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Avaliações/CEDERJ-AD1-1-18.pdf Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação Disciplina: Fundamentos de Algoritmos para Computação Professoras: Susana Makler e Sulamita Klein AD1 - Primeiro Semestre de 2018 Nome - Assinatura - Questões: 1. (1,0) Verifique se cada uma das seguintes afirmações é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira prove, se for falsa justifique. (a) ∅ ∈ {{∅}}. (b) {∅} ⊆ {{∅}}. (c) A∪(B−C) = (A−B)∪(A−C). sendo A e B conjuntos quaisquer. 2. (1,5) Usando o Princípio de Inclusão e Exclusão, determine o número de permutações de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) nas quais nem o 2 ocupa o 2o lugar nem o 6 ocupa o 6o lugar. 3. (2,0) Mostre pelo Princípio da Indução Matemática que: (a) 2.6.10.14 · · · (4n− 2) = (2n)! n! para todo número natural n. (b) n∑ i=3 k 2k = 1− n + 2 2n para todo número natural n ≥ 3. 4. (2.0) Para usar um aplicativo, deve ser escolhida uma senha de 8 carac- teres formada por algumas das 26 letras do alfabeto e/ou por alguns dos 10 dígitos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). As letras e os números não podem estar repetidos. As letras devem ser maiúsculas. De quantas maneiras podem ser escolhidas se cada senha deve conter: (a) pelo menos 1 letra? Justifique, (b) a letra Z? Justifique, (c) os dígitos 7 e 9 sempre juntos? Justifique. 5. (1.5) Numa classe de 12 estudantes um grupo de 7 será selecionado para uma excursão. De quantas maneiras diferentes esse grupo poderá ser formado: (a) se não houver restrições? Justifique. (b) se 2 dos 12 estudantes são namorados e só irão juntos? Justifique. 6. (2.0) Quantos são os anagramas da palavra ARARUAMA: (a) sem restrições? Justifique; (b) que contenham as vogais todas juntas? Justifque; (c) que contenham as vogais todas juntas e as consoantes também todas juntas? Justifque Avaliações/CEDERJ-AD2-1-18.pdf Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação Disciplina: Fundamentos de Algoritmos para Computação Professoras: Susana Makler e Sulamita Klein AD2 - Primeiro Semestre de 2018 Nome - Assinatura - Questões: 1. (1.1) Uma florista tem rosas, cravos, ĺırios e margaridas em estoque. Quantos buquês diferentes de uma dúzia de flores contendo pelo menos 2 rosas e um ĺırio podem ser feitos? Justifique. 2. (1.1) Usando o teorema das colunas calcule a seguinte soma: S = 5× 6× 7 + 6× 7× 8 + 7× 8× 9 + . . .+ 32× 33× 34. Justifique. 3. (1.1) Para que valores de n ∈ N o desenvolvimento do binômio de Newton ( √ 2x− 5 x3 )n possui termo independente? Justifique. 4. (1.1) Determine a fórmula fechada da seguinte relação de recorrência: an = 2an−1 + n2 n , a0 = 1, para n ≥ 1. Justifique. 5. (4.0) Verifique se cada uma das afirmações abaixo é falsa ou verdadeira. Se for verdadeira, prove, se for falsa dê um contra-exemplo, justificando. 1 (a) Se dois grafos G1 e G2 têm o mesmo número de vértices, o mesmo número de arestas e a mesma sequência de graus de vértices então G1 e G2 são isomorfos. (b) Se F = (V,E) é uma floresta então |E| = |V | − k , onde k é o número de componentes conexos de F . (c) O grafo bipartido completo K6,6 é euleriano e hamiltoniano. (d) Se G é um grafo planar regular de grau 3 com 20 vértices então G tem 12 faces. 6. (1.6) Considere o grafo G = (V,E), onde V = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j} e V (G) = {(a, b), (b, c), (b, e), (c, d), (d, e), (c, f), (d, g)), (e, h), (f, g), (g, h), (f, j), (h, j), (f, i)}. (i) G é bipartido? Justifique. (ii) Calcule o diâmetro de G? E qual o centro de G? Justifique. 2 Gabaritos/gab-CEDERJ-AD2-1-18.pdf Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação Disciplina: Fundamentos de Algoritmos para Computação Professoras: Susana Makler e Sulamita Klein Gabarito AD2 - Primeiro Semestre de 2018 Nome - Assinatura - Questões: 1. (1.1) Uma florista tem rosas, cravos, ĺırios e margaridas em estoque. Quantos buquês diferentes de uma dúzia de flores contendo pelo menos 2 rosas e um ĺırio podem ser feitos? Justifique. Resposta: Sejam r, c, l,m as quantidades de rosas, cravos, ĺırios e mar- garidas em estoque, respectivamente. Queremos montar buquês com 12 flores, das quais pelo menos duas são rosas e pelo menos uma é um ĺırio. Desta forma, queremos o número de soluções inteiras não- negativas para a seguinte equação: r + c + l + m = 12 (I) com as seguintes restrições: r ≥ 2 e l ≥ 1. Note que podemos reescrever as variáveis r e l em função de duas outras variáveis r′ e l′ não-negativas, da seguinte maneira: r = r′ + 2 l = l′ + 1 Desta forma, a equação (I) pode ser escrita de forma equivalente como descrito na equação (II). 1 r′ + 2 + c + l′ + 1 + m = 12 r′ + c + l′ + m = 9 (II) O número de soluções inteiras não-negativas da equação (II) é dado por: CR94 = C 9 9+4−1 = C 9 12 = 12! 3!9! = 220. Logo, podem-se montar 220 buquês de 12 flores com pelo menos duas rosas e um ĺırio a partir do estoque dispońıvel de rosas, cravos, ĺırios e margaridas. 2. (1.1) Usando o teorema das colunas calcule a seguinte soma: S = 5× 6× 7 + 6× 7× 8 + 7× 8× 9 + . . . + 32× 33× 34. Justifique. Resposta: Seja S = ∑32 i=5 i(i + 1)(i + 2). Vamos calcular o valor deste somatório utilizando o Teorema das Colunas. S = ∑32 i=5 i(i + 1)(i + 2) = ∑32 i=5A 3 i+2 = ∑32 i=5 3!C 3 i+2 = 3! ∑32 i=5C 3 i+2 = 3!(C37 + C 3 8 + . . . + C 3 34) = 3!([C33 + C 3 4 + . . . + C 3 7 + C 3 8 + . . . + C 3 34]︸ ︷︷ ︸ Teorema das Colunas − [C33 + C34 + . . . + C36 ]︸ ︷︷ ︸ Teorema das Colunas ) = 3!(C435 − C47) = 3!( 35! 31!4! − 7! 3!4! ) = 35! 31!4 − 7! 4! 2 Logo, S = 35! 31!4 − 7! 4! . 3. (1.1) Para que valores de n ∈ N o desenvolvimento do binômio de Newton ( √ 2x− 5 x3 )n possui termo independente? Justifique. Resposta: Sejam a = √ 2x = (2x) 1 2 e b = − 5 x3 = −5x−3. Do Teorema Binomial, sabemos que a fórmula do termo geral do desenvolvimento do binômio (a + b)n é dada por: Tk+1 = C k na n−kbk Dáı, temos: Tk+1 = C k n[(2x) 1 2 ]n−k[−5x−3]k = Ckn(2x) n−k 2 (−1)k5kx−3k = Ckn2 n−k 2 x n−k 2 (−1)k5kx−3k = Ckn2 n−k 2 (−1)k5kxn−k2 x−3k = Ckn2 n−k 2 (−1)k5kx(n2− 7k2 ) Como queremos que haja termos independente no desenvolvimento do binômio, n 2 − 7k 2 = 0↔ n 2 = 7k 2 ↔ n = 7k Portanto, para que haja termo independente no desenvolvimento de ( √ 2x− 5 x3 )n, n deve ser um múltiplo de 7. 4. (1.1) Determine a fórmula fechada da seguinte relação de recorrência: an = 2an−1 + n2 n , a0 = 1, para n ≥ 1. Justifique. Resposta: Vamos utilizar o método das substituições regressivas. 3 an = 2an−1 + n2 n = 2 (2an−2 + (n− 1)2(n−1))︸ ︷︷ ︸ an−1 +n2n = 22an−2 + (n− 1)2n + n2n = 22 (2an−3 + (n− 2)2(n−2))︸ ︷︷ ︸ an−2 +(n− 1)2n + n2n = 23an−3 + (n− 2)2n + (n− 1)2n + n2n ... ... = 2ian−i + (n− (i− 1))2n + (n− (i− 2))2n + . . . + n2n = 2ian−i + (n− i + 1)2n + (n− i + 2)2n + . . . + n2n Quando n− i = 0, temos n = i e an = 2 na0 + 2 n + 2× 2n + . . . + n× 2n Como a0 = 1, temos an = 2 n + 2n n∑ i=1 i︸︷︷︸ P.A. de razão 1 Sabemos que a soma dos n termos de uma PA de razão 1 é dada por: Sn = (a1 + an)n 2 onde a1 e an são o primeiro e o n-ésimo termo da P.A., respectivamente. Portanto, n∑ i=1 i = (1 + n)(n) 2 = n2 + n 2 Dáı, an = 2 n + 2n(n 2+n 2 ) e, consequentemente 4 an = 2 n + 2(n−1)(n2 + n) = 2(n−1)(n2 + n + 2) Logo, a fórmula fechada da relação de recorrência é an = 2 (n−1)(n2 + n + 2),∀n ≥ 0 5. (4.0) Verifique se cada uma das afirmações abaixo é falsa ou verdadeira. Se for verdadeira, prove, se for falsa dê um contra-exemplo, justificando. (a) Se dois grafos G1 e G2 têm o mesmo número de vértices, o mesmo número de arestas e a mesma sequência de graus de vértices então G1 e G2 são isomorfos. Resposta: Falsa. Observe na Figura 1 que G1 e G2 são ambos grafos 3-regulares, com mesmo número de vértices e arestas mas não são isomorfos, uma vez que G1 possui triângulos (ou seja 3 vértices que são mutuamente adjacentes) e em G2 o menor ci- clo tem tamanho 4, ou seja, não existem 3 vértices mutuamente adjacentes. Figura 1: G1 e G2 não isomorfos com sequência de vértices (3, 3, 3, 3, 3, 3). (b) Se F = (V,E) é uma floresta então |E| = |V | − k , onde k é o número de componentes conexos de F . Resposta: Verdadeiro. Seja F = (V,E) uma floresta tal que |V (F )| = n, |E(F )| = m e k = número de componentes conexas. Como F é uma floresta, cada componente conexa é uma árvore. Sejam T1, T2, · · · , Tk os componentes conexos (árvores) de F , V (F ) = ∑k i=1 V (Ti), E(F ) =∑k i=1E(Ti). Sabemos que |E(Ti)| = |V (Ti)| − 1 (Teorema). Logo, 5 |E(F )| = | ∑k i=1E(Ti)| = ∑k i=1 |E(Ti)| = ∑k i=1 |V (Ti)− 1| = |V (T1)|+ |V (T2)|+ · · ·+ |V (Tk)| − (1 + 1 + · · ·+ 1)︸ ︷︷ ︸ k = |V (F )| − k = n− k (c) O grafo bipartido completo K6,6 é euleriano e hamiltoniano. Resposta: Verdadeiro. O Teorema de Euler garante que um grafo é Euleriano se, e somente se, todos os seus vértices têm grau par. Um K6,6 é um grafo bipartido completo com 6 vértices em cada parte da bipartição. Consequentemente, é um grafo 6-regular, e, pelo Teorema de Euler, o K6,6 é euleriano. Além disso, podemos exibir um ciclo hamiltoniano para o K6,6: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, a (considere a Figura 2). Logo, o K6,6 é hamiltoniano. a b c d e f g h i j k l Figura 2: K6,6 e um de seus ciclos hamiltonianos. (d) Se G é um grafo planar regular de grau 3 com 20 vértices então G tem 12 faces. Resposta: Verdadeiro. O número de faces f de um grafo planar com n vértices e m arestas é dado por f = m− n + 2. Como G é 3-regular, pelo Teorema do Aperto de Mãos, temos:∑ v∈V (G) d(v) = 2m 6 donde, m = 30. Portanto, f = 30− 20 + 2 = 12 e G tem 12 faces. 6. (1.6) Considere o grafo G = (V,E), onde V = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j} e V (G) = {(a, b), (b, c), (b, e), (c, d), (d, e), (c, f), (d, g)), (e, h), (f, g), (g, h), (f, j), (h, j), (f, i)}. Figura 3: Grafo G. (i) G é bipartido? Justifique. Resposta: Sim, pois podemos exibir a seguinte bipartição: V = V1 ∪ V2, onde V1 = {a, c, e, g, i, j} e V2 = {b, d, f, h} (Figura 4). a b c d e f g h i j Figura 4: Bipartição para G. 7 (ii) Calcule o diâmetro de G? E qual o centro de G? Justifique. Resposta: A excentricidade de um vértice v, denotada por e(v), é o maior valor da distância entre v e w, para todo vértice w em G. v \ w a b c d e f g h i j a 0 1 2 3 2 3 4 3 4 4 b 0 1 2 1 2 3 2 3 3 c 0 1 2 1 2 3 2 2 d 0 1 2 1 2 3 3 e 0 3 2 1 4 4 f 0 1 2 1 1 g 0 1 2 2 h 0 3 1 i 0 2 j 0 Tabela 1: Distância entre o par de vértices v, w, para todo v, w ∈ G. Note que, devido à simetria do conceito de distância, a tabela foi parcialmente preenchida. Pela Tabela 1, é posśıvel determinar que e(a) = e(e) = e(g) = e(j) = e(i) = 4 e e(b) = e(c) = e(d) = e(f) = e(h) = 3. O diâmetro de um grafo G é o maior valor dentre as excentri- cidades dos vértices de G, i.e., diam(G) = maxv∈V (G) e(v). Dáı, diam(G) = 4. O centro de G, denotado por c(G), é o conjunto dos vértices de G com menor excentricidade. Neste caso, c(G) = {b, c, d, f, h}. 8 Gabaritos/gabarito-ad1-18.pdf Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação Disciplina: Fundamentos de Algoritmos para Computação Professoras: Susana Makler e Sulamita Klein Gabarito AD1 - Primeiro Semestre de 2018 Nome - Assinatura - Questões: 1. (1,0) Verifique se cada uma das seguintes afirmações é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira prove, se for falsa justifique. (a) ∅ ∈ {{∅}}. Resposta: Falsa. O único elemento do conjunto em questão é {∅}. As afirmações {∅} ∈ {{∅}} e ∅ ⊆ {{∅}} estariam corretas. (b) {∅} ⊆ {{∅}}. Resposta: Falsa. Esta afirmação só seria verdadeira se ∅ fosse elemento do conjunto. Entretanto, o único elemento do conjunto em questão é {∅}. As afirmações {∅} ∈ {{∅}}, {{∅}} ⊆ {{∅}} e ∅ ⊆ {{∅}} estariam corretas. (c) A∪(B−C) = (A−B)∪(A−C). sendo A e B conjuntos quaisquer. Resposta: Falsa. Observe os diagramas de Venn da Figura 1. 1 Figura 1: Diagramas de Venn 2. (1,5) Usando o Prinćıpio de Inclusão e Exclusão, determine o número de permutacoes de (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) nas quais nem o 2 ocupa o 2° lugar nem o 6 ocupa o 6° lugar. Resposta: Vamos considerar A como o conjunto das permutações de (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) nas quais o 2 ocupa o 2° lugar, B como o conjunto das permutações de (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) nas quais o 6 ocupa o 6° lugar, U como o conjunto de todas as permutações de (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) e P como o conjunto de permutações de (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) nas quais nem o 2 ocupa o 2° lugar nem o 6 ocupa o 6° lugar. Para calcular o número de elementos de P , vamos usar a noção de complemento e o PIE para 2 conjuntos, dado por: n(A ∪B) = n(A) + n(B)− n(A ∩B) Utilizando a noção de complemento, podemos escrever n(P ) da seguinte forma: n(P ) = n(U)− n(A ∪B) 2 onde n(A ∪B) é calculado usando o PIE, como descrito acima. CÁLCULO DAS CARDINALIDADES DOS CONJUNTOS n(U) = P8 = 8!. Basta permutar os 8 algarismos. n(A) = P7 = 7!. Como o algarismo 2 está fixado na segunda posição, basta permutarmos os outros 7 algarismos. n(B) = P7 = 7!. Como o algarismo 6 está fixado na sexta posição, basta permutarmos os outros 7 algarismos. n(A ∩ B) = P6 = 6!. Como os algarismos 2 e 6 estão fixados nas se- gunda e sexta posições, respectivamente, basta permutarmos os outros 6 algarismos. Pelo PIE, temos: n(A∪B) = 7!+7!−6! = 2×7!−6! = 2×7×6!−6! = (14− 1)6! = 13× 6!. Logo, n(P ) = 8!− 13× 6!. 3. (2,0) Mostre pelo Prinćıpio da Indução Matemática que: (a) 2.6.10.14 · · · (4n− 2) = (2n)! n! para todo número natural n. Resposta: Seja P (n) : 2.6.10.14 · · · (4n− 2) = (2n)! n! , ∀ n natural. BASE DA INDUÇÃO: Vamos mostrar que P (1) é verdadeira. Como 4(1)−2 = 2 e (2×1)! 1! = 2! = 2, temos que P (1) é verdadeira. HIPÓTESE DA INDUÇÃO: Suponha que P (k) : 2.6.10.14. · · · .(4k− 2) = (2k)! k! seja verdadeira, ∀k ≥ 1. PASSO DA INDUÇÃO: Vamos mostrar que se P (k) é verda- deira, então P (k+1) : 2.6.10.14. · · · .(4k−2).(4(k+1)−2) = (2[k+1])! (k+1)! é verdadeira. 3 2.6.10.14. · · · .(4k − 2)︸ ︷︷ ︸ H.I. .(4(k + 1)− 2) = (2k)! k! (4k + 2) = (2k)!2(2k+1) k! × (k+1) (k+1) = (2k)!2(k+1)(2k+1) k!(k+1) = (2k+2)(2k+1)(2k)! (k+1)! = (2k+2)! (k+1)! = (2[k+1])! (k+1)! Logo, pelo PIM, P (n) : 2.6.10.14 · · · (4n − 2) = (2n)! n! é verdadeira ∀n natural. (b) n∑ i=3 i 2i = 1− n + 2 2n para todo número natural n ≥ 3. Resposta: Seja P (n) : ∑n i=3 i 2i = 1− n+2 2n , n ≥ 3. BASE DA INDUÇÃO: Vamos mostrar que P (3) é verdadeira. De fato, como 3 23 = 3 8 e 1− 3+2 23 = 1− 5 8 = 3 8 , P (3) é verdadeira. HIPÓTESE DA INDUÇÃO: Suponha que P (k) : ∑k i=3 i 2i = 1− k+2 2k seja verdadeira, ∀k ≥ 3. PASSO DA INDUÇÃO: Vamos mostrar que se P (k) é verdadeira, então P (k + 1) : ∑k+1 i=3 i 2i = 1− (k+1)+2 2k+1 é verdadeira. 4 ∑k+1 i=3 i 2i = k∑ i=3 i 2i︸ ︷︷ ︸ H.I + k+1 2k+1 = ( 1− k+2 2k ) + k+1 2k+1 = 1− ( k+2 2k − k+1 2k+1 ) = 1− ( 2(k+2)−(k+1) 2k+1 ) = 1− ( 2k+4−k−1 2k+1 ) = 1− ( k+3 2k+1 ) = 1− ( (k+1)+2 2k+1 ) Logo, pelo PIM, P (n) : ∑n i=3 i 2i = 1− n+2 2n , é verdadeira ∀n ≥ 3. 4. (2.0) Para usar um aplicativo, deve ser escolhida uma senha de 8 carac- teres formada por algumas das 26 letras do alfabeto e/ou por alguns dos 10 d́ıgitos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). As letras e os números não podem estar repetidos. As letras devem ser maiúsculas. De quantas maneiras podem ser escolhidas se cada senha deve conter: (a) pelo menos 1 letra? Justifique, Resposta: Vamos usar a noção de complemento neste caso. Para tal, vamos calcular a quantidade total de senhas e subtrair a quan- tidade de senhas que NÃO possuem letras. A quantidade total de senhas com 8 caracteres é dada por: A836 = 36! 28! . A quantidade de senhas que NÃO possuem letras é dada por: A810 = 10! 2! . Logo, uti- lizando a noção de complemento, a quantidade de senhas é dada por 36! 28! − 10! 2! . (b) a letra Z? Justifique, 5 Resposta: Como a letra Z está fixada, temos que escolher e po- sicionar os outros 7 d́ıgitos e, em seguida, vamos escolher uma posição para a letra Z. Para escolher e posicionar os 7 d́ıgitos, te- mos A735 = 35! 28! formas. Posicionados esses d́ıgitos, temos 8 espaços para posicionar a letra Z, ou seja, 8 formas de posicionar a letra Z. Pelo PM, a quantidade de senhas que possuem a letra Z é dada por: 8× 35! 28! . (c) os d́ıgitos 7 e 9 sempre juntos? Justifique. Resposta: Começaremos escolhendo e posicionando os outros d́ıgitos da senha. Para isso, temos A634 = 34! 28! . Vamos considerar que os d́ıgitos 7 e 9 são um único algarismo e escolher um lugar para posicioná-los entre os algarismos já posicionados. Note que temos 7 espaços e, portanto, 7 maneiras de posicionar o 7 e 9. Note também que temos duas configurações posśıveis para o 7 e 9: ou vão aparecer como 79 ou como 97. Logo, pelo PM, a quantidade de senhas que possuem os d́ıgitos 7 e 9 sempre juntos é dada por 34! 28! × 7× 2 = 34! 28! × 14. 5. (1.5) Numa classe de 12 estudantes um grupo de 7 será selecionado para uma excursão. De quantas maneiras diferentes esse grupo poderá ser formado: (a) se não houver restrições? Justifique. Resposta: Neste caso, não importa a ordem das escolhas. Por- tanto, a excursão pode ser montada de C712 = 12! 7!5! formas. (b) se 2 dos 12 estudantes são namorados e só irão juntos? Justifique. Resposta: Vamos separar em dois casos: os namorados vão e os namorados não vão. • CASO 1: namorados vão Neste caso, basta escolher os outros 5 estudantes dentre os 10 restantes. Logo, temos C510 = 10! 5!5! maneiras de formar essa excursão. 6 • CASO 2: namorados não vão Neste caso, basta escolher os 7 estudantes dentre os 10 restan- tes. Logo, temos C710 = 10! 7!3! maneiras de formar essa excursão. Pelo PA, temos 10! 5!5! + 10! 7!3! maneiras de formar esta excursão. 6. (2.0) Quantos são os anagramas da palavra ARARUAMA: (a) sem restrições? Justifique; Resposta: A palavra ARARUAMA possui 4 A’s, 2 R’s, 1 U e 1 M, totalizando 8 letras. Logo, o número total de anagramas desta palavra é dado por P 4,2,1,18 = 8! 4!2!1!1! . (b) que contenham as vogais todas juntas? Justifque; Resposta: Vamos considerar todas as vogais como uma única letra V . Note que existem P 4,15 = 5!4!1! = 5 configurações diferentes para V . Em seguida, vamos posicionar as consoantes. Temos P 2,13 = 3! 2!1! = 3 maneiras de posicioná-las. Depois de posicioná- las, temos 4 espaços para posicionar V . Logo, pelo PM, temos 5× 3× 4 = 60 anagramas nos quais as vogais estão todas juntas. (c) que contenham as vogais todas juntas e as consoantes também todas juntas? Justifique Resposta: No item (b), constatamos que existem 5 configurações para V . Vamos assumir que as consoantes também são uma única letra C. Neste caso, temos P 2,13 = 3!2!1! = 3 configurações distin- tas para C. Note que, como vogais devem estar todas juntas e consoantes também, ou temos vogais e consoantes (nesta ordem), ou consoantes e vogais (nesta ordem). Portanto, 2 configurações distintas. Assim, pelo PM, temos 5 × 3 × 2 = 30 anagramas nos quais as vogais todas juntas e as consoantes também todas juntas. 7 Gabaritos/Gabarito-CEDERJ-AP1-1-18-2.pdf Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação Disciplina Fundamentos de Algoritmos para Computação Professoras: Susana Makler e Sulamita Klein Gabarito da AP1 - Primeiro Semestre de 2018 Questões: 1. (1.8) Verifique se cada uma das afirmações abaixo é falsa ou verdadeira. Se for verdadeira, prove, se for falsa justifique. (a) ∅ = {∅} Resposta: A afirmação é falsa. Dois conjuntos são iguais se todo elemento de um conjunto é elemento do outro conjunto e vice- versa. O conjunto ∅ não tem elementos enquanto {∅} tem um elemento, ∅ ∈ {∅}. Logo, ∅ 6= {∅}. (b) (A ∪ C)−B = (A−B) ∪ (C −B), Resposta: A afirmação é verdadeira. (A ∪ C)−B = (propriedade da diferença) = (A ∪ C) ∩B = (propriedade distributiva) = (A ∩B) ∪ (C ∩B) = (propriedade da diferença) = (A−B) ∪ (C −B) (c) n(A∪B∪C) = n(A)+n(B)+n(C)−n(A∩B)−n(B∩C)−n(A∩C), onde A, B e C são conjuntos arbitrários. Resposta: A afirmação é falsa. Podemos apresentar o seguinte contra- exemplo: Considere os seguintes conjuntos: A = {1, 2, 3, 5}, B = {1, 2, 4, 6}, C = {1, 3, 4, 7} Neste caso, n(A) = n(B) = n(C) = 4, A ∩ B = {1, 2}, e consequente- mente n(A∩B) = 2, B∩C = {1, 4} e, portanto, n(B∩C) = 2 e A∩C = 1 {1, 3} e, tendo n(A ∩ C) = 2. Note que A ∪B ∪ C = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e, portanto, n(A ∪B ∪ C) = 7. Por outro lado, n(A) + n(B) + n(C)− n(A ∩B)− n(B ∩ C)− n(A ∩ C) = 4 + 4 + 4− 2− 2− 2 = 6, valor diferente de n(A ∪ B ∪ C). Portanto, a fórmula está incorreta e pode ser reescrita da seguinte maneira, utilizando o Prinćıpio da Inclusão e Exclusão: n(A ∪B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C)− n(A ∩B)− n(B ∩ C)− n(A ∩ C) + n(A ∩B ∩ C). 2. (1.7) Mostre por Indução Matemática que: 2.3 + 2.32 + 2.33 + · · ·+ 2.3n = 3n+1 − 3 para todo número natural ≥ 1. Resposta: Seja P (n): 2.3 + 2.32 + 2.33 + ... + 2.3n = 3n+1 − 3 Base da indução: Para n = 1, 2.3 = 6 = 9−3 = 32−3 = 31+1−3, logo P (1) é verdadeira. Hipótese de Indução: Suponha verdadeiro para k ≥ 1, isto é, P (k) é verdadeira, para k ≥ 1: P (k): 2.3 + 2.32 + 2.33 + ... + 2.3k = 3k+1 − 3 Passo da Indução: Vamos mostrar que se P (k) é verdadeiro então P (k + 1) é verdadeiro, isto é, temos que provar que: P (k + 1) : 2.3 + 2.32 + 2.33 + ... + 2.3k+1 = 3k+2 − 3 é verdadeira. 2 Desenvolvendo: 2.3 + 2.32 + 2.33 + ... + 2.3k+1 = = 2.3 + 2.32 + 2.33 + ... + 2.3k︸ ︷︷ ︸ H.I. +2.3k+1 = = 3k+1 − 3 + 2.3k+1 = = 3k+1(1 + 2)− 3 = = 3k+1(3)− 3 = = 3k+2 − 3 Logo pelo prinćıpio da indução matemática P (n) é verdadeiro para todo n natural. 3. (2.0) Uma classe tem 10 meninos e 9 meninas. Determine o número de comissões diferentes que podemos formar com 4 meninos e 3 meninas: Seja A o melhor aluno dentre os meninos da classe e seja B a melhor aluna dentre as meninas. (a) incluindo obrigatoriamente o melhor aluno dentre os meninos e a melhor aluna dentre as meninas. Resposta: Como precisamos escolher o número de comissões com 4 meninos e 3 meninas dentre uma classe com 10 meninos e 9 meninas sendo que A e B estejam sempre presentes na comissão, então podemos entender este problema como sendo o de encontrar o número de comissões com 3 meninos e 2 meninas dentre a classe com 9 meninos (retirado o melhor aluno) e 8 meninas (retirado a melhor aluna). Escolher 3 meninos dentre 9 meninos pode ser feito C39 = 9! 6!3! . Escolher 2 meninas dentre 8 meninas pode ser feito C28 = 8! 6!2! . Assim, pelo prinćıpio multiplicativo, podemos concluir que o número de comissões que 4 meninos e 3 meninas dentre uma classe com 10 meninos e 9 meninas sendo que obrigatoriamente o melhor aluno dentre os meninos e a melhor aluna dentre as meninas estejam é C39 .C 2 8 = 9! 6!3! . 8! 6!2! (b) incluindo obrigatoriamente o melhor aluno dentre os meninos ou a melhor aluna dentre as meninas. 3 Resposta: Sejam A o melhor aluno menino da turma e B a melhor aluna menina da turma. Como precisamos escolher o número de comissões com 4 meninos e 3 meninas dentre uma classe com 10 meninos e 9 meninas sendo que A OU B estejam presentes na comissão, então devemos divi- dir este problema em 3 casos: (i) comissões com 4 meninos e 3 meninas de maneira que A está na comissão e B não está na comissão. Neste caso temos que escolher 4 meninos e 3 meninas dentre uma classe com 10 meninos e 9 meninas sendo que A esteja na comissão e B não esteja na comissão, então podemos entender este problema como sendo o de encontrar o número de comissões com 3 meninos e 3 meninas dentre a classe com 9 meninos (retirado o melhor aluno) e 8 meninas (retirado a melhor aluna). Escolher 3 meninos dentre 9 meninos pode ser feito C39 = 9! 6!3! . Escolher 3 meninas dentre 8 meninas pode ser feito C38 = 8! 5!3! . Pelo prinćıpio multiplicativo, temos C39 .C 3 8 = 9! 6!3! . 8! 5!3! (ii) comissões com 4 meninos e 3 meninas de maneira que B está na comissão e A não está na comissão. Neste caso temos que escolher 4 meninos e 3 meninas dentre uma classe com 10 meninos e 9 meninas sendo que A não esteja na comissão e B esteja na comissão, então podemos entender este problema como sendo o de encontrar o número de comissões com 4 meninos e 2 meninas dentre a classe com 9 meninos (retirado o melhor aluno) e 8 meninas (retirado a melhor aluna). Escolher 4 meninos dentre 9 meninos pode ser feito C49 = 9! 5!4! . Escolher 2 meninas dentre 8 meninas pode ser feito C28 = 8! 6!2! . Pelo prinćıpio multiplicativo, temos C49 .C 2 8 = 9! 5!4! . 8! 6!2! Vale ressaltar que este item pode ser feito pelo complemento. (iii) comissões com 4 meninos e 3 meninas de maneira que A e B pertencem a comissão. Este caso é semelhante ao item (a) da questão 3, e portanto, temos C39 .C 2 8 = 9! 6!3! . 8! 6!2! comissões. 4 Assim, pelo prinćıpio aditivo, podemos concluir que o número de comissões que 4 meninos e 3 meninas dentre uma classe com 10 meninos e 9 meninas sendo que obrigatoriamente o melhor aluno dentre os meninos OU a melhor aluna dentre as meninas estejam é C39 .C 3 8 + C 4 9 .C 2 8 + C 3 9 .C 2 8 = 9! 6!3! . 8! 6!2! + 9! 5!4! . 8! 6!2! + 9! 6!3! . 8! 6!2! 4. (1.5) Um grupo de pessoas é formado por sete homens e três mulheres. Deseja-se formar filas com 5 dessas pessoas de modo que as três mu- lheres ocupem sempre as três primeiras posições. Assim, de todas as filas posśıveis, quantas obedecem essa restrição? Resposta: Como devemos formar filas de modo a colocar as três mulhe- res do grupo sempre nas três primeiras posições da fila, então isto pode ser feito de P3 = 3! maneiras. Para completar a fila, faltam 2 pessoas que devem ser selecionadas dentre os 7 homens. Como importa a ordem na fila, devemos utilizar o conceito de arranjo, ou seja, o número de selecionar 2 homens dentre 7 é A27 = 7! 5! . Pelo prinćıpio multiplicativo, o número de filas que obedecem essa restrição é P3.A 2 7 = 3! 7! 5! . 5. (1.5) Quantos números de d́ıgitos, maiores que 600000000, e terminando em 1 podem ser formados usando apenas os algarismos 1, 1, 1, 1, 3, 3, 6, 6, 6? Justifique. Resposta: Queremos formar números de 9 d́ıgitos maiores que 600.000.000 terminando em 1 usando os algarismos 1, 1, 1, 1, 3, 3, 6, 6, 6, ou seja que- remos arrumar esses algarismos em 9 posições. A restrição do número ser maior que 6.000.000 nos dá que a primeira posição só pode ser ocupada pelo algarismo 6 e a restrição do número terminar em 1 nos dá que a última posição só pode ser ocupada pelo algarismo 1. Temos que o algarismo 6 deve ocupar a primeira posição e 1 ocupar a última posição, desta forma, vamos arrumar os algarismos 1, 1, 1, 3, 3, 6, 6 nas 7 posições restantes: P 2,2,37 = 7! 2!2!3! = 7 · 6 · 5 · 4 · 3! 2!2!3! = 210 6. (1.5) Quantos números naturais de 4 algarismos (repetidos ou não), podem ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 6, 8, e 9. Justifique. 5 Resposta: Cada número de 4 algarismos (que podem ser repetidos) formados com os d́ıgitos 1, 2, 3, 6, 8, e 9 corresponde a um arranjo com repetição de 6 elementos tomados 4 a 4. Portanto, o número total destes números é AR46 = 6 4 = 1296 6 Gabaritos/GABARITO-CEDERJ-AP1-1-18-3-ROCINHA.pdf Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação Disciplina Fundamentos de Algoritmos para Computação Professoras: Susana Makler e Sulamita Klein Gabarito da AP1 - Primeiro Semestre de 2018 - polo rocinha Questões: 1. (1.8) Verifique se cada uma das afirmações abaixo é falsa ou verdadeira. Se for verdadeira, prove, se for falsa justifique. (a) ∅ ∈ {1, 0,−1} Resposta: A afirmação é FALSA. Para esta afirmação ser verda- deira, ∅ deveria ser elemento do conjunto {1, 0,−1}. Desta forma, as seguintes afirmações são válidas: • ∅ /∈ {1, 0,−1}; • ∅ ⊂ {1, 0,−1}, pois o conjunto vazio é subconjunto de qual- quer conjunto. (b) n(B) = n(A ∪B)− n(A), Resposta: A afirmação é FALSA. Como contra-exemplo, podemos tomar os seguintes conjuntos A = {0, 1}, B = {1, 2}. Note que A ∪ B = {0, 1, 2}. Sendo assim, n(A) = n(B) = 2, n(A ∪ B) − n(A) = 3 − 2 = 1 e n(B) = 2, ou seja, n(B) 6= n(A ∪ B) − n(A) contradizendo a afirmação. (c) Sejam A e B dois conjuntos tais que B ⊆ A. Então n(A−B) = n(A)− n(B). Resposta: A afirmação é VERDADEIRA. Temos que A ∪ B = (A − B) ∪ B. Como (A − B) ∩ B = ∅ então, pelo Prinćıpio Aditivo, temos n(A ∪ B) = n((A− B) ∪ B) = n(A− B) + n(B). Por hipótese, temos que B ⊆ A, logo n(A∪B) = n(A). Portanto, n(A∪B) = n(A) = n(A−B) +n(B), e consequentemente, n(A− B) = n(A)− n(B). 2. (1.5) Mostre por Indução Matemática que: 2 3! + 3 4! + · · ·+ n (n + 1)! = 1 2 − 1 (n + 1)! 1 para todo natural n ≥ 2. Resposta: Seja P (n) : 2 3! + 3 4! + · · ·+ n (n+1)! = 1 2 − 1 (n+1)! ∀n ≥ 2 Base da indução: Vamos mostrar que P (2) é verdadeira. Analisando o lado esquerdo quando n = 2, temos: 2 3! = 2 6 = 1 3 . E o lado direito nos fornece: 1 2 − 1 (2+1)! = 1 2 − 1 3! = 1 2 − 1 6 = 3−1 6 = 2 6 = 1 3 . Logo, P (2) é verdadeira. Hipótese de indução: Suponha P (k) verdadeira, isto é, 2 3! + 3 4! + · · ·+ k (k + 1)! = 1 2 − 1 (k + 1)! , k ∈ N. Passo Indutivo: Vamos mostrar que se P (k) é verdadeira então P (k + 1) : 2 3! + 3 4! + · · ·+ k+1 (k+2)! = 1 2 − 1 (k+2)! é verdadeira. 2 3! + 3 4! + · · ·+ k+1 (k+2)! = 2 3! + 3 4! + · · ·+ k (k + 1)!︸ ︷︷ ︸ H.I. + k+1 (k+2)! = 1 2 − 1 (k+1)! + k+1 (k+2)! = 1 2 − 1 (k+1)! + k+1 (k+2)(k+1)! = 1 2 + −1(k+2)+k+1 (k+2)! = 1 2 + −k−2+k+1 (k+2)! = 1 2 + −1 (k+2)! = 1 2 − 1 (k+2)! Logo, pelo prinćıpio da indução matemática, P (n) : 2 3! + 3 4! + · · ·+ n (n + 1)! = 1 2 − 1 (n + 1)! é verdadeira ∀n ≥ 2. 2 3. (1.5) Um comitê de 7 membros deve ser formado a partir de 12 mulheres e de 12 homens. O comitê deve incluir pelo menos 1 mulher e 1 homem. De quantas maneiras esse comitê pode ser formado? Justifique. Resposta: Para solucionar esta questão, vamos utilizar o racioćınio do complemento. Note que, formar comitês que deva incluir pelo menos uma mulher e um homem é justamente o contrário de formar comitês com apenas mulheres ou apenas homens no comitê . Consideremos os seguintes conjuntos: U : conjunto de todos os comitês contendo 7 membros (é o conjunto universo). M : conjunto de comitês contendo 7 membros mulheres. H: conjunto de comitês contendo 7 membros homens. X: conjunto de comitês contendo 7 membros, sendo que deve incluir pelo menos 1 mulher e 1 homem Observemos que devemos calcular n(X) = n(U)− n(M)− n(H). Para encontrar o n(U), onde U : conjunto de todos os co- mitês contendo 7 membros (conjunto universo): C712+12 = C 7 24 = 24! 7!17! Para encontrar o n(M), onde M : conjunto de comitês con- tendo 7 membros mulheres. C712 = 12! 7!5! Para encontrar o n(H), onde M : conjunto de comitês con- tendo 7 membros homens. C712 = 12! 7!5! Portanto, o número de comitês com 7 membros a partir de 12 mulheres e de 12 homens, de modo que deve incluir pelo menos 1 mulher e 1 homem é n(U)− n(M)− n(H) = 24! 7!17! − 12! 7!5! − 12! 7!5! = 24! 7!17! − 2 12! 7!5! . 3 4. (2.0) Considere os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Quantos números na- turais superiores a 1000 e inferiores a 10000 podem ser formados se: (a) os números são pares e têm todos os d́ıgitos diferentes. Justifique. Resposta: Queremos encontrar os números naturais superiores a 1000 e inferiores a 10000 formados apenas com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, logo queremos encontrar os números naturais de 4 algarismos utilizando os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Como queremos que os números sejam pares, temos que estes devem ter- minar com algarismo par, logo temos três possibilidades: 2, 4 e 6. Como para esta questão, todos os d́ıgitos devem ser diferentes, então utilizaremos arranjos simples. Se fixarmos o algarismo 2 para ser o algarismo final do número temos A(6, 3) para os três algarismos restantes. Se fixarmos os outros dois algarismos pares da mesma forma que o algarismo 2, também teremos A(6, 3) para os outros três algarismos restantes. Portanto, pelo prinćıpio adi- tivo, temos 3.A(6, 3) = 3.6! 3! = 360 números pares. (b) os números são ı́mpares e os d́ıgitos podem ser repetidos. Justifi- que. Resposta: Queremos encontrar os números naturais superiores a 1000 e inferiores a 10000 formados apenas com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, logo queremos encontrar os números naturais de 4 algarismos utilizando os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Como queremos que os números sejam ı́mpares, temos que estes devem terminar com algarismo ı́mpar, logo temos quatro possibilidades: 1, 3, 5 e 7. Como para esta questão, os d́ıgitos podem ser repe- tidos, então utilizaremos arranjos com repetição. Se fixarmos o algarismo 1 para ser o algarismo final do número temos AR(7, 3) para os três algarismos restantes. Se fixarmos os outros três alga- rismos ı́mpares da mesma forma que o algarismo 1, também tere- mos AR(7, 3) para os outros três algarismos restantes. Portanto, pelo prinćıpio aditivo, temos 4.AR(7, 3) = 4.73 = 1372 números ı́mpares. 5. (1.7) Considere as letras da palavra MATEMATICA (sem acento). 4 (a) Quantos anagramas podem ser formados ? Justifique. Resposta: A palavra MATEMATICA tem 10 letras das quais 3 são A’s, 2 são M’s, 2 são T’s, 1 é E, 1 é I e 1 é C. Como temos letras repetidas, para determinar o número de anagramas desta palavra temos que utilizar o conceito de permutação com repetição. Portanto, temos P 3,2,2,1,1,110 = 10! 3!2!2!1!1!1! anagramas da palavra MATEMATICA. (b) Em quantos anagramas as consoantes estão todas consecutivas? Justifique. Resposta: Inicialmente vamos determinar o número de vogais e consoantes da palavra a fim de facilitar nossos cálculos. A palavra M A T E M A T I C A tem 5 vogais, a saber: 3A’s, 1 E e 1 I, e as 5 consoantes: 2M’s, 2T’s e 1C, totalizando 10 letras. Queremos determinar o número de anagramas onde as CONSOAN- TES aparecem todas juntas. Para isso, vamos utilizar o seguinte racioćınio: Uniremos todas as CONSOANTES em um único bloco e o consi- deraremos uma única letra. Neste bloco, as 5 consoantes podem ser arrumadas de P 2,2,15 formas, pois temos duas repetições das letras M e T. Agora, basta permutarmos as 5 vogais juntamente com o bloco de consoantes, levando em conta que a letra A se repete 3 vezes nesta palavra. Logo, temos P 3,1,1,16 formas de posicionar estas 6 letras. Portanto, o número de anagramas da palavra M A T E M A T I C A é dado por: P 2,2,15 × P 3,1,1,1 6 = 5! 2!2!1! × 6! 3!1!1!1! = 30× 120 = 3600. 6. (1.5) No sistema decimal de numeração, quantos números existem com 5 algarismos repetidos ou não? Justifique. Resposta: Observemos que para no sistema decimal de numeração, os números são formados pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Que- remos os números com 5 algarismos repetidos ou não, então temos 5 como restrição que o primeiro d́ıgito (dezena de milhar) não contempla o algarismo 0, logo o primeiro d́ıgito possui apenas as possibilidades 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Para a primeira posição temos 9 maneiras (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Fixado um número na primeira posição, temos AR410 = 10 4 possibilidades, pois para os demais d́ıgitos devemos considerar o algarismo 0 e os números podem estar repetidos ou não. Logo, usando o prinćıpio multiplicativo, temos 9AR410 = 90000 possibilidades. OUTRO RACIOCÍNIO: A quantidade de números de 5 algarismos são todos os arranjos de 5 posições usando 10 algarismos, que podem ser com repetição ou não, menos aqueles que começam por zero. O total de arranjos de 5 posições são arranjos com repetição AR510 = 10 5. O total de arranjos de 5 algarismos que têm 0 na primeira posição é AR410 = 10 4. Logo, usando a noção de complemento, tem-se que 105 − 104 = 100000− 10000 = 90000 números. 6 Gabaritos/Gabarito_AP2_18_1.pdf Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação Disciplina Fundamentos de Algoritmos para Computação Professoras: Susana Makler e Sulamita Klein Gabarito da AP2 - Primeiro Semestre de 2018 Questões: 1. (1.2) Determine quantas são as soluções inteiras, não negativas da equação: x1 + x2 + x3 + x4 ≤ 25 tais que x2 > 1 ? Justifique. Resposta: Como a variável x2 é maior que 1, ou seja, x2 é maior ou igual a 2, precisamos reescrever a inequação em função de uma variável não negativa. Seja x2 = x ′ 2 + 2. Note que, como x2 ≥ 2, x′2 ≥ 0. Fazendo a substituição na inequação de x2 por x ′ 2 + 2 temos: x1 + x ′ 2 + 2 + x3 + x4 ≤ 25 x1 + x ′ 2 + x3 + x4 ≤ 23 Para transformar esta inequação em uma equação, vamos acrescentar uma variável f de folga. Esta variável tem o papel de completar o valor que a expressão à esquerda assume de modo a igualá-lo ao resultado da direita da inequação. Então, se, por exemplo, x1 +x ′ 2 +x3 +x4 = 23, f assume o valor 0. Se x1 +x ′ 2 +x3 +x4 = 22, então f assume o valor 1 e assim sucessivamente. Note que o maior valor que f pode assumir é 23. Assim, estamos acrescentando à inequação a variável f ≥ 0 de modo a obter a seguinte equação com variáveis inteiras e não-negativas: 1 x1 + x ′ 2 + x3 + x4 + f = 23 Logo, o número de soluções inteiras não negativas de x1 + x2 + x3 + x4 ≤ 25 com x2 > 1 corresponde ao número de soluções inteiras não negativas da equação acima, que podemos obter utilizando o conceito de Combinações com repetição. Portanto, temos CR235 = C 23 23+5−1 = C2327 = 27! 23!4! = 17550 soluções inteiras e não-negativas para a inequação x1 + x2 + x3 + x4 ≤ 25, sendo x2 > 1. 2. (1.3) Determine o termo independente no desenvolvimento de ( 5x3 − 4 x2 )55 Justifique a resposta. Resposta: A fórmula para o termo geral do desenvolvimento do Binômio de Newton de (a + b)n é dada por: Tk+1 = C k n a n−k bk, para k = 0, 1, · · · , n. Neste caso temos n = 55, a = 5x3 e b = − 4 x2 ). Tk+1 = C k 55 (5x 3)55−k (− 4 x2 )k = Ck55 (5) 55−k x165−3k (−1)k 4k x2k = Ck55 (5) 55−k (−1)k x165−3k 4k x2k = Ck55 (5) 55−k (−1)k 4k x165−3k x2k = Ck55 (5) 55−k (−1)k 4k x165−3k−2k = Ck55 (5) 55−k (−1)k 4k x165−5k Como queremos o termo independente, queremos o coeficiente de x0, logo temos: 165− 5k = 0 5k = 165 k = 33 Portanto, T34 = C 33 55 (5) 55−33 (−1)33 433 = 55! 33!22! 522 (−1) 433 = − 55! 33!22! 522 433. 2 3. (1.0) Use o Teorema das diagonais para calcular a seguinte soma: C150 + C 2 51 + C 3 52 + · · ·+ C1160 Resposta: O teorema das diagonais nos diz que C0n + C 1 n+1 + C 2 n+2 + . . . + Crn+r = C r n+r+1 C150 + C 2 51 + C 3 52 + · · ·+ C1160 = = C150 + C 2 51 + C 3 52 + · · ·+ C1160 + C049 − C049 = = C049 + C 1 50 + C 2 51 + C 3 52 + · · ·+ C1160︸ ︷︷ ︸ Pelo teorema das diagonais, quando n=49 e r=11 − C049 = = C1149+11+1 − C049 = = C1161 − C049 = = 61! 11!50! − 49! 0!49! = = 61! 11!50! − 1 4. (1.0) Encontre a fórmula fechada da relação de recorrência: an = 2an−1 − 1 para todo número natural n, a0 = −1 Justifique. Resposta: Utilizando o método da Substituição regressiva temos: 3 an = 2 an−1 − 1 = 2 (2 an−2 − 1) − 1 = 22 an−2 − 2 − 1 = 22 (2 an−3 − 1) − 2 − 1 = 23 an−3 − 22 − 21 − 20 ... = 2i an−i − 2i−1 − 2i−2 − . . . − 22 − 21 − 20 Fazendo n− i = 0 temos que i = n e sabendo que a0 = − 1, temos: an = 2 n a0 − 2n−1 − 2n−2 − . . . − 22 − 21 − 20 = − 2n − 2n−1 − 2n−2 − . . . − 22 − 21 − 20 = − ( 20 + 21 + 22 + . . . + 2n−2 + 2n−1 + 2n )︸ ︷︷ ︸ soma dos n + 1 primeiros termos de uma P.G de razão 2. = − ( 2n+1 − 20 2 − 1 ) Portanto, a fórmula fechada para a relação de recorrência é an = 1 − 2n+1, n ≥ 0, a0 = − 1. 5. (1.3) Seja G um grafo planar conexo com sequência de grau de vértices (1, 2, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 5, 5). Determine o número de arestas e o número de faces de G. Justifique. Resposta: Pelo Teorema do Aperto de Mãos, temos:∑ v∈V d(v) = 2m 4 Como G possui a sequência de grau de vértices (1, 2, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 5, 5), então: 1+2+2+2+2+2+3+3+3+4+4+5+5 = 2m⇒ 38 = 2m⇒ m = 19 Pelo teorema de Euler para grafos planares temos que em um grafo pla- nar, f = m− n+ 2, onde f,m, n denotam respectivamente os números de faces, arestas e vértices do grafo. Assim, G possui: f = m− n + 2⇒ f = 19− 13 + 2⇒ f = 8 6. (4.2) As seguintes perguntas devem ser respondidas considerando o grafo G = (V,E), sendo: V = {a, b, c, d, e, f, g} e E = {(a, b), (a, e), (a, f), (a, g), (b, c), (c, d), (c, e), (c, f), (d, e), (d, g), (e, f), (f, g)} Considere a seguinte representação gráfica: a b c d e f g (a) G é bipartido? Justifique. Resposta: NÃO, pois um grafo G é bipartido se e somente G não possui ciclo ı́mpar, e neste caso o grafo G possui ciclo ı́mpar, como por exemplo, a, e, f, a. (b) O conjunto de vértices {a, e, f, g} é uma clique de G? Resposta: NÃO, pois um subconjunto de vértices de um grafo G é clique, se para quaisquer dois pares de vértices deste subconjunto, estes são adjacentes. No conjunto de vértices {a, e, f, g} isto não acontece, já que os vértices e e g não são adjacentes. 5 (c) G é euleriano? Justifique. Resposta: NÃO, pois por teorema temos que um grafo G é eule- riano se e somente se todo vértice de G possui grau par. Os graus dos vértices d e g do grafo G possuem grau ı́mpar, isto é, dG(d) = dG(g) = 3. Logo, G não é euleriano. (d) G é hamiltoniano? Caso seja, dê o ciclo hamiltoniano de G. Resposta: SIM, pois podemos exibir o seguinte ciclo Hamiltoniano: abcdefga. (e) Qual o diâmetro de G e qual o centro de G? Justifique. Resposta: Sabemos que: • A distância entre vértices v, w, denotada por d(v, w) é o ta- manho do menor caminho entre v e w, caso exista algum. • A excentricidade de um vértice v, denotada por e(v), é a maior distância de v a qualquer outro vértice do grafo. • O diâmetro de um grafo G, denotado por diam(G), é o valor da maior excentricidade de G. • O centro de um grafo G, denotado por C(G), é o conjunto de vértices com a menor excentricidade de G. Assim, como e(a) = e(b) = e(c) = e(d) = e(e) = e(f) = e(g) = 2, temos que diam(G) = 2 e C(G) = {a, b, c, d, e, f, g} = V (G). (f ) Dê uma orientação às arestas de G (desenhe no grafo), de maneira que o digrafo gerado por essa orientação seja fortemente conexo. Justifique. Resposta: Seja D o digrafo formado com uma orientação dada pelas arestas de G: • Um digrafo D é fortemente conexo quando para todo par de vértices v, w ∈ V (G) existir um caminho em D de v para w e também de w para v. 6 a b c d e f g Podemos observar que o digrafo D apresentado possui um ciclo direcionado abcdefga e podemos partir de um vértice escolhido e chegar a qualquer outro, basta percorrer o ciclo no sentido dado. Logo, o digrafo D dado é fortemente conexo. 7
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