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DPC MG Prova Comentada

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Delegado de Polícia - MG – Edital 01/11 - Prova Comentada
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DPC-MG
1. A Constituição é um conjunto sistemático e orgânico de normas que visam con-
cretizar os valores que correspondem a cada tipo de estrutura social. Assim sendo, 
em sentido material, pode-se conceituar um texto constitucional como 
a) um ato unilateral do Estado, cuja fonte tem origem na sua estrutura organiza-
cional, no seu sistema e na sua forma de governo. 
b) um conjunto normativo, que visa regular os poderes do Estado, incluindo sua 
formação, sua titularidade, seus meios de aquisição e seu exercício. 
c) um texto produzido exclusivamente por determinadas fontes constitucionais, 
tendo por base preceitos legais, que lhe são anteriores. 
d) um conjunto de princípios que expressam concepções decorrentes de valores 
morais, sociais, culturais e históricos, que asseguram os direitos dos cidadãos e 
condicionam o exercício do poder. 
2. O “bloco de constitucionalidade” se constitui a partir de 
a) princípios, normas escritas e não escritas, fundamentos relativos à organização 
do Estado, direitos sociais e econômicos, direitos humanos reconhecidos em trata-
dos e convenções internacionais dos quais o país seja signatário. 
b) normas escritas, emendas constitucionais de lastro formal, direitos fundamen-
tais consagrados pela Constituição, de reconhecimento e aplicação internos. 
c) princípios não escritos, unidade, solidez, valoração de normas constitucionais 
que podem ser desmembradas para melhor efetivação dos direitos consagrados. 
d) conteúdo específico das normas constitucionais e infraconstitucionais, estabili-
dade, dinamicidade, dirigismo, garantismo, além de todas as normas constitucio-
nais de caráter programático. 
Delegado de Polícia - MG – Edital 01/11 - Prova Comentada
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3. Quanto à aplicação das normas constitucionais no tempo e no espaço, pode-se 
considerar que 
I – o princípio da recepção é observado no momento da revisão constitucional e 
da emenda à Constituição, enquanto que a conexão das normas constitucio-
nais com as normas conflitantes ocorre sempre que o conflito entre elas se 
estabeleça no caso concreto. 
II – as disposições constitucionais passíveis de desconstitucionalização são aque-
las de natureza formal que não dispõem sobre a natureza material, enquanto 
que na conexão as regras materiais terão sempre de ser mediatizadas pelas 
regras de conflito. 
III – a revogação de normas constitucionais ocorre a partir da distinção entre 
inconstitucionalidade originária e inconstitucionalidade superveniente, de-
vendo ser aplicada tanto em situações advindas da Constituição nova como 
também daquelas oriundas de uma revisão constitucional. 
IV – a derrogação do direito anterior se verifica sempre que a nova lei contiver 
disposições de caráter formal e material que versem sobre assuntos restritos 
à consagração de direitos e às limitações ao poder de governar. 
Partindo de tais considerações, é CORRETO afirmar que 
a) apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
b) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) apenas a afirmativa IV é verdadeira. 
d) as afirmativas I, II, III e IV são falsas. 
4. São fundamentos essenciais da República Federativa do Brasil: 
a) independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação 
dos povos, integração econômica e cultural. 
b) concessão de asilo político, repúdio ao terrorismo e ao racismo, eleições diretas, 
não intervenção do Estado. 
Delegado de Polícia - MG – Edital 01/11 - Prova Comentada
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c) soberania nacional, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do 
trabalho, livre iniciativa, pluralismo político. 
d) liberdade de exercício de qualquer ofício ou profissão, inviolabilidade do sigilo 
de correspondência e das comunicações telegráficas e telefônicas, liberdade de as-
sociação para fins lícitos, direito de propriedade, desde que atendidas suas funções 
sociais. 
5. Com base no “caput” do art. 5º da Constituição Federal, pode-se indicar como 
desdobramentos do direito a vida, RESPECTIVAMENTE: 
a) a liberdade de associação, de reunião, de crença religiosa, de expressão, de 
pensamento. 
b) o direito de herança, de propriedade, de sucessão de bens de estrangeiros situ-
ados no País. 
c) o direito do contraditório, da ampla defesa, de petição, do juiz natural. 
d) o direito à integridade física e moral, a proibição da pena de morte e das penas 
cruéis, a proibição da venda de órgãos. 
6. O asilo político consiste no acolhimento de estrangeiro por parte de um Estado 
que não o seu, em virtude de perseguição política por ele sofrida e praticada por 
seu próprio país ou por terceiro. 
Assim sendo, é INCORRETO afirmar que 
a) as causas motivadoras da perseguição, em regra, são por dissidência política, 
livre manifestação de pensamento ou crimes relacionados com a segurança do Es-
tado. 
b) o indivíduo não esteja envolvido em casos que configurem delitos praticados no 
âmbito do direito penal comum. 
Delegado de Polícia - MG – Edital 01/11 - Prova Comentada
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c) o asilo político se constitui como ato de soberania estatal, de competência ex-
clusiva do Congresso Nacional, passível de controle de legalidade pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
d) a concessão de asilo político não é obrigatória para qualquer Estado, devendo as 
contingências políticas determinarem, caso a caso, as decisões do governo. 
7. O processo legislativo consiste no conjunto de atos preordenados praticados 
pelos órgãos pertencentes ao Poder Legislativo, cujos procedimentos obedecem à 
determinada ordem e limitação. No caso de “Lei Complementar”, tais procedimen-
tos consistem em: 
I – limitação quanto à forma e à matéria. 
II – limitação quanto à iniciativa. 
III – limitação quanto ao quórum para aprovação. 
IV – limitação quanto às exigências contidas na Constituição. 
Considerando as afirmativas acima, é VÁLIDO afirmar que 
a) apenas a afirmativa I está correta. 
b) apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. 
c) apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
d) as afirmativas I, II, III e IV estão incorretas. 
8. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criado através da EC 45/2004, é presidi-
do pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) que, por sua vez, possui as 
seguintes atribuições: 
a) receber e conhecer dos conflitos de competência entre o Superior Tribunal de 
Justiça e quaisquer tribunais, entre os Tribunais Superiores, ou entre estes e qual-
quer outro tribunal. 
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b) receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos 
magistrados e aos serviços judiciários, além de proceder às inspeções e correições 
em geral. 
c) receber e conhecer dos conflitos de atribuições entre autoridades administrati-
vas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e admi-
nistrativas de outro ou do Distrito Federal. 
d) receber e conhecer dos conflitos de competência entre quaisquer tribunais, bom 
como entre tribunais e juízes a ele não vinculados. 
9. Quanto aos sistemas estabelecidos pela Constituição Federal de 1988, para en-
frentar os períodos de crise política nos quais a ordem constitucional se vê amea-
çada, estão previstos: 
a) o estado de defesa, o estado de sítio, a intervenção federal e o uso excepcional 
das forças armadas. 
b) a suspensão da Constituição, a lei marcial, o estado de defesa, o estado de sítio 
e a suspensão do habeas corpus. 
c) a supressão dos direitos fundamentais,entre eles, a inviolabilidade de domicílio 
e de correspondência. 
d) a vedação quanto à impetração do mandado de segurança, do mando de injun-
ção, do habeas corpus e do habeas data. 
10. Segundo José Afonso da Silva, o controle de constitucionalidade tem por objeti-
vo estabelecer, tecnicamente, a supremacia da Constituição frente ao ordenamento 
jurídico do Estado. Para tanto, no Brasil, foi adotada a seguinte forma de controle: 
a) político, no qual a verificação de inconstitucionalidade é entregue a órgãos de-
terminados, de natureza política. 
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b) jurisdicional, no qual prevalece a faculdade que a Constituição outorga ao Poder 
Judiciário de declarar a inconstitucionalidade de lei ou atos do Poder Público. 
c) misto, no qual certas categorias de lei são submetidas ao controle político e ou-
tras ao controle jurisdicional. 
d) concentrado, no qual o Supremo Tribunal Federal, no papel de Corte Constitu-
cional, declara ou não a inconstitucionalidade de uma lei.
11. Sobre os poderes e funções do Estado, analise as seguintes afirmativas:
I – É possível que uma função típica atribuída a qualquer dos poderes de Estado 
seja convertida em atípica, e vice-versa, por força de lei.
II – Há exclusividade no exercício de cada função pelos Poderes de Estado.
III – As linhas definidoras da competência têm caráter legal e apolítico.
Marque a alternativa correta.
a) as afirmativas I, II e III estão incorretas.
b) apenas as afirmativas II e III estão incorretas.
c) apenas as afirmativas I e III estão incorretas.
d) apenas as afirmativas I e II estão incorretas.
12. No tocante à Federação, assinale a alternativa CORRETA:
a) A descentralização política autoriza a participação direta dos Estados nos planos 
nacionais.
b) A partir da CF de 1988, os municípios podem editar formalmente suas consti-
tuições locais.
c) A autonomia, no sentido técnico-político, pode ser resumida, especificamente, 
na capacidade de auto-organização assegurada a cada ente da federação para or-
ganização própria e dos seus serviços.
d) O regime federativo exige a descentralização política.
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13. Em relação à interação do direito administrativo, com os demais ramos de di-
reito, analise as afirmativas a seguir:
I – O direito administrativo é que dá mobilidade ao direito constitucional.
II – O direito administrativo tem vínculo com o direito processual civil e penal.
III – As normas de arrecadação de tributos podem ser tidas como de direito ad-
ministrativo.
IV – A teoria civilista dos atos e negócios jurídicos têm aplicação supletiva aos 
atos e contratos administrativos.
Marque a alternativa correta.
a) apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
c) apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
14. Dentre as assertivas abaixo, é CORRETO afirmar que 
a) o Estado é pessoa jurídica e a expressão de sua vontade pode ser entendida 
como a decisão do membro de cúpula de cada Poder Pertinente, ou seja, do agente 
político.
b) os agentes públicos são mandatários do Estado. 
c) o órgão público, ainda que desprovido de personalidade jurídica, pode atuar 
em Juízo, na defesa dos seus interesses, em caráter excepcional, desde que exista 
expressa previsão legal.
d) a vontade do órgão de representação plúrima ou colegiado deve emanar da 
unanimidade ou da maioria das vontades dos agentes que o integram, mesmo em 
se tratando de ato de rotina administrativa.
15. No que se refere aos Poderes Administrativos, assinale a alternativa INCOR-
RETA:
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a) O ato administrativo submete-se ao controle judicial por força do princípio da 
moralidade.
b) O poder regulamentar típico permite complementar a lei e é de caráter derivado.
c) Auto-executoriedade e coercibilidade são atributos do poder de polícia.
d) Os atos de polícia que avultam o princípio da proporcionalidade revelam-se ile-
gais, sendo, portanto, passíveis de anulação pelo Poder Judiciário. 
16. Sobre a extinção dos atos administrativos, é INCORRETO afirmar que:
a) a anulação promovida pela própria Administração decorre do exercício de sua 
prerrogativa de autotutela.
b) a revogação é forma de extinção do ato administrativo válido, de caráter vincu-
lado ou discricionário.
c) a validade ou não do ato de revogação é passível de exame pelo Poder Judiciá-
rio.
d) incabível a revogação dos atos cujos efeitos produzidos já restaram consolida-
dos.
17. Sobre a Responsabilidade Civil do Estado é correto afirmar, exceto :
a) As pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agen-
tes, no exercício de suas funções, causarem a terceiros.
b) Cabível ao Estado ajuizar ação de regresso em face do agente causador do 
dano, desde que tenha agido dolosamente, mostrando-se inviável à pretensão se a 
conduta foi meramente culposa.
c) O princípio da repartição dos encargos também constitui fundamento da res-
ponsabilidade objetiva do Estado. 
d) As pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços delegados serão 
responsáveis pelos atos seus ou de seus prepostos, desde que haja vínculo jurídico 
de direito público entre o Estado e o delegatário.
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18. No tocante aos agentes públicos, é incorreto afirmar que
a) para ser agente público, é mister o vínculo com o Estado, mesmo que não efe-
tivo, mas perene, mediante contrato bilateral e remuneração.
b) os agentes de fato podem ser necessários ou putativos. 
c) os agentes putativos desempenham atividade administrativa, mas não têm in-
vestidura no cargo.
d) os agentes necessários apenas se assemelham, mas não são agentes de direito.
19. Sobre a organização da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, é correto afir-
mar que
a) tem a incumbência exclusiva para exercício das funções de polícia judiciária 
neste Estado.
b) não tem atribuição de polícia de preservação da ordem e segurança pública.
c) é órgão autônomo do Poder Público, subordinada diretamente ao Governador 
do Estado.
d) a proteção à incolumidade das pessoas não está inserida em suas atribuições 
legais.
20. Sobre o funcionamento organizacional da Polícia Civil é correto afirmar que 
constituem unidades de atividades finalísticas de funções estratégicas, exceto :
a) À Corregedoria-Geral de Polícia Civil.
b) À Academia de Polícia Civil.
c) O Departamento de Trânsito.
d) À Superintendência-Geral de Polícia Civil.
21. Considerando-se às obrigações de dar coisa certa, é INCORRETO afirmar que
a) se a coisa perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente con-
dição suspensiva, fica resolvida a obrigação, suportando o proprietário o prejuízo.
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b) se a coisa se perder, por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, 
mais perdas e danos.
c) se a coisa se deteriorar, sem culpa do devedor, poderá o credor, a seu critério, 
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
d) se a coisa se deteriorar, por culpa do devedor, poderá o credor exigir o equiva-
lente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, sem no entanto, tem direito a 
reclamar, em um ou em outro caso, indenização por perdas e danos.
22. As seguintes afirmativas concernentes às obrigações solidárias estão corretas,EXCETO:
a) a solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
b) a obrigação solidária pode ser pura ou simples para um dos cocredores ou co-
devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
c) o julgamento contrário a um dos credores solidário não atinge os demais; o 
julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao 
corredor que o obteve.
d) o credor que tiver remitido a dívida não responderá aos outros pela parte que 
lhes caiba.
23. As seguintes afirmativas concernentes às cláusulas especiais à compra e ven-
da, previstas no Código Civil de 2002, estão corretas, EXCETO:
a) a retrovenda é a cláusula pela qual o vendedor se reserva o direito de readquirir 
a coisa do comprador, no prazo máximo de 3 anos, restituindo-lhe o preço mais as 
despesas, sendo que esta cláusula só tem valor se o objeto do contrato for imóvel.
b) a preempção ou preferência é a cláusula pela qual o comprador se compromete 
a oferecer a coisa ao vendedor, se algum dia se decidir a vendê-la. Podem as partes 
fixar prazo máximo de 180 dias para bens móveis e 2 anos para bens imóveis.
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c) a venda sujeita à prova entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda 
que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adqui-
rente não manifestar seu agrado.
d) reserva de domínio é a cláusula que garante ao vendedor a propriedade de coisa 
móvel já entregue ao comprador até o pagamento total do preço, a forma da cláu-
sula será sempre escrita.
24. A Lei n. 12.424, de 16 de junho de 2011, inseriu no Código Civil, em seu ar-
tigo 1.240-A e seu parágrafo 1º, uma nova modalidade de usucapião em nosso 
ordenamento jurídico, o usucapião familiar. Sobre esta modalidade de usucapião, é 
INCORRETO afirmar que
a) permite que um dos ex-cônjuges ou até mesmo ex-companheiros, oponha con-
tra o outro o direito de usucapir a parte que não lhe pertence, possibilitando neste 
caso o usucapião entre condôminos.
b) tem como requisito o exercícios de posse direta por 2 anos ininterruptos, sem 
oposição e com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m2 ou rural de até 
50 hectares.
c) a parte que propõe a ação de usucapião não pode ser proprietária de outro 
imóvel urbano ou rural, sendo que o direito de usucapir nesta modalidade não será 
reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
d) tem como o requisito o abandono do lar por um dos co-proprietários.
25. Considerando-se as formas de aquisição da propriedade do imóvel, é CORRETO 
afirmar que
a) a aquisição da propriedade por invenção ou descoberta somente será efetivada 
depois de decorrido o prazo de 60 dias da divulgação da notícia pela imprensa e não 
se manifestando quem comprove a propriedade sobre a coisa.
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b) a aquisição por usucapião de bens móveis poderá ocorrer nas modalidades or-
dinária, com 3 anos de posse, e extraordinária, com 5 anos de posse, sendo que 
somente nesta última modalidade será permitido ao possuidor acrescentar à sua 
posse a dos seus antecessores. 
c) o constituto possessório e a tradição “brevi manu” são formas de aquisição por 
tradição ficta, sendo que no constituto o proprietário de um bem aliena a coisa 
a outrem, mas continua como possuidor direto, enquanto que na tradição “brevi 
manu” ocorre justamente o contrário.
d) a Confusão, a comissão e a adjunção são modos originários de aquisição da pro-
priedade mobiliária e, assim como na especificação, não produzem espécies novas.
26. As seguintes afirmativas concernentes aos Direitos Reais de Garantia estão 
corretas, EXCETO:
a) podem ser apontadas como características de penhor, da anticrese e da hipo-
teca: o poder de sequela, o direito de preferência, a excussão e a divisibilidade da 
garantia.
b) na constituição do penhor, anticrese ou hipoteca é expressamente vedada à im-
posição de cláusula comissória no bojo do contrato.
c) os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca declaração sob pena de não terem 
eficácia o valor do crédito, sua estimulação, ou estimação, ou valor máximo; o pra-
zo fixado para pagamento; a taxa de juros, se houver; e o bem dado em garantia 
com suas especificações.
d) salvo cláusula expressa, o terceiro que prestar garantia real por dívida alheia 
não fica obrigado a substituí-la, ou reforçá-la, quando, sem culpa sua, se perca, 
deteriore, ou desvalorize.
27. São características da obrigação alimentar:
a) direito personalíssimo, invariabilidade e reciprocidade.
b) alternatividade das prestações, irrenunciabilidade e repetibilidade.
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c) alternatividade das prestações, variabilidade e transmissibilidade sucessória sui 
generis da prestação.
d) divisibilidade, imprescritibilidade e intransmissibilidade sucessória sui generis 
da prestação.
28. Considerando-se os aspectos gerais do casamento, é INCORRETO afirmar que
a) o casamento tem como característica ser um ato personalíssimo, solene, de 
união permanente, regido por normas de ordem pública e dissolúvel.
b) o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, sem que se tenha que alegar 
alguma causa ou mesmo sem mais prazo algum.
c) o casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas pela legislação 
vigente, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, submetendo-
-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil, contudo, na hipótese de 
uma das partes falecer, antes do casamento religioso se reconhecido, não se pode 
mais requer os efeitos civis.
d) as causas suspensivas do casamento visam a resguardar interesse público e, 
portanto, podem ser opostos por qualquer pessoa capaz até o momento da cele-
bração do casamento.
29. As seguintes afirmativas concernentes ao Direito de Sucessão estão corretas, 
EXCETO:
a) aberta a sucessão, ou seja, com a morte, a posse e a propriedade dos bens do 
falecido são imediatamente transmitidas aos herdeiros legítimos e testamentários, 
com exceção do legatário que somente assume a posse com a partilha.
b) não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, contudo, quem renuncia 
à herança, não está impedido de aceitar o legado.
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c) a cessão dos direitos hereditários pode ser total ou parcial, gratuita ou onerosa, 
cabendo sempre aos coherdeiros o exercício do direito de preferência na cota he-
reditária do cedente.
d) na sucessão testamentária, diferentemente da sucessão legítima, não existe 
a previsão para o direito de representação, todavia, poderá o testador consignar 
cláusula de substituição com o intuito de estabelecer os efeitos da representação.
30. Moisés, falecido em 2010, era casado com Yara, sob regime da comunhão par-
cial de bens. Durante o casamento, os cônjuges não adquiriram bens. O casal teve 
2 filhos, Ênio e Laylla. Ênio teve 3 filhos (A, B e C) e faleceu em 2005. Laylla teve 
2 filhos (D e E) e renunciou a herança de seu pai Moises. O patrimônio deixado por 
Moises foi totalmente adquirido antes do casamento. Assinale a alternativa que in-
dica de forma CORRETA como deverá ser distribuída a herança deixada por Moisés:
a) 1/3 para cada um dos 3 filhos de Ênio de forma igualitária.
b) 1/5 para cada um dos netos do falecido de forma igualitária.
c) 1/4 para Yara, por concorrência e o restante distribuído de forma igualitária en-
tre os 5 netos do falecido.
d) 1/6 para cada um dos netos do falecidode forma igualitária e 1/6 para Yara, por 
concorrência.
31. Em relação às Teorias do Delito, assinale a alternativa incorreta: 
a) A antinormatividade, de acordo com Zaffaroni, consiste em se averiguar a proi-
bição através da indagação do alcance proibitivo da norma, não considerada de 
forma isolada, e sim conglobada na ordem normativa. 
b) A culpa imprópria está presente na discriminante putativa, nela, o agente dá 
causa dolosa ao resultado, mas responde como se tivesse praticado crime culposo, 
em razão de erro evitável pelas circunstâncias. 
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c) No dolo direto, o agente quer efetivamente produzir o resultado, ao praticar a 
conduta típica, e no dolo indireto, o agente não busca com sua conduta resultado 
certo e determinado, subdividindo-se em dolo alternativo e eventual. 
d) De acordo com a teoria objetiva-formal, há tentativa, quando o agente, de 
modo inequívoco, exterioriza sua conduta no sentido de praticar a infração penal. 
32. Com relação ao erro de tipo e ao erro de proibição, assinale a alternativa in-
correta: 
a) O erro de tipo permissível inescusável é aquele que recai sobre situação de fato, 
excluindo a culpabilidade dolosa, mas permitindo a punição do agente a título de 
culpa. 
b) De acordo com a teoria extremada da culpabilidade, todo e qualquer erro que 
recaia sobre uma causa de justificação é erro sobre a ilicitude do fato.
c) O erro, sobre a causa do resultado, afasta o dolo ou a culpa, tendo em vista que 
recai sobre elemento essencial do fato. 
d) O erro de proibição mandamental é aquele que recai sobre uma norma imposi-
tiva e, se inevitável, isenta o agente de pena. 
33. Com relação à ilicitude e à culpabilidade, assinale a alternativa incorreta: 
a) Para a teoria psicológica, a culpabilidade consiste no vínculo psicológico entre o 
autor e o fato, podendo ser afastada em virtude de erro ou coação, que suprima o 
elemento intelectual e o elemento volitivo do dolo. 
b) De acordo com a teoria psicológico-normativa, a culpabilidade tem como pres-
suposto a imputabilidade, sendo composta pelo dolo ou culpa e exigibilidade de 
conduta diversa. 
c) A prática de fato típico, em razão de obediência à ordem não manifestamente 
ilegal de superior hierárquico, exclui a ilicitude por estrito cumprimento do dever 
legal. 
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d) É possível a contraposição de legítimas defesas, agindo um agente em legítima 
defesa putativa e o outro em legítima defesa real. 
34. Considerando o Código Penal e as Teorias do Delito é incorreto afirmar que: 
a) Com relação ao tipo doloso, o Código Penal Brasileiro adotou as teorias da von-
tade e do assentimento e não a da atividade.
b) A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo é efeito genérico da con-
denação, não necessitando, dessa forma, ser determinada de forma explícita e 
fundamentada da sentença penal condenatória. 
c) A previsibilidade objetiva é elemento integrante do tipo culposo, podendo a pre-
visibilidade subjetiva ser analisada por ocasião da culpabilidade. 
d) De acordo com a teoria finalista, a ação é o comportamento humano voluntário, 
dirigido à atividade final lícita ou ilícita. 
35. Com relação às penas e sua aplicação, é correto afirmar que 
a) conforme a regra geral do Código Penal, o regime inicialmente fechado é cabível 
sempre que for o réu reincidente em crime doloso. 
b) para fins de detração penal, o tempo de prisão provisória não se computa no do 
tratamento ambulatorial, por possuir a medida de segurança prazo indeterminável 
e natureza jurídica diversa da pena. 
c) nos crimes que envolvam violência doméstica, a Lei nº 11.340/2006 veda a 
substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos de prestação 
pecuniária ou o pagamento isolado de multa. 
d) apesar de não previsto expressamente pela Lei nº 9.605/98, a possibilidade de 
aplicação de pena à pessoa jurídica, condenada por crime ambiental, aplicam-se a 
elas, subsidiariamente, no que couber, o disposto no art. 44 do Código Penal. 
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36. Considerando-se a relação de causalidade, é incorreto afirmar que 
a) o Código Penal adota a teoria da equivalência dos antecedentes causais. 
b) a superveniência de causa relativamente independente exclui o crime quando, 
por si só, produzir o resultado, podendo, entretanto, os fatos anteriores serem im-
putados a quem os praticou. 
c) o agente que efetua disparo de arma de fogo contra outrem, atingindo-o e, ar-
rependido, leva a vítima para o hospital, vindo esta a falecer, em razão de infecção 
hospitalar, responde pelo crime de homicídio consumado. 
d) pratica crime comissivo por omissão, o delegado de polícia que, de forma in-
dulgente, deixa de lavrar auto de prisão em flagrante no qual o conduzido é seu 
vizinho.
37. Em relação à aplicação da Lei Penal é correto afirmar que: 
a) Para aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código Penal Brasileiro ado-
tou, respectivamente, as teorias do resultado e da ubiquidade. 
b) De acordo com o art. 10 do Código Penal, na contagem de prazos penais, não 
se computará o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. 
c) Pelo princípio da especialidade, o agente que efetua diversos disparos de arma 
de fogo para o alto, vindo a causar a morte de dois transeuntes, responde pelos 
crimes de homicídio consumado, em concurso formal impróprio, já que a norma 
especial afasta a aplicação da norma geral. 
d) Com a abolitio criminis procedida pela Lei nº 11.106/2005, para o crime de rap-
to, cessaram todos os efeitos penais advindo de eventuais condenações, permane-
cendo, conduto, os efeitos civis.
38. Com relação à legislação especial, é incorreto afirmar que 
a) nos crimes contra a ordem tributária, o pagamento do tributo, antes do recebi-
mento da denúncia, caracteriza causa extintiva de punibilidade. 
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b) motorista de táxi que se distrai conversando com passageiro e atropela pedes-
tre, causando-lhe lesões corporais e é induzido pelo acompanhante a deixar de 
prestar socorro à vítima, responde pelo crime de lesão corporal culposa, funcionan-
do a omissão de socorro e a circunstância de estar no exercício da profissão como 
causas especiais de aumento de pena, conforme a Lei nº 9.503/97, respondendo o 
passageiro pelo crime de omissão de socorro, previsto no art. 135 do Código Penal. 
c) a Lei de Tortura prevê exceção, ao princípio da territorialidade, determinando 
a aplicação da lei brasileira a crimes ocorridos fora do território brasileiro, sempre 
que a vítima for brasileira. 
d) para o crime de tráfico ilícito de entorpecentes, a associação eventual constitui 
causa de aumento de pena, sendo a associação para o tráfico, prevista no art. 35 
da Lei nº 11.343/2006, delito autônomo que demanda comprovação da estabilida-
de e permanência da societas sceleris.
39. Com relação aos crimes patrimoniais, é incorreto afirmar que 
a) segundo entendimento consolidado pelo STF, o crime de estelionato, quando na 
modalidade de fraude no pagamento, por meio de cheque, consuma-se no momen-
to e local em que o banco sacado recusa o seu pagamento. 
b) o agente que rouba o veículo da vítima e, sem motivação alguma, a coloca no 
porta malas, abandonando-a em estrada de município vizinho, responde pelos cri-
mes de roubo e sequestro, em concurso material. 
c) o agente que invade estabelecimento comercial anunciando assalto e acaba por 
mataro proprietário e um cliente, fugindo em seguida com o dinheiro do caixa e a 
carteira do cliente, responde por um só crime de latrocínio, crime complexo em que 
a pluralidade de vítimas serve apenas para fixação da pena. 
d) agente que, após furtar, em concurso de pessoas, preciosa jóia em shopping 
Center, adquire a quota parte, dos demais meliantes, não responde por crime de 
receptação, tratando-se de post factum impunível.
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40. Com relação aos crimes abaixo destacados, é correto afirmar que: 
a) é possível a participação de particular no delito de corrupção passiva, já que as 
circunstâncias de caráter pessoal elementares ao crime se comunicam. 
b) o homicídio praticado com dolo eventual afasta a incidência das circunstâncias 
qualificadoras, uma vez que o agente não quer diretamente o resultado, apenas 
assume o risco de produzi-lo. 
c) para a configuração do crime de maus tratos, é necessário submeter a vítima a 
intenso sofrimento físico ou psíquico, expondo-a a perigo de vida ou de saúde. 
d) caracteriza-se o crime de injúria, ainda que as imputações ofensivas à honra 
subjetiva da vítima sejam verdadeiras, cabendo exceção da verdade somente se o 
ofendido for funcionário público e a ofensa relativa ao exercício de suas funções.
41. Sobre o tribunal do júri é INCORRETO afirmar:
a) Nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes serão alistados de 300 
(trezentos) a 700 (setecentos) jurados.
b) Se o interesse da ordem pública reclamar o juiz poderá, logo após o interroga-
tório do acusado, determinar o desaforamento do julgamento.
c) O serviço de jurado é obrigatório e somente compreenderá maiores de 18 anos.
d) Os jurados poderão formular perguntas às testemunhas por intermédio do jui-
z-presidente.
42. Não haverá o quebramento da fiança quando:
a) Deliberadamente o afiançado praticar ato de obstrução ao andamento do inqué-
rito/processo.
b) Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança.
c) Resistir injustificadamente a ordem judicial.
d) Deixar de comparecer, por justo motivo, quando regularmente intimado para 
ato processual.
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43. Sobre a prisão preventiva é CORRETO afirmar:
a) poderá ser decretada de ofício pelo juiz na fase do inquérito policial.
b) poderá ser decretada em crime doloso, quando se tratar de reincidente, inde-
pendente da pena cominada ao delito.
c) nos casos de violência doméstica poderá ser decretada independentemente da 
imposição anterior de medida protetiva.
d) quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa poderá se decretada e 
mantida mesmo após superada a dúvida.
44. Sobre a prova pericial é INCORRETO afirmar:
a) O exame de corpo de delito deverá ser assinado por 2 (dois) peritos oficiais, 
portadores de diploma de curso superior.
b) O exame de corpo de delito poderá ser realizado qualquer dia e horário, inclu-
sive aos domingos.
c) A autópsia será realizada, em regra, 6 (seis) horas após o óbito.
d) Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia.
45. Sobre recursos no processo penal é INCORRETO afirmar:
a) O recurso de agravo, previsto no art. 197 da LEP, tem efeito regressivo.
b) A apelação no juizado especial tem prazo de 10 dias.
c) No juizado especial a parte recorrente pode protestar por apresentar as razões 
de apelação perante a turma recursal.
d) O prazo dos embargos de declaração no juizado especial é de 5 (cinco) dias.
46. Sobre o inquérito policial é INCORRETO afirmar:
a) Tem valor probante relativo.
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b) Todas as provas produzidas devem ser repetidas sob contraditório.
c) Vícios do inquérito não nulificam subsequente ação penal.
d) O investigado pode requerer diligências.
47. Sobre a prova no processo penal brasileiro é INCORRETO afirmar:
a) A prova sobre o “estado das pessoas” deve observar restrições estabelecidas na 
lei civil.
b) A confissão deve ser cotejada com outros elementos de convicção.
c) A narcoanálise constitui método para obtenção de informações úteis à moderna 
investigação policial.
d) O juiz pode determinar a realização de prova mesmo antes de iniciada a ação 
penal.
48. Não é condição geral ou especial da ação penal:
a) O pedido.
b) A legitimidade das partes.
c) A entrada do agente no território nacional em caso de extraterritorialidade da 
lei penal.
d) A requisição do Ministro da Justiça.
49. Não poderá ser cumulada com outra medida cautelar
a) a monitoração eletrônica.
b) a proibição de ausentar-se do País, inclusive mediante entrega do passaporte.
c) a fiança.
d) a prisão domiciliar.
50. Para determinação da competência, no âmbito do juizado especial criminal, 
adota-se:
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a) a teoria do resultado.
b) a teoria da ubiquidade.
c) a teoria da atividade.
d) a teoria da informalidade.
51. A capacidade de diagnosticar e mensurar a dor, alegada em um exame pericial, 
constitui um desafio da medicina legal, por se tratar de um dado subjetivo.
O sinal de dor, avaliado pela contagem prévia do pulso ra- dial, compressão do pon-
to doloroso alegado e nova con- tagem do pulso, é denominado pelo epônimo de 
sinal de
a) Mulher.
b) Levi.
c) Imbert.
d) Mankof.
52. Constituem fatores, que interferem na evolução da putrefação cadavérica, EX-
CETO:
a) Temperatura ambiente.
b) Espasmo cadavérico.
c) Idade do morto.
d) Umidade do ar.
53. Representa uma docimásia extrapulmonar:
a) Siálica de Souza-Dinitz.
b) Hidrostática de Galeno.
c) Táctil de Nero Rojas.
d) Visual de Bouchut.
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54. Considerando as lesões corporais dolosas graves relativas à eventualidade “pe-
rigo de vida”, pode-se afirmar que
a) constitui prognóstico de morte futura.
b) constitui provável complicação letal vindoura.
c) constitui situação concreta de morte iminente.
d) todas as opções listadas acima contemplam o conceito perigo de vida.
55. Denomina-se o processo especial de transformação, que ocorre no cadáver do 
feto retido no útero materno, do sexto ao nono mês de gravidez:
a) Maceração.
b) Corificação.
c) Mumificação.
d) Saponificação.
56. No esqueleto, a estimativa do sexo, faz-se pelas características morfológicas 
observadas, após a puberdade. Os achados mais evidentes do dimorfismo sexual 
são observados no(a)
a) clavícula.
b) úmero.
c) fêmur.
d) pelve.
57. Uma luxação do ombro caracteriza a ação de um instrumento
a) cortante.
b) perfurante.
c) contundente.
d) cortocontundente.
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58. Constitui um exemplo de asfixia mecânica pura de interesse médico-legal:
a) Sufocação direta.
b) Estrangulamento típico.
c) Enforcamento completo.
d) Esganadura antebraquial.
59. A classificação das queimaduras, que considera a profundidade das lesões, é 
definida em graus, do primeiro ao quarto. Uma queimadura que apresenta vesícu-
las ou flictenas, contendo líquido seroso, remete-se:
a) primeiro grau.
b) segundo grau.
c) terceiro grau.
d) quarto grau.
60. Retalhos de hímen roto pelo parto vaginal, os quais se retraem constituindo 
verdadeiros tubérculos em sua implantação, correspondem a
a) entalhes himenais.
b) hímens cribriformes.
c) carúnculasmirtiformes.
d) chanfraduras vulvo-himenais.
61. A Constituição da República de 1988 alargou significativa- mente o campo dos 
direitos e garantias fundamentais, por isso é um marco jurídico da transição ao 
regime democrático no Brasil. Nesse processo de transição, é acentuada, na Cons-
tituição, a preocupação em assegurar os valores da dignidade e do bem-estar da 
pessoa humana, como imperativo de justiça social. Não corrobora com o contexto 
acima, este entendimento o argumento:
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a) Os objetivos fundamentais do Estado brasileiro visam à concretização da de-
mocracia econômica, social e cultural, a fim de efetivar na prática a dignidade da 
pessoa humana.
b) Os direitos fundamentais, que têm como núcleo a dignidade da pessoa humana, 
são elementos básicos para a realização do princípio democrático, tendo em vista 
que exercem uma função democratizadora.
c) A Constituição traz a previsão expressa do valor da dignidade da pessoa huma-
na como imperativo da justiça social, mas que deve ceder frente à necessidade de 
se preservar a ordem democrática.
d) O valor da dignidade da pessoa humana impõe-se como núcleo básico e infor-
mador do todo o ordena- mento jurídico como critério e parâmetro que orienta a 
compreensão do sistema constitucional.
62. Os fundamentos do Estado Democrático de Direito, conforme expressos na 
Constituição são:
a) Os direitos políticos: votar e ser votado.
b) A cidadania e a dignidade da pessoa humana.
c) Federalismo e República, como formas de organização política.
d) Meio ambiente e cultura, como bens de uso comum do povo.
63. Os direitos e garantias, enumerados na Constituição, não excluem outros de-
correntes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacio-
nais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Leia e analise as assertivas abaixo:
I – A Constituição atribuiu aos direitos internacionais uma natureza especial e 
diferenciada, qual seja, a natureza de norma constitucional.
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II – Os direitos enunciados nos tratados de direitos humanos, de que o Brasil é 
parte, integram o elenco dos direitos constitucionalmente consagrados.
III – A interpretação sistemática do texto constitucional exige que a dignidade da 
pessoa seja o parâmetro orientador para a compreensão do fenômeno cons-
titucional.
Marque a opção CORRETA:
a) apenas as assertivas I e II estão corretas.
b) as assertivas I, II e III estão incorretas.
c) as assertivas I, II e III estão corretas.
d) apenas as assertivas II e III estão corretas.
64. A criação das Nações Unidas, com suas agências especializadas, demarca o 
surgimento de uma nova ordem internacional, inclusive a proteção internacional 
dos direitos humanos. Associe abaixo cada órgão enumerado da ONU à sua compe-
tência:
ÓRGÃO
I – Assembléia Geral.
II – Corte Internacional de Justiça.
III – Conselho Econômico e Social.
IV – Conselho de Tutela.
COMPETÊNCIA
a) Fomentar o processo de descolonização e autodeterminação dos povos, a fim 
de que pudessem alcançar, por meio de desenvolvimento progressivo, governo 
próprio.
b) Promover a cooperação em questões econômicas, sociais e culturais e fazer 
recomendações destinadas a promover o respeito e a observância dos direitos hu-
manos.
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c) Discutir e fazer recomendações relativas a qualquer matéria objeto da Carta das 
Nações Unidas.
d) Decidir acerca das questões contenciosas e consultivas, todavia somente nas 
questões em que os Esta- dos são partes perante ela.
Marque a CORRETA relação:
a) I (c); II (d); III (b); IV (a).
b) I (a); II (d); III (b); IV (c).
c) I (c); II (d); III (a); IV (b).
d) I (d); II (c); III (b); IV (a).
65. O sistema internacional de proteção dos direitos humanos pode apresentar di-
ferentes âmbitos de aplicação, daí poder se falar de sistemas global e regional. O 
instrumento de maior importância no sistema interamericano é a Convenção Ame-
ricana de Direitos Humanos, também denominada Pacto de San José da Costa Rica 
que
a) foi assinada em San José, Costa Rica, em 1969, tendo como Estados-membros 
todos os países das Américas do Norte, Central e do Sul, que queiram participar.
b) substancialmente reconhece e assegura um catálogo de direitos civis, políticos, 
econômicos, sociais e culturais, garantindo-lhes a plena realização.
c) exige dos governantes dos Estados signatários estritamente obrigações de na-
tureza negativas, como por exemplo o dever de não torturar um indivíduo.
d) em face dos direitos constantes no texto, cada Estado-parte deve respeitar e 
assegurar o livre e pleno exercício desses direitos e liberdades, sem qualquer dis-
criminação.
66. A verdadeira consolidação do Direito Internacional dos Direitos Humanos surge 
em meados do século XX, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, por isso o 
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moderno Direito Internacional dos Direitos Humanos é um fenômeno do pós-guer-
ra. Dentre as proposições abaixo, assinale a que não corrobora com o enunciado 
acima:
a) O desenvolvimento do Direito Internacional dos Direi- tos Humanos pode ser 
atribuído às monstruosas violações de direitos humanos da era Hitler e, após, à 
crença de que somente uma guerra poderia por fim a essas violações no âmbito 
internacional para garantir internamente em cada Estado nacional a dignidade da 
pessoa humana.
b) A internacionalização dos direitos humanos constitui um movimento extrema-
mente recente da história, surgido a partir do pós-guerra, como proposta às atroci-
dades e aos horrores cometidos durante o nazismo. Se a Segunda Guerra significou 
a ruptura com os direitos humanos, o pós-guerra deveria significar sua reconstru-
ção.
c) No momento em que os seres humanos se tornam supérfluos e descartáveis, no 
momento em que vige a lógica de destruição, em que cruelmente se abole o valor 
da pessoa humana, torna-se necessária a reconstrução dos direitos humanos como 
paradigma ético capaz de restaurar a lógica do razoável.
d) A barbárie do totalitarismo significou a ruptura do paradigma dos direitos huma-
nos, por meio da negação do valor da pessoa humana, como valor fonte do direito. 
Essa ruptura fez emergir a necessidade da re- construção dos direitos humanos 
como referencial e paradigma ético que aproxime o direito da moral.
67. A Declaração Universal dos Direitos Humanos pode ser caracterizada, primei-
ramente por sua amplitude, compreendendo um conjunto de direitos e faculdades, 
sem as quais um ser humano não pode desenvolver sua personalidade física, moral 
e intelectual. Em segundo lugar, pela universalidade, aplicável a todas as pessoas 
de todos os países, raças, religiões e sexos, seja qual for o regime político dos ter-
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ritórios nos quais incide. Assinale abaixo a assertiva que é CONTRÁRIA ao enun-
ciado acima:
a) Como uma plataforma comum de ação, a Declaração foi adotada em 10 de de-
zembro de 1948, pela aprovação de 48 Estados, com 8 abstenções.
b) Objetiva delinear uma ordem pública mundial fundada no respeito à dignidade da 
pessoa humana, para orientar o desenvolvimento de uma raça humana superior.
c) Introduz a indivisibilidade dos direitos humanos, ao conjugar o catálogo dos di-
reitos civis e políticos, com o dos direitos econômicos, sociais e culturais.
d)Teve imediatamente, após a sua adoção, grande re- percussão moral ao desper-
tar nos povos a consciência de que o conjunto da comunidade humana se interes-
sava pelo seu destino.
68. A concepção universal dos direitos humanos, demarcada pela Declaração Uni-
versal dos Direitos Humanos, sofreu e sofre fortes resistências dos adeptos do 
movimento do relativismo cultural. Retoma-se dessa forma o velho di- lema sobre 
o alcance das normas de direitos humanos. Associe abaixo as características intrín-
secas a essas concepções:
I – Concepção universalista.
II – Concepção relativista.
�( )� Flexibiliza as noções de soberania nacional e jurisdição doméstica, ao con-
sagrar um parâmetro internacional mínimo, relativo à proteção dos direitos 
humanos aos quais os Estados devem se conformar.
�( )� A noção de direito está estritamente relacionada ao sistema político, econômi-
co, cultural, social e moral vigente em determinada sociedade.
�( )� Cada cultura tem seu próprio discurso acerca dos direitos fundamentais, que 
está relacionado às específicas circunstâncias culturais e históricas de casa 
sociedade.
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�( )� O pluralismo cultural impede a formação de uma moral universal, tornando-se 
necessário que se respeitem as diferenças culturais apresentadas em cada 
sociedade.
Marque a opção CORRETA, na ordem de cima para baixo. 
a) (I) (II) (II) (I).
b) (II) (I) (I) (I).
c) (I) (II) (II) (II). 
d) (I) (II) (I) (II).
69. A Constituição brasileira de 1988 simboliza o marco jurídico da transição de-
mocrática e da institucionalização dos direitos humanos no Brasil. O texto de 1988 
empresta aos direitos e garantias ênfase extraordinária, destacando-se como do-
cumento mais avançado, abrangente e pormenorizado sobre a matéria na história 
do País.
Leia e analise as assertivas abaixo:
I – Ao romper com a sistemática das Constituições anteriores, a Constituição de 
1988, ineditamente, consagra o primado do respeito aos direitos humanos, 
abrindo a ordem jurídica interna ao sistema de proteção internacional desses 
direitos.
II – As relevantes transformações internas, decorrentes do processo de democra-
tização, permitiram que os direitos humanos se convertessem em tema fun-
damental na agenda internacional do País, a partir de então. 
III – No plano das relações internacionais, tem-se de observar que não houve 
inovações na Constituição de 1988, pois a mesma reproduz ainda, no texto, 
a antiga preocupação vivida no Império com a dependência nacional e a não 
intervenção.
Marque a opção CORRETA:
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a) apenas as assertivas I e III estão corretas.
b) Somente a assertiva III está incorreta.
c) apenas as assertivas II e III estão corretas.
d) as assertivas I, II e III estão corretas.
70. O sistema internacional de proteção dos direitos humanos apresenta, no âmbito 
de aplicação, um sistema global e um sistema regional. Segundo entende a doutri-
na, esses dois sistemas não são incompatíveis, são ambos úteis e complementares. 
Todas as assertivas abaixo corroboram com esse entendimento, EXCETO:
a) Cada um dos sistemas de proteção apresenta um aparato jurídico próprio.
b) O sistema interamericano tem como principal instru- mento a Convenção Inte-
ramericana de Direitos Humanos de 1969.
c) Há atualmente três sistemas regionais principais: o europeu, o interamericano 
e o africano.
d) O sistema europeu tem como principal instrumento o Tratado da União Europeia.
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GABARITO
1. D
2. A
3. B
4. C
5. D
6. C
7. B
8. B
9. A
10. C
11. 
12. D
13. D
14. C
15. A
16. A
17. B
18. A
19. C
20. D
21. D
22. D
23. A
24. B
25. C
26. A
27. C
28. D
29. A
30. C
31. D
32. C
33. B
34. B
35. C
36. D
37. D
38. D
39. C
40. A
41. B
42. D
43. B
44. A
45. C
46. B
47. C
48. A
49. D
50. C
51. D
52. B
53. D
54. C
55. A
56. D
57. C
58. A
59. B
60. C
61. C
62. B
63. D
64. A
65. D
66. A
67. B
68. C
69. B
70. ANULADA
QUESTÃO MAL FORMULADA
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QUESTÕES COMENTADAS
1. A Constituição é um conjunto sistemático e orgânico de normas que visam con-
cretizar os valores que correspondem a cada tipo de estrutura social. Assim sendo, 
em sentido material, pode-se conceituar um texto constitucional como 
a) um ato unilateral do Estado, cuja fonte tem origem na sua estrutura organiza-
cional, no seu sistema e na sua forma de governo. 
b) um conjunto normativo, que visa regular os poderes do Estado, incluindo sua 
formação, sua titularidade, seus meios de aquisição e seu exercício. 
c) um texto produzido exclusivamente por determinadas fontes constitucionais, 
tendo por base preceitos legais, que lhe são anteriores. 
d) um conjunto de princípios que expressam concepções decorrentes de valores 
morais, sociais, culturais e históricos, que asseguram os direitos dos cidadãos e 
condicionam o exercício do poder. 
Quanto ao conteúdo, a Constituição pode ser classificada como formal ou material. 
A primeira (formal) é aquela na qual todos os dispositivos nela constantes são do-
tados de igual hierarquia, sendo considerados de estatura constitucional. A nossa 
atual é formal, pois nela se encontram não só matérias realmente constitucionais. 
Ao contrário, a CF 88 desce a minúcias, tratando de temas que não correspondem 
a um “coração” de Constituição. Exemplo disso é o artigo 242, o qual diz que o 
Colégio Pedro II fica no Rio de Janeiro. Por outro lado, a Constituição em sentido 
material é aquela que contém os aspectos cruciais à Organização do Estado e dos 
Poderes, bem assim expressa direitos e garantias fundamentais e as limitações ao 
poder estatal. Dentro dessa premissa, a letra D desponta como resposta correta.
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2. O “bloco de constitucionalidade” se constitui a partir de 
a) princípios, normas escritas e não escritas, fundamentos relativos à organização 
do Estado, direitos sociais e econômicos, direitos humanos reconhecidos em trata-
dos e convenções internacionais dos quais o país seja signatário. 
b) normas escritas, emendas constitucionais de lastro formal, direitos fundamen-
tais consagrados pela Constituição, de reconhecimento e aplicação internos. 
c) princípios não escritos, unidade, solidez, valoração de normas constitucionais 
que podem ser desmembradas para melhor efetivação dos direitos consagrados. 
d) conteúdo específico das normas constitucionais e infraconstitucionais, estabili-
dade, dinamicidade, dirigismo, garantismo, além de todas as normas constitucio-
nais de caráter programático. 
O conceito “bloco de constitucionalidade” tem origem francesa, sendo atribuída a 
Louis Favoreu. O autor se referia ao conjunto de normas de um ordenamento com 
status constitucional. Trazendo para a realidade brasileira, englobaria a própria 
Constituição, com as respectivas Emendas, e também os tratados internacionais 
sobre direitos humanos. Eles podem ser incorporados com status constitucional 
(após aprovação em dois turnos, por três quintos de votos de ambas as Casas do 
Congresso Nacional). Por outro lado, caso não passem por esse processo diferen-
ciado, os TIDH terão status supralegal, posicionando-se acima das leis, mas abaixo 
da Constituição. Dentrodessa ordem de ideias, o conceito que mais se aproxima do 
que foi aqui trazido é o que está na letra A.
3. Quanto à aplicação das normas constitucionais no tempo e no espaço, pode-se 
considerar que 
I – o princípio da recepção é observado no momento da revisão constitucional e 
da emenda à Constituição, enquanto que a conexão das normas constitucio-
nais com as normas conflitantes ocorre sempre que o conflito entre elas se 
estabeleça no caso concreto. 
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II – as disposições constitucionais passíveis de desconstitucionalização são aque-
las de natureza formal que não dispõem sobre a natureza material, enquanto 
que na conexão as regras materiais terão sempre de ser mediatizadas pelas 
regras de conflito. 
III – a revogação de normas constitucionais ocorre a partir da distinção entre 
inconstitucionalidade originária e inconstitucionalidade superveniente, de-
vendo ser aplicada tanto em situações advindas da Constituição nova como 
também daquelas oriundas de uma revisão constitucional. 
IV – a derrogação do direito anterior se verifica sempre que a nova lei contiver 
disposições de caráter formal e material que versem sobre assuntos restritos 
à consagração de direitos e às limitações ao poder de governar. 
Partindo de tais considerações, é CORRETO afirmar que 
a) apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
b) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) apenas a afirmativa IV é verdadeira. 
d) as afirmativas I, II, III e IV são falsas. 
O juízo de recepção/revogação recai sobre as normas pré-constitucionais. Quando 
nova Constituição é promulgada, as normas em vigor no ordenamento passarão 
por um filtro. Se compatíveis materialmente com o novo texto, serão recepciona-
das. Do contrário, serão revogadas. Não se fala em inconstitucionalidade superve-
niente. Errado o item I.
Avançando, a norma nasce constitucional/inconstitucional, conforme seja – ou não 
– compatível com a Constituição em vigor à época de sua edição. Fala-se, pois, em 
inconstitucionalidade originária, não se admitindo, como visto, a inconstitucionali-
dade superveniente. Isso torna correto o item III.
No item II, tem-se que, em regra, todas as normas constitucionais são revogadas 
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quando nova Constituição é promulgada. Contudo, essa regra encontra duas ex-
ceções, quais sejam, a recepção material e a desconstitucionalização. Esta, men-
cionada no item II, consiste no procedimento por meio do qual as normas de uma 
Constituição anterior são recebidas, mas com status infraconstitucional. 
Na recepção material, por sua vez, a norma anterior é recebida e continua em 
vigor, mantendo o status constitucional. Foi o que aconteceu com as normas do 
sistema tributário nacional, que se mantiveram válidas por quatro meses após 5 de 
outubro de 1988.
Tanto a recepção material como a desconstitucionalização devem ser expressas. Na 
recepção material, ainda se destacam as características de ser precária e temporá-
ria. Correto o item II.
Por fim, a derrogação é a revogação parcial, contrapondo-se à ab-rogação, que 
seria a revogação total. Errado o item IV.
Corretos os itens II e III, a resposta esperada está na letra B.
4. São fundamentos essenciais da República Federativa do Brasil: 
a) independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação 
dos povos, integração econômica e cultural. 
b) concessão de asilo político, repúdio ao terrorismo e ao racismo, eleições diretas, 
não intervenção do Estado. 
c) soberania nacional, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do 
trabalho, livre iniciativa, pluralismo político. 
d) liberdade de exercício de qualquer ofício ou profissão, inviolabilidade do sigilo 
de correspondência e das comunicações telegráficas e telefônicas, liberdade de as-
sociação para fins lícitos, direito de propriedade, desde que atendidas suas funções 
sociais. 
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Questão relativamente fácil. 
O Brasil se constitui em Estado Democrático de Direito e tem como FUNDAMEN-
TOS a soberania, cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
O mnemônico que ajudará na lembrança sobre os fundamentos da RFB é o SO-CI-
-DI-VA-PLU.
Por sua vez, artigo 3º enumera estes OBJETIVOS: construir uma sociedade livre, 
justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; promover o bem de todos; 
erradicar a pobreza e a marginalização; e reduzir as desigualdades sociais e regio-
nais.
Os objetivos internos sempre começam com verbo no infinitivo. Alerto, no en-
tanto, que algumas bancas examinadoras têm optado pela substantivação dos ver-
bos, no intuito de confundir os candidatos. 
Desse modo, construir uma sociedade livre, justa e solidária transforma-se em a 
construção de uma sociedade livre...
Sistematizando, não confunda os FUNDAMENTOS com os OBJETIVOS! O mne-
mônico para o artigo 3º é CON-GA-PRO-ER-RE, enquanto o dos fundamentos era 
SO-CI-DI-VA-PLU.
5. Com base no “caput” do art. 5º da Constituição Federal, pode-se indicar como 
desdobramentos do direito a vida, RESPECTIVAMENTE: 
a) a liberdade de associação, de reunião, de crença religiosa, de expressão, de 
pensamento. 
b) o direito de herança, de propriedade, de sucessão de bens de estrangeiros situ-
ados no País. 
c) o direito do contraditório, da ampla defesa, de petição, do juiz natural. 
d) o direito à integridade física e moral, a proibição da pena de morte e das penas 
cruéis, a proibição da venda de órgãos. 
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No gabarito disponibilizado pela Banca, aparece como resposta esperada a letra C.
Contudo, os direitos ali dispostos aparecem como um desdobramento do devido 
processo legal, sem ligação direta como o direito à vida. 
Por sua vez, os direitos elencados na alternativa D, sim, são correlatos ao direito à 
vida. Veja-se, por exemplo, a proibição à pena de morte, a preservação da integri-
dade física etc, portanto, a resposta adequada está na letra D.
6. O asilo político consiste no acolhimento de estrangeiro por parte de um Estado 
que não o seu, em virtude de perseguição política por ele sofrida e praticada por 
seu próprio país ou por terceiro. 
Assim sendo, é INCORRETO afirmar que 
a) as causas motivadoras da perseguição, em regra, são por dissidência política, 
livre manifestação de pensamento ou crimes relacionados com a segurança do Es-
tado. 
b) o indivíduo não esteja envolvido em casos que configurem delitos praticados no 
âmbito do direito penal comum. 
c) o asilo político se constitui como ato de soberania estatal, de competência ex-
clusiva do Congresso Nacional, passível de controle de legalidade pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
d) a concessão de asilo político não é obrigatória para qualquer Estado, devendo as 
contingências políticas determinarem, caso a caso, as decisões do governo. 
Repare que a Banca buscava o item incorreto. Ele está na letra C, pois, embora 
seja um ato de soberania estatal, a concessão de asilo e de refúgio político cabe ao 
Presidente da República (ou ao Ministério da Justiça).
Dentro dessa ótica, importante diferenciar os institutos, pois o primeiro (asilo) é 
mais restrito que o segundo. Isso porque o asilo é concedido normalmente em caso 
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de perseguição política, ao passo que norefúgio a perseguição pode ser de várias 
ordens, como sexual, religiosa, étnica etc.
Vamos sistematizar?
Diferenças entre asilo e refúgio político
Asilo político Refúgio político
É motivado pela perseguição por crimes 
políticos.
É motivado pela perseguição de natu-
reza política, religiosa, racial, de nacio-
nalidade ou de grupo social.
Normalmente é usado para perseguição 
individualizada.
Necessidade de proteção atinge número 
elevado de pessoas, tendo a persegui-
ção aspecto mais generalizado
Decisão de caráter político, com a con-
cessão discricionária. Ato administrativo de caráter vinculado.
7. O processo legislativo consiste no conjunto de atos preordenados praticados 
pelos órgãos pertencentes ao Poder Legislativo, cujos procedimentos obedecem à 
determinada ordem e limitação. No caso de “Lei Complementar”, tais procedimen-
tos consistem em: 
I – limitação quanto à forma e à matéria. 
II – limitação quanto à iniciativa. 
III – limitação quanto ao quórum para aprovação. 
IV – limitação quanto às exigências contidas na Constituição. 
Considerando as afirmativas acima, é VÁLIDO afirmar que 
a) apenas a afirmativa I está correta. 
b) apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. 
c) apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
d) as afirmativas I, II, III e IV estão incorretas. 
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Analisaremos cada um dos itens, para poder chegar à resposta adequada.
Antes, porém, segue um quadro no qual organizo as diferenças entre LC e LO
Diferenças entre lei ordinária (LO) e lei complementar (LC)
 Aspecto formal
�(Quórum de aprovação*)
Aspecto material
�(Matéria)
Maioria absoluta Rol taxativo na CF/88. Exemplos: art. 7º, I; 14, § 9; 21, IV.
Maioria simples Natureza residual: tudo o que não for LC, DL e Resoluções
* o quórum de instalação é o mesmo para LC e LO: Maioria absoluta.
Inicialmente, está correto o item I, pois as matérias que exigem a utilização de LC 
são destacadas pela CF, com o uso de expressões como “nos termos de lei comple-
mentar”, “na forma de lei complementar”. 
Quando se usa apenas a referência à lei, é porque bastaria lei ordinária.
Além disso, o processo legislativo ordinário ou mesmo o abreviado são regulados 
pela CF. Avançando, o item II também está correto, porque há clara incidência das 
regras que limitam a iniciativa para a propositura de LC. Nesse contexto, as normas 
próprias do direito tributário são, em sua maioria, reguladas por LC, de iniciativa do 
Chefe do Executivo ou dos parlamentares.
Correto o item III, uma vez que no próprio quadro acima colocado fica claro que LC 
depende de quorum de aprovação de maioria absoluta, enquanto LO exige apenas 
quorum de maioria simples ou relativa.
Por fim, incorreto o item IV, pois não se fala em limitações quanto às exigências da 
CF. É nas ECs ou nas MPs que aparecem mais claramente matérias que não pode-
riam ser abordadas por esses atos normativos.
Verdadeiros os itens I, II e III, a resposta esperada está na letra B.
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8. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criado através da EC 45/2004, é presidi-
do pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) que, por sua vez, possui as 
seguintes atribuições: 
a) receber e conhecer dos conflitos de competência entre o Superior Tribunal de 
Justiça e quaisquer tribunais, entre os Tribunais Superiores, ou entre estes e qual-
quer outro tribunal. 
b) receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos 
magistrados e aos serviços judiciários, além de proceder às inspeções e correições 
em geral. 
c) receber e conhecer dos conflitos de atribuições entre autoridades administrati-
vas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e admi-
nistrativas de outro ou do Distrito Federal. 
d) receber e conhecer dos conflitos de competência entre quaisquer tribunais, bom 
como entre tribunais e juízes a ele não vinculados. 
Considerando-se a premissa de que o CNJ, embora seja órgão do Judiciário (artigo 
92, I-A, da CF), não possua jurisdição, logo de cara nós podemos afastar as alter-
nativas “A”, “C” e “D”.
Avançando, é importante destacar uma hipótese de conflito de atribuições: mem-
bro do MP Federal x membro do MP Estadual. É que a atribuição de dirimir esse 
conflito pertencia ao STF, mas recentemente o Tribunal entendeu que a tarefa pas-
saria a ser do PGR.
Em outras palavras, cabe ao PGR dirimir conflito de atribuições entre membro do 
MPF x membro do MPE.
Ah, a resposta esperada está no artigo 103-B, § 4º, III, da CF.
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9. Quanto aos sistemas estabelecidos pela Constituição Federal de 1988, para en-
frentar os períodos de crise política nos quais a ordem constitucional se vê amea-
çada, estão previstos: 
a) o estado de defesa, o estado de sítio, a intervenção federal e o uso excepcional 
das forças armadas. 
b) a suspensão da Constituição, a lei marcial, o estado de defesa, o estado de sítio 
e a suspensão do habeas corpus. 
c) a supressão dos direitos fundamentais, entre eles, a inviolabilidade de domicílio 
e de correspondência. 
d) a vedação quanto à impetração do mandado de segurança, do mando de injun-
ção, do habeas corpus e do habeas data. 
Considerando-se o chamado sistema constitucional de crises são tratados os esta-
dos de defesa (menos grave) e o de sítio (mais grave). Além deles, é importante 
destacar a intervenção federal e a estadual.
A intervenção é uma ferramenta excepcional, na medida em que a adoção da For-
ma Federativa de Estado indica que os entes federados gozam da tríplice autono-
mia (financeira, administrativa e política). Ela (a autonomia) é relativizada com a 
intervenção.
Por fim, o uso das forças armadas é reservado para situações extraordinárias, 
normalmente ligadas à guerra ou a hipóteses de ausência das forças auxiliares do 
Exército (PM e Bombeiros).
10. Segundo José Afonso da Silva, o controle de constitucionalidade tem por objeti-
vo estabelecer, tecnicamente, a supremacia da Constituição frente ao ordenamento 
jurídico do Estado. Para tanto, no Brasil, foi adotada a seguinte forma de controle: 
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a) político, no qual a verificação de inconstitucionalidade é entregue a órgãos de-
terminados, de natureza política. 
b) jurisdicional, no qual prevalece a faculdade que a Constituição outorga ao Poder 
Judiciário de declarar a inconstitucionalidade de lei ou atos do Poder Público. 
c) misto, no qual certas categorias de lei são submetidas ao controle político e ou-
tras ao controle jurisdicional. 
d) concentrado, no qual o Supremo Tribunal Federal, no papel de Corte Constitu-
cional, declara ou não a inconstitucionalidade de uma lei.
O Brasil realmente adota um sistema misto de controle, havendo a atuação do Po-
der Judiciário (controle jurisdicional), e dos Poderes Legislativo e Executivo (con-
trole político). Destaca-se, ainda, o controle feito pelos Tribunais de Contas (Súmu-
la 347 do STF) e o papel do CNJ. O Conselho não faria propriamente um controle 
de constitucionalidade, mas poderia deixar de aplicar norma inconstitucional.
Para facilitar os estudos, segue uma tabela que sistematiza os momentos e os mo-
delos de controle
MOMENTOS E MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
PODER
M O M E N T O S
PREVENTIVO REPRESSIVO
M
O
D
E
L
O
S
J
U
R
I
S
D
I
C
I
O
N
A
L
Legislativo
Apreciação de projetos, feita pelas 
Comissões de Constituição e Justiça(CCJs) e pelo Plenário das Casas.
É realizado em três hipóteses:
a sustação de atos normativos editados pelo Pre-
sidente da República que exorbitem os limites de 
delegação legislativa – art. 49, V, da CF;
b quando o Senado Federal suspender, no todo ou 
em parte, norma declarada inconstitucional pelo 
STF no controle difuso – artigo 52, X, da CF;
c no caso das medidas provisórias, quando o 
Congresso entender que não estão presentes os 
requisitos constitucionais de urgência e relevância 
– artigo 62, § 5º da Constituição.
P
O
L
Í
T
I
C
O
Executivo
Possibilidade dada ao Chefe do Exe-
cutivo – Presidente da República, 
governadores e prefeitos – de vetar 
o projeto caso o considerem incons-
titucional (veto jurídico).
Orientação dada pelo Chefe do Executivo para que 
seus subordinados deixarem de cumprir a norma, 
pois a considera inconstitucional.
Judiciário
Quando se aprecia mandado de 
segurança impetrado por parlamen-
tar para garantir devido processo 
legislativo.
Feito por meio do controle difuso ou concen-
trado de constitucionalidade. O primeiro é rea-
lizado por qualquer juiz ou tribunal do país, 
enquanto o segundo somente cabe ao STF (viola-
ção à CF) e ao TJ (ofensa à CE).
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
T
I
V
O
Tribunais de 
Contas
Pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos 
atos do Poder Público – Súmula 347/STF.
CNJ
Pode deixar de aplicar norma que entenda 
ser inconstitucional, o que configura exercício 
de controle da validade dos atos administra-
tivos do Poder Judiciário (STF, PET 4656/PB).
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11. Sobre os poderes e funções do Estado, analise as seguintes afirmativas:
I – É possível que uma função típica atribuída a qualquer dos poderes de Estado 
seja convertida em atípica, e vice-versa, por força de lei.
II – Há exclusividade no exercício de cada função pelos Poderes de Estado.
III – As linhas definidoras da competência têm caráter legal e apolítico.
Marque a alternativa correta.
a) as afirmativas I, II e III estão incorretas.
b) apenas as afirmativas II e III estão incorretas.
c) apenas as afirmativas I e III estão incorretas.
d) apenas as afirmativas I e II estão incorretas.
QUESTÃO MAL FORMULADA 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, o item I estaria correto. Em relação à 
tipicidade ou atipicidade das funções, pode-se suceder que determinada função se 
enquadre, em certo momento, como típica, e o direito positivo venha a convertê-la 
em atípica, e vice-versa.
II. Não há exclusividade no exercício de cada função pelos Poderes de Estado, cada 
poder exerce funções típicas e atípicas. Ex. julgamento pelo Poder Legislativo.
III. As linhas definidoras da competência têm caráter legal e político, harmonia e 
independência dos poderes.
12. No tocante à Federação, assinale a alternativa CORRETA:
a) A descentralização política autoriza a participação direta dos Estados nos planos 
nacionais.
b) A partir da CF de 1988, os municípios podem editar formalmente suas consti-
tuições locais.
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c) A autonomia, no sentido técnico-político, pode ser resumida, especificamente, 
na capacidade de auto-organização assegurada a cada ente da federação para or-
ganização própria e dos seus serviços.
d) O regime federativo exige a descentralização política.
 
A Em razão da descentralização política, os estados são responsáveis pelo planeja-
mento e execução de políticas regionais.
B Os Municípios não editam constituições, mas Leis Orgânicas.
C A autonomia pode ser resumida: auto-organização, autoadministração (de seus 
serviços), autolegislação e autogoverno. “Autonomia política” refere-se, basica-
mente, à capacidade para editar leis.
D O estado federado tem como característica a descentralização política.
Obs.:� Questão levemente mal formulada, mas o candidato conseguiria resolver a 
questão sem grandes dificuldades. Forma de Governo: República ou Monar-
quia
Sistema de Governo: Presidencialista ou Parlamentarista
Forma de Estado: Unitário ou Federação
13. Em relação à interação do direito administrativo, com os demais ramos de di-
reito, analise as afirmativas a seguir:
I – O direito administrativo é que dá mobilidade ao direito constitucional.
II – O direito administrativo tem vínculo com o direito processual civil e penal.
III – As normas de arrecadação de tributos podem ser tidas como de direito ad-
ministrativo.
IV – A teoria civilista dos atos e negócios jurídicos têm aplicação supletiva aos 
atos e contratos administrativos.
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Marque a alternativa correta.
a) apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
c) apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
I. Com exceção das normas de eficácia imediata, o direito constitucional para ser 
efetivado deve ser veiculado através do Poder Legislativo com as Leis, pelo Poder 
Executivo regulamentando as leis e pelo Poder Judiciário integrando Leis deficientes 
através da jurisprudência e controle de constitucionalidade. 
II. A relação do Direito Administrativo com o Direito Processual é bastante próxima. 
Nos aspectos dos processos civil e penal, a relação se dá na própria regulamenta-
ção das respectivas jurisdições. Nos processos administrativos são utilizados princí-
pios característicos de processo comum. O vínculo existe, pois, no que se refere aos 
crimes contra a Administração Pública, subordina-se a definição do delito à con-
ceituação de atos e fatos administrativos. Também a Administração Pública possui 
prerrogativas de Direito Penal, como nos casos de caracterização de infrações que 
dependem das normas penais em branco.
III. A tributação é realizada a partir de relações jurídicas em virtude das quais o 
Estado irá, primeiramente, arrecadar os recursos indispensáveis ao funcionamento 
da estrutura pública e, em segundo lugar, disciplinará como os tributos serão em-
pregados, tudo conforme a Constituição e as Leis. É daí que afirmamos que o Direi-
to Tributário nasce da necessidade de se fornecer recursos para o funcionamento 
da máquina administrativa e de se criar mecanismos que protejam os cidadãos da 
ânsia arrecadadora do Poder Público.
IV. Excepcionalmente a Adm. Púb. realiza negócios regidos pelo direito civil, servin-
do-se supletivamente dessa seara do direito como, por exemplo, quando aluga um 
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imóvel de um particular que, por sua vez, atuará em pé de igualdade com o locador, 
sem privilégios, sem cláusulas exorbitantes.
Artigo 54 da Lei n. 8.666/93. Os contratos administrativos de que trata esta Lei 
regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-
-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições 
de direito privado.
14. Dentre as assertivas abaixo, é CORRETO afirmar que 
a) o Estado é pessoa jurídica e a expressão de sua vontade pode ser entendida 
como a decisão do membro de cúpula de cada Poder Pertinente, ou seja, do agente 
político.
b) os agentes públicos são mandatários do Estado. 
c) o órgão público, ainda que desprovido de personalidade jurídica, pode atuar 
em Juízo, na defesa dos seus interesses, em caráter excepcional, desde que exista 
expressa previsão legal.
d) a vontade do órgão de representação plúrima ou colegiado deve emanar da 
unanimidade ou da maioria das vontades dos agentes

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