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TCC - Escravidão

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA 
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
 
 
MARCIO RODRIGUES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
MOVIMENTOS SOCIAIS REALIZADOS NO BRASIL QUE CONTRIBUÍRAM 
PARA A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NO PERÍODO DE 1850 A 1888. 
 
 
 
 
 RIO DE JANEIRO 
 2021.1 
MARCIO RODRIGUES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
MOVIMENTOS SOCIAIS REALIZADOS NO BRASIL QUE CONTRIBUÍRAM 
PARA A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NO PERÍODO DE 1850 A 1888. 
 
 
Artigo a ser apresentado à Banca do Curso 
Superior de Licenciatura em História da 
Universidade Estácio de Sá – UNESA. 
 
 
 
ORIENTADORA 
Prof.ª ADRIANA SOUZA CARVALHO 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2021.1 
1 
 
1 Aluno do curso de Licenciatura em História da Universidade Estácio de Sá. 
2 Professora do curso de Licenciatura em História da Universidade Estácio de Sá 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA 
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
MOVIMENTOS SOCIAIS REALIZADOS NO BRASIL QUE CONTRIBUÍRAM 
PARA A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NO PERÍODO DE 1850 A 1888. 
 
MARCIO RODRIGUES DE OLIVEIRA 1 
ADRIANA SOUZA CARVALHO 2 
 
 
 
 
RESUMO 
O refinamento dos materiais didáticos no Brasil vem sendo feito anualmente e o assunto 
escravidão pode ser aperfeiçoado e deve ser considerado para o enriquecimento da educação 
de um modo geral com propósito de estimular o desejo pela busca das próprias origens, a 
criação de raízes culturais e a mantê-la viva na memória. Ao longo deste trabalho serão 
abordadas questões relacionadas ao ensino de história considerando o tema em questão como 
fator de suma importância e propor a reformulação do material didático atualmente 
distribuído nas escolas públicas e estaduais que contam apenas uma parte deste marco na 
história brasileira que ainda hoje é pouco explorado e divulgado. As reflexões que serão 
apresentadas resultaram das experiências adquiridas nos campos de estágio em que tive a 
oportunidade de acompanhar e analisar os materiais aplicados mediante a livros 
disponibilizados e a verificação das deficiências encontradas. A importância de se aprofundar 
na história do próprio país consiste em conhecer e compreender o passado, construir orgulho 
patriótico e ter a capacidade de projetar um futuro melhor. Trata-se de uma pesquisa 
bibliográfica com base em materiais impressos e online. O presente trabalho refere-se ao fim 
2 
 
da escravidão no Brasil, em que serão apresentadas as etapas que levaram a um dos maiores 
eventos que ocorreu em nosso país. Está estruturado em Introdução na qual são apresentadas a 
problemática, os objetivos da pesquisa; discorridas as leis que antecederam a lei áurea e 
tiveram papel fundamental para a abolição, a própria lei áurea e sua importância e os 
movimentos abolicionistas. 
 
Palavras chave: História, abolição, lei áurea, fim da escravidão. 
 
ABSTRACT 
The refinement of teaching materials in Brazil has been done annually and the subject of 
slavery can be improved and should be considered for the enrichment of education in general 
in order to stimulate the desire to search for one's own origins, the creation of cultural roots 
and the keep it alive in memory. Throughout this work, issues related to the teaching of 
history will be approached, considering the theme in question as a factor of paramount 
importance and proposing the reformulation of the didactic material currently distributed in 
public and state schools that tell only part of this milestone in Brazilian history, which is still 
today little explored and disseminated. The reflections that will be presented resulted from the 
experiences acquired in the internship fields in which I had the opportunity to monitor and 
analyze the materials applied through books made available and the verification of the 
deficiencies found. The importance of delving into the history of the country itself is to know 
and understand the past, build patriotic pride and have the ability to project a better future. 
With this addendum to the teaching plan, there will be a significant contribution to the 
construction of the student's knowledge with a critical education of young people who attend 
high school. This is a bibliographic search based on printed and online materials. The present 
work refers to the end of slavery in Brazil, in which the stages that led to one of the biggest 
events that took place in our country will be presented. It is structured in Introduction in 
which the problematic, the research objectives are presented; the laws that preceded the 
golden law were discontinued and had a fundamental role for the abolition, the golden law 
itself and its importance and the abolitionist movements. 
 
Keywords: History, abolition, golden law, end of slavery. 
 
3 
 
Introdução 
A luta pela abolição no Brasil gerou reconhecimento em diversos países, um deles foi 
a França no qual segundo o despacho lido por Goblet do então ministro da França, a data da 
emancipação seria a mais memorável da história do Brasil. “Esta pagina de seus anais foi 
escrita pela nação inteira, na união íntima do povo, do parlamento e da coroa.” (MOSSÉ, 
1938, p. 192). A emancipação, grandemente favorecida pelo imperador, foi certamente a 
maior glória do seu reinado. (MOSSÉ, 1938, p. 199). No entanto, para chegar a esse evento 
tiveram participações de grandes nomes como André Rebouças, José do Patrocínio, Antonio 
Prado, etc. 
Um dos que tiveram participação na luta a favor da abolição foi Joaquim Nabuco que 
descreveu em seu livro O Abolicionismo de 1863 a importância de Dom Pedro II na evolução 
da emancipação, principalmente no que tangia a extinção do tráfico de escravos e a libertação 
dos filhos nascidos de mães escravas. Esta influência do Imperador desencadeou as leis de 
Eusebio de Queiroz, em 1850, e de Rio Branco, em 1871. Segundo ele as ações do Imperador 
pela causa da emancipação foram grandes e essenciais. (NABUCO, 2000) 
Joaquim Nabuco também menciona em seu livro que quando foi discutida pelo 
gabinete a questão do tráfico em 1849 o Imperador, diante de opiniões contrárias por meio da 
repressão da primeira lei Eusebio de Queiroz Dom Pedro II declarou que preferia perder a 
coroa a sofrer a continuação do tráfico. (MOSSÉ, 1938, p. 206). 
A luta pela abolição de forma gradual sempre foi discutida e não podemos nos 
esquecer da participação da Princesa Isabel e seu feito durante sua primeira regência no qual 
possibilitou a discursão da reforma do Rio Branco cujo nome se dava graças a Silva Paranhos 
no qual teve um papel grandioso sendo um estadista e instrumento do imperador para essa 
conquista, a lei foi sancionada em 1871 em que liberaria 500.000 filhos de escravos conhecida 
com a Lei do Ventre Livre, em que com grandeza também possibilitou o surgimento dos 
grupos abolicionistas. 
Em seguida, viria a Lei dos Sexagenários do ano de 1885 que libertava os escravos 
acima de 60 anos entre outros fatos que contribuíram para o fim da escravidão, também no 
mesmo ano são libertados todos os escravos da província do Ceara e Amazônia, e então uma 
das maiores vitorias do Brasil, a Lei Áurea sancionada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 
1888 que libertou 600.000 escravos que ainda se encontravam em trabalho forçado, e que 
após esse evento foi denominada como Isabel a Redentora. 
4 
 
Com base nessas informações iremos mergulhar em detalhes de nossa história, 
entender e valorizar os personagens que fizeram parte deste grande acontecimento e desfrutar 
do conhecimento de minucias da abolição. 
Esse trabalho justifica-se devido às constantes mudanças no comportamento dos 
jovens na atualidade, nas questões do conhecimento histórico e sua projeção do presente é 
importante o aprofundamento em diversos assuntos que compõem a história brasileira. É 
comum deparar-se com a faltade conhecimento de fatos que constituíram a identidade da 
nossa nação, e um destes assuntos é a luta pela abolição da escravidão, que sofre na atual 
conjuntura dos materiais didáticos uma trágica poda justificada pelo desprezo ao título das leis 
e apresentada em resumos. 
Para auxílio nos estudos da escravidão no Brasil elegemos pontos a serem detalhados 
das leis que constituíram a luta pelo fim da escravidão no Brasil e destacaremos o papel do 
Imperador neste processo. 
O objetivo geral foi apresentar a história de um modo mais específico e expor o 
movimento realizado para chegar à abolição da escravidão. E quanto aos objetivos específicos 
têm-se: apresentar informações mais detalhadas sobre o processo para a abolição; formar 
novas ideias sobre o assunto, trazendo informações importantes para os estudos didáticos. 
O problema de pesquisa foi o seguinte: como abordar o tema do fim da escravidão sem 
focar somente na Lei Áurea? 
 
Fundamentação Teórica 
Processo da abolição 
Pode-se dizer que o Brasil, devido à escravatura do período colonial que se estendeu 
até a Abolição ocorrida em 1888, sempre teve ligações culturais com a África, no entanto, é 
importante como se processaram as políticas internacionais após 1889 com a Proclamação da 
República. 
O autor não coaduna com a hipótese do subimperialismo e concebe os dois países 
como agentes envolvidos em um processo no qual “alguns países periféricos terem 
conseguido um elevado grau de industrialização, que lhes permitiu certa autonomia frente às 
economias centrais, devido às necessidades internas do processo de acumulação de capital, 
que forçaram a busca de novos espaços”. (CUNHA, 2002, p. 138) 
5 
 
Para chegar ao fim da escravidão no Brasil foram necessários vários processos, e 
claro, não foi fácil. Ao contar sobre o movimento para a abolição não podemos ignorar as leis 
que precederam a famosa lei áurea, devemos quebrar este paradigma que somente uma lei pôs 
fim a escravidão e ao trafico de escravos. A primeira lei que estabeleceu medidas para a 
repressão do tráfico de africanos no império imposta pelo conservador Eusébio de Queirós 
Coutinho Matoso da Câmara surgiu em 04 de setembro de 1850. A lei de número 581 com 10 
artigos se inicia desta forma: 
Dom Pedro por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos,Imperador 
Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos 
súditos, que a Assembleia Geral decretou, e nós queremos a Lei seguinte. 
(FEDERAL, 2012, p. 161). 
Podemos analisar que nessa lei foram colocados vários pontos que oprimiam a 
escravidão e umas delas era a questão do monitoramento sobre as embarcações. Todos os 
escravos apreendidos eram devolvidos pelo Estado para o local de onde vieram ou para 
qualquer outro ponto fora do Império, caso não achasse um destino o escravo trabalharia 
sobre a tutela do Estado. Também eram aplicadas multas para qualquer suspeita por tráfico, 
essa medida era cabível do comandante até quem estivesse nas embarcações ou contribuísse 
para ocultação do crime ou para o extravio de escravos. Neste caso havia a apreensão de toda 
a carga encontrada a bordo que seria vendida posteriormente, deduzindo um quarto de seu 
valor ao denunciante, se houvesse. O governo retribuía a tripulação com o valor de quarenta 
mil reis por cada africano apreendido. 
O governo também proibia quaisquer embarcações para a Costa da África sem seus 
donos assinarem um termo em que não receberiam abordo nenhum escravo. Todo o processo 
de julgamento era feito pela marinha do Brasil onde era julgado de acordo com o código penal 
da época. 
 
Lei do Ventre Livre 
Para chegar a essa lei foram discutidos vários projetos em que tinham como princípio 
a abolição por completo da escravidão. Grandes nomes como Nabuco e Visconde de Rio 
Branco defendiam o projeto. 
Tal projeto foi aprovado no dia 27 de setembro de 1871 e enviado o decreto para 
sanção de Sua Alteza, a Princesa Imperial Regente, pela deputação do Senado formada por: 
6 
 
Visconde de Sapucaí, Barão de São Lourenco, Senadores Firmino, Paes de Mendonca e 
Uchoa Cavalcante, Visconde de São Vicente e Barão do Rio Branco. 
Em 1871, foi decretada a Lei do Ventre Livre, sem produzir os efeitos esperados, 
mesmo com a participação de escravos na Guerra do Paraguai (1864-1870) ao lado de homens 
livres. A partir da década de 1880, o movimento abolicionista organizou-se e ganhou força e 
ao final daquela década, em 1888 foi assinada a Lei da Abolição. A sociedade não abriu 
espaços aos negros libertos nem oportunidades de trabalho com a entrada de imigrantes 
europeus, que eram contratados para os trabalhos. O preconceito ligado ao escravismo 
perdurou por muito tempo, excluindo os negros do sistema educacional devido a sua cor e 
condição econômica. (BIGNOTTO, 2005) 
Foi assim que em 28 de setembro de 1871 a lei do Ventre Livre também conhecida 
como Lei do Rio Branco, pelo fato de José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco 
ter contribuído com a formulação de alguns decretos para a mesma lei na qual apresentava 
melhorias nas condições dos escravos e ex-escravos, agilizando a abolição. Essa lei mudou de 
fato o rumo da escravidão dando um grande passo no que posteriormente ajudaria pôr fim da 
escravidão. A lei ficou da seguinte forma: 
Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data 
desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e 
tratamento daqueles filhos menores e sobre a libertação anual de escravos. 
(FEDERAL, 2012, p.527). 
Foram libertos mais de 500.000 filhos de escravos que tinham nascido livres graças à 
lei do Rio Branco; nessa lei foram colocados pontos a favor dos escravos: o senhorio teria que 
cuidar da criança até que completasse 8 anos, e chegando nesta idade o senhor teria duas 
opções: receber uma indenização do governo e libertar o escravo ou utilizar do serviço do 
menor até que completasse 21 anos. Nos casos em que o ex dono quisesse a indenização pela 
criança o escravo ficaria aos cuidados do governo, e em casos que optava pela prestação de 
serviços deste o senhor era obrigado a criá-las e tratá-las enquanto estivessem prestando 
serviços. Nos casos em que acabasse a prestação de serviço da mãe ou ela viesse a falecer 
ficaria isento o serviço do menor e este ficaria sobre a guarda do governo. Poderia ocorrer 
também da mãe conseguir a liberdade e escolher ficar com o filho ou deixá-lo com o senhor. 
Outro ponto importante é que caso o menor sofresse algum tipo de tortura ele seria isento e 
ficaria sob os cuidados do governo; o responsável por fiscalizar seria o juiz de órfãs. 
7 
 
Neste período o governo criou um fundo de emancipação de escravos em que cita que 
seriam todo ano libertos em cada província do império uma quantia de escravos de acordo 
com o valor anual destinado ao fundo de alforria; esse fundo viria de impostos gerais sobre o 
processo dos escravos, de produtos, de multas impostas por lei, ou doações de pessoas 
compromissadas com esse objetivo. Poderia o escravo ter sua reserva em dinheiro para 
comprar sua própria alforria ou também receber doações para o mesmo propósito. 
Seriam feitas inspeções pelos juízes de órfãos as sociedades de alforria já organizadas 
e as sociedades citadas anteriormente teriam o privilégio dos serviços dos escravos que 
libertassem para o fim de indenização da compra e seriam libertos os escravos que ficassem 
sobre decisão do governo. 
Os que adquiriam por sucessão de cargo ou função ou abandonados pelos senhores, 
caso fosse por invalidez, o senhor seria obrigado a alimentá-lo, salvo sobre caso de miséria. 
Então, todos esses escravos libertos na data dessa lei ficariam sob a fiscalização do governo 
para garantir meios de contratos de serviços em locais públicos para não serem constrangidos; 
o trabalho público poderia ser interrompido quando o escravo conseguissecontrato de serviço. 
O governo cria a partir dessa lei uma matrícula na qual eram anotados todos os dados 
dos escravos; para ter controle cada senhor de escravo tinha que pagar uma quantia se caso 
passasse do prazo seria liberto o escravo; o dinheiro pago pela matrícula seria colocado no 
fundo de alforria. Uma parte importante sobre essa lei era que os padres eram obrigados a ter 
livros com registros de morte dos filhos de escravas a partir dessa lei; se este deixasse de ser 
feito sofreria a cobrança da multa. O governo poderia tornar obrigatória a multa no valor 
citado ou prisões simples de atá um mês, levando em consideração essa lei foi muito 
importante por que deu um salto não só para liberdade dos filhos, mas também para a 
libertação de vários escravos. 
 
Lei dos sexagenários 
A terceira lei que é importante mencionar é a lei dos Sexagenários, pois no senado 
estava em discussão a elaboração de uma nova lei, e no dia 23 de setembro de 1885 foi 
apresentado um projeto de autoria de Silveira Martins, que foi apoiado e colocado na mesa 
para discussão. Em um dos artigos falavae sobre a libertação dos escravos de 60 anos, além da 
concessão de liberdade dos escravos do Rio Grande do Sul. O debate se estendeu, até que em 
25 de setembro de 1885 são rejeitados alguns artigos e assim elaborado uma nova lei que foi 
8 
 
enviada para a sanção imperial, e aceita em 28 de setembro do mesmo ano, se tornando a lei 
de número 3270 a qual viria se chamar Lei dos Sexagenários, regulando a extinção gradual do 
elemento servil. 
LEI N° 3.270, DE 28 DE SETEMBRO DE 1885. 
Regula a extinção gradual do elemento servil. 
D. Pedro II, por graça de Deus e unânime Aclamação dos Povos, Imperador 
Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos 
súbditos que a Assembleia Geral decretou e nós queremos a lei seguinte: 
(FEDERAL, 2012, p. 281) 
A lei se trata de uma nova matrícula na qual seriam libertos os escravos de 60 anos, 
não seriam dadas as matrículas a escravos de 60 anos pelo fato de terem ganhado sua 
liberdade, esses continuarão em companhia de seus antigos senhores durantes três anos que 
poderiam usufruir dos serviços compatíveis com a força deles. Os antigos senhores seriam 
obrigados a alimenta-los, vesti-los, e tratá-lo, nessa lei também foi tratado das alforrias e dos 
libertos, continuaria a arrecadação do fundo de emancipação os escravos, mesmo libertos 
segundos a lei anterior os liberto não poderia fica sem ocupação. Os escravos que trabalhavam 
em estabelecimentos agrícolas seriam libertos pelo fundo de emancipação em que seus 
senhores iriam substituir o trabalho escravo por trabalho livre lembrando que mesmo liberto 
teria que trabalhar por cinco anos mais claro recebendo uma quantia e o senhor terá que 
alimentar vestir e trata-lo. O valor a ser pago ao liberto deveria ser divido de duas formas: a 
metade paga na hora e a outra metade seriam depositadas em uma caixa econômica para que 
após o fim da prestação de serviço o liberto possa receber esta quantia. 
Um ponto importante a ser mencionado era uma obrigação segundo a transição de 
trabalho escravo para trabalho livre, o liberto que se ausentava de sua residência era 
considerado vagabundo e apreendido pela polícia para ser empregado em locais públicos ou 
voltaria para as colônias agrícolas. Depois de explicar de um modo mais simples as leis que 
fizeram parte do movimento para chegar até o fim da escravidão tenho por obrigação que 
considerar vários pontos importantes, as lutas ao longo do tempo e quebrar o paradigma de 
que essas leis foram inválidas. 
Diversos decretos do governo brasileiro tinham mudado as condições dos escravos 
com o objetivo de incentivar as alforrias, é preciso analisar que após a sanção dessas leis a 
situação dos escravos já não era como há de trinta anos atrás, pois desde que essas três 
medidas começaram a funcionar grande parte dos escravos começaram a serem mais 
cuidados, pela lei alimentados, bem alojados e bem vestido pelos lavradores, não podiam mais 
9 
 
separar nenhum membro da família do escravo e se fossem vendidos, teria que vender todos, e 
por incrível que pareça, isso ajudou bastante pelo fato do preço ser mais alto pela quantidade 
de membros da família, então as vendas de escravos caiaram muito. 
Uma das preocupações de Dom Pedro ll era que ocorresse no Brasil a mesma situação 
que aconteceu nos Estados Unidos da América no processo para se chegar à abolição, onde 
rios de sangue foram derramados em que foi apontado como uma das mais cruéis guerras já 
registradas. 
Para entender melhor a preocupação de Dom Pedro II vou ser mais específico: entre 
1863 e em 1865 foi decretado nos Estados Unidos da América a emancipação total de 
escravos sem indenização, onde a parte sul era representada pela supremacia branca que era 
contra o fim da escravidão e que foi derrotada pelo norte que era a favor da abolição. Os 
estados do sul perderam seus quatros milhões de escravos que tinham um valor de dois 
bilhões e oitocentos milhões de dólares em que também gastaram quatro bilhões em guerras e 
tiveram de pagar ao norte uma divida nacional. Essa aterrorizante luta para a emancipação 
teve um prejuízo maior que dinheiro, cerca de 700.000 homens foram mortos e 2.200.000 
foram feridos nos 625 combates. Foi então que em 1865 pela primeira vez se falou em 
abolição por completo, disse Dom Pedro ll aos seus ministros: 
É preciso que se comece a fazer qualquer coisa para que não aconteça o que se deu nos 
Estados unidos. Deve-se preparar essa reforma com prudência. Só conseguiremos a 
emancipação gradual; preparêmo-la. (MOSSÉ, 1938, p. 154). 
Assim foi aceito o projeto de Pimenta Bueno conhecido no futuro como Marques de S. 
Vicente que falaria sobre a emancipação gradual no qual foi apresentada no dia 23 de janeiro 
de 1866 que continha toda a ideia defendida por Dom Pedro ll, e foi apresentada ao 
conselheiro Marques Olinda, que não concordou por ser contra o fim da escravidão e, como 
justificativa, falou que não deveriam tratar de assuntos durante a guerra do Paraguai. Após 
esta negação foi formada a primeira discussão que ocorreu em 1° de fevereiro de 1867 em que 
foi analisada esta proposta. As ideias foram aceitas por todos porem modificados alguns 
artigos em que determinavam o fim da escravidão em 1889, porém foi rejeitada. A segunda 
discussão foi dada de 16 de abril a 7 de maio de 1868 em que as oposições contrariavam as 
ideia do imperador que foram em vão por não conseguir convencer os ministros. O partido 
conservador falava que era impossível viver no estado atual por que muitos reclamavam da 
reforma e o Brasil não deveria ser o ultimo povo a libertar seus escravos. Um dos membros do 
partido conservador, Visconde de Cruzeiro pediu uma nomeação especial para compor um 
10 
 
projeto idêntico a de Pimenta Bueno que foi aceito pelo conselho, no qual tinha em seu 
objetivo libertar todos os filhos de escravos nascido depois desta lei, esta que futuramente 
seria conhecida Lei do Ventre Livre. 
Em 1870, o Visconde do Rio Branco reassumiu o cargo de ministro dos negócios 
estrangeiros, sendo que na época da apresentação da lei de Pimenta Bueno, era a favor da 
abolição por completo em 1889, porém a achava muito longa. 
O projeto ainda estava tendo problemas por encontrar ideias contrarias, foi então que 
Dom Pedro ll colocou Marque de S. Vicente encarregado e convocou um novo ministério, 
porém a imprensa estava atacando e pressionando Marques de S. Vicente, que posteriormente 
desistiu do cargo. Dom Pedro ll insistiu para que o mesmo ficasse no cargo, mas não adiantou 
e foi neste momento que Marques de S. Vicente indicou Marques do Rio Branco para o cargo, 
e se formou em 1871 um novo gabinete sobre o comando dele. 
Dom Pedro ll teve que viajar para Europa onde recebeu a noticia que sua filha 
Princesa Leopoldina tinha morrido e deixou a regentePrincesa Isabel pela segunda vez no 
comando, voltando ao ato da aprovação da lei. O projeto estava sendo combatido com 
extrema violência pelos clubes agrícolas e os ataques da imprensa estavam impedindo seu 
andamento, foi uma luta de cinco meses, lembrando que essa foi a primeira luta que os 
abolicionistas travaram contra o Estado atual. Foi então que em 28 de setembro de 1871 a lei 
foi votada e no mesmo dia sancionada pela Princesa Isabel. 
De acordo com Visconde de Itaúna, em 28 de outubro de 1871, que testemunhou a 
carta que o Imperador recebeu informando a notícia, e descreveu o acontecimento da seguinte 
forma: 
“Eu nunca vi o Imperador tão satisfeito!” E não tinha motivos para alegrar-se? Seu 
Povo, em futuro bem próximo, seria composto de homens livres, independentes, em 
estados de concorrer, cada um de persi, para a prosperidade e grandeza do império. 
(MOSSÉ, 1938, p. 166 e 167). 
 
Histórico da Abolição 
Em 28 de setembro de 1880 foi formada a Sociedade Brasileira contra a escravidão 
constituída pelo senador Jaguaribe, os deputados Joaquim Nabuco e Joaquim Serra entre os 
jornalistas Ferreira de Menezes, Patrocínio, Gusmão Lobo, Vicente de Souza e André 
Rebouças. Esse grupo insistia pelo fim da escravidão, e em 24 de agosto do mesmo ano 
11 
 
recomendaram que fossem libertos todos os escravos em 1° de janeiro de 1890, mas o pedido 
foi recusado, então os abolicionistas fizeram propagandas em todo o país, o número de 
liberais e conservadores a favor da causa era considerável. 
Assim em 1884, Dom Pedro ll colocou Rodolfo Dantas, um abolicionista, para formar 
um novo ministério em que foi apresentada uma lei que libertasse todos os escravos que 
tivessem atingindo ou que iriam fazer 60 anos. A lei foi recusada duas vezes até que na 
terceira vez foi adotada pelo senado e sancionada pelo Imperador em 28 de setembro de 1885 
e esse dia foi comemorado com festas. Neste mesmo período o Brasil estava em festa, pois a 
escravidão tinha sido abolida por completo no Ceara e na Amazônia e José do Patrocínio 
estava em Paris em baquete fraternal com alguns deputados festejando essa conquista. Victor 
Hugo foi convidado ao banquete, mas não pode comparecer e enviou-lhes uma carta: 
Uma província do Brasil acaba de declarar abolida a escravidão, eis uma grande 
noticia! A escravidão é o homem substituído no homem pelo animal, o que pode 
restar de inteligência nessa vida animalizada do homem, pertence ao senhor, 
segundo sua vontade e seu capricho. Originam-se da circunstancias terríveis. O 
Brasil desferiu um golpe decisivo na escravidão. O Brasil tem um imperador, é um 
homem, que ele continue nos felicitamos e o honramos. 
Antes que termine o século a escravidão terá desaparecido da terra. A liberdade e a 
lei humana, sintetizamos numa palavra a situação do progresso: a barbárie recua, a 
civilização avança. (MOSSÉ, 1938, p. 176 e 177). 
E pelo fato dos estados do Ceará e da Amazônia terem abolido a escravidão, foram 
organizadas varias sociedades emancipadoras, e grandes números de proprietários declaravam 
livres seus escravos. Temos como exemplo a Viscondessa de Rio Novo que por não ter 
herdeiros, deixou em testamento seus escravos libertos e para eles as propriedades na qual 
tinham trabalhado. 
Em 1887, Dom Pedro II vai novamente para Europa por causa de uma doença no 
fígado e a Princesa Isabel assume a regência novamente pela terceira vez. A causa 
abolicionista foi crescendo de um modo significativo e não podemos esquecer-nos de duas 
figuras importantes do partido conservador, João Alfredo Corrêa de Oliveira e Antônio Prado, 
esses dois homens lutaram para uma nova reforma que deixariam todos os escravos livres, era 
o mesmo objetivo dito nas propagandas elaboradas por Nabuco e Patrocínios. Antônio Prado 
colocou-se a frente da causa abolicionista em São Paulo e sua ação foi muito significativa, 
pois membros de sua família que eram muito ricos libertaram todos os escravos que possuíam 
e além do mais, muitos lavradores e amigos deles seguiram o exemplo libertando também 
seus escravos, o movimento aumentava cada dia mais. 
12 
 
Em alguns lugares da província em que os senhores não eram a favor da emancipação 
os negros que eram intimados a voltar ao trabalho rural respondiam: “Atira sobre nós, se 
quiser, não temos armas e não queremos nos defender. Mas somos homens como vocês e 
queremos que nos restituam a liberdade que todo homem recebe de Deus. Vamos procurar 
trabalho onde nos receberem como homens livres” (MOSSÉ, 1938, p. 180). Esses escravos 
iam às ruas sem violência e procuravam proteção dos grupos abolicionistas e de fazendeiros 
que já haviam liberto seus escravos. 
Por mais que a parcela de abolicionistas fosse enorme, a resistência se negava a nova 
reforma, e foi então que a Princesa Isabel e seus ministros fizeram uma troca no governo em 
10 de março de 1888 e encarregou João Alfredo Corrêa de Oliveira para organizar novos 
ministérios em que Antônio Prado fez parte. 
Os lavradores do Rio de Janeiro e de Minas Gerais resistiam à reforma, mas o 
movimento abolicionista aumentava cada vez mais até por que o mais rico lavrador que tinha 
o maior número de fazendas, S. Clemente e sua família composta somente com pessoas ricas 
e importantes, libertou todos seus escravos, e com isso provocava indignação em muitos 
fazendeiros que defendiam suas ideologias, e tornava a resistência impossível. 
Em 3 de maio do mesmo ano de 1888, a Princesa Isabel abriu o parlamento com a fala 
do trono, em que discursava sobre a extinção do elemento servil e da liberdade de todos pela 
honra do Brasil, e com satisfação pelo interesse espontâneo dos proprietários que vinham 
colaborando e que se desfaça a infeliz herança que as fazendas tinham mantido, ou seja, a 
escravidão. Nesta fala estava claro o que a Princesa queria. Mas o que estava por vim era algo 
maior, seria este um ano memorável. Em 8 de maio foi apresentado por Rodrigo Silva, na 
época ministro da agricultura, em nome do governo o projeto da abolição da escravidão, 
apresentada ante a câmara. 
A discussão sobre o projeto durou cerca de dois dias e ficou em analise entre o dia 9 e 
10 de maio, fora feito cinco discursos sobre o projeto e três deles eram contra, mas somente 
em 11 de maio o projeto chega ao senado no qual foi examinado. A discussão persistiu entre o 
dia 12 e 13 de maio, e durante esses dois dias foram feitos dois discursos contra a reforma 
escritos pelo Barão de Cotegipe, antigo presidente do conselho, e o mais interessante é que 
dentre as pessoas que votariam neste novo projeto estava uma forte pessoa da resistência, 
Paulinho de Souza, que era totalmente contra a abolição, porém com a Lei do Ventre Livre de 
1871, muitos integrantes da resistência começaram a mudar de ideia, deixando ele sem 
escolha. No dia 13 de maio Paulinho de Souza pronunciou seu discurso em que falava sobre 
13 
 
seu dever em representar seus companheiros no trabalho agrícola, ou seja, os antigos senhores 
de escravos, e que cumpriu sua missão em nome da defesa nacional, ou seja, defendeu sempre 
a escravidão, e o mais interessante que ele cita que quando todos estiverem livres não saberia 
qual sentimento sentiria mais que sempre respeitaria a lealdade, a integridade e a honra á 
politica. Assim que terminou seu discurso foi para votação final, onde se encontravam no 
senado 49 senadores, sendo eles compostos por 19 conservadores e 24 liberais que votaram a 
favor da lei e 6 conservadores que votaram contra, totalizando 43 votos a favor e 6 contra. 
Com muito entusiasmo a lei foi levada para Princesa Isabel a qual foi sancionada no mesmo 
dia, e continha somente dois artigos. 
Artigo 1° - É declarada a extinção a escravidão no Brasil. 
Artigo 2° - Revogam-se as disposições em contrário. (MOSSÉ, 1938, p.190) 
No dia 13 de maio de 1888 com a lei áurea foram libertados 600.000 escravos que 
ainda estavam aprisionados.O número de escravos no Brasil que era de 1.700.000 por causa 
da lei Rio Branco em 1871 desceu para 1.584.674, em 1873, para 1.133.228, e em 1884 para 
733.416 no recenseamento de março de 1887. 
Depois da abolição total a maioria dos escravos preferiu continuar nas propriedades 
rurais onde tinham passado toda sua vida e construído uma família. Houve muitas festas 
públicas em todo império e a nação brasileira estava celebrando com flores e intensa sensação 
de prazer referente a primeira reforma de 1871 até o fim da escravidão. Grandes nomes 
escreveram cartas ao Imperador demostrando a felicidade do acontecimento. Citaremos 
algumas delas aqui. 
Em 22 de agosto de 1888 escreveu Visconde de Ouro Preto: 
Enquanto outros reis cercam-se de guardas e encouraçam as paredes de seus paços, o 
Senhor. D. Pedro II folga de ver-se rodeado da multidão, e mais fácil é penetrar até o 
gabinete de trabalho na residência de S. Christovão, encontrando-o só, do que na 
casa do mais modesto particular, o que tanto honra o caráter do soberano, quanto à 
índole da nação. 
Investido de poderes discricionários, na idade da inexperiência e das paixões, Sua 
Majestade governa há quase meio século, e nunca fez uma vítima, nem teve um válido: neste 
fato reconhecerá a historia uma de suas maiores virtudes. (POLYANTHEA, 1892, p. 6). 
O abolicionista e historiador Joaquim Nabuco escreveu: “A missão da Monarquia no 
Brasil não tem exemplo na historia das dinastias. O primeiro Imperador criou a nacionalidade, 
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o segundo constituiu a nação, e sua filha uma curta regência, aproveitando o que ele mesmo 
havia iniciado, realizaram a abolição, fundando a igualdade social”. 
Um criou a Pátria, outro a Nação e a terceira pessoa dessa trindade nacional criou o 
Povo. De volta ao Brasil, ao pisar o solo livre da pátria, o Imperador está diante da 
posteridade. Ele pode ler na alegria de uma raça libertada e na gratidão de um povo social e 
moralmente unificado durante o seu reinado a grande quitação da historia. (POLYANTHEA, 
1892, p. 26-27). 
No Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1888 José do Patrocínio escreveu a Dom Pedro 
II: 
Um dia, como eu houvesse pedido a Victor Hugo algumas palavras em prol dos 
escravos, o imortal escreveu: 
“O Brasil tem um Imperador, e este diz mais que um soberano: é um Homem.” Meu 
espírito republicano refletiu e eu concordei com o gênio. 
O Imperador é de fato um Homem. Vi principalmente através da alma de sua augusta 
filha, a Princesa dos cativos, a Padroeira da liberdade nacional. 
Os reis educam princesas, o Imperador criou uma Mulher. Em vez de uma Imperatriz 
educou simplesmente uma Mãe, isto é, um coração que reparte e multiplica dia a dia carinho e 
bondade e repassa o ambiente pátrio de um suave perfume de virtude. 
Eu não lisonjeio o Soberano; congratulo-me com o Pai. (POLYANTHEA, 1892, p. 37 
e 38). 
E por fim o grande engenheiro, inventor e abolicionista André Rebouças escreveu em 
22 de agosto de 1888: “Gloria! Gloria eterna a todos os Bem-aventurado, que semeiam neste 
vale de lagrimas a justiça e a equidade, altruísmo e a caridade, a paz e a amizade, a liberdade, 
a igualdade e a fraternidade!” (POLYANTHEA, 1892, p. 54). 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
AMISTAD. Sinopse do Filme. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
16168/>. Acesso em: 10 Mar. 2021. 
BIGNOTTO, C.C. Monteiro Lobato e a infância na república velha. São Paulo: 
UNICAMP, 2005. 
CUNHA, Sílvio Humberto dos Passos. As Relações Econômicas Brasil – Angola (1975-
1988). Caderno CRH, Salvador, n. 36, p. 137-164, jan./jun. 2002. 
DICIONÁRIO. Significado de Azorrague. 2009. Dicionário da Língua Portuguesa. 
FEDERAL, Senado. A Abolição no Parlamento: 65 anos de lutas (1823 -1888). 2. ed. - 
Brasília: Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2012. 1 v. 1823 a 1883. 
FEDERAL, Senado. A Abolição no Parlamento: 65 anos de lutas (1823-1888). 2. ed. 
Brasília: Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2012. 2 v. 1884 a 1888. 
HOMEM, Joaquim de Salles Torres. Apontamentos para a história do movimento 
abolicionista na província do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS: Typ. da Reforma – 
Praça Senador Florêncio, 1888. 
MOSSÉ, Benjamin. Vida de Dom Pedro II Collecção grandes homens - São Paulo, SP: 
Edições Cultura Brasileira S/A, 1938. 
NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. São Paulo: Publifolha, 2000. (Grandes nomes do 
pensamento brasileiro da Folha de São Paulo). 
POLYANTHEA: album de autographos offerecido a Sua Magestade o Senhor Don Pedro 
II, Imperadõr do Brazil por occasião de seo regresso a patria em setembro de 1888 – 
Voiron: Typ. et Lithographie A. Mollaret, 1892. Disponível em: 
<http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/518765>. Acesso em: 30 Mar. 2021. 
	UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
	Introdução
	Fundamentação Teórica
	Processo da abolição
	Lei do Ventre Livre
	Lei dos sexagenários
	Histórico da Abolição
	Referências
	AMISTAD. Sinopse do Filme. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-16168/>. Acesso em: 10 Mar. 2021.
	BIGNOTTO, C.C. Monteiro Lobato e a infância na república velha. São Paulo: UNICAMP, 2005.
	CUNHA, Sílvio Humberto dos Passos. As Relações Econômicas Brasil – Angola (1975-1988). Caderno CRH, Salvador, n. 36, p. 137-164, jan./jun. 2002.
	DICIONÁRIO. Significado de Azorrague. 2009. Dicionário da Língua Portuguesa.
	FEDERAL, Senado. A Abolição no Parlamento: 65 anos de lutas (1823 -1888). 2. ed. - Brasília: Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2012. 1 v. 1823 a 1883.
	FEDERAL, Senado. A Abolição no Parlamento: 65 anos de lutas (1823-1888). 2. ed. Brasília: Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2012. 2 v. 1884 a 1888.
	POLYANTHEA: album de autographos offerecido a Sua Magestade o Senhor Don Pedro II, Imperadõr do Brazil por occasião de seo regresso a patria em setembro de 1888 – Voiron: Typ. et Lithographie A. Mollaret, 1892. Disponível em: <http://www2.senado.leg.b...

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