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1)Quadros de intoxicação se fazem muito presentes na clínica médica de cães e gatos, muitas fezes por descuido no manejo dos mesmos pelo proprietário. São agentes que compõem o grupo dos inseticidas com potencial de intoxicação: A)Estricnina, metaldeído e dicumarol. B)Dicumarol, piretrinas e piretroides. C)Hidrocarbonetos clorados, organofosforados e organoclorados. D)Carbamatos, estricnina e organoclorados 2)Dentre os agentes com potencial de intoxicação podemos citar também as biotoxinas. Algumas cobras possuem veneno cuja ação pode ser confundida com demais distúrbios como a paralisia do carrapato, botulismo e miastenia grave. Estamos falando de serpentes de qual família? A)Viperidae. B)Elapidae. C)Boidae. D)Colubridae. 3) As intoxicações por fármacos de uso humano são frequentes na clínica de cães e gatos, tendo em vista a falta de orientação de tutores e automedicação, problema comum também na medicina humana. Dentre os grupos de medicamentos abaixo descritos, são tóxicos para pequenos animais, EXCETO: A)Acetaminofeno e paracetamol. B)Diclofenaco de sódio e dipirona. C)Aspirina e ibuprofeno. D)Prenidisolona e amoxicilina. 4)As sarnas são doenças parasitárias da pele provocadas por ácaros. Dentre as sarnas abaixo, podemos classificar como doença de cunho zoonótico: A)Sarna sarcóptica ou escabiose. B)Sarna demodécica ou demodicose. C)Sarna otodécica ou otite parasitária. D)N. D. A 5)O Brasil possui um clima tropical em sua grande área, sendo a outra porção territorial localizada em clima temperado. Os fatores climáticos de nosso país são amplamente correlacionados à ocorrência de algumas afecções dermatológicas, principalmente por termos a aliança entre temperatura e umidade atmosférica. Esses são fatores que contribuem para grande casuística de: A)Dermatite piotraumática. B)Dermatite pustulosa superficial. C)Dermatofitose. D)Furunculose. 6)A foliculite pode ocorrer de forma superficial e evoluir para uma furunculose quando não tratada em tempo hábil. Dentre as causas parasitárias que levam ao surgimento da foliculite, podemos apontar: ( )Infecção por Staphilococcus intermedius. ( )Atopia. ( )Fatores hormonais. ( X )DAPP 7) Dentre as dermatopatias, alguns fatores psicogênicos e comportamentais podem levar o animal a se auto lesionar. A dermatite por presença bacteriana superficial mais comum nesses casos é: A) Piodermite dos calos. B)Piodermite interdigital. C)Piodermite nasal. D)Piodermite perianal. 8)A dermatologia é uma ciência médica diretamente ligada com a imunologia. Dermatopatias de origem imunológica são amplamente diagnosticadas na medicina veterinária. Em muitos casos podemos ter um paciente que apresenta hipersensibilização (com reação imediata ou tardia) onde o fator causal da dermatite muitas vezes torna-se difícil de ser encontrado. Estamos falando de: A)Dermatite por alergia alimentar. B)Dermatite piotraumática. C)Dermatite alérgica à picada de pulgas. D)Dermatite alérgica por inalação. 9)As infeções secundárias são formas comuns de desencadeamento de dermatopatias em cães e gatos, muitas vezes envolvendo ambientes úmidos, com pouca higiene e atrito (trauma mecânico). São os agentes mais comuns implicados nessas dermatites: (X) Staohylococcus intermedius. ( )Sporothrix schenckii. ( )Microsporum canis. (X)Pasteurella multocida. 10) Reações de hipersensibilidade são amplamente ligadas à distúrbios gastrintestinais bem como dermatológicos. Qual a principal dermatopatia diagnosticada por hipersensibilidade? A)Dermatite por alergia alimentar. B)Dermatite piotraumática. C)Dermatite alérgica à picada de pulgas. D)Dermatite alérgica por inalação. 11) Na dermatologia os distúrbios de grande complexidade envolvendo a imunologia são descritos pelas dermatoses auto-imunes. São dermatoses que representam esse grupo: A) Pênfigo foliáceo e hipersensibilidade de tipo I. B)Pênfigo vulgar e hipersensibilidade de tipo IV. C)Hipersensibilidade alimentar e pênfigo bolhoso. D)Lúpus eritematoso e pênfigo foliáceo. 12)Qual o melhor método para o diagnóstico diferencial de uma dermatite por alergia alimentar em relação a demodicose? A) Teste cutâneo intradérmico B)Elisa C)Raspado de pele D)RAST 13) Caso clínico I: Um cão, raça Fila brasileiro, 5 anos de idade, 48 kg e macho deu entrada em uma clínica veterinária apresentando os seguintes sintomas: dispneia intensa, espasmos musculares (mioclonias) induzidas por estímulos auditivos e extensão rígida de membros. O tutor informou ser sitiante e que seu cão tem acesso a toda área local, inclusive a salas de estoque de equipamentos, rações e silos. Foi informado também o uso de agentes rodenticidas no local. Qual sua suspeita com possível diagnóstico e o protocolo de tratamento adotado? Devido aos sintomas manifestados e ao fato de que o cão tem acesso a toda área local e recentemente foi utilizado rodenticida, eu suspeitaria de uma intoxicação pelo rodenticida. Tratamento: O primeiro passo é impedir que a absorção continue sendo feita. Caso não haja sinais neurológicos a êmese pode ser provocada, ou então pode-se optar pela lavagem gástrica. Seria interessante também promover a diurese (Ex. furosemida). Como terapia suporte poderiam ser utilizados benzodiazepínicos, fenobarbital, fenotiazínicos ou pentobarbital para evitar convulsões. Além disso, na internação o ideal é que o local esteja escuro e silencioso por no mínimo 48 horas. 14) Caso clínico II: Uma gata, SRD, 7 meses de idade, 2 kg e fêmea deu entrada em uma clínica veterinária levada por sua tutora, que informou que o animal convulsionou em sua casa e tem apresentado alteração comportamental, estando mais apático. Foi relatado ainda que o felino vomitou a suas fezes estavam diarreicas. No exame clínico verificou-se ainda a presença de sialorréia. A tutora complementou informando que a única mudança de rotina em seu apartamento é uma pequena reforma, envolvendo a pintura de algumas paredes. Quais exames complementares você solicitaria e qual a possível hipótese diagnóstica de acordo com os achados? Os sinais clínicos são compatíveis com intoxicação por metais, ex. chumbo, que pode ser justificada pela pintura, que pode ter partículas de chumbo, podendo ser uma via de contaminação. Como exame complementar eu solicitaria um hemograma + bioquimico (ALT, FA, CREAT, UREIA, etc). No hemograma, caso realmente seja intoxicação por chumbo poderá ser notada anemia hipocrômica microcítica, anisocitose. Uma radiografia abdominal também pode ser sugerida, porém, nesse caso a contaminação provavelmente seria por via inalatória. 15) Descreva três plantas tóxicas de importância na clínica médica de pequenos animais, sua forma de intoxicação, sintomatologia, diagnóstico diferencial e tratamento quando existente: 1.Comigo ninguém pode (Dieffenbachia ssp) - Forma intoxicação: Ingestão/mastigação de qualquer parte da planta. Ela possui ráfides de oxalato de cálcio em formato de agulhas nas suas folhas e haste, as quais são as principais responsáveis pelos ferimentos causados por essa planta. - Sintoma: irritação de mucosa; edema de lábios, língua e palato; dor, sialorréia; disfagia; cólicas abdominais; náuseas e êmese - Tratamento: Sintomático e inclui uso de demulcentes (clara de ovo, óleo de oliva). ainda antiespasmódicos, analgésicos e anti-histamínicos, corticóides (casos graves). Lavar pele e olhos com água e soro fisiológico sem esfregar. Lavagem gástrica ou medidas que provoquem vômitos. 2. Saia Branca (Brugmansia suaveolens): - Forma intoxicação: : As propriedades tóxicas decorrem da presença de vários alcalóides - Sintomas: taquicardia, midríase, agitação. náuseas emese. Característica sintomatologia anticolinérgica: mucosas secas, taquicardia, retenção urinária, confusão mental, agitação psicomotora e alucinações. - Tratamento: Anticolinesterásico, Antagonista colinérgico. (Pode-se realizar esvaziamento gastrico) 3. Espirradeira (Nerium oleander): Forma de intoxicação: As propriedades tóxicas decorrem dos glicosídeos cardíacos presentes na planta, os quais são quimicamentesimilares com a digoxina. Intoxica-se através de contato da planta com a pele e mucosas, ingestão/mastigação. - Sintomas: sialorreia,, náuseas, emese. eritema bucal, dermatite por contato, dores abdominais, cefaleia, alterações do estado mental, distúrbios visuais, midríase, neurites e principalmente sintomas cardiovasculares - Tratamento: Antiarrítmicos como a atropina, atenolol, fentoína, procainamida e lidocaína podem ser usados para controlar os efeitos dos glicosídeos cardíacos. Procainamida 100-500 mg, Cloridrato de potássio (monitorar). suporte com fluidoterapia via oral ou intravenosa para diminuir os efeitos cardiovasculares, frutose-1,6 para previnir danos cardiovasculares, carvão ativado 16) Caso clínico III: Uma cadela, SRD, 5 anos de idade, 25 kg e fêmea foi levado à uma clínica veterinária por seu tutor por relato de suspeita de picada de cobra. Questionado na anamnese sobre a espécie da serpente, o mesmo não soube identificá-la. Foi verificado no exame clínico que a cadela apresentava inchaço no membro posterior direito e incoordenação motora. Qual o protocolo que deve ser adotado para o caso descrito? Aplicação de Soro Antiofídico polivalente de imediato. 17) Caso clínico IV: Um cão, Bull terrier, 3 anos de idade, 23 kg e macho deu entrada em sua clínica veterinária por queixa de afecção dermatológica. O tutor relatou que o animal vive no quintal de casa, que o ambiente possui área cimentada mas também local com terra e mato. Foi informado ainda na anamnese que o animal possui acesso à rua e que costuma ficar solto na vizinhança pela tarde. No exame clínico verificou-se prurido intenso, alopecias regionais e pele muito hiperêmica. Você procedeu imediatamente no raspado de pele para observação em microscopia e se deparou com o ácaro da figura anexa. Qual o diagnóstico e o protocolo de tratamento adotado? O agente diagnosticado é a Sarcoptes scabiei, ou seja, o animal possui escabiose/sarna sarcóptica. Tratamento acaricida: Banhar o animal c/ xampu anti seborreico e anti bacteriano; para remover crostas, intervalos de 7 dias durante, no mínimo, 5 semanas. Enxofre a 5-10% em creme lanette (sabonete) = 1 a 2 vezes na semana). Amitraz para banho terapeutico: diluido em 4 ml/L, 1x por semana durante 4 semanas. (Obs: Extremo cuidado para não haver intoxicação!!) Tópico: Fipronil (insecticida) via tópica 6,7 mg / kg (154mg) VIA ORAL Ivermectina: 150 µg/kg (3450 µg) via oral – repetir 15 dias após Mibemicina oxima (antiparasitário de amplo espectro): 2 µg/kg (46µg), via oral, de 7 em 7 dias por 3 semanas 18) Caso clínico V: Um gato, Siamês, 7 anos de idade, 3 kg e macho foi encaminhado para uma clínica veterinária por seu tutor que relatou muitas lesões cutâneas na região de cabeça, orelhas e focinho do animal com perda de peso rápida. No exame clínico foi verificado a presença de lesões avermelhadas, com algumas regiões de elevação e ulceração principalmente no focinho do felino. Com todos os achados, você como um bom clínico tem uma suspeita, mas decidiu comprovar por exame laboratorial também. Qual o possível diagnóstico e qual método de exame complementar que recomendaria nesse caso? A lesão elevada com ulceração principalmente no focinho é característico de Esporotricose, que inclusive é uma zoonose Eu faria uma biópsia para isolamento do fungo e também um exame histopatológico 19) De acordo com a característica da lesão apresentada pelo animal em foto anexa, descreva a possível doença, os agentes mais comumente envolvidos, região de prevalência e a forma mais eficaz de diagnóstico e tratamento: Dermatofitose, possui grande prevalência na América Latina. Os Dermatófitos isolados com maior frequência são: Microsporum canis, Microsporum gypseum e Trichophyton mentagrophytes, respectivamente. O diagnóstico se dá através da clínica, avaliando as lesões (alopecia, zonas circulares, circunscritas) e sintomas. Pode ser feita a confirmação por Lâmpada de Wood, exame microscópico direto ou cultura e também biopsia. Tratamento: Eliminação da infecção; - Casos localizados: tratamento tópico; - Infecções generalizadas: tratamento sistêmico: Utilizar antifúngicos: Cetoconazol – 5 mg/kg de 12/12 horas ou Itraconazol – 5-10 mg/kg de 12/12 horas 20) Caso clínico VI: Um cãozinho, SRD, 2 meses de idade, 0,6 kg e macho foi levado à sua clínica veterinária pelo tutor para realização da primeira vacinação. No exame de rotina, na região abdominal do filhote foram observadas muitas pústulas e alguns colaretes epidérmicos. O abdome do animal também estava bem distendido. Qual a possível causa das pústulas e qual nome damos à afecção? Qual seria sua conduta para correção dos achados dermatológicos? Você realizaria ou não a vacinação? Justifique. Dermatite pustulosa superficial, por ser um filhote e estar com o abdômen distendido eu suspeitaria de verminose ser a causa, caso a vermifugação estivesse em dia, essas outras causas poderiam ser consideradas: traumatismos, viroses, ambientes sujos, desnutrição, mordidas de carrapatos. Primeiro teria de eliminar os fatores debilitantes, fazer a vermifugação caso ainda não tivesse sido feita. Para tratamento pode ser feito o uso de antisépticos tópicos (lavar com shampoo de clorexidina) e antibioticoterapia tópica (ex. base de neomicina).
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