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Poluição do Solo e Legislação Ambiental

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- -1
QUÍMICA AMBIENTAL
POLUIÇÃO DO SOLO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Mostrar os processos de poluição do solo; tipos de poluição por acidez, por metais e por compostos orgânicos;
seja de origem industrial ou agrícola;
2. Conhecer as legislações pertinentes do processo de poluição;
3. Analisar e conhecer os principais processos de descontaminação dos solos seja ele físico, químico ou biológico
e mostrar o uso correto do solo.
Aspectos Conceituais: Além dos termos áreas contaminadas ou impactadas, existem vários outros termos que
podem ser considerados sinônimos destes, como: Solo poluído; Área degradada; Sítio contaminado; Solos
contaminados; Terrenos contaminados.
De acordo com o CETESB, uma área contaminada pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há
comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que
nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada,
acidental ou até mesmo natural, e que determina impactos negativos sobre o meio ambiente.
Nessa área, os poluentes ou contaminantes podem concentrar-se em subsuperfície, nos diferentes
compartimentos do ambiente, como por exemplo no solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais utilizados
para aterrar os terrenos, nas águas subterrâneas ou, de uma forma geral, nas zonas não saturada e saturada,
além de poderem concentrar-se nas paredes, nos pisos e nas estruturas de construções (CETESB).
Zona não Saturada: Zona que se situa imediatamente abaixo da superfície topográfica e acima do nível freático, 
onde os espaços vazios entre as partículas estão parcialmente preenchidos por gases (essencialmente ar e vapor
de água) e por água. A água contida nesta zona encontra-se à pressão atmosférica, podendo ser utilizada pelas
raízes das plantas ou contribuir para o aumento das reservas de água subterrânea.
Zona Saturada: Zona que pode ser constituída por diferentes níveis ou camadas de solo ou formações rochosas,
onde todos os espaços porosos ou fraturas existentes estão completamente preenchidos por água. O limite
superior desta zona é designado nível freático.
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1 Bases Legais
As primeiras legislações específicas sobre Áreas Contaminadas (Acs) foram promulgadas no final dos anos 80
com caráter predominantemente corretivo, sem tratar muito de aspectos preventivos no sentido de evitar
futuras contaminações e de garantir a qualidade ambiental em relação ao solo e às águas subterrâneas.
Recentemente, com a conceituação do solo como um “bem a proteger” instituído em alguns países
industrializados, como é o caso da Alemanha, foram criadas leis, que permitem a proteção desse meio,
preestabelecendo critérios de qualidade e regulamentando as medidas que visam ao saneamento do solo e das
águas subterrâneas.
• Constituição Federal do Brasil - 1988
Estabelece os princípios da política nacional do meio ambiente. No capítulo VI (“Do Meio Ambiente”),
Artigo 225, é colocado o princípio:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” 
• Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente
Essa lei introduz alguns instrumentos de planejamento ambiental e determina a responsabilidade
/penalidade para casos de poluição.
• Lei nº 6.766/79
Define as competências do Estado e do Município sobre a questão do parcelamento do solo. É um
instrumento importante na interface de áreas contaminadas com o desenvolvimento urbano. A lei não
permite o parcelamento do solo em áreas poluídas.
• Lei nº 9.605/95 - Lei de Crimes Ambientais
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de lei de crimes ambientais, condutas e
atividade lesivas ao meio ambiente.
A Lei prevê penas de reclusão de até 5 anos na Seção III - Da Poluição e outros Crimes Ambientais.
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•
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Área Contaminada (AC) Área onde há comprovadamente poluição causada por quaisquer substâncias ou:
resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados, e que
determina impactos negativos sobre os bens a proteger.
Área Potencialmente Contaminada (AP) Área onde estão sendo desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas: 
atividades potencialmente contaminadoras.
Área Suspeita de Contaminação (AS) Área na qual, após a realização de uma avaliação preliminar, foram: 
observadas indicações que induzem a suspeitar da presença de contaminação.
2 Poluição do solo
A poluição do solo afeta principalmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios à vida
humana e à natureza. Consiste na presença indevida de elementos químicos que prejudica as diferentes formas
de vida.
Poluente
Podemos definir poluente como toda substância de origem natural (metais, petróleo, nitrato) ou antrópica
(pesticidas e solventes) que se acumula no solo e modifica seu equilíbrio natural. Certas substâncias, como
metais pesados, podem ser encontradas naturalmente no solo em baixas concentrações. Porém, quando em
concentração superior aos níveis aceitáveis da saúde humana, sem a ação antrópica, configuram um tipo de
poluição.
3 Poluente
Podemos definir poluente como toda substância de origem natural (metais, petróleo, nitrato) ou antrópica
(pesticidas e solventes) que se acumula no solo e modifica seu equilíbrio natural. Certas substâncias, como
metais pesados, podem ser encontradas naturalmente no solo em baixas concentrações. Porém, quando em
concentração superior aos níveis aceitáveis da saúde humana, sem a ação antrópica, configuram um tipo de
poluição.
4 Toxicidade
Quando a concentração de uma contaminante ultrapassa os níveis aceitáveis à saúde humana.
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5 Tipos de Poluentes
A entrada do poluente no solo pode ocorrer por diversas vias. Os poluentes do solo, nas zonas industriais, podem
incluir metais pesados, cianetos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), Asbetos, Metano (CH4),
amoníaco (NH3), sulfito de hidrogênio (H2S). As substâncias líquidas podem poluir grandes volumes de solo,
pois penetram e dispersam com maior facilidade.
Nas zonas agrícolas, os agrotóxicos e os fertilizantes são as substâncias utilizadas pelos agricultores nas
plantações que constituem uma fonte de poluição. Os agrotóxicos utilizados com pesticidas e herbicidas incluem
uma variedade de compostos orgânicos e os fertilizantes aumentam o suprimento de nutrientes como Nitrogênio
(N), Fósforo (P) e o Potássio (K).
Os solos podem ser afetados por poluentes provenientes da atmosfera como o dióxido de enxofre (SO2), os
óxidos de nitrogênio (NOx), que se transformam em ácido sulfúrico e ácido nítrico.
Antes da gasolina sem chumbo (Pb), os automóveis eram a fonte principal da contaminação por Pb.
E o lixo sólido é todo produto que chega misturado ao lixo tornando-o perigoso, muitos desses produtos se
infiltram no solo se acumulando por muito tempo.
Compostos orgânicos
Centenas de substâncias sintetizadas pelo processo industrial como os pesticidas, medicamentos,
hidrocarbonetos. Alguns destes são altamente carcinogênicos.
Compostos inorgânicos
São designados os cloretos, os metais pesados (Hg, Pb, Cd Cr), que dependendo da concentração podem ser
muito tóxicos. Lixo perigoso
São designados os cloretos, os metais pesados (Hg, Pb, Cd Cr), que dependendo da concentração podem ser
muito tóxicos.
Lixo perigoso
Os solos são utilizados, frequentemente, como lixeiras de resíduos domésticos e industriais. Em muitas áreas de
agricultura, a lixiviação dos nutrientes do estrume e dos fertilizantes inorgânicos e do cultivo de plantas pode
gerar elevados níveis de nitratos e de outros compostos químicos nas águas subterrâneas. Embora alguns solos
funcionem como filtros naturais, retendo e reciclando grandes quantidades de resíduos.
A grande poluição mundial do soloé resultante do desenvolvimento urbano e industrial e da agricultura
intensiva. A recuperação dos solos severamente poluídos só pode ser conseguida, na maioria das vezes, com
recurso das tecnologias dispendiosas.
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Direta ou indiretamente, o solo pode sofrer alterações, impactos, decorrente da ação de algum processo de
poluição.
1 - Acidez no solo: A chuva ácida surgiu com a industrialização mundial, em função da poluição do ar. Poluentes
como óxidos de enxofre são gerados na atmosfera e ao entrar em contato com o vapor de água da atmosfera gera
ácido sulfúrico (H2SO4) que é diluído aumentando a acidez da chuva. Esse tipo de chuva provoca acidificação do
solo, prejudicando também plantas e animais, a vida dos rios e florestas.
O ácido sulfúrico é um ácido forte prejudicial ao solo porque causa a retirada dos íons de cálcio. Esses íons
(Ca2+) circundam as partículas de argilas do solo. Quando a chuva ácida atinge o solo, ela substitui os íons de
cálcio das argilas pelo cátion de hidrogênio liberado pelo ácido sulfúrico. Neste processo também se forma
sulfato de cálcio que é insolúvel em água. O cálcio não mais circula no ambiente, deixando de estar disponível no
solo para ser usado pelas plantas que sofrem com a sua falta e morrem.
Você sabia?
Atividades industriais, como a siderurgia, contribuem significativamente com a formação de SO2, devido
à presença de sulfeto de ferro (FeS) no minério de ferro (Fe2O3). O sulfeto de ferro forma SO2 durante o
processo de obtenção do Fe.
 2 – Mercúrio: O mercúrio é um metal não essencial, comprovadamente bioacumulativo e que apresenta efeitos
negativos ao homem e ao meio ambiente devido à sua alta toxicidade. A progressiva utilização do mercúrio para
fins industriais e o emprego de compostos de mercúrio durante décadas na agricultura resultaram no aumento
significativo da contaminação ambiental, especialmente da água e dos alimentos.
Lâmpadas fluorescentes e a vapor de Hg, pilhas e alguns aparelhos de precisão como termômetro, barômetros,
manômetros são jogadas pelos usuários no lixo comum originando quantidades de mercúrio que poderão atingir
proporções assustadoras.
Para evitar o despejo no ambiente, após o uso do produto, as empresas produtoras ou importadoras deveriam
ser responsabilizadas pelo recolhimento dos mesmos.
Tintas utilizadas com bactericidas e antincrustante possuem concentrações de diversos metais além do
mercúrio.
Em todos os tipos de garimpo se usa mercúrio, e praticamente toda a quantidade utilizada é perdida no processo
e permanecem no ambiente contaminando a flora e a fauna, particularmente os peixes. Para cada quilo de ouro
produzido são empregados 1,3kg de mercúrio que se perde no ambiente.
3 - Metais pesados no solo Chumbo (Pb): O Pb é usado na produção de baterias, pigmentos e produtos
químicos. Está presente no combustível fóssil, embora a partir da década de 80 sua concentração diminuiu
drasticamente. Ele é emitido para atmosfera em grande quantidade em área urbana por incineração de resíduos
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e descarga de efluentes. Uma fonte elevada de Pb provém de resíduos metalúrgicos/sucata e uma maior parte do
Pb é retida nos solos e sedimentos e muito pouco é transportado em água de superfície ou água subterrânea.
Porém, o retorno para águas de superfície como resultado da erosão de particulados do solo contendo Pb através
da conversão de sulfato de chumbo relativamente solúvel na superfície do solo pode ocorrer levando à
contaminação da água. A contaminação do solo pelo chumbo pode advir de forma natural ou geológica, como
também através de atividades exercidas pelo homem (mineração, indústria e transporte).
O solo é considerado um dos depósitos principais de chumbo, pois ao alcançá-lo, este contaminante pode ali
permanecer indefinidamente.
4- Prejuízo da acidez da chuva no solo
Desmatamento
Duas ou três árvores atingidas pela chuva ácida morrem. Algum tempo depois, muitas plantas que se utilizavam
da sombra destas árvores morrem e, assim, formam uma clareira. Essas reações podem destruir florestas.
 5 - Compostos Orgânicos no solo: O solo é o receptor de muitos despejos perigosos a partir de percolados de
aterros sanitários. Compostos orgânicos voláteis (COVs) como benzeno, tolueno, xileno, diclorometano,
tricloroetano e tricloroetileno podem contaminar o solo em áreas industrializadas. O solo recebe grandes
quantidades de pesticidas como resultado inevitável de sua aplicação na agricultura. Além da grande deposição
atmosférica de Benzeno e de PAHs constituintes de combustíveis oriundos das estradas e autoestradas.
6 Uso correto do solo
O solo não é importante somente para a produção de alimentos, mas também exerce uma multiplicidade de
funções, como a regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação,
armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros elementos, além de ação filtradora e protetora
da qualidade do ar e da água.
O uso do solo pode ser feito de diversos modos: irrigação, drenagem, adubação, aração etc. Porém alguns
processos levam a problemas ambientais como o desmatamento que, ao retirar a vegetação de um determinado
local, além de alterar a paisagem contribui para o enfraquecimento do solo. O solo exposto fica sujeito à erosão,
que é capaz de alterar a paisagem numa velocidade bem maior que os processos naturais.
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7 Remediação de solos
Conjunto de processos físicos, químicos, biológicos e térmicos que visam a restauração das condições naturais de
um local contaminado com poluentes. Essa restauração pode se dar por meio de processos induzidos
artificialmente (tecnologias de tratamento) ou através da atenuação geoquímica natural.
Técnicas de remediação de áreas contaminadas
Em termos globais podemos distinguir em dois grupos os processos de descontaminação das áreas poluídas.
n-Situ É uma operação na qual a descontaminação se dá no local onde se encontra o terreno a regenerar, sendo:
os contaminantes retirados do solo através de transporte como a água e o ar e esse meio de transporte é tratado
por via química, biológica ou mecânica e novamente introduzido no terreno.
Ex-situ Esse tipo de operação implica na remoção do solo do local onde se encontra inicialmente, de modo a ser: 
submetido a tratamento de descontaminação. Esses tratamentos ex-situ, podem ser on-site, quando ocorrem
diretamente no local (Lavagem de solo), ou off-site, quando ocorre o transporte do material contaminado até a
central de tratamentos onde sofre o processo de descontaminação.
Principais processos de tratamento: Para a regeneração completa do local, normalmente se utiliza várias
técnicas em diferentes tempos ou ao mesmo tempo. As combinações são definidas caso a caso, de acordo com o
projeto específico.
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8 Extração de Vapores do Solo
O Sistema de Extração de Vapores no Solo (SVE) é uma tecnologia de remediação utilizada para zona não
saturada, onde aplica-se vácuo com o objetivo de induzir o fluxo controlado de ar e assim remover
contaminantes voláteis e semivoláteis do solo. Normalmente é aplicado em conjunto com outras técnicas.
9 Aeração
Combinadas com o SVE, estas técnicas envolvem o bombeamento de ar no lençol freático, de forma a facilitar a
liberação de Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs).
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10 Barreiras
Barreiras Passivas:
Previnem a migração dos poluentes para as águas subterrâneas e impedem a passagem da água limpa para a
zona contaminada.
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Barreiras Reativas Passivas:
Favorecem a passagem das águas subterrâneas através de porções reativas – que podem ser aeróbicas ou
anaeróbicas para reações mediadas biologicamente, facilitando a aplicação de biorremediação.
Biorremediação
Promove a remediarão de uma área impactada através de técnicas naturais, utilizando micro-organismos
(bactérias, fungos e leveduras) para degradar substâncias ou compostos orgânicos presentes no solo ou na água
subterrânea e transformá-los em substâncias com pouca ou nenhuma toxicidade,como Dióxido de carbono e
água.
Bioestimulação: Introduz nutrientes no meio.
Biocrescimento: Introduz o microrganismo no meio.
Bioaeração: Injeção de ar no meio.
Pode haver combinação destes tipos, bem como associação com outras técnicas.
Esquema do processo de Biorremediação
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Biopilha
Disposição do material contaminado em pilhas e estimulação da atividade aeróbica microbiana através de
aeração e/ou adição de nutrientes e aumento da umidade do solo com o objetivo de reduzir concentrações de
hidrocarbonetos de petróleo presentes no solo através da biodegradação.
Normalmente construídas sobre uma base impermeável para reduzir o risco de migração do lixiviado para a
subsuperfície e cobertas com uma membrana impermeável para prevenir a liberação de contaminantes e/ou
solo contaminado para o ambiente, e para proteger o solo de ventos e chuvas.
Esquema do processo de Biopilha
Fitorremediação
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Utilização de plantas que promovem a extração / biodegradação de compostos orgânicos ou metais do solo.
Diversos tipos são aplicáveis para compostos orgânicos, entre eles: Fitoestabilização, Fitoestimulação,
Fitovolatilização, Fitodegradação.
Atenuação Natural Monitorada
1 - Uso de processos naturais físicos, químicos e biológicos que ocorrem na subsuperfície reduzindo a carga de
contaminante, sua concentração, sua mobilidade ou sua toxicidade, com o objetivo de remediação de um
determinado local.
2 - Os processos envolvidos incluem biodegradação, dispersão, diluição, sorção, volatilização e estabilização
química ou biológica, ou destruição dos contaminastes.
3 – A eliminação de fontes e o monitoramento são essenciais.
4 – Pode ser combinado com algumas das técnicas ativas acima.
Esquema do processo de Atenuação Natural Monitorada
Lavagem de Solo
Extração de contaminantes do solo por dissolução, suspensão em soluções aquosas ou através da reação química
com líquidos injetados no solo.
Esquema simplificado da técnica in-situ de lavagem de solo
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Processos Oxidativos Avançados
Introdução de agente oxidante na subsuperfície, a fim de transformar contaminantes orgânicos em substâncias
inertes encontradas na natureza.
Entre os oxidantes usados estão o Fenton (peróxido de hidrogênio (H 0 ) + ferro (Fe ), permanganato de
2 2
2+
potássio (KMnO ), ozônio (O ) e, em menor escala, o oxigênio dissolvido (OD).
4 3
Esquema dos Processos Oxidativos Avançados
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Dessorção Térmica
Consiste no aquecimento de solo escavado a temperaturas que permitem a dessorção de compostos orgânicos
voláteis e semivoláteis, com posterior tratamento dos vapores.
Incineração
Combustão dos contaminantes orgânicos a temperatura elevada de forma a converter os contaminantes a
dióxido de carbono e água.
Vitrificação
Conversão do solo contaminado em um produto em estado vítreo (estável) através de eletrodos de grafite que
levam a liberação de calor que provoca a fusão da matriz do solo (pode ser aplicada in-situ).
Solidificação: Mistura de materiais, como cimento ou argamassa, com sólidos, semissólidos e lamas para
imobilização dos contaminantes.
Encapsulamento: Uso de aditivos para reduzir a mobilidade e toxicidade dos contaminantes presentes no solo
de forma a permitir sua reposição na área original.
O que vem na próxima aula
• Você finalizou esta matéria.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Estudou os principais tipos de contaminação do solo;
• Aprendeu como é o uso correto do solo;
• Conheceu os diferentes tipos de descontaminação do solo e as principais leis pertinentes para que não 
•
•
•
•
- -16
• Aprendeu como é o uso correto do solo;
• Conheceu os diferentes tipos de descontaminação do solo e as principais leis pertinentes para que não 
ocorra a sua poluição.
•
•
	Olá!
	
	1 Bases Legais
	Constituição Federal do Brasil - 1988
	Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente
	Lei nº 6.766/79
	Lei nº 9.605/95 - Lei de Crimes Ambientais
	2 Poluição do solo
	3 Poluente
	4 Toxicidade
	5 Tipos de Poluentes
	6 Uso correto do solo
	7 Remediação de solos
	8 Extração de Vapores do Solo
	9 Aeração
	10 Barreiras
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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