevê prazos prescricionais para as 
medidas socioeducativas. Desta forma o STJ, através da súmula 338, previu que “a 
prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas.”, em razão da aplicação 
subsidiária das “normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as 
pertinentes ao Código de Processo Penal.”, conforme dispõe o art. 226 do ECA.
38. À luz do posicionamento jurisprudencial e doutrinário dominantes acerca das 
disposições da Lei n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), assinale a opção correta.
a) Caracteriza o crime de desobediência o reiterado descumprimento, pelo agres-
sor, de medida protetiva decretada no âmbito das disposições da Lei Maria da Pe-
nha. 
b) Em se tratando dos crimes de lesão corporal leve e ameaça, pode o Ministério 
Público dar início a ação penal sem necessidade de representação da vítima de vio-
lência doméstica. 
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c) No caso de condenação à pena de detenção em regime aberto pela prática do 
crime de ameaça no âmbito doméstico e familiar, é possível a substituição da pena 
pelo pagamento isolado de multa. 
d) No âmbito de aplicação da referida lei, as medidas protetivas de urgência pode-
rão ser concedidas independentemente de audiência das partes e de manifestação 
do Ministério Público, o qual deverá ser prontamente comunicado. 
e) Afasta-se a incidência da Lei Maria da Penha na violência havida em relações 
homoafetivas se o sujeito ativo é uma mulher.
A questão 38 é considerada de nível médio, porque exige conhecimento da legisla-
ção e da jurisprudência.
A alternativa “a” está errada, porque vem prevalecendo o entendimento no âmbito 
do STJ de que o não atendimento das medidas protetivas por parte do agressor não 
configura crime de desobediência em razão da possibilidade de outra medida em 
seu lugar, qual seja a prisão preventiva, prevista no art. 313, III do CPP, seguindo 
a orientação majoritária na doutrina de se aplicar qualquer outra medida prevista 
para que se dê efetividade à medida judicial descumprida, sendo cabível somente o 
crime, se houver previsão expressa em lei para se sancionar com este crime o re-
calcitrante, conforme ficou exposto no HC 394.567/SC, Rel. Ministra Maria Thereza 
de Assis Moura, Sexta Turma, julgado em 09/05/2017, DJe 15/05/2017: 
“(....)Na espécie, o descumprimento de medida protetiva, no âmbito da Lei Maria 
da Penha, não enseja o delito de desobediência, porquanto, além de não existir 
cominação legal a respeito do crime do artigo 330 do Código Penal, há previsão 
expressa, no Código de Processo Penal, de prisão preventiva, caso a medida judicial 
não seja cumprida.(....)” 
A alternativa “b” está errada, porque o debate em torno da natureza da ação pe-
nal que se deu na ADI 4424 e a ADC 19 disse respeito ao crime de lesão corporal 
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de natureza leve e não ao crime de ameaça, consequentemente, quanto ao crime 
de lesão corporal leve, a ação penal é pública incondicionada, por força da consti-
tucionalidade do art. 41 da Lei n. 11.340/2006, na qual exclui a incidência da Lei 
n. 9.099/1995, consequentemente, retirou a possibilidade de aplicação do art. 88 
da Lei n. 9.099/1995, que transformou em ação penal pública condicionada a re-
presentação o crime de lesão corporal leve. Contudo em nada afetou a redação do 
art. 147, parágrafo único do Código Penal, que continua exigindo a representação 
como condição específica da ação, ou condição objetiva de punibilidade, ou, sim-
plesmente, condição da ação para que o legitimado ordinário (MP) possa demandar 
em juízo em face do autor da ameaça, restando, portanto pública condicionada a 
representação o crime de ameaça, mesmo no âmbito da violência contra o gênero 
feminino.
A alternativa “c” está errada, porquanto há previsão em sentido oposto a essa as-
sertiva no disposto do art. 17 da LMP:
“É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, 
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substitui-
ção de pena que implique o pagamento isolado de multa.”
A alternativa “d” está correta porquanto há previsão neste exato sentido no 19, §1º 
da LMP:
“Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a 
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, inde-
pendentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, 
devendo este ser prontamente comunicado”.
A questão não possui maiores dificuldades, tendo em vista que se trata de uma 
medida de urgência, consequentemente, em qualquer estudo sobre medidas cau-
telares de urgência é comum em nosso ordenamento o contraditório diferido no 
tempo em fatos sob essas circunstâncias de cunho emergencial. 
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A alternativa “e” está errada porquanto além de haver previsão expressa na lei em 
sentido oposto a essa assertiva, é também o entendimento da doutrina e jurispru-
dência de incidência da lei Maria da Penha, independente da orientação sexual, 
conforme art. 5º, parágrafo único da LMP: 
“Art. 5º ......
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de 
orientação sexual”.
39. Em relação às disposições expressas nas legislações referentes aos crimes de 
trânsito, contra o meio ambiente e de lavagem de dinheiro, assinale a opção cor-
reta.
a) Em relação aos delitos ambientais, constitui crime omissivo impróprio a conduta 
de terceiro que, conhecedor da conduta delituosa de outrem, se abstém de impedir 
a sua prática. 
b) Para a caracterização do delito de lavagem de dinheiro, a legislação de regência 
prevê um rol taxativo de crimes antecedentes, geradores de ativos de origem ilíci-
ta, sem os quais o crime não subsiste. 
c) A colaboração premiada de que trata a Lei de Lavagem de Dinheiro poderá 
operar a qualquer momento da persecução penal, até mesmo após o trânsito em 
julgado da sentença. 
d) É vedadaa imposição de multa por infração administrativa ambiental cominada 
com multa a título de sanção penal pelo mesmo fato motivador, por violação ao 
princípio do non bis in idem. 
e) A prática de homicídio culposo descrita no Código de Trânsito enseja a aplicação 
da penalidade de suspensão da permissão para dirigir, pelo órgão administrativo 
competente, mesmo antes do trânsito em julgado de eventual condenação.
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A questão 39 é de dificuldade média porque exige do aluno conhecimento da legis-
lação e da doutrina.
A alternativa “a” está errada, porque nos crimes omissivos impróprios ou comis-
sivos por omissão, para assim se configurarem, é necessário que o agente esteja 
imerso nas circunstâncias previstas no art. 13, §2º do Código Penal, segundo os 
quais desenha-se a relevância causal para as omissões provocadas pelos denomi-
nados “agentes garantidores”, que nos crimes ambientais também foram previstos 
no art. 2º da Lei 9.605/98:
“Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos 
nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, 
bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o 
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da 
conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir 
para evitá-la.”
Como se percebe, o referido artigo 2º da LA, seguindo a lógica do art. 13, §2º do 
CP, elenca as pessoas denominadas como agentes garantidores para efeitos dos 
crimes comissivos ambientais e a questão da prova generalizou a figura, configu-
rando-se uma afirmativa equivocada a respeito do tema.
A alternativa “b” está errada, porque a Lei 9.613/98, após alteração dada pela 
Lei 12.683/12, empreendeu extinção do rol taxativo de crimes antecedentes para 
caracterização do crime de lavagem de dinheiro, que era previsto em seu artigo 
primeiro, configurando assim, o que a doutrina denomina de legislação de lavagem 
de dinheiro de 3ª geração, pelos quais, ao contrário de outrora, não se exige um 
crime específico na qual a lavagem deva estar relacionada, bastando se tratar a 
lavagem, conforme tipicidade do atual art. 1º, a conduta de ocultar ou dissimular a 
natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, 
direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de “infração penal”, 
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incluindo-se assim, no rol de ilícitos antecedentes, os crimes e as contravenções 
penais, outra inovação trazida pela nova redação. Antes da Lei 12.683/12 de fato 
havia um rol taxativo e limitado de “crimes” antecedentes onde não se dispunha 
das contravenções penais, deixando a lavagem de dinheiro, por exemplo, oriunda 
da contravenção do jogo do bicho, impune.
A alternativa “c” está correta, tendo em vista o entendimento da doutrina de que a 
nova redação ao art. 1º, §5º, alterada pela Lei 12.683/12, inovou na expressão “a 
qualquer tempo”, na qual não existia na anterior, conforme destacamos:
“Art.1º .....
§ 5º. A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime 
aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a 
qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe 
colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que 
conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores 
e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.”
Neste sentido, podemos citar a doutrina de Marcos Paulo Dutra, em sua obra Co-
laboração (Delação) Premiada, 2ª Ed. Salvador: Juspodvm, 2017, p. 125, na qual, 
citando outros autores, como Gustavo Badaró, Pierpaolo Bottini e Renato Brasileiro, 
entende que a expressão “a qualquer tempo” autoriza que a delação premiada seja 
realizada em qualquer fase processual, inclusive após a sentença, sem ou com o 
trânsito em julgado. 
A alternativa “d” está errada, tendo em vista que não há vedação na legislação 
ambiental de se vedar a cumulação da sanção administrativa com a sanção penal 
quando a natureza delas for pecuniária. O art. 3º da LA disciplina que as sanções 
poderão ser de natureza administrativa, civil e penal, sem excepcionar essa auto-
nomia dos ramos do Direito e seus consectários sancionatórios, consequentemente 
não poderiam ser consideradas hipóteses de violação ao princípio do non bis in 
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idem, princípio que norteia a aplicação da pena, restando resguardadas as referias 
autonomias entre as sanções.
A alternativa “e” está errada, porque a questão traz como consequência de uma 
decisão condenatória de homicídio culposo, sem se importar com o trânsito em 
julgado, a aplicação da suspensão do direito de dirigir pela autoridade adminis-
trativa. Em outras palavras, sendo o sujeito condenado por homicídio culposo a 
pena privativa e restritiva, conforme preconiza o preceito secundário do art. 302 
da Lei 9.503/97, a autoridade administrativa, diante desta circunstância, já pode-
ria sancionar o réu, como se fosse uma consequência automática da decisão penal 
condenatória, contrariando o art. 293, §§1º e 2º, que não somente condiciona o 
cumprimento da suspensão ao trânsito em julgado, como também atribui condição 
suspensiva de cumprimento da pena privativa de liberdade, e, somente após cum-
prida a privação da liberdade , se iniciaria a pena restritiva de suspensão do direito 
de dirigir.
 
40. Pedro, Joaquim e Sandra foram presos em flagrante delito. Pedro, por ter ofen-
dido a integridade corporal de Lucas, do que resultou debilidade permanente de 
um de seus membros; Joaquim, por ter subtraído a bicicleta de Lúcio, de vinte e 
cinco anos de idade, no período matutino — Lúcio a havia deixado em frente a uma 
padaria; e Sandra, por ter subtraído o carro de Tomás mediante grave ameaça.
Considerando-se os crimes cometidos pelos presos, a autoridade policial poderá 
conceder fiança a
a) Joaquim somente. 
b) Pedro somente. 
c) Pedro, Joaquim e Sandra. 
d) Pedro e Sandra somente. 
e) Joaquim e Sandra somente.
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Considerando que o crime cometido por Joaquim foi de furto simples, ex vi art. 155, 
caput, CP, tem pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa e, conforme o art. 322 do 
CPP, literis, “A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos ca-
sos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior 
a 4 ( quatro) anos”.
41. O Código de Processo Penal prevê a requisição, às empresas prestadoras de 
serviço de telecomunicações, de disponibilização imediata de sinais que permitam 
a localização da vítima ou dos suspeitos de delito em curso, se isso for necessário à 
prevenção e à repressão de crimes relacionados ao tráfico de pessoas. Essa requi-
sição pode ser realizada pelo
a) delegado de polícia, independentemente de autorização judicial e por prazo in-
determinado. 
b) Ministério Público, independentemente de autorização judicial, por prazo não 
superior a trinta dias, renovável por uma única vez, podendo incluir o acesso ao 
conteúdo da comunicação. 
c) delegado de polícia, mediante autorização judicial e por prazo indeterminado, 
podendo incluir o acesso ao conteúdo da comunicação. 
d) delegado de polícia, mediante autorização judicial, devendo o inquérito policial 
ser instaurado no prazo máximo de setenta e duas horas do registro da respectiva 
ocorrência policial. 
e) MinistérioPúblico, independentemente de autorização judicial e por prazo inde-
terminado.
Tendo em vista o que ordena o art. 13-B caput e seu 3º, in verbis: art. 13-B – Se ne-
cessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o 
membro do Ministério Público ou o Delegado de Polícia poderão requisitar, mediante 
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autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/
ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – 
como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos 
suspeitos do delito em curso. (...) §3º – Na hipótese prevista neste artigo, o 
inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e 
duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial.
42. Cláudio, maior e capaz, residente e domiciliado em Goiânia – GO, praticou de-
terminado crime, para o qual é prevista ação penal privada, em Anápolis – GO. A 
vítima do crime, Artur, maior e capaz, é residente e domiciliada em Mineiros – GO. 
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto no Código de Processo Penal, 
o foro competente para processar e julgar eventual ação privada proposta por Artur 
contra Cláudio será
a) Anápolis – GO ou Goiânia – GO. 
b) Goiânia – GO ou Mineiros – GO. 
c) Goiânia – GO, exclusivamente. 
d) Anápolis – GO, exclusivamente. 
e) Mineiros – GO, exclusivamente.
Levando-se em conta o que, no caso de ação penal exclusivamente privada, mesmo 
que conhecido o local da infração, o querelante pode optar pelo foro do domicílio ou 
residência do réu, vide o que prescreve o CPP no seu art. 73, literis: “Nos casos de 
exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou 
da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração”.
43. Suponha que o réu em determinado processo criminal tenha indicado como 
testemunhas o presidente da República, o presidente do Senado Federal, o prefeito 
de Goiânia – GO, um desembargador estadual aposentado, um vereador e um mili-
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tar das Forças Armadas. Nessa situação hipotética, conforme o Código de Processo 
Penal, poderão optar pela prestação de depoimento por escrito 
a) o presidente do Senado Federal e o desembargador estadual. 
b) o prefeito de Goiânia – GO e o militar das Forças Armadas. 
c) o desembargador estadual e o vereador. 
d) o presidente da República e o presidente do Senado Federal. 
e) o presidente da República e o vereador.
Considerando-se o que ordena o CPP no seu art. 221, §1º, in verbis: O Presiden-
te e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da 
Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela 
prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas 
pelas partes e deferidas pelo juiz, lhes serão transmitidas por ofício.
44. Com relação a questões e processos incidentes, assinale a opção correta.
a) Não poderá ser arguida a suspeição dos intérpretes. 
b) Não poderá ser arguida a suspeição dos funcionários da justiça. 
c) Não poderá ser arguida a suspeição do órgão do Ministério Público. 
d) Não poderá ser arguida a suspeição das autoridades policiais nos atos do inquérito.
e) Não poderá ser arguida a suspeição dos peritos.
Tendo em vista o que determina o CPP no seu art. 107, literis: “Não se poderá 
opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão 
elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.”
45. Relativamente à aplicação da lei processual penal no tempo e no espaço e aos 
princípios processuais penais constitucionais, assinale a opção correta.
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a) O Código de Processo Penal normatiza o processamento das relações proces-
suais penais em curso perante todos os juízos e tribunais brasileiros, aplicando-se, 
em caráter subsidiário, as normas procedimentais que versem sobre matérias es-
peciais. 
b) Segundo entendimento expendido pelo STF, a atração por continência ou cone-
xão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denuncia-
dos constitui violação das garantias do juiz natural e da ampla defesa. 
c) A gravação ambiental por meio de fita magnética, de conversa entre presentes, 
feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro é considerada prova 
ilícita, pois viola preceito constitucional. 
d) O princípio da extraterritorialidade adotado pelo direito processual penal brasi-
leiro não ofende a soberania de outros Estados, já que os ordenamentos jurídicos 
de todas as nações convergem para o combate às condutas delitivas. 
e) A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável tanto nos processos 
que se iniciarem após a sua vigência, quanto nos processos que já estiverem em 
curso no ato da sua vigência, e até mesmo nos processos que apurarem condutas 
delitivas ocorridas antes da sua vigência. 
Levando-se em conta o que determina o CPP no seu art. 2º, in literis: “A lei pro-
cessual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior”.
46. Acerca de jurisdição e competência em matéria criminal, assinale a opção cor-
reta.
a) Segundo entendimento do STJ, é de competência da justiça estadual processar 
e julgar crime contra funcionário público federal, estando ou não este no exercício 
da função. 
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b) A competência para julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a pres-
tação de contas perante o órgão federal será dos juízes federais da seção judiciária 
da localidade em que o prefeito exercer ou tiver exercido o mandato. 
c) A competência para julgar governador de estado que, no exercício do mandato, 
cometa crime doloso contra a vida será do tribunal do júri da unidade da Federação 
na qual aquela autoridade tenha sido eleita para o exercício do cargo público. 
d) A competência para processar e julgar crime de roubo que resulte em morte da 
vítima será do tribunal do júri da localidade em que ocorrer o fato criminoso. 
e) No Estado brasileiro, a jurisdição penal pode ser exercida pelo STF, e em todos 
os graus de jurisdição das justiças militar e eleitoral, e das justiças comuns estadu-
al e federal, dentro do limite da competência fixada por lei
Considerando-se que, no ordenamento jurídico pátrio, tanto o STF quanto as jus-
tiças “especiais” (eleitoral e militar), bem como as justiças comuns (estadual e 
federal), exercem jurisdição criminal.
47. No que tange ao procedimento criminal e seus princípios e ao instituto da liber-
dade provisória, assinale a opção correta.
a) O descumprimento de medida cautelar imposta ao acusado para não manter 
contato com pessoa determinada é motivo suficiente para o juiz determinar a subs-
tituição da medida por prisão preventiva, já que a aplicação de outra medida re-
presentaria ofensa ao poder imperativo do Estado além de ser incompatível com o 
instituto das medidas cautelares. 
b) Concedida ao acusado a liberdade provisória mediante fiança, será inaplicável a 
sua cumulação com outra medida cautelar tal como a proibição de ausentar-se da 
comarca ou o monitoramento eletrônico. 
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c) Compete ao juiz e não ao delegado a concessão de liberdade provisória, me-
diante pagamento de fiança, a acusado de crime hediondo ou tráfico ilícito de en-
torpecente. 
d) Caso, após sentença condenatória, advenha a prescrição da pretensãopunitiva 
e seja declarada extinta a punibilidade por essa razão, os valores recolhidos a título 
de fiança serão integralmente restituídos àquele que a prestou. 
e) Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório a defesa 
que, firmada por advogado dativo, se apresentar deficiente e resultar em prejuízo 
comprovado para o acusado
Tendo em vista o que a Corte Excelsa já consolidou na Súmula 523 STF: “No pro-
cesso penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só 
o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”.
48. Com referência a citação e intimação no processo penal, assinale a opção cor-
reta.
a) A citação do réu preso poderá ser cumprida na pessoa do procurador por ele 
constituído na fase policial. 
b) As intimações dos defensores públicos nomeados pelo juízo devem ser realiza-
das mediante publicação nos órgãos incumbidos da publicidade dos atos judiciais 
da comarca, e não os havendo, pelo escrivão, por mandado ou via postal. 
c) Os prazos para a prática de atos processuais contam-se da data da intimação e 
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
d) Em função dos princípios da simplicidade, informalidade e economia processual, 
é admissível a citação por edital e por hora certa nos procedimentos sumaríssimos 
perante juizado especial criminal. 
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e) No procedimento comum, não se admite a citação ficta nem tampouco a contu-
mácia do réu. 
Levando-se em conta o entendimento consolidado na Suprema Corte, no bojo da 
Súmula 710 STF: “No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e 
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem”.
49. Acerca de investigação criminal e juizados especiais criminais, assinale a opção 
correta.
a) No juizado especial criminal, é inadmissível a transação penal caso se comprove 
que o autor da infração foi condenado em sentença definitiva por crime ou contra-
venção penal de caráter culposo ou doloso. 
b) Para definição da competência do juizado especial criminal no concurso material 
de crimes, a soma das penas máximas cominadas para cada crime não pode exce-
der a dois anos. 
c) Não se admite a transação penal nem a composição civil dos danos nos proces-
sos de competência dos juizados especiais criminais que, por motivo de conexão ou 
continência, tiverem sua competência deslocada para o tribunal do júri. 
d) O delegado-geral de polícia civil, no âmbito estadual, ou o delegado regional, no 
âmbito territorial, poderão, mediante despacho fundamentado, avocar ou determi-
nar a redistribuição de autos de inquérito policial, sempre que a infração penal a ser 
apurada for de interesse do Poder Executivo da respectiva unidade da Federação. 
e) Caberá recurso especial contra a decisão da turma recursal dos juizados espe-
ciais criminais que negue provimento a recurso interposto contra sentença penal 
condenatória, caso seja demonstrada ofensa a dispositivo de norma infraconstitu-
cional.
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Considerando-se que a competência do Juizado Especial criminal (JECRIM) é fir-
mado em face da pena de alçada de 2 anos, vide art. 61 da Lei 9099/1995, literis: 
“Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta 
Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não su-
perior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa”. Logo, para o estabelecimento 
da competência do JECRIM, no caso de concurso material de crimes, o somatório 
das penas não pode ultrapassar o teto de 2 anos.
50. Vantuir e Lúcio cometeram, em momentos distintos e sem associação, crimes 
previstos na Lei de Drogas (Lei n.º 11.343/2006). No momento da ação, Vantuir, 
em razão de dependência química e de estar sob influência de entorpecentes, era 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Lúcio, ao agir, estava sob 
efeito de droga, proveniente de caso fortuito, sendo também incapaz de entender 
o caráter ilícito do fato. 
Nessas situações hipotéticas, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
a) Vantuir terá direito à redução de pena de um a dois terços e Lúcio será isento 
de pena. 
b) somente Vantuir será isento de pena. 
c) Lúcio e Vantuir serão isentos de pena. 
d) somente Lúcio terá direito à redução de pena de um a dois terços. 
e) Lúcio e Vantuir terão direito à redução de pena de um a dois terços
Tanto Lúcio quanto Vantuir terão direito à isenção de pena em virtude do artigo 45 
da Lei n. 11.343/06 (Lei de drogas), pois praticaram as condutas, sob o efeito de 
droga, sendo um por dependência e o outro proveniente de caso fortuito ou força 
maior, assim os dois eram, ao tempo da ação ou omissão, inteiramente incapazes 
de entender o caráter ilícito do fato.
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51. Júlio, durante discussão familiar com sua mulher no local onde ambos residem, 
sem justo motivo, agrediu-a, causando-lhe lesão corporal leve. 
Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º 11.340/2006 e o entendimento do 
STJ,
a) a ofendida poderá renunciar à representação, desde que o faça perante o juiz. 
b) a ação penal proposta pelo Ministério Público será pública incondicionada. 
c) a autoridade policial, independentemente de haver necessidade, deverá acom-
panhar a vítima para assegurar a retirada de seus pertences do domicílio familiar. 
d) Júlio poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do processo, se pre-
sentes todos os requisitos que autorizam o referido ato. 
e) Júlio poderá receber proposta de transação penal do Ministério Público, se hou-
ver anuência da vítima.
Ação penal nos crimes de lesão em ambiente doméstico e familiar contra a mulher 
(casos de lei maria da penha) é pública incondicionada (súmula 542 STJ). Além 
disso, não se aplicam os institutos da lei dos juizados especiais criminais aos crimes 
no âmbito da Maria da Penha (súmula 536 STJ).
Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de 
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
Súmula 536-STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se 
aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
52. Será cabível a concessão de liberdade provisória ao indivíduo que for preso em 
flagrante devido ao cometimento do crime de 
I – estelionato; 
II – latrocínio; 
III – estupro de vulnerável.
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Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e III estão certos. 
b) Apenas os itens II e III estão certos. 
c) Todos os itens estão certos. 
d) Apenas o item I está certo. 
e) Apenas os itens I e II estão certos.
Tendo em vista que, em nosso ordenamento jurídico, a regra é a liberdade e, em 
face da perpetração de todos os delitos, é possível a concessão de liberdade provi-
sória, seja com fiança, seja sem fiança. Este é o entendimento pacífico do STF, vide 
HC 92824/SC, e o que se extrai da exegese do CPP no seu art. 321: “Ausentes os 
requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder 
liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no 
art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Códi-
go”.
53. O líder de determinada organização criminosa foi preso e, no curso do inquérito 
policial, se prontificou a contribuir para coleta de provas mediante a prestação de 
colaboração com o objetivo de, oportunamente, ser premiado por tal conduta. 
Nessasituação hipotética, conforme a Lei n.º 12.850/2013, que dispõe sobre o 
instituto da colaboração premiada,
a) o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia contra o colaborador. 
b) o prazo para o oferecimento de denúncia contra o colaborador poderá ser sus-
penso pelo prazo máximo de seis meses. 
c) o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial e com a manifestação do 
Ministério Público, poderá requerer ao juiz a concessão de perdão judicial. 
d) será obrigatória a participação de um juiz nas negociações entre as partes para 
a formalização de acordo de colaboração. 
e) será vedado ao juiz recusar a homologação da proposta de colaboração.
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54. Considere os seguintes atos, praticados com o objetivo de suprimir tributo: 
1) Marcelo prestou declaração falsa às autoridades fazendárias; 2) Hélio negou-se 
a emitir, quando isso era obrigatório, nota fiscal relativa a venda de determinada 
mercadoria; 3) Joel deixou de fornecer nota fiscal relativa a prestação de serviço 
efetivamente realizado.
Nessas situações, conforme a Lei n.º 8.137/1990 e o entendimento do STF, para 
que o ato praticado tipifique crime material contra a ordem tributária, será neces-
sário o prévio lançamento definitivo do tributo em relação a
a) Hélio e Joel. 
b) Marcelo apenas. 
c) Hélio apenas. 
d) Joel apenas. 
e) Hélio, Marcelo e Joel
Apenas a conduta de Marcelo está prevista no art. 1º, inciso I, da Lei 8.137/1990 
(crime material): Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou re-
duzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes 
condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazen-
dárias.
As condutas de Hélio e Joel estão previstas no inciso V do mesmo artigo (crimes 
formais).
55. Se uma pessoa, maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por 
ato de improbidade sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser conside-
rada, conforme o disposto na Lei n.º 8.429/1992,
a) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa. 
b) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta. 
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c) contravenção penal. 
d) crime, estando essa pessoa sujeita apenas a multa. 
e) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa.
Conforme art. 19 da Lei n. 8.429/1992, aplicado neste caso pelo princípio da es-
pecialidade, constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente 
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: 
detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, o 
denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou 
à imagem que houver provocado.
56. Considerando o entendimento dos tribunais superiores e o posicionamento dou-
trinário dominante quanto à matéria de que tratam a Lei de Delitos Informáticos e 
os dispositivos legais que disciplinam a propriedade industrial, a propriedade inte-
lectual de programa de computador e os direitos autorais, assinale a opção correta.
a) Embora o elemento subjetivo dos crimes de violação de direito autoral seja o 
dolo, admite-se a modalidade culposa em relação a algumas figuras típicas. 
b) Tratando-se de crime contra a propriedade imaterial com fundamento em apre-
ensão e em perícia, e sendo o caso de ação penal privativa do ofendido, a deca-
dência opera-se em seis meses, a contar da data da homologação do laudo pericial 
pelo competente juízo. 
c) Em se tratando de crimes contra a propriedade intelectual de programa de com-
putador, a ação penal é privativa do ofendido, mesmo em caso de prática de crime 
tributário conexo. 
d) As limitações aos direitos autorais previstas na legislação de regência consti-
tuem causas de exclusão de tipicidade. 
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e) A invasão de computador de instituição bancária mediante violação indevida de 
senhas e mecanismos de segurança, com o fim de subtrair e transferir valores de 
número indeterminado de correntistas, caracteriza o crime de invasão de dispositi-
vo informático em sua forma qualificada.
A só se admite o Dolo.
B o prazo se encerra em 30 dias. Art. 529 do CPP. Nos crimes de ação privativa do 
ofendido, não será admitida queixa com fundamento em apreensão e em perícia, 
se decorrido o prazo de 30 dias, após a homologação do laudo. 
C Considerando-se a conexão com o crime tributário, a ação penal será pública 
incondicionada. 
Art. 12, §3º, inciso II, da Lei 9.609/1988. 
§ 3º Nos crimes previstos neste artigo, somente se procede mediante queixa, sal-
vo:
I - quando praticados em prejuízo de entidade de direito público, autarquia, empre-
sa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público;
II - quando, em decorrência de ato delituoso, resultar sonegação fiscal, perda de 
arrecadação tributária ou prática de quaisquer dos crimes contra a ordem tributária 
ou contra as relações de consumo.
D O art. 6º da Lei n. 9.609/1988 elenca causas consideradas como exclusão de 
tipicidade:
Art. 6º Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de computador:
I - a reprodução, em um só exemplar, de cópia legitimamente adquirida, desde que 
se destine à cópia de salvaguarda ou armazenamento eletrônico, hipótese em que 
o exemplar original servirá de salvaguarda;
II - a citação parcial do programa, para fins didáticos, desde que identificados o 
programa e o titular dos direitos respectivos;
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III - a ocorrência de semelhança de programa a outro, preexistente, quando se 
der por força das características funcionais de sua aplicação, da observância de 
preceitos normativos e técnicos, ou de limitação de forma alternativa para a sua 
expressão;
IV - a integração de um programa, mantendo-se suas características essenciais, a 
um sistema aplicativo ou operacional, tecnicamente indispensável às necessidades 
do usuário, desde que para o uso exclusivo de quem a promoveu.
E Considerando a ofensa ao patrimônio, seria furto mediante fraude.
57. Com base no disposto na Lei n.º 11.101/2005 e no Decreto-Lei n.º 201/1967, 
assinale a opção correta.
a) O princípio da bagatela aplica-se aos crimes de responsabilidade praticados por 
prefeitos no exercício do mandato. 
b) A Lei n.º 11.101/2005 aplica-se às sociedades de economia mista detentoras de 
capital público e privado.
c) Findo o mandato de prefeito, veda-se a instauração de processo criminal com 
base em conduta tipificada no Decreto-Lei n.º 201/1967, sendo incabível o ofere-
cimento de denúncia. 
d) Em se tratando de recuperação judicial, extrajudicial e falência do empresário 
e da sociedade empresária, aplicam-se as normas do Código de Processo Penal, 
inexistindo fase de investigação judicial.
e) Os vereadores, assim como os prefeitos municipais, respondem como autores 
ou sujeitos ativos das condutas penais definidas no Decreto-Lei n.º 201/1967.
A Há divergências sobre o assunto entre o STF (que admite) e o STJ (que não ad-
mite). Questão, pois, mal elaborada.
B Não se aplica, conforme Art. 2 da Lei n. 11.101/2005:
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Art. 2.º Esta Lei não se aplica a:
 I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, en-
tidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência 
à saúde, sociedade seguradora,sociedade de capitalização e outras entidades le-
galmente equiparadas às anteriores
C Súmula 703 - STF: A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração 
de processo pela prática dos crimes previstos no art. 1º do DL 201/1967.
D Diferentemente da norma anterior, a Lei n.º 11.101/2005 não possui previsão de 
inquérito judicial.
E O Dec. 201/1967 somente se aplica aos Prefeitos. Embora tenhamos a possibi-
lidade de terceiros figurarem em concurso de agentes (art. 30 do CPB), a questão 
apresenta os vereadores como sujeito ativo ordinário. Não é o caso.
58. Com relação à prisão temporária, assinale a opção correta.
a) A prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz de ofício ou mediante repre-
sentação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público.
b) Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento 
da denúncia pelo juiz. 
c) São três os requisitos indispensáveis para a decretação da prisão temporária, 
conforme a doutrina majoritária: imprescindibilidade para as investigações; exis-
tência de indícios de autoria ou participação; e indiciado sem residência fixa ou 
identificação duvidosa.
d) É cabível a prisão temporária para a oitiva do indiciado acerca do delito sob apu-
ração, desde que a liberdade seja restituída logo após a ultimação do ato.
e) A prisão temporária poderá ser decretada tanto no curso da investigação quanto 
no decorrer da fase instrutória do competente processo criminal.
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Levando-se em conta que a prisão temporária é somente instrumentalizada em 
prol do deslinde do Inquérito Policial, visto que, uma vez oferecida a ação penal, a 
medida cautelar perde o seu objeto. Este é o entendimento do STJ no bojo do HC 
78437/SP que sustenta que, uma vez oferecida a denúncia, não mais subsiste o 
decreto de prisão temporária, que visa resguardar, tão somente, a integridade das 
investigações. Deste modo, deve ser decretada a prisão preventiva e não mais a 
custódia temporária.
59. Considerando o disposto na legislação referente às licitações e contratos da 
administração pública e aos crimes contra a economia popular, bem como na Lei 
n.º 12.846/2013, assinale a opção correta.
a) O servidor responsável que negligentemente dispensa processo licitatório exi-
gido por lei na contratação de obra ou serviço pela administração pública pratica 
crime na modalidade culposa. 
b) O acordo de leniência, previsto na Lei Anticorrupção, assegura à pessoa jurídica 
que praticar atos lesivos à administração pública a redução de sanções pecuniárias 
no âmbito administrativo e afasta a aplicação de sanções judiciais como, por exem-
plo, perdimento de bens. 
c) A Lei Anticorrupção aplica-se às condutas das pessoas jurídicas de direito priva-
do, abrangendo sociedades, associações, fundações, organizações religiosas, parti-
dos políticos e empresas individuais de responsabilidade limitada. 
d) Aquele que, não sendo instituição financeira ou pessoa a esta equiparada, pra-
tica contrato de mútuo cobrando taxas de juros remuneratórios superiores àquelas 
legalmente permitidas comete crime contra a economia popular, e não contra o 
Sistema Financeiro Nacional. 
e) Tratando-se dos crimes previstos na Lei de Licitações, equipara-se a servidor 
público quem exerce mandato, cargo, emprego ou função em entidade privada que 
receba subvenção, benefício ou incentivo fiscal ou creditício de órgão público.
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Conforme entendimento do STJ, aquele que comente a prática de agiotagem, não 
sendo instituição financeira ou entidade equiparada, pratica crime contra a econo-
mia popular (atigo 1º, §4° da Lei 1.521/51) e não crime contra o sistema financeiro 
nacional. (STJ - CONFLITO DE COMPETENCIA CC 36011 RS 2002/0075491-3)
60. Com base no disposto nas legislações referentes ao Estatuto de Defesa do Tor-
cedor, à proteção às vítimas e testemunhas de crime e ao regramento que regula a 
identificação no âmbito do processo criminal, assinale a opção correta.
a) Independentemente da identificação civil, deve-se proceder à identificação cri-
minal dos indiciados em crimes de homicídio doloso, crimes contra a liberdade 
sexual, crimes contra o patrimônio praticados com violência ou grave ameaça à 
pessoa e crimes de falsificação de documento público. 
b) A identificação civil poderá ser atestada mediante a apresentação de carteira 
de identidade, carteira de trabalho ou funcional, bem como do passaporte válido, 
excluídos quaisquer outros documentos, porquanto não elencados taxativamente 
na legislação de regência. 
c) Aos condenados em cumprimento de pena e aos indiciados ou condenados sob 
prisão cautelar aplicam-se as medidas de proteção a vítimas ou testemunhas de cri-
mes, desde que demonstrada sua relevância como garantia de produção de prova. 
d) Compete, exclusivamente, ao Ministério Público a deliberação sobre o ingresso 
ou a exclusão de beneficiado em programa de proteção a vítimas e testemunhas. 
e) Sendo a entidade responsável pela organização de competição, bem como a en-
tidade de prática desportiva detentora do denominado mando de jogo, equiparada 
à figura do fornecedor, a ela aplicam-se as sanções da legislação consumerista no 
que se refere à responsabilidade objetiva do fornecedor por defeitos na prestação 
de serviço.
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As entidades responsáveis pela organização da competição e a entidade de prática 
desportiva detentora do mando do jogo são equiparadas a fornecedor, conforme ar-
tigo 3º da Lei n. 10.671/2003 (Estatuto do Torcedor) e, sendo assim, aplicam-se a 
elas as disposições do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), inclusive 
no que trata da responsabilidade objetiva do fornecedor por defeitos na prestação 
do serviço.
61. À luz do disposto no Estatuto do Índio (Lei n.º 6.001/1973), na Lei de Parcela-
mento do Solo Urbano (Lei n.º 6.766/1979), na Lei de Definição de Crimes Contra 
a Ordem Econômica (Lei n.º 8.176/1991) e na legislação que trata da investigação 
criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a opção correta.
a) A distribuição de panfletos anunciando a criação de loteamento irregular com 
finalidade residencial e urbana caracteriza ato preparatório do crime de parcela-
mento ilegal, porquanto o tipo penal não prevê a figura tentada do delito. 
b) O delegado de polícia, nos termos da legislação que disciplina a sua atividade, 
pode indeferir diligências requeridas pelo indiciado, pela vítima ou pelo Ministério 
Público. 
c) Considera-se índio ou silvícola, para efeitos do Estatuto do Índio, todo indivíduo 
de origem e ascendência sul-americana que se identifica como pertencente a um 
grupo étnico cujas características culturais o distinguem da sociedade nacional. 
d) Não caracteriza crime tipificado na Lei Federal n.º 6.766/1979 o parcelamento 
irregular realizado em zona rural, dada a previsão da finalidade urbana do imóvel 
na lei de regência. 
e) Constitui crime contra a ordem econômica na modalidade de usurpação a explo-
ração de lavra, sem autorização ou em desacordo com as obrigações impostas pelo 
título autorizativo, de matéria-prima pertencente à União. 
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Constitui crime contra a ordem econômica, previsto no artigo 2º da Lei n. 8176/1991, 
na modalidade usurpação, a exploração de lavra de matéria-prima pertencente à 
União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo 
título autorizativo. Art. 2° Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade deusurpacão, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem 
autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autori-
zativo.
62. Considerando a jurisprudência do STF, assinale a opção correta com relação 
aos remédios do direito constitucional. 
a) É cabível habeas corpus contra decisão monocrática de ministro de tribunal. 
b) Em habeas corpus é inadmissível a alegação do princípio da insignificância no 
caso de delito de lesão corporal cometido em âmbito de violência doméstica contra 
a mulher. 
c) No mandado de segurança coletivo, o fato de haver o envolvimento de direito 
apenas de certa parte do quadro social afasta a legitimação da associação. 
d) O prazo para impetração do mandado de segurança é de cento e vinte dias, a 
contar da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser impug-
nado, havendo decadência se o mandado tiver sido protocolado a tempo perante 
juízo incompetente. 
e) O habeas corpus é o instrumento adequado para pleitear trancamento de pro-
cesso de impeachment
Letra "A" está incorreta. O recurso cabível seria agravo interno. Sobre o assunto, 
segundo Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer 
de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus re-
querido a tribunal superior, indefere a liminar. Tal entendimento, inclusive, já tem 
sido aplicado por analogia:
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“Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão do Ministro ANTONIO SAL-
DANHA PALHEIRO, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar 
formulado na Reclamação 25.823/RJ, negando efeito suspensivo ao recurso espe-
cial interposto pelo paciente e, por consequência, manteve a execução provisória 
da pena. Embora a decisão impugnada não tenha sido proferida em habeas corpus, 
toda fundamentação leva a fazer incidir, por analogia, a Súmula 691 desta Corte. 
Isso porque, tal como nos casos de incidência do mencionado verbete, não houve 
no particular o julgamento definitivo da matéria perante o Superior Tribunal de 
Justiça, circunstância apta a inaugurar a competência deste Supremo Tribunal. 
Assim, qualquer pronunciamento desta Corte a respeito da controvérsia implicaria 
igualmente supressão de instância. De outro lado, não me parece que a decisão 
impugnada apresenta quadro de teratologia ou manifesta ilegalidade a justificar a 
intervenção antecipada desta Primeira Turma.” (HC 138633, Redator do acórdão 
Ministro Alexandre de Moraes, julgamento em 8.8.2017, DJe de 22.9.2017)
Letra "B" está correta. Ao apreciar o HC 369.673, o STJ entendeu por não ser pos-
sível admitir a aplicação do princípio da insignificância ou da bagatela imprópria 
aos crimes ou às contravenções penais praticados contra mulher no âmbito das re-
lações domésticas. A respeito, importante o(a) candidato(a) ter ciência da Súmula 
n. 589 STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções 
penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas
Letra "C" está incorreta. De acordo com a Súmula 630 STF, a entidade de classe 
tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada 
interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
Letra "D" está incorreta. Ao analisar o MS 11957-DF (DJ 27.11.2006), o Superior 
Tribunal de Justiça entendeu que: “Não se configura a decadência quando o manda-
do de segurança é impetrado no prazo de 120 dias, contados da data da intimação 
do ato impugnado, ainda que protocolizada a inicial perante juízo absolutamente 
incompetente”.
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Letra "E" está incorreta O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal 
(STF), não conheceu (julgou inviável) do Habeas Corpus (HC) 136067 impetrado 
por Luiz Carlos dos Santos Justo em favor da presidente afastada Dilma Rousseff 
com o objetivo de trancar o processo de impeachment em tramitação no Senado. 
Segundo o relator, o processo de impeachment não autoriza a imposição, con-
tra presidente da República, de sanção de índole penal, muito menos de medida 
que envolva privação de sua liberdade, pois a única sanção constitucionalmente 
aplicável ao chefe do Poder Executivo da União, no caso, consiste em sua desti-
tuição funcional, além da inabilitação por oito anos para o exercício de qualquer 
função pública, eletiva ou de nomeação, conforme o artigo 52, parágrafo único, da 
Constituição Federal (CF).
63. No modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, entendeu-se ser 
indispensável a existência de determinadas funções essenciais à justiça. Nesse 
sentido, a CF considera como funções essenciais à justiça 
a) o Poder Judiciário, o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia e as 
polícias civil e militar. 
b) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública, a advocacia e as 
polícias civil e militar. 
c) o Poder Judiciário e o Ministério Público. 
d) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública e a advocacia. 
e) o Poder Judiciário, o Ministério Público e a defensoria pública.
As Funções Essenciais à Justiça estão previstas no Capítulo IV da Constituição Fe-
deral. Podemos resumir com a dica D.A.M.A: Defensoria Pública(art. 134 e 135), 
Advocacia Pública(arts. 131 e 132), Ministério Público (arts. 127 a 130-A) e Advo-
cacia(art. 133).
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64. Tendo em vista que a petição inicial de arguição de descumprimento de pre-
ceito fundamental (ADPF) dirigida ao STF deverá conter, entre outros requisitos, a 
indicação do ato questionado, assinale a opção correta acerca do cabimento dessa 
ação constitucional.
a) Não cabe ADPF sobre atos normativos já revogados. 
b) Cabe ADPF sobre decisão judicial transitada em julgado. 
c) Se uma norma pré-constitucional já fosse inconstitucional no regime constitu-
cional anterior e existisse um precedente do STF que reconhecesse essa inconsti-
tucionalidade, caberia ADPF contra essa norma pré-constitucional. 
d) Não cabe ADPF sobre ato normativo municipal. 
e) Cabe ADPF sobre ato de efeitos concretos como decisões judiciais.
Letra "A" está incorreta. Ao julgar a ADPF de n. 33, de relatoria do min. Gilmar 
Mendes, DJ de 27.10.2006, o STF entendeu que a revogação da lei ou ato normati-
vo não impede o exame da matéria em sede de ADPF, porque o que se postula nes-
sa ação é a declaração de ilegitimidade ou de não recepção da norma pela ordem 
constitucional superveniente.
Letra "B" está incorreta. Consoante Informativo 810 STF, há possibilidade de im-
pugnação, mediante ADPF, de decisões judiciais, desde que não transitadas em 
julgado.
Letra "C" está incorreta. Caberia Reclamação por descumprimento de decisão (pre-
cedente) do STF.
Letra "D" está incorreta. Art. 1º, parágrafo único, inciso I, da Lei 9.882/1999: 
quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato 
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
Letra "E" está correta. Segundo, art. 1º da Lei 9.882/1999, a arguição prevista no 
§ 1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal 
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Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resul-
tante de ato do Poder Público. Decisões judiciais são considerados atos do poder 
público. Nesse sentido, o art. 5, §3º, da norma ora comento prevê a possibilidade 
de o Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
deferirpedido de medida liminar na arguição de descumprimento de preceito fun-
damental. A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais 
suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de 
qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da arguição de 
descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada
65. No que se refere ao entendimento do STF sobre segurança pública e a sua 
organização e sobre as atribuições constitucionais da polícia judiciária, assinale a 
opção correta.
a) Uma vez que compete à Polícia Federal prevenir e reprimir o tráfico ilícito de 
entorpecentes, o cumprimento de mandado de busca e apreensão emergencial e 
preventivo pela polícia militar será ilegal e tornará a prova ilícita. 
b) Ainda que, a requerimento do promotor de justiça, o inquérito policial tenha 
sido arquivado por despacho do juiz, a ação penal poderá ser iniciada, mesmo sem 
novas provas, caso o promotor, com base na sua independência funcional, assim 
decidir. 
c) A investigação criminal é atividade exclusiva da polícia e afasta os poderes de 
investigação do Ministério Público. 
d) É constitucional a exigência pelos estados-membros de que o indicado para 
chefe de polícia, além de ser delegado de carreira, esteja na classe mais elevada 
da carreira. 
e) A despeito do princípio federativo, os estados-membros possuem autonomia 
para criar órgão de segurança pública diverso do previsto na CF.
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QUESTÃO ANULADA
66. Com relação aos tratados e convenções internacionais, assinale a opção corre-
ta à luz do direito constitucional brasileiro e da jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal (STF).
a) Segundo o entendimento do STF, respaldado na teoria da supralegalidade, a 
ratificação do Pacto de São José da Costa Rica revogou o inciso LXVII do art. 5.º da 
CF, que prevê a prisão do depositário infiel. 
b) O sistema constitucional brasileiro adotou, para efeito da executoriedade do-
méstica de um tratado internacional, a teoria dualista extremada, pois exige a edi-
ção de lei formal distinta para tal executoriedade. C O Pacto de São José da Costa 
Rica influenciou diretamente a edição da súmula vinculante proferida pelo STF, a 
qual veda a prisão do depositário infiel. 
c) A Convenção de Palermo tem como objetivo a cooperação para a prevenção e o 
combate do crime de feminicídio no âmbito das nações participantes. 
d) Elaborada pelas Nações Unidas, a Convenção de Mérida, que trata da coopera-
ção internacional contra a corrupção, ainda não foi ratificada pelo Brasil
Letra "A" está incorreta. Um Pacto Internacional não possui essa força normativa 
de revogação.
Letra "B" está incorreta. O Brasil adota a Teoria do Dualismo Moderado.
Letra "C" correta. Súmula Vinculante 25 do STF: É ilícita a prisão civil de depositário 
infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. No precedente representativo, 
consta que 
Se não existem maiores controvérsias sobre a legitimidade constitucional da prisão 
civil do devedor de alimentos, assim não ocorre em relação à prisão do depositário 
infiel. As legislações mais avançadas em matérias de direitos humanos proíbem ex-
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pressamente qualquer tipo de prisão civil decorrente do descumprimento de obri-
gações contratuais, excepcionando apenas o caso do alimentante inadimplente. O 
art. 7º (n.º 7) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos 'Pacto de San José 
da Costa Rica, de 1969, dispõe desta forma: 'Ninguém deve ser detido por dívidas. 
Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedi-
dos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.'
Letra "D" está incorreta. Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado 
Transnacional.
Letra "E" está incorreta. O Decreto 5.687/2006 promulgou a Convenção.
67. A respeito dos estados-membros da Federação brasileira, assinale a opção cor-
reta.
a) Denomina-se cisão o processo em que dois ou mais estados se unem geografi-
camente, formando um terceiro e novo estado, distinto dos estados anteriores, que 
perdem a personalidade originária. 
b) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-mem-
bro deve envolver a população de todo o estado-membro e não só a do território a 
ser desmembrado. 
c) A CF dá ao estado-membro competência para instituir regiões metropolitanas e 
microrregiões, mas não aglomerações urbanas: a competência de instituição des-
tas é dos municípios. 
d) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação 
de novos estados dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, 
essencial ou prejudicial à fase seguinte: a propositura de lei complementar. 
e) Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos previstos em constitui-
ção estadual não precisam guardar estreita similaridade com aqueles previstos na 
CF.
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Art. 7 da Lei 9.709/1998 Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o en-
tende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pre-
tende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão 
ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que rece-
berá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar 
em relação ao total da população consultada.
Sobre o assunto, o STF invocou tal norma no julgamento da ADI 2650 DF.
68. Assinale a opção correta a respeito da organização dos poderes e do sistema 
de freios e contrapesos no direito constitucional pátrio.
a) Adotada por diversos países, entre eles o Brasil, a ideia de tripartição dos pode-
res do Estado em segmentos distintos e autônomos entre si — Legislativo, Execu-
tivo e Judiciário — foi concebida por Aristóteles. 
b) A atividade legislativa e a de julgar o presidente da República nos crimes de 
responsabilidade são funções típicas do Poder Legislativo. 
c) Constitui exemplo de mecanismo de freios e contrapesos a possibilidade de re-
jeição, pelo Congresso Nacional, de medida provisória editada pelo presidente da 
República. 
d) As expressões poder, função e órgão são sinônimas. 
e) A CF adotou o princípio da indelegabilidade de atribuições de forma absoluta, 
inexistindo qualquer exceção a essa regra.
Letra "A" está incorreta. Montesquieu
Letra "B" está incorreta. A atividade de julgar não é típica do Legislativo.
Letra "C" está correta. Trata-se da essência do mecanismo de separação de pode-
res por Montesquieu.
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Letra "D" está incorreta. Não são expressões sinônimas. Cada qual com significados 
próprios e elementos diferenciadores.
Letra "E" está incorreta. Como exemplo, pode haver delegação quando houver pre-
visão pelo Poder Constituinte.
69. A respeito da administração pública, assinale a opção correta de acordo com a 
CF.
a) Desde a promulgação da CF, não houve, até o presente, inovação a respeito dos 
princípios constitucionais da administração pública por meio de emenda constitu-
cional. 
b) A previsão constitucional de que a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público decorre exclusivamente do prin-
cípio da razoabilidade administrativa. 
c) Em oposição ao que diz o texto constitucional, o STF já se posicionou contrário 
à cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos aposentados e 
pensionistas. 
d) Caso um deputado estadual nomeie suatia materna como assessora de seu ga-
binete, não haverá violação à súmula vinculante que trata do nepotismo, pois esta 
veda a nomeação de colaterais de até o segundo grau. 
e) Segundo o STF, candidato aprovado em concurso público dentro do número de 
vagas previsto no edital e dentro do prazo de validade do certame terá direito sub-
jetivo à nomeação.
Súmula 15 do STF: Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado 
tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da clas-
sificação.
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70. À luz da CF, assinale a opção correta a respeito do Ministério Público.
a) Segundo a CF, são princípios institucionais aplicáveis ao Ministério Público: a 
unidade, a indivisibilidade, a independência funcional e a inamovibilidade. 
b) Foi com a CF que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função 
essencial à justiça. 
c) O STF, ao tratar das competências e prerrogativas do Ministério Público, estabe-
leceu o entendimento de que membro desse órgão pode presidir inquérito policial. 
d) A CF descreve as carreiras abrangidas pelo Ministério Público e, entre elas, elen-
ca a do Ministério Público Eleitoral. 
e) A exigência constitucional de que o chefe do Ministério Público da União, procu-
rador-geral da República, pertença à carreira significa que ele, para o exercício do 
cargo, pode pertencer tanto ao Ministério Público Federal quanto ao estadual.
Foi com a CF de 1988 que o MP passou a ser considerado função essencial à Jus-
tiça (Capítulo IV da Constituição Federal). Podemos resumir com a dica D.A.M.A: 
Defensoria Pública(art. 134 e 135), Advocacia Pública(arts. 131 e 132), Ministério 
Público (arts. 127 a 130-A) e Advocacia(art. 133).
71. Após o término de estágio probatório, a administração reprovou servidor públi-
co e editou ato de exoneração, no qual declarou que esta se dera por inassiduidade. 
Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia faltado ao serviço ou se 
atrasado para nele chegar.
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é
a) nulo por ausência de finalidade. 
b) anulável por ausência de objeto. 
c) anulável por ausência de forma. 
d) anulável por ausência de motivação. 
e) nulo por ausência de motivo.
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O motivo para a exoneração seria a inassiduidade (ausências intercalas). Porém, o 
servidor mostrou que esse motivo (inassiduidade) não ocorreu. Assim, o ato é nulo 
pois o motivo não estava presente. Cabe lembrar que é ato nulo que não admite 
sequer convalidação.
72. Um policial andava pela rua quando presenciou um assalto. Ao ver o assaltante 
fugir, o policial parou um carro, identificou-se ao motorista, entrou no carro e pediu 
que ele perseguisse o criminoso.
Nessa situação, conforme a CF e a doutrina pertinente, tem-se um exemplo típico 
da modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada denominada
a) limitação administrativa, cabendo indenização ao proprietário, se houver dano 
ao bem deste. 
b) requisição administrativa, cabendo indenização ao proprietário, se houver dano 
ao bem deste. 
c) desapropriação, não cabendo indenização ao proprietário, independentemente 
de dano ao bem deste. 
d) servidão administrativa, não cabendo indenização ao proprietário, independen-
temente de dano ao bem deste. 
e) ocupação temporária, não cabendo indenização ao proprietário, mesmo que 
haja dano ao bem deste.
Trata-se de requisição administrativa, pois decorre de iminente perigo público.
Veja abaixo as formas de intervenção restritiva no direito de propriedade.
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Servidão 
administrativa
Direito real que autoriza o Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a 
execução de obras e serviços de interesse coletivo. Ex.: instalação de redes elétricas 
e a implementação de gasodutos.
Pode incidir sobre bens públicos e particulares.
Instituída por acordo ou sentença judicial. Não há autoexecutoriedade.
Em regra, é permanente. Pode ser extinta, por exemplo, se a coisa gravada desapa-
rece.
Em regra, não há indenização.
Requisição
O Estado utiliza bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo 
público iminente. Ex.: requisita carro de particular para captura de quadrilha em fuga.
Fundamento constitucional: arts. 5º, XXIII, e 170, III, da CF e também o inciso XXV 
do art. 5º da CF.
Se houver direito à indenização, será posterior.
Possui autoexecutoriedade, dispensando autorização prévia do Poder Judiciário.
É extinta depois que a situação de perigo desaparece.
Ocupação 
temporária
Ocorre quando o Poder Público deixa alocados, em algum terreno desocupado, máqui-
nas, equipamentos, barracões de operários etc.
Pode haver indenização quando a ocupação decorre de obras e serviços vinculados a 
processo de desapropriação.
Limitação 
administrativa
São determinações de caráter geral que o Poder Público impõe a pessoas indetermi-
nadas. Pode consistir em obrigações positivas (imposição da limpeza de terreno), 
negativas (impedimento de construir além de determinado número de pavimentos) 
ou permissivas (ingresso de agentes da vigilância sanitária), para o fim de condicio-
nar as propriedades ao atendimento da função social.
Instituída por leis ou por atos normativos.
Fundamento constitucional: arts. 5º, XXIII, e 170, III, da CF.
Em regra, não há indenização.
Tombamento
É a forma de intervenção na propriedade, em que o Poder Público protege o patrimô-
nio cultural brasileiro, com a finalidade de preservar a memória nacional. Regula-
mentado pelo Decreto-Lei nº 25/1937.
Incide sobre bens móveis e imóveis.
Quanto à vontade o tombamento pode ser:
a) voluntário: quando o proprietário consente o tombamento, seja este por meio de 
pedido que ele mesmo formula ou se concorda com a notificação que lhe é dirigida pelo 
Poder Público no sentido de tombamento do bem.
b) compulsório: quando o Poder Público inscreve o bem como tombado, apesar da 
resistência e do inconformismo do proprietário.
Quanto à eficácia:
a) provisório: quando estiver em curso o processo administrativo, instaurado pela 
notificação.
b) definitivo: depois de concluído o processo administrativo de inscrição no livro do 
tombo.
É possível ser desfeito, mediante manifestação do Poder Público de ofício ou em razão 
de solicitação do proprietário ou de outro interessado.
– Tem que haver inscrição no registro de imóveis.
– Proprietário deve conservar o bem tombado.
– Em regra, não há indenização.
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73. Determinado órgão público pretende dar publicidade a um instrumento convo-
catório com objetivo de comprar armas de fogo do tipo pistola, de calibre 380, usu-
almente vendidas no mercado brasileiro. O valor orçado da aquisição dos produtos 
é de R$ 700.000.
Nessa situação, a compra poderá ser efetuada mediante licitação na modalidade 
a) tomada de preço do tipo técnica e preço. 
b) concorrência do tipo melhor técnica. 
c) concorrência do tipo técnica e preço. 
d) pregão do tipo menor preço. 
e) tomada de preços do tipo menor preço.
A modalidade cabível é o pregão, pois se trata de uma compra (aquisição) de bens 
e serviços considerados comuns.
Resumo das MODALIDADES de licitação.
CONCORRÊNCIA
TOMADA 
DE PREÇOS
CONVITE CONCURSO LEILÃO PREGÃO – Lei n. 10.520/02
Conceito – 
art 22.
modalidade de licita-
ção entre quaisquer 
interessados que, na 
fase inicial de habi-
litação preliminar, 
comprovem possuir 
os requisitos míni-
mos de qualificação 
exigidos no editalpara execução de 
seu objeto.
modalidade de lici-
tação entre inte-
ressados devida-
mente cadastrados 
ou que atenderem 
a todas as condi-
ções exigidas para 
cadastramento 
até o terceiro dia 
anterior à data do 
recebimento das 
propostas, obser-
vada a necessária 
qualificação.
modalidade de lici-
tação entre inte-
ressados do ramo 
pertinente ao seu 
objeto, cadastrados 
ou não, escolhidos 
e convidados em 
número mínimo de 3 
(três) pela unidade 
administrativa, a 
qual afixará, em local 
apropriado, cópia do 
instrumento convo-
catório e o estenderá 
aos demais cadas-
trados na correspon-
dente especialidade 
que manifesta-
rem seu interesse 
com antecedência 
de até 24 (vinte e 
quatro) horas da 
apresentação das 
propostas.
modalidade de 
licitação entre 
quaisquer interes-
sados para escolha 
de trabalho técnico, 
científico ou artís-
tico, mediante a 
instituição de prê-
mios ou remune-
ração aos vence-
dores, conforme 
critérios constantes 
de edital publicado 
na imprensa oficial 
com antecedência 
mínima de 45 (qua-
renta e cinco) dias.
modalidade de 
licitação entre 
quaisquer inte-
ressados para a 
venda de bens 
móveis inser-
víveis para a 
administração 
ou de produ-
tos legalmente 
apreendidos ou 
penhorados, ou 
para a alienação 
de bens imóveis 
prevista no art. 
19, a quem 
oferecer o maior 
lance, igual ou 
superior ao valor 
da avaliação.
Modalidade para aquisição de 
bens e serviços comuns.
Bens e serviços comuns são 
aqueles cujos padrões de desem-
penho e qualidade possam ser 
objetivamente definidos pelo 
edital, por meio de especificações 
usuais no mercado.
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Participan-
tes
Aberta a todos que 
comprovarem pos-
suir os requisitos do 
edital.
- cadastrados ou;
- demais inte-
ressados que 
atenderem 
condições para 
cadastramento até 
o 3 dias antes do 
recebimento das 
propostas
- convidados(cadas-
trados ou não) no 
mínimo 3
- demais cadastrados 
que manifestarem 
interessem até 24 hs 
antes da apresenta-
ção das propostas.
Em regra, aberto a 
todos.
Em regra, aberto 
a todos.
Aberto a todos.
Habilitação
Possui fase de
habilitação.
Em regra é prévia Prévia Pode ou não exigir
Pode ou não 
exigir
Após a fase de classificação ou 
julgamento.
Hipóteses
- obra e serviço 
de engenharia de 
valor superior a RS 
1.500.000,00
- compra e serviço 
que não seja de 
engenharia de valor 
superior a
RS 650.000,00
- adquirir ou alienar 
imóveis
- Concessão de 
direito real de uso
- Concessão de ser-
viços públicos Lei . 
8.987/95/95
- Licitações interna-
cionais
- obra e serviço 
de engenharia 
de valor ATÉ RS 
1.500.000,00
- compra e serviço 
que não seja de 
engenharia de 
valor ATÉ RS 
650.000,00
- licitações inter-
nacionais desde 
que órgão tenha 
cadastro interna-
cional de fornece-
dores, observados 
os valores da TP 
(art. 23, §3º)
- obra e serviço de 
engenharia de valor 
ATÉ a RS 150.000,00
- compra e serviço 
que não seja de 
engenharia de valor 
ATÉ RS 80.000,00
- Licitações interna-
cionais, quando não 
houver fornecedor do 
bem ou serviço no 
País, observados os 
valores do convite. 
(art. 23, §3º) 
Escolha do melhor 
trabalho técnico, 
científico ou artís-
tico.
- Venda de bens 
móveis inser-
víveis para a 
administração 
ou de produ-
tos legalmente 
apreendidos ou 
penhorados ou;
- alienação de 
bens imóveis 
adquiridos por 
procedimentos 
judiciais ou de 
dação em paga-
mento.(art. 18)
Aquisição de bens e serviços 
comuns de qualquer valor.
Tipo de
 licitação
Qualquer um Qualquer um Qualquer um
Critérios conforme 
edital.
Maior lance ou 
oferta
Menor preço (sempre)
Prazo 
mínimo 
para recebi-
mento das 
propostas
- 45 dias: emprei-
tada integral ou 
melhor técnica ou 
técnica e preço
- 30 dias: demais 
casos
- 30 dias: melhor 
técnica ou técnica 
e preço
- 15 dias: demais 
casos
5 dias úteis 45 dias 15 dias 8 dias úteis
CONCORRÊNCIA TOMADA DE PREÇOS CONVITE CONCURSO LEILÃO
PREGÃO
Lei n. 10.520/02
Comissão
Art. 51 - comissão 
permanente ou espe-
cial de, no mínimo, 
3 (três) membros, 
sendo pelo menos 2 
(dois) deles servi-
dores qualificados 
pertencentes aos 
quadros permanentes 
dos órgãos da Admi-
nistração responsá-
veis pela licitação.
Art. 51 - comis-
são permanente 
ou especial de, 
no mínimo, 3 
(três) membros, 
sendo pelo menos 
2 (dois) deles 
servidores qualifi-
cados pertencen-
tes aos quadros 
permanentes 
dos órgãos da 
Administração 
responsáveis pela 
licitação.
Art. 51 – Regra 
geral, comis-
são permanente 
ou especial de, 
no mínimo, 3 
(três) membros, 
sendo pelo menos 
2 (dois) deles 
servidores qualifi-
cados pertencen-
tes aos quadros 
permanentes 
dos órgãos da 
Administração 
responsáveis pela 
licitação.
OBS! excepcio-
nalmente, nas 
pequenas unidades 
administrativas e 
em face da exigui-
dade de pessoal 
disponível, poderá 
ser substituída por 
servidor formal-
mente designado 
pela autoridade 
competente.
Art. 51, § 5º - comis-
são especial inte-
grada por pessoas de 
reputação ilibada e 
reconhecido conheci-
mento da matéria em 
exame, servidores 
públicos ou não.
Art. 53 - leiloeiro 
oficial ou a ser-
vidor designado 
pela Administra-
ção, proceden-
do-se na forma 
da legislação 
pertinente.
Art. 3º, IV – 10.520/02 - a autori-
dade competente designará, dentre 
os servidores do órgão ou entidade 
promotora da licitação, o pregoeiro 
e respectiva equipe de apoio.
OBS! A equipe de apoio deverá 
ser integrada em sua maioria por 
servidores ocupantes de cargo efe-
tivo ou emprego da administração, 
preferencialmente pertencentes ao 
quadro permanente do órgão ou 
entidade promotora do evento.
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74. De acordo com a legislação e a doutrina pertinentes, o poder de polícia admi-
nistrativa
a) pode manifestar-se com a edição de atos normativos como decretos do chefe do 
Poder Executivo para a fiel regulamentação de leis. 
b) é poder de natureza vinculada, uma vez que o administrador não pode valorar 
a oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher seu 
conteúdo. 
c) pode ser exercido por órgão que também exerça o poder de polícia judiciária. 
d) é de natureza preventiva, não se prestando o seu exercício, portanto, à esfera 
repressiva. 
e) é poder administrativo que consiste na possibilidade de a administração aplicar 
punições a agentes públicos que cometam infrações funcionais.
A questão foi tirada de um julgado do STF sobre a competência das guardas mu-
nicipais. No julgado foi dito que o poder de polícia não é exclusivo de órgãos de 
segurança pública, bem como que os órgãos de segurança pública também podem 
exercer o poder de polícia. Vejamos:
É constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de po-
lícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente 
previstas. Com base nessa orientação, o Plenário, por maioria e em conclusão de 
julgamento, desproveu recurso extraordinário em que se discutia a possibilidade 
de lei local designar a guarda municipal para atuar na fiscalização, no controle e 
na orientação do trânsito e do tráfego, em face dos limites funcionais dispostos no 
art. 144, § 8º, da CF (“§ 8º – Os Municípios poderão constituir guardas municipais 
destinadasà proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a 
lei”) — v. Informativo 785. A Corte destacou que o poder de polícia não se confun-
diria com a segurança pública. O exercício daquele não seria prerrogativa exclusiva 
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das entidades policiais, a quem a Constituição outorgara, com exclusividade, no 
art. 144, apenas as funções de promoção da segurança pública. Ademais, a fiscali-
zação do trânsito com aplicação das sanções administrativas legalmente previstas, 
embora pudesse se dar ostensivamente, constituiria mero exercício de poder de 
polícia. Não haveria, portanto, óbice ao seu exercício por entidades não policiais. 
O CTB, observando os parâmetros constitucionais, estabelecera a competência co-
mum dos entes da Federação para o exercício da fiscalização de trânsito. Dentro 
de sua esfera de atuação, delimitada pelo CTB, os Municípios poderiam determinar 
que o poder de polícia que lhes compete fosse exercido pela guarda municipal. 
O art. 144, § 8º, da CF, não impediria que a guarda municipal exercesse funções 
adicionais à de proteção de bens, serviços e instalações do Município. Até mesmo 
instituições policiais poderiam cumular funções típicas de segurança pú-
blica com o exercício do poder de polícia. Vencidos os Ministros Marco Aurélio 
(relator), Teori Zavascki, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski (Presidente) e Cármen 
Lúcia, que davam parcial provimento ao recurso. Entendiam ser constitucional a 
lei local que conferisse à guarda municipal a atribuição de fiscalizar e controlar o 
trânsito, inclusive com a possibilidade de imposição de multas, porém, desde que 
observada a finalidade constitucional da instituição de proteger bens, serviços e 
equipamentos públicos (CF, art. 144, § 8º) e os limites da competência munici-
pal em matéria de trânsito, estabelecidos pela legislação federal (CF, art. 22, XI). 
RE 658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barro-
so, 6.8.2015. (RE-658570)
No entanto, ressalte-se que a letra A, também, está correta pois o poder de polícia 
pode se manifestar mediante atos normativos como resoluções, decretos entre ou-
tros. Porém, entre a letra A e a C, a melhor opção, uma vez que se trata de questão 
de múltipla escolha é a letra C.
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75. Em relação aos princípios expressos e implícitos da administração pública, as-
sinale a opção correta.
a) O princípio da legalidade, quando aplicável ao direito privado, institui um critério 
de subordinação à lei, a denominada regra da reserva legal. 
b) O princípio da legalidade, previsto na Constituição Federal de 1988 (CF), não 
possui quaisquer restrições excepcionais. 
c) Respeitado o que predispuser a intentio legis (vontade da lei), compete ao ór-
gão da administração pública a livre interpretação do que seja interesse público. 
d) A proibição da atuação do administrado de forma despropositada ou tresloucada 
é também conhecida doutrinariamente como princípio da proibição dos excessos. 
e) A prerrogativa da administração pública de desapropriar ou estabelecer restri-
ção a alguma atividade individual decorre do princípio da autotutela.
QUESTÃO ANULADA
Justificativa: A utilização do termo “administrado”, em vez de administrador, na op-
ção apontada como gabarito prejudicou o julgamento objetivo da questão. Gabarito 
inicial D. Gabarito Oficial: deferido com anulação.
76. Com base no disposto na Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta, consi-
derando o entendimento dos tribunais superiores e da doutrina sobre o processo 
administrativo.
a) Os processos de prestação de contas são exemplo de processos administrativos 
de outorga, cuja finalidade é autorizar o exercício de determinado direito individual. 
b) O Supremo Tribunal Federal entende que não é necessária a observância do 
devido processo legal para a anulação de ato administrativo que tenha repercutido 
no campo dos interesses individuais. 
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c) Por ser a ampla defesa um princípio do processo administrativo, a administração 
não poderá definir a maneira como se realizará seu exercício, definindo, por exem-
plo, o local de vista aos autos. 
d) A competência processante de órgão da administração pode ser delegada, em 
parte, a outro órgão, ainda que não subordinado hierarquicamente ao órgão dele-
gante, desde que haja conveniência, razão e inexista impedimento legal. 
e) Conforme o Supremo Tribunal Federal, é obrigatória a representação por advo-
gado para o exercício do direito à recorribilidade de decisão proferida em processo 
administrativo.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimen-
to legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que 
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em 
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial."
O processo administrativo de outorga é o que contém um pedido de algum direito 
ou situação individual diante da Administração Pública, como os processos de con-
cessão de licença ou autorização. Os processos de prestação de contas enquadram-
-se nos processos de controle administrativo.
Segundo o STF (RE 776.662 PE), a anulação dos atos administrativos que reper-
cutam no campo de interesses individuais do cidadão deverá ser precedida de 
procedimento em que se assegure ao interessado o efetivo exercício do direito ao 
contraditório e à ampla defesa
Os atos do processo serão realizados preferencialmente na sede do órgão, podendo 
outro local ser definido desde que tenha a ciência do interessado.
O direito de defesa é assegurado ao administrado, porém em determinadas hipó-
teses a Administração poderá definir como esse exercício ocorrerá, especialmente 
para defender o interesse público. Assim, a Administração pode, por exemplo, de-
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finir o local para vista (consulta) dos autos do processo. Essa escolha não viola o 
direito de defesa.
De acordo com a Súmula Vinculante 5 do STF, “a falta de defesa técnica por advo-
gado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”. Ademais, 
a Lei 9.784/1999 o administrado pode, facultativamente, fazer-se assistir por ad-
vogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. Portanto, em 
regra, a presença de advogado não é obrigatória, mas sim uma escolha do admi-
nistrado
77. A respeito dos poderes e deveres da administração, assinale a opção correta, 
considerando o disposto na CF.
a) A lei não pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois tais 
instrumentos são taxativamente listados na CF. 
b) A eficiência, um dever administrativo, não guarda relação com a realização de 
supervisão ministerial dos atos praticados por unidades da administração indireta. 
c) O abuso de poder consiste em conduta ilegítima do agente público, caracteri-
zada pela atuação fora dos objetivos explícitos ou implícitos estabelecidos pela lei. 
d) A capacidade de inovar a ordem jurídica e criar obrigações caracteriza o poder 
regulamentar da administração. 
e) As consequências da condenação pela prática de ato de improbidade adminis-
trativa incluem a perda dos direitos políticos e a suspensão da função pública
O exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto, para 
que o agente público não cometa o abuso de poder.
O abuso de poder ocorre de duas formas: (i) quando a autoridade, embora compe-
tente para praticar o ato,ultrapassa os limites de suas atribuições; (ii) pratica ato 
visando ao interesse próprio ou utiliza atos para finalidades não previstas em lei. O 
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abuso de poder pode ocorrer de forma comissiva (=ação) ou omissiva. Na omissão, 
pode, por exemplo, deixar de praticar um ato visando interesse próprio. Excesso 
de poder: ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai 
além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas.
A lei pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois os instru-
mentos de fiscalização não são taxativamente listados na CF. O controle de tutela 
ou supervisão ministerial decorre também da eficiência administrativa, pois visa 
evitar que a entidade atue fora dos fins de sua criação. O poder regulamentar não 
pode inovar na ordem jurídica, somente a lei pode fazer isso. As consequências da 
condenação pela prática de ato de improbidade administrativa incluem a suspen-
são dos direitos políticos e a perda da função pública.
78. No que se refere ao processo administrativo disciplinar (PAD), assinale a opção 
correta.
a) A CF recepcionou o instituto da verdade sabida, viabilizando a sua aplicação no 
PAD. 
b) O Supremo Tribunal Federal entende ser ilegal a instauração de sindicância para 
apurar a ocorrência de irregularidade no serviço público a partir de delação anôni-
ma. 
c) Conforme o Supremo Tribunal Federal, militar, ainda que reformado, submete-se 
à hierarquia e à disciplina, estando, consequentemente, sujeito à pena disciplinar. 
d) Os princípios da ampla defesa e do contraditório no PAD não são absolutos, po-
dendo haver indeferimento de pedidos impertinentes ou protelatórios. 
e) Uma sindicância preparatória só pode servir de subsídio para uma sindicância 
contraditória, mas não para um PAD.
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QUESTÃO ANULADA
Além da opção preliminarmente apontada como gabarito (D), a opção em que se 
afirma que, conforme o Supremo Tribunal Federal, militar, ainda que reformado, 
submete-se à hierarquia e à disciplina, estando, consequentemente, sujeito à pena 
disciplinar também está correta.
79. Em relação à improbidade administrativa, assinale a opção correta.
a) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição decenal, 
qualquer que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente público. 
b) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade administra-
tiva por uso de maquinário da administração em seu sítio particular, poderá ser-lhe 
aplicada pena de suspensão dos direitos políticos por período de cinco a oito anos. 
c) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho ou 
em conluio com agente público, responderá, nos termos da Lei de Improbidade Ad-
ministrativa, desde que tenha obtido alguma vantagem pessoal. 
d) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o autor 
auferir vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, em-
prego ou atividade, mesmo que de forma culposa. 
e) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem justificativa 
e reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe aplicada multa civil de 
até cem vezes o valor da sua remuneração, conforme a gravidade do fato
Letra E correta. Art. 11, lei de Improbidade administrativa.
Letra A. Art 23 - As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta 
lei podem ser propostas : I - até 5 ( CINCO) anos após o término do exercício de 
mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
Letra B errada. Trata-se de Ato de Improbidade que Importam Enriquecimento 
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Ilícito : Art 9º , IV "Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição 
de qualquer das entidades mencionadas no Art 1º.; Art 12 , I - Na hipótese do art 
9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento 
integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos 
políticos de 8 a 10 anos.
Letra C errado. O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas 
responderá, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, independente-
mente de ter obtido alguma vantagem pessoal. Ademais, para o STJ particular só 
pratica ato de improbidade se estiver em concurso com algum agente público.
Letra D. Por se tratar de ato que gera enriquecimento ilícito, só se admite a forma 
DOLOSA.
Revisando improbidade administrativa.
CONSEQUÊNCIAS:
Suspensão 
dos direitos 
políticos
É a incapacidade temporária de se exercer os direitos políticos previstos na Cons-
tituição.
Cuidado! Não pode haver cassação dos direitos políticos (art. 15, CF).
Os prazos de suspensão estão previstos no art. 12, da Lei de Improbidade Adminis-
trativa (LIA) que veremos mais adiante.
Perda da 
função pública
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o 
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Trânsito em julgado é quando o processo acaba.
É possível o afastamento preventivo, sem prejuízo da remuneração.
Ressarci-
mento ao 
erário
Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, 
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilici-
tamente está sujeito às medidas da lei de improbidade até o limite do valor da 
herança.
A lei não exige a ocorrência do dano para que esteja tipificado o ato de improbidade. 
Mas para o ressarcimento ao erário, necessariamente exige-se a efetiva ocorrência 
do dano; o ato deve afetar o patrimônio no sentido econômico (art. 21).
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Indisponibili-
dade dos bens
Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enri-
quecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do 
dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.
Indisponibilidade significa que os bens ficam “bloqueados” e a pessoa não pode 
vender, doar, trocar. O bem fica com a pessoa, mas ele não pode ser alienado. 
Isso visa garantir o resultado final do processo, já que o agente público responderá 
com todo o seu patrimônio.
Assim, se evita que o agente público se desfaça de bens com valor patrimonial.
Um cuidado! Não é o MP que decreta a indisponibilidade. Ele apenas propõe, judi-
cialmente, e o juiz fará a decretação se assim entender que é necessário.
Para não esquecer as sanções previstas na CF, lembre-se: 
R I S P
ATOS E SANÇÕES:
Atos de 
improbidade
Suspensão dos 
direitos políti-
cos
Multa
Proibição de contratar/receber benefício ou incenti-
vos do Poder Público
Enriquecimento 
ilícito (art. 9º)
8 a 10 anos
Até 3 vezes 
o valor acres-
cido
dez anos
Prejuízo ao erário 
– (art. 10)
5 a 8 anos
Até duas 
vezes o valor 
do prejuízo
cinco anos
Atenta contra 
princípio adminis-
trativo (art. 11)
3 a 5 anos
Até 100 
vezes a remu-
neração
três anos
Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário – art. 10-A (Novo ato 
de improbidade criado em 2016) Atenção!
Suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor 
do benefíciofinanceiro ou tributário concedido.
- Proibição de contratar/receber benefício ou incentivos do Poder Público – não há.
80. Depende do consentimento de todos os sócios ou acionistas — salvo em caso 
de previsão no ato constitutivo, hipótese em que o dissidente poderá retirar-se da 
sociedade — a operação societária denominada
a) incorporação. 
b) fusão. 
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c) cisão. 
d) liquidação. 
e) transformação.
O art. 1.114 do CC dispõe que:
“A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista 
no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, apli-
cando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.”
No entanto, vejamos os demais conceito dos termos usados na questão:
O Art. 1.116 do CC dispõe que “Na incorporação, uma ou várias sociedades são 
absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo 
todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos.”
O art. 1.119 dispõe que. “A fusão determina a extinção das sociedades que se 
unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.”
O instituto cisão não há conceito no CC, mas o art 229 da Lei 6.404/76 disciplina 
que “cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patri-
mônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, 
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, 
ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.”
Já o instituto da liquidação da sociedade corresponde ao procedimento administra-
tivo ou judicial que analisa o ativo e o passivo da sociedade, ou seja, são as ope-
rações que consistem na realização (venda, afetação externa e cobrança) do ativo 
e pagamento do passivo, com o objetivo de reduzir a dinheiro ou bens facilmente 
realizáveis para serem partilhados.
81. Assinale a opção correta no que se refere ao direito societário.
a) Compete ao poder público municipal do local da sede autorizar o funcionamento 
de sociedades cujo funcionamento dependa de autorização do Poder Executivo. 
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b) É nulo todo o contrato social de sociedade limitada que contenha cláusula que 
exclua qualquer sócio da participação nos lucros e nas perdas. 
c) A sociedade em comum e a sociedade de fato ou irregular são não personifica-
das, conforme classificação do Código Civil. 
d) O sócio remisso pode ser excluído da sociedade pelos demais, caso em que deve 
ser-lhe devolvido, com os abatimentos cabíveis, o montante com o qual tenha con-
tribuído para o capital social. 
e) Os tipos societários previstos no Código Civil são exemplificativos, podendo as 
sociedades organizar-se de formas distintas das expressamente listadas. 
A letra “A” está incorreta, da análise dos artigos 1.123 e 1.134 do CC que dispõe 
respectivamente: “Art. 1.123. A sociedade que dependa de autorização do Poder 
Executivo para funcionar reger-se-á por este título, sem prejuízo do disposto em lei 
especial.” E o “Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, 
não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por 
estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos 
em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.” Assim, é necessário autori-
zação do Poder Executivo Federal. (AQUINO, 2015)
A letra “B” está incorreta, porque a nulidade é da cláusula e não do contrato, na 
forma do “Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de 
participar dos lucros e das perdas.”
A letra “C” está incorreta, porque o CC disciplina que as únicas sociedades não per-
sonificadas são as sociedades em comum e a sociedade em conta de participação 
(artigos 986 a 996 do CC). A classificação proposta na questão em sociedade de 
fato ou irregular são classificações doutrinárias e não legais.
A letra “d” está correta, porque corresponde à interpretação aos artigos 1.058 e 
1.004 do CC que dispõe respetivamente:
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“Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições 
estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias 
seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano 
emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à 
indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já 
realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.“
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, 
sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou 
transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver 
pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as 
despesas.
A letra “e” está incorreta porque o direito societário brasileiro adota o sistema ta-
xativo dos regimes jurídicos, ou seja, a sociedade empresária ou simples somente 
podem adotar os regimes jurídicos previamente previsto na legislação, bastando 
para isto analisar os artigos 982 e 983 do CC quês dispõem respectivamente:
“Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que 
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro 
(art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a so-
ciedade por ações; e, simples, a cooperativa.”
“Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regu-
lados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformi-
dade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são 
próprias.
Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta 
de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, 
para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade se-
gundo determinado tipo.“
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82. Durante a instrução de determinado processo judicial, foi comprovada falsifi-
cação da escrituração em um dos livros comerciais de uma sociedade limitada, em 
decorrência da criação do chamado “caixa dois”. A sentença proferida condenou 
pelo crime apenas o sócio com poderes de gerência.
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A conduta praticada pelo sócio constitui crime falimentar. 
b) Na situação, configura-se crime de falsificação de documento público. 
c) Sendo o diário e o livro de registro de atas de assembleia livros obrigatórios da 
sociedade citada, a referida falsificação pode ter ocorrido em qualquer um deles. 
d) Em decorrência da condenação criminal, o sócio-gerente deverá ser excluído 
definitivamente da sociedade. 
e) O nome do condenado não pode ser excluído da firma social, que deve conter o 
nome de todos os sócios, seguido da palavra “limitada”.
A letra “a” está incorreta porque não há tipificação específica na LFRR, visto que, 
para configurar crime pela lei de falência, deveria conter na questão as informa-
ções acerca do prejuízo para os credores e a finalidade de vantagem indevida. Em 
acréscimo, exclui-se também a tipificação do art. 178 da mesma lei, uma vez que 
a conduta do sócio foi comissiva, e não omissiva.
A letra “b” está correta porque se trata do Art. 297 - Falsificar, no todo ou emparte, 
documento público, ou alterar documento público verdadeiro: (...) § 2º - Para os 
efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade para-
estatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade 
comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3o Nas mesmas 
penas incorre quem insere ou faz inserir: (...) III – em documento contábil ou em 
qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a 
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.”
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A letra “C” está incorreta, visto que o livro obrigatário e o diário e não os livros de 
atas, por isso a questão está incorreta, na análise do art. 1.180 do CC.
A letra “d” está incorreta, porque a condenação criminal não acarreta a exclusão ou 
exclusão do sócio da sociedade, mas apenas impede a continuidade do exercício da 
administração da sociedade, ou seja, na condenação criminal, o sócio não poderá 
mais exercer poderes de administração, conforme exposto no artigo 1011, §1º, 
conforme segue: Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por 
lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso 
a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, con-
cussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacio-
nal, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a 
fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação 
A letra “e” está incorreta, porque, segundo o art. 1.158, pode a sociedade limita-
da adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua 
abreviatura.
§ 1º A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas 
físicas, de modo indicativo da relação social.
§ 2º A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela 
figurar o nome de um ou mais sócios.
§ 3º A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ili-
mitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da 
sociedade.
83. A Lei n.º XX/XXXX, composta por quinze artigos, elaborada pelo Congresso 
Nacional, foi sancionada, promulgada e publicada.
A respeito dessa situação, assinale a opção correta, de acordo com a Lei de Intro-
dução às Normas do Direito Brasileiro.
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a) Se algum dos artigos da lei sofrer alteração antes de ela entrar em vigor, será 
contado um novo período de vacância para o dispositivo alterado. 
b) Caso essa lei tenha revogado dispositivo da legislação anterior, automaticamen-
te ocorrerá o efeito repristinatório se nela não houver disposição em contrário. 
c) A lei irá revogar a legislação anterior caso estabeleça disposições gerais sobre 
assunto tratado nessa legislação. 
d) Não havendo referência ao período de vacância, a nova lei entra em vigor ime-
diatamente, sendo eventuais correções em seu texto consideradas nova lei. 
e) Não havendo referência ao período de vacância, a lei entrará em vigor, em todo 
o território nacional, três meses após sua publicação.
A Alternativa correta, pois o § 3º do art. 1º da LINDB diz que “Se, antes de entrar 
a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo 
deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação”.
B Alternativa errada, pois o § 3º do art. 2º da LINDB estabelece o contrário do que 
afirmado, ou seja, para que haja represtinação, deve haver disposição expressa.
C Alternativa errada, pois, em virtude do princípio da especialidade (LINDB, art. 
2º, § 2º), “A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”.
D Alternativa errada, pois, de acordo com o art. 1º, caput da LINDB, “Salvo dispo-
sição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada”.
E Alternativa errada, pois, de acordo com o art. 1º, caput da LINDB, “Salvo dispo-
sição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada”.
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84. No que concerne à pessoa natural, à pessoa jurídica e ao domicílio, assinale a 
opção correta.
a) Sendo o domicílio o local em que a pessoa permanece com ânimo definitivo ou 
o decorrente de imposição normativa, como ocorre com os militares, o domicílio 
contratual é incompatível com a ordem jurídica brasileira. 
b) Conforme a teoria natalista, o nascituro é pessoa humana titular de direitos, 
de modo que mesmo o natimorto possui proteção no que concerne aos direitos da 
personalidade. 
c) De acordo com o Código Civil, deve ser considerado absolutamente incapaz 
aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não possuir discernimento para 
a prática de seus atos. 
d) A ocorrência de grave e injusta ofensa à dignidade da pessoa humana configura 
o dano moral, sendo desnecessária a comprovação de dor e sofrimento para o re-
cebimento de indenização por esse tipo de dano. 
e) Na hipótese de desaparecimento do corpo de pessoa em situação de grave risco 
de morte, como, por exemplo, no caso de desastre marítimo, o reconhecimento do 
óbito depende de prévia declaração de ausência
A Alternativa errada, pois o art. 78 do Código Civil prevê o domicílio contratual, ao 
dispor que “Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio 
onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes”.
B Alternativa errada, pois a teoria natalista propugna que a personalidade civil da 
pessoa começa do nascimento com vida, conforme art. 2º, primeira parte do Códi-
go Civil. Obs.: é necessário lembrar, no entanto, o que diz o Enunciado 1 da I Jorna-
da do CJF: “A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que 
concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura”.
C Alternativa errada, pois, a partir da Lei 13.146⁄2015, os enfermos ou deficientes 
mentais passaram a ser considerados relativamente incapazes (CC, art. 4º, III).
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D Alternativa correta, pois, com relação ao dano moral, a jurisprudência consagrou 
o entendimento de que se trata de dano “in re ipsa”, ou seja, cuja comprovação 
decorre da simples demonstração do ato que, por sua natureza, ofende os direitos 
da personalidade.
E Alternativa errada, pois, de acordo com o art. 7º do Código Civil, “Pode ser de-
clarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I – se for extremamente 
provável a morte de quem estava em perigo de vida”.
85. Em cada uma das opções seguintes, é apresentada uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada, a respeito de posse, propriedade e direitos 
reais sobre coisa alheia. Assinale a opção que apresenta assertiva correta conforme 
a legislação e a doutrina pertinentes.
a) Durante o prazo de vigência de contrato de locação de imóvel urbano, o loca-
tário viajou e, ao retornar, percebeu que o imóvel havia sido invadido pelo próprio 
proprietário. Nesse caso, o locatário não pode defender sua posse, uma vez que o 
possuidor direto não tem proteção possessória em face do indireto. 
b) Determinado indivíduo realizou, de boa-fé, construção em terreno que pertencia 
a seu vizinho. O valor da construção excede consideravelmente o valor do terreno. 
Nessa situação, não havendo acordo, o indivíduo que realizou a construção adquiri-rá a propriedade do solo mediante pagamento da indenização fixada pelo juiz. 
c) Caio realizou a doação de um bem para Fernando. No contrato celebrado entre 
ambos, consta cláusula que determina que o bem doado volte para o patrimônio 
do doador se ele sobreviver ao donatário. Nessa situação, a cláusula é nula, pois o 
direito brasileiro não admite a denominada propriedade resolúvel. 
d) Roberto possui direito real de superfície de bem imóvel e deseja hipotecar esse 
direito pelo prazo de vigência do direito real. Nesse caso, a estipulação de direito 
real de garantia é ilegal porque a hipoteca somente pode ser constituída pelo pro-
prietário do bem. 
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e) Determinado empregador cedeu bem imóvel de sua propriedade a seu empre-
gado, em razão de relação de confiança decorrente de contrato de trabalho. Nesse 
caso, ainda que desfeito o vínculo trabalhista, é juridicamente impossível a conver-
são da detenção do empregado em posse.
A Alternativa errada, pois o art. 1.197 do Código Civil reza que pode “o possuidor 
direto defender a sua posse contra o indireto”.
B Alternativa correta, de acordo com o texto do art. 1.255, parágrafo único do Có-
digo Civil: “Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do 
terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, 
mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo”.
C Alternativa errada, pois além da propriedade resolúvel estar expressamente pre-
vista nos arts. 1.359 e 1.360 do Código Civil, o art. 547 ainda prevê também que 
“O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobre-
viver ao donatário”.
D Alternativa errada, pois o art. 1.473, X do Código Civil permite a hipoteca da 
propriedade superficiária.
E Alternativa errada, pois se o empregado, após a extinção do vínculo trabalhista, 
não restitui o imóvel, configura-se, a partir daí, que detém a sua posse precária 
(CC, art. 1.200). Também o parágrafo único do art. 1.198 permite a inversão da 
detenção em posse, ao permitir a prova em contrário da presunção de detenção.
86. Um oficial do corpo de bombeiros arrombou a porta de determinada residência 
para ingressar no imóvel vizinho e salvar uma criança que corria grave perigo em 
razão de um incêndio.
A respeito dessa situação hipotética e conforme a doutrina dominante e o Código 
Civil, assinale a opção correta.
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a) O oficial tem o dever de indenizar o proprietário do imóvel danificado, devendo 
o valor da indenização ser mitigado em razão da presença de culpa concorrente. 
b) O ato praticado pelo oficial é ilícito porque causou prejuízo ao dono do imóvel, 
inexistindo, entretanto, o dever de indenizar, dada a ausência de nexo causal. 
c) Não se aplica ao referido oficial a regra do Código Civil segundo a qual o agen-
te que atua para remover perigo iminente pode ser chamado a indenizar terceiro 
inocente. 
d) Conforme disposição do Código Civil, o oficial teria o dever de indenizar o dono 
do imóvel no valor integral dos prejuízos existentes, tendo direito de regresso con-
tra o responsável pelo incêndio. 
e) Não se pode falar em responsabilidade civil nesse caso, pois, na hipótese de 
estado de necessidade, o agente causador do dano nunca terá o dever de indenizar.
A Alternativa errada, pois o enunciado da questão não aponta culpa do proprietário 
do imóvel pelo incêndio para que se possa inferir culpa concorrente.
B Alternativa errada, pois o exercício regular de direito e a remoção de perigo ex-
cluem a ilicitude do ato (CC, art. 188)
C Alternativa correta. Se o agente que causou o dano ao remover o perigo estiver 
no exercício de função pública destinada ao ato a ilicitude do ato se exclui não só 
pela remoção de perigo, mas também pelo exercício regular de direito, razão pela 
qual não há falar em dever de indenizar do referido agente.
D Alternativa errada, pois, embora o Código Civil (arts. 929 e 930) contenha dis-
positivos que prevejam a responsabilidade civil daquele que causa dano para pro-
mover a remoção de perigo, o caso está albergado também pelo exercício regular 
de direito.
E Alternativa errada, pois não se pode dizer que o agente causador nunca terá o de-
ver de indenizar, conforme se verifica dos arts. 929 e 930 do Código Civil, afastados 
neste caso por se tratar de agente público que estava no exercício de sua função.
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87. O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização 
de postos de gasolina com objetivo de aferir permanentemente as condições de se-
gurança e vigilância de tais locais, estabelecendo um licenciamento especial e anual 
para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa anual de R$ 
1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal.
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A instituição do departamento de fiscalização de postos de gasolina como órgão 
competente com funcionamento regular é suficiente para caracterizar o exercício 
efetivo do poder de polícia. 
b) É desnecessária, para justificar a cobrança de taxa, a criação de órgão específi-
co para o desempenho das atividades de fiscalização de postos de gasolina, por se 
tratar de competências inerentes às autoridades de segurança pública. 
c) Para observar o princípio da capacidade contributiva, a taxa deveria ter corres-
pondência com o valor venal do imóvel a ser fiscalizado, sendo inconstitucional a 
cobrança de valor fixo por estabelecimento. 
d) A taxa em questão é inconstitucional, já que a segurança pública é um dever do 
Estado, constituindo um serviço indivisível, a ser mantido apenas por impostos, o 
que torna incabível a cobrança de taxa. 
e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento 
de fiscalização de postos de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, 
certificando-se do cumprimento das normas de segurança e vigilância de tais lo-
cais, de acordo com a legislação.
A alternativa A foi a apontada como a correta, pois julgados anteriores do STF da-
vam conta que bastava a existência de aparato e estrutura de fiscalização para a 
cobrança de taxa de fiscalização (poder de polícia). Entretanto, desde 2010, esse 
entendimento da Suprema Corte alterou para os seguintes termos:
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“À luz da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão 
administrativo não é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da 
cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos 
admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido constitucio-
nalmente”. RE nº 588.322/RO.
No referido julgado, propugnou-se, ainda, que, para configuração do efetivo exer-
cício do poder de polícia, a existência de aparato administrativo fiscalizatório na 
estrutura municipal é prova hábil (mas não a única e suficiente) a essa efetividade, 
sem prejuízo de outras formas que demonstrem a efetiva fiscalização dos sujeitos 
passivos da exação, sob pena de se desvirtuar a natureza jurídica das taxas esta-
belecidas pelo texto constitucional.
Com efeito, aduziu o Ministro Relator Gilmar Mendes nos debates: “Daí a minha 
proposta de deixarmos definido que, claro, se houver órgão fiscalizador, já é uma 
prova de que o Município exerce. Mas ele também pode provar o exercício de poder 
de polícia pelo fato de exercer o poder de polícia”.
88.Instrução normativa expedida em dezembro de 2015 pelo secretário de Fazen-
da do Estado de Goiás estabeleceu que, para ter acesso ao sistema de informática 
de emissão de nota fiscal, relativa ao ICMS, o contribuinte deve estar em dia com 
suas obrigações tributárias estaduais. Em janeiro de 2016, a empresa Alfa Ltda., 
com pagamento de tributos em atraso, requereu acesso ao sistema e teve o seu 
pedido indeferido.
Nessa situação hipotética,
a) ainda que a emissão de notas fiscais seja obrigação acessória, o princípio da 
legalidade estrita, vigente no direito tributário, impõe que tais deveres sejam pre-
vistos por lei ordinária, sendo inválida a restrição estabelecida por instrução nor-
mativa. 
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b) o ICMS é tributo sujeito à anterioridade nonagesimal, de modo que, embora 
válida a instrução normativa, o indeferimento é ato insubsistente, por ter aplicado 
a instrução normativa antes do prazo constitucional. 
c) a interdição de emissão de notas fiscais é meio indireto de cobrança do tributo, 
já que inibe a continuidade da atividade profissional do contribuinte, o que torna a 
instrução normativa em questão inválida. 
d) o ICMS não é tributo sujeito à anterioridade nonagesimal, de modo que o inde-
ferimento é válido. 
e) a emissão de notas fiscais é obrigação acessória, podendo ser regulada por ato 
infralegal, sendo válida a restrição estabelecida.
A resposta correta é a alternativa C, em face da proibição de sanção política, com 
meio coercitivo utilizado pelo Fisco para recebimento de tributos devidos por contri-
buintes. Os Tribunais repelem a prática, inclusive por meio de Súmulas do STF (323 
e 547) – MC nº 1454-4 -, por não poder haver coação do contribuinte (apreensão 
de mercadorias, interdição de estabelecimentos, regime especial de fiscalização, 
inscrição no CADIN, impedimento de obtenção do CNPJ, impedimento de acesso a 
sistemas fiscais de controle e expedição de notas fiscais etc) para que não regu-
larmente exerça suas atividades pelo fato de ser inadimplente de tributo. A Cons-
tituição Federal em seu artigo 5º, inciso XII, elenca o livre exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão e, o artigo 170 da Carta Maior diz que é assegurado 
a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de 
autorização de órgãos públicos, salvo os casos previstos em lei. Tais atos são nulos 
e desvestidos de validade.
A alternativa A está errada, pois multas devem ser reguladas por lei, mas os tipos 
de obrigações tributárias acessórias a cumprir podem vir veiculadas por lei ou por 
atos do Poder Executivo (decreto, Instruções Normativas, portarias etc). O artigo 
97 do CTN é claro em dizer que a lei tributária ordinária vai regular: 
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A alternativa B está errada, pois embora o ICMS seja tributo que deva obedecer ao 
princípio da anterioridade tributaria, como regra, observando-se a não surpresa, 
para alterações e criações legais próximos do ano, aplicando-se, quando o caso, 
também a anterioridade nonagesimal, tal instituto constitucional vale para o tributo 
devido e não instituições de meras obrigações acessórias. O erro é dizer que para 
o ICMS aplica-se a anterioridade nonagesimal. A aplicação é da regra, observada a 
noventena se a data da lei estiver depois de 03 de outubro do ano em específico. 
Como a norma tributária do problema é uma IN, não se trata de aplicação de qual-
quer princípio de anterioridade, visto ser imposição de cumprimento de obrigações 
acessórias. 
A alternativa D está errada, pois se a lei de ICMS, por exemplo, for alterada depois 
de 03 de outubro, em relação ao tributo em si, observa-se a conjugação de dois 
princípios, anterioridade anual + anterioridade nonagesimal (artigo 150, III, alíe-
nas b e c da CF/88).
A alternativa E está errada pelo que foi exposto acima, sendo que o correto seria 
dizer “sendo inválida” a restrição acima.
89. Ricardo, com quinze anos de idade, traficou entorpecentes por três meses, 
obtendo uma renda de R$ 20.000. Informado pela autoridade competente, um au-
ditor da Receita Federal do Brasil efetuou lançamento contra o menor.
Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) O tráfico de entorpecente é ato ilícito, sendo responsáveis pelos prejuízos dele 
decorrentes, nos termos da lei civil, os pais de Ricardo, que deverão recolher o tri-
buto a título de sanção cível. 
b) A capacidade tributária independe da capacidade civil, de modo que é correto 
o lançamento contra o menor que, no caso, percebeu remuneração que pode ser 
considerada renda. 
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c) O tráfico de entorpecente é atividade que gera proveito econômico, o que justi-
fica torná-lo fato gerador de tributo, não podendo, no entanto, Ricardo, por ser in-
capaz, sofrer lançamento, devendo a renda percebida ser imputada aos seus pais. 
d) O tráfico de entorpecente, por ser crime, não pode ser objeto de tributação, pois 
o pagamento de imposto em tal hipótese significaria que o Estado estaria chance-
lando uma atividade ilícita, sendo, portanto, insubsistente o lançamento. 
e) Ricardo, por ser incapaz, não pode sofrer lançamento, não constituindo renda 
eventuais ganhos econômicos que ele venha a ter
A alternativa correta é a B, pois não importa a capacidade civil do contribuinte para 
efeitos de capacidade tributária passiva. Pode um menor de idade ser contribuinte 
tributário. No caso, mesmo em face de renda pelo delito de tráfico de drogas (pecu-
nia non olet), o menor será tributado. O Art. 126, I, do CTN esclarece que a capaci-
dade civil não se confunde com a capacidade tributária, de modo que a condição de 
menor incapaz não é suficiente para se escusar do cumprimento das obrigações tri-
butárias. Logo, existe a obrigação do menor no recolhimento do imposto de renda.
Pecunia non olet é princípio consagrado em Direito Tributário que o tributo deve 
incidir sobre as atividades lícitas e, da mesma forma, sobre aquelas consideradas 
ilícitas ou imorais. Isso ocorre de acordo com o princípio pecunia non olet, segundo 
o qual, para o Estado, o dinheiro não tem cheiro que se traduz na conhecida ex-
pressão pecunia non olet. Aliomar Baleeiro lembra que a cláusula surgiu a partir do 
diálogo ocorrido entre o Imperador Vespasiano e seu filho Tito, quando este se pôs 
a indagar o pai sobre a razão pela qual se decidiu tributar os usuários de banhei-
ros públicos na Roma Antiga. Assim, o Imperador justificou a incidência do tributo 
respondendo que o dinheiro não tem cheiro, não importando para o Estado a fonte 
de que provenha. Em outras palavras, pouco importa para o Fisco, desde tempos 
antigos, se a atividade praticada pelo contribuinte é "limpa" ou "suja".
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A alternativa A está errada, pois o contribuinte é o menor flagrado. A alternativa 
C está errada, pois não importa a capacidade civil do infrator. A alternativa D está 
errada em face do princípio pecunia no olet. A alternativa E está errada pelos mo-
tivos anteriores.
90. São responsáveis pelos créditos tributários relativos a obrigação de terceiros, 
quando não for possível exigir-lhes o cumprimento da obrigação principal, indepen-
dentemente de terem agido com excesso de poderes ou em desacordo com a lei, 
estatuto ou contrato social,
a) os empregados. 
b) os diretores de pessoa jurídica. 
c) os representantes legais de pessoas jurídicas de direito privado. 
d) os administradores de bens de terceiros. 
e) os mandatários
Aresposta correta é a alternativa D, conforme prevê os artigos 135 (pessoal) e 134 
do CTN (responsabilidade tributária de terceiros). A questão pede a responsabilida-
de de terceiros, independente de os terceiros terem agido com excesso de poderes 
ou em desacordo com as normas. Portanto, o candidato deveria fazer uma com-
paração entre os artigos 134 e 135 do CTN e extrair deles aqueles que respondem 
apenas quando do excesso de poder ou infrações às normas: são eles mandatá-
rios, prepostos e empregados. Estão fora, neste momento, as alternativas A, B, C 
e E. Sobrou o administrador de bens de terceiros. Todos os incisos do artigo 134 
também respondem quando do excesso ou infração (veja inciso I do artigo 135 do 
CTN), mas também respondem por ato de terceiro, que é o que o problema quer. 
Resta, então, a alternativa D.
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91. Sabendo que, por disposição constitucional expressa, em regra, os princípios 
tributários e as limitações ao poder de tributar não se aplicam de forma idêntica a 
todas as espécies tributárias, assinale a opção correta a respeito da aplicação des-
ses institutos.
a) Apenas aos impostos estaduais aplica-se o princípio que proíbe o estabeleci-
mento de diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza em razão 
de sua procedência ou seu destino. 
b) A aplicação do princípio da não vinculação de receita a despesa específica é li-
mitada aos impostos. 
c) Em regra, o princípio da anterioridade do exercício aplica-se da mesma forma 
aos impostos e às contribuições sociais da seguridade social. 
d) O princípio da capacidade contributiva aplica-se sempre e necessariamente aos 
impostos. 
e) O princípio da anterioridade do exercício atinge, de forma ampla, as hipóteses 
de empréstimos compulsórios previstas no texto constitucional.
A alternativa correta é a B. Os limites constitucionais ao poder de tributar, esclare-
cidos no artigo 146, II da CF, são traduzidos em princípios e imunidades tributárias. 
A alternativa A está errada, pois vai contra o princípio esculpido no artigo 152 da CF 
(É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedên-
cia ou destino). 
A alternativa C está errada, pois nem todos os impostos têm aplicação do princípio 
da anterioridade (anual, regra geral ou nonagesimal). Os Impostos de Importação 
e Exportação e IOF, por exemplo, têm aplicação imediata, sem respeitar anteriori-
dade. É o tal do “pague já”: criou, pode cobrar. As contribuições sociais do artigo 
149 e 195 da CF tem com aplicável o princípio da anterioridade nonagesimal ape-
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nas, em qualquer momento do ano. Apenas respeitam-se 90 dias da data da publi-
cação da lei (artigo 195, § 6º da CF/88) ou da medida provisória (STF).
A alternativa D está errada porque o artigo 145, § 1º da CF diz que: “Sempre que 
possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacida-
de econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos in-
dividuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades eco-
nômicas do contribuinte”. Portanto, ligar os impostos à capacidade contributiva do 
sujeito passivo será sempre que possível e, não, obrigatoriamente. 
Para a alternativa E, no empréstimo compulsório, aplica-se nos casos de guerra 
externa e calamidade pública a aplicação imediata, ou seja, o “pague já”, em face 
da urgência. A guerra e a calamidade não esperam. Portanto, não há aplicação da 
anterioridade (nenhuma delas). Só se aplica a regra (de exercício + Noventena – 
artigo 150, III, b e c) se for o empréstimo compulsório para investimento público 
de interesse nacional relevante.
92. Se resultar em supressão ou redução de tributo, configurará crime contra a 
ordem tributária a conduta consistente em
a) utilizar programa de processamento de dados que disponibilize ao sujeito pas-
sivo informação diversa daquela fornecida à fazenda pública. 
b) negar-se a fornecer nota fiscal relativa a venda de mercadoria ou a venda de 
serviço. 
c) exigir para si porcentagem sobre a parcela dedutível de imposto como incentivo 
fiscal. 
d) aplicar incentivo fiscal em desacordo com o estatuído. 
e) deixar de pagar benefício a segurado quando valores já tiverem sido reembol-
sados à empresa pela previdência social.
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QUESTÃO ANULADA.
A questão foi anulada pela banca. Mas é que crime de sonegação tributária o delito 
que tem como fulcro principal a omissão de informações ao fisco que leve a su-
pressão ou redução do pagamento de tributos. Veja que o delito é de omissão de 
informações, sendo que o não pagamento é apenas decorrência. Então, a alterna-
tiva clara e correta seria a B, pois o fato de negar nota fiscal, é negar a produção 
de informações em obrigações acessórias. Emitir nota fiscal é obrigação acessória.
93. No que concerne à Constituição Federal de 1988 (CF) e ao meio ambiente, as-
sinale a opção correta.
a) Entende-se a previsão constitucional de um meio ambiente ecologicamente 
equilibrado tanto como um direito fundamental quanto como um princípio jurídico 
fundamental que orienta a aplicação das regras legais. 
b) O princípio da livre iniciativa impede que o poder público fiscalize entidades de-
dicadas à pesquisa e à manipulação de material genético. 
c) O estudo prévio de impacto ambiental será dispensado nos casos de obras pú-
blicas potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental quando 
elas forem declaradas de utilidade pública ou de interesse social. 
d) Os espaços territoriais especialmente protegidos, definidos e criados por lei am-
biental, poderão ser suprimidos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo 
municipal para permitir a moradia de população de baixa renda em área urbana. 
e) A competência para proteger o meio ambiente e combater a poluição em todas 
as suas formas é concorrente entre a União, os estados, o Distrito Federal (DF) e 
os municípios, de modo que a ação administrativa do órgão ambiental da União 
prevalece sobre a ação dos demais entes federativos.
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A Art. 225 da CF (Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presen-
tes e futuras gerações.) – meio ambiente ecologicamente equilibrado é tanto prin-
cípio orientador quanto direito fundamental
B Art. 225, § 1º, II, da CF (§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe 
ao Poder Público: II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genéti-
co do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material 
genético); 
C Art. 225, § 1º, IV, da CF - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou ati-
vidade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, 
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade
D Art. 225, § 1º, III da CF (III - definir, em todas as unidades da Federação, es-
paços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a 
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utili-
zação que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção)
E Competência constitucional legislativaé concorrente. Competência constitucional 
administrativa é comum. A competência administrativa comum ambiental encon-
tra-se regulada pelo art. 23 da CF (Art. 23. É competência comum da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em qualquer de suas formas;). As ações administrativas dos 
entes federativos devem ser de cooperação, como determina o parágrafo único 
do art. 23 da CF, que foi regulamentado pela LC 410/2011 (Parágrafo único. Leis 
complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e 
do bem-estar em âmbito nacional.)
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94. A respeito da legislação que trata da proteção das florestas e das unidades de 
conservação, assinale a opção correta.
a) O imóvel rural pode tornar-se reserva particular do patrimônio natural a partir 
do interesse do proprietário, mediante edição de lei municipal e após a concordân-
cia do órgão ambiental local. 
b) Desde que haja autorização pelo órgão ambiental estadual, admite-se a explo-
ração econômica mediante o manejo sustentável dos recursos naturais do imóvel 
rural ou urbano localizado em área de preservação permanente. 
c) Com vistas à regularização ambiental, a reserva legal do imóvel rural localizado 
na Amazônia Legal poderá ser reduzida para até 50% da propriedade mediante 
autorização do órgão ambiental estadual, se o proprietário demonstrar a sustenta-
bilidade do seu projeto de uso alternativo do solo. 
d) Devem constar no Cadastro Ambiental Rural a identificação do proprietário ou 
possuidor do imóvel e a comprovação da propriedade ou posse, apesar de o cadas-
tramento não constituir título de reconhecimento de posse ou propriedade. 
e) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza classifica essas 
unidades em três grupos ou categorias, com características e objetivos específicos: 
as unidades de proteção integral, as unidades de uso sustentável e as unidades de 
preservação permanente. 
(A) A Lei nº 9.985/200 (Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – 
SNUC), ao tratar das RPPNs estabelece que: Art. 21. A Reserva Particular do Patri-
mônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de 
conservar a diversidade biológica. § 1º O gravame de que trata este artigo constará 
de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que verificará a 
existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Regis-
tro Público de Imóveis. Ou seja, não é criada por lei municipal, e sim por termo de 
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compromisso do proprietário com o órgão ambiental, a ser averbado à margem da 
inscrição do imóvel no Registro Público. 
(B) O “novo” Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) ao estabelecer o regime de pro-
teção das áreas de preservação permanente (arts. 7º a 9º) não reconhece a pos-
sibilidade de exploração mediante manejo sustentável dos recursos naturais. Essa 
previsão consta para as áreas de reserva legal (art. 17 § 1º Admite-se a exploração 
econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável, previamente aprovado 
pelo órgão competente do Sisnama, de acordo com as modalidades previstas no 
art. 20.).
(C) Estabelece o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) que:Art. 13. Quando in-
dicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE estadual, realizado segundo 
metodologia unificada, o poder público federal poderá: I - reduzir, exclusivamente 
para fins de regularização, mediante recomposição, regeneração ou compensação 
da Reserva Legal de imóveis com área rural consolidada, situados em área de flo-
resta localizada na Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da pro-
priedade, excluídas as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos 
recursos hídricos e os corredores ecológicos.
(D) O “novo” Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), estabelece que: Art. 29. É 
criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de Infor-
mação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito na-
cional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as in-
formações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados 
para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao 
desmatamento. § 1º A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferen-
cialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regula-
mento, exigirá do proprietário ou possuidor rural: I - identificação do proprietário 
ou possuidor rural; II - comprovação da propriedade ou posse; III - identificação 
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do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das co-
ordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do 
imóvel, informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áre-
as de Preservação Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas 
e, caso existente, também da localização da Reserva Legal. § 2º O cadastramento 
não será considerado título para fins de reconhecimento do direito de propriedade 
ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2º 
da Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001.
(E) A Lei do SNUC divide as unidades de conservação em somente duas catego-
rias: de proteção integral e de uso sustentável. Áreas de Preservação Permanente 
– APPs são espécie de espaços territoriais especialmente protegidos, mas não são 
unidades de conservação, e encontram-se reguladas no Código Florestal.
95. Uma mineradora está respondendo por supostamente ter causado poluição 
capaz de gerar danos à saúde dos moradores de área próxima ao local de suas 
atividades. Alguns sócios com poderes de gerência foram apontados como corres-
ponsáveis na esfera criminal. Foram impostas duas multas administrativas eleva-
das, uma por ente estadual e outra por ente federal, com base na mesma conduta. 
Na motivação, foi invocado o alto poder econômico da empresa como fator para 
gradação das multas. Alguns moradores já ajuizaram ações cíveis de reparação de 
danos.
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação 
pertinente e das posições doutrinárias majoritariamente aceitas.
a) A situação econômica do infrator não poderia ser levada em consideração para 
estabelecer o valor das multas impostas. 
b) Ainda que tenha inexistido dolo na geração da poluição, poderá haver respon-
sabilização criminal no caso. C Ainda que seja a mesma hipótese de incidência, as 
duas multas administrativas — federal e estadual — deverão ser pagas. 
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c) Como as esferas de responsabilização por infração ambiental são independen-
tes entre si, inexiste situação em que a decisão criminal repercutirá nas demais e 
vice-versa. 
d) Se a pessoa jurídica for condenada criminalmente, ficará excluída a responsabi-
lidade criminal dos seus sócios-gerentes.
(A) A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) estabelece que para a imposi-
ção e gradação da penalidade de multa, a autoridade competente deve observar a 
situação econômica do infrator (art. 6º, III).
(B) A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) prevê a existência de vários 
crimes na modalidade culposa e comissivos por omissão. Para o crime de poluição 
existe a previsão expressa de crime culposo (art. 54, § 1º).
(C) Questãocobrou a literalidade do art. 76 da Lei de Crimes Ambientais (Art. 76. 
O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Ter-
ritórios substitui a multa federal na mesma hipótese de incidência.)
(D) As responsabilidades civil, administrativa e criminal são, de fato, independen-
tes entre si para o direito ambiental. Contudo, existe situação em que a decisão 
criminal pode repercutir: é a prevista no art. 66 do CPP (Não obstante a sentença 
absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, 
categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.). Lembrem, ainda, 
que a Lei de Crimes Ambientais traz, expressamente, a previsão de aplicação sub-
sidiária das disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal (art.79).
(E) A Lei de Crimes Ambientais estabelece que: Art. 3º As pessoas jurídicas serão 
responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, 
nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal 
ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entida-
de. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pes-
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soas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato. Além disso, lembre-se 
que o STJ, seguindo o STF, abandonou a chamada “teoria da dupla imputação”, que 
exigia a persecução penal simultânea da pessoa jurídica e da pessoa física, ou seja, 
não é mais necessária a dupla imputação.
96. Foi constatado que um fazendeiro estava impedindo a regeneração natural de 
florestas em área de preservação permanente na sua propriedade rural, por pre-
tender manter a área como pasto.
Nessa situação hipotética, conforme a legislação pertinente,
a) a autoridade ambiental que constatou a infração deve promover sua apuração 
imediata, sob pena de corresponsabilização. 
b) a conduta configura infração administrativa, mas não configura crime. 
c) a responsabilização será objetiva em todas as esferas cabíveis. 
d) caberá à autoridade policial que constatou a conduta lavrar o auto de infração 
ambiental e instaurar processo administrativo. E inexiste hipótese de reparação ci-
vil, haja vista que a terra da propriedade rural pertence ao próprio infrator.
(A) A Lei de Crimes Ambientais, ao tratar das infrações administrativas, estabele-
ce que: ART. 70. § 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração 
ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo ad-
ministrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade.
(B) A conduta configura tanto crime como infração administrativa. O crime consta 
do art. 48 da Lei de Crimes Ambientais e do art. de mesmo número (48) do Decreto 
nº 6.514/2008, que trata das infrações administrativas ambientais.
C A responsabilidade civil ambiental é objetiva. A responsabilidade ambiental penal 
é sempre por culpa ou dolo. Já quanto a responsabilidade administrativa ambiental 
existe divergência doutrinária e jurisprudencial, pendendo para o lado de não ser 
objetiva. 
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(D) A Lei de Crimes Ambientais, determina que: art. 70 § 1º São autoridades com-
petentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrati-
vo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio 
Ambiente – SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os 
agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. Ou seja, não é atri-
buição que caiba à autoridade policial.
(E)A responsabilidade civil por dano ambiental é objetiva e tem natureza propter 
rem. Sempre haverá a obrigação de reparar o dano, não importa se quem o prati-
cou foi o próprio proprietário. 
97. Em ano eleitoral, na convenção estadual do partido Pdy, a direção apresentou 
proposta de coligação e relação de candidatos a deputado federal.
Com referência a essa situação hipotética, cada uma das próximas opções apre-
senta uma situação também hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, de 
acordo com o que prescreve a Lei n.º 9.504/1997, que estabelece normas para as 
eleições. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy conta dois candidatos que en-
frentam processos, ainda não concluídos, de expulsão do partido. Nessa situação, 
os nomes desses dois candidatos devem ser substituídos, pois a lei prevê o imedia-
to cancelamento do registro de candidatos submetidos a processo de expulsão do 
partido a que pertençam. 
b) Dos componentes da lista de candidatos do Pdy, 50% deles são do sexo femini-
no. Nessa situação, de acordo com a lei em apreço, a lista deverá ser recomposta, 
de forma a conter, no máximo, 30% de candidatos desse sexo e 70%, no mínimo, 
de candidatos do sexo masculino. 
c) O Pdy estadual deliberou coligar-se com outros dois partidos, em afronta direta 
às diretrizes estatutárias do órgão de direção nacional do Pdy. Nessa situação, o di-
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retório nacional do Pdy poderá, nos termos do estatuto do partido, anular a referida 
deliberação feita em convenção estadual e os atos dela decorrentes. 
d) Na convenção, ficou decidido que seriam apresentados vinte e um candidatos 
para concorrer às quatorze vagas de deputado federal reservadas para o estado. 
Nessa situação, o número de candidatos a ser apresentado pelo partido ou pela 
coligação deveria corresponder a 200% das respectivas vagas, ou seja, vinte e oito 
candidatos. 
e) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy inclui um candidato que so-
mente completará vinte e um anos de idade no dia seis de outubro, um dia após a 
data das eleições. Nessa situação, esse candidato terá de ser substituído por outro 
candidato que complete a idade mínima de vinte e um anos até a data do certame 
eleitoral
A – ERRADA: O cancelamento do registro só ocorre após concluído o processo de 
expulsão. No caso, o processo de expulsão está “ainda não concluído”
Lei 9.504/97 – Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos 
que, até a data da eleição, forem expulsos do partido, em processo no qual seja 
assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estatutárias.
B – ERRADA: o percentual mínimo independe do gênero.
Lei 9.504/97, Art. 10, § 3º Do número de vagas resultante das regras previstas 
neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por 
cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo.
C – CORRETA: exatamente o que está previsto art. 7º, §2º da Lei 9.504/97 [“§ 2º 
Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coliga-
ções, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos 
termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos 
dela decorrentes.
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D – ERRADA: como a câmara de deputados possui mais de 12 deputados, o total 
de candidatos será de 150%.
Lei 9.504/97, Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para 
a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as 
Câmaras Municipais no total de até 150% (cento e cinquenta por cento) do número 
de lugares a preencher, salvo: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I – nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a 
Câmara dos Deputados não exceder a doze, nas quais cada partido ou coligação 
poderá registrar candidatosa Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital 
no total de até 200% (duzentos por cento) das respectivas vagas; (Incluído pela 
Lei nº 13.165, de 2015)
E – ERRADA: salvo para vereador, a idade mínima é verificada na data da posse.
Art. 10, §2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de 
elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixa-
da em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de 
registro. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015).
98. A respeito de alistamento eleitoral, assinale a opção correta à luz da CF e da 
Lei n.º 4.737/1965, que instituiu o Código Eleitoral.
a) O eleitor que não votar e não se justificar estará sujeito ao pagamento de mul-
ta, ao impedimento de inscrever-se em concurso público e à prestação de serviços 
comunitários. 
b) Todos os militares são alistáveis. 
c) A CF recepcionou as disposições da Lei n.º 4.737/1965 relativas à elegibilidade 
e ao alistamento eleitoral dos analfabetos. 
d) Uma das condições para o alistamento eleitoral é que o eleitor saiba se exprimir 
na língua nacional. 
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e) Será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em três eleições consecuti-
vas, com ou sem justificativa.
QUESTÃO ANULADA
99. Em cada uma das próximas opções, é apresentada uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada conforme a Lei n.º 9.096/1995. Assinale a 
opção que apresenta a assertiva correta.
a) Um grupo de eleitores encaminhou pedido de registro do estatuto do partido 
político Y (PY) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa situação, o TSE somente 
poderá deferir o registro depois de publicadas as normas que regerão o PY, devido 
ao fato de os partidos políticos serem pessoas jurídicas de direito público sujeitas 
ao princípio da publicidade. 
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam 
concorrer a cargos eletivos os candidatos que tivessem mais de dois anos de filia-
ção partidária. Nessa situação, os filiados do PW deverão cumprir o estabelecido na 
referida determinação estatutária, uma vez que é facultado aos partidos estabele-
cer prazos de filiação superiores aos previstos em lei. 
c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE), tendo juntado ao pedido documentos comprobatórios de 
apoiamento de eleitores, todos filiados a partidos políticos e com representantes 
das diversas unidades da Federação, inclusive do DF. Nessa situação, o TSE deverá 
deferir o pedido de registro do estatuto do PZ em caráter nacional. 
d) Um deputado federal pretende desfiliar-se do partido político A, em razão da 
criação do partido político B, ao qual ele pretende filiar-se. Nessa situação, é possí-
vel a troca de partido sem perda do cargo parlamentar, pois a criação de um novo 
partido político é justa causa para desfiliação partidária. 
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e) Um eleitor, já filiado ao partido político X, filiou-se também a outro partido. Tal 
situação caracteriza dupla filiação, e ambas as filiações serão consideradas nulas 
para todos os efeitos legais.
A – ERRADA: partidos são pessoas jurídicas de direito privado.
Lei 9.096/97, Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-
-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema 
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Fe-
deral.
B – CORRETA: o prazo legal de filiação pode ser ampliado pelo estatuto partidário.
Lei 9.96/97, art. 20, Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no 
estatuto do partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos, não podem ser al-
terados no ano da eleição. 
C – ERRADA: filiados a partidos políticos não podem apoiar a criação de novo par-
tido.
Lei 9.09695, art. 7º, 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político 
que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no 
período de dois anos, o apoiamento de eleitores não filiados a partido político, 
correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na 
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em 
branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo 
de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles. 
(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
D – ERRADA: desde a reforma de 2015, criação de novo partido não é justa causa 
para desfiliação partidária.
Lei 9.9096/95, art. 22-A, Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfi-
liação partidária somente as seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº 13.165, de 
2015)
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I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; 
II – grave discriminação política pessoal; e 
III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o 
prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcio-
nal, ao término do mandato vigente. 
E – ERRADA: desde a reforma de 2013 não mais se anulam ambas as filiações; 
prevalece a mais recente.
Lei 9.096/95, art. 22, Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidá-
rias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancela-
mento das demais. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
100. A respeito do alistamento eleitoral, assinale a opção correta à luz da Resolu-
ção TSE n.º 21.538/2003.
a) Apesar da facultatividade do alistamento eleitoral do analfabeto, a partir do mo-
mento em que se alfabetizar, o indivíduo deverá requerer a sua inscrição eleitoral, 
mas, por se tratar de ato extemporâneo, ficará sujeito a multa eleitoral. 
b) Contra decisão que indeferir pedido de inscrição eleitoral caberá recurso, a ser 
interposto mediante a anuência de delegado de partido político. 
c) Aplica-se multa ao brasileiro nato que não se alistar até os dezenove anos de 
idade, caso ele não requeira a sua inscrição eleitoral até o centésimo quinquagé-
simo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar citada 
idade. 
d) A carteira de identidade e a certidão de nascimento são os únicos documentos 
válidos para fins de comprovação da nacionalidade no ato de alistamento eleitoral. 
e) A justiça eleitoral deverá, após a apresentação dos documentos pelo eleitor, 
preencher ou digitar o requerimento de alistamento eleitoral, indicando o local de 
votação, determinado automaticamente, sem direito de escolha, conforme o domi-
cílio do eleitor.
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A – ERRADA: não se sujeita à multa.
Res./TSE 21.538/2003, Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo 
(Constituição Federal, art. 14, § 1º, II, a).
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição 
eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º).
B – ERRADA: da decisão que indefere pedido de alistamento cabe recurso de quem 
pediu o alistamento: a mão.
Res./TSE 21.538/2003, art. 17, § 1º Do despacho que indeferir o requerimento de 
inscrição, caberá recurso interposto pelo alistando no prazo de cinco dias e, do que 
o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez 
dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que 
deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útilseguinte, ainda 
que tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos 
não as consultem (Lei nº 6.996/1982, art. 7º).
C – CORRETA: não se aplica a multa se o alistamento for requerido até o 151 dias 
antes das eleições.
Res./TSE 21.538/2003, Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos 
ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionali-
dade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da 
inscrição.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscri-
ção eleitoral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição sub-
sequente à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 
9.504/1997, art. 91).
D – ERRADA: não são apenas esses documentos.
Res./TSE 23.399/2003, § 3º São documentos oficiais para comprovação da identi-
dade do eleitor:
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I – carteira de identidade, passaporte ou outro documento oficial com foto de valor 
legal equivalente, inclusive carteira de categoria profissional reconhecida por lei;
II – certificado de reservista;
III – carteira de trabalho;
IV – carteira nacional de habilitação.
E – ERRADA: há direito de escolha quanto ao local de votação.
 Res./TSE 21.538/2003, art. 9º, §2º No momento da formalização do pedido, o 
requerente manifestará sua preferência sobre local de votação, entre os estabele-
cidos para a zona eleitoral.

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