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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL EXPERIMENTAL ESPECTROFOTOMETRIA UV/VIS: DETERMINAÇÃO DE Fe (II) EMPREGANDO 1,10-FENANTROLINA DISCENTE Selva Priscila Ricardi Orneles PROFESSOR RESPONSÁVEL Profa. Dra. Joana Schuelter Boeing Dourados – MS 12 de Abril de 2019 2 1. INTRODUÇÃO A espectrofotometria é uma técnica utilizada para análises quantitativas em química analítica, ela se baseia em medidas de absorção da radiação eletromagnética, nas regiões visível e ultravioleta do espectro. A quantidade de luz absorvida pela amostra é medida e relaciona-se a mesma com a concentração do analito. [1] Um espectrômetro óptico é um instrumento que possui um sistema óptico que dispersa a radiação eletromagnética incidente e permite a medida da quantidade de radiação transmitida em determinados comprimentos de onda selecionados da faixa espectral. Um fotômetro é um equipamento que mede a intensidade da radiação transmitida ou uma função desta quantidade. Quando combinado em um espectrofotômetro, o espectrômetro e o fotômetro produzem um sinal que corresponde à diferença entre a radiação trasmitida por um material de referência e a radiação transmitida por uma amostra em comprimentos de onda selecionados. [2] Para a espectroscopia na região do ultravioleta e do visível, uma amostra líquida é geralmente colocada em uma célula conhecida como cubeta que possui faces planas paralelas de sílica (SiO2) fundida. O vidro é apropriado para a espectroscopia no visível, mas não para a região do ultravioleta porque ele absorve radiação nessa faixa. As cubetas mais comuns possuem um caminho ótico de 1,000 cm e são vendidas em pares: um para o feixe luminoso que passa na amostra e o outro para o feixe luminoso de referência. Para que um composto seja analisado por espectrofotometria, ele deve absorver luz e essa absorção deve ser distinguível daquela decorrente da presença de outras substâncias na amostra. Como a maioria dos compostos absorve radiação ultravioleta, as medidas nesta região do espectro tendem a ser não conclusivas, e as análises geralmente ficam restritas à região do espectro visível. No entanto, se não existirem espécies interferentes, a absorbância no ultravioleta é satisfatória. Na maioria das análises espectrofotométricas, é importante prepararmos um reagente em branco que contém todos os reagentes que estão presentes durante as análises, exceto o analito a ser determinado, que é substituído por água destilada. [3] 3 2. OBJETIVO Oportunizar o conhecimento dos aspectos fundamentais envolvidos em um processo associado aos diferentes passos de uma analise química quantitativa a partir do uso da técnica espectrofotométrica de absorção no ultravioleta (UV) e visível (Vis). Obtenção de espectros de absorção, verificação da lei de Lambert-Beer para p sistema Fe(II)-1,10-Fenantrolina e determinação espectrofotométrica de um íon metálico. 4 3. METODOLOGIA (MATERIAIS E MÉTODOS) 3.1 Materiais Balança analítica; Balões volumétricos de 25 mL; Béquer de 100 mL; Cubeta; Espectrofotômetro operante na região do visível; Micropipeta; Pinça metálica. Pipetas graduadas; 3.2 Soluções e reagentes Ácido sulfúrico (H2SO4); Água destilada; Solução de 1,10-Fenantrolina (MM198,22 g.mol-1); Solução de acetato de sódio ( MM=136,08 g.mol-1); Solução de cloridrato de hidroxilamina; Solução padrão de íon ferroso 70 µg. mL-1 ; 3.3 Métodos Em 7 balões volumétricos de 25 mL, preparou-se as soluções de acordo com as informações contidas na tabela 1. Completou-se o menisco com água destilada, homogeneizou-se as soluções e colocou-se as mesmas em repouso por, aproximadamente, 10 minutos. Decorrido o tempo, ajustou-se o espectrofotômetro para 510 nm, para realizar as leituras de absorbância das amostras. Efetuou-se a leitura de cada amostra, colocando-as em uma cubeta apropriada. Registrou-se os dados de absorbância e anotou-se, em seguida foi feito um gráfico das absorbâncias medidas em função dos respectivos comprimentos de onda. 5 Tabela 1: Procedimento para preparo das soluções de analise. Balão volumétrico 25 mL 1 (µL) 2 (µL) 3 (µL) 4 (µL) 5 (µL) 6 (µL) 7 (µL) Solução padrão de ion ferroso (mL) - 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 - Solução de cloridrato de hidroxilamina (mL) 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Solução de 1,10- fenantrolina (mL) 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 Solução de acetato de sódio (mL) 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 Amostra 1* - - - - - - - Amostra 2* - - - - - - - 4. RESULTADO E DISCUSSÕES No experimento, foi feito a leitura das alíquotas de cada balão, utilizando o espectrofotômetro em 510 nm. Em seguida foram feitos os cálculos para determinar a concentração de Fe (II) em cada balão, exceto o branco, pois a mesma não continha ferro em sua mistura. Para realizar os cálculos, utilizou-se a quantidade de Fe (II) em mL adicionado em cada balão volumétrico, sabendo que o balão utilizado tinha 25 mL. Segue o cálculo abaixo: Balão 2 2 Balão 3 Balão 4 6 Balão 5 Balão 6 Tabela 2: Dados de contração e medidas de absorbância do Fe (II). Balões Concentração de Ferro (µg. L-1) Absorbância 1 Branco 0 2 1,12 0,221 3 1,96 0,385 4 2,8 0,564 5 3,92 0,806 6 4,9 1,013 7 Amostra 1 0,372 8 Amostra 2 Após determinar a concentração de ferro nos cinco balões, foi feito o cálculo para encontrar o coeficiente de absortividade molar dos mesmos, mas para isso foi preciso transformar as concentrações que estavam em g.mol-1 para mol.L-1.Segue as seguintes equações. (MM de Fe2+ = 55,845 g) A formula do coeficiente de absortividade molar, para poder determinar a quantidade de luz absorvida pela amostra, é a seguinte: 7 Onde A será a absorbância transmitida pelo feixe de luz, é o coeficiente de absortividade molar, b o caminho óptico da cubeta, onde a mesma mede 1 cm, e c o valor de concentração calculado anteriormente. Balão 2 Balão 3 Balão 4 8 Balão 5 Balão 6 Em seguida, foi feito a média das dos coeficientes de absortividade molar, como mostrado a seguir: Com os dados dos cálculos das concentrações e com as absorbâncias anotadas, foi possível construir um gráfico de concentração vs. Absorbância. 9 Gráfico 1. Concentração vs. Abs do Fe (II). y = 0,2099x - 0,0175 R² = 0,9999 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 1 2 3 4 5 6 Fe (II) 10 5. CONCLUSÃO Com baseno experimento realizado podemos concluir que é possível fazer a analise do Fe(II), utilizando a técnica de espectrofotometria UV/Vis e determinar o coeficiente de absortividade molar de cada analito analisado. Com os cálculos de concentrações realizadas e as absorbâncias dadas pelo equipamento, foi possível montar um gráfico de concentração vs. Absorbância e, através do gráfico pode-se notar que não houve desvio na lei de Beer, pois os pontos formaram uma reta. 11 6. REFERENCIAS [1]. ALMEIDA, Joseane Maria, SILVA, Júlio César José. Espectrofotometria UV-Vis. Juiz de Fora, 1/2018.Disponível em: http://www.ufjf.br/baccan/files/2010/10/Aula-2-UV-Vis-1o-Sem-2018-parte-1.pdf [2].VOGEL, Arthur Israel, Analise química quantitativa. 6, ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 462p. [3]. HARRIS, Daniel C. Analise química quantitativa. 9, ed. Rio de Janeiro : LTC, 2017. http://www.ufjf.br/baccan/files/2010/10/Aula-2-UV-Vis-1o-Sem-2018-parte-1.pdf
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