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Gestao avancada da organizacao

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DESCRIÇÃO
O papel do gestor nos mercados globalizados. Análise das relações de negócios e perspectivas
organizacionais na contemporaneidade. Apresentação de modelos de gestão sustentável.
PROPÓSITO
Compreender as tendências que permeiam o ambiente organizacional na atualidade permite ao
gestor ampliar sua visão de mercado e identificar novas oportunidades de negócios.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a dinâmica dos mercados globalizados
MÓDULO 2
Identificar modelos de negócios sustentáveis
MÓDULO 1
 Reconhecer a dinâmica dos mercados globalizados
INTRODUÇÃO
Você já ouviu falar em globalização?
Esse é um fenômeno mundial que tem mudado a sociedade nos âmbitos social, econômico,
político e cultural. Com a globalização ocorre a redução das fronteiras existentes entre os países
e há o estímulo à interação entre eles a partir de trocas culturais, compartilhamento de ideais e
acordos econômicos.
Quando a globalização começou?
No vídeo a seguir, você entenderá quando a globalização teve início e quem são os
participantes desse mundo global.
O PAPEL DO GESTOR NOS MERCADOS
GLOBALIZADOS
Veja o diálogo a seguir que demonstra, de forma realista e criativa, eventos que configuram o
contexto da globalização — alto grau de abertura de mercados e relacionamentos
interfronteiras.
Viu como em apenas um acontecimento identificamos a presença de diferentes países?
Isso é globalização!
Esse é um fenômeno que está em constante evolução e, como resultado, tem favorecido a
presença de empresas cada vez maiores e capazes de atuar em vários continentes. Surgem,
então, verdadeiros impérios econômicos que se expandem sem limites, fazendo com que a
internacionalização passe a ser vista como uma oportunidade. Consultorias têm sido
contratadas para avaliar o panorama dos mercados nacional e internacional e acompanhar a
movimentação deles e dos governos em todo o mundo.
Imagem: Shutterstock.com
A Deloitte é um exemplo desse tipo de consultoria. Ela é uma empresa de serviços sediada em
Nova Iorque, que possui 700 escritórios em mais de 150 países e cerca de 312.000 profissionais.
A Deloitte se propõe a oferecer uma visão abrangente sobre o pensamento e as intenções do
empresariado nacional, bem como sinalizar as prioridades para o governo quanto à definição de
políticas públicas que impactam a atividade econômica e empresarial e indicar movimentos e
tendências que podem ser consolidadas a médio e longo prazo, impactando o rumo das
organizações e a dinâmica do ambiente de negócios.
Os resultados gerados por pesquisas desse porte, além de possuir uma amostra relevante,
tendem a orientar as ações estratégicas das empresas a nível local, nacional e internacional.
Quando se acompanham as sinalizações dos governos, os posicionamentos dos blocos
econômicos e das empresas globais e as tendências mercadológicas, é possível pensar em
possibilidades de expansão das relações de negócios, priorizando ações que gerem
vantagem competitiva, sem esquecer da responsabilidade econômica, ambiental e social que
cada empresa possui.
Bauman (1999) aponta que a globalização não diz respeito ao que as pessoas ou os gestores
desejam ou esperam, e sim ao que está acontecendo a todos nós, independente do nosso livre
arbítrio. Não há como fugir desse fenômeno. Dessa forma, novos desafios se apresentam à
gestão das organizações:
BAUMAN
Zygmunt Bauman (19250-2017) foi um sociólogo polonês. Iniciou os seus estudos na
Universidade de Varsóvia, vindo a atuar, posteriormente, na Universidade de Leeds como
professor titular. Escreveu diversas obras sobre a sociedade contemporânea.
Fonte: Frazão, D. (2019)
Foto: eBiografia.
Imagem: EnsineMe.
Com essas ações, é possível que o gestor aproveite as oportunidades proporcionadas pela
globalização e possa se preparar da melhor forma possível para os efeitos negativos desse
fenômeno.
EXPANSÃO DAS RELAÇÕES DE NEGÓCIOS
Imagem: Shutterstock.com
Para compreender essa movimentação de mercado proporcionada pela globalização, convidamos
você a conhecer algumas empresas que se internacionalizaram junto com a globalização:
EMPRESAS BRASILEIRAS COM ATUAÇÃO EM
OUTROS PAÍSES
Imagem: Site Gerdau.
 Produtos Gerdau.
GERDAU
Essa siderúrgica, originada em Porto Alegre, detém a posição de maior empresa da Região Sul e
atua em doze países nas Américas, Europa e Ásia.
Imagem: Site JBS.
 Marcas JBS.
GRUPO JBS
Fundada em Goiás, a empresa abrange marcas como Leco, Vigor e Friboi. É considerada uma
das maiores indústrias alimentícias do mundo, operando nos EUA, Austrália, Canadá, México,
Porto Rico, entre outros países.
Imagem: Site Tigre.
 Produtos Tigre.
TIGRE
De Santa Catarina, é uma das empresas brasileiras mais poderosas, presente em mais de trinta
países, liderando a fabricação e distribuição de tubos e conexões.
Imagem: Site Natura.
 Produtos Natura.
NATURA
Empresa paulista que expandiu sua atuação para a Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru,
Venezuela, França e EUA, tendo sido premiada por sua visão empreendedora pelo PNUMA
(Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
EMPRESAS ESTRANGEIRAS COM ATUAÇÃO NO
BRASIL
Foto: Christian Castanho / Quatro Rodas.
 Ford Galaxie 500.
FORD
Uma das primeiras empresas a chegar ao Brasil junto com outras montadoras de veículos, como
Volkswagen e GM. A subsidiária brasileira iniciou as operações em 1919 e lançou o primeiro
automóvel, o Ford Galaxie 500, em abril de 1967.
Imagem: Johnson & Johnson Brasil.
 Produtos Johnson & Johnson.
JOHNSON & JOHNSON
No quesito monopólio, é uma das empresas que mais se sobressai, visto que controla a maior
parte do mercado mundial de higiene, atuando em mais de noventa países. No Brasil, está
presente nos segmentos farmacêutico e médico-hospitalar, além de atender o consumidor final.
Imagem: Site Microsoft.
 Produtos Microsoft.
MICROSOFT
Fundada em 1989, a filial brasileira possui onze escritórios e gera oportunidades para milhares de
outras empresas e profissionais, além de se destacar pela responsabilidade social que assume
em projetos voltados para a comunidade.
Imagem: Site Visa.
 Cartão Visa.
VISA
Presente no Brasil desde 1971, deu início a suas atividades junto ao Bradesco. A partir de 1986,
passou a funcionar por conta própria, oferecendo soluções para pagamentos. Atualmente, o foco
da empresa são as moedas digitais.
Imagem: Site Nestlé.
 Produtos Nestlé.
NESTLÉ
De origem suíça, é uma das maiores empresas com atuação no setor de alimentos e bebidas do
Brasil, desde 1976.
As empresas transnacionais são o último estágio de um longo processo de internacionalização
da economia, que teve seu início no fenômeno da globalização ao final do século XX. Elas
surgiram devido às seguintes demandas:
Usar mão de obra barata
Controlar mercados e facilitar exportações
Controlar fornecedores de matérias-primas
Eliminar barreiras alfandegárias
Ampliar a capacidade de inovação
Quais são as características das empresas transnacionais?
Imagem: Shutterstock.com
Como você pode perceber, a globalização impulsionou a internacionalização das empresas,
proporcionando inúmeras vantagens às organizações. Vejamos algumas:
Livre comércio de mercados
Avanços tecnológicos
Melhores opções de alocação de recursos
Compartilhamento de tecnologias
Barateamento de produção
Maior mobilização de pessoas em torno de questões importantes e difusão de culturas
A aproximação das fronteiras associada à facilidade de comunicação proporcionada pela
internet, possibilita a compra de produtos a partir de qualquer lugar do mundo. Atualmente,
somos 120 milhões de brasileiros conectados à internet. Jovens, brasileiros e norte-americanos,
podem usar a mesma marca de tênis. Pessoas em qualquer lugar do mundo podem ouvir a
mesma música. Um programa de televisão pode ser realizado em vários países. É só pensar nos
programas de culinária ou nos shows de talentos que você assiste na TV ou no smartphone.
Imagem: Shutterstock.com
Umbom exemplo é o Spotify, famoso aplicativo sueco de streaming de música e um dos maiores
serviços de áudio online, que conta com uma comunidade de 230 milhões de usuários.
A circulação de produtos, caracterizada pela rapidez, possibilita que uma pessoa compre
produtos da China ou de outros países com facilidade e pague como quiser. Além disso, é
possível ter acesso a marcas que antes eram disponibilizadas apenas em pontos específicos.
Esses recursos abriram novas fronteiras de negócios para as organizações.
A globalização, no entanto, não traz apenas benefícios; é importante destacar os pontos negativos
decorrentes do mundo globalizado em que vivemos:
Menor controle de fluxos financeiros
Maior possibilidade de crises
Interdependência financeira entre os países
Alta volatilidade de capitais e hegemonia cultural
De acordo com Saroldi (2011), essa hegemonia cultural ocorre porque, uma vez que toda troca de
mercadorias tem como pano de fundo uma determinada cultura, nunca se trata apenas de
transferência de produtos e sim de ritos e hábitos culturais. As fronteiras organizacionais
ultrapassam os fatores comerciais atrelados a um produto ou serviço. O consumidor adquire
também um conjunto de valores, crenças, tradições e hábitos de determinada cultura.
SAROLDI
Nina Reis Saroldi possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (1994), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (1996), doutorado em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (2002) e pós-doutorado em Sociologia da Cultura pela Hochschule für Grafik und
Buchkunst em Leipzig, Alemanha. É professora adjunta da UNIRIO, no curso de Engenharia
de Produção com ênfase em Produção Cultural. Além de atuar como organizadora e autora
da coleção "Para ler Freud", da editora Civilização Brasileira.
Fonte: Currículo Lattes
Foto: eBiografia.
Qual é o resultado disso tudo?
Shutterstock.com
Todos comem as mesmas comidas, vestem-se do mesmo jeito, usam as mesmas frases e
assistem ao mesmo seriado! A Netflix é um exemplo da relação entre globalização e cultura.
Você reconhece a frase a seguir?
LIDERE SEU EXÉRCITO E ESMAGUE O INIMIGO! O
TRONO DE FERRO É SEU POR DIREITO! O INVERNO
ESTÁ CHEGANDO.
Se sim, provavelmente foi um dos milhões de fãs que assistiram à famosa série Game of Thrones!
O que para alguns é sinal de liberdade para escolher, para outros, significa homogeneização
cultural. Para perceber isto, basta olhar para os lados e você verá que esse fenômeno faz parte
dos mercados globalizados.
PERSPECTIVAS ORGANIZACIONAIS NA
CONTEMPORANEIDADE
Uma pesquisa realizada pela ADP (2016) contou com a participação de 2 mil funcionários de
empresas. Essas organizações possuíam 250 ou mais empregados no Brasil, Estados Unidos,
Canadá, México, Chile, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Austrália, China, Índia e
Cingapura. Com esse estudo, foi possível indicar as cinco principais tendências que afetarão o
ambiente de trabalho global nos próximos anos. São elas:
ADP
É uma empresa global que oferece soluções de tecnologia para a Gestão do Capital
Humano e da Folha de Pagamento. Atende mais de 740 mil clientes em mais de 140 países.
Fonte: Site da ADP
Fonte: Currículo Lattes
Imagem: Brands of the World
Foto: Shutterstock.com
LIBERDADE
Poder de escolha sobre como, onde e em que horário trabalhar. É a hora e a vez do trabalho
remoto.
Foto: Shutterstock.com
CONHECIMENTO
Adoção da tecnologia como o principal instrumento de aprendizado e registro de novos
conhecimentos no meio corporativo.
Foto: Shutterstock.com
ESTABILIDADE
Menos emprego e mais empregabilidade, com profissionais atuando sob demanda, e não por
contratos de longo prazo.
Foto: Shutterstock.com
AUTOGESTÃO
O protagonismo do profissional no trabalho e o desafio de gerenciar sua própria carreira.
Foto: Shutterstock.com
SIGNIFICADO E PROPÓSITO
O salário não será o fator decisivo para a retenção de um profissional se a atividade exercida não
fizer sentido ou não estiver conectada às aspirações pessoais e ao propósito de cada pessoa.
TRABALHO REMOTO
É uma tendência cada vez mais incorporada por empresas e profissionais do meio
corporativo. Em linhas gerais, o trabalho remoto significa trabalho a distância e pode ser
realizado em qualquer lugar. Você decide onde quer trabalhar.
Para conhecer um pouco mais sobre essa modalidade de trabalho, leia o artigo Times
remotos: o que aprendi liderando 25 pessoas no Olist, de Osvaldo Santana, publicado no dia
6 de abril de 2018, no site Endeavor.
TECNOLOGIA
Conforme diz Maurício Benvenutti, sócio da Startse, a tecnologia está fazendo pelo nosso
cérebro o mesmo que as máquinas a vapor fizeram pelos nossos braços na Revolução
Industrial.
O conhecimento (informação, inteligência e expertise) é a base da tecnologia e da sua
aplicação. No cenário competitivo do século XXI, é um recurso organizacional intangível,
fundamental e uma fonte valiosa de vantagem competitiva devido à sua capacidade de gerar
mais valor a partir da realização de ações diferentes e melhores do que as da concorrência.
Em sua palestra Humanos 4.0: no brain, no gain, Martha Gabriel — uma das principais
pensadoras digitais do Brasil e autora de best-sellers, como Marketing na Era Digital,
Educ@r: a (r)evolução digital na educação e Você, Eu e os Robôs: Pequeno Manual do
Mundo Digital — explica como sobreviveremos em um mundo tão digital.
PROFISSIONAIS ATUANDO SOB DEMANDA
A flexibilização das leis trabalhistas tem sido uma tendência com o surgimento de novas
profissões e o desaparecimento ou automação de outras. A Accenture — multinacional que
presta consultoria na área de gestão, tecnologia da informação e outsourcing — realizou um
estudo no qual defende a transformação digital responsável por meio do investimento na
educação dos trabalhadores, já que é impossível prever quais serão as profissões do futuro.
A pesquisa também avalia as probabilidades de automação de tarefas rotineiras em países
da América Latina. Além disso, demonstra que as habilidades sociais e cognitivas são cada
vez mais requeridas e devem ser desenvolvidas por quem deseja manter sua
empregabilidade em alta.
Para conhecer a pesquisa completa, leia o texto América Latina: competências para o
trabalho na era das máquinas inteligentes, disponível no site da Accenture.
Você deve ter percebido que essa pesquisa apresenta novos formatos tanto para as
organizações quanto para os profissionais nos ambientes globais e confirma a possibilidade
de se fazer negócios de elevada escalabilidade. O fato é que o ambiente global e a Indústria 4.0
mudaram a forma como consumimos produtos e serviços.
INDÚSTRIA 4.0
Também chamada de Quarta Revolução Industrial, é a aplicação da tecnologia no mundo de
negócios, geralmente associada à inteligência artificial, robótica, computação em nuvem ou
internet das coisas.
Foto: PopTika/Shutterstock.com
 Uso da robótica em fábrica automotiva.
Para conhecer um pouco mais sobre a indústria 4.0, leia o texto A indústria 4.0 e os artesãos
da era digital de Marcelo Souza, publicado no site HSM.
Indústrias inteiras estão sendo afetadas. É difícil encontrar alguém que nunca tenha usado
serviços de economia compartilhada, responsáveis por movimentar a economia, conectar pessoas
e facilitar a vida de todos nós.
Imagem: Shutterstock.com
Empresa que oferece serviço de transporte privado
Imagem: Shutterstock.com
Empresa que oferece serviço online de hospedagem
Imagem: Shutterstock.com
Empresa que oferece serviço de entrega de comida
Perceba que a quebra das barreiras e limites organizacionais abriu espaço para outras
possibilidades de se fazer negócios. Bauman (1999) afirma que se a globalização tanto divide
como une, para essas empresas, escolher a colaboração fez muito mais sentido; afinal, nenhuma
organização sobrevive de forma isolada.
“O movimento de cooperar para competir no ambiente empresarialtem relação direta com a
busca de estratégias mais eficientes, e as empresas já descobriram que essa jornada colaborativa
pode ser um caminho para a manutenção da vantagem competitiva sustentada.” (PORTER, 2009)
PORTER
É um economista e professor norte-americano. Graduou-se em Engenharia Mecânica e
Aeroespacial na Universidade de Princeton e possui MBA em doutorado Economia
Empresarial pela Harvard Business School. Profissionalmente se destaca como consultor e
conselheiros de empresas no nível estratégico.
Fonte: Infopédia
Foto: Porter Prize.
Você decide!
Chegou a hora de ser o protagonista!
A seguir, você encontrará uma situação e, diante dela, deverá tomar uma decisão. Vamos lá!
CONSIDERANDO O SEU PERFIL E AS CARACTERÍSTICAS DOS
TRABALHOS REMOTO E ALOCADO, QUAL EMPREGO VOCÊ
ESCOLHERIA?
TRABALHO REMOTO TRABALHO ALOCADO
Assista ao vídeo a seguir em que o professor Marcus Brauer fala sobre as tendências do
mercado de trabalho.
MARCUS BRAUER
Possui pós-doutorado e doutorado em Administração de Empresas na FGV-EAESP; pós-
doutorado e research fellow da Seattle Pacific University (pesquisa sobre Fé/Propósito no
Trabalho x Lucro); mestrado em Administração Pública pela FGV-EBAPE (pesquisa sobre
Educação/Univ. Corporativa); e graduação em Administração Industrial pelo CEFET-RJ. É
professor Adjunto do Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial da
Universidade Estácio de Sá (MADE/UNESA), e professor associado da UERJ e da UNIRIO.
Fonte: Currículo Lattes.
Foto: Currículo Lattes
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EMPRESAS QUE CONSEGUEM EXPANDIR AS RELAÇÕES DE NEGÓCIOS,
ADOTANDO UMA ESTRUTURA MAIS FLEXÍVEL, PULVERIZANDO O CAPITAL
ACIONÁRIO E DANDO AUTONOMIA A SUAS FILIAIS PARA ADAPTAÇÃO DE
PRODUTOS E SERVIÇOS ÀS PARTICULARIDADES DO PAÍS ONDE ATUAM,
SÃO DENOMINADAS:
A) Multinacionais
B) Transnacionais
C) Internacionais
D) Nacionais
2. UMA DAS TENDÊNCIAS DE EXPANSÃO DAS RELAÇÕES DE NEGÓCIOS
NA CONTEMPORANEIDADE É A CHAMADA ECONOMIA COMPARTILHADA
(UBER, AIRBNB, RAPPI, IFOOD E YELLOW). ESSE MODELO SE REFERE:
A) Ao compartilhamento do acesso a bens e serviços com base em processos colaborativos.
B) A negócios que conectem trabalhadores/freelancers ao home office, de acordo com a
necessidade das empresas, gerando economia tanto para o empregador quanto para os
colaboradores.
C) À adoção de estruturas que permitem a uma empresa transferir para outra suas atividades
principais, reduzindo a estrutura operacional e desburocratizando a administração.
D) A um contrato de cessão de um fator de produção de uma empresa para outra, cujo objetivo
principal é a redução de custos.
GABARITO
1. Empresas que conseguem expandir as relações de negócios, adotando uma estrutura
mais flexível, pulverizando o capital acionário e dando autonomia a suas filiais para
adaptação de produtos e serviços às particularidades do país onde atuam, são
denominadas:
A alternativa "B " está correta.
As empresas transnacionais conferem mais autonomia às suas filiais, adaptam o produto às
peculiaridades de outros países e têm uma estrutura mais dispersa.
2. Uma das tendências de expansão das relações de negócios na contemporaneidade é a
chamada economia compartilhada (Uber, AirBnB, Rappi, Ifood e Yellow). Esse modelo se
refere:
A alternativa "A " está correta.
Investir em negócios que priorizem a economia compartilhada pode ser uma excelente opção no
mercado globalizado.
MÓDULO 2
 Identificar modelos de negócios sustentáveis
INTRODUÇÃO
Você decide!
Já percebeu como, em determinados contextos profissionais, as suas decisões podem
afetar a vida de toda uma comunidade, seja de forma positiva ou negativa?
Então observe a situação a seguir.
IMAGINE QUE VOCÊ É O GESTOR DA COMPANHIA QUE
ORGANIZOU O FESTIVAL E, APÓS O TÉRMINO DO EVENTO,
PERCEBE QUE NO LOCAL RESTOU UMA GRANDE QUANTIDADE
DE LIXO ACUMULADO. O QUE VOCÊ FAZ DIANTE DISSO?
DESMONTA TODA A ESTRUTURA E SEGUE VIAGEM
REÚNE UMA EQUIPE E FAZ A LIMPEZA DO LOCAL
Como você pode perceber, a situação que vimos é um caso de sustentabilidade corporativa.
Sob essa perspectiva, a empresa passa a assumir uma postura mais comprometida com o meio
ambiente e com a sociedade. A seguir, vamos conhecer as dimensões da sustentabilidade que
nos ajudam a determinar se uma empresa é, de fato, sustentável.
DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE
Se consultarmos o dicionário, vamos encontrar a seguinte definição para sustentabilidade:
SUSTENTABILIDADE
QUALIDADE OU PROPRIEDADE DO QUE É
SUSTENTÁVEL, DO QUE É NECESSÁRIO À
CONSERVAÇÃO DA VIDA; CONCEITO QUE,
RELACIONANDO ASPECTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS,
CULTURAIS E AMBIENTAIS, BUSCA SUPRIR AS
NECESSIDADES DO PRESENTE SEM AFETAR AS
GERAÇÕES FUTURAS.
Em 1987, a Comissão Mundial de Meio Ambiente definiu o desenvolvimento sustentável como a
capacidade de satisfazer as necessidades presentes sem comprometer as gerações futuras
quanto ao atendimento de suas próprias necessidades. (GOLLO, 2009).
Seguindo essa mesma linha, em 1994 John Elkington lançou o termo Triple Bottom Line - Tripé
da Sustentabilidade, em seu artigo The Triple Bottom Line: What is It and How does it Work?. A
proposta do autor é definir o conceito de sustentabilidade sob as perspectivas econômica, social
e ambiental. Dessa forma, uma empresa sustentável deve desenvolver um negócio que seja:
GOLLO
Batista Luis Gollo possui graduação em Administração Comércio Exterior pela Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (2003). É pós-graduado em Comércio
Exterior pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC (2005) e mestre pela
Universidade de Passo Fundo - UPF na área de Gestão, Infraestrutura e Meio Ambiente.
Fonte: Currículo Lattes
Foto: Currículo Lattes.
JOHN ELKINGTON
Consultor e autor britânico, mundialmente conhecido por seu trabalho em grandes
empresas. Foi um dos precursores da responsabilidade socioambiental corporativa.
O artigo The Triple Bottom Line: What is It and How does it Work? foi publicado no site IBR
Indiana Business Review.
Foto: johnelkington.com.
Imagem: EnsineMe.
Conforme diz Luciano Munck (2013), uma empresa efetivamente sustentável precisa ser
conduzida considerando não só o fator econômico, mas também seus impactos ambientais e o
relacionamento com seus colaboradores e demais partes interessadas.
MUNCK
Luciano Munck possui pós-doutorado pelo Building Sustainable Value Research Centre -
Ivey Business School - Western University - Ontário/CA (2014); doutor em Administração
pela Universidade de São Paulo (2005); mestre em Engenharia de Produção pela
Universidade Federal de Santa Catarina (1999); e graduado em Administração pela
Universidade Federal de Viçosa (1997). É professor Associado e Pesquisador na
Universidade Estadual de Londrina (UEL) e possui experiência na área de Administração,
com ênfase nas inter-relações das temáticas Gestão, Estratégia, Competências e
Sustentabilidade.
Fonte: Currículo Lattes
Foto: Currículo Lattes.
Imagem: VectorMine / Shutterstock.com
A sustentabilidade é mais do que o simples cuidado com os recursos naturais.
Para que uma organização seja sustentável, é necessário que ela tenha ideias renováveis e
gerencie suas atividades para lucrar de forma responsável, com foco na perpetuação da
companhia. Agora reflita:
Imagem: Alexander Lysenko / Shutterstock.com
Será que existem empresas no Brasil que conseguem atender às três perspectivas e atuar de
forma sustentável?
Ao refletir sobre sustentabilidade corporativa, você consegue lembrar de alguma marca nacional?
Se você pensou na Natura, está bem conectado com o tema!
Imagem: Shutterstock.com
A Natura foi a empresa brasileira que teve a melhor posição (14ª) no ranking do The Global 100
em 2018, que elencou 100 empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa no
mundo.
THE GLOBAL 100
É uma lista da Corporate Knights, publicação canadense especializada em responsabilidade
social e desenvolvimento sustentável. Anualmente, sãolistadas as 100 empresas com as
melhores práticas de sustentabilidade corporativa no mundo e o resultado é publicado no
Fórum Econômico Mundial.
A reportagem com a lista completa das 100 empresas mais sustentáveis foi publicada no dia
29 de janeiro de 2018 por Vanessa Barbosa no site da Revista Exame com o título As 100
empresas mais sustentáveis do mundo em 2018.
De acordo com Barbosa (2018), para chegar a essa lista, a publicação seleciona empresas de
todos os setores com base em indicadores como energia, emissões de carbono, consumo de
água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, pagamentos de impostos, a relação entre o
salário médio do trabalhador e o do CEO, planos de previdência corporativos e o percentual de
mulheres na gestão. Vejamos quais foram as outras empresas brasileiras presentes no ranking do
The Global 100 em 2018:
BARBOSA
Vanessa Barbosa é colunista da Revista Exame. Graduou-se em jornalismo na Universidade
Federal do Rio de Janeiro; é pós-graduada em Direito Ambiental e Gestão Estratégica
Sustentável pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo; e é mestre em
Sustentabilidade, Meio Ambiente e Sociedade, Riscos Químicos, Construção social de risco
pela Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: LinkedIn
Foto: Revista Exame.
Imagem: Shutterstock.com
Olhe só que curioso: as empresas brasileiras listadas entre as 100 melhores em práticas de
sustentabilidade corporativa pertencem a diferentes áreas de atuação. Isso nos mostra que não é
a natureza do negócio da empresa que vai viabilizar que ela tenha práticas sustentáveis e sim a
maneira como ela executa suas atividades e se relaciona com o meio ambiente e com as pessoas
do entorno.
PARA SE TORNAR SUSTENTÁVEL, A EMPRESA
PRECISA REPENSAR NÃO APENAS O QUE FAZ, MAS
TAMBÉM COMO FAZ!
Imagem: Jacob_09 /Shutterstock.com
Shutterstock.com
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma OSCIP (Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público) cuja missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a
gerirem seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de
uma sociedade justa e sustentável.
Como você pode perceber, as empresas são vistas como poderosos agentes públicos que têm a
responsabilidade de respeitar os direitos dos cidadãos individuais. Segundo Philippi Jr. (2017),
essa é uma tendência global que busca reformular os negócios a partir da adesão e aplicação dos
princípios de sustentabilidade. É um processo que exige o comprometimento das empresas com
questões socioambientais.
PHILIPPI JR.
Arlindo Philippi Junior tem Mestrado em Saúde Ambiental e Doutorado em Saúde Pública
(USP), pós-doutorado em Estudos Urbanos e Regionais (MIT/EUA) e livre docência em
Política e Gestão Ambiental (USP). É professor titular da Universidade de São Paulo e é
docente na Faculdade de Saúde Pública. Publicou 72 artigos científicos em periódicos
qualificados, 123 capítulos de livros e 50 livros publicados e/ou organizados.
Fonte: Currículo Lattes.
Foto: Revista Exame.
DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL
O diagnóstico resulta do estudo e da análise de indicadores e variáveis que caracterizam uma
situação. Realizar o diagnóstico socioambiental permite identificar as necessidades e os
problemas prioritários juntamente com suas respectivas causalidades, além de apontar os
recursos e as potenciais oportunidades de desenvolvimento para melhorar as práticas
sustentáveis de uma organização.
“O diagnóstico está diretamente relacionado à estratégia socioambiental adotada pela empresa.
Ao avaliar as demandas sociais e os impactos ambientais, a empresa pode identificar
oportunidades e ameaças ambientais e forças e fraquezas internas para definir as ações
urgentes, as medidas corretivas, inovações de médio e longo prazo na área de atuação e
inovações em novos negócios.” (BARBIERI, 2016)
Veja a seguir um exemplo de Diagnóstico Socioambiental:
BARBIERI
Jose Carlos Barbieri é mestre e doutor em Administração pela FGV/EAESP. Foi professor
em renomadas instituições de ensino superior como a Universidade Federal do Mato Grosso
do Sul e a PUC de São Paulo. É autor e coautor de livros, capítulos de livros e artigos
publicados no Brasil e em diversos países sobre desenvolvimento sustentável, gestão
ambiental e gestão da inovação; além de atuar como palestrante, conferencista e consultor
de empresas.
Fonte: Currículo Lattes.
Foto: Revista Exame.
DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL
A matriz SWOT, conhecida no Brasil como Matriz FOFA, mede as forças (S de strengths),
fraquezas (W de weaknesses) do negócio – fatores internos –, oportunidades (O de
opportunities) e ameaças (T de threats) do macroambiente – fatores externos. Muito utilizada
pelas empresas durante o planejamento estratégico e para novos projetos, ela consiste em
uma análise detalhada da situação do negócio no cenário econômico, o que ajuda o
empreendedor na tomada de decisão.
Para conhecer um pouco mais sobre a ferramenta, leia o artigo Matriz SWOT: Entenda como
usar e as vantagens para sua empresa, publicado no dia 15 de janeiro de 2015 no site
Endeavor.
Imagem: EnsineMe.
OPORTUNIDADES
Entrar em novo mercado;
Estar entre os primeiros a oferecer uma versão ambientalmente correta de um produto
tradicional;
Reduzir custos e economizar recursos;
Garantir a sobrevivência da empresa a longo prazo por meio de uma boa imagem em termos
ambientais;
Aumentar a performance dos colaboradores com a definição de novos objetivos de projeção
ambiental.
AMEAÇAS
Regulamentação ambiental exigindo investimentos adicionais ou tornando os produtos não
rentáveis;
Ampliação da intervenção estatal contrária à empresa;
Maior participação de concorrentes no mercado com produtos verdes;
Diminuição da identificação dos funcionários com a empresa, resultando em dificuldade para
reter e recrutar pessoal.
FORÇAS
Produtos ambientalmente amigáveis;
Processos eficientes, poupadores de energia e materiais;
Sem geração de resíduos tóxicos;
Boa imagem cultivada pela empresa, considerada verde e limpa;
Administração e funcionários comprometidos com a preservação ambiental;
Capacitação em desenvolvimento de novos produtos;
Clima propício para realização de inovações.
FRAQUEZAS
Produtos que não são reciclados facilmente;
Embalagens feitas com materiais não recicláveis;
Presença de processos poluidores;
Geração de resíduos perigosos;
Empresa considerada poluidora pela população local;
Administração e funcionários não são comprometidos com a preservação ambiental;
Pouca ou nenhuma capacitação em desenvolvimento de novos produtos.
Um diagnóstico socioambiental pode gerar várias possibilidades de ações de desenvolvimento
sustentável, bem como identificar se as práticas realizadas pela empresa precisam ser
repensadas ou se já estão de acordo com os princípios da sustentabilidade.
CERTIFICAÇÕES
As certificações podem ser consideradas atestados formais ou selos externos de qualidade
emitidos por autoridades independentes, após uma avaliação de evidências. As pessoas podem
receber certificados por cursos de pós-graduação ou títulos de doutorado, emitidos por
universidade reconhecida e avaliada pela CAPES. Organizações ou processos de organizações
também podem receber certificados.
Por exemplo, uma biblioteca de uma faculdade pode receber o selo de qualidade em gestão ISO
9001:2015, o que não quer dizer que seus livros são bons e de alta qualidade, mas sim que a
biblioteca é bem gerenciada e isso foi comprovado após acreditação ou auditoria por instituição
reconhecida.
Imagem: Shutterstock.com
As certificações podem ser individual ou organizacional. Vejamos alguns exemplos desses tipos
de certificações:
INDIVIDUAL
Certificação Profissional de Gestão de Projetos (PMP);
Certificado C2 Proficiency, de proficiência em inglês.
ORGANIZACIONAL
Certificação ISO 14000, de gestão ambiental;
Certificação OHSAS 18001 para promoção de ambiente seguro e saudável (saúde
ocupacional);
SA8000,que certifica o sistema de gestão da responsabilidade social de uma empresa;
Certificação florestal FSC (Forest Stewardship Council).
ECOEMPREENDEDORISMO
Você decide!
O consumo consciente também faz parte de uma atitude sustentável. Sobre isso, vamos analisar a
situação a seguir.
DIANTE DESSA SITUAÇÃO, O QUE VOCÊ FARIA?
FAÇO OUTROS ORÇAMENTOS E MANDO PARA O
CONSERTO COMPRO UM NOVO CELULAR E GUARDO O
ANTIGO NA GAVETA
Infelizmente muitas empresas, principalmente as de bens de consumo, adotam a chamada
obsolescência programada, ou seja, desenham e fabricam seus produtos para curtos ciclos de
produção-consumo-descarte, visando garantir novas vendas para manterem-se competitivas no
mercado. Uma das principais consequências disso é o descarte.
Imagem: Alexander Lysenko / Shutterstock.com
Será que as empresas estão preparadas ou se organizam para minimizar os impactos dos
resíduos provenientes da produção crescente?
Muitas empresas já estão adotando práticas conscientes e muitas outras estão surgindo no
contexto do chamado ecoempreendedorismo, que, segundo Marta Torezam, líder da área de
acesso a mercados do Sebrae – MT, vai além da preservação da fauna ou da flora. Nesse novo
modelo de pensar e agir, a competição e a cooperação caminham juntas, à medida que rompem
com o conceito de que é preciso um perder para o outro ganhar.
O ecoempreendedorismo surge como uma tendência de as organizações atenderem às
demandas de sustentabilidade, ou seja, de estarem atentas e organizadas não só para
maximizar os resultados econômicos, mas também para agregar valor socialmente e neutralizar
o possível impacto ambiental negativo de suas práticas. Nesse contexto, surgiram
oportunidades de criação de negócios prioritariamente focados em atender demandas, solucionar
problemas ou, pelo menos, minimizar impactos socioambientais.
MARTA TOREZAM
É graduada em jornalismo pela UNIMEP e atua como gerente de empreendedorismo do
Sebrae – MT.
Fonte: LinkedIn
Foto: LinkedIn.
Um exemplo de ecoempreendedorismo são os restaurantes naturais, que crescem em várias
cidades do Brasil. A preocupação com o aumento da obesidade e com a qualidade da alimentação
oferecida em muitos restaurantes possibilitou o investimento de empreendedores em buffets com
uma alimentação mais natural.
Foto: Foxys Forest Manufacture / Shutterstock.com
São muitas as oportunidades para o ecoempreendedorismo. Quando a criatividade do brasileiro
se encontra com as demandas da sociedade, podem surgir negócios rentáveis e sustentáveis. É
aqui que chegamos a um novo conceito: ecoinovação.
SCHUMPETER ENSINOU QUE INOVAR NÃO É SÓ CRIAR
UM NOVO PRODUTO OU APERFEIÇOÁ-LO, MAS
TAMBÉM CRIAR UM NOVO MÉTODO DE PRODUÇÃO,
ABRIR UM NOVO MERCADO, CONQUISTAR UMA NOVA
FONTE DE MÃO DE OBRA OU DE MATÉRIAS-PRIMAS,
CRIAR UMA NOVA FORMA DE ORGANIZAÇÃO DOS
NEGÓCIOS.
(AMATO NETO, 2015)
Ao citar Schumpeter, unindo o conceito de inovação ao universo da sustentabilidade, Amato
Neto (2015) apresenta uma série de exemplos:
SCHUMPETER
Economista de origem austríaca que se destacou no campo da teoria economista moderna.
Graduou-se em Direito, tendo estudado metodologia sistemática da ciência econômica em
Viena. Ficou famoso em 1912 por desenvolver a teoria do desenvolvimento econômico.
Fonte: Educação.uol (2015)
Foto: Fato Sociológico.
AMATO NETO
Possui pós-doutorado em Economia e Administração de Empresas pela Università Ca'
Foscari di Venezia (Itália). Livre-docente e doutor em Engenharia de Produção pela POLI-
USP, mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e
bacharel em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos da
Universidade de São Paulo (EESC-USP).
Fonte: Currículo Lattes
Foto: Reinaldo Marques / Fundação Vanzolini.
Imagem: EnsineMe.
A ecoinovação não precisa ser disruptiva, ou seja, não precisa transformar o mercado, o setor
existente ou redefinir seu funcionamento. Ela pode ser menor, mais simples e baseada em
pequenas mudanças que geram impacto socioambiental.
Se cada empresa fizer a sua parte, o resultado será a diminuição dos efeitos negativos da
atividade corporativa no planeta.
Imagem: violetkaipa / Shutterstock.com
 RECOMENDAÇÃO
O documentário Uma verdade inconveniente, lançado em 2006 e vencedor de cinco prêmios
Oscar, incluindo o de melhor documentário, demonstra um exemplo de efeito negativo da atividade
corporativa no planeta, que é o caso do efeito estufa.
Imagem: Adorocinema.com.br
Quer ver alguns exemplos de ecoinovação?
Imagem: EnsineMe.
Esses exemplos mostram como diferentes empresas aproveitaram a onda dos aplicativos e
identificaram nas dificuldades de mobilidade urbana, no trânsito que faz muitos brasileiros
perderem horas do seu dia, a oportunidade de oferecer esse tipo de transporte alternativo. Você já
experimentou?
Outro conceito que articula as relações entre organizações, ecossistemas e sociedade é o de
ecogestão. Nesse conceito, além de se preservar o meio ambiente, deve-se cuidar da relação
com as pessoas ao seu redor, sejam clientes, fornecedores ou moradores da comunidade do
entorno. Organizações que se relacionam com outras, mesmo que sejam as suas concorrentes,
de forma harmoniosa e respeitosa, também estão nesse caminho.
Cuidar das relações com as pessoas e demais organizações é um passo para a construção ou
manutenção de um ecossistema saudável, equilibrado e harmonioso. O cenário é propício
para relações favoráveis com a sociedade, construindo uma imagem sólida e coerente com as
práticas da organização.
Foto: Shutterstock.com
A ecogestão precisa estar alinhada à estratégia da organização e ser parte da filosofia da
companhia. Além disso, deve acontecer em todas as áreas e departamentos, sendo o fio condutor
das tomadas de decisão e de processos de transformação nas áreas de marketing, finanças,
gestão de pessoas ou produção e operações. No caso da área de produção, um fator
relacionado à ecogestão é a mudança no paradigma, saindo da lógica de produção enxuta, cujo
foco é redução de desperdícios no processo produtivo, para a da produção sustentável,
minimizando custos ambientais e sociais.
Imagem: Shutterstock.com
A Samsung é um exemplo de empresa que adotou um sistema de ecogestão com o slogan Planet
First.
PLANET FIRST
Para conhecer o sistema de ecogestão da Samsung, busque em seu navegador a política de
sustentabilidade da empresa. Procure o slogan PlanetFirst: A Terra é a nossa prioridade, e
saiba qual sua filosofia, sua visão e seu objetivo. Você encontrará, também, as regras e
diretrizes das ações na empresa; o processo de certificação dos produtos; informações
ecológicas sobre os produtos; e o status da certificação de local de trabalho.
Imagem: Site da Samsung.
É na contramão do consumismo que surge o minimalismo, um modelo de consumo sustentável,
que tem como pano de fundo a preocupação com o meio ambiente, apostando na redução de
produtos e na vivência de mais experiências. Além disso, existem inúmeras outras tendências
de negócios sustentáveis. Foi nessa linha que a FIESP publicou o Guia Produção e Consumo
Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios. Esse documento fala
sobre a produção e o consumo como fator de competitividade em um mercado de concorrência
crescente. Apresenta também alternativas em produção e consumo sustentáveis e oportunidades
de negócios para as empresas, como a lógica de menos resíduo e mais produção e a gestão
sustentável na cadeia de valor.
GUIA PRODUÇÃO E CONSUMO
SUSTENTÁVEIS: TENDÊNCIAS E
OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE
NEGÓCIOS
Esse guia foi criado a partir de uma parceria entre a FIESP (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) e o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e
tem como objetivo engajar o setor industrial do Brasil na promoção de políticas e práticas
sustentáveis na produção e no consumo, especificamente as médias e pequenas empresas.
Fonte: Site FIESP.
Imagem:Site FIESP.
Um exemplo bem conhecido é a alimentação vegana. Há pessoas que querem se alimentar de
forma saudável, mas não sabem como cozinhar ou não têm tempo. Portanto, investir nessa área
pode ser interessante. Ao criar alimentos congelados saudáveis ou fazer entregas, as chances de
ter um bom público podem ser grandes.
Foto: Nataliya Arzamasova / Shutterstock.com
Você decide!
Existem diversas formas de empresas cooperaram entre si. Dentre as mais conhecidas, temos as
parcerias entre empresas e governos; e empresas que estabelecem parcerias para o fornecimento
de materiais e equipamentos específicos. Você já imaginou que empresas concorrentes também
podem estabelecer parcerias entre si? Então analise a situação a seguir.
VOCÊ, COMO GESTOR DE UMA DAS EMPRESAS, O QUE FARIA
DIANTE DESSA SITUAÇÃO?
APOIA A PARCERIA, POIS APOSTA NO CRESCIMENTO
DA EMPRESA REJEITA A PARCERIA, POIS ACHA QUE É
UM RISCO ALTO
OBJETIVOS GLOBAIS PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Ao longo dos anos as empresas transformaram suas políticas e práticas influenciadas por
tendências locais ou internacionais. Com a globalização, as decisões tomadas pela Assembleia
Geral das Nações Unidas, como a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) pelos 193 Estados-membros, imediatamente reverberam nas políticas e práticas de
organizações do mundo todo. Veja a seguir a descrição dos 17 objetivos:
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
Fonte: Site Nações Unidas
 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas 169 metas são um direcionamento para
a nova Agenda universal. Eles buscam concretizar os direitos humanos e alcançar a
igualdade de gênero. São integrados, indivisíveis e equilibram as dimensões econômica, social e
ambiental do desenvolvimento sustentável.
OS OBJETIVOS E METAS ESTIMULARÃO A AÇÃO PARA
OS PRÓXIMOS 15 ANOS EM ÁREAS DE IMPORTÂNCIA
CRUCIAL: PESSOAS, PLANETA, PROSPERIDADE, PAZ E
PARCERIA.
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2015)
Vale ressaltar que a ONU criou a Agenda 2030: um plano de ação para as pessoas, planeta e
prosperidade buscando fortalecer a paz universal com mais liberdade. A ideia é que todos os
países e partes interessadas atuem em parceria na implementação desse plano. As empresas que
alinharem suas ações aos objetivos e metas propostos na Agenda 2030 terão um diferencial
competitivo internacionalmente.
ONU
A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização
internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e
o desenvolvimento mundiais.
Fonte: Site da ONU.
Foto: Site da ONU.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. MILTON É DONO DE UMA PEQUENA EMPRESA QUE PRODUZ MARMITAS
E AS DISTRIBUI EM REGIÕES PRÓXIMAS. AO LER SOBRE ECOINOVAÇÃO,
TEVE A IDEIA DE TROCAR AS EMBALAGENS DE ISOPOR POR
RECIPIENTES BIODEGRADÁVEIS, ELEVANDO UM POUCO O CUSTO, MAS
COM EXCELENTE ACEITAÇÃO DOS CLIENTES E AUMENTO SIGNIFICATIVO
DOS PEDIDOS. CONSIDERANDO SEUS CONHECIMENTOS SOBRE GESTÃO
SUSTENTÁVEL, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) O que ele fez não foi ecoinovação, já que não redefiniu o funcionamento do mercado ou do
setor existente.
B) Ele fez ecoinovação, uma vez que pequenas mudanças, capazes de gerar impacto
socioambiental, também são válidas.
C) Ele fez ecoinovação, pois qualquer mudança nas práticas organizacionais pode se encaixar
nesse conceito.
D) O que ele fez não foi ecoinovação, visto que a mudança na embalagem gera um impacto muito
pequeno no meio ambiente.
2. A ENERGIA VERDE É UMA EMPRESA QUE TRABALHA COM ENERGIA
RENOVÁVEL, COM AÇÕES PAUTADAS NO RESPEITO AO MEIO AMBIENTE.
APESAR DE LUCRATIVA, A ORGANIZAÇÃO TEM APRESENTANDO SÉRIOS
PROBLEMAS QUANTO AO RELACIONAMENTO COM COLABORADORES E
OUTRAS PARTES INTERESSADAS. PODEMOS DIZER QUE A ENERGIA
VERDE É ADEPTA DA SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA?
A) Sim, pois atende a todas as perspectivas do tripé da sustentabilidade.
B) Não, pois não atende à perspectiva social.
C) Não, pois não atende à perspectiva econômica.
D) Não, pois não atende à perspectiva ambiental.
GABARITO
1. Milton é dono de uma pequena empresa que produz marmitas e as distribui em regiões
próximas. Ao ler sobre ecoinovação, teve a ideia de trocar as embalagens de isopor por
recipientes biodegradáveis, elevando um pouco o custo, mas com excelente aceitação dos
clientes e aumento significativo dos pedidos. Considerando seus conhecimentos sobre
gestão sustentável, assinale a alternativa correta:
A alternativa "B " está correta.
A ecoinovação é caracterizada, principalmente, pelo impacto socioambiental, podendo ser de
grandes proporções ou não. Movimentos pequenos, como o narrado na questão, são o início da
institucionalização de práticas de sustentabilidade em pequenas e médias empresas.
2. A Energia Verde é uma empresa que trabalha com energia renovável, com ações
pautadas no respeito ao meio ambiente. Apesar de lucrativa, a organização tem
apresentando sérios problemas quanto ao relacionamento com colaboradores e outras
partes interessadas. Podemos dizer que a Energia Verde é adepta da sustentabilidade
corporativa?
A alternativa "B " está correta.
Para atender à perspectiva social, a empresa deve prezar pelo relacionamento com colaboradores
e demais partes interessadas por meio da adoção de políticas e práticas justas e coerentes,
buscando uma relação saudável a longo prazo.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Discutimos o papel do gestor no contexto dos mercados globalizados, caracterizados pela quebra
das barreiras organizacionais e abertura de outras possibilidades de negócios. Também
destacamos como a transformação digital poderá afetar o ambiente de trabalho nos próximos
anos.
Você aprendeu a desenvolver novos negócios dentro uma perspectiva sustentável, como é o caso
do ecoempreendedorismo, que cresce no meio corporativo a partir da criação de negócios
específicos para atender as demandas da comunidade, solucionar problemas e minimizar
impactos socioambientais, visando à construção coletiva de um ecossistema saudável, equilibrado
e harmonioso para todos nós.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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tendências que irão afetar o ambiente de trabalho global nos próximos anos. 2016. Consultado em
meio digital em: 16 mar. 2020.
AMATO NETO, J. A era do ecobusiness: criando negócios sustentáveis. Barueri: Manole, 2015.
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BARBOSA, V. As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018. In: EXAME, 2018.
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DO KLICK EDUCAÇÃO. Joseph Alois Schumpeter - Economista dos EUA de origem austríaca.
In: Educação UOL. Publicado em: 17 ago. 2015.
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MUNCK, L. Gestão da sustentabilidade nas organizações: um novo agir frente à lógica das
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2013.
EXPLORE+
Leia os textos:
17 objetivos para transformar nosso mundo. Nações Unidas Brasil, s.d.
20 anos de Google: a globalização da informação. HSM, 2018.
América Latina: Competências para o trabalho na era das máquinas inteligentes. Accenture, 2018.
A indústria 4.0 e os artesãos da era digital. HSM, 2019.
As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018, de Vanessa Barbosa. Exame, 2018.
Ecoinovar - É mais que uma tendência. É imprescindível. Centro Sebrae de Sustentabilidade, s.d.
Estas são as 96 profissões do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial, de Luísa Granato.
Exame, 2020.
Da imitação à inovação: o que o empreendedor aprende na China, de Eduardo Ferreira Lima.
Endeavor, 2018.
Matriz SWOT: Entenda como usar e as vantagens para sua empresa. Endeavor, 2015.
PNUD firma parceria com empresa de mídia para ampliar conscientização sobre objetivos globais.
Instituto Ethos, s.d.
PlanetFirst: A Terra é a nossa prioridade. Samsung, s.d.
Cultura e Globalização, de Rodolfo Pena. Mundo Educação, s.d.
Times remotos: o que aprendi liderando 25 pessoas no Olist, de Osvaldo Santana. Endeavor,
2018.
Triple Bottom Line: What Is It and How Does It Work? SLAPER, T. F.; HALL, Tanya J. Indiana
University Kelley School of Business, Indiana Business Research Center, vol. 86, n. 1, 2011.
Implantação de modelos de negócios sustentáveis: barreiras e mecanismos de sucesso, de
Bárbara dos Santos Spezamiglio 2016. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto. Catálogo USP: Ribeirão Preto, 2016.
Spotify completa 10 anos como ‘salvador’ da indústria fonográfica. Veja, 2018.
Guia EXAME de Sustentabilidade analisa empresas brasileiras, de Renata Vieira Exame, 2017.
Viver melhor com menos: entenda a tendência de consumo minimalista. G1, 2019.
Guia PCS - Produção e consumo sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de
negócios. Yoshimochi, A. P. et al. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, s.d.
10 ideias de negócios lucrativas e sustentáveis, de Priscila Zuini. Exame, 2016.
Ouça o podcast:
Sustentabilidade, do discurso à prática. Produção de Podcast Rio Bravo. São Paulo: 2013.
CONTEUDISTA
Keila Regina Mota Negrão
 CURRÍCULO LATTES
Maíra Vasconcelos Nogueira
 CURRÍCULO LATTES

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