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Sociologia Política: Relações entre Política e Sociedade

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4
Bircham International University
Faculty of Arts & Humanities
Especialidade de Bachelor em Sociologia
Livro: Curso de Sociologia e Política de Benjamin Marcos Lago
Bircham International University
Faculty of Arts & Humanities
Especialidade de Sociologia
 
Relatório de Estudo 
Livro: Curso de Sociologia e Política de Benjamin Marcos Lago
‘‘Pela presente juro que sou o único autor do presente relatório e que o seu conteúdo é consequência do meu trabalho sobre o livro de texto’’
Portugal - Lisboa 2018
Aluno: Filipa Duarte da Costa Dias
ÍNDICE
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Bibliografia
Introdução
Este trabalho foi elaborado para a Bircham International University e tem como objectivo aprofundar as questões da política e da sociologia para o desenvolvimento da sociedade contemporânea.
Pode afirmar-se que, através da política conseguimos adquirir um conjunto determinado de princípios que regem a sociedade a nível político, com normas e valores a serem cumpridos para evitar uma anomia social, ou sea, ausência de valores.
Com os princípios da sociologia política, podemos afirmar que a política se encarrega de oferecer os mecanismos e recursos necessários para uma boa harmonia em plena sociedade.
Pode concluir-se, assim, que a sociologia política e a respectiva política de cada sociedade, abrange os critérios e normas vigentes em determinada sociedade, a serem devidamente cumpridas pelos indivíduos, enquanto membros de uma determinada realidade social.
Assim, a política tem um papel crucial na delimitação de regras e condutas para o bom funcionamento das sociedades em geral.
Sociologia Política é uma área do conhecimento científico que estuda os fenômenos políticos utilizando as teorias e metodologias típicas da pesquisa sociológica. Isso significa que a Sociologia Política é um ramo específico da Sociologia que tem por objeto a política. 
Mas o que é que se entende por política? Para alguns teóricos, a política se resume a disputa de indivíduos e grupos pelo controle do Estado. 
Para outros, a política se relaciona as possibilidades de livre participação que todos os cidadãos deveriam ter nas decisões coletivas. 
Dependendo a noção que se tenha sobre o que é política, altera-se a ideia de onde começa e termina o campo de pesquisa da Sociologia Política. 
A questão é complexa, mas, para fins de estudo, diremos apenas que entende-se por política tudo aquilo que diz respeito a gestão do que é público, isso é, daquilo que pertence a um coletivo de pessoas – incluindo recursos e instituições.
Tendo em mente esse conceito, podemos dizer que a Sociologia Política irá tratar de relacionar política e sociedade, tratando de entender as relações de poder que se configuram entre essas duas esferas. 
Um exemplo: quando uma associação de empresas pressiona o governo para aprovar novas leis trabalhistas que permitam uma jornada mais longa de trabalho, estamos tratando de um possível objecto de análise para o pesquisador da Sociologia Política. 
Isso porque, nessa situação, observamos o exercício do poder político dentro de um contexto social onde há interesses conflituosos entre dois grupos sociais (empresários e empregados). As possibilidades que diferentes grupos têm de pressionar o Estado e garantir benefícios próprios é um tema recorrente na Sociologia Política.
Logicamente, a Sociologia Política em si só surgiu após a criação da própria Sociologia. Entretanto, as reflexões a cerca das relações entre política e sociedade são bastante antigas, remontando a Aristóteles (na Antiguidade Clássica) e Maquiavel (no Renascimento). Ao lado de Toqueville e Montesquieu, estes autores podem ser considerados como os grandes precursores da Sociologia Política. 
Porém, é apenas com Karl Marx, Émile Durkheim e Marx Weber que essa disciplina ganha seu status científico. Esses são os três grandes fundadores da Sociologia e, pela grande atenção que dedicaram as relações entre as esferas sociais e políticas, podem também ser considerados como os pais da Sociologia Política. 
Marx dedicou boa parte de seus escritos a elucidar as relações entre a luta de classes e o Estado. Weber escreveu sobre os diferentes tipos de dominação política, destacando o papel da burocracia no Estado moderno. Por sua vez, Durkheim debateu o papel do Estado para a manutenção da unidade entre os indivíduos na sociedade industrial nascente.
Em meados do século XIX são publicadas no Brasil obras que podem ser consideradas como grandes precursoras da Sociologia Política nacional. 
Nesse período, alguns autores já se ocupavam em estudar a consolidação da estrutura política brasileira e suas relações com as características da sociedade local, suas particularidades históricas e regionais. 
No final deste século, Joaquim Nabuco publica O Abolicionismo, que foi, para alguns intelectuais, a primeira grande obra de Sociologia Política genuinamente brasileira. Nela, Nabuco defendia que a escravidão havia cumprido um papel fundamental na formação social, política e económica do país, sendo a instituição central que determinaria o funcionamento de todas as esferas sociais brasileiras. 
A partir da década de 1930 vivemos um período super fértil da Sociologia Política no Brasil, consagrando as obras de Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda como grandes clássicos dos estudos sociais sobre a formação da sociedade brasileira. 
Sociologia política é o ramo da sociologia que reflete sobre o poder, o Estado e o dever político. É o estudo das bases sociais da política. A Sociologia ajuda a entender a politica em si. Esta deriva do grego politica.[1]
Foi instituída pelo francês Auguste Comte e desenvolvida posteriormente por outros autores como Emile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, entre outros. Obras de pensadores como Thomas Moore, John Locke, Thomas Hobbes eMontesquieu contribuíram para seu desenvolvimento.
Sociologia da Política, por KARL MARX, em que são tratados os aspectos fundamentais do pensamento político do filósofo alemão, extraído de uma colectânea compilada por HT. B. BOTTOMORE e M. RUBE e publicada no Brasil em 1964 pelo mesmo editor. BOTTOMORE coligiu o pensamento político de MARX a partir de pràticamente todas as suas obras. Num primeiro momento temos a concepção marxista do Estado e da Lei, a partir do fundamento de que "o Estado é a estrutura da sociedade" (pág. 12), não sendo possível estabelecer distinção entre estas duas categorias. A tentativa de fazê-lo só é inteligível no quadro de um pensamento político burguês. 
O Estado se apóia na escravidão e na subserviência da sociedade civil e não constitui mais do que a expressão da classe dominante no poder. 
As leis não são mais do que parte da superestrutura que tende a legitimar a permanência da classe dominante no poder, em detrimento das demais classes e especialmente do proletariado. Tal era a situação do Estado Ocidental Europeu o século passado. 
A patologia existente na sociedade seria explicada em função da "lei natural", que implicava na existência de classes com diferentes níveis de renda. A iniqüidade era tão inevitável como o processo biológico. Além disso cumpriria acrescentar que a "má administração" poderia também responder pelos aspectos injustos e opressores vigentes na comunidade, sem que o Estado pudesse exercer sobre ela um controle absoluto. 
Em síntese "desde que o Estado é a forma em que os indivíduos da classe dominante proclamam seus interesses comuns, e na qual é condensada toda a sociedade civil de uma época, segue-se que o Estado atua como interrmediário em nome de todas as instituições da comunidade, e tais instituições recebem uma conformação política”.
A coerência do próprio sistema obriga a que se desemboque na filosofia da revolução, esta sendo, na verdade, a única coisa que pode constituir o objecto de reflexão de um pensamento político verdadeiro. 
Desde que riqueza e proletariado constituem antinomias e que é necessário dar cumprimento ao processo c,o que resta é a "revolução em geral, a derrubada do governo existente e a dissolução das relações sociais em vigor (pág. 31), como o único ato político válido e possível.
Política (do Grego: πολιτικός / politikos, significa "de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis") denomina-se a arte ou ciência da organização, direcção e administração de nações ou Estados; a aplicação destaciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa).[3] Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.
A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "pólis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas europeias modernas através do francês" politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência dos Estados".[4]
O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.
A política, como forma de actividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao poder. O poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros exercícios de poder, sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido tradicionalmente definido como "consistente nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem" (Hobbes) ou, como "conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados
O que a política pretende alcançar pela ação dos políticos, em cada situação, são as prioridades do grupo (ou classe, ou segmento nele dominante): nas convulsões sociais, será a unidade do Estado; em tempos de estabilidade interna e externa, será o bem-estar, a prosperidade; em tempos de opressão, a liberdade, direitos civis e políticos; em tempos de dependência, a independência nacional. A política não tem fins constantes ou um fim que compreenda a todos ou possa ser considerado verdadeiro: "os fins da Política são tantos quantas são as metas que um grupo organizado se propõe, de acordo com os tempos e circunstâncias".
A política se liga ao meio e não sobre o fim, corresponde à opinião corrente dos teóricos do Estado, que excluem o fim dos seus elementos constitutivos. Para Max Weber: "Não é possível definir um grupo político, nem tampouco o Estado, indicando o alvo da sua ação de grupo. Não há nenhum escopo que os grupos políticos não se hajam alguma vez proposto(…) 
Só se pode, portanto, definir o caráter político de um grupo social pelo meio(…) que não lhe é certamente exclusivo, mas é, em todo o caso, específico e indispensável à sua essência: o uso da força".[8] Portanto, o fim essencial da política é a aquisição do monopólio da força.
A esfera da política é a da relação amigo-inimigo. Nesse sentido, a origem e de aplicação da política é o antagonismo nas relações sociais e sua função se liga à actividade de associar e defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos.[4] Há conflitos entre os homens e entre os grupos sociais, entre esses conflitos, há alguns notáveis pela intensidade que são os conflitos políticos. As relações entre os grupos instigadas por esses conflitos, agregando os grupos internamente ou os confrontando entre si, são as relações políticas. O conflito mais amplo, entre grupos consubstanciados em Estados é a guerra, nesse sentido tida como a continuação da política por outros meios, no dizer de Clausewitz.
A crise política sem fim e sem precedentes sugere algumas reflexões sobre o problema da ética na política. Nenhuma profissão é mais nobre do que a política porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. A actividade política só se justifica se o político tiver espírito republicano, ou seja, se as suas acções, além de buscarem a conquista do poder, forem dirigidas para o bem público, que não é fácil definir, mas que é preciso sempre buscar. Um bem público que variará de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas o qual se espera que ele busque com prudência e coragem. E nenhuma profissão é mais importante, porque o político pode ter uma má influência sobre a vida das pessoas maior do que a de qualquer outra profissão.
A ética da política não pode ser diferente da ética da vida pessoal. E além de observar os princípios gerais, como não matar ou não roubar, o político deve mostrar ao povo que o elegeu sua capacidade de defender o bem comum, e o bem estar de toda a sociedade, sem se preocupar com o simples exercício do poder. Além de não distinguir, de qualquer forma, os demais membros da sociedade, deve ser capaz de mostrar à esses membros que assume a responsabilidade pela consecução deste objetivo. Exerce assim, o que se convencionou chamar da "ética da responsabilidade".
E a ética da responsabilidade leva em consideração as consequências das decisões que o político adopta. Em muitas ocasiões, o político pode ser colocado frente adilemas morais para tomar decisões. Mas, o político ciente, de sua obrigação com a ética da responsabilidade, sabe que não deve subverter seus valores e, muito menos aqueles que apresentou para seus eleitores.
Tipos de poder
O elemento específico do poder político pode ser obtido das várias formas de poder, baseadas nos meios de que se serve o sujeito activo da relação para determinar o comportamento do sujeito passivo. Assim, podemos distinguir três grandes classes de um conceito amplíssimo do poder.
Poder Político
É o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade para controlar aqueles que não os possuem. Consistente também na realização de um certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os têm em relação àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de influenciar o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.[4]
Poder ideológico
O poder ideológico se baseia na influência que as ideias da pessoa investida de autoridade exerce sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento nasce a importância social daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas, quer os intelectuais ou cientistas das sociedades evoluídas. É por eles, pelos valores que difundem ou pelos conhecimentos que comunicam, que ocorre a de socialização necessária à coesão e integração do grupo.[4] O poder dos intelectuais e cientistas emerge na modernidade quando as ciências ganham um estatuto preponderante na vida política da sociedade, influenciando enormemente o comportamento das pessoas. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida, o que na Idade Média era "mistério da fé".
O poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce a força física: é o poder coator no sentido mais estrito da palavra.
A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso não significa que, ele seja exercido pelo uso da força, mas sim que haja a possibilidade do uso, sendo esta a condição necessária, mas não suficiente, para a existência do poder político.[4] A característica mais notável do poder político é que ele detém a exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos sob sua influência.
Hobbes e o direito 
O fundamento da teoria moderna do Estado, segundo Hobbes, é a passagem do Estado de natureza ao Estado civil, ou daanarchía à archia, do Estado apolítico ao Estado político. Essa transição é representada pela renúncia de cadaum ao direito de usar cada um a própria força. Existente no estado de natureza e que torna todos os indivíduos iguais entre si, para delegar o direito do exercício da força a uma única pessoa, um único corpo, que será o único autorizado a usar a força contra eles.
Teorias marxista e weberiana[editar | editar código-fonte]
A hipótese jusnaturalista abstracta adquire profundidade histórica na teoria do Estado de Marx e de Engels, segundo a qual a sociedade é dividida em classes antagónicas e as instituições políticas têm a função primordial de permitir à classe dominante manter seu domínio. Mas, este objectivo só pode ser alcançado na estrutura do antagonismo de classes pelo controle eficaz do monopólio da força; é por isso que, cada Estado é, e não pode deixar de ser uma ditadura.[4] Já é clássica a definição de Max Weber
O que a política pretende alcançar pela acção dos políticos, em cada situação, são as prioridades do grupo (ou classe, ou segmento nele dominante): nas convulsões sociais, será a unidade do Estado; em tempos de estabilidade interna e externa, será o bem-estar, a prosperidade; em tempos de opressão, a liberdade, direitos civis e políticos; em tempos de dependência, a independência nacional. A política não tem fins constantes ou um fim que compreenda a todos ou possa ser considerado verdadeiro: "os fins da Política são tantos quantas são as metas que um grupo organizado se propõe, de acordo com os tempos e circunstâncias". A política se liga ao meio e não sobre o fim, corresponde à opinião corrente dos teóricos do Estado, que excluem o fim dos seus elementos constitutivos. Para Max Weber: "Não é possível definir um grupo político, nem tampouco o Estado, indicando o alvo da sua acção de grupo. Não há nenhum escopo que os grupos políticos não se hajam alguma vez proposto(…) Só se pode, portanto, definir o carácter político de um grupo social pelo meio(…) que não lhe é certamente exclusivo, mas é, em todo o caso, específico e indispensável à sua essência: o uso da força". Portanto, o fim essencial da política é a aquisição do monopólio da força.
A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "pólis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas europeias modernas através do francês"politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência dos Estados".[4]
O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, colectividade e outras definições referentes à vida urbana.
O poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce a força física: é o poder coator no sentido mais estrito da palavra.
A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso não significa que, ele seja exercido pelo uso da força, mas sim que haja a possibilidade do uso, sendo esta a condição necessária, mas não suficiente, para a existência do poder político.[4] A característica mais notável do poder político é que ele detém a exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos sob sua influência.
No poder político há três características. Uma delas é a Exclusividade, que trata da tendência de não se permitir a organização de uma força concorrente como, por exemplo, grupos armados independentes que ameacem o poder. Se encontra também a Universalidade, tratando-se esta da capacidade de se
tomar decisões para toda a colectividade. E por último a Inclusividade, que é a possibilidade de intervir, de modo imperativo, em todas as esferas possíveis de actividades de membros do grupo e de encaminhar tais actividades aos fins desejados ou de desviá-las de um fim não desejado.
De forma sintética, podemos dizer que a Sociologia Política é uma área do conhecimento científico que estuda os fenômenos políticos utilizando as teorias e metodologias típicas da pesquisa sociológica. Isso significa que a Sociologia Política é um ramo específico da Sociologia que tem por objeto a política. Mas o que é que se entende por política? Para alguns teóricos, a política se resume a disputa de indivíduos e grupos pelo controle do Estado. Para outros, a política se relaciona as possibilidades de livre participação que todos os cidadãos deveriam ter nas decisões coletivas. Dependendo a noção que se tenha sobre o que é política, altera-se a ideia de onde começa e termina o campo de pesquisa da Sociologia Política. A questão é complexa, mas, para fins de estudo, diremos apenas que entende-se por política tudo aquilo que diz respeito a gestão do que é público, isso é, daquilo que pertence a um coletivo de pessoas – incluindo recursos e instituições.
Tendo em mente esse conceito, podemos dizer que a Sociologia Política irá tratar de relacionar política e sociedade, tratando de entender as relações de poder que se configuram entre essas duas esferas. Um exemplo: quando uma associação de empresas pressiona o governo para aprovar novas leis trabalhistas que permitam uma jornada mais longa de trabalho, estamos tratando de um possível objeto de análise para o pesquisador da Sociologia Política. Isso porque, nessa situação, observamos o exercício do poder político dentro de um contexto social onde há interesses conflituosos entre dois grupos sociais (empresários e empregados). As possibilidades que diferentes grupos têm de pressionar o Estado e garantir benefícios próprios é um tema recorrente na Sociologia Política.
A Sociologia Política é um campo de pesquisa que reconhece tanto a especificidade das instituições e do comportamento políticos como a sua inevitável interação com outras dimensões da vida social. Nesse sentido, a área temática aceita trabalhos produzidos segundo o espírito analítico geral desse “híbrido interdisciplinar”, para usar a expressão de Giovani Sartori. Os trabalhos submetidos devem, portanto, pautar-se pela mobilização conjunta de variáveis sociais (econômicas, culturais, sociais etc.) e variáveis políticas com vistas a aprofundar o entendimento de fenômenos e processos políticos. A área temática “Sociologia Política” pauta-se também pelo pluralismo metodológico, aceitando trabalhos que façam uso tanto de técnicas de análise quantitativas como das diversas técnicas qualitativas existentes no âmbito das ciências sociais.
Acreditamos que quatro justificativas sustentam a presente proposta: a) primeira, há algum tempo que a sociologia no Brasil tem se dedicado pouco ao estudo dos fenômenos políticos e, ao mesmo tempo, há um número cada vez maior de profissionais trabalhando na área de ciência política, mas a partir da perspectiva que aqui defendemos, e que encontram pouco espaço para discutirem seus trabalhos; b) há evidente proximidade entre os problemas substantivos e teóricos trabalhados nas duas disciplinas: a sociologia política e a ciênciapolítica; c) o Brasil tem forte tradição na área de sociologia política e, d) por fim, o conhecimento dos fenômenos políticos só tem a ganhar ao agregar aos achados de outras perspectivas teóricas e metodológicas a perspectiva abrangente da sociologia política.
• Sociologia da Política, por KARL MARX, em que são tratados os aspectos fundamentais do pensamento político do filósofo alemão, extraído de uma coletânea compilada por HT. B. BOTTOMORE e M. RUBE e publicada no Brasil em 1964 pelo mesmo editor. BOTTOMORE coligiu o pensamento político de MARX a partir de pràticamente tôdas as suas obras. Num primeiro momento temos a concepção marxista do Estado e da Lei, a partir do fundamento de que "o Estado é a estrutura da sociedade" (pág. 12), não sendo possível estabelecer distinção entre estas duas categorias. A tentativa de fazê-lo só é inteligível no quadro de um pensamento político burguês. O Estado se apóia na escravidão e na subserviência da sociedade civile não constitui mais do que a expressão da classe dominante no poder. As leis não são mais do que parte da superestrutura que tende a legitimar a permanência da classe dominante no poder, em detrimento das demais classes e especialmente do proletariado. Tal era a situação do Estado Ocidental Europeu o século passado. A patologia existente na sociedade seria explicada em função da "lei natural", que implicava na existência de classes com diferentes níveis de renda. A iniqüidade era tão inevitável como o processo biológico. Além disso cumpriria acrescentar que a "má administração" poderia também responder pelos aspectos injustos e opressores vigentes na comunidade, sem que o Estado pudesse exercer sôbre ela um controle absoluto. Em síntese "desde que o Estado é a forma em que os indivíduos da classe dominante proclamam seus interêsses comuns, e na qual é condensada tôda a sociedade civil de uma época, segue-se que o Estado atua como interrmediário em nome de tôdas as instituições da comunidade, e tais instituições recebem uma conformação política" (Pág, 18).
A coerência do próprio sistema obriga a que se desemboque na filosofia da revolução, esta sendo, na verdade, a única coisa que pode constituir o objeto de reflexão de um pensamento politico verdadeiro. Desde que riqueza e proletariado constituem antinomias e que é necessário dar cumprimento ao processo dialético, o que resta é a "revolução em geral, a derrubada do govêrno existente e a dissolução das relações sociais em vigor (pág. 31), como o único ato político válido e possível.
• Dominação Tradicional, por MAX WEBER, extraída do seu livro Economia y Sociedad: Esbozo de Sociologia Comprensiva, e que constitui juntamente com a dominação burocrática e com a carismática as três formas de dominação ou de legitimação estudadas pelo sociólogo alemão.
Por tradicional entende-se a dominação cuja legitimidade "se apóia na santidade de ordenações e poderes de mando herdados de época muito distante, de tempo imemorial, acreditando-se nela em razão dessa santidade" (pág. 34). MAX WEBER empresta grande importância à dominação tradicional, enquanto forma de dominação, porque ela recobriu a maior parte da história e ainda hoje se estende a praticamente todas as sociedades não ocidentais. Todavia, convém lembrar que mesmo na sociedade ocidental "racionalizada", onde o nôvo modo econômico de produção, gerou uma racionalidade que se estendeu a outras esferas do social, a dominação tradicional ainda ocupa um lugar de grande destaque, pois os grupos primários encontram suas relações de poder fundamentalmente legitimados em função da tradição. WEBER nos fala do aparecimento de uma burocracia recrutada e treinada numa base tradicional no antigo Egito e na China, sendo que neste país chegou até nossos dias. Os funcionários em tais tipos de corpos administrativos eram aceitos em função de suas relações pessoais com o soberano ou com seus representantes e a permanência no quadro burocrático freqüentemente adquiria um caráter hereditário.
• A Classe Dirigente, por GAETANO MOSCA, extraído de sua obra em tradução inglesa, The Ruting Class,preocupa-se com a identificação e a descoberta das origens das pessoas que se encontram no poder e que também são chamadas por vêzes de "classe política". MOSCA não se prende à figura do chefe de Estado, Rei, Presidente, ou Primeiro Ministro, mas sim ao grupo que o cerca e que tende a se perpetuar no poder, e sem o qual o governar seria tarefa impossível de realizar. Isto porque "... o homem que está à testa do Estado não poderia certamente governar sem o apoio de uma numerosa classe que se encarregue de impor respeito às suas ordens assim como de fazer com que sejam; e mesmo supondo que possa fazer sentir o pêso de seu poder a um, ou mesmo a vários indivíduos da classe dirigente, certamente não poderia ir contra a classe como um todo ou dispensá-la inteiramente" (pág. 52).
Esta classe assume fisionomias distintas dependendo do tipo de sociedade que se quer analisar. Assim é que nas sociedades primitivas, onde a sociedade se encontra nos primeiros estágios da organização, a qualidade guerreira é a que mais se destaca, assumindo maior importância e fazendo com que classe dirigente venha a ser constituída por militares. Isto se explica em função de se ter de consolidar uma ordem interna e ainda o ter de defender as fronteiras contra agressões externas, sendo a guerra elemento constante e a paz situação excepcional. Estas sociedades estão presas a uma economia agrária e não raro os militares acabam também por se transformar nos proprietários rurais, enfeixando os elementos fundamentais para a sobrevivência da comunidade.
À medida que a atividade agrícola, ou o saque, ou o comércio levam a um aumento de renda, pelo menos no sentido ricardiano do têrmo, um novo grupo tende a se destacar, ou seja, os enriquecidos, que passam a constituir a classe dirigente ou passam a incluir-se, sem todavia derrubar, a classe dirigente e de militares e senhores rurais. Para que a riqueza passe a ser o fator decisivo para inclusão de pessoas na classe dirigente, até o ponto em que esta mesma classe dirigente seja identificada com a posse de fortunas, é necessário que algumas modificações ocorram na estrutura jurídica da sociedade visando a proteção da propriedade privada. "Isso acontece através de uma série de alterações gradativas na estrutura social, pelas quais um tipo de organização política, que chamaremos de Estado Feudal, é transformado em um tipo essencialmente diferente, ao qual daremos o nome de Estado Burocrático (pág. 58).
Ainda há lugar para que se considere um terceiro tipo de classe dirigente, a clerical, que tende a predominar em sociedades, cujos valores básicos se fundamentam em crenças religiosas. Cria-se um regime teocrático e a classe clerical, como depositária e transmissora da vontade de Deus ou dos deuses, tende a assumir papel importante no controle dos fatores de produção, bem como sobre os instrumentos destinados a exercer violência, como os exércitos e as forças de policiamento. Tal situação poderia ser encontrada em vários momentos da história do Egito Antigo, da índia Brâmane e da Europa Medieval.
Qualquer que seja a forma da sociedade e conseqüentemente a sua classe dirigente, tende esta a se tornar hereditária de fato, senão por lei Mesmo que seja uma sociedade em que a mobilidade seja um dado, e onde a estrutura jurídica a assegure, acabaremos por ter situações em que "... apesar de exames e competições estarem abertos a todos, a maioria nunca possui os recursos necessários para fazer frente à despesa da longa preparação, e muitos outros não possuem contatos ou parentes que prontamente os coloquem no caminho certo, evitando os erros e dúvidas inevitáveis, quando se entra para um ambiente nãofamiliar, sem qualquer direção ou apoio" (pág. 62). Cabe ainda mencionar que sempre que assistimos ao monopólio do poder por uma casta, classe ou grupo, podemos estar certos que tal estado de jure "foi precedido de um estado de fato semelhante".
• As Elites e o Uso da Força na Sociedade, por VILFREDO PARETO, onde encontramos uma divisão sumária da sociedade em dois estratos fundamentais, ou seja, o inferior ou não-elite e um superior ou elite. Êsse estrato pode ser governante ou não-governante. A primeira subdivisão caracteriza-se por exercer o poder no seio da sociedade, o que não ocorre com a não-governante, o que, todavia, não faz perder seu caráter distinto quando comparado ao estrato inferior. Um campeão de xadrez, pertence à elite, mas não forçosamente à governante. O mesmo poderia ser dito de membros que a integram pela cultura adquirida ou habilidades profissionais, as quais exigiram longo tempo para sua obtenção ou treinamento, como os advogados, engenheiros, físicos, etc. O que importa reter é que as elites estão sujeitas a transformações constantes. Na verdade, não existe uma elite ou uma não-elite enquanto categorias estáticas numa sociedade. Elas constituem apenas dados teóricos que permitem ao cientista político caminhar nassuas elaborações explicativas. A elite pode ser comparada a um rio que apesar de conservar-se sempre o mesmo, sofre transformação na composição de suas águas a cada instante que passa. A elite da mesma forma recebe continuamente novos membros e devolve outros ao estrato inferior, que por sua vez libera elementos que passam a constituir o estrato superior. A êste fenômeno chama PARETO "Circulação de Elites" ou simplesmente "circulação de classes". Tece algumas considerações a respeito da história grega e romana, bem como da Idade Média e Moderna a fim de demonstrar que mesmo naqueles países onde aparentemente a estratificação é maior, se visualizarmos períodos maiores, verificaremos que a elite se modifica substancialmente. Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII seria pràticamente impossível encontrar descendentes de Guilherme, o Conquistador, a ocupar posições na elite.
A seguir, PARETO fala sobre o Uso da Força na Sociedade, concedendo que o uso da fôrça, como maneira de manter ou de tomar o poder é a característica fundamental do ato político e considera impróprio o argüir-se se o uso da fôrça na sociedade é ou não lícito. Limita-se a analisar que o uso da fôrça é um fato e que tem lugar, seja para manter uma situação com tôda a sua uniformidade, seja para modificá-la. Sempre implicará na existência de dois grupos, um hegemônico, outro que aspira à hegemonia. Inevitàvelmente somos conduzidos a algumas reflexões sobre a revolução e a sua ocorrência em sociedade. Com relação à revolução duas situações fundamentais podem ser identificadas: a primeira, aquela em que a "classe dominada contém um número de indivíduos dispostos a usar a fôrça e líderes capazes para guiá-los" (pág. 83) o que levará à deposição da classe governante ou a fará incorrer no sério risco de perder o poder. A segunda considera uma classe dirigente corrupta, corruptora, praticante da fraude e extremamente hábil em arregimentar os corruptíveis de outros estratos sociais para a consecução de suas finalidades. Nesta situação será bem mais difícil depor a classe dirigente porque ela terá líderes que ajudarão a corromper os estratos inferiores e a eliminar a violência purificadora.
• O livro termina com três textos de ROBERT MICHELS, que são: A Lei de Ferro da Oligarquia, A Base Conservadora da Organização e O Sindicalismo como Profilático.
No primeiro texto, MICHELS expõe sua concepção de que a estrutura da ação organizada na política, como na realização de atividades econômicas ou educacionais implicará sempre em que os homens se organizem em forma piramidal, o que levará a existência de superiores e subordinados, dominantes e dominados, os que ordenam e os que obedecem. A história nos mostra que as revoluções têm ocorrido com regularidade e que nenhuma sociedade logrou atravessar grandes períodos sem que alguma tensão ou abalo ocorresse na estrutura social objetivando uma modificação nos grupos que ocupam as posições de mando e obediência. Todavia, o que sempre permanece é a estrutura de poder que não se altera, ocupe quem ocupar as posições superiores e inferiores. Sua conclusão é cética, e o seu pessimismo com relação aos movimentos revolucionários não pode ser disfarçado- A classe que outrora estava ausente do poder, ao tomá-lo, realiza algumas transformações na sociedade, mas à medida que se consolida no poder e as modificações introduzidas se institucionalizam, assume uma fisionomia conservadora e o ciclo se reinicia. MICHELS não consegue escapar à tentação de citar o provérbio italiano "Si cambia et maestro di capella, ma la musica è sempre quella".
Em A Base Conservadora da Organização, MICHELS tece algumas considerações sôbre a estrutura burocrática, apelando mais para a realidade das organizações de tipo burocrático que para o modêlo weberiano e extrai algumas conseqüências para os partidos políticos e pam os sindicatos. A sua conclusão é que o partido, enquanto instrumento de representação, no sentido amplo, deixa de existir à medida em que se "organiza", ou seja, se "burocratiza". Exemplos são tomados aos partidos políticos norte-americanos e a alguns partidos europeus, procurando mostrar que tendem a se transformar em instrumentos de grupos e, por vêzes, até de pessoas para manutenção de uma situação vigente e dificilmente tentando inovar. Em adição convém mencionar que na medida em que se burocratizam os partidos passam a influir mais decisivamente na própria estrutura do poder. Passam a ser organismos sobretudo conservadores, o que ocorre com as demais organizações que se burocratizam.
No último texto do livro O Sindicalismo como Profilático MICHELS analisa as transformações por que tem passado o sindicalismo. Fenômeno típico do ocidente em processo de industrialização, surgiu no século XXX como movimento que não se poderia adaptar à realidade política, econômica e social vigente, uma vez que a sua ideologia pleiteava a derrocada de todo o sistema. O sindicalismo é de origem operária e socialista. Todavia, à medida que a classe operária, por vários motivos, passou a colhêr alguns frutos do próprio processo de industrialização, que se refletia no aumento de sua renda real, o sindicalismo passou a institucionalizar-se e a coexistir com o sistema econômico, político e social implantado no ocidente pela burguesia. O sindicalismo, no entender de SORE L deixou de ser um movimento revolucionário para se transformar num "govêrno" dos operários. Isto fêz com que o sindicato assumisse uma feição burocrática e oligárquica, onde encontramos superiores e subordinados e onde os líderes sindicais estão interessados, antes e acima de tudo, na manutenção de seu poder, e em fazer do sindicato e de seu cargo um instrumento para ascenção social e política. O líder sindical perdeu conseqüentemente a auréola de um herói para transformar-se num funcionário. Não seria ocioso lembrar que na Inglaterra o Parlamento acolhe 27 líderes sindicais e o Congresso Alemão outros 35.
Não nos entregaremos a considerações críticas sobre os textos contidos no livro porque são todos clássicos e acreditamos prestar melhor serviço ao leitor simplesmente resumindo as principais idéias expostas por cada autor no que escolheram para esta antologia. A sua oportunidade dispensa comentários pois começa a preencher uma velha lacuna, ou seja, a inexistência de textos fundamentais em língua portuguêsa que permitam fácil consulta aos estudantes universitários de ciências sociais nos seus primeiros anos.
Conclusão
Com este trabalho conseguimos entender a importância da sociologia e da política para o desenvolvimento da actualidade e das relações entre os indivíduos.
Bibliografia
Curso de Sociologia e Política de Benjamin Marcos Lago;
Wikipédia
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