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Politica Nacional de Assistência Farmaceutica

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AULA 23/03/2020
POLITICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – PNAF
Por indicação e fundamentado nas propostas aprovadas na I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica realizada em 2003, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou em 2004, através da Resolução nº 338, a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), que a define como:
Um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. 
De acordo com a PNAF, a Assistência Farmacêutica deve ser entendida como política pública norteadora para a formulação de políticas setoriais, tendo como alguns dos seus eixos estratégicos, a manutenção, a qualificação dos serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde e a qualificação de recursos humanos, bem como a descentralização das ações.
Política pública norteadora para a formulação de políticas setoriais
a) as políticas de medicamentos;
b) de ciência e tecnologia;
c) de desenvolvimento industrial; e
d) de formação de recursos humanos.
Deve garantir a intersetorialidade inerente ao SUS e cuja implantação envolve tanto o setor público como privado de atenção à saúde;
As responsabilidades pelo financiamento, gestão, estruturação e organização de serviços, desenvolvimento e capacitação de recursos humanos é de competência dos gestores do SUS (União, estados e municípios).
A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os seguintes eixos estratégicos:
I - a garantia de acesso e equidade às ações de saúde, inclui, necessariamente, a Assistência Farmacêutica;
II - manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS;
III - qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de atenção;
IV - descentralização das ações, com definição das responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando a superação da fragmentação em programas desarticulados;
V - desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos humanos;
VI - modernização e ampliar a capacidade instalada e de produção dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, visando o suprimento do SUS e o cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos;
VII - utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da assistência farmacêutica;
VIII - pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e o desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços do SUS, nos diferentes níveis de atenção;
IX - implementação de forma intersetorial, e em particular, com o Ministério da Ciência e Tecnologia, de uma política pública de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam os interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS;
X -definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no País;
XI - construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade;
XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os medicamentos;
XIII - promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo.
As ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à Atenção Farmacêutica considerada como:
Modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica e compreendendo atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção das doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Essa interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde.
• A dispensação de medicamentos é uma prática especializada, de responsabilidade exclusiva do farmacêutico.
• O farmacêutico no momento da dispensação, assume em conjunto com o prescritor essa responsabilidade e por essa razão deve verificar se está livre de erros legais.
A dispensação inclui:
• o aconselhamento
• orientação sobre os itens da prescrição,
• como posologia
• Interações medicamentosas ...
• OBS: Não é suficiente considerar que se está oferecendo atenção integral à saúde quando a assistência farmacêutica é reduzida apenas à logística de medicamentos (adquirir, armazenar e distribuir).
É preciso agregar valor às ações e aos serviços de saúde, por meio do desenvolvimento da assistência farmacêutica. Para tanto, é necessário:
• Integrar a assistência farmacêutica ao sistema de saúde;
• Ter trabalhadores qualificados;
• Selecionar os medicamentos mais seguros, eficazes e custo-efetivos;
• Programar adequadamente as aquisições: adquirir a quantidade certa e no momento oportuno;
•Armazenar, distribuir e transportar adequadamente para garantir a manutenção da qualidade do produto farmacêutico;
•Gerenciar os estoques;
•Disponibilizar protocolos e diretrizes de tratamento, além de formulário terapêutico; observar prescrições racionais;
•Dispensar (ou seja, entregar o medicamento ao usuário com orientação sobre seu uso);
•Monitorar o surgimento de reações adversas, entre tantas outras ações.
As ações da assistência farmacêutica - Ciclo da Assistência Farmacêutica
FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Financiamento das três instâncias gestoras do SUS:
• Federal
• Estadual
• Municipal
Pactuada nas Comissões Intergestores:
• Tripartite 
• Bipartite
O bloco de financiamento para a Assistência Farmacêutica é constituído por três componentes:
• I. Componente básico da assistência farmacêutica
• II. Componente estratégico da assistência farmacêutica
• III. Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional – CMDE, que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
I - COMPONENTE BÁSICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Destina-se à aquisição de medicamentos e insumos da assistência farmacêutica no âmbito da atenção básica em saúde e àqueles relacionados a agravos e programas de saúde específicos, no âmbito da atenção básica. Financiamento tripartite.
Os valores, de responsabilidade das três esferas de gestão, a serem aplicados na aquisição de medicamentos, definido no art. 3º Portaria GM/MS 1.555/2013, de 31 de julho são no mínimo de:
• I – União: R$ 5,10 por habitante/ano
• II – Estados e Distrito Federal: R$ 2,36por habitante/ano
• III – Municípios: R$ 2,36 por habitante/ano
A aplicação do recurso:
• Aquisição de medicamentos da RENAME
• Elenco de medicamentos de referência estadual, municipal
• Medicamentos Fitoterápicos e Homeopáticos (Portaria GM 2.982/2009)
• Desde 2008, os estados, Distrito Federal e municípios têm a responsabilidade no financiamento de insumos complementares para pacientes insulinodependentes
• A inserção da estruturação e da qualificação das ações de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica:
• 15% dos recursos anuais
• Deverão constar nos instrumentos de planejamento do SUS: o Plano de Saúde, a Programação Anual e o Relatório Anual de Gestão – RAG
II - COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• Previsto no artigo 26 da Portaria nº 204 de 2007, que explicita o seguinte:
• “Art. 26. O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica destina-se ao financiamento para custeio de ações de assistência farmacêutica nos seguintes programas de saúde estratégicos:
• I - Controle de endemias, tais como a Tuberculose, Hanseníase, Malária, Leishmaniose, Chagas e outras doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional;
• II – Anti-retrovirais do programa DST/AIDS;
• III - Sangue e Hemoderivados; e
• IV - Imunobiológicos” (BRASIL, 2007a)
• V – Medicamentos e Insumos para o combate ao Tabagismo e para
Alimentação e Nutrição.(parágrafo 2o. do artigo 1o. da Portaria
GM/MS 2.982/2009).
• Financiamento por parte da União / OMS
• PORTARIA No 1.554, DE 30 DE JULHO DE 2013
• Art. 2o: “O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica é uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS, caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde”
• Divididos em três grupos conforme características, responsabilidades e formas de organização distintas (grupos I, II e III).
COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA
Farmacêutica
• Grupo 1 – Medicamentos sob responsabilidade da União foi constituído sob os seguintes critérios:
• I - maior complexidade do tratamento da doença;
• II - refratariedade ou intolerância a primeira e/ou a segunda linha de tratamento;
• III - medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica; e
• IV - medicamentos incluídos em ações de desenvolvimento produtivo no complexo industrial da saúde.
GRUPO 1: CEAF
o1A
◇Financiamento: União (Compra centralizada)
◇Distribuição / Dispensação: Estados e Distrito Federal
o1B
o Financiamento: União (Transferência de recursos)
o Distribuição / Dispensação: Estados e Distrito Federal
• Grupo 2 – Medicamentos sob responsabilidade do Estado foi constituído sob os seguintes critérios:
• I - menor complexidade da doença a ser tratada ambulatoriamente em relação aos elencados no Grupo 1;
• II - refratariedade ou intolerância a primeira linha de tratamento.
• Grupo 3 – Medicamentos sob responsabilidade dos Municípios e Distrito Federal:
• I - fármacos constantes na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais vigente e indicados pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, publicados na versão final pelo Ministério da Saúde, como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenças contempladas neste Componente.
• Não está previsto nas normas de Assistência Farmacêutica do SUS a forma de financiamento para os medicamentos da “Média Complexidade/custo”, que não se encontram padronizada pelos três entes federados.
• Para o atendimento à prescrição desses medicamentos, o usuário pode acionar o Município, Estado ou União, mas não podem ser classificados como contrapartida da
Assistência Farmacêutica Básica.
Observações
• Um dos resultados de todos os impasses, embutidos na questão da incorporação de tecnologias no SUS, é a busca da Justiça para solucionar o acesso a tratamentos – a Judicialização da saúde.
• Muitas vezes por falta de conhecimento da Política os usuários vão para a justiça na busca de tratamento medicamentoso.
• É importante lembrar que a incorporação de novas tecnologias, principalmente do medicamento, passa pelos interesses do setor industrial farmacêutico.

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