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Etiopatogenia da doença cárie

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Etiopatogenia da doença cárieEtiopatogenia da doença cárie
→Van Leeuwenhoek (1683): reportou em uma carta que não limpava
seus dentes e que era possível identificar um material. Concluiu que
existiam “animaliculos” vivos sobre seus dentes;
→W.D.Miller (1890): demonstrou que a fermentação do açúcar
causava a dissolução do mineral dentário in vitro (experimento com
dentes permanentes cobertos por cera apenas em alguns lugares e
expostos a ácidos ou misturas fermentativas);
 ↪Teoria químico-parasitária: cárie é causada por ácidos produzidos
pelos microrganismos da boca. Estabeleceu a fundamentação dos nossos
entendimentos sobre a complexidade da microbiota da cavidade bucal. 
→G.V. Black (1908): usou o termo “placa bacteriana” e isolou
estreptococos dessa placa; 
→Dean (1942): observou relação inversa entre fluorose e cárie. Efeito
do flúor na água de abastecimento reduz o numero e a severidade das
lesões de cárie; 
→Stephan (1944): registrou graficamente as mudanças de pH na placa
após bochechos com sacarose;
→Keys (1960): explicava que a doença era um modelo essencialmente
ecológico, no qual a doença cárie seria o produto da interação entre os
fatores determinantes: hospedeiro, substrato, (dieta cariogenica) e
microrganismo. Através de experimentos, concluiu-se que:
 ↪Ratos germ-free não desenvolviam carie mesmo com dieta rica em
sacarose 
 ↪Penicilina inibia o desenvolvimento de carie oclusa 
 ↪Ratos gnotobióticos (S. mutans) desenvolviam carie ingerindo
dieta rica em sacarose.
Introdução
→Por muito tempo, o diagnóstico da doença cárie esteve centrado na
identificação clínica da sequela da doença- a cavidade de cárie;
→O tratamento envolvia apenas o reparo das consequências da
destruição dos tecidos dentários, o tratamento cirúrgico-restaurador da
lesão;
→ O fracasso da odontologia restauradora foi ficando evidente nas
últimas décadas. Sendo assim, surgiu a probabilidade de prevenção e
controle da cárie dentária. 
 ↪Seu tratamento não deve ser baseado no tratamento da lesão
cavitada de cárie, e sim no diagnostico da atividade da doença e no
controle dos fatores envolvidos no processo da doença. 
→A situação é a mesma entre 1990 e 2010: 36,5 e 35,4% da
população tem dentes permanentes com lesão de cárie não tratada. 
Marcos Históricos
Evolução das teorias microbiológicas
Produção de ácido;
Identificação de várias espécies;
Associação de alimentos (pães, açúcar) com doença cárie; 
→Placa não-específica:
→Placa especifica: apenas algumas espécies estão realmente
envolvidas na doença (S. mutans e Lactobacilos);
→Odontopatógenos: estratégia de prevenção propostas por essa
hipótese: Imunização ativa ou passiva, usando antimicrobioanos ou
vacinas contra odontopatógenos. 
Conceitos de doença infectocontagiosa
Fatores primários ou essenciais (biofilme);
Determinantes ou secundários (composição e frequência de dieta,
componentes salivares nível de higiene oral/espessura da placa,
presença/ausência de flúor na placa);
Condicionantes (sociais, econômicos e culturais).
→Doença infecciosa: Microorganismo dependente:
→Multifatorial;
→Transmissível: Capaz de transmitir os patógenos entre indivíduos;
→Metabolização de grande diversidade de carboidratos, incluindo
açucares-alcool.
Cariogenicidade do Streptococcus M.
1. Colonização da superfície dentaria;
2. Acidogenicidade; 
3. Produção de PEC do tipo glicano (dextrano e mutano);
4. Acúmulo da PIC a partir de carboidratos da dieta do hospedeiro; 
5. Metabolização de grande diversidade de carboidratos, incluindo
açucares-alcool.
Teoria ecológica da cárie dentária
→Infecções causadas por culturas mistas, porém nas quais certas
espécies estão aptas a predominar;
→Organismo associados a doença podem também estra presentes em
locais hígidos, mas em níveis baixos;
→Doença é o resultado de uma perda de equilíbrio da microbiota
residente ocasionada por uma mudança nas condições ambientais locais;
→Biofilme formado com dieta balanceada=homeostase 
→Biofilme formado com açúcar= baixo pH seleciona bactérias
acidúricas/acidogenicas e causa disbiose;
AULA 06

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