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Otimização e Planeamento de Redes OTN Para Transporte de Tráfego Ethernet Maria Catarina Rodrigues Taful Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Júri Presidente: Prof. Fernando Duarte Nunes Orientador: Prof. João José de Oliveira Pires Co-orientador: Eng. João Miguel Lopes dos Santos Vogal: Prof. Paulo Miguel Nepomuceno Pereira Monteiro Vogal: Prof. Paulo Luís Serras Lobato Correia Novembro de 2013 ii i Agradecimentos Em primeiro lugar quero agradecer ao Prof. João Pires por me ter atribuído esta dissertação e me ter orientado no seu desenvolvimento. Quero agradecer também ao João Miguel Santos (Coriant) por tão bem ter co-orientado este trabalho e por toda a ajuda, esclarecimentos e sugestões fornecidas que foram indispensáveis para a realização do trabalho apresentado. Não posso deixar de agradecer à minha equipa de trabalho na Portugal Telecom, que sempre me deu flexibilidade e que possibilitou a realização desta dissertação enquanto trabalhadora- estudante. Tenho adicionalmente de agradecer à minha mãe por me ter possibilitado estudar em Lisboa no Instituto Superior Técnico, onde tenho consciência que se abriram muitas portas. Quero adicionalmente agradecer a todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, me deram apoio e me fizeram continuar com a realização deste trabalho. ii iii Resumo As redes OTN (Optical Transport Network) surgiram como uma evolução das redes NG-SDH (Next Generation Synchronous Digital Hierarchy). As últimas transportam de forma eficiente os sinais Ethernet sobre os quais é transportado o tráfego IP (Internet Protocol). Com o aumento do tráfego pedido às redes de transporte torna-se imperativa a otimização da gestão da largura de banda disponível. Nesta dissertação são analisadas e comparadas as soluções existentes para o transporte de tráfego nas redes OTN que visam aproveitar de forma eficaz os recursos disponíveis nas mesmas, a VCAT (Virtual Concatenation) e ODUflex (Flexible Optical Data Unit). São adicionalmente estudados métodos para o ajuste dinâmico da largura de banda utilizada no transporte de tráfego – LCAS (Link Capacity Adjustment Scheme), HAO (Hitless Adjustment of ODUflex) e outras alternativas. O desempenho destas tecnologias é aferido com base na probabilidade de bloqueio da capacidade obtido com cada uma, bem como nos atrasos inseridos com o ajuste da capacidade alocada às ligações. Adicionalmente as redes OTN estão-se a tornar cada vez mais óticas ou transparentes, permanecendo os sinais sempre no domínio ótico. No entanto tal transparência ainda não é viável pois não garante a qualidade de transmissão QoT (Quality of Transmission) necessária, sendo geralmente implementado um esquema híbrido entre uma rede transparente e uma rede opaca (onde há conversão e regeneração dos sinais em todos os nós), o qual representa uma rede translúcida. Nesta dissertação são também é analisado o desempenho conseguido com os três tipos de rede. Palavras-chave HAO, LCAS, ODUflex, OTN, RWA, VCAT iv Abstract OTN (Optical Transport Network) was designed as an evolution of NG-SDH (Next-Generation Synchronous Digital Hierarchy). The latter can transport in a proper and efficient manner Ethernet signals on which IP traffic is transmitted. The augmentation of the requested traffic to transport networks makes it essential for the bandwidth management to be optimized. In this paperwork it is made an analysis and counterweight of the existing methodologies so far, VCAT (Virtual Concatenation) and ODUflex (Flexible Optical Data Unit), which allow an efficient allocation and management of the network resources. It is farther researched and studied some capacity adjustment schemes – LCAS (Link Capacity Adjustment Scheme), HAO (Hitless Adjustment of ODUflex) and some other alternatives – allowing a dynamic network resources allocation. The performance of the studied technologies was acquired based on the bandwidth blocking ratio obtained and on the delays introduced by the analyzed capacity adjustment schemes. Furthermore, the predicted future of OTN is to become a transparent network where a lightpath is routed, from a source to a destination node, without undergoing optical-electrical conversion at any intermediate node, leading the signal to remain in the optical domain. Nevertheless, nowadays such transparency it is still not possible due to the low QoT (Quality of Transmission) that can be achieved. Hence, it is usually implemented a hybrid solution – Translucent – between a transparent and an opaque network (where all nodes perform optical- electric conversion). In this master thesis it is also prospected the performance of those three network implementations. Keywords HAO, LCAS, ODUflex, OTN, RWA, VCAT v Índice Agradecimentos .........................................................................................................................................i Resumo ................................................................................................................................................... iii Abstract.................................................................................................................................................... iv Índice ........................................................................................................................................................v Lista de Figuras ...................................................................................................................................... vii Lista de Tabelas ...................................................................................................................................... ix Lista de Abreviaturas ................................................................................................................................x 1 Introdução ........................................................................................................................................ 1 1.1 Motivação ................................................................................................................................. 1 1.2 Enquadramento do trabalho ...................................................................................................... 3 1.3 Objetivos e estrutura ................................................................................................................. 5 1.4 Contribuições ............................................................................................................................ 6 2 Multiplexagem em Redes de Transporte ........................................................................................ 7 2.1 Redes SDH .............................................................................................................................. 7 2.2 Redes OTN .............................................................................................................................. 8 2.3 Concatenação Virtual e Ajuste Dinâmico da Capacidade....................................................... 13 2.3.1 Concatenação Virtual - VCAT ............................................................................................ 14 2.3.2 Ajuste Dinâmico da Capacidade – LCAS ........................................................................... 17 3 Operações efetuadas pelo LCAS e atrasos correspondentes ...................................................... 19 3.1 Adição de membros ............................................................................................................... 19 3.2 Remoção permanente de membros ......................................................................................21 3.3 Remoção temporária de membros ........................................................................................ 22 3.3.1 Remoção de membros .................................................................................................. 22 3.3.2 Restabelecimento do débito binário .............................................................................. 22 3.4 Resultados Obtidos com a Tecnologia VCAT com LCAS ..................................................... 23 3.5 Conclusões ............................................................................................................................ 26 4 ODUflex: A evolução da VCAT em redes OTN ............................................................................. 27 4.1 ODUflex (CBR) e ODUflex (GFP).......................................................................................... 28 4.1.1 ODUflex (CBR) .............................................................................................................. 28 4.1.2 ODUflex (GFP) .............................................................................................................. 29 4.2 Ajuste da capacidade ODUflex (GFP) ................................................................................... 31 4.2.1 Método 1 ........................................................................................................................ 32 4.2.2 Método 2 ........................................................................................................................ 38 4.2.3 Método 3 ........................................................................................................................ 41 4.3 Resultados Obtidos com a Tecnologia ODUflex ................................................................... 44 4.4 Comparação dos Métodos Estudados .................................................................................. 47 4.5 Conclusões: VCAT vs. ODUflex ............................................................................................ 48 5 Planeamento e Encaminhamento em Redes OTN ....................................................................... 49 vi 5.1 Caracterização da Rede e do Tráfego .................................................................................. 49 5.2 Redes Opacas, Transparentes e Translúcidas ..................................................................... 50 5.2.1 Colocação de Regeneradores em Redes Translúcidas ................................................ 53 5.3 Caracterização Geral do Simulador de Rede ........................................................................ 54 5.3.1 Gerador de Pedidos de Tráfego .................................................................................... 55 5.3.2 Simulador de Encaminhamento de Tráfego .................................................................. 58 5.4 Resultados Obtidos ............................................................................................................... 62 5.5 Conclusões ............................................................................................................................ 77 6 Considerações Finais .................................................................................................................... 79 6.1 Conclusões Finais ................................................................................................................. 79 6.2 Trabalho Futuro Sugerido ...................................................................................................... 80 Apêndice ................................................................................................................................................ 81 A. Débitos nominais dos sinais OTUk, ODUk e OPUk ...................................................................... 81 B. Multiplexagem por Divisão no Tempo (TDM) ................................................................................ 82 C. Topologias físicas das redes analisadas e dados das mesmas ................................................... 83 D. Atrasos do protocolo LCAS ........................................................................................................... 85 E. ITU-T HAO – BWR (Bandwidth Resize Protocol) .......................................................................... 86 F. Atrasos dos protocolos de ajuste de capacidade ODUflex(GFP) ................................................. 91 G. Mapeamento e Justificação de Octeto (BMP e GMP) .................................................................. 92 H. Fluxograma dos simuladores desenvolvidos ................................................................................ 93 I. Tempo de Geração dos Pedidos de Tráfego ................................................................................ 95 J. Algoritmos: K caminhos mais curtos e RP .................................................................................... 96 K. Descrição dos algoritmos de Encaminhamento e Atribuição de Comprimento de Onda ............. 97 L. Resultados obtidos com os simuladores de tráfego dinâmico ...................................................... 99 7 Bibliografia ................................................................................................................................... 101 vii Lista de Figuras Figura 1.1 – Estimativa de Tráfego Internet Mensal até 2020 (Peta Bytes) (baseado em [1]). .................... 1 Figura 1.2 – Áreas de responsabilidade das entidades OIF, IEEE e ITU [2]. .............................................. 2 Figura 2.1 – Multiplexagem/Desmultiplexagem DWDM. ......................................................................... 7 Figura 2.2 – Bandas do espetro utilizadas em sistemas DWDM (adaptado de [31]). ............................ 8 Figura 2.3 – Estrutura OTH (adaptado de [32])....................................................................................... 9 Figura 2.4 – Alguns protocolos suportados pelas redes OTN (adaptado de [37]). ............................... 10 Figura 2.5 – Arquitetura de uma rede OTN. .......................................................................................... 11 Figura 2.6 – Trama OTUk (k =1, 2, 3 e 4) (adaptado de [4]). .................................................................. 12 Figura 2.7 – Interleaving feito pelo FEC (adaptado de [35] .................................................................... 12 Figura 2.8 – Multiplexagem inversa na VCAT (adaptado de [40]). ......................................................... 14 Figura 2.9 – Estrutura da trama OPUk-Xv (k = 1,2,3,4) [4]. .................................................................. 15 Figura 2.10 – Codificação do cabeçalho OPU da trama OTUk [4]. ...................................................... 16 Figura 3.1 – Diagrama temporal da adição de um membro a um VCG ou OPUk-Xv........................... 20 Figura 3.2 – Diagrama temporal da remoção permanente de um membro a um VCG ou OTUk-Xv. .. 21 Figura 3.3 – Diagrama temporal da remoção temporária de um membro a um VCG ou OTUk-Xv. .... 22 Figura 3.4 – Diagrama temporal do restabelecimento do débito binário. ............................................. 23 Figura 3.5 – Atrasos das operações LCAS nas redes a)COST239, b)NSFN, c)EON e d)UBN. .......... 25 Figura 4.1 – Mapeamento dos sinais ODUflex (CBR) e ODUflex (GFP) [22]. ...................................... 28 Figura 4.2 – Transporte de vários LO ODUk num HO ODU3 (adaptado de [48]). ............................... 29 Figura 4.3 – Mapeamento GMP de um ODUflex em quatro slots tributários OPUk (k = 2,3) [49]........ 30 Figura 4.4 – Protocolo LCR [23]. ........................................................................................................... 32 Figura 4.5 – CabeçalhoRCOH definido pela Recomendação G.7044 da ITU-T [23]. ......................... 33 Figura 4.6 – Diagrama temporal da adição de TSs a um sinal ODUflex(GFP). ................................... 35 Figura 4.7 – Diagrama temporal do protocolo LCR na diminuição da capacidade da ligação ODUflex(GFP). ...................................................................................................................................... 37 Figura 4.8 – Cabeçalho da multitrama de controlo do ODUflex [22]..................................................... 38 Figura 4.9 – Diagrama temporal da operação de aumento da capacidade ODUflex(GFP). ................ 39 Figura 4.10– Diagrama temporal da operação de diminuição da capacidade. ..................................... 40 Figura 4.11 – Estrutura do cabeçalho ODUflex (GFP) [50]. .................................................................. 41 Figura 4.12 – Diagrama temporal da operação de aumento da capacidade. ....................................... 42 Figura 4.13 – Diagrama temporal da operação de diminuição da capacidade..................................... 44 Figura 4.14 – Atrasos dos métodos estudados para o ajuste dinâmico da largura de banda de um sinal ODUflex (GFP) nas redes a)COST230, b)NSFN, c)EON e d)UBN. ............................................. 46 Figura 4.15 – Atrasos máximos de ajuste da capacidade numa rede OTN com VCAT e com LCAS.. 48 Figura 5.1 – Representação de um sinal nos nós de uma rede opaca, translúcida e transparente..... 53 Figura 5.2 – Probabilidade de Bloqueio da Capacidade na rede EON (opaca) para as distribuições de tráfego a)P{0,1;0,1;0,8}, b)P{0,1;0,8;0,1}, c)P{0,1;0,1;0,8} e d)P{0,33;0,33;0,33}. ............................... 64 viii Figura 5.3 – Probabilidade de Bloqueio na rede COST239 (opaca) para a distribuição de tráfego a)P{0,8;0,1;0,1}, b) P{0,1;0,8;0,1}, c) P{0,1;0,1;0,8} e P{0,33;0,33;0,33}. ............................................ 67 Figura 5.4 – Probabilidade de Bloqueio na rede EON (opaca, translúcida e transparente) para a distribuição de tráfego a) P{0,8;0,1;0,1}, b) P{0,1;0,8;0,1}, c) P{0,1;0,1;0,8} e d) P{0,33;0,33;0,33}. .. 70 Figura 5.5 – Probabilidade de Bloqueio na rede UBN (opaca, translúcida e transparente), para a distribuição de tráfego a) P{0,8;0,1;0,1}, b) P{0,1;0,8;0,1}, c) P{0,1;0,1;0,8} e d) P{0,33;0,33;0,33}. .. 73 Figura 5.6 – Probabilidade de Bloqueio na rede UBN (opaca, translúcida e transparente), para a distribuição de tráfego a) P{0,8;0,1;0,1}, b) P{0,1;0,8;0,1}, c) P{0,1;0,1;0,8} e d) P{0,33;0,33;0,33}. .. 75 Figura 5.7 – Atrasos máximos e médios do ajuste da capacidade. ...................................................... 76 Figura C.1 – Topologia física e comprimento das ligações bidirecionais da rede COST239. .............. 83 Figura C.2 – Topologia física e comprimento das ligações bidirecionais da rede NSFN. .................... 83 Figura C.3 – Topologia física e comprimento das ligações bidirecionais da rede EON. ...................... 84 Figura C.4 – Topologia física e comprimento das ligações bidirecionais da rede UBN. ...................... 84 Figura E.1 – Protocolo BWR. ................................................................................................................ 86 Figura E.2 – Diagrama temporal da operação de aumento da largura de banda de um sinal ODUflex(GFP). ...................................................................................................................................... 88 Figura E.3 – Cabeçalhos OPUflex e HO OPUk [51]. ............................................................................ 90 Figura G.1 – Multiplexagem de quatro ODU1 num ODU2. ................................................................... 92 Figura H.1 – Fluxograma do simulador de encaminhamento de tráfego dinâmico construído. ........... 93 Figura H.2 – Fluxograma do processamento de cada pedido de tráfego efetuado pelo simulador construído. ............................................................................................................................................. 94 Figura I.1 – Tempo de geração dos pedidos de tráfego na rede EON. ................................................ 95 Figura L.1 – Probabilidade de Bloqueio na rede UBN (opaca) para a distribuição de tráfego a) P{0,8;0,1;0,1}, b) P{0,1;0,8;0,1}, c) P{0,1;0,1;0,8} e d) P{0,33;0,33;0,33}. ......................................... 100 ix Lista de Tabelas Tabela 2.1 – Duração das tramas OTUk. ............................................................................................... 13 Tabela 2.2 – Débitos alcançados com VCAT nas redes OTN. ............................................................... 17 Tabela 3.1 – Durações das multitramas MFI1 e MST ........................................................................... 23 Tabela 4.1 – Débito dos slots tributários de cada sinal ODUk em Gbps [47]. ...................................... 29 Tabela 4.2 – Duração das multitramas OPUk e das multitramas RMF. ............................................... 34 Tabela A.1 – Débitos nominais dos sinais OTUk, ODUk e OPUk. ....................................................... 81 Tabela C.1 – Dados das redes respeitantes ao encaminhamento pelo caminho mais curto. .............. 84 Tabela D.1 – Atrasos médios e máximos das operações do LCAS na rede COST 239. ..................... 85 Tabela D.2 – Atrasos médios e máximos das operações do LCAS na rede NSFN. ............................ 85 Tabela D.3 – Atrasos médios e máximos das operações do LCAS na rede EON. .............................. 85 Tabela D.4 – Atrasos médios e máximos das operações do LCAS na rede UBN. .............................. 85 Tabela F.1 – Atrasos médios e máximos das trocas de mensagens para as operações de ajuste da capacidade de uma ligação ODUflex(GFP) na rede COST 239. .......................................................... 91 Tabela F.2 – Atrasos médios e máximos das trocas de mensagens para as operações de ajuste da capacidade de uma ligação ODUflex(GFP) na rede NSFN. ................................................................. 91 Tabela F.3 – Atrasos médios e máximos das trocas de mensagens para as operações de ajuste da capacidade de uma ligação ODUflex(GFP) na rede EON. ................................................................... 91 Tabela F.4 – Atrasos médios e máximos das trocas de mensagens para as operações de ajuste da capacidade de uma ligação ODUflex(GFP) na rede UBN. ................................................................... 91 Tabela L.1 – Distâncias, hops e atrasos máximos e médios nas redes EON, UBN e COST239. ....... 99 x Lista de Abreviaturas 3R – Re-time, Re-Amplify, Re-shape ACK – ACKnowledgement BBR – Bandwidth Blocking Ratio BER – Bit Error Rate, Bit Error Ratio BMP – Bit-Synchronous Mapping Procedure BWR – Bandwidth Resize Protocol BWR_IND – Bandwidth Resize Control Indicator CAPEX – CApital EXPenditure CPRI – Common Public Radio Interface CRB – Constant Bit Rate CRC – Cyclic Redundancy Check field CRC – Connection Resize Control CSF – Client Signal Fail CTRL – Control field/Control word DANTE – Delivery of Advanced Network Technology to Europe DD – Differential Delay DDC – Differential Delay Compensation DNU – Do Not Use DRC – Data Rate Control DS – Digital Signal DSC – Digital Cross-Connector DWDM – Dense Wavelength Division Multiplexing EDFA – Erbium Doped Fiber Amplifier EON – European Optical Network EoS – Ethernet over SDH FC - 8GFC – 8G Fiber Channel FEC – Forward Error Correction FF – First-Fit GFP – Generic Frame Procedure GFP-F – Frame mapped-GFP GID – Group Identification bit GMP – Generic Mapping Procedure HAO – Hitless Adjustment of ODUflex HO ODUk – High Order ODU-k HO OPUk – High Order OPU-k IA_RP –Impairment-Aware Regenerator Placement IB SDR – Single Data Rate InfiniBand IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers xi IP – Internet Protocol IPTV – IP Television ISC – Intermediate Node State Confirmation ITU-T – ITU Telecommunication Standardization Sector of International Telecommunication Union LCAS – Link Capacity Adjustment Scheme LCR – Link Connection Resize Protocol LO ODUflex(GFP) – Low Order ODUflex(GFP) LO ODUj – Low Order ODU-j LO OPUj– Low Order OPU-j LSB – Least Significant Bits MFAS – Multiframe Alignment Signal MFI – Multi-frame Indicator MMC – Minimum Multiple Common MPLS – Multi-Protocol Label Switching MSB – Most Significant Bits MST – Member Status Field MUX – Multiplexer NCS – Network Connection Status NE – Network Element NEC – Nippon Electric Company Corporation NG-SDH – Next Generation Synchronous Digital Hierarchy NJO – Negative Justification Opportunity NSC – Network Connection Status NSFN – National Science Foundation Network NSN – Nokia Siemens Networks NTT – Nippon Telegraph and Telephone Corporation OA – Optical Amplifier OADM – Optical Add&Drop Multiplexer OC – Optical Carrier OCh – Optical Channel ODTU – Optical Channel Data Tributary Unit ODTUG – Optical Channel Data Tributary Unit Group ODU – Optical Data Unit ODUflex – Flexible ODU ODUflex(CBR) – Constant Bit Rate ODUflex ODUflex(GFP) – Frame mapped Generic Framing Procedure ODUflex OEO – Optical-Electrical-Optical Conversion OIF – Optical Internetworking Forum OLT – Optical Line Terminator OMFI – OPU Multiframe Identifier xii OMS – Optical Multiplex Section OPEX – OPerational EXpediture OPU – Optical Payload Unit OSNR – Optical Signal-To-Noise Ratio OTH – Optical Transport Hierarchy OTM – Optical Transport Module OTN – Optical Transport Network OTU – Optical Transport Unit OTUaddapt – Optical Transport Unit Addapt OXC – Optical Cross-Connector PCK – Packet PEM – Padrão de Enquadramento de Multitrama PJO – Positive Justification Opportunity PSI – Payload Structure Identifier PSS – Photonic Service Switch PT – Portugal Telecom QoS – Quality of Service QoT – Quality of Transmission RCOH – Resize Control Overhead REG – Electrical Regenerator RLP – Regenerator Placement Problem RMF – Resize Multi-Frame ROADM – Reconfigurable Optical Add&Drop Multiplexer RP – Regenerator Placement problem RP – Resizing Protocol indicator RS – Reed-Salomon RS-Ack – Re-Sequence Acknowledge RSC – Resizing State Confirmation RWA – Routing and Wavelength Assignment SDH – Synchronous Digital Hierarchy SG – Study Group SONET – Synchronous Optical NETwork SQ – Sequence Indicator STM – Synchronous Transport Module STS – Synchronous Transport Signal TCM – Tandem Connection Monitoring TDM – Time Division Multiplexing TSOH – Tributary Slot Overhead TP# – Tributary Port Number TPID – Tributary Port ID xiii TS – Time Slot TSCC – Tributary Slot Connectivity Check TSGS – Tributary Slot Group Status TSN – Tributary Slot Number VC – Virtual Container VCAT – Virtual Concatenation VCG – Virtual Concatenation Group VCOH – Virtual Concatenation Overhead VcPT – Virtual Concatenation Specific Payload Type Identifier VoIP – Voice over IP xiv 1 Introdução 1.1 Motivação Nos últimos anos tem havido um “ principalmente com popularização da mais recorrente. A gama de aplicações de vídeo na Internet também se torna cada vez maior. Desde comunidades de partilha de vídeo, como o caso do conteúdos gerados por eles, até a videoconferências utilizadas nas mais diversas situações como educação à distância, consultas médicas à distância, reuniões, de vídeos acedidos diariamente através da Internet tomou proporções elevadíssimas, requerendo assim cada vez mais uma maior largura de banda e melhor eficiência na forma como os mesmos são transmitidos. Fazendo referência ao são vistos mais de 4 mil milhões de vídeos diariamente neste que em Maio de 2011 a visualização rondava os 3 mil milhões Youtube revelou que no início de 2012 eram descarregados do vídeo, já em Maio de 2011 eram descarregadas 48 horas. O aparecimento de serviços serviços CloudComputing, dos Dat ao aumento de tráfego introduzido nas redes de transporte. Pode (baseado em [1]) que o aumento do tráfego de dados vai continuar a aumentar ao longo dos anos, em cerca de 20 – 25 % em cada ano. Figura 1.1 – Estimativa de Tráfego Internet Mensal até 2020 ( Deste modo têm havido um trabalho equipamento de rede e as entidades IEEE ( (Internationl Telecommunications Internetworking Forum) de forma a conseguir evoluir as redes de transporte óticas para débitos de 100 Gbps por comprimento de onda de forma a conseguir dar resposta a este aumento contínuo de tráfego de dados a circular nas redes. Este processo foi dividido de cer do sinal cliente (IEEE), a parte do transporte do sinal cliente (ITU interligação de redes e do encaminhamento entre elas (OIF). A 0 5 10 15 20 25 30 35 Tráfego Mensal [Milhares de PB 1 Nos últimos anos tem havido um “boom” no tráfego de dados a circular nas redes de transporte, principalmente com popularização da Internet. A visualização de vídeos através da Internet é cada vez mais recorrente. A gama de aplicações de vídeo na Internet também se torna cada vez maior. Desde comunidades de partilha de vídeo, como o caso do Youtube, em que os utilizadores podem partilhar conteúdos gerados por eles, até a videoconferências utilizadas nas mais diversas situações como educação à distância, consultas médicas à distância, reuniões, em serviços como o de vídeos acedidos diariamente através da Internet tomou proporções elevadíssimas, requerendo assim cada vez mais uma maior largura de banda e melhor eficiência na forma como os mesmos são ência ao Youtube, no início do ano de 2012 a agência são vistos mais de 4 mil milhões de vídeos diariamente neste site, mais 25% do que há 8 meses antes, já que em Maio de 2011 a visualização rondava os 3 mil milhões de vídeos. A Google, empresa detentora do revelou que no início de 2012 eram descarregados do Youtube, por minuto, cerca de 60 horas de vídeo, já em Maio de 2011 eram descarregadas 48 horas. O aparecimento de serviços Data Centers e dos Smart Devices com acesso à internet, também levou ao aumento de tráfego introduzido nas redes de transporte. Pode-se deduzir e é visível na que o aumento do tráfego de dados vai continuar a aumentar ao longo dos 25 % em cada ano. Estimativa de Tráfego Internet Mensal até 2020 (Peta Bytes) (baseado em Deste modo têm havido um trabalho conjunto entre operadoras de rede, fornecedores de equipamento de rede e as entidades IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers Internationl Telecommunications Union – Telecommunication Standardization Sector ) de forma a conseguir evoluir as redes de transporte óticas para débitos de 100 Gbps por comprimento de onda de forma a conseguir dar resposta a este aumento contínuo de tráfego de dados a circular nas redes. Este processo foi dividido de certo modo em três categorias distintas, a parte do sinal cliente (IEEE), a parte do transporte do sinal cliente (ITU-T) e a parte do internetworking interligação de redes e do encaminhamento entre elas (OIF). A Figura 1.2 [2] ilustra essa Tráfego Mensal [Milhares de PB] ” no tráfego de dados a circular nas redes de transporte, A visualização de vídeos através da Internet é cada vez mais recorrente. A gama de aplicações de vídeo na Internet também se torna cada vez maior. Desde , em que os utilizadores podem partilhar conteúdos gerados por eles, até a videoconferências utilizadas nas mais diversas situações como em serviços como o Skype. A quantidade de vídeos acedidos diariamente através da Internet tomou proporções elevadíssimas, requerendo assim cada vez mais uma maior largura debanda e melhor eficiência na forma como os mesmos são , no início do ano de 2012 a agência Reuters divulgou que , mais 25% do que há 8 meses antes, já , empresa detentora do , por minuto, cerca de 60 horas de vídeo, já em Maio de 2011 eram descarregadas 48 horas. O aparecimento de serviços TriplePlay, dos Centers e dos Smart Devices com acesso à internet, também levou se deduzir e é visível na Figura 1.1 que o aumento do tráfego de dados vai continuar a aumentar ao longo dos próximos ) (baseado em [1]). conjunto entre operadoras de rede, fornecedores de Institute of Electrical and Electronics Engineers), ITU-T Telecommunication Standardization Sector) e OIF (Optical ) de forma a conseguir evoluir as redes de transporte óticas para débitos de 100 Gbps por comprimento de onda de forma a conseguir dar resposta a este aumento contínuo de tráfego de to modo em três categorias distintas, a parte internetworking, isto é, da ilustra essa divisão. 2 Figura 1.2 – Áreas de responsabilidade das entidades OIF, IEEE e ITU [2]. Assim em Janeiro de 2008 a IEEE formou uma Task Force para desenvolver uma norma para os sinais 40 GbE e 100 GbE (IEEE P802.3ba [3]). Entretanto o Study Group 15 (SG 15) da ITU-T, focado em redes de transporte óticas e infraestruturas de redes de acesso, começou a adaptar a recomendação Rec. G.709 (OTN) [4] a estes sinais, tendo sido o início da definição do atual OTU4. Face a isto várias entidades fornecedoras de componentes de rede, conjuntamente com o OIF, começaram a desenvolver plataformas DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing) [5] a 100 Gbps. Em 2010 foi materializado o conceito de 100 GbE [3], contudo na transição entre 10 Gbps e 100 Gbps há a necessidade de ser mantida a distância máxima de regeneração, cerca de 2.000 km, de ser mantido o espaçamento entre canais de 50 GHz utilizado na transmissão a 10 Gbps, e de não serem necessárias fibras adicionais ou equipamentos adicionais, como amplificadores de linha, por exemplo. A transmissão a 100 Gbps requer uma relação sinal ruído ótica OSNR (Optical Signal-to-Noise Ratio) dez vezes superior à requerida na transmissão a 10 Gbps. As ligações a 10 Gbps utilizam o FEC (Forward Error Correction) para correção de erros que introduz ganhos até cerca de 6 dB, as ligações a 100 Gbps vão necessitar de FECs com ganhos mais elevados, de forma a atingir a mesma OSNR conseguida com 10 Gbps [6]. Com este novo conceito começaram a aparecer routers da Juniper e da Cisco e sistemas DWDM das empresas mais influentes da área como a Ciena, a NSN e a Fujitsu, baseados neste conceito. No início de Março de 2011 a NSN (Nokia Siemens Networks) e a Juniper testaram a interoperabilidade entre o sistema DWDM hiT 7300 da primeira, e o router T1600 da segunda [7], sendo que a plataforma hitT7300 da NSN suporta 9.6 Tbps (96 canais x 100 Gbps). Em Junho de 2012 a NTT Communications (Nippon Telegraph and Telephone Corporation) testou em conjunto com a Fujitsu e a NEC Corporation (Nippon Electric Company Corporation) a transmissão ótica a 100 Gbps por canal. Foram utilizados sistemas DWDM a 100 Gbps de ambas as empresas, o SpectralWave DW7000 da NEC e o FLASHWAVE 9500 DWDM da Fujitsu. O teste foi efetuado numa ligação comercial de fibra ótica de 710 km de Tokyo a Osaka [8], [9]. Começou a haver uma convergência cada vez maior entre a oferta e a procura de plataformas a 100 Gbps, levando a um aumento significativo da sua implementação. A título de exemplo, em Dezembro de 2011, a primeira operadora de TV cabo sul-americana a utilizar uma rede a 100 Gbps, a Argentina’s Cablevision, escolheu o 1830 PSS (Photonic Service Switch) da Alcatel-Lucent para responder ao contínuo crescimento de tráfego na rede [10]. Posteriormente, em Outubro de 2012, também a operadora do Peru, INTERNEXA, escolheu a mesma tecnologia para atualizar a sua rede em conformidade com as necessidades atuais [11]. Em Agosto de 2012 a operadora norte-americana XO Communications, começou a preparar a rede backbone UBN, para suportar 100 Gbps com a plataforma hiT7300 da NSN [12]. Em Portugal, a PT (Portugal Telecom) realizou em 3 Novembro de 2010 a primeira demonstração em Portugal de transmissão de sinais 100 GbE entre Lisboa e Porto. Contudo a procura de conetividade de rede tende apenas a aumentar levando à necessidade de soluções de 400 Gbps, sendo já especulado um novo sinal OTN com este débito. A Fujitsu, NTT e a NEC anunciaram em Dezembro de 2012 o início de uma parceria de investigação e desenvolvimento e cujo objetivo será conseguir transmitir 60 canais, a 400 Gbps cada, totalizando 24 Tbps por fibra ótica, até 2014 [13]. Adicionalmente está em análise, pelo SG 15 da ITU-T (Question 11/15 - Signal structures, interfaces, equipment functions, and interworking for transport networks) uma nova tecnologia alternativa ao novo sinal OTN. Esta tecnologia, OTUaddapt (Optical Transport Unit Addapt), é baseada em super canais e consiste em utilizar múltiplos comprimentos de onda para a transmissão de um sinal, aproveitando toda a banda do espetro de cada canal. Mais recentemente, em Agosto de 2013, a Infinera e a DANTE (Delivery of Advanced Network Technology to Europe) demostraram a ligação mais rápida do mundo até à data na rede backbone europeia GÈANT. Esta ligação foi implementada entre Amsterdão e Hamburgo, recorrendo ao uso de super canais, conseguindo um débito de 26,02 Tbps [14]. 1.2 Enquadramento do trabalho A NG-SDH é uma evolução das redes SDH, normalizada pela ITU-T na Rec. G.783 [15], que permitiu a compatibilização das normas europeia, americana e japonesa, conseguindo transportar os dos sinais por elas definidos. Esta evolução surgiu devido a limitações da SDH no transporte de tráfego Ethernet na SDH – EoS (Ethernet over SDH). O tráfego IP que inclui por exemplo Internet, VoIP (Voice-over-IP), IPTV (IP Television), é transportado sobre Ethernet. Daí haver uma necessidade de transportar este tráfego em redes SDH de forma eficiente e de este poder usufruir da QoS (Quality-of-Service) destas redes. Esta eficiência conseguida com a NG-SDH deve-se a três tecnologias adicionadas à SDH e normalizadas pela ITU-T: VCAT normalizada na Rec. G.707 [16], LCAS normalizado na Rec. G.7042 [17] e GFP (Generic Frame Procedure) normalizado na Rec. G.7041 [18]. Contudo, como referido em 1.1, há um aumento crescente do tráfego a circular nas redes de transporte, levando à necessidade de criação de novos sinais com maior capacidade e até de novas redes que suportem toda a largura de banda necessária. As redes NG-SDH estão normalizadas para o transporte de tráfego até 40 Gbps, não fornecendo suporte nem meios para débitos superiores. Os sinais Ethernet já alcançam atualmente os 100 Gbps (100 GbE). Assim foi normalizada a OTN, na Rec. G.709, suportando esta débitos superiores aos suportados pelas redes NG-SDH e contornando esta limitação. Nesta dissertação é avaliado o desempenho da VCAT e do LCAS em redes OTN, com base no estudo das mesmas em redes NG-SDH feito em [19] e [20]. Nestes dois trabalhos é constatada uma diminuição bastante acentuada da probabilidade de bloqueio da capacidade quando utilizada a tecnologia VCAT que possibilita o multipercurso de um sinal cliente, em vez da tecnologia antecessora das redes SDH, a concatenação contínua que apenas permitia o transporte de um sinal por um único caminho. O aumento incessante de tráfego a ser injetado nas redes de transporte leva também à necessidade de redes dinâmicas capazes de alocar largura de banda de forma eficiente, adaptável ao débito do sinal a transportar. Estes sistemas são capazes de num curto espaço de tempo ajustar a largura 4 de banda utilizada no transporte de sinais de débito variável, de forma a conseguir uma gestão mais apropriada e adequada da mesma. Uma alocação dinâmica da largura de banda no transporte de um sinalpermite reduzir o desperdício de largura de banda que não esteja a ser utilizada. Desta forma, o ODUflex surgiu, normalizado pela ITU-T em [4] como uma nova alternativa à VCAT em redes OTN, capaz de uma maior eficiência na alocação de recursos nas redes de transporte óticas. Com o aparecimento da tecnologia ODUflex surgiu também um novo sinal ODU0 de granularidade mais fina pensado para o transporte de sinais 1 GbE. A agregação de tráfego (Traffic Grooming) possibilita a multiplexagem de vários sinais cliente num único módulo de transporte, de forma a melhor aproveitar e utilizar a sua capacidade. Uma granularidade fina dos payloads onde estes sinais são mapeados e que posteriormente são introduzidos nas unidades básicas de transporte, favorece um acréscimo ainda mais significativo da eficiência de utilização da banda disponível na rede pois permite que seja alocada uma banda próxima da estritamente necessária. Uma comparação genérica entre o ODUflex e a VCAT, clarificando as vantagens do primeiro, é feita em [21]. Adicionalmente, no ajuste dinâmico da largura de banda de um sinal deve ser tido em conta o atraso que o mesmo acarreta e, devem ser implementadas soluções em que este atraso não seja crítico e que não obriguem ao término de toda a ligação e posterior restabelecimento. São diversas as propostas e patentes elaboradas recentemente para o ajuste dinâmico de sinais de débito variável mapeados num ODUflex, equivalentes ao LCAS para a VCAT. Nesta dissertação são analisadas algumas dessas propostas, definidas em [22], [23] e [24] e são geradas formulas matemáticas representativas dos atrasos inerentes aos métodos propostos, sendo feita uma comparação entre os métodos abordados. Tanto quanto a autora tem conhecimento, não existem publicações que avaliem o desempenho do ODUflex, nem os atrasos introduzidos pelos métodos de ajuste da capacidade existentes. O ODUflex além da vantagem de permitir uma granularidade mais fina, colmata um problema introduzido com a VCAT, a necessidade de memórias elásticas para compensar o atraso diferencial DD (Differential Delay) introduzido pela transmissão de um sinal por caminhos distintos. A introdução de buffers nas redes de transporte leva a que o custo das mesmas aumente. Desta forma vários estudos e propostas já foram feitos para otimizar a colocação de buffers na rede. Na publicação [25] é apresentado um esquema em que é proposto que a compensação de atraso diferencial DDC (Differential Delay Compensation) seja realizada também pelos nós intermédios de um caminho e não apenas pelo nó destino de um sinal. Os resultados obtidos na mesma mostram que desta forma a capacidade dos buffers a colocar nos nós é mais reduzida, tornando o CAPEX da rede mais baixo. A publicação [26], continuação do trabalho apresentado em [25], propõe um esquema alternativo em que os nós intermédios que efetuam DDC são nós OEO, já que um sinal para ser armazenado numa memória elástica necessita de conversão OEO. Estes nós introduzem um custo bastante elevado à rede, assim não têm de ser colocados nós OEO adicionais para compensação do atraso diferencial. Este método introduz assim uma redução significativa no custo da rede, por minimizar a dimensão dos buffers e os nós OEO presentes numa rede de transporte. Com o ODUflex um sinal apenas pode ser transportado por um único caminho, eliminando totalmente a necessidade de colocação de buffers nas redes de transporte. Devido a isto atendendo aos resultados e conclusões obtidas em [19] e [20], como já referenciado, torna-se necessário avaliar o 5 desempenho em termos de BBR (Bandwidth Blocking Ratio) obtida com o ODUflex, visto perder a vantagem associada ao multipercurso. Além disto, o estudo feito em redes OTN, quer considerando a tecnologia VCAT, quer considerando a tecnologia ODUflex, é estendido aos três bem conhecidos tipos de OTN: transparentes (não implementáveis a curto ou médio prazo), opacas e translúcidas. As três vertentes, especialmente a última visto ser a vertente utilizada em redes OTN, têm sido nos últimos anos alvo de estudo, em publicações como [27], [28], [29] e [30], devido aos benefícios que podem ser conseguidos, pelas operadoras de rede, com a adoção de redes com número ponderado de conversores OEO, visto serem dispositivos com elevado custo e gasto energético. Em [27] e [28] são propostos algoritmos para colocação de regeneradores na rede, que visa minimizar o número de dispositivos OEO em redes OTN, minimizando paralelamente a BBR obtida. Em [29] é feita uma comparação de desempenho entre uma rede transparente, opaca e translúcida, sendo proposto um novo algoritmo RWA (Routing and Wavelength Assignment), que demostrou que podem ser conseguidos, em redes translúcidas, níveis de BBR bastante semelhantes aos obtidos numa rede opaca, com uma redução significativa do número de conversores OEO. Sendo estes elementos o principal contributo para o custo de redes óticas, o CAPEX de implementação das redes de transporte óticas é significativamente reduzido. Além disto a redução do número de regeneradores colocados confere às redes uma maior eficiência energética traduzindo-se também numa redução significativa de OPEX (OPerational EXpediture). Os regeneradores OEO não só regeneram um sinal garantindo QoT, como permitem conversão de lambda, levando a uma diminuição da BBR. Uma nova abordagem para a conversão de comprimento de onda é feita em [30]. Esta baseia-se em conversores de comprimento de onda totalmente óticos, capazes de converter mais do que um comprimento de onda, ao contrário do que acontece nos regeneradores OEO que apenas podem converter um único comprimento de onda. Desta forma o número de conversores de lambda pode ser minimizado. De notar que esta é uma tecnologia muito recente e ainda muito dispendiosa. O estudo feito nesta dissertação mostra uma tendência para, à medida que as redes se tornam mais all-optical, o multipercurso presente na VCAT perder vantagem face ao unipercurso presente na tecnologia ODUflex. Na publicação [28], que compara ambos os encaminhamentos numa rede translúcida, com variações no número de regeneradores colocados, uma conclusão semelhante é obtida. 1.3 Objetivos e estrutura O objetivo desta dissertação é fazer um estudo e comparação da tecnologia VCAT e da tecnologia ODUflex, ambas aplicáveis às redes de nova geração OTN. Ambas são tecnologias que permitem o transporte eficiente de pedidos de tráfego numa rede de transporte ótica. Ambas as tecnologias são comparadas em termos de atrasos introduzidos em redes OTN aquando do ajuste da capacidade das ligações óticas e em termos de probabilidade de bloqueio da capacidade obtidas com cada uma. Adicionalmente, e uma vez que as redes OTN translúcidas se tornam cada vez mais all-optical, também é objetivo aferir o comportamento da VCAT e do ODUflex quando num cenário opaco, translúcido e transparente. No Capítulo 2 são introduzidas as redes de transporte NG-SDH e OTN, apresentando as vantagens da última face à primeira. A tecnologia VCAT é apresentada, sendo feita uma análise da mesma em 6 termos de funcionamento em redes OTN, foco de estudo nesta dissertação. É adicionalmente abordado o protocolo que permite o ajuste dinâmico da capacidade de ligações quando é utilizada a VCAT, o LCAS. No Capítulo 3 são estudadas detalhadamente as operações de ajuste da capacidade efetuadas pelo LCAS, sendo no final obtidas as expressões dos atrasos deste protocolo, em redes OTN. São também apresentados os resultados obtidos por simulação para os atrasos do mesmo, para um conjunto de redes de transporte de referência. O protocolo ODUflex, normalizado apenas para redes OTN, é analisado e detalhado no Capítulo 4. Neste capítulo são apresentadas três abordagens distintas para o ajuste dinâmico da capacidade das ligações ODUflex de capacidade variável. Desta forma é também objetivodesta dissertação, além da comparação entre a VCAT e o ODUflex, a comparação entre as três abordagens apresentadas para o ajuste de um sinal ODUflex. Assim como no caso do LCAS, também foram obtidos alguns resultados teóricos para os atrasos dos protocolos do ajuste da capacidade ODUflex. Após o estudo teórico da tecnologia VCAT com LCAS da tecnologia ODUflex com ajuste da capacidade nas redes OTN, são tratados no Capítulo 5 aspetos de planeamento e encaminhamento de sinais nas mesmas. Foi simulado o encaminhamento de tráfego dinâmico com os métodos de ambas as tecnologias, VCAT e ODUflex, sendo ambas comparadas relativamente à probabilidade de bloqueio da capacidade. Foi considerado também o encaminhamento ODUflex com a granularidade da VCAT de forma a compreender o impacto que este fator tem na probabilidade de bloqueio do tráfego pedido a uma rede de transporte ótica. Este estudo diferencia ainda os três tipos de redes existentes, opacas, translúcidas e transparentes, de forma a compreender as diferenças entre elas em termos de encaminhamento e atribuição de canais de transporte e compreensão dos impactos das limitações impostas em cada uma delas. Findo o trabalho descrito são apresentadas, no Capítulo 6, as principais conclusões e algumas propostas como trabalho futuro complementar. 1.4 Contribuições A presente dissertação incluiu um trabalho de pesquisa de informação de diversas fontes e posterior simulação de encaminhamento de tráfego dinâmico para obtenção de alguns resultados com base na informação recolhida. São consideradas como principais contribuições desta dissertação: • Detalhe das tecnologias VCAT e LCAS aplicadas a redes OTN. • Detalhe da tecnologia ODUflex assim como estudo de alguns métodos propostos para o ajuste dinâmico da sua capacidade, no caso do ODUflex(GFP). • Cálculo das expressões dos atrasos, e posterior cálculo dos mesmos em algumas redes de transporte típicas, associados ao ajuste de largura de banda com o protocolo LCAS, quando utilizada a VCAT, e com os métodos propostos, quando utilizado o ODUflex. • Obtenção e comparação da BBR obtida com o encaminhamento e granularidade de ambas as tecnologias, VCAT e ODUflex, para distribuições de tráfego distintas. • Análise do desempenho conseguido em redes transparentes, translúcidas e opacas, permitindo avaliar o impacto da existência de mais possibilidades de processamento dos sinais a nível elétrico (quer para regeneração ou agregação de tráfego) no bloqueio de capacidade. 7 2 Multiplexagem em Redes de Transporte 2.1 Redes SDH A hierarquia SONET (Synchronous Optical Network) foi proposta pela Bellcore (Telecordia) em 1985, com o objetivo de transportar sinais DS-n (Digital Signal) no domínio ótico. A hierarquia SDH foi definida posteriormente pelo ITU-T como uma norma internacional, compatível com a SONET e com capacidade para transportar os sinais PDH E-n, utilizados em vez dos sinais DS-n fora da América do Norte, Japão e Coreia do Sul. O sinal básico SDH é conhecido como sinal STM (Synchronous Transport Module) e o sinal básico SONET no domínio elétrico é conhecido como sinal STS (Synchronous Transport Signal), enquanto no domínio ótico é conhecido como sinal OC (Optical Carrier). Inicialmente os NE (Network Element) que constituíam as redes SDH eram conectados entre si diretamente por cabos de fibra ótica. Todavia com a crescente necessidade de largura de banda, surgiram os sistemas WDM (Wavelength Division Multiplexing) que permitiram o envio de mais informação numa única fibra através do envio de sinais distintos em cada comprimento de onda dentro de uma certa banda. Esta tecnologia utiliza múltiplos lasers para transmitir múltiplos comprimentos de onda simultaneamente, multiplexando os diferentes sinais numa única fibra ótica. Cada sinal pode transmitir vários tipos distintos de dados (texto, voz, vídeo, etc.) e é propagado no comprimento de onda que lhe foi atribuído. Posteriormente surgiu a tecnologia DWDM (Figura 2.1) como uma evolução desta, cuja única diferença está num muito menor espaçamento entre cada comprimento de onda, permitindo o transporte de um maior número de sinais na mesma fibra ao mesmo tempo. Figura 2.1 – Multiplexagem/Desmultiplexagem DWDM. A tecnologia DWDM utiliza espaçamento entre canais típico de 25 GHz (~0.2 nm), 50 GHz (~0.4 nm), 100 GHz (~0.8 nm) ou 200 GHz (~1.6 nm). Nos sistemas óticos de transmissão é utilizada a chamada terceira janela, por corresponder à gama de comprimentos de onda do espetro com menor atenuação, dentro dessa janela são utilizadas as bandas C e L por apresentarem nessas frequências um maior ganho de amplificação. Como se pode ver na Figura 2.2 (adaptado de [31]), é utilizado um total de 90 nm para transmissão de sinais DWDM. Considerando um sistema com espaçamento intercanal de cerca de 0.8 nm, é possível a transmissão de 112 comprimentos de onda distintos numa única fibra ótica. 8 Figura 2.2 – Bandas do espetro utilizadas em sistemas DWDM (adaptado de [31]). Assim para atualizar as redes SONET e SDH existentes, para conseguir maiores débitos e para as tornar “packet friendly”, surgiram as redes de nova geração NG-SDH. Estas introduzem três tecnologias chave: • GFP: É uma técnica apropriada para mapear o tráfego de pacotes (Ethernet) em canais SDH ou OTN de débito fixo. Estão definidos dois tipos de mapeamento GFP, GFP-T (GFP- Transparent) para mapeamento de tráfego baseado em blocos 8B/10B e GFP-F (GFP- Framed) para mapeamento de tráfego baseado em pacotes. O protocolo GFP proporciona um mecanismo para encapsular diferentes sinais de dados em redes SDH ou OTN. • VCAT: É um mecanismo que permite combinar um número variável de contentores virtuais de diferentes ordens de modo a criar canais de capacidade muito elevada. Este mecanismo é mais eficiente do que a concatenação contínua para o tráfego de pacotes e contrariamente aquela não requer que todos os elementos de rede suportem essa funcionalidade. • LCAS: Permite modificar dinamicamente a capacidade alocada pelo VCAT através da adição/remoção de membros do caminho estabelecido. 2.2 Redes OTN Quase que em paralelo com o aparecimento das redes NG-SDH, foi normalizada pela ITU-T a tecnologia OTN. Esta surgiu no final da década de 90 como sucessora das redes SONET/SDH e foi normalizada pela ITU-T em 2003. A rede OTN é compatível com os padrões e tecnologias a ela anteriores. Esta define uma hierarquia de transporte ótica OTH (Optical Transport Hierarchy) estruturada em duas etapas, representadas na Figura 2.3 (adaptado de [32]). A primeira etapa é realizada no domínio elétrico, onde se forma a trama OTU-k estruturada numa ordem hierárquica assim como na SONET/SDH. A segunda etapa é realizada no domínio ótico, onde se forma o módulo de transporte ótico OTM-n.m (Optical Transport Module), onde n representa o número de canais óticos e m é dependente do tipo de sinal, sendo 0 para canais de débito misto e tomando os valores de k (OTUk, k = 1, 2, 3, 4) em sinais de débito fixo. Esta segunda etapa é baseada na tecnologia DWDM. Os sinais OTUk permitem débitos de 2,5 Gbps, 10 Gbps, 40 Gbps e 100 Gbps, para k = 1, 2, 9 3 e 4, respetivamente. Ao relembrar o crescente aumento de tráfego de dados nas redes nos últimos anos e com o aparecimento da necessidade de transmissões a 100 Gbps, é imediatamente visível a grande vantagem das redes OTN face às redes NG-SDH. Nas últimas a VCAT está normalizada para o transporte de débitos até aos 40 Gbps, não fornecendo suporte nem meios para débitos superiores. Esse problema é colmatado com o aparecimento das redes OTN. De notar que o sinal ODU4 permite o fácil transporte de sinais 100 GbE, já que foi a pensar nesses sinais que o mesmo foi concebido. Figura 2.3 – Estrutura OTH (adaptado de [32]). Inicialmente o sinal ODU de menor débito definido pelaITU-T era o ODU1 com uma capacidade de cerca de 2,5 Gbps, normalizado para transportar um sinal STM-16 de forma a facilitar a migração das redes NG-SDH para as redes OTN. Com isto, sinais 1 GbE eram mapeados num ODU1 através do protocolo GFP. Havia assim um desperdício da largura de banda disponível de mais de 50% quando o sinal ODU1 apenas transportava esse sinal 1 GbE ou havia perda de gestão e supervisão das ligações quando eram transportados no sinal ODU1 dois sinais 1 GbE. Isto porque um único OPUk era utilizado para transporte de dois sinais distintos, e tendo este apenas um cabeçalho, era perdida a informação individual de cada um dos dois sinais transportados. Devido a este facto a ITU-T normalizou um novo sinal para transportar mais eficientemente os sinais 1 GbE. Este novo sinal, o ODU0, foi definido com uma área de payload de 1,238 Gbps, metade da área de payload do sinal ODU1, de forma a permitir o mapeamento de dois ODU0 num ODU1. Além de resolver o problema identificado, permite ainda à rede uma granularidade mais fina, permitindo também aos operadores maximizar os seus lucros. As principais vantagens da OTN face à SDH são melhor técnica de correção de erros usando FEC, transparência perante vários protocolos, melhor escalabilidade e monitorização de conexões Tandem TCM (Tandem Connection Monitoring), possibilitando a monitorização de até seis ligações [33]. Um dos benefícios das redes OTN é o facto de introduzirem uma técnica de correção de erros, FEC mais avançada que as presentes na SDH e nas tecnologias anteriores. O FEC na Rec. G.709 é 10 baseado no algoritmo de Reed-Solomon RS (255,239), adicionando bits redundantes ao sinal para deteção e correção de erros para que os dados inseridos na rede possam ser recuperados. Na Rec. G.975.1 [34] são descritos FEC que utilizam algoritmos distintos do Reed-Solomon RS (255,239), com maiores ganhos de código, utilizados em ligações submarinas transatlânticas. Além disto, o FEC também melhora os efeitos da dispersão no sinal, melhora a relação sinal-ruído ótica OSNR até cerca de 6 dB permitindo, para uma mesma probabilidade de erro de bit BER (Bit Error Rate) ou qualidade de transmissão QoT, um nível de sinal até 6 dB abaixo do nível necessário sem correção de erros. Dito de outro modo, para o mesmo nível de potência, permite uma melhor QoT sendo que um BER de 10-4 sem FEC pode chegar a um BER inferior a 10-12 [35], [36]. Este facto possibilita [33], [36] : • Requisitos de regeneração menos rígidos; • Distâncias mais elevadas; • Maior número de canais; • Redução dos efeitos não-lineares que degradam a OSNR; • Maior facilidade na introdução de elementos de rede óticos, já que a sua introdução acarreta uma penalidade da potência. A OTN é um padrão que permite o transporte transparente de vários sinais. Suporta diversos tipos de sinais incluindo sinais SDH e Ethernet, a diferentes débitos, como esquematizado na Figura 2.4 (adaptado de [37]), mantendo as suas características originais e transportando-os de forma transparente. Permite que os cabeçalhos de controlo de qualquer sinal sejam transmitidos nos cabeçalhos da trama OTUk (definida na secção seguinte) de forma a evitar a sobrecarga causada pelo uso de vários protocolos. Isto significa que podem ser transportados vários sinais STM-N sem necessidade de modificação de nenhum dos cabeçalhos SONET/SDH [33]. Outra vantagem da OTN prende-se com a escalabilidade. As tecnologias anteriores a ela, como a SONET/SDH, foram criadas para transporte de sinais de voz, daí a granularidade destes ser bastante elevada. A OTN tendo sido desenvolvida para transporte de serviços com débitos muito mais elevados, e.g. Ethernet, tem uma granularidade mais fina e uma estrutura de multiplexagem menos complexa, possibilitando um transporte mais eficiente de vários sinais cliente simultaneamente [33], [38]. Há ainda a questão de que por vezes um sinal de um operador tem de ser transportado, num segmento do caminho por ele percorrido, na rede de outro operador. O operador inicial tem de Figura 2.4 – Alguns protocolos suportados pelas redes OTN (adaptado de [37]). conseguir monitorizar o segmento do caminho na rede do outro operador. Este tipo de ligações é denominado de conexões Tandem TCM (Tandem Connection Monitoring SONET/SDH apenas permite uma OTN. Figura Os elementos identificados na nomeadamente: • OLT (Optical Line Terminator comprimentos de onda num fibra ótica e também comprimentos de onda individuais. • OA (Optical Amplifier) – tipicamente a cada 80-120 km. Estes amplificadores normalmente incluem dois blocos de amplificação, e um compensador de dispersão situado entre esses blocos. No caso dos amplificadores usados nas bandas diferentes amplificadores para cada banda. • REG – Regenerador Elétrico 3R (Re-amplificação, Re-modulação e • ROADM (Reconfigurable Optical Add&Drop Multiplexer são usados em pontos da rede em que é necessário terminar localmente pelo menos um comprimentos de onda transmitidos. São usados nas redes em anel, geralmente redes metropolitanas ou de acesso. • OXC (Optical Cross Connector superior a dois sendo utilizados em redes em malha. 11 conseguir monitorizar o segmento do caminho na rede do outro operador. Este tipo de ligações é Tandem. A OTN inclui monotorização destas ligações Connection Monitoring) permitindo até seis conexões Tandem ao passo que a rede SONET/SDH apenas permite uma [36]. A Figura 2.5 ilustra uma arquitetura genérica de uma rede Figura 2.5 – Arquitetura de uma rede OTN. Os elementos identificados na Figura 2.5 são os principais elementos (Optical Line Terminator) – Terminador Ótico de Linha: multiplexam diferentes comprimentos de onda num fibra ótica e também desmultiplexam um sinal WDM nos comprimentos de onda individuais. Amplificador Ótico: são colocados a meio das 120 km. Estes amplificadores normalmente incluem dois blocos de m compensador de dispersão situado entre esses blocos. No caso dos amplificadores usados nas bandas C e L, essas bandas são separadas na entrada e usam para cada banda. Regenerador Elétrico – Fazem conversão do domínio ótico para o elétrico tendo funções modulação e Re-temporização). Optical Add&Drop Multiplexer) – Multiplexador Ótico: são usados em pontos da rede em que é necessário terminar localmente pelo menos um comprimentos de onda transmitidos. São usados nas redes em anel, geralmente redes metropolitanas ou de acesso. Optical Cross Connector): Os OXCs são equivalentes aos ROADMs mas têm grau superior a dois sendo utilizados em redes em malha. conseguir monitorizar o segmento do caminho na rede do outro operador. Este tipo de ligações é . A OTN inclui monotorização destas ligações através do campo ao passo que a rede uma arquitetura genérica de uma rede são os principais elementos de uma rede OTN, multiplexam diferentes desmultiplexam um sinal WDM nos são colocados a meio das ligações óticas, 120 km. Estes amplificadores normalmente incluem dois blocos de m compensador de dispersão situado entre esses blocos. No caso dos , essas bandas são separadas na entrada e usam-se ico para o elétrico tendo funções Multiplexador Ótico: Os ROADMs são usados em pontos da rede em que é necessário terminar localmente pelo menos um dos comprimentos de onda transmitidos. São usados nas redes em anel, geralmente redes equivalentes aos ROADMs mas têm grau Trama OTN A trama OTUk apresenta três cabeçalhos, o cabeçalho OPU ( ODU e o cabeçalho OTU. Estes cabeçalhos permitem monitorização de caminho e de secção, indicação de alarme, comunicação e proteção de comutação. OTUk é uma estrutura composta por 4 linhas e 4.080 colunas, tendo assim um total de 4 x 4.080 = 16.320 octetos, ou seja 16.320 x 8 bits = 130.560 bits. O cabeçalho OPU é onde é efetuado o transporte dos campos necessários à implementação daVCAT e d de payload OPU forma um OPUk, sendo a área de de dados. Figura 2.6 A estrutura da trama OTUk é baseada na estrutura da trama ODUk complementada com o campo FEC, o que acrescenta mais 256 colunas à trama, perfazendo um total de 4.080 colunas. Os octetos das colunas 8 a 14 da linha 1 da vai modular uma fonte ótica. O OTUk é inserido, através de um OMU ( (Optical Channel) disponível no OTM OTM e m pode tomar os valores 1, 2, 3 ou 4, representando o tipo de OTUk transportados. Figura 2. Como já indicado, o FEC significa que são adicionados 16 bytes de paridade a cada 239 bytes de dados. Tem a capacidade de corrigir até 8 bytes errados por linha da trama OTUk quando utilizado para correção de erros 12 A trama OTUk apresenta três cabeçalhos, o cabeçalho OPU (Optical Payload Unit ODU e o cabeçalho OTU. Estes cabeçalhos permitem monitorização de caminho e de secção, indicação de alarme, comunicação e proteção de comutação. Numa representaçã OTUk é uma estrutura composta por 4 linhas e 4.080 colunas, tendo assim um total de 4 x 4.080 = 16.320 octetos, ou seja 16.320 x 8 bits = 130.560 bits. O cabeçalho OPU é onde é efetuado o transporte dos campos necessários à implementação da VCAT e do LCAS. A junção deste cabeçalho com a área OPU forma um OPUk, sendo a área de payload OPU a área efetivamente útil no transporte 6 – Trama OTUk (k =1, 2, 3 e 4) (adaptado de [4]). A estrutura da trama OTUk é baseada na estrutura da trama ODUk complementada com o campo FEC, o que acrescenta mais 256 colunas à trama, perfazendo um total de 4.080 colunas. Os octetos das colunas 8 a 14 da linha 1 da trama são usados para o cabeçalho OTUk. Cada sinal OTUk vai modular uma fonte ótica. O OTUk é inserido, através de um OMU (Optical Multiplex Unit ) disponível no OTM-n.m. Onde n representa o número de comprimentos de onda na e m pode tomar os valores 1, 2, 3 ou 4, representando o tipo de OTUk transportados. .7 – Interleaving feito pelo FEC (adaptado de [35] FEC, na Rec. G.709, usa o código de Reed-Salomon significa que são adicionados 16 bytes de paridade a cada 239 bytes de dados. Tem a capacidade de até 8 bytes errados por linha da trama OTUk quando utilizado para correção de erros Optical Payload Unit), o cabeçalho ODU e o cabeçalho OTU. Estes cabeçalhos permitem monitorização de caminho e de secção, representação bidirecional a trama OTUk é uma estrutura composta por 4 linhas e 4.080 colunas, tendo assim um total de 4 x 4.080 = 16.320 octetos, ou seja 16.320 x 8 bits = 130.560 bits. O cabeçalho OPU é onde é efetuado o transporte o LCAS. A junção deste cabeçalho com a área OPU a área efetivamente útil no transporte A estrutura da trama OTUk é baseada na estrutura da trama ODUk complementada com o campo FEC, o que acrescenta mais 256 colunas à trama, perfazendo um total de 4.080 colunas. Os trama são usados para o cabeçalho OTUk. Cada sinal OTUk Optical Multiplex Unit), num OCh n.m. Onde n representa o número de comprimentos de onda na e m pode tomar os valores 1, 2, 3 ou 4, representando o tipo de OTUk transportados. Salomon RS (255,239), isto significa que são adicionados 16 bytes de paridade a cada 239 bytes de dados. Tem a capacidade de até 8 bytes errados por linha da trama OTUk quando utilizado para correção de erros ou detetar 13 até 16 bytes errados quando utilizado apenas para deteção de erros. Este torna-se bastante resiliente a erros em rajada quando combinado com interleaving, pois esta é uma técnica que entrelaça os bits para que aquando da sua reorganização os bits errados não apareçam seguidos. Desta forma podem ser corrigidos até 64 bits (8 octetos) ou detetados até 128 (16 octetos) bits errados por linha de uma trama OTUk. A técnica de interleaving subdivide assim cada linha da trama em 16 sub-tramas, visto esse ser o número de colunas ocupadas pelos cabeçalhos [35]. Esta separação é clarificada na Figura 2.7 (adaptado de [35]). O débito do sinal OPU1 corresponde ao sinal STM-16, com débito 2.488.320 kbps, o sinal OPU2 corresponde a 4 x STM-16 ou 1 x STM-64, o sinal OPU3 a 16 x STM-16 ou 1 x STM-256 e o OPU4 a 40 x STM-16. A Tabela A.1 presente no Anexo A contém os débitos nominais dos vários sinais OTUk, ODUk e OPUk com k = 1, 2, 3 e 4 e com FEC. Uma vez que a trama é igual para os quatro sinais OPUk e todos têm diferentes débitos ��, a duração desta também irá ser variável sendo calculada através da equação 2.1: ��� çã� ���� ���� � � � ��� ���� ��⁄ (2.1) Aplicando esta fórmula aos valores da Tabela A.1 são obtidos os valores apresentados na Tabela 2.1. Tabela 2.1 – Duração das tramas OTUk. Sinal Duração da Trama ODU0/OPU0 98,354 µs OTU1/ODU1/OPU1/OPU1-Xv 48,971 µs OTU2/ODU2/OPU2/OPU2-Xv 12,191 µs OTU3/ODU3/OPU3/OPU3-Xv 3,035 µs OTU4/ODU4/OPU4 1,168 µs 2.3 Concatenação Virtual e Ajuste Dinâmico da Capacidade Nas redes SONET e SDH o método de transporte de sinais cuja carga ultrapassa a capacidade dos contentores normalizados era a Concatenação Contínua. Esta criava contentores de grande capacidade, a partir da concatenação de vários contentores normalizados, que não podiam ser segmentados para transmissão e que implicava que todos os elementos de rede suportassem esta funcionalidade. Com o aparecimento das NG-SDH e da OTN surgiu uma nova forma de concatenação, a Concatenação Virtual. No caso das redes NG-SDH os membros a agrupar pela VCAT denominam-se contentores virtuais, VCs (Virtual Containers) numa estrutura denominada grupo de concatenação virtual, VCG (Virtual Concatenation Group) representado por VC-x-Xv, que representa a concatenação de X VC-x, identificando x o tipo de VCs concatenados. Este posteriormente é transportado num STM-N que representa a unidade de transporte. Nas redes OTN são concatenados virtualmente X sinais OPUk, sendo este grupo de concatenação representado por OPUk-Xv, com k = 1, 2 ou 3. A VCAT não é suportada para k = 4. A unidade de transporte é denominada OTUk. A VCAT é um método de multiplexagem inversa e que permite que na NG-SDH os VCGs sejam segmentados em VCs ou que na OTN os OPUk-Xv sejam segmentados em OPUks para fins de transmissão. Os OPUks são transportados em ODUks, que por sua vez são transportados em OTUs. Num sinal OTUk é sempre mapeado um sinal ODUk. Num sinal ODUk podem ser mapeados diversos sinais ODUj. Quando um 14 sinal ODUj é mapeado num ODUk, sendo j menor do que k, os primeiros são referenciados como LO ODUj (Low Order ODUj), já os ODUk que os transportam são referenciados como HO ODUk (High Order ODUk). Por exemplo, dez LO ODU2 podem ser mapeados num HO ODU4. Quando um ODUk é mapeado num OTUk, não é aplicável o conceito de LO ODUj nem de HO ODUk. A VCAT a qual é um método de multiplexagem inversa e que permite que na NG-SDH os VCGs sejam segmentados em VCs ou que na OTN os OPUk-Xv sejam segmentados em OPUks para fins de transmissão. Esta nova tecnologia permite que apenas os nós fonte e destino de um caminho a suportem, sendo transparente aos restantes nós passantes. Além disto a concatenação contínua apenas permitia a concatenação de 1, 4, 16, 64, ou 256 VC-n,m, o que no caso de contentores VC-4 corresponde a débitos fixos de 150 Mbps, 600 Mbps, 2,5 Gbps, 10 Gbps ou 40 Gbps. A VCAT permite obter larguras de banda mais flexíveis pois permite a concatenação de X VC-n,m qualquer que seja X� {1,…,256}. Com a VCAT surgiu também o LCAS que é a tecnologia que permite o aumento ou diminuição da capacidade de um VCG ou OPUk-Xv sem ter de terminar uma ligação para a ajustar, isto é, durante o ajuste da largura de banda a ligação contínua ativa. O LCAS também permite remover temporariamente VCs ou OPUks com erros e voltar a adicioná-los à ligação assim que estes erros sejam corrigidos, sem terminar toda a ligação em causa [39]. Esta funcionalidade em conjunto com um encaminhamento dinâmico dos sinais possibilitaa sobrevivência das redes de transporte óticas sem necessidade de recorrer à alocação excessiva de largura de banda de proteção. 2.3.1 Concatenação Virtual - VCAT A concatenação virtual é uma técnica de multiplexagem inversa compatível com várias redes de transporte, como a NG-SDH e a OTN. Isto é, divide um sinal cliente em múltiplos sinais individuais de forma a os transportar de forma mais eficiente nas redes de transporte óticas. Introduz flexibilidade nas redes e utiliza a largura de banda de forma eficiente já que, permitindo ela uma grande granularidade, os débitos formados são adaptáveis e ajustáveis ao sinal a transmitir. A VCAT permite uma migração simples e gradual entre tecnologias já que esta apenas tem de ser processada nos nós de origem e de destino dos sinais, assim os nós intermédios não têm de suportar VCAT [5], sendo esta a eles transparente. Figura 2.8 – Multiplexagem inversa na VCAT (adaptado de [40]). Na concatenação virtual cada sinal de uma unidade de transporte é transportado individualmente ao longo da rede podendo cada um percorrer um caminho diferente, como se mostra na Figura 2.8 (adaptado de [40]) de forma a distribuir de forma uniforme o tráfego pelos diversos caminhos 15 evitando o seu congestionamento. Como caminhos diferentes têm distâncias diferentes, os atrasos de propagação também são diferentes. O tempo de chegada ao nó de destino de cada OPUk do mesmo OPUk-Xv vai ser diferente dependendo do caminho seguido, ocorrendo assim atrasos diferenciais entre eles. O tempo decorrido entre o primeiro membro a chegar ao destino e o último corresponde ao atraso diferencial máximo entre OPUks de um mesmo OPUk-Xv. Este atraso pode ser problemático, uma vez que o nó destino precisa de saber a ordem correta dos membros para poder reconstruir a sequência recebida. Assim este atraso tem de ser compensado e alguns estudos, por exemplo [26], [41], [42] e [25], foram feitos para verificar o impacto deste atraso e como o resolver. Para contornar o problema da reordenação dos membros cada nó tem uma memória para ir armazenando os membros que chegam desordenados. Além disso cada OPUk do OPUk-Xv tem um cabeçalho de caminho próprio que inclui dois campos de controlo da VCAT: • SQ (Sequence Number) – define a posição do OPUk dentro do OPUk-Xv de forma a permitir que o nó destino consiga restaurar a sequência enviada pelo nó fonte na ordem correta. • MFI (Multiframe Indicator) – indicador de multitrama; Como o cabeçalho de caminho apenas é processado nos nós fonte e destino, apenas estes têm de suportar a VCAT. Todos os outros nós que pertencem ao caminho apenas têm de encaminhar os sinais não tendo de suportar VCAT. Com a VCAT nas redes OTN, X OPUks são concatenados virtualmente para formar uma estrutura OPUk-Xv, representada na Figura 2.9 [4]. A trama OPUk ocupa os octetos 15 a 3.824 das 4 linhas da trama OTUk, tendo assim no total 3.810 colunas. Após a concatenação virtual de X tramas OPUk a trama OPUk-Xv é formada por X x 3.810 colunas, em que as duas primeiras colunas Figura 2.9 – Estrutura da trama OPUk-Xv (k = 1,2,3,4) [4]. 16 correspondem ao cabeçalho OPUk-Xv e as restantes 3.808 à área de payload de todos os X membros, sendo esta a área útil da trama onde os dados efetivamente são transportados. Os octetos são transmitidos por interposição de octeto, isto é, por exemplo é transmitido o octeto 15 da linha 1 do OPUk#1, seguidamente o octeto 15 da linha 1 do OPUk#2, depois o octeto 15 da linha 1 do OPUk#3, e assim sucessivamente. Cada OPUk de um OPUk-Xv é transportado num ODUk, e os X OPUks que transportam os X OPUks formam a estrutura OPUk-Xv. Uma vez que cada ODUk é transportado individualmente na rede, o que leva a que diferentes ODUks de um mesmo OPUk-Xv percorram diferentes caminhos, logo vão ter atrasos de propagação diferentes o que leva a um atraso diferencial como ocorria nas redes NG-SDH. Assim como nestas redes, também nas redes OTN este atraso tem de ser compensado de forma a conseguir corretamente realinhar os dados transportados na área de payload quando estes chegam ao destino. A Figura 2.10 [4] ilustra a estrutura e codificação do cabeçalho OPU de cada OPUk do OPUk-Xv. O campo PSI (Payload Structure Identifier) é transportado no octeto 15 da linha 4 de cada OPUk do OPUk-Xv, sendo assim composto por 256 octetos, uma vez que é suportada a concatenação de X = 256 OPUk. No octeto 1 do campo PSI do OPUk-Xv, PSI[1] transportado na segunda trama da multitrama OPUk-Xv, é transportado o campo vcPT (VCAT Specific Payload Type Identifier) que indica o tipo de payload do OPUk-Xv. O bit CSF (Client Signal Fail) localizado no bit 1 do octeto PSI[2], é usado para suporte dos sistemas de gestão locais, é definido para indicar se há uma falha no sinal, caso haja uma falha o CSF é colocado a “1”, caso contrário é colocado a “0”. O cabeçalho referente à concatenação virtual, VCOH (Virtual Concatenation Overhead), está contido nos três primeiros octetos da coluna 15 da trama OTUk, ou seja no cabeçalho OPUk, formando uma estrutura de 32 tramas. Isto porque o sinal OPU3 é o sinal OPUk com maior número de tramas suportado pela VCAT. Esta estrutura Figura 2.10 – Codificação do cabeçalho OPU da trama OTUk [4]. 17 é composta por 32 tramas pois um sinal OPUk tem no máximo 32 slots tributários (Anexo B), considerando uma granularidade OPU0. Esta estrutura é repetida 8 vezes na multitrama de primeiro estágio composta por 256 tramas e é utilizada para transporte dos números de sequência (SQ) das tramas e do cabeçalho de controlo do protocolo LCAS. Este estágio utiliza o octeto MFAS (Multiframe Alignment Signal) para indicar o número de multitrama, sendo este incrementado a cada trama OPUk. Assim, como 28 = 256, a multitrama de primeiro estágio é composta de 256 tramas [0, 255]. Assim a duração desta trama, tipicamente denominada MFI é de ����� = 256 x 48,971 µs =12,537 ms (k = 1), 256 x 12,191 µs = 3,121 ms (k = 2) e 256 x 3,035 µs = 0,777 ms (k = 3). O atraso diferencial DD máximo permitido é de metade da duração da multitrama, de forma a poder ser definido se a cada instante se o que está a ser recebido no recetor corresponde à multitrama X ou à X+1. Assim este corresponde a 6,269 ms (k = 1), 1,561 ms (k = 2) e 0,389 ms (k = 3). Sendo o atraso de propagação típico em fibras óticas de 5 µs/km, o atraso diferencial máximo permitido é ultrapassado para diferenças entre distâncias percorridas entre OPUks do mesmo OPUk-Xv de 1254 km (k = 1), 312 km (k = 2) e 155 km (k = 3). Em redes de núcleo e metropolitanas esta diferença é frequentemente ultrapassada, o que exige que sejam suportados atrasos diferenciais superiores. Por isto existe também um segundo estágio.O segundo estágio usa os octetos do VCOH correspondentes ao MFI1 e MFI2, formando estes um contador de multitrama de 16 bits com os bits MSB (Most Significant Bits) no MFI1, localizado no VCOH1[0], que representa o octeto VCOH1 transmitido no cabeçalho do primeiro slot tributário de cada OPUk, e os LSB (Least Significant Bits) no MFI2, localizado no VCOH1[1], que representa o octeto VCOH1 transmitido no cabeçalho do segundo slot tributário de cada OPUk. O contador de multitrama do segundo estágio é iniciado em 0 e acaba em 65.535, sendo incrementado ao início de cada multitrama do primeiro estágio (MFAS = 0), ou seja a cada 256 tramas transmitidas. A multitrama resultante da combinação de ambas as multitramas é composta por 16.777.216 tramas OPUk. O campo SQ é composto por 8 bits, permitindo assim valores de X até 256, e é transportado no VCOH1[4]. Cada OPUk de um OPUk-Xv tem um SQ de 0 a (X-1). Assim, com a VCAT é possível obter débitos até os referenciados na Tabela 2.2. Alguns destes débitos são bastante elevados não tendo atualmente sentido prático. Recorde-se que nas redes NG-SDH os débitos máximos conseguidos eram de 40
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