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Atividade Prática Supervisionada Turbocompressor Discentes: Victor Hugo Marchiori RA- N265CB-4 Docente: Profº. André Luiz A Bosso EM7P28 Período Noturno Universidade Paulista - JK São José Do Rio Preto 10 de maio de 2021 Campus São José do Rio Preto - JK ICET – Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas RESUMO O presente trabalho tem como proposta e intuito apresentar o seguinte item: Turbocompressores. Turbocompressor, ou turbo, serve para oferecer mais potência sem ter que aumentar o tamanho do motor. Como o rendimento está diretamente relacionado com a massa de ar que o motor consegue aspirar por ciclo de admissão, o turbo tem a missão de comprimir o ar antes de ele ser admitido. Resultando: mais massa de ar na câmara de combustão, mais potência. O turbo utiliza os gases de escape, fazendo com que eles girem uma turbina a até 150.000 rpm. Ela é ligada a outra turbina que bombeia o ar fresco para dentro do motor. Ao ser comprimido, o ar se aquece. Isso faz ele ocupar mais espaço do que deveria. Ele também pode fazer o combustível entrar em combustão antes do tempo, causando a famosa "batida de pino". Por isso o turbocompressor é quase sempre associado ao Inter cooler. Ele é uma peça que se parece com um radiador e que refrigera o ar admitido no motor. Além de manter a mistura na temperatura certa, isso permite colocar mais ar para dentro dos cilindros. Palavras-chave: Turbocompressor. SUMÁRIO 1 - Introdução..............................................................................................................4 1.1 Principais Componentes.........................................................................................8 1.1.2 Tipos e Aplicações ..............................................................................................9 2 - Objetivos..............................................................................................................13 3 - Concepção adotada para o Turbocompressor Construído.............................15 4 - Fundamentos Teoricos.......................................................................................15 4.1 1ª Lei da Termodinâmica Aplicada a Turbocompressores.....................................15 4.2 Tipos de Perdas Existentes nos Turbocompressores........................................... 20 5 - Metodologia do Projeto e Fabricação.................................................................21 5.1 Peças, Componentes e Recursos de Fabricação Disponíveis..............................21 5.2 Critérios de dimensionamento e Memorial de Cálculo Resumido.........................22 5.3 Descrição do Processo de Fabricação .................................................................22 5.4 Valores Medidos e Calculados..............................................................................24 6 - Conclusões ..........................................................................................................26 6.1 Dificuldades e Facilidades encontradas no desenvolvimento do trabalho.............28 6.2 Comparação qualitativa em Relação aos Demais Turbocompressores Desenvolvidos............................................................................................................28 7 Referências Bibliográficas....................................................................................30 4 1 INTRODUÇÃO Hoje em dia, fala-se muito em convergência digital de mídias e, de fato, os avanços tecnológicos na área de telecomunicações e microeletrônica portátil têm proporcionado saltos quânticos na popularização e na produção em escala dos produtos advindos dessa revolução digital, inclusive no Brasil. Os complexos sistemas de engenharia, também necessitam de uma convergência digital de soluções para atingir novos patamares tecnológicos, já que muito tem sido desenvolvido cientificamente e rapidamente absorvido pela indústria, porém de forma fragmentada e isolada. A integração de sistemas, bancos de dados em tempo real, interfaceamento de aplicativos, modularidade, enfim, a comunicação e o compartilhamento de dados e informações associados a sistemas inteligentes híbridos que manipulem o conhecimento gerado é a chave para o desenvolvimento de produtos e sistemas mais seguros Para que um motor ganhe mais potência onde não necessário o aumento da litragem é usado um turbo compressor. Acoplado ao tudo de escape do motor, os gases resultantes da queima giram a turbina a até 150.000 RPM (rotações por minuto), que por sua vez gira o eixo ligado a outra turbina, comprimindo o ar e assim introduzindo mais oxigênio na câmara de combustão, gerando assim mais potência. Eficientes e autogerenciáveis. Diante de um cenário competitivo de abertura econômica e atração de investimentos, principalmente em áreas estratégicas como a geração e transmissão de energia, transporte e telecomunicações, é fundamental a busca por equipamentos críticos com essas qualidades, pois com o aumento dos riscos e incertezas regulatórias devido às mudanças de políticas governamentais e ambientais, é necessário um planejamento e controle de custos de Operação e Manutenção (O&M) Esse tradicional programa de manutenção possui uma das políticas de gestão e análise da manutenção preventiva mais sistemáticas e focadas na função dos equipamentos técnicos e nas consequências de suas falhas funcionais do ponto de vista operacional, tendo a segurança como prioridade, porém buscando otimizar os custos das tarefas de manutenção. Uma das principais heranças de um programa de MCC efetivo e maduro é o aumento do nível de conhecimento do pessoal de O&M sobre os equipamentos críticos de uma planta industrial ou frota de aeronaves baseados em turbinas a gás. conhecimento explícito e em 5 parte implícito apresenta um potencial enorme para ser agregado a tecnologias capazes de manipular e gerar conhecimento, como a Manutenção Baseada na Condição (MBC) que trata essencialmente do diagnóstico e/ou do prognóstico de falhas e os sistemas baseados em conhecimento que aplicam técnicas de Inteligência Artificial (IA) capazes de manipular conhecimento e gerar análises complexas similares às de especialistas humanos. O alto índice de disponibilidade das turbo máquinas é comprovado pelos longos períodos de operação sem que haja a necessidade de paradas para a substituição e/ou reparo de peças e componentes internos. A sua concepção relativamente simples trouxe como consequência a alta confiabilidade e a elevada relação potência/dimensões; essas que são algumas das características fundamentais responsáveis pela popularização do uso das turbo máquinas, primeiro na aviação e, mais tarde, na geração de energia e no transporte de grandes volumes de fluidos. Por conseguinte, falhas catastróficas são bastante raras nesse tipo de equipamento, devido, sobretudo, à grande quantidade de instrumentos e dispositivos de proteção e intertravamento, que permitem o monitoramento da condição e o desarme automático da máquina antes do comprometimento físico dos seus componentes, e também devido às características de degradação física lentas e dependentes praticamente apenas da qualidade dos fluidos veiculados e do controle das condições de operação do processo. Contudo, em função principalmente do elevado consumo de combustível é uma necessidade premente avaliar a eficiência global desses equipamentos, pois sua deterioração excessiva pode significar grandes prejuízos financeiros para uma planta industrial, além de lançar maiores quantidades de resíduos poluentes na atmosfera. A forma de manutenção mais utilizada para evitar a ocorrência de falhas e a redução da eficiência térmica de turbo máquinas é a manutenção/revisãogeral, efetuada após o desligamento completo da máquina, onde se executa a limpeza geral das partes internas, repara-se e/ou substitui-se componentes eventualmente danificados e realizam- se inspeções dimensionais e ajustes das partes móveis da turbo máquina. A frequência dessa rotina varia significativamente conforme as características de operação de cada turbo máquina, sendo na maioria das vezes baseada na experiência do pessoal de O&M, utilizando-se um intervalo de tempo predeterminado, obtido normalmente de recomendações do fabricante e refinado 6 de forma empírica. Esse rigorosos para manter-se vivo com lucratividade nesses mercados que demandam grandes investimentos iniciais em equipamentos complexos. Nesse contexto, as turbos máquinas desempenham um papel central ou fundamental na operacionalização de sistemas de geração de energia e no transporte de fluidos nas indústrias química e petroquímica, assim como na aviação comercial e militar. Os avanços tecnológicos da aviação sempre trouxeram lições importantes para a engenharia como um todo, mas influenciaram de forma decisiva no desenvolvimento das turbos máquinas e da Manutenção Centrada na Confiabilidade (MCC). O ar ao ser comprimido se aquece, ocupando mais espaço do que deveria podendo causar efeitos indesejados, tais como a combustão antes do tempo. Para sanar o problema a turbina está ligada ao Inter Cooler, que refrigera o ar comprimido, deixando em temperatura certa para o trabalho dos cilindros. Revisando a literatura referente a motores a combustão para automóveis nacionais, pouco foi encontrado, devido aos parcos estudos acadêmicos nesta área de conhecimento assim como à falta de iniciativa de membros da indústria para compartilhar conhecimento prático. Este trabalho tem dentre seus objetivos a disseminação do conhecimento sobre motores a combustão interna. A indústria nacional de automóveis vem enfrentando grande pressão dos consumidores por veículos a preços de venda menores, fazendo com que a diversidade de motorização dos automóveis diminua. Se os preços ao consumidor final são otimizados com esta medida, alguns nichos de mercado, como o de automóveis esportivos acaba sendo relegado a segundo plano. O objetivo primário deste estudo é analisar o processo e resultado da alteração de potência em um automóvel nacional, através da instalação de um turbocompressor. No presente momento este estudo será importante para um nicho de mercado, mas no futuro com a pressão por maior economia de combustível e diminuição de emissões os fabricantes de automóveis estarão mais inclinados à utilização de turbocompressores em seus projetos, devido à inerente vantagem deste sistema ao regenerar parte da energia térmica e cinética que seria desperdiçada nos gases de escape. Logo na admissão do ar atmosférico já existem diferenças entre os motores. Em um motor originalmente aspirado, que passaremos a chamar somente de aspirado, o ar é admitido no 7 motor pela depressão gerada pelo movimento descendente do pistão (em ciclo de admissão). O mesmo acontece com os motores turbo (originalmente turboalimentados) e turbinados (motores naturalmente aspirados onde foi instalado um turbocompressor) quando o compressor do turbocompressor não tem rotação suficiente para gerar pressão positiva no coletor (pressão positiva é quando a pressão no coletor de admissão é maior que a atmosférica). Logo nestes regimes o motor turbinado trabalha exatamente como um aspirado com as desvantagens que em um motor turbo ou turbinado a taxa de compressão é baixa, gerando um baixo aproveitamento térmico do combustível neste regime. Quando a turbina passa a ter fluxo de gases de escape suficientes para gerar pressão positiva no coletor, é que aparece a vantagem dos motores turboalimentados. No motor turbo existe um pico de pressão e depois a curva de pressão cai com o aumento de rotação através de um controle eletropneumático comandado pela ECU, de forma a minimizar os esforços no motor e garantir uma durabilidade longa. No motor turbinado o controle da pressão no coletor é mecânico através da válvula de alívio. Com isto após se atingir a pressão regulada, a válvula mantém uma pressão constante no motor conforme a rotação cresce. Em motores turbinados é usual a utilização de turbina maior, de modo a adiar a pegada do compressor e diminuir a backpressure, para diminuir os esforços no motor. No compressor a compressão do ar gera um aumento na temperatura deste que é desfavorável para o motor. O uso do álcool que absorve uma quantidade energia do ar considerável quando se vaporiza é uma vantagem quando em regimes de carga plena já que abaixa a temperatura do ar admitido. Porém isto é um problema quando o motor se encontra frio, pois o combustível não irá se vaporizar, e a mistura não será homogenia, gerando uma combustão incompleta e sintomas de falta de combustível, mesmo quando a mistura estiver rica. Aconselha-se o uso de coletor com aquecimento para aperfeiçoar o desempenho do veículo a álcool, principalmente quando sistemas de realimentação não estão presentes, como em motores carburados. Para evitar problemas na partida a frio do motor, é necessário 20 instalar o sistema de partida a frio. Lembre que o ponto de fulgor do etanol combustível é de 13ºC. O ar ao sair comprimido e quente do compressor ruma para o Inter cooler, conforme fig. 02, quando este existe, onde sofre um resfriamento antes de entrar 8 no motor, garantindo uma maior confiabilidade no motor, e alguma potência a mais, pois o ar resfria e fica mais denso. Figura 1 Sistema Turbo Compressor 1.1 Componentes Principais O turbocompressor consiste em um par de rotores radiais, ligados entre si por um eixo, assim um dos lados funciona como uma turbina, girando o eixo, assim transformando o outro lado em um compressor. Alguns componentes também estão presentes, são eles, a válvula de alívio e válvula de prioridade. A válvula de alívio, está localizada no coletor do escapamento, tendo como função regular o fluxo de gases que entram na turbina, controlando assim o seu giro (RPM). A válvula de prioridade, está localizado nas mangueiras de admissão do turbo ou ate mesmo no coletor de admissão, ela controla a pressão de ar no coletor de admissão, quando o motor não está gerando trabalho, quando o motorista tira o pé do acelerador, por exemplo, a pressão no coletor aumenta, pois, a turbina o Inter cooler, se este existir, o ar passa pelo corpo de borboleta, conforme fig. 01, rumando para o coletor de admissão. Quando o motor encontra-se pressurizado e a borboleta se fecha, a válvula de prioridade alivia a pressão que tenderia a crescer com a inércia do compressor e poderia danificar a tubulação, 9 a borboleta e até romper o eixo do turbocompressor, gerando prejuízos. Portanto não se aconselha rodar sem válvula de prioridade. Após passar pelo coletor de admissão onde o ar é pulverizado com o combustível pelos bicos injetores, a mistura ar-combustível passa pelas válvulas de admissão e entra na câmara de combustão, onde o trajeto azul dos gases não queimados se Figura 2 Válvula de Alivio ainda continua girando, ao detectar o aumento da pressão a válvula de prioridade se abre, normalizando assim a pressão, liberando parte do ar para a atmosfera. 1.2 Tipos e aplicações Atualmente temos turbocompressores mecânicos e elétricos, seu uso se justifica por proporcionar uma melhor eficiência aos motores de combustão interna. A demanda de veículos na sociedade atual busca cada vez mais motores pequenos, que possam ter rendimento máximo, emitindo menos poluentes. Ao se juntar isso com a economia de combustível, é possível encontrar um grande mercado para a utilização de turbocompressores. Utilizando esse componente, é possível fazer com que motoresmenores alcancem potências maiores, podendo diminuir o tamanho dos carros. É possível ainda diminuir o consumo de 10 combustível e, consequentemente, a quantidade de poluentes lançados no ambiente. A eficiência de motores de combustão interna do ciclo Otto é relativamente baixa, e por isso um turbocompressor se torna um grande aliado na busca por melhores resultados. Esse equipamento redireciona gases de escape, a princípio não utilizados, para as pás de uma turbina, responsável por girar um compressor, que comprime o ar que entra nos cilindros do motor, garantindo uma maior pressão e assim um motor mais eficiente. Atualmente, a indústria automotiva, através da utilização de turbocompressores, foi capaz fazer com que motores menores desenvolvessem potências próximas ou até maiores do que motores com maior cilindrada. Vários são os modelos de automóveis que possuem motor adequado com turbo. Esses motores são o que de mais moderno pode se encontrar no mercado, e são capazes de proporcionar grandes economias e resultados no uso urbano ou em competições. Pode-se citar, por exemplo, o motor do Up! TSI, carro da Volkswagen que utiliza o sistema de turbocompressor para fornecer melhores resultados em um carro 1.0. Muitas pessoas, na busca por um carro mais econômico e mais potente, instalam turbocompressores em seus automóveis particulares. Com isso, surgem muitos kits de turbos à venda em diversos meios. Ao utilizar-se um turbocompressor, deve-se saber o deslocamento do motor, assim como a potência que se deseja atingir. A realidade do dimensionamento desse equipamento envolve diversos parâmetros, o que pode transformar a sua utilização de gratificante para um grande tormento. Um turbo menor poderá não dar nenhuma potência extra, enquanto um muito grande poderá causar exageros capazes de prejudicar o automóvel. Nos carros de rua e pista são usados geralmente turbos mecânicos, com uma variedade de produtos no mercado, atendendo diversos tipos de gosto e necessidade. Geralmente são usados com coletores monofluxo e pulsativos: Monofluxo, todos os cilindros estão conectados no mesmo coletor de escape, é ineficiente, os gases de um cilindro acabam entrando na tubulação de outro cilindro no coletor, perdendo volume até chegar à turbina, o carro demora para ‘encher e turbina’ causando o turboleg, fazendo com que o motor seja mais fraco 11 Figura 3 Coletor em baixas rotações, mais ainda são muito usados em carros de arrancada, por exemplo, pois os motores são sempre em altas rotações. Pulsativo, a carcaça quente da turbina do turbocompressor é dividida, assim podendo dividir os cilindros no tubo de escape, por exemplo, em um motor quatro cilindros, os cilindros 1 e 4 saindo por um coletor e o 2 e 3 por outro, gerando assim pulsos no sistema de escape, como o tudo de escape está dividido, logo está menor, aumentando a velocidade dos gases, resultando assim em pressão positiva mais rápido, fazendo com que o motor ‘acorde’ mais cedo. Sistema usado pela BMW com o nome de twin scroll. 12 Com o aumento dos combustíveis nos postos, as montadoras estão optando por motores menores, chamado de Downsizing, onde motores de 8 cilindros vêm sendo substituídos por 6 e consequentemente por 4 cilindros, no Brasil alguns Figura 4 Motor carros estão com motores 3 cilindros, com tamanho de 1000cc, com o Volkswagen UP, mais não deixando de lado a eficiência e potência, para que isso seja possível, é necessário a utilização de turbocompressores, trazendo torque em baixas rotações e potência, gerando mais velocidade final e gastando menos combustível. A tecnologia mais recente de sobre alimentação é o uso de turbinas com acionamento elétrico. Elas não dependem dos gases de escapamento para Figura 5 Compressor elétrico está disponível. O sistema pode ser usado em conjunto a turbinas convencionais, como no Audi SQ7 a diesel http://jornaldocarro.estadao.com.br/marcas/audi 13 2 OBJETIVO Pesquisa de um protótipo de turbocompressor, com base na indústria automotiva, buscando assim ter o maior rendimento possível com os materiais utilizados para a construção dele. A demanda de veículos na sociedade atual busca cada vez mais motores pequenos, que possam ter rendimento máximo, emitindo menos poluentes. Ao se juntar isso com a economia de combustível, é possível encontrar um grande mercado para a utilização de turbocompressores. Utilizando esse componente, é possível fazer com que motores menores alcancem potências maiores, podendo diminuir o tamanho dos carros. É possível ainda diminuir o consumo de combustível e, consequentemente, a quantidade de poluentes lançados no ambiente. A eficiência de motores de combustão interna do ciclo Otto é relativamente baixa, e por isso um turbocompressor se torna um grande aliado na busca por melhores resultados. Esse equipamento redireciona gases de escape, a princípio não utilizados, para as pás de uma turbina, responsável por girar um compressor, que comprime o ar que entra nos cilindros do motor, garantindo uma maior pressão e assim um motor mais eficiente. Atualmente, a indústria automotiva, através da utilização de turbocompressores, foi capaz fazer com que motores menores desenvolvessem potências próximas ou até maiores do que motores com maior cilindrada. Vários são os modelos de automóveis que possuem motor adequado com turbo. Esses motores são o que de mais moderno pode se encontrar no mercado, e são capazes de proporcionar grandes economias e resultados no uso urbano ou em competições. Pode-se citar, por exemplo, o motor do Up! TSI, carro da Volkswagen que utiliza o sistema de turbocompressor para fornecer melhores resultados em um carro 1.0. Muitas pessoas, na busca por um carro mais econômico e mais potente, instalam turbocompressores em seus automóveis particulares. Com isso, surgem muitos kits de turbos à venda em diversos meios. Ao utilizar-se um turbocompressor, deve-se saber o deslocamento do motor, assim como a potência que se deseja atingir. A realidade do dimensionamento desse equipamento envolve diversos parâmetros, o que pode transformar a sua utilização de gratificante para um grande tormento. Um turbo menor poderá não dar nenhuma potência extra, 14 enquanto um muito grande poderá causar exageros capazes de prejudicar o automóvel. O objetivo deste trabalho é demonstrar como a técnica de sistema especialista pode ser empregada na implementação de diagnósticos de falhas automatizados para turbo máquinas com o intuito de auxiliar equipes de operação e manutenção. Por meio do monitoramento da performance aero/termodinâmica, esse tipo de sistema visa permitir a redução dos custos de operação e manutenção desses equipamentos com uma maior precisão na identificação de causas de perdas de eficiência para a especificação e planejamento de tarefas de manutenção. 15 3 CONCEPÇÃO ADOTADA PARA O TURBOCOMPRESSOR CONTRUÍDO Pelo modo de construção mais simples o turbo adotado é o monofluxo, onde a turbina é acionada pela passagem dos gases do escape, de modo que em baixas rotações a eficiência do turbocompressor será baixa, visto que não será gerado pressão no lado do rotor de compressão. À medida que o motor sobe a rotação, o fluxo de gás no escape aumenta, assim aumentando a rotação da turbina, a turbina por sua vez transfere o torque pelo eixo para o rotor de compressão, comprimindo o ar e consequentemente alimentando a admissão com mais oxigênio, assim quanto mais oxigênio na mistura Ar x Combustível mais eficiente a queima e obtém-se mais potência. 4 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 - 1ª Lei da termodinâmica aplicada a turbocompressores Como qualquer outra ciência, a termodinâmica não nasceuatemporal. Suas raízes mais profundas são encontradas em trabalhos de Euler (1753), Black (1757), Lambert (1779) e Lavoisier (1784). No começo do século dezenove tem- se Biot (1804), Fourier (1808/22) e Laplace (1816/22). Entretanto o trabalho de Carnot1 , em 1824, pode ser considerado o marco inicial da termodinâmica. A partir de então a teoria recebeu várias (e em alguns casos erráticas2 ) contribuições, sendo modificada entre 1850 e 1854 através da fundamental substituição da teoria calórica pelo conceito de que calor e trabalho são uniforme e universalmente interconversíveis, conforme experimentalmente demonstrado por Joule em 1847. Costumase denominar termodinâmica clássica à teoria que Clausius, Kelvin e Rankine edificaram entre 1850 e 1854, acrescida de trabalhos publicados posteriormente, especialmente por Clausius em 1862 (sua famosa desigualdade). A teoria chamada clássica, portanto, é temporal e antecede à tendência estática, que se inicia imediatamente após. O tratado publicado por Gibbs3 em 1901 consolidou o já pré-existente enfoque estático, através dos lógicos conceitos estatísticos inicialmente desenvolvidos por Maxwell (publicados entre 1860 e 1879) e por Boltzman (publicados entre 1868 e 1896). A termodinâmica foi assim modernizada, adquirindo um novo brilho ao ser 16 relacionada ao mundo microscópico que começava a atrair toda a atenção científica no começo do século vinte. Porém, entre outros, desde a sua defesa de tese de doutorado junto à universidade de Munique, em 1879, Planck não aceitou a ideia de que para ser matematicamente exata a termodinâmica devesse limitar-se a sua parte estática. Autor, desde 1891, de um dos mais famosos tratados sobre termodinâmica4 , até sua morte, em 1947, Planck manteve sua convicção5 . Deve-se ressaltar que, ao contrário de outros que também optaram pelo enfoque estático (por exemplo, mais de duas décadas antes Kirchhoff e o próprio Gibbs, embora sem utilizar estatística, já defendiam tal ponto de vista), Gibbs foi quem conseguiu consolidá-lo não apenas por causa da atualização que a inclusão do comportamento das partículas trouxe à termodinâmica, mas principalmente porque ele foi um dos poucos a aplicar total rigor matemático ao estudo da termodinâmica (oito anos após, sem usar nem estatística nem ciclos de Carnot, mas sim a teoria para equações diferenciais de Pfaf, outra defesa da tendência estática, matematicamente bem fundamentada, foi publicada por Carathéodory6 ). Talvez por causa desta razão histórica, atualmente tende-se a usar lógica matemática rigorosa somente no tratamento estatístico da termodinâmica. Em consequência, muitos químicos consideram que este tratamento seja o único realmente seguro. Entretanto, já foi elaborada uma teoria que, embora sendo completamente independente de valores estatisticamente esperados para sua exata compreensão lógica7-12, mantém coerência com as teorias estatísticas que se mostram capazes de produzir valores esperados concordantes com aqueles da mecânica dos meios contínuos13,14 (evidentemente a parte estática desta teoria mantém concordância com a termodinâmica estatística gibbsiana). Ela é a temporal termodinâmica dos meios contínuos, ativa área de pesquisas12,14 que faz a inatural separação entre termodinâmica e cinética química de imediato desaparecer, o que permite uma visão unificada e muito mais abrangente dos processos químicos. Em especial, ressalte-se que a primeira lei é, de acordo com a termodinâmica dos meios contínuos, considerada um balanceamento de energia que, junto com as equações para balanceamento de massa e de momentos angular e linear, formam o coração da mecânica clássica, uma ciência temporal. Essa afirmação não corresponde apenas a uma razoável suposição conceitual. Na verdade, foi matematicamente demonstrado que os conceitos 17 clássicos de espaço e tempo implicam em que a energia total de qualquer meio contínuo separa-se numa parte interna e outra cinética, o que produz como conseqüência a primeira lei15 . Pretende-se neste trabalho apresentar aspectos inerentes à interpretação da definição matemática de energia interna, criticar apresentações da primeira lei freqüentemente encontradas e sugerir a alternativa oferecida pela termodinâmica dos meios contínuos. Sua intenção é colaborar na importante tarefa de aumentar a abrangência da termodinâmica, sem recorrer a métodos estatísticos. O mesmo poderia ser feito em relação a segunda lei e, também, a todo embasamento da termodinâmica química, sem mudar absolutamente em nada as já bem estabelecidas e úteis aplicações práticas desta última, pelo contrário, potencialmente ampliando-as. DIFERENCIAIS E INTERVALOS FINITOS Em livros didáticos usuais, geralmente encontra-se a definição matemática da variação da energia interna de um sistema fechado, DU = Q + W (1) Esta equação limita-se a mostrar que a soma do calor com o trabalho trocados entre o sistema e seu exterior, durante um processo que ocorra entre estados de equilíbrio termodinâmico 564 Moreira & Bassi Quim. Nova terminais, é igual à diferença entre as energias internas respectivamente associadas a estes dois estados, não fornecendo nenhuma informação, ou restrição, quanto aos estados intermediários que constituem o processo, logo sendo aplicável tanto para processos reversíveis como irreversíveis (independentemente dos significados que cada autor dê a estes adjetivos). Deve-se, entretanto, deixar claro que a energia cinética do sistema, tomado como corpo rígido, foi previamente subtraída do trabalho total. Porém, é muitíssimo comum que, mantendo sua validade tanto para processos reversíveis como irreversíveis, a equação (1) seja indevidamente extrapolada para dU = dQ + dW (2) Suponha-se Y = y(X) uma função diferençável, com derivada ( ) dX dY Y'= y' X = , logo dY = y’(X)dX. Lembre-se que Y’ é o valor, bem determinado, da razão entre dois zeros, porque dX dY Y'= limDX®0 . Lembre-se, também, que por definição um diferencial é livre para assumir qualquer valor real, mas somente valores reais (portanto ±¥ estão excluídos e zero está incluído), desde que tal real guarde, com o valor de pelo menos um outro diferencial, relação bem definida através de uma ou mais funções derivadas. Ao se isolar dY não foi gerada incoerência matemática, pois os dois lados da equação foram multiplicados por dX, o que mantém a integridade da relação. Por outro lado, a 18 multiplicação dos dois lados da equação pelo inverso de dX, ou de dY, não poderia ser efetuada, porque dX e dY assumem, obrigatoriamente, também o valor zero e o inverso de zero diverge. Entretanto, se o valor zero pudesse ser proibido para dX e dY, como de fato pode para DX e DY, tanto a multiplicação quanto a divisão por dX ou dY poderiam manter a integridade da relação. Por razões análogas, a igualdade (1) absolutamente não implica na (2), somente podendo ter significado matemático esta última se forem conhecidas, através das correspondentes funções derivadas, as definições dos três diferenciais envolvidos. Estendendo a linha de raciocínio até aqui tomada conclui-se que, se A = a(X, Z), B = b(X, Z) e se existir a equação diferencial dY =AdX + BdZ, então ou X = x(W), Y = y(W) e Z = z(W) existem e são diferenciáveis, ou Y = y(X, Z) existe e é diferenciável, ou ambas as condições são satisfeitas (nos dois últimos casos, a equação diferencial é denominada exata, sendo portanto inexata quando apenas a primeira condição ocorrer). Logo, se na equação (2) tivermos dQ = TdS, = å = F Y J dW j 1 jd j , T = t(S,Y1,...,YJ ), F j = fj (S,Y1,...,YJ ) para j = 1,..., J e U = (S,Y1,...,YJ ) diferenciável, ela será uma equação diferencial exata, independentemente da denominação ou significado físico das variáveis e funções recém-propostas. Entretanto, se a equação (2) não for exata, ela não poderá ser postulada a menos que,conjuntamente, seus três diferenciais sejam definidos em termos de W. Note-se entretanto que: (a) a equação (2) costuma ser proposta antes de qualquer discussão sobre a segunda lei e (b) se a única alteração na forma da apresentação fosse a reversão da ordem em que as duas leis são tradicionalmente propostas (persistindo, portanto, a omissão da definição dos diferenciais), a condição dQ = TdS seria necessária para a validade da equação (2). Surge então, a interpretação de que dU é um diferencial exato mas dW e dQ não são (sendo por causa disto em alguns livros16,17,18, mas não em todos os que adotam essa opinião19,20, até anotados através da substituição do símbolo “d” por grafias que variam de um para outro texto), ou a suposição de que dW e dQ são intervalos finitos enquanto que dU é um diferencial (neste caso omite-se o símbolo “d” salvo antes da letra U 21,22). De fato, equações diferenciais exatas e inexatas realmente existem conforme já afirmado, mas exclusivamente para o uso da visão estática da termodinâmica clássica criaram-se diferenciais exatos e inexatos10, 23 e até desencontradas representações gráficas para estes últimos. Entretanto, mesmo que se deseje 19 criar essa distinção, isto absolutamente não evita a exigência de que os diferenciais da equação inexata sejam definidos, sem o que ela perde seu significado matemático. Sob este aspecto tal criação é, portanto, completamente inócua. Por outro lado, a subtração de dois valores finitos positivos e bem determinados sempre produz um real bem definido (que evidentemente só será zero se os dois valores forem iguais), nunca um diferencial (que, conforme já lembrado, corresponde a um real indeterminado, o qual mantém uma relação bem definida com pelo menos outro real indeterminado). Os livros didáticos sobre termodinâmica geralmente não apenas são, sob o aspecto matemático, profundamente diferentes daqueles de eletromagnetismo, mecânica, hidrodinâmica ou elasticidade por exemplo, como também da termodinâmica gibbsiana, tanto na sua parte estatística quanto naquela não estatística, esta última previamente publicada, durante décadas, com a mesma exatidão matemática característica de Gibbs. O contraste torna-se ainda mais intenso naqueles livros que, de acordo com a tendência talvez predominante entre químicos dedicados às áreas de mecânica quântica, espectroscopia ou termodinâmica estatística, enfocam a físico-química a partir da visão microscópica, para daí explicar o mundo macroscópico. Estes últimos textos 17,18 usam um linguajar necessariamente simplificado mas exato em suas respectivas partes iniciais, mas capitulam ao chegar, já na metade do livro ou após isso, à visão estática da termodinâmica clássica. Fato semelhante ocorre também em textos de mecânica de meios contínuos ou de ciência dos materiais destinados a físicos ou engenheiros, onde nos capítulos iniciais usam-se campos tensoriais, jacobianos etc., mas no capítulo de termodinâmica todo este arsenal é desprezado, optando-se por uma pseudo-matemática reservada exclusivamente para este capítulo. Na Primeira Lei da Termodinâmica, usamos conceitos como energia interna, calor e trabalho, que são pertinentes ao âmbito das máquinas térmicas (aplicações tecnológicas de fundamental importância para a Termodinâmica). Imagine uma máquina movida a vapor, quando o fluido de trabalho dessa máquina (o vapor d'água) recebe calor de uma fonte externa, duas conversões de energia são possíveis: o vapor pode ter a sua temperatura acrescida em 20 alguns graus ou, ainda, pode expandir-se e mover os pistões dessa máquina, realizando, assim, certa quantidade de trabalho. "A variação da energia interna de um sistema termodinâmico corresponde à diferença entre a quantidade de calor por ele absorvida e a quantidade de trabalho que esse sistema realiza." Precisamos nos atentar para algumas regras de sinais: • ΔU – será positivo, se a temperatura do sistema aumentar; • ΔU – será negativo, se a temperatura do sistema diminuir; • Q – será positivo, se o sistema absorver calor do meio externo; • Q – será negativo, se o sistema ceder calor ao meio externo; • τ – será positivo, se o sistema se expandir, realizando trabalho sobre o meio externo; • τ – será negativo, se o sistema se contrair, recebendo trabalho do meio externo. Taxa de energia do escoamento Wa = HP *A/F*BSFC/60 4.2 - Tipos de perdas existentes nos turbocompressores A principal perda se da por conta do atrito das peças no interior do turbocompressor, superfície interna com rugosidades e estriados, causando assim turbulência no interior da turbina,e principalmente pelo fluxo de ar, que em modelos monofluxo tem perdas significativas de rendimento em baixas rotações. Proposta de parâmetro de eficiência para o turbocompressor Π = P2c/P1c 21 5 METODOLOGIA DE PROJETO E FABRICAÇÃO 5.1 Peças, componentes e recursos de fabricação disponíveis Para construção do protótipo foram usados: ● Mdf (40x40x18); ● Acrílico 2 mm (40x40) ● 1 eixo para carrinho de cartuchos de impressora; ● 2 hélices de secador de cabelo; ● 16 cantoneiras de metal; ● 24 parafusos (3,5x2); ● 8 parafusos médios; ● 10 cm de haste de cobre 3/4″ para fabricação de 2 buchas de 2,5 cm cada; ● Furadeira; ● Parafusadeira; ● Brocas para madeira e para metal; ● 5 anéis elásticos; ● Cola silicone preta; ● 1 cerra parra cano; ● Massa plástica; ● Lixas para madeira; ● Hastes de madeira ● Cano de 40 mm para conectar a bancada de teste. Tabela 1 Custos do projeto Custo do projeto R$ Mdf 40,00 Parafusos 5,00 Hélices 60,00 Massa plástica 35,00 Acrílico 20,00 22 Anel elástico 9,00 Haste de cobre 18,00 Cantoneiras 3,00 Cola silicone preto 22,00 Total 212,00 5.2 Critérios de dimensionamento e memorial de cálculo resumido Para o desenvolvimento do protótipo levamos em consideração que o formato e tamanho das hélices de secadores de cabelo proporcionaram maior eficiência que os modelos de hélices para coolers de computadores, sabendo que a maior proximidade das pás da turbina ao sistema ao qual foi instalada proporcionaria um melhor aproveitamento do fluxo de ar gerado pela bancada de teste, assim proporcionando uma maior rotação ao eixo e por sua vez, garantirá a eficiência do compressor, que também seguiu o mesmo processo de montagem citado acima. 5.3 Descrição do processo de fabricação A montagem do projeto foi pensada para diminuir ao máximo as perdas de cargas geradas por atrito, sendo assim optamos por construí-lo com uma entrada de ar no meio da caixa e uma saída posicionada na lateral, para gerar um maior aproveitamento das pás e facilitar a entrada e saída do fluxo de ar, as paredes das câmaras do sistema foram revestidas por massa plástica a fim de reduzir a porosidade da madeira, e com isso reduzir o atrito gerado nas paredes internas do protótipo. Para o sistema de ligamento das câmaras foram usadas hastes de madeira para suporte, cantoneiras de metal e parafusos para fixação das caixas as hastes, o sistema foi ligado por meio de um eixo central e um eixo de apoio, sendo este último usado apenas para manter a hélice do compressor centralizada, para uma melhor eficiência na rotação do eixo foram utilizados buchas de cobre com 23 diâmetro interno ligeiramente maior que o diâmetro externo do eixo, possibilitando assim que o mesmo gire livremente sem sofrer grandes perdas de velocidade. A fixação das buchas se deu por um furo concêntrico de igual diâmetro em relação à medida externa das buchas, para sua fixação foi usada cola de silicone preta assim como para a fixação das hélices aos eixos. Imagens apenas para exemplo 24 5.4 Valores medidos e calculados Tabela de dados obtidos no experimentoGrup o P0 [KPa] Delta P [Pa] dotm [Kg/s] V0 [m/s] dotEf [W] Média 1 85 145 0,0069035 42 5,63 0,6376 1,068 8 85 430 0,0118883 66 9,69 1,5 2 100 190 0,0079025 05 6,44 0,8754 0,437 7 3 375 246 0,0089919 84 7,33 3,2773 4,493 3 340 684 0,0149939 48 12,2 2 5,7094 4 0 70 0,0047966 38 3,91 0,0367 0,032 9 0 60 0,0044408 24 3,62 0,0291 5 4 148 0,0069745 92 5,69 0,1378 0,140 8 3 158 0,0072063 69 5,87 0,1438 6 0 6 0,0014043 12 1,14 0,0000 9 0,001 0 7 0,0015168 3 1,24 0,0012 7 O ar da turbina foi jogado no soprador 8 157 305 0,0100123 93 8,16 1,7486 1,753 4 155 312 0,0101266 37 8,25 1,7581 9 156 307 0,0100451 66 8,19 1,7475 1,758 154 317 0,0102074 58 8,32 1,7685 10 108 170 0,0074750 21 6,09 0,8655 0,813 3 80 200 0,0081077 99 6,61 0,761 11 25 50 0,0040538 99 3,3 0,1134 0,113 7 27 46 0,0038883 64 3,17 0,114 12 90 200 0,0081077 77 6,61 0,834 0,417 25 Gráfico (Media x Grupo) obtido no experimento 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Média x Grupo 26 6 CONCLUSAO Com a análise dos componentes e sistemas afetados se conclui que a adaptação de um turbocompressor em um automóvel nacional é possível. Existe um mercado de peças para troca e reposição, apesar deste mercado estar em processo de consolidação. Em relação à durabilidade haverá alguma perda em durabilidade, e esta está ligada à maneira no qual o motor é operado já que este passa a estar mais suscetível ao mau uso, e não ao ganho de potência em si, dado ganhos de potência moderados, ou seja, até 80% sobre o original. O ganho esperado de 60 a 80% se concretizou, com pressão positiva no coletor ao redor de 0,6bar. A correlação de ganho está ao redor de 1:1, ou seja, para 1,0bar de pressão se consegue 100% a mais de potência, no intervalo de 0 a 100%. Dentre as diferentes metodologias para a alimentação do motor sob as novas condições, a que se obteve melhores resultados foi a instalação de um bico injetor de combustível suplementar que só é acionado ao haver pressão positiva no coletor, controlado por um controlador externo, independente da ECU do motor, e com os quatro bicos injetores de combustível originais trocados por modelos com maior vazão, para compensar a utilização de álcool como combustível. O uso do Inter cooler é recomendado para pressões no coletor acima de 0,6bar no coletor. Durante a elaboração deste estudo o veículo rodou por 15mil km com turbocompressor instalado sem apresentar problemas relacionados à instalação do turbocompressor. Dentre as diferentes configurações para o caso estudado com motor com turbocompressor adaptado, a mais representativa se obteve com 65% de ganho de potência sobre a potência do motor original com uso de um bico monoponto extra controlado por um controlador de bico suplementar e quatro bicos multiponto, sem Inter cooler trabalhando com 0,6bar de pressão no coletor de admissão. Sob esta configuração o veículo, um GM Corsa Hatch 1,6L 8v ano 1996 efetuou a medição de 0 a 100km/h em 7,8s, ou seja, abaixo dos 8,0s conforme objetivo do estudo. Neste caso o gasto para a modificação do motor para atingir está configuração foi de o veículo manteve uma boa dirigibilidade, sem falhas ou funcionamento irregular em condução normal. Para a partida a frio e durante a fase de aquecimento do motor, o motor apresentou funcionamento irregular. É recomendada a instalação de um sistema de partida 27 a frio, e o aquecimento do motor, para este atingir sua faixa de temperatura normal e funcionar sem falhas. 6.1 Dificuldades e facilidades encontradas no desenvolvimento do trabalho Podemos definir que para a construção de um turbocompressor, um ponto muito importante é a escolha do tipo de material a ser usado, qual deve ser o ideal para que esteja de acordo com as normas do projeto e aquele que teria um melhor escoamento, suas dimensões devem ser proporcional à hélice comprada uma das primeiras escolhas feitas, pois ela seria a base de tudo, uma hélice bem definida poderia dar uma grande vantagem, o restante da estrutura seria construída de acordo com essas hélices, outro material a ser escolhido seria o eixo a qual se estivesse torto deixaria todo o projeto desalinhado provocando atrito da hélice com as laterais da parede de madeira tendo perda de desempenho, as laterais das paredes devem ser o mais liso possível para facilitar o seu escoamento. Depois de todos os materiais selecionados era só montar, uma das partes mais fácil e bem simples, porém bastante delicado, pois um furo errado poderia comprometer todo o projeto e seria necessário trocar a peça danificada ou até mesmo ter que refazer o trabalho, os materiais são de fácil acesso, apenas as hélices que teria que comprar em sites específicos, pois não se encontra em nossas cidades, porém o restante seria facilmente encontrado. 6.2 Sugestões de trabalhos futuros Os turbocompressores podem ser usados em aviões que eram movidos a pistões como de automóveis com o propósito de não ocasionasse um excesso de combustível quando esses aviões tentassem voar mais alto, que ocorria o problema da mais baixa massa específica do ar, onde é possível corrigir isso com um turbo compressor compacto que permite a captação do disperso e rarefeito ar atmosférico encontrado nas altitudes mais elevadas, é um dos benefícios encontrados por esse equipamento, também encontrados em instalações de automóveis, e a estudos para a indústria automobilística para à 28 utilização de turbos compressores em seus projetos, devido à inerente vantagem deste sistema ao regenerar parte da energia térmica e cinética que vai ser descartada no escapamento, estudo como estes nos garantira uma melhor economia de combustíveis e diminuições de gases na atmosfera. Existe atualmente, grande dificuldade no dimensionamento correto de turbocompressores para aplicação em motores de combustão interna do ciclo Otto. Diversos proprietários procuram uma solução para seus elevados gastos com combustível do veículo e falta de potência. Visando melhores resultados, muitos optam pela utilização de um turbocompressor. Esse equipamento, capaz de proporcionar um aumento de potência significativo e uma possível redução do consumo específico do veículo, vem se tornando cada vez mais popular. Muitas pessoas optam pela compra de carros que já utilizam esse sistema, enquanto outras adaptam seus próprios automóveis para utilização de turbo. Entretanto, muita discussão ocorre sobre qual o mais adequado para cada automóvel, qual o tamanho ideal, e quais resultados serão obtidos e para isso, muitos cálculos devem ser realizados. É importante levar em consideração as dificuldades envolvendo a utilização de um turbocompressor. Diferente de um veículo com um motor mais potente, o veículo com motor sobrealimentado pode oferecer problemas como o atraso na resposta, ou turbo lag, oferecendo bons resultados apenas a partir de uma certa velocidade de rotação. Ainda, caso o turbocompressor não venha de fábrica, serão necessárias várias adaptações e ajustes após a instalação desse equipamento. Um motor sobrealimentado irá requerer uma complexidade maior da central eletrônica do veículo. Tendo em vista sua popularidade e as possíveis dificuldades da sua instalação, esse projeto visa facilitar a utilização do turbocompressor. Através da facilitação dos cálculos, utilizando o programa criado na ferramenta Excel, e o maior entendimento dos mapas de compressores e turbinas, é possível, através das informações aqui apresentadas, selecionar de maneira relativamente simples e rápida, um conjunto turbocompressor conveniente para diferentes tipos de aplicações. Dessa forma, o projeto atingiu o seu objetivo, ao fornecer uma ferramenta capaz de garantir que pessoas possam fazer oseu próprio dimensionamento de turbocompressor, para as suas necessidades específicas, de maneira simplificada. Os resultados que podem ser adquiridos através desse estudo se assemelham aos projetos realizados por preparadores de veículos. A 29 consideração de alguns valores aproximados e médios, ao invés de valores específicos de cada motor, em cada velocidade de rotação e a não realização de testes, fazem com que os resultados obtidos sejam estimativas da realidade. Para se trabalhar com motores específicos, utilizando todas as suas especificações e detalhes, algumas alterações devem ser feitas nos cálculos, reduzindo-se o número de aproximações, bem como alguns testes devem ser realizados. Assim, para dar continuidade a esse trabalho, o próximo passo é uma aplicação real em um automóvel através dos cálculos realizados com essa metodologia. Com isso seria possível visualizar na prática o ganho de potência, a redução do consumo de combustível, a diminuição da emissão de poluentes e possíveis problemas práticos de adaptação. 30 7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Brunetti, F. MECÂNICA DOS FLUIDOS. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Fox, R; McDonald, A . INTRODUÇÃO A MECÂNICA DOS FLUIDOS. 5 ed. Rio de Janeiro: LTD– Livros Técnicos e Científicos Editora S.A,1998. ANDRE F., Turbocompressores: Mapas de Eficiência. Disponível em: . Acesso em: 10 de Abril de 2017 BELL, A. GRAHAM, Modern Engine Tuning, Ed. Haynes, 2001 GARRETT, 2012. Disponível em: . Acesso em: 13 de Julho de 2017 HEYWOOD, J. B. Internal Combustion Engine Fundamentals, 1988 LEUFVEN, O.; ERIKSSON, L.; Surge and Choke Capable Compressor Model, 2011 6. MCGRAW-HILL, V.; GANESAN E.D., Internal Combustion Engine, 1994 OUWENGA, D.; HOPKINS, J.; SWARTZLANDER, M. Improving Supercharger Efficiency and Capability, 2015 PASSOS, R. Turbocompressores: Entendendo o Básico Sobre seu Funcionamento. Disponível em: . Acesso em: 22 de Março de 2021 PULKRABEK, W. Engineering Fundamentals of the Internal Combustion Engine, 2ª Ed., 2002 10. SILVA, A. M. Simulação e Análise do Intercooler em Motores Otto Originais de Fábrica, 2010 11. VAN WYLEN, G. J.; SONNTAG, R. E.; BORGNAKKE, C. Fundamentos da Termodinâmica Clássica, Edgard, Blücher, 4ª Ed., São Paulo, 1995 Carnot, S.; Réflexions sur la Puissance Motrice du Feu et sur les Machines propes à Développer cette Puissance; Bachelier; Paris, 1824.
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